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SMe OP a ei eee ure ee a ee alem de batathadora, culta pica ee Tree} Pots sabe como cae eae Toe eed on tee best os sg beaten hese no livro, a interseceionalidade, cestamente um dos Rea bea Tan ern Doe 019, Bsr] the Intersection of Race and Sex Rema cL an eed Beat etl ee od r eo Re ery 0 anos de sua primeira pubheacaa, ero teed iii DUR st eee okay Ute ett teen Cae ome Soe ie ee al ley rr Poesy ee Pt eae PARE eb tte eee eee ll RD es RO et Tere ed EC gn CR eR ee Pee eee et Mtn te | Re a Fe — TO a eT Listassiglendadlll EMTs et | Ree PRE re ede depois FIGUEIREDO ; eee eee Ls | J CAHL — UFRB) ch NALIDADE? FEMINISMOS PLURAIS CARLA : axotirens OQUEE INTER- SECCIO- NALIDADE? esowdenoeds $) A}!\| “4 RIBEIRO Coordenagae Ojamila Rte i 2018. AGRADECIMENTOS Ao meu Ori pela firmeza da escrita. A Diamila Ribeiro e sua familia ancestral pela con- fianca intelectual depositada. A minha mie pelas rezas de tranquilidade. A Zelinda Barros, Gabriela Monteiro e Lorena _ Camilo pelos olhas atenciosos que revisaram es- tas linhas. Agradego pelas referéneias a Carla Ramos, Carol Lira, Wellington Pereira, Ariana Silva, Cristiano Rodrigues, Sayé Adinkra e Marcia Macedo. CRUZANDO O ATLANTICO EM MEMORIA DA INTERSECCIONALIDADE VAMOS PENSAR DIREITO: INTERSECCIONALIDADE E AS MULHERES NEGRAS ATLANTICO E DIFERENGAS ENTRE IRMAS: CRITICAS AO CONCEITO DE INTERSECCIONALIDADE A CRITICA DE ANGELA DAVIS CRUZAR O ATLANTICO NEM SEMPRE ENCERRA A TRAVESSIA NOTAS REFERENCIAS iW 51 69 99 105 WwW 131 Das entranhas eu sou encruzilhadas Boca do mundo Marielle destrrava Misericérdia em volia revolta A bala do racismo, do capitaltsrno, Do sexismoa ndo nos mata Meu sangue quando jorra, molha ¢ nasce muitas de mim Orio tempo crave Fawd Das entranhas eu sou encruzilhadas Chibata de ferro meu corpo de dgua De mulheres negras lésbicas faveladas Das entranhas eu sou encruzilhadas Da terra preta, do sagrado, Do pé preto, mulher calcanhar rachado, mao tracada de calo Das entranhas eu sou encruzilhadas Chibata de ferro minha lingua navalha Tra de lagrimas Kawé Fogo nas aguas Xanga Maré crespa preta Maré Ira vira Kay Fogo nas aguas Xan Deise Fatuma, Maré Kawé pela voz de Marielle Franco CRUZANDO 0 ATLANTICO EM MEMORIA DA INTERSEC- CIONALIDADE Este volume da Colegao Feminismos Plurais, coor- denado pela fildsofa Djamila Ribeiro, e parceria entre o Grupo Editorial Letramento e Justificando, traz a raiz politica, o fundamento e contrapontos ao conceito de interseccionalidade. Tal conceito é uma sensibilidade analitica,' pensada por feministas negras, cujas experi- éncias e reivindicagées intelectuais eram inobservadas tanto pelo feminismo branco quanto pelo movimento antirracista, a rigor, focado nos homens negros. Surge da critica feminista negra 4s leis antidiscrimi- nacao subscrita as vitimas do racismo patriarcal. Como conceito da teoria critica de raca, foi cunhado pela inte- lectual afro-estadunidense Kimberlé Crenshaw, mas, apés a Conferéncia Mundial contra o Racismo, Discriminagao Racial, Xenofobia e Formas Conexas de Intolerancia, em Durban, na Africa do Sul, em 2001, conquistou populari- ae las, além do fra. aed mulheres p =e carater i fate © movimento : machista, Olerece fetrar ra. Do meu ponto de s, incluindo o tedrice, cor colonial moderna cujas Combinadas, requererao dos grupos vitimados:’ |. instrumentalidade conceitual de raga, classe, na- Gao e género; 2, sensibilidade interpretativa dos efeitos identitarios; 3, atencdo global para a matriz colonial moderna, evitando desvio analitico para apenas um e€1xo de opressio. £ oportuno descolonizar perspectivas hegemOnicas sobre a teoria da interseccionalidade ¢ adotar o Atlantico como locus de opressdes cruzadas, pois acredito que esse territério de aguas traduz, fundamentalmente, a historia e migracao forcada de africanas e africanos. As aguas, além disto, cicatrizam feridas coloniais causadas pela Europa, manifestas nas etnias traficadas como mercadorias, nas culturas afogadas, nos binarismos identitarios, contra postos humanos e nao humanos, No mar Atlantico