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Índice

Assunto pag.

Critérios para utilização de laços 03


Cargas nos laços 04
Tabela prática para determinação dos ângulos 05
Métodos de amarração de carga 06
Cabos de aço 08
Laços de cabos de aço para movimentação de cargas 11
Inspeção em laços de cabos de aço 14
Cintas de poliéster 17
Inspeção em cintas de poliéster 19
Lingas de correntes 21
Inspeção em lingas de corrente 25
Acessórios 27
Sinalização manual para pontes rolantes 30
Sinalização manual para máquinas de baldeio 35
Cuidados básicos de segurança 38
Check-list diário do movimentador de cargas 39
Anexos 40
Referencias bibliográfica 50

Manual de Movimentação de Cargas 1 /50


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A movimentação de cargas e a segurança no trabalho.

A movimentação de cargas nos diversos segmentos de produção industrial tem sido motivo de
preocupação para a segurança dos trabalhadores envolvidos na operação.
Operação corriqueira no dia a de qualquer empresa sejam na operação de carga ou descarga no
recebimento de materiais, materiais primas, no deslocamento de equipamentos, produtos, ou
operações de manutenção. Não raros são os relatos de acidentes com trabalhadores durante a
realização da mesma.
A prevenção de acidentes de trabalho nestas operações deve passar por um processo de
conscientização dos empregados das limitações e métodos de utilização dos mecanismos e
acessórios utilizados nas mesmas e na visão empresarial, que o investimento na capacitação de
pessoal e aquisição de acessórios que auxiliem com segurança tais operações lhes economiza no
passivo trabalhista gerado por um acidente de trabalho.

Procuramos abordar neste manual as principais recomendações a serem seguidas pelos


profissionais responsáveis pela Movimentação de cargas através da utilização de pontes rolantes,
pórticos ou máquinas de baldeio. Abordando as características técnicas e de segurança na
utilização de laços de cabos de aço, cintas de poliéster, lingas de corrente e seus acessórios.

Junho / 2009

Manual de Movimentação de Cargas 2 /50


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 Critérios básicos para utilização de laços (eslingas)

 Aplicar:

 Cabos de Aço: para cargas com superfície lisa, oleosa ou escorregadia, assim como laços
de cabo de aço com ganchos para aplicação nos olhais da carga.
 Cintas e Laços Sintéticos: para cargas com superfícies extremamente escorregadias ou
sensíveis, como por exemplo, cilindros de calandragem, eixos, peças prontas e pintadas.
 Correntes: para materiais em altas temperaturas e cargas que não tenham chapas ou
perfis. Lingas de corrente com gancho podem ser acoplados aos olhais da carga.

 Não aplicar:

 Cabos de Aço: para materiais com cantos vivos ou em altas temperaturas.


 Cintas e Laços Sintéticos: para cantos vivos e cargas em altas temperaturas.
 Correntes: para cargas com superfície lisa ou escorregadia.

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A
 Cargas nos laços
Ao se especificar um laço para a utilização na movimentação de cargas, devem-se levar em
consideração as cargas:

 Carga de ruptura mínima:


Força mínima que o laço deve suportar sem que haja rompimento.

 Carga máxima de trabalho:


Massa máxima que o laço está autorizado a sustentar em serviços gerais.

A carga de trabalho a que os laços devem estar sujeitados, devem ser observadas de acordo com
o tipo de construção, resistência à tração e ângulo dos mesmos em relação à carga a ser içada.
A tensão nos laços, varia de acordo com as inclinações que os sustentam, alterando com isto a
carga a que podemos expor os mesmos

A tabela 03 e as figuras a seguir nos mostram a variação na capacidade dos laços de acordo com
estas inclinações

Tabela 03 – Variação da tensão nos laços segundo o ângulo de inclinação


ÂNGULO 100 200 250 300 350 400 450 500 550 600
E 1,02 1,06 1,10 1,15 1,22 1,31 1,41 1,56 1,74 2,00
K 2,83 1,37 1,07 0,87 0,71 0,60 0,50 0,42 0,35 0,29
E e K = Coeficientes de
T=PxE H=LXK
multiplicação

T=P T=P
5
1,1
Px

41
1,
T=

0
30
L x 0,87

,0
P

900 0
x2
L x 0,50
=

45
=P
T

L x 0,29

T 0
60

Carga Carga Carga Carga

L L L L
P P P P P P
P P

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Tabela prática para determinação ângulo do laço

