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Bactérias nas asas de um pássaro 

cubano 
MÍDIA SEM MÁSCARA, 18 DE SETEMBRO DE 2002 

Fidel Castro prepara guerra bacteriológica 

La Nueva Cuba (Washington), 16 set. 2002 

Martin Arostegui* (convidado) 

Enquanto  a  administração  Bush  se  prepara  para  uma  guerra  contra  o 


Iraque,  em  seu  quintal  uma  crescente  ameaça  está  sendo  ignorada. 
Funcionários  graduados  da  administração,  cujos  nomes  não  podem  ser 
revelados,  acreditam  que  programas  de  armas  biológicas  de  Cuba, 
sistemas  P-4,  estão  em  um  estágio  mais  avançado  do  que  oficialmente se 
reconhece.  Há  relatos  que  esses  sistemas  P-4  estão  estocando  as  mais 
mortais  toxinas  em  laboratórios  cubanos.  A  preocupação  é  grande, 
segundo  nossas  fontes,  mas  uma  audiência  pública  sobre  esse  assunto 
proveria  informação  revelaria  o  real  nível de informação da comunidade de 
inteligência americana sobre armas biológicas em Cuba. 

O  subsecretário  de  estado  para  Controle  de  Armas  e  Segurança 


Internacional,  John  Bolton,  estava  preparado  para  dar  detalhes  do 
programa  cubano  ao  Comitê  de  Relações  Externas  do  Senado  em  junho, 
quando  o  testemunho  foi  cancelado  pela  burocracia  da  inteligência.  Uma 
cópia  da  reação  de  Bolton,  que  foi  censurada,  foi  obtida  pela  revista 
Insight.  Ele  expressa  "frustração"  diante  do  aparente  desinteresse  das 
agências  de  inteligência  americanas  em  denunciar  o  programa  cubano  de 
armas  biológicas,  as  quais  poderiam  incluir  antraz,  varíola,  e  variantes  de 
uma  encefalite  tais  como  o  vírus  do  Nilo  Ocidental.  Recentes  epidemias 
desse  vírus  que  já  mataram  mais  de  30  americanos  e  infectaram  outros 
675,  tiveram  a  sua  origem  descoberta  em  pássaros  infectados  em 
laboratórios  cubanos.  De  acordo  com  cientistas  que  desertaram  de  Cuba, 
experimentos  usando  animais  como  agentes  “armados”  com  germes  são 
feitos em Cube. 
Carlos  Wotzkow,  um ornitologista cubano, que desertou em 1999, diz que o 
front  biológico de Castro, o qual coordena a pesquisa militar e científica, foi 
estendido  ao  Instituto  de  Zoologia  em  1991  para  “desenvolver  meios  de 
espalhar  doenças  infecciosas,  incluindo encefalites, e leptospirose, através 
da  implantação  em  pássaros  migratórios”.  Roberto  Hernandez,  outro 
cientista  exilado  cubano,  diz  que  ele  e  outros  cientistas  foram  “instruídos 
para  procurar  vírus  altamente  resistentes  a  inseticidas.  Funcionários  da 
inteligência  militar  que  mandam  nos  laboratórios,  ordenaram  a  captura  de 
pássaros  com  rotas  migratórias  para  os  Estados  Unidos  com  a  idéia  de 
contaminá-los.”  Um  corvo  morto,  infectado  com  o  vírus  do  Nilo  Ocidental, 
foi  descoberto  nos  jardins  da  Casa  Branca,  de  acordo  com  o  Washington 
Post. Sessenta pássaros igualmente infectados caíram perto da base naval 
de  Boca Chica, Flórida, durante o mês de setembro de 2001, causando uma 
encefalite  epidêmica  que  matou  um  empregado  civil.  Cenários  de  ficção 
científica  de  horror  são  corroborados  pelo  coronel  Alvaro  Prendes,  antigo 
vice-chefe  da  Força  Aérea  Cubana,  e  líder  exilado  da União dos Soldados e 
Oficiais  Livres  (USOL),  um  movimento  pró-democrático  dentro  das  forças 
armadas  cubanas.  Ele  disse  à  Insight  que  as  instalações  biotecnológicas 
de  Castro  operam  sob  o  controle  de  Librado  Reina  Benitan,  do  Diretório 
Geral  de  Inteligência  (DGI),  órgão  sob  a  eterna  proteção  de  de  Raul Castro, 
ministro  da  Defesa  de  Cuba,  e  irmão  de  Fidel  Castro  [ver  "Fidel  Castro's 
Deadly Secret," July 20, 1998]. 