temos o saber duma memoria salgada de escravismo, energias ancestrais protestam lagrimas sob 0 oceano. Segundo profecia yoruba, a diaspora negra deve buscar caminhos discursivos em aten¢ao aos acordos estabele- cidos com antepassados. Aqui, ao consultar quem me ¢ devido, Exu, divindade africana da comunicagao, senhor da encruzilhada e, portanto, da interseccionalidade, res- ponde como a voz sabedora do quanto tempo a lingua escravizada esteve amordacada politicamente, impedida de tocar seu idioma, beber da prépria fonte €Piste cruzada de mente-espirito. Mica Antes de se preparar'o pensamento feministg a interseccionalidade como Metodologia, 4 Hegre, Thada engolia oferendas analiticas contra ES Nery) depositar neste texto pontos de vistas Produzid,, : intelectilats negras, escreyer Pretogués brasile; ® Pelay forme Lélia Gonzalez, Pensadora amefricg 1O', cop : . Nas; neacolonizadores académicas nag podem a a que interseccionalidade e sequer tém autoridade Canhar 4 har 0 ponto de vista feminista negro. ee dc 40 de Indo a0 encontro da reflexao epistemoldai: Patricia Hill Collins, feminista hepra eitiai i . considero a interseccionalidade como um ascii d Opressao interligado”. Escrevo na primeira er nhamento a esquerda, sem recuo da ancestralidade sti cana, forasteira de dentro, na visdo de Collins, desafiand as ciéncias sociais por autodefinicio e auto avali intelectual negra, avessa as ferramentas modernase validacao cientifica. Venho as mulheres de cor,’ caribenhas, terceit distas, lésbicas e africanas invocar a teoria ne responder a Carta® de Gloria Anzaldua na ” seu pensamento mestizo, “buscando tnpee! )" : i aecto da sua met coagular na caneta’, repetinde o ats vccrever para que segura a caneta sem 0 medo de irmas esnalhadas pelo mundo. Movida por escrevivéncias, como Conceicao Evaristo,’ proponho cantiga decolonial por raz6es psiquicas, inte- lectuais, espirituais, em nome d’aguas atlanticas. Mulheres negras infiltradas na academia, engajadas em desfazerem rotas hegeménicas da teoria feminista e maternarem a-feto, de si, em prol de quem sangra, porque o racismo estru- turado pelo colonialismo moderno, insiste em dar cargas pesadas as mulheres negras e homens negros. Lavouras identitarias plantam negritudes onde nao existem e impoern para nossos titeros significados ocos € ocidentais do ferni- nismo branco em detrimento da matripoténcia Yorubana. JA estabelecendo o dialogo tedrico entre o pensamento interseccional de Audre Lorde e Achille Mbembe en- quanto as mulheres brancas tem medo de que seus filhos possam crescer e serem cooptados pelo patriarcado, as mulheres negras temem enterrar seus filhos vitimados pelas necropoliticas," que militar e confessionalmente matam e deixam morrer, contrariando o discurso cristao elitista-branco de valoriza¢ao da vida e contra 9 aborto — que é um direito reprodutivo. Nao havemos de escapar desta encruzilhada tedrica. Nela, como é sabido, muitos se confundiram, seguiram a esmo metodaldgico o caminho do socorro epistémico as mulheres negras acidentadas, multiplas vezes, em avenidas identitarias, Dai nao ter cabimento exigirem agéncia politica para que se levan- tem sozinhas depois dos impactos da colonizagao, nem as tratarem como a mae preta, sobrenatural, matriarca, guerreira, que tudo aguenta e suporta. ara FEMINISMOS 0, avenidas identitarias du ; is. do e capitalismo, 0 letrament campo discursivo precisa ser aprendi Gays, Bissexuais, Transexuais, Queer QI), pessoas deficientes, indigenas eandomblé e trabalhadoras, Visto isto, ni ignorar o padrao global basilar e adminis as opressdes contra mulheres, construides ite nestes grupos, vitimas das co eimperialismo. Tais mulheres oferenda analitica da intersecc! por suas intelectuais além de, suces os 1 no espaco publico o alimento pe proporcionando o fluxo a e f pratica aos acidentados ae s intelectualmente na ProPh™ © vee Anesar de abordagens eprocenttie?