L
A

Ângulo do laço
80° 70° 65° 60° 55° 50° 45° 40° 35° 30° 25° 20° 15°
(A)
Comprimento
Distância entre os olhais dos laços ( D )
do laço ( L )
500 985 940 906 866 819 766 707 643 574 500 423 342 259
1000 1.970 1.879 1.813 1.732 1.638 1.532 1.414 1.286 1.147 1.000 845 684 518
1250 2.462 2.349 2.266 2.165 2.048 1.915 1.768 1.607 1.434 1.250 1.057 855 647
1500 2.954 2.819 2.719 2.598 2.457 2.298 2.121 1.928 1.721 1.500 1.268 1.026 776
1600 3.151 3.007 2.900 2.771 2.621 2.451 2.263 2.057 1.835 1.600 1.352 1.094 828
2000 3.939 3.759 3.625 3.464 3.277 3.064 2.828 2.571 2.294 2.000 1.690 1.368 1.035
2500 4.924 4.698 4.532 4.330 4.096 3.830 3.536 3.214 2.868 2.500 2.113 1.710 1.294
3000 5.909 5.638 5.438 5.196 4.915 4.596 4.243 3.857 3.441 3.000 2.536 2.052 1.553
3200 6.303 6.014 5.800 5.543 5.243 4.903 4.525 4.114 3.671 3.200 2.705 2.189 1.656
3500 6.894 6.578 6.344 6.062 5.734 5.362 4.950 4.500 4.015 3.500 2.958 2.394 1.812
4000 7.878 7.518 7.250 6.928 6.553 6.128 5.657 5.142 4.589 4.000 3.381 2.736 2.071
4500 8.863 8.457 8.157 7.794 7.372 6.894 6.364 5.785 5.162 4.500 3.804 3.078 2.329
5000 9.848 9.397 9.063 8.660 8.192 7.660 7.071 6.428 5.736 5.000 4.226 3.420 2.588
5500 10.833 10.337 9.969 9.526 9.011 8.426 7.778 7.071 6.309 5.500 4.649 3.762 2.847
6000 11.818 11.276 10.876 10.392 9.830 9.193 8.485 7.713 6.883 6.000 5.071 4.104 3.106
6300 12.409 11.840 11.419 10.912 10.321 9.652 8.910 8.099 7.227 6.300 5.325 4.309 3.261
6500 12.803 12.216 11.782 11.258 10.649 9.959 9.192 8.356 7.456 6.500 5.494 4.446 3.365
7000 13.787 13.156 12.688 12.124 11.468 10.725 9.899 8.999 8.030 7.000 5.917 4.788 3.623
7500 14.772 14.095 13.595 12.990 12.287 11.491 10.607 9.642 8.604 7.500 6.339 5.130 3.882
8000 15.757 15.035 14.501 13.856 13.106 12.257 11.314 10.285 9.177 8.000 6.762 5.472 4.141
8500 16.742 15.975 15.407 14.722 13.926 13.023 12.021 10.927 9.751 8.500 7.185 5.814 4.400
9000 17.727 16.914 16.314 15.588 14.745 13.789 12.728 11.570 10.324 9.000 7.607 6.156 4.659
9500 18.711 17.854 17.220 16.454 15.564 14.555 13.435 12.213 10.898 9.500 8.030 6.498 4.918
10000 19.696 18.794 18.126 17.321 16.383 15.321 14.142 12.856 11.472 10.000 8.452 6.840 5.176
10500 20.681 19.734 19.032 18.187 17.202 16.087 14.849 13.499 12.045 10.500 8.875 7.182 5.435
11000 21.666 20.673 19.939 19.053 18.021 16.853 15.556 14.141 12.619 11.000 9.298 7.524 5.694
11500 22.651 21.613 20.845 19.919 18.840 17.619 16.263 14.784 13.192 11.500 9.720 7.866 5.953
12000 23.635 22.553 21.751 20.785 19.660 18.385 16.971 15.427 13.766 12.000 10.143 8.208 6.212
12500 24.620 23.492 22.658 21.651 20.479 19.151 17.678 16.070 14.339 12.500 10.565 8.551 6.470
13000 25.605 24.432 23.564 22.517 21.298 19.917 18.385 16.712 14.913 13.000 10.988 8.893 6.729
13500 26.590 25.372 24.470 23.383 22.117 20.683 19.092 17.355 15.487 13.500 11.411 9.235 6.988
14000 27.575 26.311 25.377 24.249 22.936 21.449 19.799 17.998 16.060 14.000 11.833 9.577 7.247
14500 28.559 27.251 26.283 25.115 23.755 22.215 20.506 18.641 16.634 14.500 12.256 9.919 7.506
15000 29.544 28.191 27.189 25.981 24.575 22.981 21.213 19.284 17.207 15.000 12.679 10.261 7.765
15500 30.529 29.130 28.096 26.847 25.394 23.747 21.920 19.926 17.781 15.500 13.101 10.603 8.023
16000 31.514 30.070 29.002 27.713 26.213 24.513 22.627 20.569 18.354 16.000 13.524 10.945 8.282
16500 32.499 31.010 29.908 28.579 27.032 25.279 23.335 21.212 18.928 16.500 13.946 11.287 8.541
17000 33.483 31.950 30.814 29.445 27.851 26.046 24.042 21.855 19.502 17.000 14.369 11.629 8.800
17500 34.468 32.889 31.721 30.311 28.670 26.812 24.749 22.498 20.075 17.500 14.792 11.971 9.059
18000 35.453 33.829 32.627 31.177 29.489 27.578 25.456 23.140 20.649 18.000 15.214 12.313 9.317
18500 36.438 34.769 33.533 32.043 30.309 28.344 26.163 23.783 21.222 18.500 15.637 12.655 9.576
19000 37.423 35.708 34.440 32.909 31.128 29.110 26.870 24.426 21.796 19.000 16.059 12.997 9.835
19500 38.408 36.648 35.346 33.775 31.947 29.876 27.577 25.069 22.369 19.500 16.482 13.339 10.094
20000 39.392 37.588 36.252 34.641 32.766 30.642 28.284 25.712 22.943 20.000 16.905 13.681 10.353

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 Métodos de amarração de cargas


Os laços a serem aplicados na amarração de cargas, podem ser classificados em: Laço simples,
Laços forca, Laços Cesta, variando sua eficiência de capacidade de carga máxima de trabalho, de
acordo com o tipo e angulo da amarração (ver tabelas anexas).

Simples Forca Cesta

Triplo Quadruplo

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Exemplos de amarração de cargas

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MATERIAIS UTILIZADOS NA FABRICAÇÃO DE ESLINGAS

 CABOS DE AÇO

Os cabos de aço são acessórios para levantamento de cargas que devem apresentar as
qualidades de força, resistência à tração e flexibilidade.

São compostos de arames enrolados em torno de um núcleo, conforme a figura abaixo:

Alma
Arame

Perna
Cabo

Força
A capacidade de força de um cabo de aço é determinada pela resistência à tração dos
arames que compõem suas pernas. A mesma varia de acordo com o tipo de material utilizado na
fabricação do mesmo, que são classificados em:

Categoria de Resistência a tração dos


Material
resistência de cabos arames - N/mm2

Improved plow steel 1770 1570 a 1960

Extra improved plow steel. 1960 1770 a 2160

Extra extra improved plow steel 2160 1960 a 2160

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Flexibilidade

 Alma de aço

As almas de aço garantem maior resistência aos amassamentos e aumentam a resistência à


tração.
A alma de aço pode ser formada pôr uma perna de cabo ou pôr um cabo de aço independente,
sendo esta última modalidade, preferida quando se exige do cabo maior flexibilidade combinada
com alta resistência à tração.

