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COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA

Parecer ao Projeto de Lei no 200, de 10 de outubro


de 2019, de autoria da Deputada Estadual Teresa
Britto, do Partido Verde – Obriga a fixação de
cartazes nos consultórios, clínicas, hospitais
veterinários e petshops, dentro do Território do
Estado do Piauí, informando da proibição da
prática de caudectomia em animais.
I–RELATÓRIO
A Deputada Estadual Teresa Britto, do Partido Verde, propõe a
obrigatoriedade da fixação de cartazes em consultórios, clínicas, hospitais
veterinários e petshops, dentro do Território do Estado do Piauí, informando
da proibição da prática de caudectomia em animais, impondo sanções
quando se tratar de pessoa física ou jurídica.
Em fundamento a sua pretensão, a Deputada Estadual Teresa Britto
sustenta que o Conselho Federal de Medicina Veterinária, desde o ano de
2006, desaconselha a prática dessa cirurgia com fins estéticos, uma vez que
causa dor e sofrimento para os animais.
II– ANÁLISE
A prática desse procedimento cirúrgico é algo comum na história de
vários países no mundo. No entanto, com o surgimento de leis protetivas
aos animas e a Declaração Universal dos Direitos dos Animas, da UNESCO,
subscrita pelo Brasil, inclusive com uma mudança na Carta da Terra,
indicando a proibição de crueldade e sofrimentos físicos de animais,
conforme descrito abaixo:
CARTA DA TERRA:
Art.15: Tratar todos os seres vivos com respeito e
consideração.
a. Impedir crueldades aos animas mantidos
em sociedades humanas e protegê-los de
sofrimentos.
Com a mudança de comportamento, tendo o Conselho Nacional de
Medicina Veterinária (CNMV) editado a Resolução n°877, de 15 de fevereiro
de 2008, da recomendação para que os profissionais da área deixassem de
realizar a cirurgia de caudectomia e, posteriormente, em 10 de maio de
2013, editado nova Resolução n°1027, no qual proíbe expressamente a
prática de caudectomia em caninos e felinos, adequando o dispositivo aos
tratados celebrados com a UNESCO e reforçando o art. 255, § 1°, VII, da
Constituição Federal de 1988.
Ao examinar a matéria, constata-se que a mesma é de natureza
legislativa e, quanto à iniciativa, de competência concorrente, nos termos
do que dispõe o artigo 14 da Constituição do Estado, preenchendo ainda os
requisitos estabelecidos no Regimento Interno desta Casa.
Verifica-se, ainda, que tal norma proposta pela Deputada Teresa
Britto, reveste-se de boa forma constitucional legal,
jurídico e de boa técnica legislativa, observado o que dispõe os arts.96, I e
105, do Regimento Interno da Assembleia Legislativa, encontrando-se a
matéria perfeita e pronta para inserir-se no ordenamento jurídico Estadual.
Desta forma, não existindo óbices no âmbito do que nos cabe
analisar, manifestamo-nos favoravelmente à aprovação do Projeto de lei no
200, de 10 de outubro de 2019, pois não há vício de constitucionalidade.

Sala das Sessões,

Relator

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