* chegarem na contramao para dar socorro epistemalogico, ignorando o contexto do acidente e causando, por con- sequéncia, mais fluxos no cruzamento de raca, genero e classe... E omodismo académico da interseccionalidade! A serventia contemporanea promove carreiras académicas da Europa e branquitudes brasileiras, ja mal-acostumadas com a apropriacao intelectual inde- vida, a ponto de érgaos consultivos de igualdade e de controle social das nacdes adotarem politicas ptiblicas cumulativas, transversais e pro formas, de suposto carater interseccional, antidiscriminatorio. Dentre essas praticas, costumam usar interseccionalidade como correspon- dente as minorias politicas ou a diversidade, chegando mesmo a questionar a agencia da mulher negra, como se encruzilhada fosse tao somente o lugar da decisao da vitima: levantar-se ou continuar caida? Sentir ou nao as feridas da colonizacao? E da mulher negra 0 coracdo do conceito de interseccionalidade. Quem ja viu algum socorro prestado olhar as carac- teristicas fenotipicas da pessoa vitimada? Avaliar se é “mulher de verdade” ~ e neste caso, se tem vagina, ou qual sua lingua, se nativa ou estrangeira? O Feminismo Negro esta interessado em socorrer considerando os sen- tidos: se a pessoa esta responsiva aos estimulos lésbicos, se sofreu “asfixia racial’, se foi tocada pela policia, se esta escutando articulacées terceiro mundistas. A unica cos- mMovisao a usar apenas os olhos é a ocidental e esses olhos MATS FEMINISMOS pil que somos () interessa ao Pep); os sentidos. E repito, Nao Utroy Nis, essa epistemologia acompan lOgicos da COSMOVisag o¢ érica. O maior Fecurso colonial 4, consiste em priorizar 6 corpo, © tendem a complexificar rapid sticam, as pressas, 0 problema “negro "género”, dos “latinoamericanos’ 0 feminista se deu mediante a constr Cas € a interseccionalidade ve nenta ancestral. Nao por acaso, Sojau orrentada ao escravismo, vendida e* anos de idade, junto ao gado, tone smo Negro. Em discurso d : : 85], dur eu mulher?” proferido Pe = ei dos Direitos das Mulheres unciou que “ninguém mune = ens, nem pular pogas &F had: identa| ignorar aMente eu tive treze filhos e vi a maioria ser vendida pra escra- yizagao”. Nesses fragmentos a intelectual pioneiramente articula raga, classe ¢ género, questionando a categoria mulher universal, mostrando que se a maternagem obri- gatoria revela o destino biolagico para todas as mulheres, seria apropriado ressaltar que os filhos e as filhas das africanas eram vendidos escravizados. Em 1867, no discurso Keeping the Thing Going While Things Are Stirring, Sojourner Truth aumentou a énfase contra o machismo dos homens negros, que conquista- ram o sufrdgio omitindo qualquer referéncia as mulheres negras. O pensamento interseccional explicou a matriz de opressao cisheterossexista, etaria, divisora sexual do trabalho, segundo a qual, na minha traducao: as mulheres negras eram trabalhadoras nas casas das “mulheres bran- cas instruidas’, chegavam em casa e tinham o dinheiro tomado por “maridos ociosos’, bastante ofendidos por- que nao havia “comida pronta dentro de casa’, Entao, a pensadora denuncia a infantiliza¢ao da mulher negra: “Eu quero que vocé considere que sou uma crianca de alguém e, eu tenho idade suficiente para ser mae de todo mundo aqui’. A despeito do feminismo hegem6nico argumentar que na velhice as mulheres experimentam discriminagoes geracionais impostas pelo mercado de trabalho, o qual as consideram velhas; e de classe, porque perdem o di- nheiro da aposentadoria para netos e adultos da familia, IRATS FEMINISMOS pi] 4 j Periéncia de burre «. da patroa ¢ do marido. Para a mulher Negra in. tempo de parar de trabalhar, vide o Tacismo eat que as mantém fora do mercado formal, atr, diversas idades no nad-emprego, exPropriadas Facao, infantil, porque deve fazer 0 que ambos © patroa - querem, como se faltasse Vontade © que € pior, capacidade critica, Independe ; idade, o racismo infantiliza as mulheres ne €como a raca é vivida: ¢ classe-raca cry velhecendo mulheres negras antes do tempo De tal modo, atravessamos séculos artic classe, género e na¢ao. Em dias atuais impressao da face feminista negra de H generala, abolicionista sufragista, nas dolares nos Estados Unidos, circulan: seccional. E a