Com exceção dos cabos muito finos, todos os demais são fornecidos com alma de aço formada
pôr cabo independente. A utilização da alma de aço é também recomendada para locais de
trabalho onde a temperatura seja elevada.

AA Alma formada pôr uma Perna de Cabo


AACI Alma formada pôr Cabo de Aço Independente

 Alma de fibra

As almas de fibra em geral dão maior flexibilidade ao cabo de aço.

 As almas de fibras naturais


São normalmente de cânhamo ou sisal. Não devem ser usados em locais onde se apresentam
altas temperaturas e onde exista grande umidade.

AF Alma de Fibra Natural

 As almas de fibras artificiais


São normalmente de polipropileno, nylon, polietileno ou algum substituto indicado pelo fabricante.
Estas apresentam as mesmas vantagens das fibras naturais, mais as seguintes:

Não deterioram em contato com água ou substâncias agressivas;


Não absorve umidade, o que representa uma garantia contra o perigo da corrosão interna.

AFA Alma de Fibra Artificial

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Identificação dos cabos de aço

A identificação de um cabo compõe-se do seu diâmetro, número de pernas, número de fios de


cada perna, do tipo de alma e da composição das pernas

Exemplo: 6 x 19 AF Seale 1 + 9 + 9:
6 pernas, 19 fios em cada perna, Alma de fibra, Construção seale, arame
central, 9 fios na primeira camada e 9 fios na segunda camada

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Laços de Cabos de Aço para movimentação de cargas

Os laços devem ser fabricados a partir de cabos de aço novos.

O cabo de aço utilizado para confecção de laços deve ser da classificação 6 x 19 ou 6 x 37, de
torção regular, com alma de aço ou de fibra, conforme a NBRISO 2408.

A resistência à tração dos arames deve ser de pelo menos 1764 MPa, conforme NBRISO 2408,
para laços com cabos de alma de fibra, e de pelo menos 1960 MPa para laços com cabos de alma
de aço.

Características dos laços de cabo de aço


 Classificação
Os laços ou conjuntos de laços devem ser classificados da seguinte forma:

Quanto ao tipo de extremidade

 trançado flamengo com presilhas;


 trançado flamengo com presilhas e sapatilhas,

 Trançado manualmente (sem presilha),

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Quanto à flexibilidade do cabo de aço


 Classificação 6 x 19,
 Classificação 6 x 37
Quanto à alma do cabo de aço
 Fibra (AF)
 Aço (AACI)\

Quanto à construção

Laços simples,
Conjunto de dois laços,
Conjunto de quatro laços.

Quanto à amarração
Vertical
Forca
Cesta

 Com um laço tipo forca:

 O ângulo da forca deve ser formado naturalmente (sem ser forçado);

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 Utilizado um sapatilho, estribo protetor seja usado, onde


possível, no olhal para reduzir danos ao cabo, e um gancho
corrediço seja utilizado sempre que possível.

Notas:

 Dobramento

Considera-se canto vivo um raio de curvatura menor que o diâmetro do cabo de aço.

Quando o cabo é dobrado sobre seu próprio diâmetro, ele pode perder 50% da sua resistência
nominal.

 Carga máxima de trabalho

Além de levar em consideração as cargas mínimas de ruptura dos cabos, as cargas máximas de
trabalho com laços de cabos de aço variam de acordo com as categorias dos cabos de aço e com
o método de amarração dos mesmos nas cargas, para determinação das mesmas, deve-se
observar as tabelas dos anexos I, anexo II e anexo III.

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Inspeção dos laços de cabos de aço

Medições em um cabo de aço

 Diâmetro

Certo Errado
 Passo

 Inspeção visual
A inspeção visual deve ser feita para detectar o seguinte:

 Arames partidos;
 Distorção do cabo (por exemplo, nó e amassamentos);
 Danos no trancamento, nas presilhas ou acessórios;
 Desgaste excessivo;
 Danos por calor;
 Corrosão

 Arames rompidos

Se, em uma inspeção visual preliminar, o total de arames partidos visíveis em qualquer
comprimento de seis vezes o diâmetro do cabo exceder 5% do numero de arames do cabo, o laço
deve ser colocado fora de serviço e encaminhado a uma pessoa qualificada para uma inspeção
completa.

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Após a inspeção completa, recomenda-se substituir o cabo em serviço quando forem detectados:

 Dez arames partidos, distribuídos aleatoriamente


em qualquer comprimento de seis vezes o diâmetro do
cabo (não aplicável a cabos de classificação 6 x 7);

 Cinco arames partidos em uma mesma


perna em qualquer comprimento de seis vezes
o diâmetro do cabo (não aplicável a cabos de
classificação 6 x 7);

 Mais de um arame rompido no interior do cabo, em qualquer comprimento de seis vezes o


diâmetro do cabo.

 Rupturas localizadas
Os laços devem ser descartados quando:

Houver três ou mais arames partidos agrupados aproximadamente;

A quantidade de arames partidos na união do cabo de aço com a presilha ultrapassar o as


especificações abaixo:

01 arame rompido na base inferior da presilha


classe 6x19
02 arames rompido na base inferior da presilha
classe 6x37

 Redução no diâmetro do cabo

O cabo deve ser substituído quando


ocorrer uma redução de 10% no valor
de seu diâmetro nominal ( NBR 13543 ).

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 Corrosão
O efeito da corrosão é identificado facilmente com a perda da flexibilidade e o aumento da
rugosidade. Embora uma leve corrosão superficial não afete a resistência do cabo, ela pode ser
uma indicação de corrosão interna de efeitos imprevisíveis.

Quando houver suspeitas de corrosão interna ou corrosão debaixo do amarrilho do traçado


manual, o laço deve ser colocado fora de serviço e sujeito a uma inspeção completa por uma
pessoa qualificada.

 Deformação do cabo
O laço deve ser descartado quando ocorrer dobra, amassamento e colapso da alma. Entretanto,
em certas circunstâncias, deformações permanentes podem ocorrer sem necessariamente afetar
a resistência do laço, como, por exemplo, quando o cabo é dobrado sob o efeito de uma carga
pesada sobre um diâmetro pequeno.