Uma instalação fortificada, ao lado do hospital militar à leste de Havana, do 
tamanho  de  dois  campos  de  futebol,  e  que  contém  seis  gigantescas 
bolhas  para  reter  gases  tóxicos,  está  postada  frente  a  uma  indústria 
forrageira  para  gado,  de  acordo  com  documentos  contrabandeados  de 
dissidentes  militares  de  Cuba.  O  laboratório  está  equipado  com  10.000 
reatores  de  centrifugação  de  pressão  de  vapor  e  tem  seu  próprio  sistema 
de  água  e  de  geradores.  E  para  uma  eventual  necessidade  é  apoiado  por 
circuitos  de  alta  prioridade que alimentam uma base próxima que guardam 
mísseis  russos  SS-22  de  médio-alcance,  capazes  de  alcançar  o  sul  da 
Flórida, de acordo com documentos cubanos obtidos por Insight. 

"Castro planeja um “Götterdämmerung” se seu regime tornar-se seriamente 
ameaçado  por  uma  invasão  estrangeira  ou  por  levante  interno”  adverte 
Prendes,  citando  o  plano  do  “Juízo  Final”, que tem nome código de Lucero. 
"Dissidentes  conhecidos  seriam  reunidos  e  aprisionados  em  túneis  no 
subsolo  de  Havana  para  serem  exterminados  com  gás  venenoso,"  de 
acordo  com  um  antigo  piloto  de  caça  muito  próximo  de  Castro,  e  que  foi 
condecorado  como  “herói  da  revolução"  por  ter  derrubado  bombardeiros 
tripulados da CIA durante a invasão da Baía dos Porcos em 1961. 

Experiências com armas químicas em Angola 

Cuba  já  tinha  experimentado  armas  com  gases  venenosos,  empregadas 


contra  tropas  da  África  do  Sul  e  forças  da  UNITA  em  Angola,  de  acordo 
com  Aubin  Heyndrickx,  um  consultor  graduado  da  ONU  sobre  armas 
químicas.  Rebeldes  das  Farcs  apoiados  por  Cuba  também  usaram  gás 
venenoso  em  ataque  à  cidade  colombiana  de  San  Adolfo, no ano passado, 
de  acordo  com  a  análise  dos  resíduos  das  bombas  feito  pelo  centro  de 
Armas Químicas e Biológicas do Fort Detrick, em Maryland. 

Mas  a  despeito  da  evidência  publicamente  disponível  por  altas  fontes 


autorizadas,  os  funcionários  americanos  não  estão  autorizados  a  fazer 
afirmações  não  ambíguas  sobre a ameaça bioquímica cubana. No entanto, 
elas  têm  sido  mencionadas  pelo  presidente  ou  qualquer  membro  do  seu 
gabinete.  O  funcionário  da  Inteligência  Nacional  da  CIA  para  a  América 
Latina,  Fulton  Armstrong, está "articulando pontos de conversação" sobre o 
assunto.  Mas  quando contatado por Insight declinou de fazer comentários. 
É  compreensível  que  agências de inteligência americanas sejam relutantes 
em revelar material classificado, pois isso poderia comprometer métodos e 
informantes.  Mas  um  grande  número  de  pessoas  do  Departamento  de 
Estado,  do  Pentágono,  de  membros  do  Congresso,  além  de  profissionais 
de  imprensa  que  cobrem  a  segurança  nacional,  confirmam  que 
remanescentes  da  administração  Clinton  retém  posições-chaves  nas 
agências  de  inteligência  e  estariam  usando  sua  autoridade  para  enganar a 
opinião  pública  sobre  Cuba.  Isto  é  especialmente  vergonhoso  para  os 
membros  da  equipe  da  segurança  nacional  de  Bush,  que  se  queixam  em 
alto e bom som sobre isso. 

