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GG oer) lull ge) 1976 EDITORA SABER LTDA. sumartio Savério pioes, Micro-Transmissor de FM ........... ae Elio Mendes Be Olseies Cos Mas - Conceitos e Consideracdes Ill ..... 8 Hélio pearl Instalagdo de Auto-Rédios ........ an A Circuitos de Temporizagéo com Portas TTL .. 19 REVISTA SABER Reparacao de TV - Curso SENAI aes » 2S ELETRONICA Sistemas de Alarme com SCRs AS 28 Rédio —Controle 1! us ieeny . 34 Perce Png Orientaco Para o Montador ... wees Tee Fonte de Alta Tensdo Alimentada por Pilhas . 43 Tae Aumente os Agudos do seu Amplificador 4a W. Roth & Cia. Lida Aplicagées Para Amplificadores Operacionais . 49 r ABRIL S.A. Sant Cultural Industrial Linhas de Transmissfo .............. - Bas PLL - Nova Apresentacéio de Uma Velha Idéia 58 Elio Mendes rene de Oliveira Curso de Eletrénica (Ligéo 9) . 65 Revists Saber REDACAO Pattee | ADMINISTRAGAO femmes { PUBLICIDADE: TiRAGEM: 57 OOO exemplares it: Dr Catlos de boa Campos, n? 275/9 erry 03028 ~ 5. Paulo - SP soe Ta CORRESPONDENCIA: Enderecar 3 REVISTA SABER CAPA: Foto de — Radio- Controles e modelos ELETRONICA elec Ie erro Caixa Postal 50450 (03028 ~ S. Paulo - SP Os artigos assinados slo de exclusive responsabilidade de seus autores. E totalmente vedada a reprodugao total ou parcial dos textos e llustragBes' desta Revista, sob pa- ina, des_saneGes legals, salvo mediante autorizeg3o por escrito de Editara, e NUMEROS ATRASADOS: 20 propo da iltima ediedo em banca, por intermédio do seu jornaleiro, no distribuidor Abril de sua cidade ou pedidos pela Caixa Postal 50 450 — 03028 — So Paulo. SOMENTE A PARTIR DO NUMERO 45 (MARCO/76). MICRO-TRANSMISSOR DE FM NEWTON C. BRAGA ‘Téo pequeno que pode ser instalado numa caixa de féstoros, pois mede apenas 3 x 2,5 cml Sous sinais podem sor auvidos num recaptor comum de FM ume distdncia superior @ 30 metros. Facilite @ vigi jando um micro-transmissor! Couto, facilmente permite a escuta de ruides, que denuncia a presence de intrusos. ~ Vood também pode usé-lo, para transmitir 0 som de seu televisor, até » um réio portétil de FM, onde poderé ‘ouvir seus programas num fone, sem incomodar os viti- nhos nas altas horas da noite. = Vocb poderd facilmente comunicer eo seu companheira que ajusta a antens de TV, quando 2 posigéo de imagem ideal & conseguide. = Poderd transmitir o som de um gravador ou um toce-discos, ao sintonizador de FM, sem fio, ouvindo suas gravagdes em FM. = Como microfone volante, em festes ou espetéculos, vocb poderd fazer a transmissio da vor, diretamente ao sistema de som que simplesmente constaré de um receptor de FM, ligado ao amplificador principal. ~ Colocado no quarto do bebé, permitiré que o choro da crianga seja auvido & distin- cia com facilidade pela mae que se encontra atarefada em outra parte da casa. Revista Saber Eletromca E claro que as aplicagées praticas para este micro-transmissor, ndo poderiam ser todas enumeradas num Unico artigo. O lei- tor imaginoso que o montar, poderé des- cobrir muitas outras além das que citamos. O circuito basico do transmissor, 6 mon- tado numa placa de fiacdo impressa (da qual forneceremos maiores detalhes na segunda parte deste artigo) que mede ape- nas 3 x 2,5 cm. A maneira como essa pla- ca seré instalada, de modo a se obter 0 transmissor completo, dependerd muito da finalidade que o leitor pretender dar ao Projeto. - No caso do transmissor destinar-se a permanecer desapercebido, a sua monta- gem deve ser feita a mais compacta possi- vel de modo a poder ser facilmente oculto, e se possivel disfarcado em algum objeto de uso comum. Nossa sugestéo é a sua instalagéo numa caixa de fésforos, carteira de _cigarros, ou ainda, no interior de um Transmissor cut nu Iivro foleo Transmissor| figura 1 livro preparado especialmente para esta finalidade (figura 1). Derombin/76 - No caso do transmissor ser usado como microfone volante, em demonstra- ¢6es ou simplesmente para comunicagao a distncia, sua instalagéo poderé ser feita numa caixinha pléstica de dimensées apropriadas (figura 2). figura 2 - No caso do transmissor operar como retransmissor de sinais ou como oscilador fonogréfico, ou ainda na emisséo do som de um televisor, poderd ser dispensada a caixa e ser instalado no interior do proprio aparelho com o qual devers operer (guia Chave liga /destiga CARACTERISTICAS 00 TRANSMISSOR Frequéncia de operacdo 8B a 108 MHz Alcance (Alimentagao de 3 volts) 30 m Tensdes de alimentagdo 15a6V Modulacdo em frequéncia 10 Hz a 10 KHz Consumo sob tensdo de 3 volts ..8 mA Entrada de sinal ....-+.-.+++- 100 ko A publicagdo de diagramas de transmis- sores de FM, nao é novidade, principal- mente em revistas estrangeiras; entretan- to, este projeto apresenta uma inovacdo que néo sé facilita a montagem por parte do principiante como também garante um funcionamento dentro da gama de fre- quéncias desejada; nio se necessita de nenhuma bobina! De fato, 0 ponto critico de qualquer projeto transmissor que opere em frequén- cias élevadas, sempre foi a bobina. Neste caso, a solugdo para este problema, foi simples, porém de certo modo inédita. A bobina é impressa na prdpria placa em que & montado 0 transmissor (figura 4). tira de cobre fina impressa, formando a bobina osciladora figura 4 Com isso, evita-se 0 deslocamento da faixa de operacdo, que pode ocorrer pelas diferencas, segundo a maneira como cada montador enrola esse componente e que em alguns casos pode implicar em com- pleta inoperancia do circuito! A concluséo € que, como nao existe nenhum componente critico na monta- gem, sua execucdo por parte dos que pou- ca experiéncia tenham em eletrénice, & facilitade sensivelmente. Basta saber manejar um ferro de soldar e ter bom sen- so para seguir as instrugdes dadas para a montaqem e ndo haveré motivo algum 4 para que o aparelho deixe de funcionar segundo o previsto. Um unico ajuste, é necess4rio para colocar o transmissor em operacdo. O sinal do transmissor, deve ser ajustado para ter uma frequéncia entre 88 © 108 MHz, ou seja, dentro da faixa de FM (Frequéncia Modulada), para que possa ser captado por um receptor comum desse tipo. A escolha da frequéncia, deveré ser feita de modo que o seu sinal seja captado num ponto de mostrador do rédio em que ndo evista nenhuma estacdo em operagdo. Em S&o Paulo, por exemplo, o leitor teré facili- dade em colocé-lo para operar entre 104 6 108 MHz onde nao existe nenhuma esta- fo. Evidentemente, em outras cidades, a escolha das faixas serao outras e em fun- gdo das frequéncias das estacgdes que exis- tam no local. OBSERVACOES QUANTO AO ALCANCE Em nosso pais, a utilizagao de trans- missores desse tipo ndo é regulamentada, se bem que em lojas de artigos eletrénicos possamos adquirir tais aparelhos prontos até mesmo em publicagdes especializadas encontremos anuncios de sua venda. Em consequéncia, a sua utilizagdo é de inteira responsabilidade do montador. NAQ deve ser utilizada antena de comprimento maior que 0 recomendado a fim de que o sinal irradiado néo ultrapasse 0 Ambito domi liar e com isso venha causar interferéncias ‘em aparelhos vizinhos (o que por lei é con- siderado contravencdo e portanto sujeito a penas). O uso do aparelho dentro do ambi- to domiciliar 6 portanto de responsabilida- de do leitor que o montar. (Nem o autor, nem a Revista se responsabilizam pelo uso indevido do aparelho descrito). PORQUE FM A utilizagdo das frequéncias mais ele- vadas, correspondentes a faixa de fre- quéncia modulada tem seu uso incentiva- do pelas autoridades para a irradiagdo de programas de radio difusdo, néo sem moti- vos. Aevisia Saber EleteGnica Denominamos de radiodifusdo, as transmissées feitas por ondas eletromag- néticas que visam o entretenimento, a informagéio, a educacao, e no mundo intei- ro, dois processos basicos so utilizados para levar um programa de estacéo trans- missora ao receptor, junto ao ouvinte. As transmissdes podem ser feitas por meio de estagdes de AM (amplitude modulada), que operam nas chamadas fai- xas de ondas médias e curtas (na Europa também encontramos radiodifusao nas fai- xas de ondas longas) e por meio de esta- cdes de FM (frequéncia modulada), que operam em faixa apropriada, de frequén- cias muito mais elevadas (figura 5). ne se patie sour 100MHe nos ‘wba Fu teoas cuntas figura 5 Tanto as faixas de ondas médias, como as de ondas curtas, se encontram no. mundo inteiro congestionadas em vista do grande nimero de estagdes existentes, como também em vista de seu alcance, de modo que uma estacio longinqua pode ser interferida por uma estacio local e vice-- versa se operarerh em frequéncias préxi- mas. Se o leitor sintonizar seu receptor de ondas curtas a noite, poderé perceber como as estagdes esto proximas uma das outras e como isso pode significar interfe- réncias de uma sobre as outras. No caso das ondas médias e curtas, 0 problema nfo 6 to grave, pelo menos durante o dia, quando as emissées nao tem alcance muito grande. Durante a noi- te, entretanto, uma estacdo fraca de uma cidade pequena pode ser fortemente pre- judicada em suas emissées por uma esta- Gao forte de uma grande cidade distante. Mas o grande problema das estacées que transmitem tanto em ondas médias como curtas, 6 que 0 processo que util zam para levar a voz e a musica ao ouvin- te, néo permite que este a receba com per- feita fidelidade. Dezeinbro/76 Como as faixas destinadas as estacdes so estreitas, em vista do grande conges- tionamento, pois cada uma deve ocupar uma largura de apenas 5 KHz, somente sons de frequéncias até 5 kHz podem ser transmitidos nessas emissdes. Ora, nossos ouvidos alcancam para além dos 10 kHz 6 para obtermos uma boa fidelidade de reproducdo em qualquer musica devemos ter os agudos que correspondem. as fre- qiléncias de 5 kHz a 10 kHz. No caso das emissées em AM (Amplitude modulada), esses agudos sdo perdidos completamente. Os radios de AM no séo. portanto 0 que se pode chamar de ideal para a audicao da musica. O nome amplitude modulada (AM), vem do fato da onda eletromagnética portadora da informagao da misica, som etc, ter sua intensidade ou amplitude alterada no mes- mo ritmo da misica, som que deve ser transmitido. (figura 6) SINAL MODULADO EM AM AMPLITUDE PLITUDE figura 6 SINAL DE auoIo Como a onda adquire sua intensidade méxima e minima acompanhando as varia- ges do som que deve ser emitido, nos ins- tantes em que ela se “enfraquece”, torna a emissdo bastante vulnerdvel a interferén- € ruldos, Assim, além de ndo obtermos ‘boa fidelidade nas transmissdes de AM {ondas médias e curtas), esas transmis- sées sio bastante afetadas por interfe- réncias de outras emissées ou ruidos pro- vocados por mds condigdes atmosféricas, motores, aparelhos elétricos, etc. No caso das emissdes em frequéncia modulada (FM), temos diversas vantagens sobre AM. Na emissdo em frequéncia modulada, € utilizada uma frequéncia muito mais ele- vada de emissées, numa regido em que nao hd um congestionamento de estacées. Na verdade, as ondas utilizadas em FM. caracterizam por ser propagarem até uma 5 distancia limitada da estacdo, de modo que mesmo a uma distancia de uns 400 km, por exemplo, uma estac4o nao interfe- rird na outra, pois uma se encontra fora do alcance da outra. Com isso, pode-se distri buir as frequéncias entre as estacdes de um pais sem 0 perigo de uma interferirna outra . (figura 7) =—— ESTAGAO | —— figura 7 © alcance médio de uma estacdo de FM (por maior que seja sua poténcia, inde- pendente de condigdes especiais de pro- pagacdo), estd em torno dos 200 km Com isso, para cada regio, pode-se destinar um espaco maior para cada esta 0 que, com isso teré uma faixa maior para a transmiss8o dos sinais de audio, ‘obtendo-se portanto muito maior fidelida- de na reproducdo da misica. De fato, néo 86 podem ser transmitidos sons de uma faixa que se estende até os 10 KHz (ndo se perdem os agudos), como também, por uma nica emissdo podem ser transmiti dos dois canais de som ou seja, dois sinais, ou até mesmo quatro obtendo-se a recep- co estereofonica (FM-estéreo), ou a recepcdo quadrifénica (FM-quadrifénico) (figura 8) A modulacéo em frequéncia (FM). caracteriza por se fazer a frequéncia do sinal a ser emitido, variar no mesmo ritmo que o sinal de som que deve ser levado 20 receptor. (figura 9) No que diferem os transmissores e os receptores de FM? GRAVES. MEDIOS FAIYAS DE EMISSAO £ FAKA AUDIVEL aguD0s figura 8 SINAL MODULADO EM FREQUENCIA Mt AMPLITUDE CONSTANTE SINAL DE AUDIO fuia 9 No caso de uma transmisso em ondas médias, as frequéncias das estacdes séo relativamente baixas, entre 550 e 1600 KHz, 0 que significa que os circuitos no precisam ser muito criticos. Encontramos Rensta Saber Eletrénica nos receptores comuns uma etapa de sin- tonia que seleciona o sinal que queremos ouvir, e depois etapas de amplificaco de frequéncia intermediéria, normalmente 455 KHz, e a etapa detectora que extrai do sinal de Fl de alta frequéncia, o sinal correspondente aos sons que devem ser reproduzidos. {figura 10) CONVERSOR ETAPAS OE FI sce AMPLIFICA- DOR DE AF Num receptor de FM, também encon tramos logo de inicio uma etapa de sinto- nia, mas como a frequiéncia em que deve operar é bem mais elevada, encontramos, diferencas em relacdo aos receptores de AM. Os receptores de FM devem sintoni- zar frequéncias entre 88 e 108 MHz, de modo que além de todas as ligacdes serem curtas e diretas, 4 propria bobina consta de um némero bem menor de espiras. A frequéncia intermediaria (Fl), também & bem mais elevada que num receptor de EYE figura 10 AM. a separacdo dosinalde Fl do sinal de Audio [correspondente aos sons que devem ser ouvidos}, é feita por uma etapa denominada “discriminador’’. A partir do momento em que o sinal de audio ¢ obtido, 0 amplificador para o rédio de AM ¢ FM pode ser 0 mesmo. Normal- mente nos rédios de duas faixas (AM e FM), encontramos um anico circuito operanda quer quando se sintoniza uma ou outra faixa. [figura 11) \ CONVER- ee 08 aN |—) FI / AM DETETOR = I ne Aun CONVER- DISCAI- Esta iC ae SOR FM Fir FM MINADOR| FTE | figura 11 No mercado, atualmente, sda disponi veis diversos tipos de receptores portateis de custo relativamente baixo que podem captar as estacdes de FM. Se bem que tais receptores nunca pos- sam captar estacdes distantes, a ndo ser em condicdes especiais, a obtencéo da audicéo de musica com boa fidelidade, aliada 4 imunidade a ruidos que este tipo de transmissdo oferece, compensa plena- mente a aquisi¢do desses aparelhos. transmissor que descrevemos neste artigo, e de cuja montagem propriamente dita falaremos na segunda parte, destina— se a ser ouvido num receptor de FM (por- ttil, de mesa, ou de automével), e com o Devernbroi 76 processo de modulacdo de frequéncia operando numa frequéncia elevada conse- gue-se com um minimo de componentes, aliar boa sensibilidade, fidelidade de trans- missio 2 um alcance elevado para seu tamanho. Os sinais de freqiléncias elevadas, caracterizam-se por sua penetrag¢ao muito maior quando se trata de pequenas potén- cias em distancias ndo muito grandes, sem obstaculos. Aguarde a segunda parte do transmis- sor, e se vacé ndo tém um bom receptor de FM, comece a procurar por um, que 0 emprendimento valeré a pena “COS MOS - CONCEITOS E CONSIDERACOES”- III eps | ieee Bs PAULO CESAR MALDONADO Prossoguindo com a aprasentacéo das principais fungées légi- cas disponiveis em tecnologia Cos-Mos, neste artigo damos mais alguns circuitos de modo a permitir que o leitor tena sou préprio manual. Uma fungao bastante importante 6 @ exercida pelos Registros de Deslocamen- tos (Shift Registers). Um registro é simplesmente um conjun- to de flip-flops e circuitos associados de tal modo que 0 conjunto em sua totalidade possa exercer determinada fun¢éo. 8 O registro de deslocamento, representa um registro binério com capacidade para deslocar 0 contetido do registro, uma eta- pa de cada vez, para a direita ou para a esquerda, por meio da entrada de desloca- mento (shift Input). Dentre os circuitos integrados COS MOS que exercem esta fun¢ao citamos os. Revista Saber Eletinica seguintes: cD4006 cD4031 Mc14517 cp4014 cD4034 MC14549 cD4015 cD4035 MC14559 cD4021 cp4062 MC14562 Nas figuras seguintes damos a disposi¢ao dos terminais desses circuitos: Pirvstuer a) Parle Inpwifoarss Output ott [iit “s , ure z Jeeistace a) Er Stage Asynehonous Praia tnpniSeah Out “er ome— p iL Lt. Ca fda spe of an x0 —} Dezembro/78 aT 5A (Dual 4Stoge with Sein InpuriParial Output ca aion 12 DDog coacata Beige ‘arstace mecisten oe ePivevty out, coaaasa 4st with 3K input 200 OFAN = cup fp cuz0 S2¢ (MC 14549/MC 14559 sical Appesimelon tition Pa Fae 40—fo10ck ie so—we 2 o-4 se Saeed 10 O-| Fro ore ty to—fone a orto 12 O—] WE aieo32 o48 o64 ag in6 Yes * Mcvase2 128-88 State Sil Regier ar6/-—o10 a2] —0 13 cub oo ace} —o1 ono} —os so—feteee ong . 