No caso de dúvidas quanto à aceitação da deformação, o cabo deve ser sujeito a uma inspeção
por pessoa qualificada.

 Danos por calor


Quanto exposto à temperatura excessiva ( maior que 300º )durante muito tempo, o laço pode ter a
sua resistência significativamente reduzida

Evidências de sobreaquecimento pode ser a descoloração dos arames, perda de lubrificação ou


vestígio de arco elétrico. Quando estas condições forem identificadas, o laço deve ser retirado de
serviço e sujeito a inspeção por pessoa qualificada.

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 CINTAS DE POLIÉSTER

As cintas de poliéster utilizadas na movimentação de cargas devem ser fabricadas e utilizadas


observando-se as normas NBR15637-1 e 15637-2.
Tem a característica de:
 Polímero resistente a ácidos mas não a produtos alcalinos,como amônia,soda
cáustica,etc.;
 Ponto de Fusão a 260°C, porém não deve ser utilizado com cargas acima de 100°C;
 Resistência do material não é afetada pela água; Absorção desprezível;
 Baixa resistência a atrito e frágil a cantos vivos;

Dentre os vários modelos que são fabricadas, o mais comum são a cinta de Corpo duplo e tipo
anel:

Proteções para cintas de poliéster

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 Carga máxima de trabalho

Para determinar a capacidade de carga de uma de cinta de poliéster, deve-se antes observar o
número de camadas em que a mesma foi fabricada e o método utilizado na amarração da mesma,
para determinação de cargas em cintas de duas camadas tipo olhal e anel, devem-se observar as
tabelas do anexos IV.

Exemplos de métodos de utilização de cintas

Métodos corretos na movimentação

Métodos proibidos na movimentação

Conservação das cintas

As cintas de poliéster podem ser limpas com sabão neutro para a retirada de poeira, graxa, óleo,
etc. e não pode ser colocada em locais quentes após sua lavagem

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Inspeção em cintas de poliéster

O uso seguro das cintas de poliéster podem ser comprometidos com a existência dos seguintes
defeitos ou danos, como segue:

Desfiamento da superfície
As fibras da superfície podem ser desfiadas no decorrer de sua utilização, geradas por abrasão.
Deve-se analisar a intensidade do desfiamento, uma vez que pode comprometer a resistência da
cinta de poliéster, sendo necessário o seu descarte.

Cortes transversais

Os cortes que ocorrem no sentido transversal das cintas


de poliéster são gerados por contatos com cantos vivos
ou abrasivos ou ainda quando surge uma tensão
desequilibrada. O descarte deve ocorrer quando o corte
transversal for superior a 10% da largura da cinta de
poliéster.

Cortes longitudinais
Os cortes longitudinais ocorrem quando a cinta de poliéster é
utilizada em uma superfície não plana da carga como quinas, e
cargas com largura inferior a da cinta de poliéster. O descarte
deve ocorrer quando o corte longitudinal for superior a 10% da
largura da cinta de poliéster.

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Danos por temperatura


As cintas fabricadas em poliéster são
dimensionadas a trabalhar em ambientes com as
seguinte faixa de temperatura: - 40°C a + 100°C.
Verifica-se superficialmente esse danos como: a
aparência lisa e brilhante e, em casos extremos,
através da fusão das fibras.

Ataques químicos
Produtos químicos em contato com as cintas de poliéster
acarretam no enfraquecimento do material e apresentam
perda de área e amolecimento da cinta de poliéster.
A identificação desse dano é a descamação na superfície e
deve-se descartar toda cinta de poliéster que apresentar
significativa perda de área referente a esse tipo de dano.

Olhais reforçados
As Cintas de poliéster devem ter seus pontos de fixação, ou seja os olhais íntegros. A presença
de abrasão severa pode levar a ruptura do olhal quando a cinta for colocada em uso. Recomenda-
se a inspeção criteriosa nos olhais.

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CORRENTES
As correntes são fabricadas em
diferentes graus de resistência.

A corrente de grau 8 é a mais comum


na movimentação de carga. A exceção
é na utilização em ambientes muito
quentes onde o grau requerido é o 3,
para evitar que o tratamento térmico
seja afetado.

Carga máxima de trabalho


As lingas são classificadas para uma carga máxima de trabalho uniforme para qualquer ângulo
entre as pernas de 0º a 90º (0º a 45º em relação à vertical) ou, adicionalmente, a uma carga
máxima de trabalho uniforme para qualquer ângulo entre as pernas de 90º a 120º (45º a 60º em
relação à vertical).

A carga limite de trabalho é a máxima carga que uma linga de corrente é designada para trabalhar
em condições ideais de serviço com segurança. são construídos e baseados em um fator mínimo
de segurança de 4:1. ( ver anexo V )

Fatores de carga recomendados para aplicações não usuais


Métodos e condições - Fator normal aplicado para carga limite de trabalho para corrente simples

Carga
equalizada

0,7
0,8 2,0 1,3 1,6

O fator é aplicável para uma carga limite de trabalho de uma linga dupla padrão

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Cargas com quinas: coeficiente aplicado na elevação e amarração de cargas

r = 2x maior r = até 2x maior Canto quadrado. Não


que o diâmetro que o diâmetro recomendado. Neste
da corrente da corrente
caso utilizar proteção
1,0 0,7 de corrente

Utilização em alta temperatura


Quando as correntes são usadas em temperaturas adversas, a carga de trabalho pode ser
reduzida como indicado.
1) Enquanto a corrente estiver na temperatura mostrada na 1ª coluna.
2) Quando a corrente estiver em temperatura ambiente depois de sofrer grande aquecimento

Temperatura da linga de Redução da carga de Redução permanente


corrente trabalho na carga de trabalho
-40ºC até +200ºC 0% Não
+200ºC até +300ºC 10% Não

+300ºC até +400ºC 25% Não

Mais de 400ºC Não usar Sim

Uso
Para proteger tanto operador e materiais, observar estas precauções quando se usa lingas de
corrente:
- Antes de utilizar, inspecionar a linga e todos os acessórios montados.
- Não ultrapasse os limites de carga de trabalho.