lembranca das rotas anc: do Rio Combahee a ferrovia subterrinea par escravizados. Ha mais de 150 anos invocam a interseccionalidade ¢ 4 tica entre os Outros. Simultaneo machismo presente na comunidades n°" a critica dada ao racismo femims\) Combahee River, organizagao negra lésbica, nascida em 1974, Boston, Massachusetts, em 1977, a defender acamento interseccional, através das irmas Barbara smith e Beverly Smith, respectivamente, editora dos livros escritos por mulheres de cor, lesbicas € tedri- cas feministas. Manifestaram ao lado das mulheres de cor que: ‘Acredntamas que & politica sexual sob 0 patriarcado € tao ont presente nas vidas tas mulheres negras, quanto as polilicas de classe e raga. Também achamos, muitas vezes, dificil separat opressdes de raga, Classe € Sexo porgue, nas nossas vidas, elas $40 quase sempre experimentadas simultaneamente. Nos sa- hemos que existe uma coisa que & uma opressad sexual-racial que nem @ somente racial nem samente sexual, Por exempla, 2 historia do estupro das mulheres negras por homens brancas como arma de repressao politica. Mesmo sen do feministas € Jeshieas, nos solidarrzamos com os homens negras Progressistas, = nao defendemos'o fracionamento que as mulheres brancas separatistas reivindicam. Ey certo, producdes e posicionamentos como esse, além de encontrarem caminhos de ressarcir vozes secu- larmente inaudiveis até a publicagao, advertem equivocos analiticos da sociedade civil e Estado toda vez que mulher, € pe de modo universal. Diga-se de passagem, ini- BER: asta a atingiram mulheres em inten- radaeeee Sena aa ae eee inscreve 0 corpo ‘oques socialistas encurtados 4 DATS FEMINISMOS nit a da inter. eensa0 das experiéncias atribuj. dezesseis anos antes do Capital O Dr. Carlos Moore, ao tratar d: assinala que 10S €ra simples: a camificinac pilhagem fore ‘a base para o desenvolvimento vertigioso m Capitalismo industrial e da classe de trabalhadoes ‘SUa Vez, isso levaria a revolucao ¢, enim ® }OUCO Se importavam cam as consequé! 0 ocidental para suas vitimas nao oci sconvencidos de que a dominagao 0° jilizagao” e, assim, para o bem dos prop" Engels seria bem explicito neste sent? ica que nao seja compensada pelo pg operandi que se modifica Ao contrario do raciocinio ocidental, as mulheres negras evidenciaram destreza corpérea, insubmissao politica em defesa do abolicionismo e sufragio, preocupa- das em superar toda e qualquer opressao, sem que, para isto, credenciais académicas validem este conhecimento. A teoria feminista argumentou haver discursos masculi- nos produzidos pela ordem patriarcal, responsaveis por modelar subjetividades femininas condicionadas a tornar a mulher uma categoria de Outro: obedientes filhas, boas esposas, maes compulsérias e cimplices das violéncias praticadas contra elas, conforme assinala Simone de Beavouir, no livro O segundo sexo,'* publicado em 1949, e Marilena Chaui, em 1985, no artigo Participando do debate sobre mulher e violéncia.” Notemos que mulheres negras, na condicao de Outro, propuseram acao, pensamento e sensibilidade inter- pretativa contra a ordem patriarcal racista, capitalista, sem nenhuma conivéncia subjetiva com a dominacao masculina. As mulheres negras escolheram lutar pelo sufragio e pela abolicao, defenderam os homens negros e as companheiras brancas, reconhecendo, quer seja des- crito, quer seja analitico, isolado de outras categorias de andlise, o marcador género explica as violéncias sofridas por mulheres brancas, bem como a categoria raca explica 0 racismo imposto aos homens negros. A interseccionalidade nos mostra mulheres negras posicionadas em avenidas longe da cisgeneridade branca heteropatriarcal. $40 mulheres de cor, lésbicas, PIIIRATS FEMINISMOS 40 entre dos EBTOS escrayi, is. Elas CONStruiram a legro, € por mais que lembran, $remetam as aguas do Rig Combahee. OS que em 1969 6 feminism negra Publicou o Black Women’s Manifesto: To be Black and Female‘ argumenty nente contra a Necropolitica colonialista 9 capitalismo, imperialismo ocidental tendo em vista que Patrocinam clinicas de este que Certos paises consice projeto benevolente, nao come & Com efeito, a interseccionalidade exige orientagao geopolitica. Ori, rege cabegas negras em didlogo com as epistemologias do Sul.'