0128} —0 3 120—Joue A outra fungdo a ser focalizada é a for- mada pelos contadores (counters). De modo simplificado podemos dizer que um contador consiste numa disposi- Ao ldgica de flip-flops de tal modo que o estado desses flip-flops seja uma repre- sentagdo em bindrio do numero de pulsos aplicado ao circuito. Como a capacidade de representacéo em binério do ndmero de pulsos de entra- da depende do numero de flip-flops e de sua maneira de ligacdo, hé uma limitacgo para o numero de pulsos que se pode “contar” num circuito desse tipo. Deste modo, quando o numero de pulsos excede © maximo, no pulso seguinte o circuit & "zerado” ou seja, volta ao seu estado ini- cial. Damos a seguir os circuitos disponiveis em tecnologia COS MOS para esta funcdo: 10 cD4017 cD4018 cD4020 CD4022 cD4029 cD4040 CD4045 CD4059 MC14510 MC14516 MC14518 MC14520 MCi4521 MC14522 MC14526 MC14534 MC14536 MC14553 MC14566 coun7A, Decade Cauntar)Oivides Plus 10 Deseo Decimal Outputs Ne eo & & tor 5. ‘COMO Pretshie Divideby-"N" Counter ‘ined or Progremmasie, 0a vie by Counter/ Divider ‘cD40204, Pramtable, Up/Down Counter Binary or BCD Decade Rewsia Saber EletrOmea ’ —— 5 paneer es PEERS os i va ‘eDeoon (eDeosA 12S 21.8998 nfo ts a SEF ovg—) Loon _ginge ‘GOe0098 Prati “_ Programmable Divicety mc14518 ~ us! aco 1 Programmable Zputteirmy } UP Counters weusas mcvs27— eco; Prost MOVERS — Boal Binary 24.8tag Frequancy Divider MC14526 — Binary 1 OWvidedoy it Counters Ene aa} —oe. 50—Jop, oz}—os 20—Jor, roo—|un asf —o1 so—fe eto oss Mctasa8 Fea Ti Deena Count Frowarambie Timer ao—lca oe la mevasss a eo} —o 20 ‘Tiree Dgit BCD Counter ers66 |S aay Saat {nduniat Time Base necator 20—Jun a2f—e woe outbes ais 19o—}sc Cou wt sot B 1 O—aca ata =o 80] ssuneg — outfp—o2 70—Jroee —oom2tos '° 1s o—den a no— eyo " om | —os to Mode 3} —o 6 7 o—{ct0es nm 3 mt 0%} 08 Monon R808 Lois & to se conras 298 | ——0 12 lowinn OF 2 org|—ora we ro—dn o73| om i . . Om 10 Yop- Pin 24 Voorn 6 tone Wags eine. Vagrrine, Xposri se veg Fink Deze nin "1 Os decodificadores tem uma importan- cia muito grande nos circuitos légicos, pois fazem a converséo de uma saida bindria, ou bindria codificada em decimal transfor- mando-a em decimal ou num sinal compa- tivel A produ¢do de digitos em displays de 7 segmentos. No primeiro caso, tem-se uma entrada para o sinal codificado em bindrio e 10 sai- das correspondentes aos equivalentes em decimal do sinal de entrada. Este tipo de decodificador € usado na excitacdo de No segundo caso temos uma entrada ou conjunto de entradas (4) correspondentes ao sinal binério e 7 saldas correspondentes aos segmentos do mostrador. Estes circuitos so também dotados de recursos que permitem seu acoplamento a outros de mesma série de modo a fazer a transferéncia dos excessos (vai 1), de per- mitir 0 rearme do conjunto (reset), etc. S80 os seguintes os decodificadores disponiveis em tecnologia COS MOS. mostradores que tenham uma entrada CD4026 cD4055 MC14515 para cada digito como os tubos nixie, que CD4028 cD4056 MC14543 operam com uma tensdo relativamente CD4033 Mc14511 MC14555 elevada. cD4054 Mc14514 MC14556 cocmnn LOSER he I ebb ue ate cowzea code Counter/Owtr with 7-Saprent ‘Orlay Ouinus and Display Enable = emer feo SEP cpto2na (80040-Oecimal Decoaer ee REE@ oan cDs084a, ‘eoensea Dreads Countorbiaber lth 7Sapmant Ligui-Crystal Driver SingeDight Liquic-Crystal Diver Display Outputs and Ripe Blanking ‘lee wath Stroued-Latch Funetion Sinle-DigtLigud-Crytal Dri vith "Display Frequency” Quint 12 mousi1 [BCD Seven Sepa Lateh/Decoder/Dri Je sLon eR! sone Wg nes vo een Se ia DISPLAY {516 B59) Revista Saber Eletsbnica Mc145 4, Me14515 : pee eee arf) slow fen fs aie sess ek el [4/516 Mc14s66 Dust Binary To tof Daconer'Demulipixer Vpo= Pin 16 Veg Pin PREZADO LEITOR: POR ENQUANTO NAO ESTAMOS ACEITANDO ASSI- NATURAS. NAO PODEMOS FORNECER OS NUMEROS 1 A 44. EM SUA CORRESPONDENCIA, NAO. ESQUECGA DE COLOCAR “REVISTA ELETRONICA”. Dozombnol76 13 INSTALACAO Anan Wn LTA DE AUTO-RADIOS 4s Nao sao raros os casos em que o bom desempenho de um aute-rétio & seriamente comprometida pela falta de atencéo na exe- cugdo dos diversos itens contidos nas respectivas instrugies de montagem. Este artigo visa a esclarecer a melhor rhaneira de inst lar um auto-rédio, de qualquer tipo, seja de madelo simples ou mai complexo. 0 funcionamento perfeito de um auto-rédio dependé, obvia- mente, dos seus acessérias. Vejamos entéo, qual 0 pracedimento correto para sua instalagao, diminuindo assim, possiveis divides. As antenas mais recomendéveis so as metélicas, pois, s4o as que menos interfe- réncias captam. A instalaco da antena deve obedecer a certas normas, ditadas pelo fabricante, e que visam proporcionar o m&ximo rendi- mento possivel. Um fator importantissimo, na sua locali- zaglio € a escolha de pontos afastados das fontes de interfer8ncias, pois caso contré- tio, seré facilitada a captacdo de toda sorte de interferéncias cuja eliminagao se torna- ‘4 difictlima, neutralizando a aco de qual- quer acessério de supressdo de ruldos. 4 CONSIDERACOES SOBRE A MONTAGEM DA ANTENA Sempre deve ser o mais perfeito vel, 0 contato elétrico entre a base de antena e a carroceria metdlica do vefculo. Podem ocorrer casos, em que se estabele- ce uma pequena impedancia parasita, devido a presenga de uma resistncia de contato. Esta impedancia, age como ante- na, por onde podem penetrar os picos de alta tensdo gerados no sistema de ignicdo. © mesmo tipo de defeito pode ocorrer quando a antena possui uma boa conexio a terra, porém, 0 autorddio propriamente Revista Saber Eletténica Antena Detaine 8 Detathe ©. Detaine Detaine A Figura 1 - Ponto de localizagao da antena e pontos de localiza¢do dos alto-falantes no interior de um automével. Os detalhes sdo analisados nas figuras seguintes. dito, no possui a necesséria conexdo elé- trica, entre sua caixa metélica e a carroce- ria do automével. Depois de efetuar a furagdo da carroce- ria, de acordo com o desenho fornecido pelo fabricante da antena, deve-se lixar (para remocao de rebarbas) e untar com graxa grafitada a parte intema da chapa. Essa providéncia possul duplo efeito, qual seja, melhorar o contato elétrico e impedir a formago de ferrugem na parte exposta da chapa. € importante observar a correta colocagao da arruela dentada, na base da antena, para facilitar 0 contato de terra. COLOCACAO DOS ALTOFALANTES Os alto-falantes séo transdutores que convertem a energia elétrica em energia actistica. Como sdo destinados a reprodu- ¢40 de misica (entre outros sons), so pro- jetados e construidos para que oferegam a maior fidelidade possivel. A preservacdo dessa fidelidade exige uma protecdo adequada, seja contra os raios solares (por meio de uma tela metéli- ca), seja contra o pé (através de uma pro- tecdo de tecido). Cabe aqui, um alerta aos proprietérios dos veiculos onde serao instalados os alto- -falantes, que séo bastante suscetiveis a mudangas bruscas de pressdo. Com efeito, os alto-falantes especiais para automéveis nao possuem prote¢do contra motoristas descuidados, que batem as portas com violéncia, quando todos os vidros das jane- las estéo fechados. Com isto, 0 cone do Desernbiol76 alto-falante sofre um verdadeiro martirio, podendo até mesmo romper-se precoce- mente. Qs alto-falantes expostos, como os que 0 montados no interior do porta-malas, deverdo ser protegidos contra batidas em seu corpo, que poderiam danificd-los seria- mente. Para a instalacéo, devem ser consulta- dos os desenhos da figura 3, 4, 5,6 e 7, para a escolha do sistema mais adequado. SUPRESSAO DE INTERFERENCIAS” Normalmente, todos os automéveis j4 saem da fabrica com supressores de ruidos instalados nas velas. Caso se constate alguma interferéncia deve-se verificar o valor de resisténcia encontrada no supressor. Estando correto esse valor (5 210k), deve-seintercalarum resistor supressor no circuito de ignicdo, entre a bobina e © distribuidor. No restante do motor, pode-se utilizar capacitores como supressores de interferéncias. Na colocagdo destes filtros, deve-se observar dois pontos: primeiro, se os pon- tos a serem filtrados (bobina de alta ten- séo, gerador, regulador etc) esto com suas ligagdes de massa perfeitas e segun- do, se a ligacao do capacitor a massa do veiculo esta perfeita. VERIFICACAO DO FUNCIONAMENTO CORRETO DO AUTORADIO. Calibra-se o trimmer da antena na posi- ao AM, com o receptor sintonizado numa 15 Antena Esquerda Lateral Esquerda Fede ale regiéo situada entre as emissoras, para obter méximo ru(do. A seguir, sintoniza-se uma estacdo fraca na faixa de AM e liga-se o sistema motor do automével. Caso surjam interferéncias, deve ser feita uma reviséo da fixacdo da 16 Sy) Figura 2- ey da localizacao dos altofalantes e da antena, Porta Direita Betaine antena e do autorddio, assim como do estado dos supressores. Se estiver tudo em ordem, deve-se tentar melhorar a supresso mediante a aplicagdo de fitas— masses. Todos os resultados dos testes aplica- Revista Saber Eletrénica C saida 1- Frontal A ae 2 2-Traseiro ; ashe ae es 3-Frontal + Trassiro Mono 3 ol 2 eo i saida AF Auto radio Frontal Mono AF Traseiro AF + Frontal saida Auto radio Mono AF Figura 4b - Ligagdo da safda do autorddio Traseiro com 2 alto-falantes, mediante emprego de chave seletora ou potenciémet ) Auto rddio Figura 3 - Ligacéo do autorddio com 1 alto-falante. Normalmente 0 alto-falante Seré colocado no painel, conforme figura 1 e 2 (detalhe B) Dezembro! 76 dos devem ser analisados com bom senso; desta avaliagdo depende o bom éxito dos trabalhos. CONCLUSAO Qualquer técnico pode instalar um auto- rédio, desde que siga as instrugdes de ins- talagéo, que sao suficlentemente claras. Obedecidos os diversos itens das instru- Ges de montagem, vocé conseguird insta- lar seu autoradio sem maiores dificulda- des. saida Canal Ss Direito ® 2,422" Zout Figura 4a - Ligacdo do autorédio com 2 alto-falantes. Normalmente os alto-falan- tes possuem o mesmo valor de imped&n- cia @ esto ligados em fase, conforme a distribuic&o das figuras 1 e 2, detalhes Ae B. Figura 6b - Ligagdo da safda do autoradio estéreo com 4 alto-falantes e controle de balango dindmico. JAF Frontal (detaihe B) AF Traseiros (detaine A) Positivo Figura 5 - Ligagdo da salda do auto-radio estéreo com 3 alto-falantes, conforme detalhes A e B. soida Canal Direito i lo i @ Figura 7 - Processo para fasear os alto-fa- lantes: Se se ligar momentaneamente o interruptor $1 @ 0 cone realizar um movi- mento para a frente, anote a polaridade positiva no fio que estiver ligado ao (+) da bateria. Caso contrério, marque positive no fio ligado ao polo (-) da bateria. Proceden- Figura 6a - Ligacdo da sdida do autorédio do assim, acharé a fase elétrica de todos estéreo com 4 alto-falantes. os alto-falantes. 18 Rewsia Saber ElettOnice CIRCUITOS DE TEMPORIZACAO COM PORTAS TTL De uma forma geral nos circuitos biné- rios se verificam dois valores ou limites de valores da tens&o do sinal, comumente denominados estados. O valor mais alto da tensdo de sinal - V;, - 6 denominado esta- do alto e, o valor mais baixo da tensfo de sinal - Vj - conhece-se por estado baixo, Usualmente estes dois estados so rey sentados abreviadamente pelas letras e “L", respectivamente: H de “high” (alto) e-L de “low” (baixo). © sinal de salda 6, normaimente, no caso mais simples, obtido a partir de dois sinais de entrada e, este tipo de circuitos em que, a partir da combinag&o de dois ou mais sinais de entrada, se obtém um sinal de safda, recebem o nome de portas (“gates" em inglés). Um determinado circuito de componen- tes bindrios integrados que se caracteriza pela agéo combinada de, unicamente, transistores, conhece-se pela abreviatura TTL proveniente da expresso inglesa “Transistor Transistor Logic’ (légica tran- sistor-transistor). Isto representa que a |6- gica binéria 6 realizada apenas por transis- tores; no entanto existem outros tipos de circuitos que além de transistores empre- gam diodos para realizar suas funcdes binérias, entre outros. Este tipo de circui- tos so conhecidos pela sigla DTL (Diode Transistor Logic). Existem outros tipos de “légica”, porém, em virtude da finalidade Deven tra/76 AQUILINO R. LEAL deste trabalho n&o se enquadram no mes- mo. Dentre as portas TTL mais conhecidas e que maior aplicago encontram na pratica destacam-se as portas “NAND" e “NOR”. Estas expresses sfo provenientes da con- tragdo das palavras inglesas “NOT AND” e “NOT OR" podendo ser traduzidas respec- ‘tivamente como NAO E e NAO OU. Estas Portas podem apresentar, duas entradas (nGmero minimo), trés, quatro ou oito entradas (ndmero,méximo) num mesmo Cl (circuito integrado), possibilitando um nt- mero limitado de combinacées possiveis de entrada. A figura 1 mostra a simbologia empre- gada, usualmente, na maioria dos casos Para estas duas portas. Existem outras simbologias mais ou menos complexas, porém, as apresentadas sdo reconhecidas internacionalmente. a (A) a >) > (B) a,b - ‘entradas ¢—saida Figura 1 - Simbot NAND - (A) - @ Nt prapede para repesentarao das portas 8) 19 A porta NAND se caracterizaporapresen- tar um sinal de saida baixo (estado L) uni- camente quando todos os sinais de entra- da estiverem no estado H (alto); a porta NOR fornece o éstado H de safda quando, pelo menos um sinal de entrada estiver no estado L - vide a tabela verdade destas portas na figura 2. Figura 2 - Tabelo verdade para as postas NAND @ NOR As portas NAND também s&o identifica- das pela sigla H-AND e as NOR por L-NAND; isto sé deve ao fato da correla- cdo existente entre as légicas (negativa ou positiva) aplicdveis as portas em questéo. Os fabricantes das portas TTL padroni- zaram, relativamente, as seguintes especi- ficag6es de funcionamento das mesmas: ~ tens&o de alimentagéo: 5 volts + 5% - tensdo de salda: no estado H (alto) - valor minimo: 2,4 volts no estado L (baixo) - valor méximo: 0,4 volt - tensdo de entrada: no estado H - valor minimo 2,0 volts até o valor méximo de 5,5 volts no estado L - de 0 (zero) volt até o valor méximo de 0,8 volt - para 0 méximo valor de tenséo de ali- mentagéo (5,25 volts) tem-se: corrente de entrada positiva (1) para a ten- so de entrada de 2,4 volts, no méximo 40 yA 5,5 volts, no méximo 1,6 mA corrente de entrada negativa (2) para a tensdo de entrada de 0,4 volt, no maximo 1,6 mA Estas especificagées se basearam nos dados fornecides pela Motorola para as portas de sua fabricacdo, dentre elas: MC-7400 (NAND) e MC-7402 (NOR). Cada um destes Cls incluem quatro portas com duas entradas e uma'saida cada uma independentes entre si; apresentam a con- figurac4o fisica conhecida por “‘dual-in-li- ne” de 14 pinos - figura 3. A identificacdo dos pinos é feita contando-os pela parte superior (Cl com os “pés” para baixo) a partir do lado chanfrado ou marcado, retornando a este ponto no sentido anti- -hordrio. (1) Denomina-se corrente de entrada posi- tiva a corrente que entra numa porta desde 0 circuito externo através de uma de sues entradas (a ou b - figura 1). (2) Denomina-se corrente de entrada negativa a corrente que a porta envia ao circuito externo conectado a uma de suas entradas. (— Nano-7400 14613 12 1 10 9 8 Ea 1 2 3 4 5 6 7 PINO 7 — TERRA (-Vcc) PINO14— +Vce NOR - 7402 4 13 12 NW 9 B Oo Figura 3 - Configuragies das portes 7400 © 7402 20 Revista Saber Eletdnica Numa dada aplicac&o prética pode-se 1 - as entradas estardo unidas entre sie se fazer necessério controlar uma porta por controlam conjuntamente: apenas uma tensdo de sinal, devendo per- manecer as demais em condicées tais que 2 - as entradas ndo controladas serao permitam o referido controle adequada- mantidas em aberto, ou mente por uma entrada. Para conseguir-se tal intento existem as trés seguintes possi- 3 - as entradas que no irdo ser controla- bilidades: das se conectam a terra - fig. 4 a | 1 Gf a | entrada livre brant i {ps i ra controle ! t 1 a E par a [e) ot B a, 2, do tonte nonin de alimentagao a) (2) (3) Figura 4 - Formas de controlar as portas NAND ou NOR, de duss entradas, por apenas uma fonte de sinal Para o primeiro caso (entradas unides) verifica-se através das tabelas verdade (fi- gura 2) que ambas as portas NAND e NOR comportam-se da mesma forma, pois a diferenca légica entre estes dois tipos de Porta verifica-se unicamente quando as duas entradas apresentam estados légicos Figura 6 - Tobela verdada para as portes 7400 e 7402 com uma complementérios, isto 6: estados L e H. ied wares Considerando que ao se deixar uma entra- da TTL livre se supde um sinal de entrada em nivel alto (H) e que uma entrada ligada massa equivale um sinal de entrada em nivel baixo se deduzem as tabelas verds- des mostradas nas figuras 5 e 6 extraidas, convenientemente, das tabelas verdade da figura 2. Observar que no primeiro caso exclui-se a possibilidade da entrada a estar em nivel L enquanto no segundo caso; a entrada a presenta, unicamente o estado L Para os circuitos de temporizaco que se trataréo, empregar-se-do as portas NAND Alelc] H[e [a LH [Hf | Figura 6 - Tabeca vedade das potas 7400 e 7402 com ums Figura 7 - Configuraio interno da ume das qunto portes NAND ‘entrade (a) livre ou aberta do Cl 7400 Dezernbvai 76 a 7400 (NAND) e 7402 (NOR), cujas confi- guracées internas podem ser vistas nas figuras 7 e 8. Além dessas portas, cada cir- cuito de temporizagao inclui uma rede RC com a qual se fixa 0 periodo de temporiza- cdo. Figura B - Configuragdo interna de de uma das quatro portes do cl 7402 Na figura 9 esté mostrado um circuito temporizador tipico, empregando duas portas NAND identificadas pelos némeros 1 e 2. Em condig&o de repouso tem-se os seguintes estados: V2.» H - porque a entrada da porta 2 encontra-se ligada 4 massa por intermédio da resistncia R de baixo valor, e Vol + L-porqueumadasentradasdapor- ta 1 est4, por intermédio da porta 2 em H e, a outra entrada, estd em aberto ou livre. Com as condicdes apresentadas, iré cir cular por R uma corrente que 6 provenien- te da entrada da porta 2; o maior valor per- mitido para esta corrente negativa (2) 6 de 1,6 mA como jé se viu. De acordo, ainda, com as caracteristicas apresentadas, Vio nao poderé ser maior que 0.4 volt (400mV). Desta forma, o valor maximo permitido para a resisténcia R seré: 22 R 400 mV méx= Fk T2502 Com este valor de R, a tens#o de saida da porta 2, Vo2, esté em estado alto (H); este nivel 6 aplicado diretamente a entrada néo controlada da porta 1 fazendo com que a tensdo de safda desta porta, Vo1 , nao seja superior a 400 mV,o que caracteriza o ni- vel baixo. Isto permite afirmar que o capa- citor esté descarregado - potenciais iguais, em relacdo a terra, em seus terminais. Para dar partida, isto 6; acionar o perfo- do de temporizagéo, se faz necessério inverter o estado da porta 1; isto 6 conse- guido baixando-se o potencial para, pelo menos, 400mV, o que caracteriza 0 estado Le, com isto, Vo1, que estava em L, passa para H. 0 capacitor por sua vez, devido a néo estar carregado,transmiteinstantaneamente este nivel alto para a entrada da porte 2, tornando Vj2 alta e, de acordo com a tabe- la da figura 5, Vo passa instantaneamen- te do estado H para o estado L (observar que a outra entrada desta porta, por estar livre, encontra-se no estado H). Este esta- do baixo de salda da porta 2 6 aplicado a uma entrada da porta 1 fazendo com que o circuito se realimente. Mesmo que o pulso que originou a partida cesse, isto 6, volte ao estado H, a realimentacao faré com que a safda da porta 1 se conserve no estado alto até 0 término do perfodo de tempori- zacdo. Paralelamente a isto, o capacitor come- ¢a @ carregar-se com a tensdo de saida da porta 1 (nivel H), através da resisténcia R da resisténcia de salda desta porta que, em principio pode-se desprezar. A medida que o capacitor se carrega, a tensdo de entrada, em relacdo a massa, da segunda porta vai decrescendo gradualmente na mesma raz4o que a tensfo entre as placas do capacitor vai aumentado. Quando a teferida tens4o sobre a resisténcia R alcan- ga um valor menor que Hmin (2.0 volts) porta 2 comuta e a sua tens&o de salda Vo2 aumenta. Este nivel alto de tenséo, porque 6 realimentado a porta 1, faz com que a tensdo de salda Voi diminua. Esta diminuigéo de tensdo de salda da primeira porta atua, através do capacitor, sobre a entrada da segunda porta fazendo com que © processo se acentue mais ainda, até voltar ao estado inicial ou de repouso. Em Revista Saber Eletrénca realidade este processo de comutacdo 6, praticamente, instanténeo. O perfodo de temporizacdo 6 o lapso de tempo contado a partir do instante em que a saida comuta do estado H para o estado L devido a aplicac&o do pulso negative a entrada da primeira porta, até o instante am que a tensdo de saida Vo2 volta para o. estado H ou inicial; este tempo, represen- tar-se-4 por tt. A determinagdo do perfodo de tempori- za¢&o 6 bastante complexa, pois, depende de varios fatores, dentre eles, citam-se: 0 valor exato da tens&o de salda da porte 1 em nivel alto e, o valor da tensdo minima que provoca o disparo da porta 2‘ para rei- niciar o ciclo. O primeiro situa-se normal- ee ments entre 3,0 6 4.0 volts enquanto o segundo pode. estar compreendido na faixa de 1,2 a 1,6 volts ou mais. Esta ampla for- ma de valores n&o permite instituir com sxatidao o perfodo de temporizacdo forma- do pela rede RC. porém, para muitas apli- cacées 6 suficiente apenas ter-se uma idéia deste perfodo e 6 do que se ird tratar a seguir, Figura 11 - Variapéo de tensio Vi2 com a tempo, pars VOI valendo, respectivamente 4,0 e 3,0 volts. evemb 16 23 Mostra-se para 0 circuito da figura 10, extrafdo da figura 9, que t Vi2=Vo1e RE @, de acordo com o que fol dito acima, Vol, na pratica, oscila entre 3 e 4 volts enquanto Vj situa-se entre 1,2 6 1,5 volts. Tragando as curvas referentes a equa- ¢&o acima para os dois mais provaveis valores de Vo1 conforme é visto na figura 11, encontram-se diversos periodos de temporizagdo que correspondem a cons- tante de tempo T (I8-se: “tau”) dada pelo produto RC a fora de uma constante. No pior dos casos, o intervalo de temporiza- 80 é dado por tt - 0,70 RC ou, tt - 0,70 @ no melhor dos casos por te- 1,2 RC ou tt- 1,2 Adotou-se o valor da constante sendo 0,80 que corresponde a Vol - 3,1 voltse Vi2 - 1,4 volts, entéo, de uma forma geral, © perfodo de temporizagéo € calculado, aproximadamente, por tt -0,80 RC ou tt - 0,80 A constante de tempo RC deste tempo- rizador 6 pequena devido ao baixo valor de R = 2502. Parauma capacitancia de 10 y F tem-se RC = 260 x 10.10-6 = 2,5 ms consequentemente, o periodo de tempori- zagdo 6: tt-.0,80 x 2,5 = 2,0 ms Como se pode observar, o periodo de temporiza¢ao 6 pequeno; um aumento sig- nificativo do valor da capaciténcia - este, ao contrério da resist&ncia, pode variar livremente - iria tornar volumoso 0 circuito, encarec6-lo além de torné-lo pouco confié- vel; no entanto o valor da resisténcia R (fi- gura 9), na pratica; pode oscilar entre1002. e 8002 ¢,assim,comovalorde 5602 paraa resisténcia e 1009 para o capacitor obtém- se um perlodo de temporizagSo de: 't = 0,80 x 560 x 100 x 10-6 = 45msque ainda 6 pequeno. Este 6 um dos inconve- nientes do emprego de circuitos de tempo- rizagéo com, unicamente, portas, no entanto estes pequenos perfodos de tem- porizagdo so, justamente, os que se preci- sam nos circuitos digitais. Raramente este tipo de circuito 6 empregado em outros casos, 24 Figura 12 - Temporizador com portas NOR Outro circuito temporizador com portas TTL (NOR) 6 apresentado na figura 12; 0, funcionamento deste circulto se explica de forma anéloga a anterior. A entrada n&o controlada da porte 2 est4 aterrada, pois se trata de uma porta NOR, nestas condigées se verificam os seguintes estados de repouso: Vit > Le Vo2 » L Para que este Gitimo se verifique, a entra- da ndo conectada a massa da porta 2 deve estar no estado alto e para tal, a resistén- cia R deve ser suficientemente alta - na ordem de alguns milhares de ohms. A ten- sdo de safda Vol da porta 1, por ter as suas duas entradas em nivel baixo, esté em nivel alto. Portanto, o capacitor C na condigéo de repouso apresenta-se descar- regado. Ao aplicar-se um pulso de tensdo positi- vo-nivel H - entrada da primeira porta, a safda passa, bruscamente, do nivel H para © nivel L. Esta brusca variag&o € transmiti- da através do capacitor C a entrada da por- ta 2 e, portanto, a sada desta porta comu- ta do estado L para o estado H e, em con- sequéncia, 0 nivel L de safda da primeira se mantém, devido a realimentacéo entre as duas portas, mesmo que cesse o pulso positivo de partida aplicado a entrada con- trolada da primeira porta. ‘Agora circula uma corrente através da entrada da porta 2 que esté interligada a R e C. Uma parte desta corrente 6 orientada a terra através da resisténcia R; outra parte ird carregar o capacitor C. A tens&o de car- ga do capacitor é dada pela diferenca entre as tensdes sobre R e a tensdo de saida Voi da porta 1. O circuito se mantém neste estado até que © capacitor se carregue e, quando isto acontece, o circuito volta a seu estado ini- cial ou de repouso. O perfodo de temporizacdo esté condi- cionado aos mesmos critérias que os do Revista Saber EletrOnioa circuito da figura 9, podendo ser determi- nado através da expressdo te - 0,85 RC Com C - 100 u Fe R -5,6kQchega-seao perfodo de temporizacdo de. t= 0,85 x 100.10-6 x 6,6 x 103 =476 ms Observa-se que os perfodos de tempori- zap8o obtidos conr este circuito sfo maio- res que os obtidos com os circuitos de temporizagéo que empregam portas NAND - figura 9. Um dos principais inconvenientes dos circuitos que apenas empregam portas TTL @ uma célula de temporizagéo RC, é 0 Ppequeno perfodo de temporizacdo possivel de ser obtido - da ordem de milisegundos. Outro inconveniente consiste em que, uma vez decorrido um perfodo de temporizacao, iré necessitar-se para a descarga do capa- citor que foi carregado durante o referido perfodo, um perfodo de tempo da mesma ordem que o de temporiza¢ao, isto é: 0 tem- po de recuperacio nestes circuitos 6 aproxima- damente igual ao de temporizacdo; isto equivale a dizer que o periodo de repeticéo é, praticamente, igual ao dobro de tempori- za¢4o; isto torna estes circuitos inaptos Para operarem com frequéncias de repeti- do altas. Além disto, qualquer variago da tensdo de alimentagao, corresponderé a palpaveis variagbes do perfodo de temporizacdo, pols, estas variagSes provocar&o valores de tens6es de saida maiores ou menores fazendo com que as curvas da figura 11 se desloquem, paralelamente, para cima ou para baixo, alterando o ponto de operagdo do circuito. Especificamente, para o circuito da figu- ra 12, observa-se que a salda Vo2 diminul lentamente ao ir finalizando o perfodo de temporizagéo néo havendo, portanto, uma comutacdo brusca ou répida entre os ni- veis H e L. Dozembioi 76 ea OMO VAI iNDO O NOVO SISTEMA DIGITAL DE COMUNMICACOES 7 25 Pee a eee ey Ue Reparacao de TV — Curso Senai ee eie aay eee carl Ce Cre anaemic Roary ic ae Cte ict IMAGEM Ausente - sem video CIRCUITOS A SEREM VERIFICADOS Considerando que se trata de uma deficiéncia tipica das etapas de video, podemos eliminar qualquer possibilidade de falha nas etapas do 4udio, j4 que o som é normal, Sao os seguintes 08 circuitos que devem ser verificados neste caso: 1, Pré-amplificador de video 2. Saida de video DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA Ligando-se o aparelho, nota-se de inicio a auséncia de video, se bem que o som esteja normal. Comeca-se portanto, por examinar as etapas de video. Realizando-se medidas de tensao no pré-amplificador de video, constata-se que ele se encontra em perfeitas condigées de funcionamento. Uma medida de tensdo no catodo do TCR, revela entretanto, que este nao se encontra recebendo sinal de video, de onde podemos concluir que o defeito se encontra na etapa de saida de video. Realizando medidas de tens4o nesta etapa, constatamos que 0 transistor de sai- da de video T4011, se encontra em “curto-circuito”, sendo portanto @ causa da defi- ciéncia observada. FALHA CONSTATADA COMPONENTES SUBSTITUIDOS No transistor T401, existe um cur- to-circuito entre a base e o emissor, Um transistor T401 sendo essa a causa de sua inoperan- cia. CONCLUSAO De fato, uma falha no transistor de saida de video, incapaz de fornecer um sinal a0 catodo do TRC, teria como consequéncia, a auséncia completa de video num televisor. Reparagéo de TV — Curso Senai Reparac4o de TV — Curso Senai VERIFICAGAO DOS CIRCUITOS INSTRUMENTO(S) UTILIZADO(S): VOLTIMETRO ELETRONICO TELEVISOR ANALISADO: PHILCO MoD. TV 374/374 ULO-1 encontrada 54V 5av 200 ¥ Cee ime OCCU feta pee NEC ro) Vii © WapieTRe este Trace in’ e403 1007 sy 1 bop. Hoarwvo fee Sole A oh) € A fa a fs i ° 2 Ss eI a i 4 Es Fa VOCE ESTA APRENDENDO A METODOLOGIA DE ANALISE DE DEFEITOS “SENAI" ESCOLA ‘ROBERTO SIMONSEN ~ SAO PAULO fe couse tll ig-(elee ea A en Yc fool 131 SISTEMAS DE ALARME COM SCRs ro As caracteristicas de disparo dos SCR, operando com pulsos de baixissima intensidade permitem sua aplicagdo em circui- ‘tos de alarme de facilima execugao e que praticamente ndo apresentam consumo dé energia quando ligados. Neste artigo damos algumas sugestdes sobre a aplicacéo de SCRs no disparo de sistemas de alarme, sendo as configura- ¢6es dadas indicadas especialmente para a protecdo de vefculos, residéncias e até mesmo instalagées comerci i e objetos de arte. A base de nosso circuito 6 um SCR de 28 baixo custo e factlima obtengo que aciona um relé, Dependendo da capacidade de corrente do relé, os ‘sistemas de aviso poder ser os mais diversos: desde uma simples lampada vermelha de alerta num painel de um.guarda até uma sirene indus- trial. A oficiéncia dos sistemas dependeré fievista Saber Eletrénice muito da maneira como 6 feita ainstalagdo pelo que, este artigo tem muito mais a finalidade de sugerir as configuragdes bé- sicas do que dar a versdo final para deter- minada aplicacdéo. COMO FUNCIONA UM ALARME: Num sistema de alarme simples temos trés elementos a serem considerados: um sensor, um circuito de disparo e um dispo- sitivo de aviso. (figura 1) ‘RcUITO SENSOR OE DISPRRO figura 1 O sensor: 0 sensor 6 0 dispositive que deve emitir um sinal quando o elemento indesejével penetra no ambiente que deve ser protegido ou remove o objeto protegi- do. Diversas s&o as possibilidades para a elaboracdo de sensores. © sensor mais simples consiste num interruptor oculto que deve ser acionado pelo indesejavel quando este tiver que penetrar no