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Quaisquer dos fatores listados aqui podem reduzir a carga de trabalho especificada na linga:
 Trancos e balanços podem produzir sobrecargas perigosas para a linga.
 Variações no ângulo da carga podem reduzir o limite de carga máxima da linga
 Torção ou retorcimentos, podem danificar os elos da corrente.
 Cargas de cantos vivos/retos, utilizar protetor na corrente.
 Utilização para fins diferentes daqueles para os quais as lingas se destinam, pode reduzir a
sua carga de trabalho.
 Livre-se dos nós em toda a extensão da linga.(utilizar ganchos encurtadores. Os nós
podem reduzir a carga de trabalho em até 50%).
 A carga deve estar posicionada no centro do gancho e a trava do gancho não deve ser
posicionada em contato com a carga.
 Não deixe cair carga sobre a lingas, pois poderá cisalhar o material.
 Verifique sempre o limite de carga de trabalho da linga e de seus acessórios, tais como
ganchos e anéis, e certificar-se que estes correspondem à mesma capacidade de carga da
linga.

Amarração em forca

Amarração em cesta

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O encurtador
intermediário permite
montagem rápida e
precisa, além de,
posicionamento e
encurtamento

Amarração com encurtador

Antes de usar

– Verifique a corrente e acessórios verificando desgastes, entalhes, rachaduras, rupturas, fissuras,


alongamento, dobramento, respingo de solda, descoloração por temperatura excessiva e abertura
dos ganchos.
– A articulação entre corrente, acessórios e elos deve ser livre.
– Quando houver travas nos ganchos, estas deverão trabalhar livremente e se assentar
adequadamente sem evidência de distorção permanente.

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Inspeção de correntes

Uma inspeção completa deve ser feita no mínimo a cada 12 meses, ou mais freqüentemente de
acordo com as normas do local, tipo de uso e experiência passada.

 Devem ser substituídas as correntes com elos deformados, com rachaduras ou fissuras,
assim como qualquer acessório, como anéis deformados, ganchos abertos ou qualquer outro
elemento que demonstre sinais de danos.

 Desgaste da corrente e acessórios não deverá exceder em qualquer ponto, 10% das
dimensões originais. O desgaste máximo de 10% é definido como a redução do diâmetro
médio medido nas duas direções.

 As lingas de correntes que foram sujeitas a sobrecarga devem ser retiradas de serviço.

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Como detectar alongamento


Um alongamento ocorre devido à sobrecarga no material. Várias fórmulas podem ser
estabelecidas para avaliar alongamento. Hoje em dia não se permite alongamento em elos de
corrente. É recomendável inspecionar correntes ou lingas de corrente com equipamentos
precisos, tais como paquímetro ou micrômetro.

Podem ser realizadas inspeções visuais para que se possa detectar torções em elos ou anéis.

Caso as condições dimensionais estejam fora do padrão determinado por normas, os dispositivos
defeituosos deverão ser descartados da área de manuseio.
As inspeções devem ser realizadas de 6 em 6 meses pelo usuário

Cuidados
A corrente requer um armazenamento cuidadoso e manutenção regular;
Armazene a corrente em um lugar limpo e seco;
Para evitar a corrosão, as correntes devem ser lubrificadas com óleo antes do armazenamento
prolongado.

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Acessórios

A carga de trabalho dos acessórios (por exemplo, manilhas e ganchos) deve ser pelo menos igual
à carga de trabalho do laço simples no qual os acessórios estão fixados.

 Ganchos

Quando da utilização, utilizar sempre que possível a trava de segurança, posicionando a carga
sempre centrada ou distribuída no mesmos, a fim de se evitar deformações.

Inspeção

Substitua os ganchos quando houver um aumento de 15% na sua abertura, 10% de desgaste no
seu corpo ou 10 % no seu alinhamento. ( ver dimensões na tabela do anexo VI )
 Evidências de aberturas, distorção ou trincas no gancho;

 Manilhas

As manilhas a serem utilizadas, devem trazer gravadas no seu corpo, a


capacidade de carga, o grau de fabricação e o diâmetro da mesma

Carga máxima de trabalho


Na utilização de manilhas verificar as devidas capacidades de carga, levando-se em consideração
que as cargas máximas de trabalho variam de acordo com seu diâmetro, grau do material que a
mesma foi fabricada e inclinação dos laços.
( ver capacidades no anexo VII )

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 Olhal de suspensão

Os olhais de suspensão são fabricados do tipo parafuso e


tipo porca.

Carga máxima de trabalho

Na utilização de olhais de suspensão verificar as devidas capacidades de carga, levando-se em


consideração que as cargas máximas de trabalho variam de acordo com a inclinação dos laços
( ver anexos VIII e IX ).

Fator de carga 1,0 Fator de carga 1,4

 Anéis de carga

São basicamente fabricados para trabalhar com lingas de corrente, mas podem ser utilizados
como acessório na movimentação de carga.
Sua capacidade de carga pode ser observada no anexo X

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 Outros itens
Na inspeção dos acessórios, presilhas ou trançados, deve-se observar o seguinte:

 Trincas na presilha;
 Abrasão ou amassamento severo da presilha ou do trançado;
 Presilha ou trançado se soltando;
 Rompimento da base do olhal devido ao uso de pino de diâmetro excessivo ou certos tipos
de sapatilho;
 Arames partidos na superfície externa do olhal, causados, por exemplo, pelo uso de pino
de pequeno diâmetro e olhal sem sapatilho;
 Efeito de fricção na superfície de contato do olhal sem sapatilho.

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SINALIZAÇÃO MANUAL PARA PONTES ROLANTES

CHAMAR

Com o antebraço na vertical, primeiramente saúda o operador com a


palma da mão voltada para a cabine, em seguida vira-se a mão e
movimenta-se o antebraço numa atitude de quem chama.
Este sinal é usado, toda vez que o sinaleiro solicitar os serviços da
ponte rolante.