* Do ponto de vista feminista negro, intelectuais estadunidenses sao consideradias como tais — saberes periféricos do lado sul-nortista: é norte porque, dos Estados Unidos, vivem sob a batuta supre- macista-imperialista de publicagao, difusao e tradugio de conhecimento ao resto do mundo e, é sul, pois sofrem racismo e sexismo epistémicos impostos pela geografia do saber do norte global. Antes de serem estadunidenses, as feministas sao negras e refletem experiéncias pds-coloniais nas aguas atlanticas como nés, suas irmas de barco noutra América. Uma vez que a agua para as mulheres negras ¢ funda- mento epistemolégico, nao sendo a toa, por identidade ancestral, sermos todas chamadas de iyalodés — titulo consagrado a Osum, senhora das aguas e mensageira politica das reivindicagées das mulheres, na Nigéria - vale considerar, que distante do feminismo branco com “misticas fernininas”” em alusao representativa da prisio feminina no espa¢o privado, Osum representa aque- la que tem autoridade no espaco publico-privado para reivindicar em nome da comunidade, como marcam os pontos de vistas de Jurema Werneck e Sueli Carneiro. ; Em presenca do paradigma afrocéntrico, valho-me das intelectuais africanas Oyéronké Oyewuimi, Bibi Bakare, Sylvia Tamale, Chimamanda Ngozi, sem rejeitar a desco- FEMINISMOS P/UUTRATS ras, bell iy Jasbir Py, conceituadas amefric ‘ ANAS py © idade proposta por Lélia Gon, €,em seguida, a abordagem decolonigy 2000 de modo cabal, através de jy lora argentina, criticam a Postura ; Fa0 ocidental — metodo estruturas de raca, género, estabelecendo coro latino-americang smo, imperialismo e mMonopolio arly nis. OBICaMente Sexuatlida Fompem ficgdes do discurso he dunidense que vé a “América” como un ‘do resto do mundo, ¢ nao callia de sel te global, segundo Lelia Gonzales, Ciéncias Sociais, expositora do sexsi cultura brasileira. a biografia de Lélia Gon: do Brasil Negro, produads p" ios, utiliza o tom feminis!s orixd regente da pens: movimentando a eon “it ge nao neutra da inte” Ales lidade, revelando arranjos ancestrais do ponto de vista de Lélia Gonzalez, sobretudo na década de 1980. Em seguida, publicam A perspectiva interseccional de Lélia Gonzalez, confirmando a antecipagao conceitual de interseccionalidade na pensadora “que, militante aca- démica, articulava o racismo, o sexismo ea explorac¢ao capitalista’.** Fazendo jus ao pensamento de Lélia Gonzalez, a tra- dicao feminista negra estadunidense nos deu a matriz interseccional, publicando a obra Mulheres, raga e classe,” escrita pela fildsofa Angela Davis, em 1981. Os efeitos do capitalismo, racismo e sexismo marcam o ponto de vista feminista negro, reconhecendo as mulheres brancas como trabalhadoras, companheiras antiescravocratas, nao obstante, proximas do racismo. A obra debate o trabalho doméstico, a exploragao de classe, os abusos sexuais direcionados as mulheres exploradas — como negras, como trabalhadoras, como mulheres — além do choro da mulher negra e suas deniincias serem considera- das ilegitimas. Também considera que os homens negros sofreram consequéncias de raca-sexo mergulhadas de estereotipias, linchamentos e classificacdo racial acusa- trias de sé-los abusadores sexuais das mulheres brancas. O livro Aixn’t Ia Woman, o primeiro de bell hooks, também publicado em 1981, ajusta a metodologia in- terseccional articulando o impacto sexista na experién- cia das mulheres negras durante e apés a escravatura, a PIUBATS FEMINISMOS o machismo do, h ©a vontade inte|.., ma afrocéntrico para defer, metodologia e instrument, Pratic,, negras, numa diy, ria do feminismo, rejeita 3 brancy, que nao passaram eXPeriéncias 5 uer compuseram © projeto Intelecty, ‘mat ifesto de forga teérica Negra, sem ests. urocentricas sabere aS da : Ss Narcisicos, © padrao de apagamento linguistico, , tual e arquitetdnica do qual parte ‘europeus alargados pela exportacao de corp sy SaqUeamento, Catequizacao e a fa , convalido a “desobediéncia la por Walter Mignolo,” em d Politica e nao da politica de identid de vista decolonial, é contraprod apenas de mulheres, negros, religiosos do pos identitarios diversiticados. O + imp6s estas alegorias oe : . 