ambiente protegido. (figura 2) _[apv00000 O.sR55 {Nn ee ne sins we ‘ figura 2 © interruptor usado pode ser de dois tipos; normalmente aberto ou normalmen- te fechado. Para o primeiro caso, o interruptor é acionado quando pressionado, podendo por exemplo ser instalado sob um tapete ou em posicdo tal que a remogado de um objeto cause pressdo sobre este. (figura 3) A utilizagdo desse tipo de interruptor tem entretanto alguns inconvenientes. O elemento indesejével pode perceber sua presenga e desde que evite sua pres- s4o o alarme nao disparard. Oezembrai76 na gmp Uy Interruptor de pressdo (tipo boto de campainha) figura 3 No caso do interruptor normalmente fechado, este pode ser instalado oculto numa porta, disparando quando esta for aberta. Trata-se do interruptor que encon- tramos nas portas de geladeiras que acen- de a lmpada interna quando esta é aber- ta. (figura 4) ® siMBOLO ele Interruptor “normaimente fechado" figura 4 Sensores mais sofisticados podem entretanto resultar em sistemas de alar- mes muito mais eficientes. £0 caso dos “‘reed-switches”. Tratam-se de interruptores magnéticos, ou seja, inter- ruptores que so acionados pela aproxima- go de um ima, ou conforme sua posicao, pela remocdo ou mudanga de posicao de um imé, Esses interruptores sdo formados por duas'liminas de metal encerradas num invélucro de vidro contendo um gas inerte. {figura 5). Quando um campo magnético atua sobre as laminas em posicdo apro- priada, estas vergam-se fechando o con- tacto. Existem por exemplo interruptores for- mados por um “reed switch” e um ima em disposiggo especialmente projetada para instalagdo em portas. Se bem que a maxi- ma corrente suportada pelo ‘'reed switch” no seja suficiente para atuar sobre um 29 alarme de poténcia, pode acionar relés com facilidade. (figura 6) invoncro ge, viero contends ads inarte termina! i figura 6 Dentre os elementos sensores mais sofisticados citamos os capazes de perce- ber a interrupgao de um feixe de luz pela passagem do elemento indesejavel (figura 7) @ 0s capazes de perceber sua aproxima- 0. (figura 8) figura 7 30 figura 8 No primeiro caso damos na figura 9 um circuito em que se utiliza um LDR numa configuragéo em que, ao ser interrompido © feixe de luz incidente, o SCR dispara acionando o relé, Elementos para a elabo- racdo pritica destes circuitos serao dados mais adiante. Sensor ——— "REDE diode, alarme Relé y al figura 9 No segundo caso temos os chamados detectores de aproximacdo que so circui- tos osciladores em que a frequéncia de operagdo é bastante critica e pode ser alte- rada pela aproximagfo de qualquer objeto de uma antena. Quando isso ocorre o cir- cuito sai de sintonia e um sistema de alar- me pode ser aciondo. Com relagio ao circuito de disparo, sua existéncia dependeré da capacidade ou ndo que o sensor tenha de disparar o alar- me por si sé. Em alguns casos, pode ser usado um simples rel8, quando o sensor pode operar com a corrente necessdria ao seu aciona- mento. (figura 9). Em outros, devem ser adicionados ele- mentos amplificadores, tais como transis- tores, valvulas etc. (figura 10). Revista Saber Eletranica =r figura 10 Os SCRs, entretanto, por sua sensibili- dade e capacidade de controlar correntes relativamente elevadas, podem em muitos casos ser utilizados com elementos de dis- paro. Assim, a partir de uma corrente muito pequena, vinda de um sensor, podem acio- nar um relé ou mesmo um alarme, com facilidade ¢ eficiéncia. No caso de dispararem um alarme dire- tamente, deve ser previsto que a corrente do alarme seja compativel com a corrente que o SCR pode conduzir. No caso de um relé, deve-se utilizar um relé cujas caracteristicas sejam compati- veis com a capacidade de disparo do SCR com a tensdo de alimentaco do circuito. Finalmente, no que se refere aos alar- mes, eles podem ser os mais diversos. Se o circuito for alimentado a partir de uma fonte de corrente continua, por exem- plo 6 ou 12 volts de um veiculo, pode-se usar uma buzina para esta tensdo. Se sua corrente de operacao for inferior 4 do SCR, ela pode ser alimentada diretamente por este, mas se esta corrente for mais eleva- da, deve ser usado um relé. O diodo de prote¢do em paralelo com o enrolamento do relé nunca deve ser evitado, pois, ele protege o sistema contra um funciona mento instavel. Se 0 circuito for alimentado pela rede local, o SCR pode ser do tipo para alta ten- 880 @ o circuito de alarme pode ser alimen- tado diretamente pelo SCR. Caso o SCR no suporte a tensdo do alarme, ou seja, a tensdo da rede, um relé deve ser usado. A seguir, para ilustrar as diversas possi- bilidades de sistemas de alarme, damos alguns circultos praticos. ALARME SIMPLES DE BAIXA TENSAO E BAIXO CONSUMO DE ENERGIA Na figura 11 temos o diagrama de um sistema de alarme alimentado por uma tenséo de 6 volts (4 pilhas ligadas em série) que se caracteriza pelo baixissimo consumo de energia quando ligado. O sis- tema pode permanecer ligado por noites inteiras durante meses sem que seja nota SENSORES campainha fax if’ fio esmaltado (sensor) figura 1 Derembno 76 31 ‘do nenhum gasto perceptivel das pilhas. Os sensores consistem em finos fios de cobre (esmaltados 32 ou 34) que devera ficar atravessados no local em que possa ocorrer uma possivel visita indesejdvel. Por serem muito finos e frageis esses fios arre- bentariam ao menor contacto, acionando 0 alarme. (figura 12). Qutra possibilidade para esse mesmo circuito 2 utilizacdo dos interruptores do fio find tipo “normalmente fechados” (interrupto- res de portas de geladeiras) que, evidente- mente, devem ser ocultos nos locais a serem protegidos e acionados pela passa- gem do indesejével. Este mesmo circuito pode ser usado para proteger objetos de arte, utilizando-se para esta finalidade como sensor um reed- -switch (ou diversos, que seriam ligados em série). O reed switch é oculto sob o objeto e neste prega-se em ponto estratégico um pequeno ima. Na sua posicéo normal, o ima mantém os contactos do reed-switch ee ae ae réed switch figura 12 figura 13 Va SSS i DI i] KI c Campainha R2 SCR + R3_ Ja =a! fo) c=) a LDR Mi i] Cag Ss s figura 14 32 Revista Saber Eletrinica 4 fechados e portanto o alarme inativo. Quando 0 objeto é removido, o ima deixa de atuar sobre o reed-switch que, abrigan- do 0 circuito, aciona o alarme. (figura 13) Em suma, esse primeiro sistema, aciona © alarme quando o circuito sensor 6 aber- to. 2) ALARME SIMPLES, de BAIXO CONSU- MO, SENSIVEL A LUZ (foto-sensfvel) Este alarme é acionado quando a luz que incide sobre 0 LDR & interrompida. {fi- gura 14) © LDR 6 do tipo comum (RPY-58 ou equivalente) devendo ser instalado de modo a receber a luz apenas de uma fonte, que pode ser oculta do outro lado de um corredor. Essa fonte de luz pode ser uma lampada de 5 Watts, por exemplo oculta numa caixinha deixando-se sair apenas um feixe que incide sobre o LDR. (figura 15) figura 15 O potenciémetro controla a sensibilida- de do alarma, devendo ser ajustado experi- mentalmente, em fungdo da distancia a que se encontrar a lmpada, e das caracte- risticas do LDR e do SCR. Nas listas de material, sf0 dados os valores dos demais compoentes. ALARME SIMPLES ACIONADO PELO FECHAMENTO DO SENSOR O sistema indicado se presta em espe- cial para 0 acionamento de um dispositive de alarme quando um interruptor é pres- sionado. A utilizagdo do relé permite que a corrente circulante pelo sensor seja extre- mamente pequena. (figura 16) Uma das possibilidades mais interes- santes para este circuito 6 0 acionamento de sistemas de alarme por meio de reed- switches, A aproximac3o de um pequeno ima do reed-switch acionaré o alarme com facili- dade. (figura 17) Dezembro!76 AtuacGo do campo magnetico figura 17 CIRCUITO 1 - LISTA DE MATERIAL SCR - C106, MCR106 ou TIC106 (para 50 volts) R1 - 100K2 x 1/8 watt - resistor de carvéo K1 - relé para 6 volts x 100 mA 81 - Bateria de 6 volts (4 pilhas em série) D1 - 1N4001 - diodo de silfcio CIRCUITO 2 - LISTA DE MATERIAL SCR - C106, MCR106, TIC 106 {para 50 volts) R1 -10K2x1/8 watt - resistor R2 - 100 kx (potenciémetro linear) LDR - RPY-58 ou equivalente R3 - 1kQx 1/8 watt - resistor K1 ~ relé de 6 volts x 100 mA D1 - 1N4001 - diodo de silicio ui mpada de 5 a 15 watts CIRCUITO 3 - LISTA DE MATERIAL SCR - C106, MCR 106, TIC106 (para 50 Volts) Rl - 50 kn x 1/8 watt K1 - rel8 para 6 volts 100 mA D1 - 1N4001 33 NEWTON C. BRAGA RADIO-CONTROLE - It — 0s TRANSMISSORES No artigo sobre radio controle publicada no nimera anterior falamos das dificuldades que poderd encontrar o leitor menos avisado ao tentar montar, sem experiéncia prévia, tum sistema completo de rédio controle, e também intraduzimos algumas técnicas rele- Tentes acs servos mais simples. Neste artigo, 0 segundo de uma série de muitos outros, falaremos dos transmissores de rédio controle, focalizando algums modelos comerciais, sua finalidade e analisando alguns citcuitos basicos. Aproveitamos para informar nossos leitores que, neste artigo nao daremos pormenores sobre construgéo diesses transmissores analisados 0 que deixaremos para fazer, de’ modo completo, quando dermos os projetos praticos em nimeras futuros. A FUNGAD DOS TRANSMISSORES Podemos resumir a fungdo de um trans missor dizendo que ele deve gerar um sinal de frequéncia determinada, que deve ser irradiada e pode ser captada por um recep- tor instalado no modelo a ser controlado. O sinal deve, portanto, levar a informacdo de que controles devem ser acionados em cada instante. 34 Se pensarmos num controle de uma simples operacdo, como ligar e desligar um dispositive a distdncia, como um motor, por exemplo, 0 transmissor pode exercer sua fungdo sem muita dificuldade; é bastante para esta finalidade um circuito simples que se resume num oscilador de rédio— frequéncia, ou seja, um circuito capaz de gerar um sinal de rédio, simples- mente. Revista Saber Eletrdnica Figura 1 O modelo SWAN DIGITAL 3-6 apresenta 3 canais que permitem o controle de 6 servos proporcionais. Da mesma marca existe 0 COB MASTER 3 que © controle de 3 servos por meio de 3 @ 0 COB MASTER 4 que possui 4 canais, permitinde o controle de 4 servos ou mais. A partir do momento em que pensarmos em controles mais completos, em que devemos atuar sobre diversos controles de um modelo, por meio de um Gnico trans- missor que deve enviar os sinais a um Gni co receptor o sinal a ser irradiado ndo se resume simplesmente no produzido pelo circuito basico do transmissor, o oscilador de radio-frequéncia. Neste caso, @ complexidade do trans- missor aumenta sensivelmente porque devem ser acrescidos circuitos que permi- tam que o sinal irradiado leve alguma caracteristica que permita sua diferencia- cdo pelo receptor, conforme o comando que deva ser @xecutado. Essa diferenciacdo ¢ feita pelo processo denominado modulagio na maioria dos transmissores de rddio controle. Dezembra/76 Figure 2 Este modelo, dos mais modernos, é projetado para Operar com receptores com transistores de efeito de campo COSMOS, apresentando sntre outras Sofisticecdes a alimentac3o por meio de célula recarregavel de NI-CA e potenciémetros de filme pldstico. Existem modelos de 2 a 6 canais dispont- veis na mesma série. O sinal emitido ou gerado pelos circui- tos basicos doodos transmissores é um sinal de frequéncia elevada corresponden- te a 27 000 000 ou 36 000 000 ou ainda 72.000 000 de vibragées por segundo, ou seja, uma radio frequéncia de 27, 36 ou 72 MHz. A estes sinais pode ser sobrepos- to um sinal de frequéncia muito menor, como por exemplo 400 ou 1000 Hz, que seria facilmente levado ao receptor. A sobreposicdo de sinais de menor fre- quéncia a um sinal de maior frequéncia de modo que o maior frequéncia ao ser irra- diado leve o de menor frequéncia ao receptor recebe 0 nome de modulacdo. Quando o sinal de menor frequéncia é sobreposto ao de maior frequéncia de modo que a amplitude do sinal de maior fre- quéncia varie na mesma frequéncia do de menor, temos 0 processo conhecido por modulacéo em amplitude ou AM. Quando a sobreposic&o do sinal de menor frequén- cia a0 de maior é feita de modo que a fre- quéncia do de maior frequéncia varie, temos 0 processo conhecido por modula- so em frequéncia ou FM. (figura 3). A maioria dos rédio-controles comuns: emprega transmissores que operam em AM, mas atualmente j4 comecam a apare- 35 modulagao em amplitude 7 WW sinat modutador YW figura 3 ‘modulagdo em Freqiiencia cer os modelos que operam em FM. A van- tagem do processo de FM é sua imunidade a ruidos e interferéncias, se bem que sejam exigidos receptores bem mais ela- borados neste caso. Voltando aos diversos canais, podemos sobrepor ao sinal gerado por um Unico transmissor, sinais de diversas frequéncias menores que podem ser facilmente sepa- rados por meio de filtros especiais coloca~ dos no circuito do receptor. Figura 4 Este modelo da SKYLEADER 6 dispcnivel em ver soes de 2 7 canais operando em frequéncias de 27, 40, 53 ou 72, sendo feita a troca de frequéncia de operacio simplesmente pela troca de cristais: 36 O namero de canais de um sistema de radio controle & justamente determinado pelo nimero de frequéncias menores que podem ser sobrepostas ao sinal do trans- missor e que podem ser separadas pelo re: eptor do modo que a producdo de cada uma signifique a atuagdo sobre um comando Nos modelos mais simples, um unico oscilador pode gerar sinais de diversas fre- quéncias conformé 0 comando acionado porque este comando atua sobre o circuito que determina a frequéncia do oscilador em funcéo de um unico componente pré- -ajustado. (figura 5). Oscilodor Oscilodor de de ‘Audio RF } } Circuitos que determinam _ “— frequéncia da modulagio Tigua 5 Existem entretanto circuitos mais sofis- ticados em que existem circuitos separa dos para as diversas frequéncias que modulam os sinais transmitidos. Em suma, no transmissor que deve con- trolar diversos comandos, ou seja, num tranenissor de diversos canais, temos de encontrar como partes basicas 0 circuito que produz o sinal a ser irradiado e o cir- cuito que produz o sinal de baixa frequén- cia responsdvel pela diferenciacéo dos comandos a serem exercidos no modelo controlado. £ claro que, se pensarmos em termos de seguranca de operacao, sofisticacdo, etc, circuitos adicionais podem ser encontra- dos. Por exemplo, no caso de um aero-mo- delo em que existe o perigo da fuga ao controle por este se afastar demasiada- mente do transmissor temos de tomar as. devidas precaugdes para que isso néo ocorra. a Revista Saber Elotinica Figuia 6 Este modelo 0.5. Prestige pode ser adquiride na Inglaterra por 350, 0 que permite que o leitor avalie. pelo preco, os recursos que possui Uma maneira de se garantir 0 maximo de alcance ao transmissor 6 dotd-lo de uma poténcia elevada. Os transmissores de rédio controle mais simples dotados de um Gnico circuito oscilador fornecem uma poténcia de 20 a 200mW qu e Ihes asse- gura um alcance de até uma centena ou duas centenas de metros sem 0 perigo do modelo escapar ao controle, sendo portan- to ideal para barcos ou carros. Para 0 caso de aeromodelos so preferidos os modelos que contam com uma etapa adicional de amplificacdo do sinal.gerado e que forne- cem poténcias de 200mW a 2 Watts. o que garante uma operacdo segura no raio de até alguns quildmetros. Para a seguranca do modelo é também muito importante a estabilidade de opera- co tanto do transmissor como do recep- tor. Se a frequéncia emitida pelo transmis- sor variar um pouco que seja ela pode escapar a sintonia do receptor e o modelo fugird do controle. Os circuitos osciladores n&o controlados por cristais tém realmente uma tendéncia a fugir um poueo da fre quéncia a medida que funcionam e que a temperatura se altera. Nestes casos, o modelista deve certificar-se sempre da Decembra76 Figure 7 Este transmissor de rédio controle disponivel no mercado francés mede 210 x 160 x 60 mm e é ali- mentado por uma tensdo de 12 Volts, operando em. 27 ou 72 MHz. Sua poténcia 6 de 750 mW e pos- sui 12 canais. estabilidade do seu transmissor antes de colocar seu modelo em movimento. O melhor mesmo, entretanto, é optar pelos modelos controlados por cristais. Na ver- dade, em nosso pais, para as poténcias maiores, a frequéncia de emisséo deve-se Figure 8 Este é 0 primeiro transmissor de radio controle de fabricacao francesa que emprega Modulacdio em Frequéncia (FM). Este transmissor tem um controle Jigital de 6 canais € opera tanto nos 27 como nos 72 MHz. Sua poténcia ¢ de 0,9W utiliza 15 tran. sistores @ 9 diodes. 