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Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia-UESB

Direito Administrativo I

Prof. Claudia Fonseca

Aluna- Chirles Oliveira Santos

Espécies de Atos Administrativos

Os Atos administrativos são divididos em duas categorias: quanto ao conteúdo e quanto


à forma de que se revertem.

 Quanto ao Conteúdo
Atos Administrativos Negociais
Autorização- Em um primeiro sentido, designa ato unilateral e discricionário pelo qual
a Administração faculta ao particular o desempenho de atividade material ou a prática
de ato que, sem esse consentimento, seriam legalmente proibidos. Nesse sentido, a
autorização abrange todas as hipóteses em que o exercício de atividade ou a prática de
ato são vedados por lei ao particular, por razões de interesse público concernente à
segurança, à saúde, à economia ou outros motivos concernentes à tutela do bem comum.
Na segunda acepção, autorização é o ato unilateral e discricionário pelo qual o poder
público faculta ao particular o uso privativo de bem público, a titulo precário. Trata-se
de autorização de uso. Na terceira acepção autorização é o ato administrativo unilateral
e discricionário pelo qual o Poder Público delega ao particular a exploração de serviço,
a titulo precário. Trata-se da autorização de serviço público. Estando ao lado da
concessão e da permissão, como modalidade de delegação de serviço publico de
competência da União.

Licença- É o ato administrativo unilateral e vinculado pelo qual a administração faculta


àquele que preencha os requisitos legais o exercício de uma atividade. É um ato
declaratório enquanto a autorização é um ato constitutivo.

Admissão- É o ato unilateral e vinculado pelo qual a administração reconhece ao


particular, que preencha os requisitos legais, o direito à prestação de um serviço público.
É ato vinculado, tendo em vista que os requisitos para outorga da prestação
administrativa são previamente definidos, de modo que todos os que os satisfaçam
tenham direito de obter benefício.

Ex. Admissão nas escolas públicas, hospitais e estabelecimentos de assistência social.


Permissão- Em sentido amplo, designa o ato administrativo unilateral, discricionário e
precário, gratuito ou oneroso, pelo qual a Administração Pública faculta ao particular a
execução de serviço público ou a utilização privativa de bem público. Seu objetivo é a
utilização privativa de bem público por particular ou a execução de serviço público.

Atos de Controle
Aprovação- É o ato unilateral e discricionário pelo qual se exerce o controle a priori ou
a posteriori do ato administrativo. No controle a priori, equivale à autorização para a
prática do ato; no controle a posteriori equivale ao seu referendo. É ato discricionário,
porque o examina sob os aspectos de conveniência e oportunidade para o interesse
público; por isso mesmo, constitui condição de eficácia do ato.

Homologação- É um ato unilateral e vinculado pelo qual a Administração pública


reconhece a legalidade de um ato jurídico. Ela se realiza sempre a posteriori e examina
apenas o aspecto de legalidade, no que se distingue da aprovação.

Atos Enunciados
Parecer- É o ato pelo qual os órgãos consultivos da Administração emitem opinião
sobre assuntos técnicos ou jurídicos de sua competência. Segundo Oswaldo Aranha de
Mello, o parecer pode ser facultativo, obrigatório ou vinculante.

 Facultativo quando fica a critério da administração solicitá-lo ou não, além de


não ser vinculante para quem o solicitou.
 Obrigatório quando a lei o exige como pressuposto para a prática do ato final.
A obrigatoriedade diz respeito a solicitação do parecer( o que não lhe imprime
caráter vinculante).
 Vinculante quando a Administração é obrigada a solicitá-lo e a acatar a sua
conclusão. Ex. Para conceder aposentadoria por invalidez a Administração.

Visto- É o ato administrativo unilateral pelo qual a autoridade competente atesta a


legitimidade formal de outro ato jurídico. Não significa concordância com o seu
conteúdo, razão pela qual é incluído entre os atos de conhecimento, que são meros atos
administrativos e não atos administrativos propriamente ditos, porque não encerram
manifestações de vontade.

 Quanto à forma
Decreto é a forma de que se revestem os atos individuais ou gerais, emanados do chefe
do Poder Executivo( Presidente da República, Governador e Prefeito). Podendo conter
da mesma forma que a lei, regras gerais e abstratas que se dirigem a todas as pessoas
que se encontram na mesma situação (decreto geral) ou pode dirigir-se a pessoa ou
grupo de pessoas determinadas. Nesse caso, ele constitui decreto de efeito
concreto(decreto individual); é o caso de um decreto de desapropriação, de nomeação,
de demissão.

Quando produz efeitos gerais, ele pode ser:

 Regulamentar ou de execução, quando expedido com base no artigo 84, IV, da


constituição, para fiel execução da lei;
 Independente ou autônomo, quando disciplina matéria não regulada em lei.
Desde a constituição de 1988 não há fundamento para esse tipo de decreto no
direito brasileiro.

Resolução e Portaria São formas que se revestem os atos, gerais ou individuais,


emanados de autoridades outras que não o Chefe do Executivo. A diferença entre os
vários tipos de atos está apenas na autoridade de que emanam, podendo uns e outros ter
conteúdo individual (punição, concessão de férias, dispensas), ou geral, neste último
caso contendo normas emanadas em matérias de competência de cada uma das referidas
autoridades.

Circular é o instrumento de que se valem as autoridades para transmitir ordens internas


uniformes a seus subordinados.

Despacho é o ato administrativo que contém decisão das autoridades administrativas


sobre assunto de interesse individual ou coletivo submetido à apreciação. Quando por
meio do despacho, é aprovado parecer proferido por órgão técnico sobre assunto de
interesse geral, é chamado despacho normativo.

Alvará é o instrumento pelo qual a Administração Pública confere licença ou


autorização para a prática de ato ou exercício de atividade sujeitos ao poder de polícia
do Estado. Resumidamente, o alvará é o instrumento da licença ou da autorização. Ele é
a forma, o revestimento exterior do ato; a licença e a autorização são o conteúdo do
ato.

Referências bibliográficas:

Di Pietro. Maria Sylvia Zanuella. Direito Administrativo

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