2 éncia, donde preconc¢ seca, aperfeigoam oF res — mercadorias hu : : Sheteropatriarcal do sis'*" O problema nao esta necessariamente nas respostas identitarias dadas & matriz colonial, mas em quais me- todologias usamos para formular tais respostas, que, nao raro, enveredam para uma dependéncia epistemoldgica da Europa Ocidental e Estados Unidos, a exemplo, fe- minismo da mulher universal e marxismo. Ademais, as correntes marxistas e o feminismo hegeménico podem ser resumidas nos seguintes topicos: somente nas relagoes do “sistema sexo-género” a fémea da espécie humana é transformada numa mulher domesticada, segundo o pensamento de Gayle Rubin.* Ou, ainda, somente nas relagées capitalistas um negro é transformado em escra- vo, como no pensamento de Karl Marx. Duas formula- cOes obcecadas a darem o norte salvacionista europeu as identidades politicas, respectivamente, de mulheres e classes trabalhadoras, afastando-se os negros da condi- ¢4o de trabalhadores e negras da identidade de mulher. Preferem ignorar que as ideologias, hoje conhecidas como xenofobia, neoliberalismo, divisdo internacional do trabalho, opressao patriarcal de género e discriminagio racial, vieram com certeza, a partir do século XV, com os “descobrimentos” da Europa. Depois o neocolonialismo, no final do século XIX, dividiu 0 continente africano ¢ trouxe significados identitarios multifacetados para a diaspora negra, lacunas discursivas propositalmente secundarizadas. Havemos de concordar quando Audre Lorde diz: “as ferramentas do opressor nao vao derrubar a casa grande"* FEMINISMOS DITIRATS ere = i le sugere que Taca ¢ i tinker a bl om Pata, : qubsidios de on oandrocentrismo da je, Id ome As fémeas o lugar social da, mul: a, cue machos castrados, estereotin,,4, a mies compulsérias, assim como os pre, terizados de ndo-humanos, macacos engajo racismo epistémico. Pretas e pretos sao pretas e pretos erm qualquer 1 do mundo. Na profusao de identidades yiaj... ‘tingentes, fluidas, a cor da pele nao se dex identidade preta, a qual, em tese, Poderia ser yjsz de brasileiro impedido de entrar nos Estados | da mesma forma os africanos Pretos, comun africanos € nao pelas nacionalidades recan.- Brasil. Sabe por qué? Nao podemos fugir da ; conexoes entre categorias analiticas, quem € 0 projeto intelectual negro, A Europa somente 3 _ mao da identidade politica de padrao global color do epidemias apontam 0 problem exigindo que diga a nacao afetada pe NOs € N40 o continente, Quando o | ema particular de um pais afric ‘oblema da Africa, por isto Ch obre o perigo da historia unica, | que os eixos da sociabilidacs simultaneamente, dando de do mundo e de si mes! lados De A interseccionalidade permite as feministas criticidade politica a hin decompreenderem 4 fluidez das identida- des subalternas impostas a preconceitos, subordinacoes de género, de classe e raga'€ as opressdes patentee da matriz colonial moderna de onde saem. Eu nao posso falar da perseguic¢ao do homem africano aos homos- sexuais eas lésbicas no territério, sem utilizar aporte interseccional na identificagao dos norteamentos evan- gélicos, heterossexistas, propalados pela Europa, porque, “jdeologicamente derrotado, ele nao o fez porque gostasse de Jesus Cristo ou dos brancos’.”” ‘Adiante, Dt. Carlos Moore, na obra Racismo & Sociedade: novas bases epistemoldgicas para entender o racismo,* cen- sura atuagdes neoidentitarias, quando inobservam as ¢s- truturas do racismo e sexismo. Na perspectiva do autor, tentarmos equiparar racismo a opressOes emergentes Como gordofobia, preconceitos contra feios ou bullying, significa desconsiderar 0 racismo como uma estrutura de dominagao documentada em, pelo menos 4 mil anos de existéncia. Estou de acordo que tanto os homossexuais brancos quanto os negros sao estigmali- zados pela homofobia de negros, mulheres. ou