37 manter rigorosamente dentro do estabele- cido para esta finalidade pelo que exige-se 0 emprego de cristais para esta finalidade OS CIRCUITOS DOS TRANSMISSORES. Para produzirmos os sinais de rédio necessérios a obtencdo de um transmissor diversas so as possibilidades. Na verdade 2 prépria evolucao da ele- trénica vem dando a possibilidade de, 2 cada dia, paticamente surgir uma nova técnica de radio controle. Os primeiros a se atreverem a controlar um vefculo a distancia se basearam nas valvulas que além de ocuparem um consi- derdvel volume necessitavam de uma con- sideravel quantidade de energie para operarem. Os primeiros transmissores além de volumosos, exigiam o emprego de pesadas baterias que s6 podiam fornecer energia para sua alimentacdo por espaco de tempo relativamente curto. Atualmente dispomos dos transistores e dos circuits integrados. Com os transistores podemos obter cis- Cuitos transmissores que praticamente ndo consomem mais energia do que a que deve ser irradiada e além mente compactos para permitirem a cons- trugdo de transmissores bastante peque- nos. Com os circuitos integrados podemos reduzir os circuitos moduladores que for- mam um sistema transmissor de di canais a volume minimo e eficiéncia maxi- ma. £ justamente dos circuitos transmisso- res transistorizados que pretendemos falar nesta parte do artigo. Para produzir o sinal que deve ser irra- diado usamos um circuito denominado oscilador. Se © sinal do oscilador de rédio frequéncia ndo tiver poténcia suficiente para um controle seguro do modelo pode- mos aumentar sua intensidade por meio de uma etapa amplificadora de RF. Diversos so os circuitos osciladores que podem ser feitos com poucos compo- nentes. 38 Na figura 9 temos um circuito de um oscilador realimentado capacitivamente (auto-oscilador) de tipo bastante comum em transmissores de radio controle. figura 9 Neste circuito L1 e C5 determinam a frequéncia de operacéo do oscilador, enquanto que C6 prové a realimentacdo coletor-emissor que mantém o circuito em oscilacéo, R5 tem por funcdo polarizar a base do transistor enquanto que R6 polariza o emissor do transistor, A escolha de um transistor para este tipo de circuito é bastante importante no projeto de um transmissor. Em primeiro lugar o transistor deve apresentar um bom ganho na frequéncia de operacéo do trans- missor o que significa que a frequéncia de transic¢do desse componente deve ser bem superior a frequéncia em que ele deve operar. (A frequéncia de transicéo é nor- malmente fornecida nos manuais - ft} Outro fator bastante importante a ser observado na escolha do transistor 6 a sua poténcia pois ela determina os valores dos componentes de polariza¢o para um valor seguro que permita a obtenco do maximo rendimento do transmissor. , Transistores como 0 BF 494 ou BF 284 permitem a operacio de um transmissor em frequéncias téo elevadas como 100 MHz, enquanto que transistores como o BC548 ou BC307 jé se tornam inseguros na obtencdo de transmissores que operem em frequéncias superiores @ 30 MHZ. Sua Revista Sabor Eletrénica poténcia, evidentemente é da ordem de algumas centenas de mW. A realimentacao que mantém o circuito em oscilacdo provém do capacitor C1, que retira o sinal da prépria babina. Os resisto- res R2 e RB sdo de polarizacéo de bese enquanto que R4 6 de polarizacéo de emissor. Na figura 11 temos um circuito em que um oscilador controlado por um cristal de quartzo excita uma etapa de maior potén- cia capaz de fornecer uma saida de 1.5 Watts. A modulacdo que permite que o trans- missor opere com diversos canais é feita por meio de um transformador (T1), ica contena! figura 10 ca cS a2 figura 11 ezembvo/76 RA ee Tl | lg modulagdo +20V 39 A tens&o de alimentacdo para este cir- cuito é da ordem de 20 volts. OS CIRCUITOS MODULADORES Para modular o sinal de Rédio-Frequén- cia que deve ser emitido pelo transmissor, © circuito utilizado comumente consiste num oscilador de dudio. Se a poténcia do oscilador de éudio for insuficiente para modular por completo o sinal irradiador pode haver necessidade de uma amplifica- ¢80 adicional. Assim, podemos encontrar simplesmente um oscilador de udio, com diversos controles de frequéncia, corres- Pondentes aos canais, como podemos encontrar diversos circuitos osciladoresliga- dos ou nao a circuitos amplificadores que aumentam a intensidade do sinal produzi- do de modo a se obter 100% de modula- cdo. Na figura 12 temos 0 diagrama de um transmissor completo de rddio controle i e+ev Pere 2-20: pF 10 worl | ax] | 2a zx BF 494 22nF oo 1SpF 22nF 1 25uF 22nF 1K pouliecamia ne q jen BC548 Bcs4s ©OV figura 12 que emprega um Unico transistor como oscilador de radiofrequéncia e dois transis- tores numa configuracéo de multivibradar como gerador da baixa frequéncia. O valor de R8 determina a frequéncia do sinal de modulagao de modo que se pode associar @0 mesmo circuito diversos potenciéme- tros com esse, ligados em paralelo, e inter- tuptores correspondentes que permitem a obtencdo de diversas canais. Obs: para a faixa de 27 MHz a bobina L consiste em 7 espiras de fio 24 enroladas numa forma de papeléo de 15 mm de did- metro. Outro circuito modulador é 0 mostrado na figura 13 que consiste num oscilador de relaxacao com transistor unijuncdo. Neste 40 caso, a tonalidade do sinal emitide (modu- lador) 6 determinada pelo ajuste dos trim pots. figura 13 Aevisia Saber Eletrinica orientacao para o montador SM caer Detar ts mete es cect See ae ol CIRCUITOS OE TEMPORIZACAD COM PORTAS TTL Se bem que este artigo seja muito mais tedrico que prético, o leitor pode partir de seus ensinamentos para projetar seus préprios circuitos dé temporizacdo. As portas | NOR, NAND, OR e AND em tecnologia TTL, sdo disponiveis em nosso mercado a um preco bastante acessivel (em torno de Cr$ 10,00, qualquer uma das portas) de modo Que, respeitadas as suas condicdes de funcionamento, o bom projetista no tera difi- culdades com a sua utilizacdo. MICRO-TRANSMISSOR DE FM Nesta primeira parte do artigo, descrevemos apenas o principio de funcionamen- to deste interessante transmissor, deixando para a segunda parte, as instrucdes prati- cas referentes 4 montagem. Assim, de inicio o leitor ndo teré que se preocupar com a aquisi¢ao do material para a montagem, mas como, 0 uso do transmissor se fez em conjunto com um receptor de FM, desde jé o leitor pode pensar em adquirir um, se nao 0 tiver. Radios de FM do tipo portdtil, ja so bastante comuns em nosso mercado, € seu custo 6 cada vez mais baixo em vista da popularizacdo deste tipo de aparelho. Bons receptores de FM com qualidade razoavel de som, podem ser adquiridos Por precos compreendidos entre Cr$ 300,00 e Cr$ 600,00. Modelos maiores, de 4 ou 6 pilhas, com diversas faixas de ondas j4 séo bem mais caros podendo ultrapassar facilmente a casa dos Cr$ 2.000,00. Como 0 alcance do transmissor praticamente independe da qualidade do recep- tor, se a Ieitor pensar em edquirir um rédio de FM para utilizar com este aparelho, & evidentemente também para ouvir boa musica, um modelo de 2 pilhas pequeno servi- 4 perfeitamente. Derembr0i76 a SISTEMAS DE ALARMES COM SCAs ‘A base das montagens sugeridas na parte pratica deste artigo, so os SCRs, e 0 tipo especifico citado, 6 bastante comum em nosso mercado podendo ser encontrado com diversas denominacées. O SCR pode ser encontrado como C106, MCR106 ou TIC106 e seu custo é da ordem de Cr$ 20,00 por unidade, dependendo da marca e da procedéncia. Os LDRs recomendados também sao relativamente comuns em nosso mercado, servindo praticamente qualquer tipo. Estes componentes podem ser encon- trados a um custo que oscilar4 entre Cr$ 10,00 e Cr$ 30,00 dependendo da marca e da procedéncia. Relés, capazes de ser disparados pelos SCRs, também, podem ser encontrados com facilidade nas casas de material eletr6nico. Seu custo depender4 de diversos fato- res como: 0 numero de contatos, a sensibilidade, e a qualidade. De qualquer modo, em qualquer uma das trés montagens, o gasto total com material néo deverd ultrapassar Cr$ 200,00. FONTE DE ALTA TENSAO ALIMENTADA POR PILHAS Esta montagem destinada ao principiante, ndo oferece maiores dificuldades para execugdo. Com pouca pratica, o leitor menos experiente no levaré mais do que meia hora para conclut-la, Todo o material recomendado para esta montagem, pode ser conseguido com facilidade, em qualquer casa de material eletrénico. O transistor 2N3055 pode ser de diversas procedéncias, e de acordo com esta, & com 0 tipo de seu invélucro, sera seu prego, Seu custo estaré entre Cr$ 20,00 e Cr$ 50,00. Com relacdo ao transformador, 0 outro componente critico, também pode ser encontrado com facilidade a um custo entre Cr$ 20,00 e Cr$ 40,00, Os demais com- ponentes sdo todos comuns nao oferecendo qualquer dificuldade de obtencdo. O custo total do projeto, excluindo-se a caixa, sera da ordem de Cr$ 100,00. APLICAGOES PARA OS AMPLIFICADORES OPERACIONAIS O circuito integrado 741 em que se baseia este artigo, pode ser encontrado com relativa facilidade em nosso comércio especializado em dois tipos de invélucros, o metdlico e o dual-in-line. Conforme a procedéncia também sera seu prego, estando normalmente entre Cr$'20,00 e Cr$ 40,00 por unidade. Como as montagens descritas exigem certos cuidados como por exemplo a utili- zac&o de placas de fiacao impressa, e de fontes simétricas, € evidente que se trata de artigo destinado aos dotados de certa experiéncia em eletrénica. 2 Revista Saber Eletrénica FONTE DE ALTA TENSAO ALIMENTADA POR PILHAS Com este circuito pode-se obter, a partir de uma tensio de 1,5 ou 3 V, uma tensiio di aplicagdes pratic como em experiéncias de fisica, eletricidade, no laboratério ou ainda para a alimentapéo de tubos Geiger. © circuito consiste basicamente num oscilador Hartley que converte a corrente continua disponfvel na bateria, numa corrente continua pulsante que, uma vez aplicada ao transformador, permite a obtengaéo de uma corrente alternada em seu secundario. A tensdo que seré obtida no secundério dependerd da relagdo entre o nuimero de espiras dos dois enrolamentos e da tensdo aplicada ao primério. QO circuito pode ser elaborado de modo a se obter praticamente qualquer tensdo aci- ma da fornecida pela bateria que o alimen- ta, dependendo esta simplesmente das espiras do enrolamento secundério. Dezembrol76 A tensdo alternada obtida no secundario 6 retificada por meio de um ou mais dio- dos, podendo ser empregada, inclusive uma configuragdo dobradora, triplicadora ou multiplicadora de tenséo que eleva ain- da mais a tensSo continua a ser obtida. Numa versao simplificada para o experi- mentador que nao utiliza bobina especial, pode-se empregar um transformador comum dos usados em fontes de alimen- tac&o para transistores com primério de 220 Volts @ secundario de 3 ou 6 V (cor rente de 200 mA). Com este transformador, alimentando o circuito com uma tensdo de 3 V e.utilizan- do-se um dobrador no secundério, pode-se 43 facilmente obter uma tensdo de até 500 V dependendo, evidentemente da qualidade e das caracteristicas préprias do transfor- mador usado. € claro que devemos alertar o leitor que uma fonte desse tipo que forneca uma ten- sao de 110 ou 220 V néo serve para ali- mentar aparelhos eletrodomésticos comuns. Quando se fez uma elevagéo de tenséo com um circuito Inversor deste tipo, a tenséo 6 aumentada, mas como nao se pode crier energia elétrica a poténcia mantém-se constante, isto 6, a energia obtida no secundério do transformador, no caso ideal 6 igual a energia fornecida pela pilha. Assim, se obtemos uma elevacao da tenséo no secundério automaticamente a corrente disponivel reduz-se, de modo que © produto tensdo x corrente se mantenha constante. Por exemplo, se a pilha utilizada na ali- mentagdo do circuito fornecer uma tensBo de 1,5 V sob corrente de 1 A, ao elevar- mos a tensdo para 300 V (200 vezes mais), a corrente automaticamente seré reduzida de 200 vezes, ou seja, s6 podere- mos obter no maximo 5 mA. O leitor deve ter isso em mente para néo tentar alimentar com esta fonte algum cir- cuito que a sobrecerregue. A sobrecarga ndo a estraga, mas faz com que sua tensdo cala e portanto ela no funciona como 0 esperado. o1 AT 2200 cS o— figura 1 COMPONENTES & MONTAGEM Todos os componentes utilizados neste circulto podem ser obtides com facilidade no mercado nacional. Comecamos pela escolha do tranforma- dor que determinaré a tenséo maxima que pode ser obtida. O tipo recomendado 6 o de 220 V de enrolamento primério e 3+ 3 ou 6 + 6 de secundério sob corrente de 200 mA, com tomada central. Outros transformadores podem ser, experimentados, mas neste caso tanto a tenséo obtida como @ corrente maxima depender&o de suas caracteristicas. O transformador é ligado de tal maneira que 0 enrolamento primério de alta tenséo na realidade opera como secundério. Esse enrolamento é reconhecido pela cor dos aa fios que sdo diferentes ou pelo fato de utilizar fios com capa pidstica. O secundé- tio de baixa tenséo, por outro lado, pode ser distinguido pelos 3 fios que o com- péem e que s4o ou encapados de duas cores diferentes (2 pretos e 1 amarelo ou vice-versa) ou ainda esmaltados. O transistor pode ser do tipo2N3055 ou de menor poténcia como o AD161 e seus equivalentes plasticos. Como esse transis- tor operaré num regime bem inferior a sua méxima poténcia, nenhum dissipador de calor seré necessario para este compo- nente. Os demais componentes séo todos comuns. O diodo deve ser capaz de supor- tar uma tensdo de pelo menos 500 Ve o potenciémetro de 1k{poronde se ajusta 9 ponto ideal de funcionamento do apare- Revista Saber Eletrdnica ak ‘as pilhas Iho pode ser linear ou logarftmico, com ou sem interruptor. Para montagem o leitor poderd orientar- -se pela figura 1, onde temas o diagrama e também pela figura 2, onde temos a dispo- sig&o dos componentes numa ponte de terminais. AJUSTES E FUNCIONAMENTO Completada a montagem confira todas as ligagdes e se tudo estiver em perfeita ‘ordem coloque as pilhas no suporte cotrespondente e ligue o aparelho. Ligue & salda da fonte,ou um voltimetro na sua escala mais elevada ou ainda uma lampada neon em série com um resistor de 220 kQx 0,5 W. Ajuste entéo o potenciémetro de modo a obter 0 méximo _rendimento da fonte o que no caso do voltimetro seré acusado Dezembra/75 figura 2 pela leitura méxima de tensdo e no caso da lampada neon pelo seu brilho méximo. USTA DE MATERIAL Q1 - 2N3056 ou equivalente T1 - transformador para fontes de 220 V de primério e 3+ 3 ou 6+ 6 de secundario com corrente de 150 a 500 mA. B1 - Bateria de 3 V ou pilha de 1,5 V-gran- de R1 - 1002x 0,5 Watt R2 - Potenciémetro dé1kQ cominterruptor C1 - 0,1 yf x-100 V - capacitor de poliester C2 - 0,1 uf x 100 V - capacitor de polester D1 - Diodo BY127 ou 1N4004 C3 - 0,05 yf x 400 V - capacitor a dleo ou poliester Diversos: suporte para pilhas, ponte de ter- minais, fios, solda etc. 45 EXPERIENCIAS« BRINCADEIRAS com JA NAS BANCAS AUMENTE OS AGUDOS DO SEU AMPLIFICADOR Vocé ja deve ter notada a falta que faz um reforgozinho ni curva de agudos de seu amplificador, principalmente quando vocé quer ouvir um pistom, um prato, ou mesmo um violino, Marco Antonio Mantovani Neste artiga vamos abordar 0 porqué deste problema e como resolvé-lo, ou pelo menos amenizé-to, Como todos nés j4 sabemos, 0 ouvido humano possui resposta logaritimica e abrange uma faixa audivel de 16 Hz a 18.000 Hz (em muitas pessoas essa faixa 6 mais extensa). As vibragdes de alta fre- qiiéncia (acima de 5.000 Hz), so respon- sdveis diretas pelo “BRILHO" e pela “QUALIDADE” da masica (isso ndo quer dizer que os graves nfo tenham igual importancia). Compare, por exemplo, a transmisso em Ondas Médias (AM), com a transmissAo em frequéncia modulada Dezembro! 