PARAR
Com o antebraço na horizontal, e a mão aberta voltada para o
chão, movimentar de um lado para o outro, na altura da cintura.
Este sinal é usado em todas as áreas e em todas as operações.

ELEVAR

Com o antebraço na vertical, a mão fechada, movimentar o dedo


indicador em círculos.
É utilizado em toda operação envolvendo ponte rolante.

ABAIXAR

Com o antebraço na horizontal, com a mão aberta


movimentar o antebraço para baixo.
Também é utilizado em toda operação com ponte rolante.

ESPERAR

Cruzar os punhos dos braços à altura do peito com as mãos semi-fechadas.


É utilizado toda vez que o sinaleiro necessitar que o operador espere.

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IMANTAR

Apoiar a palma da mão sobre a outra, em atitude de quem


bate palma.
É um sinal característico para as pontes equipadas com
eletro-imã.

DESIMANTAR

Afastar as palmas que se encontravam apoiadas uma na outra,


movendo-as em sentido contrário – uma para cima outra para baixo.
É usado para as pontes com eletro-imã.

MOVIMENTAR O TROLLEY

Dando um dos ombros para a cabine do operador, indicar com o


braço direito ou esquerdo, a direção que deseja movimentar o
trolley.
É utilizado em todas as pontes equipadas com trolley em todas as
áreas da empresa.

PARAR DE EMERGÊNCIA

Com os dois antebraços na horizontal, cotovelos colocados ao


corpo, mover as mãos estendidas, cruzando-as.
É utilizado para qualquer ponte, quando a operação que está
sendo executada, exige parada de emergência. Pode ser dado
por qualquer pessoa e o operador deve parar todos os
movimentos.

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GANCHO AUXILIAR

Os sinais para elevar ou abaixar são os mesmo que os usados para


o gancho principal faz-se, porém, um “V” com os dois dedos da
mão esquerda.
É utilizado para as pontes rolantes que são equipadas com dois
sistemas de içamento.

MOVIMENTAR AS PONTES

Com a frente voltada para o operador, indicar com o braço


direito ou com o esquerdo, a direção que deseja movimentar a
ponte.
É utilizado em todas as operações com ponte rolante.

ESTRIPAMENTO

Com a mão esquerda aberta à frente do corpo, e o braço direito


com a mão cerrada, executar o movimento de empurrar algo no
sentido de cima para baixo, na forma de um soco.
Este sinal é característico para as pontes equipadas com extrusor
no lingotamento convencional. É usado na operação de retirada
dos lingotes das lingoteiras.

PRENDER

Com as mãos espalmadas na altura da cintura e pouco à frente do


corpo, executar o movimento de comprimir algo.
É utilizado para as pontes tenazes e pontes equipadas com
caçambas.

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SOLTAR

Com as mãos espalmadas na altura da cintura e pouco à frente do


corpo, executar o movimento no sentido de soltar algo.
É utilizado para as pontes tenazes e pontes equipadas com
caçambas.

GIRAR

Com o antebraço na vertical, a palma da mão direita aberta, para


cima, executar o movimento de girar alguma coisa.
É utilizado nas Pontes tenazes.

ELEVAR PEQUENAS DISTÂNCIAS

Com o antebraço e a mão na vertical, voltados para cima, tocar


levemente com o indicador no polegar.

ABAIXAR PEQUENAS DISTÂNCIAS (LENTAMENTE)

Com o antebraço na horizontal e com a mão voltada para baixo, tocar


levemente o indicador no polegar.

LIMPEZA DA ÁREA COM ELETRO-IMÃ

Com os antebraços na horizontal e com as palmas das


mãos voltadas uma para a outra e próximas, fazer um movimento
rotativo, com a mão que estiver por cima.

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VIRAR PLACAS

Com as duas mãos em paralelo a altura do peito, dar sentido de que está
virando alguma coisa.
São usados nas pontes rolantes equipadas com eletro-imã, situadas nas
laminações.
.

TÉRMINO DE OPERAÇÕES

Com o braço esquerdo caído ao lado do corpo, movimentar o braço direito


com a mão espalmada na altura da fronte num sinal de continência.
É usado em todo final de operação.

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SINALIZAÇÃO MANUAL PARA MAQUINAS DE BALDEIO

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1. IÇAR – Com o antebraço na vertical e o dedo indicador para cima, mova a mão em
pequenos círculos horizontais.

2. ABAIXAR – Com o braço estendido para baixo, dedo indicador apontado para baixo, mova
a mão em pequenos círculos horizontais.

3. LEVANTAR A LANÇA – Braço esticado, dedos fechados, o polegar apontando para cima.

4. BAIXAR A LANÇA – Braço esticado, dedos fechados, polegar apontado para baixo.

5. PARE – Braço esticado, palma da mão para baixo, mantendo esta posição firme.

6. PARADA DE EMERGÊNCIA – Braços esticados, palmas das mãos para baixo, mova as
mãos rapidamente para a esquerda e direita.

7. DESLOCAMENTO – (Da maquina). Braço esticado para frente, mão aberta e erguida, faça
movimentos de empurrar na direção do deslocamento.

8. TRAVAR TUDO – Junte as duas mãos em frente do corpo

9. MOVIMENTO LENTO – Use uma das mãos para dar o sinal do movimento desejado e
coloque a mão parada em frente da outra.

10. LEVANTAR A LANÇA BAIXAR A CARGA – Com o braço esticado, polegar para cima,
flexione os dedos, (abrindo e fechando) enquanto durar o movimento da carga.

11. BAIXAR A LANÇA LEVANTAR A CARGA – Com o braço esticado, polegar para baixo,
abra e feche os dedos enquanto durar o movimento da carga.

12. GIRAR A LANÇA – Braço esticado, aponte com o dedo a direção do giro da lança.

13. ESTENDER A LANÇA – Ambos os punhos em frente ao corpo, com o polegar apontado
para frente.

14. RECOLHER A LANÇA – Ambos os punhos em frente ao corpo, com um polegar apontado
para o outro.

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15. APOIAR A CARGA E USAR OUTROS SINAIS.