homens, a despeito de esses Liltimos serem o alvo principal do racismo.”” = outro lado, a epistemologia feminista negra pen- Sada por Patricia Hill Collins recrimina argumentos de C01 ica i Mbpeticao entre os mais excluidos, as hierarquias entre FEMINISMOS oiRaATS consideradas meno, Dre. racismo, capitalismo e hetero, tados pela intersecciona|) os identitarios da luta antiry, dos brancos de candom), | es religiosas sofridas ignorand jos ao candomblé sao, preci, ltura do povo negro. A indu alguns brancas é Situacional, vezes, até mesmo mais um ¢ e politico, Basta lembrarmos como Pier, io Carlos Magalhaes e Ning Rodr; ‘ ra intelectual e politica ya) € religiosa no candomblé ¢ pro’ € sexismos com a licenca poderos dag. ACist , gy 10 ou amente Individy. APital cy) gues endo-se duziram a de seus atriarcado refaz, do mesmo modo, oc: das misoginias contra as mulheres lésbicas as sistematicas do sistema colonial mo pensador decolonial Grosfoguel, genocidl sao estruturas modernas insepaté'®* smo € racismo sao." Logo, a partir 8” Seas africanas e africanos nas Ameri a: ’ pensar, orar ou praticar seus rani ue racismos epistémicos religio8’** coro sexismo fez as mulher . na inquisi¢ao, destr W ae - iyealidade. 1a Europa Os Ps » depo res sere? nas, por serem Segut idores da espiritualidade ndo-crista do sistema mundo moderno colonial, sofreram a matanga que permanece aos nao-brancos, implicagdes politicas esbogadas pelas intersecgdes coloniais dinamizadas por fluxos identitarios. De la para cd, esse padrio eurocéntrico restaurou prerrogativas cristis, nacionalistas, racializadas da en- grenagem do mundo moderno e responde teoricamente is problematicas criadas por ele mesmo. “Nenhum estu- dante sério ¢ imparcial pode ser enganado pelo conto de fadas da bela Civilizagio de escravos do sul"! A matriz de opressao europeia tem procurado retirar os racismos ocidentais do foco usando a interseccionalidade para cruzar género-nacdo-sexualidade, de modo a expor quao desempoderadas sao as mulheres terceiro mundistas. As categorias género ¢ sexualidade racializadas permitem nomear os africanos de homéfobos, cultos de orixas de amaldigoados, perversos sacrificios animais, homens ne- gros de feminicidas, normativos e incivilizados, opostos a Europa e aos Estados Unidos. Sem embargo, as feministas negras nao resta alter- nativa intelectual sendo a de abarcar o Transatlantico e dar sentidos, além da cosmovisao colonial, As relacdes de poder reconfiguradas pela modernidade, imbricadas © postas 4 aprecia¢do analitica da teoria interseccional; construindo uma canoa de resgate discursivo daquelas ¢ daqueles outros, negados por critérios raciais e por Mo aed =n =. rrr uo r ‘ponto de raga, Calegori, aed D8 abordagem interse, o diante de sexualidade ¢ 1, a mulher dita Ocidenta), ileiro mestico, jamais decla, Brasil, e deixam de analisar bran nte para se trasvestirem ora de es binarios, ora somente de humanos, te ite ra¢a inexistir. io metodoldgica Proposta pelas fem; ite chamada de interseccionalids S ancestrais perdidas, te presentes nestas palavras do Transatlanticy nas palavras de Farani, Carrascosa, Augusta ampos e Reis Clonal Beney, a Classe am que WMitude Quer do en, Nistas it Te milhoes delas . ecolonial © negro-fomin Instrumento Nautico para corrigi a0 dos locais afrodiasporica Nc vada do mar Atlantico, ter" a Jas cabes : guardia africana yorub: a ie ‘ Sncia de existirmos bP ndo as descober!s CS ei movida yizacao pro escra 1, “Nada ¢ sagrado para a civilizacdo ocidental -olonizado! : ue 33 j4 nos disse Abdias Nascimento. branca € crista, O impacto do colonialismo 4 natureza fez milhares de pretos serem atirados ao Oceano e lancou a dicoto- mia entre natureza € humanidade do padrao capitalista global. As feminilidades e masculinidades construidas pelo cisheteropatriarcado € racismo juntos sairam dessa experiéncia; no Atlantico, africanas choraram feminili- dades, e africanos seguraram o choro das masculinida- des — mulheres negras desde entao sao castigadas mais vezes, segundo bell hooks,” por chorarem muito diante dos colons, somente para incomoda-los em seus sonos injustos, conforme Conceigao Evaristo.