76 (FM). Que diferenca, hein!I! A maioria dos fabricantes de amplifica- dores, nacionais ou importados, projeta seus aparelhos para uma falxa de resposta, em alta freqliéncia, até 20.000 Hz. Sendo © alcance do nosso ouvido aproximada- mente 18.000 Hz, acham eles que esta faixa 6 mais do que suficiente. Esquecem-- $8, porém, que as frequéncias em torno de 18.000 Hz, aparecerdo apagadas, mascaradas pela falta de condicdes de resposta do amplificador. a7 Certamente voc8 jé ouviu um disco importado: que diferenca dos nacionais, nao? Esta diferenca 6 exatamente a res- posta mais extensa em altas frequéncias. N&o queremos aqui dizer, que este problema seré totalmente resolvido, pois sua resolugao implicaria em modificacées de quase todo o circuito do amplificador. Bem, mas, vamos & prética (jé falamos demais). Abra o seu amplificador e observe 9 controle de volume. € uma resisténcia (ndo?), em série com a base do transistor. este ¢ 0 famigerado iL & base do transistor figura 7 Vocés estdo curiosos para saber o seu valor, pois aqui vai uma tabelinha: Pois quando o aparelho ndo 6 solicitado 4 VALOR P/REFORCO ATE maxima poténcia, ela provoca uma queda 1 nF 10.000 Hz nos agudos. Vocé sabe que com um sim- 580 pF* 22.000 Hz ples capacitor, isso pode ser eliminado? 480 pF 20.000 Hz Vai aqui o diagrama (diagrama ha! ha!): 320 pF 18.000 Hz canal A canal B * £4 Zo tPara Ze*Zo 0 ) figura 11 No caso da impedéncia da carga Zc ser maior que a impedéncia da linha, ou seja, Ze>Zo, haveré um descasamento entre a carga e a linha. A corrente na carga dimi- nui e a tens4o aumenta. Essa situagdo repete-se para cada mela onda no sentido da carga para o gerador, como podemos ver na figura ‘11B. Quando Zc for menor que Zo, a corrente na carga aumenta e a tens&o diminui, caso inverso do que foi vis- to acima na figura 11C. 58 Nos dois casos, dizemos que houve um descasamento entre a carga e a linha, sur- gindo ao longo desta ultima uma poténcia refletida ou estacionéria. A poténcia forne- cida pelo gerador ndo seré totalmente dis- sipada na carga, e hS uma perda de potén- cia devido a onda estacionéria ou refletida, causada pela diferenca de impedancia. Essa perda 6 conhecida como perda de tetorno (RETURN LOSS) e seré tanto maior quanto maior for a diferenca numéri- Revista Saber Eletrénica ca entre as impedéncias. € muito comum expressar-se esta perda de retorno em dB. que pode ser calculada em relac&o as impedéncias (equacdo |) ou em relacdo a poténcia incidente Pj e a poténcia refletida Pr: dal temos perda de retorno em dB. 20 log Zo + Zc (1)em relagdo a tenséo 25 - ec 10 log ft (Il) em relacéo & poténcia Como a poténcia incidente € constante, @ perda de retorno s6 depende da poténcia refletida: quanto menor for esta poténcia, melhor seré.o casamento de impedancia e maior seré a relago em dB. No caso de casamento perfeitoZo=Zc, podemos ver através das equacées | e Il, que a poténcia refletida serd minima; a relacéo em dB tende para o infinito, que 6 a mlehor condi- go de casamento. No caso da L.T. termi- far em aberto ou em curto, casos extre- mos, 0 descasamento seré total,.a potén- via refietida serd igual 4 poténcia incidente e a relacéo em dB seré O dB. Em equipa- mento profissional, a relagdo de poténcia incidente/refletida deve ser de 800:1, que corresponde a uma perda de retorno de 29 dB em poténcia, ou 54 dB em tensao. Isto, por sua vez, corresponde a um erro entre as imped&ncias, menor ou igual a 5%. A UTILIZAGAO DE COMPONENTES ERRADOS FODE LEVAR OS MELHORES PROJETOS A CONSEQUENCIAS DESASTROSAS..- Dezembro/76 87 PLL - NOVA APRESENTACAO DE UMA VELHA IDEIA | — INTRODUCAO Em 1932, um grupo de fisicos britani- cos comecou a desenvolver um trabalho que lhes permitisse encontrar um circuito para recepcdo de rddio-frequéncias que Substituisse, com vantagens, o sistema superheterodino. Era um primeiro passo para o "Phase Locked Loop” - PLL. Jé em 1940, o PLL era utilizado em sofisticadas aplicagdes militares, mas sua expanséo a outras éreas da eletrénica e sua populari- zac4o com a utilizacdo em sintonizadores FM, s6 ocorreu apés 1970 com o advento da versdo em circuito integrado. Isto por- que, © circuito integrado PLL conseguiu reduzir consideravelmente o custo © as dificuldades inerentes ao projeto e utiliza co, com relacéo a seu antecessor com elementos discretos. Atualmente os PLLs sao largamente utilizados nas mais variadas éreas da ele- trénica. Como exemplos de aplicacdes podemos citar, além do emprego em dete- tores FM: controle de motores, geradores de FM, decodificagdo estereofénica e qua- drifonica, telefonia (sistema ‘Touch Tone”) etc. Portanto, o experimentador ou curioso em eletrénica pode, de agora em diante, contar com mais este bloco integrado de inumeras aplicacées. ll — DescRICAo O PLL é, basicamente, um sistema de realimentacéo que compreende quatro elementos: um detetor ou comparador de fase, um filtro passa-baixos externo, um amplificador de erros (no sentido entrada-— saida) @ um oscilador controlado por ten- so (OCT). O diagrama de blocos pode ser visto na figura 1 COMPARADOR DE. FASE poraizm P/O CAPACITOR TEMPORIZADOR ‘OSCILADOR GONTROLADO POR TENsko = 0cT = P/O RESISTOR TEMPORIZADOR FIGURA 1 - Diagrama de blocos bésicos de um “Phase Locked Loop’ 58 Revista Saber Elotrinica Na auséncia de sinal na entrada do cir- cuito, a tensdo de erro é nula e 0 OCT tra balha numa freauéncia fixa wochamadatre- quéncia de livre oscilacdo. Ao aplicarmos um sinal a entrada do PLL, 0 comparador de fase. compara a fase e a frequéncia des- se sinal com a frequéncia do OCT, gerando uma tensao de erro Ve(t) , proporcional as diferencas de fase e frequéncia dos dois sinais. Essa tensdo ¢ filtrada e amplificada para entao ser levada até o terminal de controle do OCT, forcando uma variagdo na freqléncia do mesmo. Essa variacdo ocorre, no sentido de reduzir a diferenca entrea frequéncia uo e adosinalde entrada. Se afrequéncia dosinal de entrada(wo} esti- ver suficientemente préximo a wo, a caracteristica de realimentacéo do PLL provocaré a sincronizacéo do OCT com o sinal de entrada. Uma vez em sincronismo, 0 OCT passa a oscilar em uma frequéncia idéntica 3 de entrada, exceto por uma dife- renga de fase finita e necesséria 4 opera- 40 auto-corretora do PLL. Essa capacida- de auto-corretora do circuito permite-the desde que esteja sincronizado, acompa- nhar variagdes de frequéncia na entrada. A faixa de frequéncias no qual o PLL man- tém-se sincronizado ao sinal de entrada, chamaremos “faixa de retencéo” (“Lock Range’); outra faixa de frequéncias digna de destaque é aquela na qual o PLL estara habilitado a entrar em sincronismo com o sinal de entrada, chama-lé-emos “faixa de captura” (“Capture Range”). Uma impor- tante relacdo entre estas faixas de fre- quéncia 6 que a “faixa de captura” nunca seré maior que a “faixa de retencdo”. Outra forma de descrever, e talvez esclarecer um pouco melhor, 0 funciona- mento do “Phase Locked Loop” ¢ observer que © comparador da fase é, na realidade, um circuito que mistura os sinais de entra- da e do OCT. Neste processo, séo obtidas as freqliéncias soma e diferenca, ¥i- Yo. Quando ha sincronismo a freqléncia diferenga é nula, e na saida do comparador de fase, existira uma componente continua ea frequéncia soma que sera devidamente eliminada pelo filtro passa baixos. Consideremos agora, o caso onde ainda nao ha sincronismo entre os dois sinais que chegam ao comparador de fase: deve- Dezembr0/76 mos levar em consideracao duas possi dades; uma delas 6 quando o sinal-diferen- ca gerado pelo comprarador de fasé esté fora da banda do filtro passa-baixos ¢ outra, quando este sinal estiver contido nesta banda. No primeiro caso, nenhuma informacao é transmitida através da maiha de realimentacdo e o OCT continuard em seu estado de livre oscilacdo. Jé na segun- da possibilidade, o sinal-diferenca diminui {Wi mais préximo a Wo) e 0 filtro passa—~ baixos permite-Ihe a passagem, realimen- tando o OCT e levando-o a oscilar ‘numa frequéncia mais préxima ainda a de entra- da. Por sua vez, 0 sinal-diferenca diminui e maior quantidade de informacdo passa pelo filtro, alcancando 0 OCT. Este meca- nismo de realimentacdo positiva acaba por levar 0 OCT ao sincronismo com o sinal de entrada. Tendo-se em mente esse mecanismo, o termo “faixa de captura" pode ser definido como “a faixa de frequéncias, tendo como centro a frequéncia de oscilacdo livre do OCT, dentro da qual o PLL pode entrar em sineronismo com o sinal de entrada”. A fai- xa de captura pode assumir qualquer valor, desde que contida na faixa de retencdo, e depende principalmente da banda do filtro passa-baixos e do ganho em malha fecha- da do circuito. Este fendmeno de “captu- ra" do sinal é que dé ao PLL suas proprie- dades seletivas de frequéncia. Ja, a “faixe de retencdo”, bem distinta da de captura, pode ser definida como “faixa de frequéncia, tendo geralmente como centro a freqléncia de livre oscila: 80 do OCT, dentro da qual o circuito acompanha a freqiiéncia de entrada, desde que j esteja estabelecido o sincronismo” Com o PLL sincronizado, a componente diferenca na saida do comparador 6 conti- nua € sempre poderé passar pelo filtro passa-baixos, portanto, a faixa de retencdo é limitada pela magnitude da tensdo de erro e pelo desvio de frequéncia do OCT, n&o sendo funcao do filtro passa-baixos © filtro passa-baixos representa um compromisso; se, por um lado, ele restrin- ge a faixa de captura e reduz a velocidade de operacéo (III-3), por outro, tornar-se-ia extremamente dificil ao PLL reter o sinal 59 sem sua ajuda. Sua importancia torna-se ainda mais aparente se considerarmos que, 6 ele que prové o PLL de alta imunida- de a ruidos e de grande estabilidade na fai- xa de retencdo. Isto porque, caso 0 nivel do sinal se confunda com o de ruido por um curto espaco de tempo (alguns ciclos), aco inercial do filtro passa-baixos permi- te ao circuito uma continuidade no proces- so de alteragdo da frequéncia do OCT, até que 0 nivel retorne a0 normal, havendo entdo nova captura. I LIMITACGES IW -1 FREQUENCIA CENTRAL 0 ajuste da freqiéncia central é conse- guido por meio da conexéo externa de um ou dois componentes com valores apro- priados. A frequéncia central de oscilacdo do PLL. geralmente, é ajustada no centro da faixa de frequéncias prevista para o sinal de entrada. Jé que a capacidade de captura é funcdo da diferenca entre as fre- quéncias do sinal de entrada e de livre oscilacio, as extremidades da faixa de captura estéo sempre & mesma distancia {em Hertz) da frequéncia central de oscila- cdo. Tipicamente, a faixa de retencdo tam- bém é centrada em torno da frequéncia de livre oscilago. Porém, ocasionalmente, a frequéncia central de oscilacéo pode ser deslocada em relacéo a freqléncia de entrada, limitando assim a faixa de reten- co ou detecdo em um dos lados. Isto per- mite a rejeicdo de um sinal com frequéncia adjacente (superior ou inferior), sem o inconveniente de redugéo na faixa de operacao. I—-2 FAIXA DE RETENCAO Dois fatores limitama faixaderetencao:0 primeiro deles é que o OCT possui um limi- te para as variacdes de sua frequéncia de oscilacdo; caso a variacdo de frequéncia do sinal de entrada vé além deste limite, 9 sincronismo se perderé. O segundo fator prende-se ao fato de que a tensdo forneci- da pelo detetor de fase proporcional ao produto da fase e da amplitude do sinal de entrada. Se a amplitude do sinal descres ce, a diferenca de fase entre o sinal e o OCT deve crescer de forma a manter a mesma tensdo de saida e, consequente- 60 mente, 0 mesmo desvio de freqiléncia. Quando a amplitude do sinal de entrada descresce a um nivel que néo permita a compensacdo, ocorreré uma recucdo na faixa efetiva de retencdo, I 3 FAIXA DE CAPTURA Dois motivos nos levam a impor uma constante de tempo grande para o filtro passa-baixos. Um deles é que uma cons- tante de tempo grande aumenta o efeito de “memoria” do PLL, outro é a alta imuni- dade a ruidos que ela proporciona. Estes fatores foram citados anteriormente pro- curando ressaltar a importancia do filtro passa-baixos Acontece que a constante de tempo ele- vada desse filtro, imposta pelos motivos acima, causa uma redugéo na faixa de cap- tura e um aumento no transiente de captu- ra, Torna-se necessério entdo, estabelecer um compromisso entre os varios fatores conflitantes envolvidos. IV — CARACTERISTICA DE TRANSFE- RENCIA TENSAO X FREQUENCIA A figura 2 mostra a caracteristica de transferéncia tipica de frequéncia para ten- sfo em um PLL. A entrada 6 considerada como sendo uma onda senoidal na qual variamos a fre- quéncia, em 2a no sentido crescente e em 2b no sentido decrescente. A escala vertical 6 correspodente a ten- sdo de erro. Analisemos a figura 2a O PLL nao res- ponde até que o sinal de entrada alcance a freqiiéncia ©, correspondente ao limite inferior da faixa de captura. Entdo, 0 PLL repentinamente entra em sincronismo com © sinal de entrada, e isto causa um pico negativo na tensdo de erro. Depois, a ten- sdo de erro passa a variar com a frequén- cia seguindo a reta que tem por inclinacdo 1/Ko, onde Ko é 0 ganho do OCT, e passa por zero quando a freqiiéncia do sinal de entrada é igual a frequéncia de livre oscila- cS. O PLL retem o sinal até “2 (limite superior da faixa de retengdo), quando se desfaz 0 sincronismo e a tensdo de erro retorna ao nivel zero, nele ‘permanecendo Rovista Sabor Elotwinica por mais que continuemos a aumentar a frequéncia do sinal de entrada. Na figura 2b 0 sinal de entrada esta decrescendo na escala de frequéncia e o ciclo se repetiré, com \ sendo o limite superior da faixa de capturae 4 0 limite inferior da faixa de retencéo. vs : 8° ERO OF VARSEDURA = reac ferencio FREQUENCIA DECRESCE V — A familia Signetics 560 A mais popular familia de circuitos inte- gradas PLL é a série 560 da Signetics. A tabela abaixo fornece algumas especifica- cées para as varias unidades da série Os primeiros trés componentes (560. 561, 562) séo especificados para frequén- (2a! rrequéncia cresce aorta ' 1 ' 1 1 (20) epee fa FIGURA 2 - Caractoristica de transferéncia tenséo x frequéncia de um PLL, Especificacées de PLLs — entrada min. | frequéncia tip. faixa de yee e p/reter de OCT (fo) retencdo min max. | s60 120nV 15 MHz 15% 16v —-26V 561 120uV 15 MHz 15% 16V 26V 562 200uV 15 MHz 15% 16V—-30V 565 1mv 500 kHz 60% 10V.