16. USE O GUINCHO PRINCIPAL – Coloque o punho na cabeça e use os outros sinais.

17. USE O GUINCHO AUXILIAR – Ponha a mão no cotovelo e use os outros sinais.

18. ACIONE UMA ESTEIRA – Travar a esteira no lado indicado pelo punho erguido. Acione a
esteira oposta na direção indicada pelo movimento circular do outro punho, que gira verticalmente
em frente ao corpo.

19. ACIONE AMBAS AS ESTEIRAS – Use os dois punhos em frente ao corpo, fazendo um
movimento circular, indicando a direção do movimento para trás.

20. ACIONE UMA CAÇAMBA – Use as duas mãos em forma de concha, fazendo movimentos
uma direção à outra, em frente ao corpo.

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Cuidados básicos de segurança

 Sempre utilizar luvas no manuseio de cabos de aço;


 Sempre utilizar luvas no manuseio de peças com arestas;
 Verificar a capacidade de carga dos estropos e acessórios é compatível com a mesma;
 Não confeccionar com cortes a maçarico ou solda, furos ou olhais para a fixação de
acessórios, sem a orientação de um técnico responsável;
 Não posicionar as mãos por debaixo de peças para serem levantadas, sem a utilização de
calços;
 Não se posicionar sob cargas suspensas;
 Se afastar a uma distância segura da carga no início de seu içamento;
 Não utilizar as mãos para posicionar a carga, laços ou acessórios após o içamento da
mesma;
 Somente realizar o início da operação após a retirada das mãos da carga, laços ou
acessórios;
 Não usar as mãos para o posicionamento da carga após a içamento da mesma;
 verificar a rota de seu deslocamento; em caso de utilização de cabo de controle durante o
deslocamento da carga,
 Não passar com cargas suspensas sobre pessoas;
 Não improvisar qualquer tipo de acessório para o içamento da carga;
 Somente utilizar acessórios aprovados ou fornecidos pela empresa;
 Somente retirar os laços ou acessórios após o alívio da tensão dos mesmos

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Check-list diário para o movimentador de carga

Verificar junto com o operador da ponte rolante / pórticos os freios de translação da mesma e do
trole;
Verificar junto com o operador da ponte rolante o freio do içamento do gancho;
Verificar junto com o operador da ponte rolante os movimentos dos cabos de içamento;
Verificar junto com o operador da ponte rolante o funcionamento do botão de emergência
Verificar a localização das tabelas de capacidade carga de estropos e acessórios;
Verificar junto com o operador da máquina de baldeio, a capacidade de carga da mesma;
Verificar junto com o operador da máquina de baldeio, os movimentos da lança;
Verificar junto com o operador da máquina de baldeio, os freios da lança;
Realizar inspeção visual dos laços de cabos de aço;
Realizar inspeção visual das cintas;
Realizar inspeção visual dos laços de correntes;
Realizar inspeção visual dos ganchos da ponte rolante / pórticos;
Verificar a localização das tabelas de capacidade carga de estropos e acessórios;
Realizar inspeção visual dos laços de cabos de aço;
Realizar inspeção visual das cintas;
Realizar testes dos limites de fim de curso (elevação e descida)

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Anexo I – Capacidade máxima de trabalho em laços de cabos de aço “Simples”


Classe 6 x 37 AF MIN 180 kgf/mm2 – Fator de segurança 5:1

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Anexo II – Capacidade máxima de trabalho em laços de cabos de aço “Forca dupla”


Classe 6 x 37 AF MIN 180 kgf/mm2 – Fator de segurança 5:1

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Anexo III – Capacidade máxima de trabalho em laços de cabos de aço “Cesto duplo”
Classe 6 x 37 AF MIN 180 kgf/mm2 – Fator de segurança 5:1

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Anexo IV – Capacidade máxima de trabalho em laços de Cintas de poliéster


Tipo Corpo duplo – Fator de segurança 7:1

Tipo Anel – Fator de segurança 7:1

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Anexo V – Capacidade máxima de trabalho em laços de Correntes


Tipo Grau 8 – Fator de segurança 4:1

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Anexo VI – Dimensões e capacidades para ganchos simples - NBR 10070

Gancho Carga trabalho


a1 a2 b2
Nº ton
1,6 58 45 38 3,2
2,5 69 50 45 5,0
4 71 56 53 8,0
5 80 69 60 10,0
6 90 71 67 12,0
8 100 80 75 16,0
10 112 90 85 20,0
12 125 100 95 24,0
16 140 112 105 32,0
20 160 125 118 40,0
25 180 140 132 50,0,
32 200 160 150 64,0
40 224 180 170 80,0
50 250 200 190 100,0
63 280 224 212 125,0
80 315 250 236 160,0
100 355 180 265 200,0

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Anexo VII – Dimensões e capacidades para manilhas retas - NBR 13545