A  claque  pró-Castro  sob  a  administração  Bill  Clinton  é  descaradamente 


aberta.  Quando,  em  1998,  a  BBC  pesquisava  um  segmento  de  Cuba  para 
um  documentário  para  a  TV  sobre  a  proliferação  de  armas  bioquímicas 
para  atacar  estados,  a  turma  da  segurança  nacional  de  Clinton  defendeu 
Castro  em  toda  a  linha.  Segundo  um  produtor  executivo  da  BBC,  “um 
membro  da  comunidade  de  inteligência  dos  Estados  Unidos  desacreditou 
relatos  publicados  sobre  a  capacidade  biotécnica  de  Cuba,  acrescentando 
que  "nenhum  cientista  russo  do  antigo  programa  de  armas  biológicas  da 
ex-União Soviética jamais esteve envolvido ou trabalhou em Cuba." 

Isto  é  desinformação.  Ken  Alibek,  antigo  delegado  e  diretor  do  Soviet 


Biopreparat,  revela  em  seu  livro  de  1999,  Biohazard,  que  Castro  obtinha 
armas  biológicas  diretamente  de  generais  do  mais  alto  escalão  do 
Biopreparat, e de generais e 

cientistas  que  faziam  repetidas  viagens  a  Cuba  para  aconselhamento  e 


treinamento  durante  os  fins  de  1980  e  inícios  dos  anos 90. "Nós sabíamos 
que  Cuba  estava  interessada  em  pesquisa  biológica  militar.  Nós sabíamos 
que  havia  vários  centros,  um  dos  quais  perto  de  Havana,  envolvidos  em 
biotecnologia  militar,"  disse  Alibek  a  uma  audiência  do  Congresso  no  ano 
passado.  Ele  definiu  as  contraditórias  afirmações  do  governo  americano 
sobre as armas biológicas de Cuba como “uma situação de confusão." 

Que  esta  cobertura  de  fumaça  seja  permitida  na  administração,  é  mais 
confuso  ainda, conquanto fumaça seja só um eufemismo. Enquanto Bolton 
sussurrava  sobre  a  ameaça  cubana,  em  fala à Heritage Foundation de 6 de 
maio,  um  alto  analista  da  CIA,  identificado  como antigo membro da equipe 
do  Conselho  de  Segurança  Nacional  e  conhecido  advogado  da 
reaproximação  com  Cuba,  dizia  a  Jimmy  Carter  que  não  havia  evidência 
para  apoiar  as  acusações  de  Bolton.  Carter  constrangeu  a  administração 
Bush  ao  referir-se  a  essa  negativa  durante  conferência de imprensa que se 
seguiu a um tour a laboratórios suspeitos, a convite de Fidel Castro. 

"Há  suficiente  informação  para  alertar  a  opinião  pública  americana,  que 


merecia  saber  sobre  a  crescente  ameaça que Cuba representa", diz Bolton. 
Sua  visão  é  apoiada  por  John  Ford,  chefe  do  Bureau  de  Inteligência  do 
Departamento  de  Estado,  que  em  5  de junho disse numa audiência pública 
no  Congresso  que  "Cuba  de  fato  tem  um  programa  de  pesquisa  de  armas 
biológicas." 

Bolton  mais  agudamente  afirmou  a  “tendência  a  subestimar  Cuba”.  Ele 


chamou  a  atenção  para  o  caso  de  Ana  Belen  Montes,  uma  analista  da 
Agência  de  Inteligência  de  Defesa  que  teve  que  responder  a  acusações de 
espionagem  em  favor  de  Castro,  depois  de  ter sido apanhada em flagrante 
manipulando  comunicações  da  DGI  na  onda  dos  ataques  de  11  de 
setembro.  "Montes  usou  sua  posição  no  Pentágono  para  tentar  deletar 
Cuba  da  lista  de  segurança  nacional  e  influenciar  seus  colegas,"  diz  o 
deputado  republicano  Lincoln  Diaz-Balart,  da  Flórida,  que  está  tentando 
usar  a  legislação  em  vigor  para  afrouxar  as  restrições  de  viagem  a  Cuba 
contando  para  isso  com  atestados  ou  certificações  presidenciais,  que 
armas  biológicas  não  estão  sendo  desenvolvidas  na  ilha.  O  pessoal  dos 
Comitês  de  Relações  Exteriores  e  de  Inteligência  dos  Representantes  e  do 
Senado,  disseram  à Insight que, apesar disso, há uma resistência dentro da 
burocracia  da  inteligência  em  "rever  as  avaliações  arquivadas  por  Montes 
as  quais  subestimam  a  capacidade  cubana  de  fabricação  de  armas 
biológicas,  e  tentam  desacreditar  traidores  do  regime  cubano  que  avisam 
do perigo”. 

