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cubano
MÍDIA SEM MÁSCARA, 18 DE SETEMBRO DE 2002
Uma instalação fortificada, ao lado do hospital militar à leste de Havana, do
tamanho de dois campos de futebol, e que contém seis gigantescas
bolhas para reter gases tóxicos, está postada frente a uma indústria
forrageira para gado, de acordo com documentos contrabandeados de
dissidentes militares de Cuba. O laboratório está equipado com 10.000
reatores de centrifugação de pressão de vapor e tem seu próprio sistema
de água e de geradores. E para uma eventual necessidade é apoiado por
circuitos de alta prioridade que alimentam uma base próxima que guardam
mísseis russos SS-22 de médio-alcance, capazes de alcançar o sul da
Flórida, de acordo com documentos cubanos obtidos por Insight.
"Castro planeja um “Götterdämmerung” se seu regime tornar-se seriamente
ameaçado por uma invasão estrangeira ou por levante interno” adverte
Prendes, citando o plano do “Juízo Final”, que tem nome código de Lucero.
"Dissidentes conhecidos seriam reunidos e aprisionados em túneis no
subsolo de Havana para serem exterminados com gás venenoso," de
acordo com um antigo piloto de caça muito próximo de Castro, e que foi
condecorado como “herói da revolução" por ter derrubado bombardeiros
tripulados da CIA durante a invasão da Baía dos Porcos em 1961.
Que esta cobertura de fumaça seja permitida na administração, é mais
confuso ainda, conquanto fumaça seja só um eufemismo. Enquanto Bolton
sussurrava sobre a ameaça cubana, em fala à Heritage Foundation de 6 de
maio, um alto analista da CIA, identificado como antigo membro da equipe
do Conselho de Segurança Nacional e conhecido advogado da
reaproximação com Cuba, dizia a Jimmy Carter que não havia evidência
para apoiar as acusações de Bolton. Carter constrangeu a administração
Bush ao referir-se a essa negativa durante conferência de imprensa que se
seguiu a um tour a laboratórios suspeitos, a convite de Fidel Castro.
A encorajar essa inércia estão os lobbys poderosos de produtores de
alimentos, da agro-indústria em geral e de companhias farmacêuticas,
ansiosos para comercializar com Cuba. As provas das atividades de armas
biológicas envenenariam o apoio do Congresso para levantar os embargos
econômicos. A senadora democrata Barbara Boxer da Califórnia, que
defende o afrouxamento das restrições comerciais, diz: “Se é verdade que
Cuba tem armas biológicas, isso seria muito sério e teríamos de agir sobre
isso. Seria uma jogada inteiramente nova."
O acordo com o Irã foi transacionado através de bancos dos Emirados
Árabes Unidos, a última parada de Castro seguindo a uma visita de estado
a Tehran no ano passado, e de um tour islâmico que incluiu estados
terroristas como a Líbia e Síria. Um reino do Golfo, aparentemente neutro e
de baixo perfil internacional, os Emirados Árabes Unidos, parece ser um
surpreendente destino para Castro. Mas esse pequeno estado petrolífero é
um dos principais centros de lavagem de dinheiro do mundo árabe – lugar
onde várias contas bancárias e de companhias financeiras têm sido
diretamente ligadas à al-Qaeda, e a rede terrorista amparada pelo Irã,
Hezbollah. Cartões de crédito descobertos com a al-Qaeda têm bases no
Afeganistão.Como investigados pela Insight, invariavelmente eram
emitidos por bancos dos Emirados Árabes Unidos. Alibek explica como a
biotecnologia soviética simultaneamente foi transferida para Cuba, Irãn,
Iraque, e outros antigos aliados russos que dividem programas de armas
similares. "A União Soviética organizou cursos de engenharia genética e
biologia molecular para cientistas da Europa Oriental, Cuba, Líbia, Irã, e
Iraque. Uns 40 cientistas estrangeiros eram treinados por ano. Muitos
deles agora chefiam programas de biotecnologia em seus países de
origem.”
De acordo com Alibek, o Iraque copiou métodos cubanos para encobrir
aquisições de tecnologia de armas biológicas, tais como grandes
instalações industriais, vasos de fermentação e equipamentos afins. "O
modelo foi aquele que tínhamos usado para desenvolver e manufaturar
armas biológicas. Como Cuba, os iraquianos mantém os vasos que servem
ao propósito de cultivar proteínas de organismos unicelulares para
alimentação do gado. O que fazem os acordos particularmente suspeitos
foram as solicitações adicionais de equipamento de exaustão-filtração,
capazes de atingir 99.99 por cento de pureza do ar – um nível unicamente
usado por laboratórios de armas biológicas," diz o maior expert em guerra
biológica.
Em 4 de Novembro de 2001, Castro deu uma palestra informal de duas
horas na televisão cubana sobre a guerra contra o terrorismo. Ele disse que
o Afeganistão iria se transformar em um novo Vietnã, e que levaria 20 anos
para os Estados Unidos derrotar o talibã, e que a al-Qaeda nunca seria
destruída. Em um rápido bordão que alfinetava o interesse de alguns
analistas de inteligência americanos, o Líder Máximo também disse que 40
envelopes "contendo pós estranhos” tinham sido interceptados em Cuba,
dos quais cinco eram dirigidos aos Estados Unidos, Paquistão, Itália e
Costa Rica. Contudo, a despeito dos relatos das atividades de armas de
destruição de massa em Cuba, e o possível envolvimento nos ataques de
11 de setembro [veja "Fidel May Be Part of Terror Campaign," Dec. 3, 2001],
Castro nunca teve o seu nome envolvido como “pessoa de interesse” nas
investigações sobre o antraz por parte do FBI, as quais, ao contrário,
focalizaram-se em Stephen Hatfill, um cientista do exército, branco,
americano nascido na Rodésia, que mais proximamente se enquadrava no
perfil politicamente correto do vilão. Um antigo detetive do FBI disse a CNN
em 25 de agosto de 2001, que estava perplexo porque o Bureau falhava
seriamente em investigar uma “fonte estrangeira” pelas postagens de
antraz ao levar investigadores americanos e a imprensa a superestimar
dois agentes de cobertura cubano do DGI, indiciados na Flórida em 4 de
agosto de 2001, que disseram ao FBI que tinham obtido dos correios
americanos instruções de Havana, as quais pediam estudos de segurança
postal, através dos quais as cartas com o mortal antraz poderiam seguir
para matar americanos.