Diâmetro
Abertura Comprimento
Carga maxima de trabalho Diâmetro Diâmetro externo do
entre olhais interno
do corpo do pino olhal
Grau 4 Grau 6 Grau 8 min min min max
ton mm mm mm mm mm mm
0,25 0,4 0,5 6 6,5 10 16 13 14
0,32 0,5 0,63 6,5 7,5 11 18 14 16
0,4 0,63 0,8 7,5 8 12 20 16 18
- 0,75 - 8 9 13 22 18 20
0,5 0,8 1 8,5 9,5 14 22 18 20
0,63 1 1,25 9 10,5 15 25 20 23
- - 1,5 10 11,5 17 28 22 25
- 1,5 - 11,5 13 19 31 25 28
1 1,6 2 11,5 13 19 31 25 29
1,25 2 2,5 13 15 22 36 29 33
1,6 2,5 3,2 14,5 16,5 24 40 32 36
2 3,2 4 16,5 18,5 27 45 36 41
- - 4,8 18 20,5 30 49 40 45
2,5 4 5 18 20,5 30 50 40 45
- 4,75 - 20 22,5 33 55 44 50
3,2 5 6,3 21 23,5 34 56 45 51
4 6,3 8 23 26 38 63 51 57
- - 8,5 24 27 40 65 53 60
5 8 10 26 29 43 70 57 64
- 8,5 - 27 30,5 45 73 59 67
- 9,5 - 29 32 47 77 63 71
6,3 10 12,5 29 32,5 48 79 64 72
- - 13,5 31 34 50 82 67 75
8 12,5 16 33 36,5 54 89 72 81
- 13,5 17 34 38,5 56 92 75 84
10 16 20 37 41 61 99 80 90
- 17 - 38 43 63 103 84 94
12,5 20 25 40 45 66 108 88 99
16 25 32 46 52 77 125 101 114
20 32 40 52 59 87 142 115 129
- 35 - 55 62 91 149 120 136
25 40 50 58 65 96 157 127 143
- 50 63 66 74 109 178 144 162
- 55 - 69 77 114 186 151 170
- 63 80 74 83 122 200 162 183
- 80 100 83 93 137 224 181 205
- 85 - 86 96 141 232 187 211
d 1,12d 1,65d 2,7d 1,95D 2,2D
NOTA Os valores destacados em itálico estão fora da Série R10 da ISO 3.

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Anexo VIII – Dimensões e capacidades de parafuso Olhal - NBR 8090

Dimensões Carga de Trabalho


Rosca ( mm ) ( kg )
métrica

A B C D E F G 45º Vertical
6 x 1,00 36 20 6 20 8 42 13 50 70

8 x 1,25 36 20 8 20 8 42 13 95 140

10 x 1,50 45 25 10 25 10 53 18 170 230

12 x 1,75 53 29 12 30 12 62 21 240 340

14 x 2,00 63 35 14 36 14 76 26 350 490

16 x 2,00 63 35 16 36 14 78 26 500 700

20 x 2,50 72 40 20 40 16 87 32 830 1200

22 x 2,50 90 50 22 50 20 109 36 1100 1500

24 x 3,00 90 50 24 50 20 109 36 1270 1800

30 x 3,50 108 60 30 65 24 132 45 2600 3600

36 x 4,00 126 70 36 75 28 158 54 3700 5100

42 x 4,50 144 80 42 85 32 183 63 5000 7000

48 x 5,00 166 90 48 100 38 209 68 6100 8600

56 x 5,50 184 100 56 110 42 230 78 8300 11500

64 x 6,00 206 110 64 120 48 253 90 11000 16000

72 x 6,00 260 140 72 150 60 375 100 15000 21000

80 x 6,00 296 160 80 170 68 376 112 20000 28000

100 x 6,00 330 180 100 190 75 402 130 27000 38000

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Anexo IX – Dimensões e capacidades de parafuso Olhal - NBR 10039

Dimensões Carga de Trabalho


Rosca
( mm ) ( kg )
métrica
A B C D E F G 45º Vertical

6 x 1,00 36 20 5 20 8 29 9 50 70

8 x 1,25 36 20 7 20 8 29 9 95 140

10 x 1,50 45 25 9 25 10 36 11 170 230

12 x 1,75 53 29 12 30 12 43 12 240 340

14 x 2,00 63 35 12 36 15 47 14 350 490

16 x 2,00 63 35 14 36 14 50 14 500 700

20 x 2,50 72 40 18 40 16 52 16 830 1200

22 x 2,50 80 44 20 48 21 63 20 1100 1500

24 x 3,00 90 50 23 50 20 70 20 1270 1800

30 x 3,50 108 60 27 65 24 85 25 2600 3600

36 x 4,00 126 70 33 75 28 102 30 3700 5100

42 x 4,50 144 80 37 85 32 120 38 5000 7000

48 x 5,00 166 91 43 93 38 136 43 6100 8600

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Anexo X – Dimensões e capacidades Anel de carga – DIN 5688


Anel oval para lingas de 1 e 2 pernas

Anel triplo para lingas de 3 e 4 pernas

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Referencias bibiliograficas
NBR 8090 – Parafuso olhal – Padronização
NBR 10039 - Porca olhal – Dimensões e características mecânicas
NBR 10070 - Ganchos hastes forjados para equipamentos de levantamento e movimentação
de cargas - Dimensões e propriedades mecânicas
NBR 11900 - Extremidades de laços de cabos de aço
NBR 13541 - Movimentação de carga – Laço de cabo de aço – Especificação
NBR 13543 - Movimentação de cargas - Utilização e inspeção.
NBR 13545 - Movimentação de cargas - Manilhas.
NBR 15516-2 - Corrente de elos curtos para elevação de cargas - Lingas de correntes –
Parte 2: Uso, manutenção e inspeção;
NBR 15637-1 - Cintas têxteis para elevação de Cargas – Parte 1
NBR 15637-2 - Cintas têxteis para elevação de Cargas – Parte 2
NBR ISO 2408 - Cabos de aço para uso geral – Requisitos mínimos
NBR ISO 8794 - Cabos de aço - Olhais trançados manualmente para lingas
NBR ISO 16798 - Anel de carga grau 8 para uso em lingas
Apostila do curso de Amarração e movimentação de cargas – SENAI – ES
Catálogos técnicos:
Levetc - Tecnotextil
SIVA – Cabos de aço Ltda
Cabopec – Cabos de aço e peças Ltda
Qualityfix do Brasil – Acessórios para fixação, movimentação e elevação de cargas
Gunnebo Lifiting - Classic
Gunnebo Lifiting - GrabiQ
Gunnebo Lifiting - Acessórios
Gunnebo Lifiting - Cintas de Poliéster para Elevação e Amarração de Cargas
NEADE - Movimentação de materiais
CIMAF – Cabos de aço
CIMAF – Superlaços
Columbus McKinnon do Brasil Ltda.
Comercial Ari Ltda - Manual prático de inspeção de cintas

Manual elaborado para fins didáticos por José Geraldo de Assis,


ASSISMEC – Consultoria e treinamento para manutençao
(31)3823-1316 / (31)8851-2738

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