Constantine  Menges,  um  antigo  funcionário  do  Conselho  de  Segurança 


Nacional  e  analista  da  CIA,  diz,  "Nós  estamos  olhando  para  o  mesmo  tipo 
de  falha  na  segurança  que  levou  no  ano  passado  aos  ataques  de  11  de 
setembro.  Não  acho  que  se  trate  de  um  caso  de  conspiração  ideológica, 
mas  que  a  nossa  comunidade  de  inteligência  não  quis  admitir  que  dormiu 
no ponto." 

Lobbies impedem uma investigação mais profunda 

A  encorajar  essa  inércia  estão  os  lobbys  poderosos  de  produtores  de 
alimentos,  da  agro-indústria  em  geral  e  de  companhias  farmacêuticas, 
ansiosos  para  comercializar  com Cuba. As provas das atividades de armas 
biológicas  envenenariam  o  apoio  do  Congresso para levantar os embargos 
econômicos.  A  senadora  democrata  Barbara  Boxer  da  Califórnia,  que 
defende  o  afrouxamento  das  restrições  comerciais,  diz:  “Se  é  verdade  que 
Cuba  tem  armas  biológicas,  isso  seria muito sério e teríamos de agir sobre 
isso. Seria uma jogada inteiramente nova." 

Paralelamente  à  ameaça  direta que as armas biológicas de Cuba oferecem 


à  segurança  dos  Estados  Unidos, oficiais graduados da administração, que 
incluem  o  negociador  especial  de  armas  químicas  e  biológicas,  Donald 
Mahley,  também  preocupam-se  com  a  contínua  transferência  bilateral  de 
biotecnologia  de Cuba com países islâmicos intimamente conectados com 
redes  de  terroristas  do  Oriente  Médio.  O  Vice-Presidente  de  Castro,  Carlos 
Lage,  inaugurou  uma  nova  fábrica  de  pesquisa  de  biotecnologia  no  Irã  em 
2000,  bem  a  propósito,  produtora de vacinas de Hepatite B. De acordo com 
José  de  la  Fuente,  o  antigo  diretor  de  pesquisa  do  Centro  Cubano  de 
Investigações  Biológicas  e  Genéticas,  a  tecnologia  transferida  envolve 
agentes  biológicos,  patógenos  e  processos  de  potencialização  de  germes 
que também são aplicáveis para transformar bactérias em armas. 

O  acordo  com  o  Irã  foi  transacionado  através  de  bancos  dos  Emirados 
Árabes  Unidos,  a  última  parada  de  Castro  seguindo  a  uma visita de estado 
a  Tehran  no  ano  passado,  e  de  um  tour  islâmico  que  incluiu  estados 
terroristas  como  a  Líbia  e  Síria. Um reino do Golfo, aparentemente neutro e 
de  baixo  perfil  internacional,  os  Emirados  Árabes  Unidos,  parece  ser  um 
surpreendente  destino  para  Castro.  Mas  esse pequeno estado petrolífero é 
um  dos  principais  centros  de  lavagem  de  dinheiro  do  mundo árabe – lugar 
onde  várias  contas  bancárias  e  de  companhias  financeiras  têm  sido 
diretamente  ligadas  à  al-Qaeda,  e  a  rede  terrorista  amparada  pelo  Irã, 
Hezbollah.  Cartões  de  crédito  descobertos  com  a  al-Qaeda  têm  bases  no 
Afeganistão.Como  investigados  pela  Insight,  invariavelmente  eram 
emitidos  por  bancos  dos  Emirados  Árabes  Unidos.  Alibek  explica  como  a 
biotecnologia  soviética  simultaneamente  foi  transferida  para  Cuba,  Irãn, 
Iraque,  e  outros  antigos  aliados  russos  que  dividem  programas  de  armas 
similares.  "A  União  Soviética  organizou  cursos  de  engenharia  genética  e 
biologia  molecular  para  cientistas  da  Europa  Oriental,  Cuba,  Líbia,  Irã,  e 
Iraque.  Uns  40  cientistas  estrangeiros  eram  treinados  por  ano.  Muitos 
deles  agora  chefiam  programas  de  biotecnologia  em  seus  países  de 
origem.” 