-26V 567 20 mV 100 kHz 12% av 10V cias, de até 30 MHz; porém, acima de 15 MHz (frequéncia tipica do oscilador con- trolado por tenséo) a operacdo com estes componentes torna-se critica, sendo necessério todo 0 cuidado para manté-los dentro de suas caracteristicas quando em funcionamento. A sensibilidade na entrada destes componentes é bastante boa, pos- sibilitando-Ihes reter sinais de 100 a 200 uV. 0 561 é uma réplica do 560, acrescido de um dispositive que Ihe permite realizar demodulacao sincrona. O 565 possui uma faixa de retencado exepcional, tipicamente +60%, entretanto sua sensibilidade de entrada nao é téo boa quanto a dos trés primeiros, necessitando que o sinal tenha 1 mV para ret8-Io. Outra Dezembroi76 vantagem € 0 OCT sintonizado por uma matha RC onde a frequéncia é diretamente proporcional a variacdo na resisténcia. Isto permite uma faixa de variacdo de freqién- cias, da ordem de 10 para 1, por meio de um potenciémetro. O 567 € fundamentalmente um filtro com faixa estreita, Sua baixa tens&o de ali- mentagao (4 V) torna-o ideal para ser usa- do com pilhas. Porém, sua sensibilidade na entrada 6 inferior a de todos os outros componentes da familia PLL 560 da Sig- netics. i Estes fatores de compromisso permitem um campo de aco bastanie amplo para as diversas aplicacées possiveis dos “Phase Locked Loops’ na eletrdnica da atualidade 61 VI APLICACOES Vi Demoduladar FM A figura 3 ilustra esquematicamente um demodulador de frequéncia modulada tipi- co, com amplificador de Fl e limitador. A amplitude do sinal de entrada é um fator bastante importante na operacdo, para que a faixa de retencdo seja constante o nivel do sinal de entrada deve ser superior a 2mV (valor eficaz). Além disso, a rejeicdo de AM diminui quanto maior fér o nivel do sinal de entrada e cai a menos de 20 dB para niveis superiores a 30mvV. Se o fator rejeicdo de AM for critico no projeto, deve- mos condicionar o nivel do sinal de entra- da para estar entre 2 e 10mV. vasion ereaoa oe Fue Hav 4 = PARTE OE UM NESTON 1 20VOUAS DE Flo NIS6 BIFILAR ‘SOURE 0 CORPO DE UM RESISTOR DE TOOKR & 1/2W FIGURA 3 - Demodulador de FM tipico com ampificador de Fl e limitador. © PLL é sintonizado, por meio do ajuste do OCT, para a frequéncia central do sinal de FM. Isto é feito acoplando-se um capa- citor entre os pinos 2 e 3 do circuito inte- grado. O valor deste capacitor em pF é calculado a partir da equacdo Co = a fo onde fo ¢ a freqiincia de livre oscilacéo do OCT em MHz. O valor exato deste capaci- tor no é muito critico, visto que sera necesséria um ajuste fino, devido as tole- rancias dos resistores internos. Esse ajuste fino podera ser feito, por exemplo, colo- cando-se um “trimmer” em pararelo com Co. Os terminais 14 e 15 correspondem aos terminais do filtro passa baixos, que con- rola a faixa de captura (ou seletividade) do PLL. Em outras palavras, € 0 filtro passa baixos que determina a faixa de frequéncia a ser demodulada. Na maior parte das apli- cacdes pode ser utilizado um capacitor, entre os pinos 14 ¢ 15, para determinar este fator. O valor aproximado deste capa- 62 citor pode ser calculado a partir de: _ 13,30 c= f sejada em Hertz. Para exemplificarmos, tomemos uma faixa com largura de 15 KHz, entéo o capacitor necessdrio seré 13,30 T5000 Amalha de de-8nfase requer um capaci- tor externo entre o pino 10 e a terra. Este capacitor, Cy, € a resisténcia interna de 80009 deverdo produzir uma constante de tempo de aproximadamente 75 pss, para demodulacéo de FM padrao. O valor do capacitor de de-énfase pode ser calculado a partir de: Cg = 22X10 — 0.0094 uF ou 3 8000 seja 9,4 nF HF, ondef é alarguradefaixade- cz 0,000885 uF ou seja 885 pF. Para a maior parte das aplicacdes pode ser usado um capacitor de 0,01 uF, pois a tolerancia do resistor de 8 KQ (interno) é de + 20%. Revista Saber Eletrémica VI-2 Receptor AM A conexdo do 561B como receptor de AM esté indicada na figura 4. Os capacito- res de passagem e de acoplamento devem ser selecionados a fim de oferecer baixa impedancia a frequéncia de operacéo. O capacitor Cy deve ser escolhido para fazer 0 OCT oscilar na frequéncia a ser recebida. Cx em conjunto com o resistor de saida (8 Ka ) ea resisténcia de carga, determina a largura da faixa de frequéncia de audio. Aréde defasadora pode ser determinada a partir das equacdes seguintes: Neseie (roe VIEW sinronszAcro Topeional) FIGURA 4 - Receptor de AM com o 5618 1,3 x 10-4 fe cy € a frequéncia da portadora. O receptor para Ry = 3 KQ , e onde fc Usa-se nesse caso, em lugar de Co um capacitor variavel cujos limites extremos podem ser calculados pela formula AM da figura 4 possui uma faixa de opera- 980 que vai de 550 KHz a 1,6 MHz. Todos 0s capacitores de passagem e acoplamen- 10. sdo de 0,1 iF. No cdlculo de Cy, usa-se para fc 0 valor da média geométrica entre 05 limites inferior e superior da faixa a ser sintonizada. Ficamos entdo: fe = \/fexfi = VV 1,6 x 0,55 = 0.94 MHz _ 1,3 x 10-* © Cy = Doaxt08 135 pF O valor de C) nao é critico, posto que s6 é usado para dar estabilidade da operacéo 0,01 pF é um valor a0 PLL, portanto, bastante adequado. A forma m: nia 6 através da variacdo do valor de Co. Dezembra/76 simples de se fazer a sinto- 300 pF fo onde o valor de fo a ser utilizado deve ser dado em MHz. No nosso caso obteremos: Comin = 180 pF Coméx = 550 pF Co ERRATA No diagrama do amplificador de 4W| Publicado no n? anterior foi omitido, o resistorR12.Este é ligado entrea base do| transistor Q4e 0 polo negativoda capaci-| tor C4. 63 Despertador Lu 4 © _TEMPORIZADOR LIGA O VENTILADOR, QUE EMPURRA O BALAO DE HELIO. © BALAO ESTOURA AO BATER NA PONTA, BO PESO Cal (fea © PESO CAI SOBRE A PRANCHA E LANCA & J BOLA DE BOLICHE. ABOLA CAI NA CESTA € € LEVADA PELO CANO © BARBANTE DEARU- BA 0 BALDE DIAGUA CURSO OE _ ELETRONICA LIGAO 9 Na licdo anterior, estudamos um dos componentes m elas suas propriedades elétricas, 0 resistor. Nesta licko ainde falaremos do resistor, pois muito temos ainda por aprender a respeito de ‘suas propriedades, aplicagbes @ limitactes. Recordamos que na ligfo passada sprandemos o significado de seus trés primeiros anéis mas também vimos que pode aparecer um quarto anel cuja finalidade deixamos de explicar. Nesta lig&0, entre outras coisas, estudaremos o significado de indicacSo dada pelo quarto anel de um resistor @ veremos sua import€ncia. Estudaremos que esse quarto anel esta ligado a uma grande- za denominada toleréncia que rege justamente os valores com os quais os resistores s80 fabrica- dos. Estudaremos também porque os resistores tendem a ser aquecidos quando em funciona Mento, ou seja, como a energia elétrica se converte em calor num resistor. importantes pela sua constancia e 24. A TOLERANCIA Nas aplicacdes praticas necessitamos resistores de uma precis’o na ‘enorme faixa de valores que se extende de menos de 1 ohm até |} fabricacdo 22 000 000 de ohms. Seré que podemos entrar numa loja de componentes e adquirir resistores do valor que quisermos entre esses dois limites? E evidente que, na prética, ndéo podemos fabricar um resistor ‘com uma resist8ncia de valor exatamente igual ao que quere- mos. Tanto as m4quinas que fazem os resistores como os instru- mentos que conferem o seu valor s8o dotados de um certo grau de precisio. "Isso quer dizer que, por melhor que seja a marca dos resisto- jo podemos garantir nunca que a resistén- y exatamente + Sabendo disso, a0 projetarmos um apareiho, devemos lever em conta que os resistores que usaremos tenham resisténcias Préximas ao velor desejado ¢ néo exatamente a prevista. E, isso deve ser feito de tal modo que mesmo assim o aparelho funcio- ne satisfatGriament Somos obrigados @ deixar uma margem de seguranca, ou soja, dar uma toleréncia pare os valores calculados num projeto, |} tolerancia C CURSO DE ELETRONICA Essa margem de seguranca pode ser fixada por uma porcen- tagem que indicard de “quantos por cento” pode variar a resis- ‘téncia real de um resistor em tdrno do valor assinalado em seu ‘corpo, sem que isso signifique. que o resistor esteja “defeituo- 80”. As porcentagens dadas para as toler&ncias sdo padroniza- das nos seguintes valores: 1% 2% 5% 10% 20% Quando ent&o um resistor é fabricado, o fabricante tem liber- dade de poder anotar sua tolerincia no invélucro, o que seré feito por meio do quarto ane ~—See P| Ire 42 anel Marrom —1% Vermelho - 2% Dourado — 5% Prateado - 10% figura 77 Essa tolerncia permitiré que resistores com valores entre dois extremos possam ser considerados “bons”, mesmo que no apresentem exatamente a resisténcia marcada em seu invé~ lucro. Por exemplo, quando falamos que um resistor de 100 ohms tem uma tolerfincia de 10% (anel prateado) isso significa que admite-se uma diferenca de até 10% entre o valor real de sua resisténcia e os 100 ohms marcados em seu invélucro, sem que le seja considerado defeituoso, Nos projetos, conforme 0 caso, essa diferenca de 10% nBo terd influéncia no seu funcionamento. O resistor cuja resisténcia marcada 6 100 ohms poderé ter 10% a mais ou @ menos de resisténcia, ou seja, poderé ter um valor real entre 90 @ 110 ohms, sem que isso signifique qu ruim. Valores possiveis para um resistor de 100. - 10% Rin) figura 78 E se 0 projetista precisar de duss resisténcias iguais? Neste caso so duas as opc5es: tolerdncias padréo quarto anel eat Per eu Le) Entre muitos resistores com o mesmo valor assinalado, por meio de uma ponte (instrumento especial) pode-se escolher dois resistores de mesma resisténcie. Se deve ser iguais por uma diferenga menor que 1%, por exemplo, pode-se optar por uma série de 1% e nela escolher os resistores de valores desejados. A concluséo @ que chegamos que os resistores de 100 ‘ohms na realidade no precisam ter exatamente 100 ohms de resisténcia, mas t4o sémente cobrir uma faixa de valores em tor- no de 100 ohms. De uma certa quantidade de resistores verificamos que a quantidade deles que se aproximam mais do valor marcado 6 maior do que a quantidade mais afastada o que nos dé uma dis- tribuigo conforme a figura 79. figura 79 Voltando 90 resistor de 100 ohms e 10% de tolerancia, vernos que se sua resisténcia pode ter valores entre 90 e 110 ‘ohms, é clarc que uma vez fabricado, no precisaremos também nos preacupar com a praducdo de resistores de 90 © 110 ohms, @ de todos os valores intermediérios de mesma toler&ncie, pois intre 08 resistores de 100 ohms, encontramos unidades de todos 08 valores entre os limites estabelecidos. Eliminamos portanto a necessidade de fazer resistores de 90, 91, 92, até 110 ohms. Um Ginico valor de resist8ncia marcada, em funcdo de toler8n- cia dada nos permite obter resisténcias reais dentro de uma fai- xa determinada de valores. E claro que, se a toler&ncia for menor, a felxa de veis serd ainda mais estreita ¢ os valores que el necessidade de fabricaco sero em menor quantidede. figura 80 Por exemplo, para a tolerdncia de 5%, no caso do resistor de 100 ohms sua resist&ncia real poderé estar entre 95 e 105 ‘ohms. Neste caso, numa certa quantidade de resistores de 100 ‘ohms no poderemos encontrar nenhum de 30 ohms, como no caso anterior. distribuicgo de valores CURSO DE ELETRONICA fato que 0 aluno deve ter em mente 6 que o quarto anel do resistor indica a varlagto em porcentagem que pode haver entre © valor real da resisténcia 6 o valor assinalado em seu corpo. Lembramos que esses anéis sho: marrom=1%; verme- Iho=2%; prateado=10% dourado=B%. A auséncia do quarto anel indica que o resistor tem uma tole- rancia de 20%. A seguir temos 0 resumo deste Item e os testes de avaliacdo que visam comprovar o aprendizado do assunto que explora- mos. Resumo do quadro.24 Os resistores no apresentam exatamente a resistncia que vem marcada em seu invélucro. Existe uma diferenca entre a resistencia real e a resisténci corpo. Essa diferenca em porcentagem ¢ dada por uma grandeza denominada tolerancia. Os resistores s8o fabricados com tolerancias de 1,2, 5, 10 © 20%. A tolerancia de um resistor 6 dada por seu quarto anel colo- ido. Um resistar com 10% de tolerfncia pode ter sua resisténcia 10% maior ou menor que 0 valor assinalado em seu corpo. © valor real de um resistor pode situar-se numa faixa de valores em toro do valor assinalado e os limites dessa fai- xa slo functo da sua toler&ncia. Os resistores no precisam ser fabricados com todos os valores possivels em vista da cobertura dada pela sua tole- rAncia, Avallagéo 71 Se 0 leitor necessitar de um resistor de 333 ohms, o que faré ara consequi-o? (assinale a altemetiva correta). a) Entraré numa loja @ pedird o resistor de 333 ohms e serd prontamente atendido. b) Nao encontraré um resistor com esse valor, por se tratar de ndmero primo. ¢) Deveré adquirir o valor comercial mais préximo cuja tole- rancia the permita eventualmente chegar 9 esse valor, ¢ havendo necessidade de um valor preciso, podemos esco- ther um deles. d) Néo encontraré esse resistor por se tratar de resisténcia muito elevada. Explicagao: Esse valor no poderé ser encontrado exatamente por néo fazer parte dos valores que compéem as linhas de fabricaca0. O némero 333 nBo é primo e néo se trata de resisténcia muito alta, Entretanto, conforme a toler8ncia admitida pelo projeto 0 lei- tor pode opter por adquirir um resistor de valor comercial mais préximo (330 ohms por exemplo) ou ainda selecionar num late de resistores de 330 ohms um que tenha o valor mais préximo possivel de 333 ohms. Se voce acertou passe para o teste seguinte, caso contrério, estude novamente a licko. Avallagéo 72 Um resistor de 1.000 ohms, cujo quarto anel seja dourado, pode ter uma resisténcia real compreendida ent alternative correta). a) 999 e 1 001 ohms b) 990 e 1 010 ohms ¢) 950 & 1 050 ohms ) 900 € 1 100 ohms Explicagai No caso, o ane! dourado significa uma tolerancia de 5%. Ora, 5% de 1 000 ohms significa uma variagao de resisténcia de 50 ‘ohms 0 que quer dizer que o resistor em questo pode ter 50 ‘ohms @ mais ou a menos que 0 valor indicado o que resulta na faixa compreendida entre 950 a 1 050 ohms. Se voc acertou passe para 0 teste seguinte, caso contrério d8 uma nova lida no item anterior. Avaliagéo 73 De que modo podemos melhor definir a tolerdncia de um resistor? (assinale a alternative correta). a) € a diferenga entre o valor real e o valor assinalado no cor- po do componente, sendo expressa em ohms. b) € a diferenca entre o valor méximo e o valor minimo que um resistor de 100 Spode ter. c} Ea diferenca em porcentagem entre o valor real que o re- sistor pode ter em relag8o a um resistor de 100 ohms. d) E a diferenca em porcentagem entre o valor marcado no resistor © seu valor real, expressa em porcentager. CURSO DE ELETRONICA Explicagao: Exatamente conforme deixamos bem claro na licéo, a diferen- ‘ga entre 0 valor marcado ¢ o valor que 0 resistor pode apresen- tar no realidade nos dé a toleréncia do resistor e devemos ‘expressé-la em termos da porcentagem maxima que pode haver na diferenca entre os dois valores. ‘voce acertou, passe para o item seguinte. 25, SERIES COMERCIAIS DE VALORES: Se no podemos garantir que os resistores tenham exata- mesma resisténcia que vem assinalada em seu corpo, mas to somente que a sua resisténcia real esta numa faixa de valores perfeitamente prevista, e Obvio que néo preci nos preacupar em fabricar resistores cujos valores ai estejam compreendidos na faixa de valores possiveis de um. outro, Explicamos melhor: se um resistor cujo valor assinalado ¢ 100 ohms @ que apresenta uma tolerancia de 10% pode ter qualquer valor entre 90 6 110 ohms nao precisamos fabricar resistores de 90, 95, 105 ou qualquer outro valor entre 90 ¢ 110 ohms. Por esse motivo, os fabricantes fazem os resistores de tal modo que possam cobrir todos os valores possiveis que precise- mos sem realmente terem marcedos todos os valores possiveis.. Isso quer dizer que os resistores s80 fabricados de maneira que o maior valor possivel, em funco da tolerancia, que ele pos- sa ter para um valor assinalado seja também 0 menor valor pos- sivel que 0 resistor de valor seguinte da série possa ter. Com isso, se considerarmos que cada resistor cobre uma fai- xa de valores possiveis, analisando todas as faixas vemos que elas juntas cobrem todas as resisténcies possiveis. Cobertura de valores ets programada figure 82 Conforme vimos, um resistor de 100 ohms pode ter valores centre 90 e 110 ohms (10%). O valor imedistamente inferior des- ta série de 10% de toler&ncia 6 82 ohms, o que significa que ‘esse resistor pode ter na realidade, qualquer resisténcia entre 71,8 e 90,2 ohms. Com os dois valores obtemos portanto uma cobertura continua de resisténcias de 71,8 a 110 ohms. Quanto menor for a tolerdncia, mais estreita é a faixa coberta portanto s&o necessérios mais valores assinalados em torno dos quais a resisténcia varie para obtermos uma cobertura total da faixa de resisténcias. = * figura 83 As séries de menor toler&ncia t8m mais valores padronizados que as séries de maior tolerancia, € bastante conveniente que o técnico saiba de meméria os valores que compéem as diversas séries, de modo a seber como adquirir resistores quando deles necessitar, Por exemplo, o técnico deve saber que nao obteré éxito se entrar numa casa de material eletrnico e pedir um resistor de 90 ohms x 10%, pois, conforme vimos os valores padroniz:dos para esta série so 82 e o seguinte 6 100 ohms. O comprador deve optar por um dos dois valores e no se preocupar com isso 8 no ser que a tolerncia do projeto assim exija, Cobertura continua memorizar as séries CURSO DE ELETRONICA Em suma, as séries d resistores s40 estabelecidas de tal maneira que, considerando a tolerancia, 0 maior valor que um resistor pode ter, dentro da toler8ncia permitida seja igual ou maior que o menor valor que 0 resistor de marcagéo subsequente da série pode ter consid do sua toler8ncia. Esta é a série de 20% de tolerfincia correspondente aos resis- tores sem o quarto anel, e canta com 6 valores basicos. As resis téncias reais que esses resistores podem ter, admitem uma variagdo de 20% em tomo do valor assinaldo. ‘Sao os seguintes os valores basicos: 10 15 22 33 47 68 A partir desses valores, dividindo-os por 10 podemos ter as, resisténcias padrao para os valores entre 1 e 10 ohms: 118 22 33 47 68 £, multiplicando-se esses valores por 10, 100, 1000, 10.000, 100 000 e 1 000 000, temos a cobertura de toda a fai- xa de resisténcias. Temos entdo a seguinte tabela para tados os valores comer- cials da série E6. (unidade em ohms). 1 19 100 10k 100k 1M 15 15 150 16k 150k 15M 22 22 220 22k = 220k 2.2M 93° 33 «390 33k 330k 3,3M 47° 47° 470 47k 47k «470k 47M 68 68 680 68k 680k 6,8M SERIE E12 Esta série corresponde a uma tolerancia de 10% (anel pra- teado) e consta de 12 valores bésicos do qual obtemos a seguinte tabela: 10 12 15 18 ea 27 33 ONNo sae gyNReR 390k 3,9M 470k 4,7M 560k 5,6M 680k 68M 820k 8,2M SERIE E24 Esta série corresponde aos valores com 5% de toleranci {anel dourado) e conta com 24 valores bésicos a partir dos quais 880 obtidas todas as resist6ncias quecobrem afaixa de 1a 22MS? Os valores padrdes dessa faixa so os seguintes: 10 11 12 13 18 16 18 20 22 24 27 30 33 36 39 43 47 51 56 62 68 75 82 31 SERIES E48 E E96 A sério E48 é para uma toler&ncia de 2% ¢ consta de 48 valo- res bésicos de resisténcias. Como seu uso 6 mais raro, j6 que os projetos comuns, a ndo ser os de instrumentacdo, as séries mais usadas séo de 10% ¢ 20%. A série de 1% de tolerancia, que ¢ a E96, 6 encontrada nor- malmente nas especificagdes dé resistores usados em instru mentos de preciso mas normalmente, os resistores dessa série so mais raros nos projetos comuns. Por esse motivo omitimos a tabela dos 96 valores bésicos desta séri A seguir, damos um resumo deste quadro @ os testes de avaliacao. RESUMO DO QUADRO 25 Os resistores néo sdo fabricados com todos os valores pos- siveis. Os valores de fabricac8o s80 escolhidos em func da tole- rancia de modo que toda a gama de valores reais seja abrangida. Os valores basicos so escolhidos de tal modo que o maior valor real correspondente seja maior que o menor valor real do valor bésico seguinte. Em fungo disso, para cada tolerfncia temos uma série de valores padrdes. CURSO DE ELETRONICA ~ A série E6 para a tolerancia de 20% (sem o quarto anel) recebe esse nome por ter 6 valores bésicos a partir dos. dividindo e multiplicando-se por poténcias de 10 ‘obtem-se toda a cobertura de 1 a 22 MQ = Assérie E12 para a tolerfncia de 10% (anel prateado) recebe esse nome por apresentar 12 valores bésicos. = A série E 24 para a tolerdncia de 5% (anel dourado) recebe esse nome por ter 24 valores basicos. = As séries E48 e E96 correspondem, respectivamente as tolerdncias de 2 @ 1%. Avaliagao 74 Para um resistor de 100 ohms ¢ 10% de tolerdncia, 0 valor imediatamente inferior da mesma série deve: (assinale a altema- tiva correta) a) ter um valor tal que, com a tolerancia de 10% nunca che- gue a0 menor valor que 0 resistor de 100 ohms pode ter. b) Deve ter 10% a menos que o valor 100 ohms, ou seja, 90 ohms. ‘e) Deve ter um valor tal que, com 2 sua toler&ncia possa ter um méximo superior a0 menor valor do resistor de 100 ‘ohms com a sua tolergncia. d) Deve ter 50 ohms. Explicagdes Conforme estudamos, 0 valor do resistor imediatamente infe- rior em qualquer série deve ser tal que, com sua tolerdncia, pos- sa ter no maximo uma resisténcia que seja maior ou igual a menor resisténcia que o valor imediatamente superior possa ter. Esse valor ndo é 10% a menos, sendo padronizado pelas séries. A resposta correta 6 a C. Passe para o teste seguinte. Avaliagdo 75 De acordo com a série E6 (20% de toler&ncia) se desejarmos uma resisténcia de 500 ohms, o valor comercial mais préximo que podemos adquirir seré: (assinale a alternativa correta) a) 500 ohms b) 470 ohms — ¢) 560 ohms d) 510 ohms A primeira alternativa nao se aplica porque o valor 500 ohms nfo corresponde a nenhuma das séries padronizadas lexistem ainda casos de fabricantes que fornecem esse valor). A segunda ahernativa 6 a correta porque 470 ohms é 0 valor comercial que mais se aproxima do valor desejado na série de 20% de toleran- cia, O valor 510 ohms poderia servir perfeitamente, mas ndo corresponde & série de 20%, conforme vimos na lieSo. Se vocé acertou passe para 0 teste seguinte, caso contrério, estude novamente a licko. Avaliagéo 76 A série de valores de resisténcias 100,120, 150, 180, 220 ‘ohms correspondem # que série ? (assinale a altemativa correta) a) £6 b) E12 c) E24 dj £48 2) E96 Resposta b Explicagdes E facil o leitor perceber a que série pertencem esses valores. Entre 100 e 120 ohms existem 20 ohms de variacao que corres- pondem a uma faixa a ser coberta pelos dois valores, ou seja. aproximadamente 10 ohms para cada um, Ora, em telacéo 100 ohms, 10 ohms correspondem a 10% o que quer dizer que se trata da série de 10% de tolerdincia que, conforme vimos 6 2 E12. Se voc acertou passe para o préximo item da licéo. 26. A POTENCIA DISSIPADA NUM RESISTOR Outro fator que tivemos oportunidade de discutir em licéo anterior 6 0 referente a0 tamanho dos resistores. Vimos que os resistores sdo fabricados em diversos tamanhos em funcéo do que denominamos “poténcia elétrica” capazes de dissipar. Neste item estudaremos melhor essa poténcia dissipada num resistor e veremos qual é sua importéncla prética, ‘Quando uma corrente elétrica circula através de um resistor ‘ela encontra uma oposigao e para vencer essa oposico ele pro- Gise dispender uma certa quantidade de energia. Como a ener- gia ndo pode simplesmente se perder mas to somente se trans” formar, no caso, obtemos calor como resultedo da transforme- go de energia olétrica. ‘Em outras palavras, os resistores transformam energia elétri- ca em energia térmica (calor). A energia que os elétrons dispen- dem para vencer a oposieao oferecida pelo resistor transforma se am calor e a tendéncia do resistor é aquecer. figura 84 Um resistor atua portanto como um dispositive que converte energia elétrica em calor. Se 2 quantidade de calor gerada no for muito grande, a medida que a temperstura do componente tender a se olevar pelo calor gerado, sendo mator a diference entre @ temperatura Bo resistor o 2 temperatura ambiente, maior seré a quantidade Ge calor que pode ser transferida ao meio ambiente. Chegaré nto o momento em que @ temperatura do resistor se estabiliza Cesta para de se aquecer. (lembramos que temperatura e calor Gao coisas distintas - se tiver dividas consulte um livro de cién~ cias), No momento em que @ diferenca de temperatura entre © resistor ¢ 0 meio ambiente é tal que todo o calor gerado pode fer transferido ao meio ambiente, a temperatura estaciona ‘a temperatura em que hé o equillbrio entre o calor gerado 6 0 color que é transferido ao meio ambiente depende de diversos fatores sendos os principais a temperatura ambiente e a suport tle de contacto do resistor com o meio ambiante (@ presenca de melos condutores de calor também é importante) am pequena superficie > grande superficie energia elétrica em calor calor gerado, calor dissipado “Revista Saber Eletnica Se um resistor for pequeno, também pequena seré sua super- ficie de contacto com 6 meio ambiente @ também pequena seré 8 quantidade de calor que ele poderd transferir 20 meio ambien- te. E importante observar que os tarminais do resistor, por serem metélicos, ajudam bastante na conducio de parte do calor gerado. Ql= calor dissipado por condu¢do dos terminais figura 86 © fato é que a temperatura poderé se estabilizar num valor seguro para a integridade do resistor se a quantidade de calor gerada for inferior & méxima quantidade de calor que o resistor Pode transferir 20 meio ambiente. Se a quantidade de calor gerado for muito maior que @ quan- tidade de calor que o resistor pode transferir a0 meio ambiente, ‘0u soja, dissipar, o resultado seré um aquecimento cumulativo ¢ 2 temperatura do resistor iré subindo cada vez mais até causar a queima do componente. A quantidade de calor que o resistor pode transferir 20 meio ambiente em cada segundo é dada por uma grandeza denomi- nada “poténcia”” cuja unidade 6 o watt. (W) 1 watt corresponde a uma quantidade de energio de 1 joule gerada ou dissipada em cada segundo. (Transformar em calorias, 6 simples, se lembrarmos que 1 caloria = 4,18 joules} Iss0 quer dizer que, quando um resistor é capaz de dissipar uma poténcia de 4,18 watts, podemos dizer também que é capaz de transferir 1 caloria por segundo de energia térmica a0 meio ambiente. figura 87 Os resistores normaimente utilizados nes aplicacées praticas -] podem ter pequena, média ou grande poténcia, segundo seu — | tamanto. . Os resistores de pequena poténcia, normalmente sao de carvto ou pelicula motélica, sendo fabricedes na seguinte faixa de poténcias: V8W 1/4W 1/2 Ww 1/2W IW 2W Evidentemente, o resistor de menor capacidade de dissipagao de calor é 0 de menor tamanho. 0s terminais dissipacao poténcia 0 Watt resistores de carvao e metal Os resigtores de maior poténcia e que podem operar em tem- peraturas relativamente elevadas so os de fio. Podemos encontré-los na faixa de poténcia que vai de 1 a 1000 watts, FiG.88. O leitor deve ter sempre em conta que o resistor usado numa montagem deve ser capaz de dissipar uma poténcia maior do que a que efetivamente serd gerada no cirouito de modo @ permitir que sua temperatura de operaco seja inferior a maxima que ele pode suportar. Como calcular a poténcia dissipada polo resistor num circuito de modo a podermos escolher a poténcia que ele pode efetiva- mente dissipar seré estudado na préxima ligso. resistores de fio Resumo do quadro 26 - Toda energia elétrica se converte em calor num resistor. = Essa transformagao ocorre em vista da dificuldade que a corrente encontra ao atravessar 0 resistor = A quantidade de calor que um resistor pode transferir a0 meio ambiente 6 muito importante para sue integridade. ~ Se a quantidade de calor for inferior & quantidade que ele pode transferir,hg uma temperatura de equilibrio e 0 resis- tor funciona seguramente - Se a quantidade de calor gerada for maior que a que ele pode transferir a0 meio ambiente, sua temperatura se eleva excessivamente e ele se queime. = A quantidade de calor que o resistor pode transferir ao meio ambiente em cada segundo 6 medida em watts = 1 watt corresponde a 1 joule (unidade de energia) por segundo. = 1 caloria corresponde a 4,18 joules. ~ Os resistores de pequena poténcia sdo de carvo ou de peli- cula motélica (metal film) € 08 de grande poténcia, de fio (nicromo). - Qs terminais s4o importantes na ajuda da dissipagio do calor gerado. A seguir, daremos os testes de avaliagdo correspondentes @ esta ligdo. Se vocé julgar que entendeu perfeitamente os ensina- mentos dados passe aos testes. 132 Revista Saber EletrOnica Tate er Lue ler) Avaliagéo 77 Um resistor converte energie elétrica em que forma de ener- gia? (assinale a alternativa correta) a) Energia luminosa b) Energia quimica c) Energia mecénica d) Energia térmica Explicagio: Conforme estudamos, um resistor se aquece quando a corrente elétrica o stravessa, 0 que significa uma converséo de ica em calor. (ndo confundir calor e temperatura 980. Nesse ponto o calor continua a ser gerado, mas a tempera- tura se estabiliza porque a quantidade de calor gerada é igual @ quantidade de calor transferida ao meio ambiente). A resposta correta 6 8 d, Se vocé acertou passe para o teste seguinte. Caso contrario, stude novamente a licdo. Avaliagao 78 Quando a corrente elétrica atravessa um resistor, caloré gera- do. Podemos afirmar com certeza que: (assinale alternative correta) a) Enquanto a corrente circular e 0 calor for gerado, a tempe- ratura do resistor aumenta. b) A temperatura aumenta até o ponto em que a quantidade de calor gerado se iguslar a quantidade de calor dissipado. ¢) A temperatura se mantém constante qualquer que seja 2 intonsidade da corrente que circule pelo resistor. d) A temperatura do resistor baixa se.a corrente circular no sentido contrério ao normal, Explicagao: Ja falamos deste problema na explicagso do teste de avalia- ‘do anterior. Quando @ quantidade de calor gerada se iguela 4 quantidade de calor transferida ao meio ambiente a temperatura estaciona. A temperatura em que isso ocorre depende de diver- 08 fatores, sendo o principal a ser considerado no caso de resis- tores de poténcia fixa a diferenca de temperatura entre o resistor @ 0 melo ambiente. A altemativa correta é portanto a b. Se vocé acertou passe para 0 teste seguinte, caso contrério, estude novamente a licéo. Avallagéo 79 A unidade de poténcia é: (assinale a alterné CURSO DE ELETRONICA ) caloria ©) watt d) segundo Resposta c Explicagdo: Conforme definimos, poténcla & a quantidade de energia gerada ou dissipada em cada segundo (gerade ou recebida) e a sua unidade recebe o nome de watt, cuja abraviatura é W. A alternativa correts & portanto ac. Passe para o teste seguinte: Avaliagdo 80 1. watt corresponde a: (assinale a alternative correta) a) 1 caloria por segundo b) 1 grau celsius por segundo ¢) 1 joule por minuto d) 1 joule por segundo Resposta d Explicagaéo: Conforme explicamos no teste anterior, 1 watt corresponde a quantidade’ de energia por unidade de tempo. Como no SI (Sis- ‘tema Int+macional) a unidade de energia 6 0 joule e @ unidade de tempo é 0 segundo, 1 watt corresponde a 1 joule por segun- do. A alternativa correta é portanto d. Avallagao 81 Consulte a figura 69 - pg 110 da li¢go anterior (revista 54) Observando os resistores ¢ as indicagdes de poténcia ao lado voe8 conclui que: (assinale a alternativa correta) a) A figura esté corret b) A figura esté errada pois todos 0s resistores t8m a mesma poténcia ©) A figura esté errada pois 0 maior resistor ¢ 0 de maior Resposta: © potdncia. Explicagao: Conforme explicamos, a poténcia que um resistor é capaz de dissipar depende da sua superficie em contacto com o meio ambiente. Quanto maior for essa superficie, maior seré a potén- cia que o resistor seré capaz de dissipar. A figura esta errada porque nela, o maior resistor esté assinalado como sendo o de ‘menor poténcia. Estude novamente a lic8o se tiver quaiquer divida e aguarde a préxima no préximo ndmero da Revista. Revita Be ELETRONICA o > ea = Ses on. hg

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