De  acordo  com  Alibek,  o  Iraque  copiou  métodos  cubanos  para  encobrir 
aquisições  de  tecnologia  de  armas  biológicas,  tais  como  grandes 
instalações  industriais,  vasos  de  fermentação  e  equipamentos  afins.  "O 
modelo  foi  aquele  que  tínhamos  usado  para  desenvolver  e  manufaturar 
armas  biológicas. Como Cuba, os iraquianos mantém os vasos que servem 
ao  propósito  de  cultivar  proteínas  de  organismos  unicelulares  para 
alimentação  do  gado.  O  que  fazem  os  acordos  particularmente  suspeitos 
foram  as  solicitações  adicionais  de  equipamento  de  exaustão-filtração, 
capazes  de  atingir  99.99  por  cento  de  pureza  do  ar  –  um nível unicamente 
usado  por  laboratórios  de  armas  biológicas,"  diz  o  maior  expert  em  guerra 
biológica. 

Em  4  de  Novembro  de  2001,  Castro  deu  uma  palestra  informal  de  duas 
horas  na televisão cubana sobre a guerra contra o terrorismo. Ele disse que 
o  Afeganistão  iria  se transformar em um novo Vietnã, e que levaria 20 anos 
para  os  Estados  Unidos  derrotar  o  talibã,  e  que  a  al-Qaeda  nunca  seria 
destruída.  Em  um  rápido  bordão  que  alfinetava  o  interesse  de  alguns 
analistas  de inteligência americanos, o Líder Máximo também disse que 40 
envelopes  "contendo  pós  estranhos”  tinham  sido  interceptados  em  Cuba, 
dos  quais  cinco  eram  dirigidos  aos  Estados  Unidos,  Paquistão,  Itália  e 
Costa  Rica.  Contudo,  a  despeito  dos  relatos  das  atividades  de  armas  de 
destruição  de  massa  em  Cuba,  e  o  possível  envolvimento  nos  ataques  de 
11  de  setembro  [veja  "Fidel  May  Be  Part of Terror Campaign," Dec. 3, 2001], 
Castro  nunca  teve  o  seu  nome  envolvido  como  “pessoa  de  interesse”  nas 
investigações  sobre  o  antraz  por  parte  do  FBI,  as  quais,  ao  contrário, 
focalizaram-se  em  Stephen  Hatfill,  um  cientista  do  exército,  branco, 
americano  nascido  na  Rodésia,  que  mais  proximamente  se  enquadrava no 
perfil  politicamente correto do vilão. Um antigo detetive do FBI disse a CNN 
em  25  de  agosto  de  2001,  que  estava  perplexo  porque  o  Bureau  falhava 
seriamente  em  investigar  uma  “fonte  estrangeira”  pelas  postagens  de 
antraz  ao  levar  investigadores  americanos  e  a  imprensa  a  superestimar 
dois  agentes  de  cobertura  cubano  do  DGI,  indiciados  na  Flórida  em  4  de 
agosto  de  2001,  que  disseram  ao  FBI  que  tinham  obtido  dos  correios 
americanos  instruções  de  Havana,  as  quais  pediam  estudos  de  segurança 
postal,  através  dos  quais  as  cartas  com  o  mortal  antraz  poderiam  seguir 
para matar americanos. 

* Martin Arostegui é um escritor free-lance da revista Insight. 

Tradução: Carlos Reis 

   
 

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