** A didspora negra deu suor, lagrimas e sangue ao gosto do Mar, O apagamento epistémico ainda ¢ 0 “sal-ario” da experiéncia salgada de modo que me ancoro com- pletamente a teoria do ponto de vista feminista negro. Metodologicamente, adoto atitude decolonial,** transdis- ciplinar ensinando a teoria transgredir como bell hooks, cartografando o pensamento de mulheres negras e ter- ceiro mundistas. Banco esta gramatica ancestral para sentidos analiticos sobre interseccionalidade, em respeito 4 “ori-entacao” analitica, agao consciente do ori — cabeca ~ em direcao ao Sul Global, e As memdrias naufragadas pelo colonia- lismo, sufici rr T Maria s cientemente abordado Pp i or Fanon,*’ Lugones e Curiel? FEMINISMOS «. PITIRALS Mes MO his, endad, cusa 6 Clonal. bstancialidade” recom, cidloga francesa, qu ; que propos intersec te escolhe ler tripla dimensio g, sexual do trabalho, controle das mulheres ¢ racismo, politica e Contestacao 4 Consubs. do a teoria interseccional, confiands Pensamento das feministas Audre Lorde que Negras ao @ contra pessoas Regras 6 uma quest emilhares de outras mulheres questao de negros, porque mil Nao existe hierarquia d Eu nao p p de lutar contra uma for permitir acreditar que HUM grupo particular :4 nordestina + trabalhade! i Je Pa do a metodologia de Pa vi han isao interseccions! 7 a A intersecciona’" og ou comp” rarquizante 2 impr le gm ver de somar identidades, analisa-se quais condigdes estrunurais atravessam COrpos, quais posicion alidades reorientam significados subjetivos desses corpos, por serem experiéncias modeladas por e durante a interagao das estruturas, repetidas vezes colonialistas, estabilizadas pela matriz de opressao, soba forma de identidade. Por sua vez, a identidade nao pode se abster de nenhuma das suas marcagOes, mesmo que nem todas, contextualmente, estejam explicitadas. Notemos, analiticamente, o medo sentido por mulheres braneas a0 passarem pelas periferias em certos horarios. Para‘a interseccionalidade, importa saber, além disso, a aflicao imposta ao negro visto como perigoso, na medida em que a vulnerabilidade de um, € mediante a presen¢a desconfiada do outro. Erréneo argumentarmos a favor da centralidade do sexismo ou do racisma, ja que ambos, adoecedores € tipificados, sao cruzados por pontos de vistas em que se interceptam as avenidas identitarias. A rigor, qualquer miségino teria condicées de violentar uma mulher, branca ou negra, rica ou pobre, que cruzasse o espaco. A interseccionalidade nos instrumentaliza a enxergar a matriz colonial moderna contra os grupos tratados como oprimidos, porém nao significa dizer Ne oes oni vitinias do racismo de feministas achismo praticado por homens negros, nao exergam técnicas adulti j eee tistas, cisheterossexista’ Privilégio académico, “i FEMINISMOS DiITIRATS aout a ¢; ros da sua geragao, as mulhe,,., de homens em, nem et mposics negras mais ee relagdo as Mais jovens, acoy politica W& ie da juventude, onde disputan, Com ap y Binando-as adescentralidade do debate sobre Viole jovens megros ea violéncia sexista € 6 ab, policial, uma vez qu , : 5 temas secundarizados, apesar de Bene, panier serem articulados racialmente. Em tempo, pesquisadora Fabiana Leonel, “a encruzilhada das categorias nas dindmicas sociais forma uma comple, rede de desigualdade que se perpetua e se reestruturs O pensamento interseccional nos leva recon} possibilidade de sermos oprimidas e de corrok com as violéncias, Nem toda mulher é br todo negro é homem, nem todas as mulheres sip tos heterossexuais, nem todo adulto heteross locomogao politica, visto as geografias itarem as capacidades humanas. stiano Rodrigues, além disso, a interseccionali imula o pensamento complexo, a criatividade ev’ lugao de novos essencialismos.” Nig Sag Oe Para a oC anca Segundo o prof comenda-se, pela interseccionalidad das clivagens identitarias, repetidas v das pelos negros, mulheres, deficie ite defender a identidade politi Ipressao colonialista, que sobré ens do racismo cisheterop: assim, nao apenas 0 "4 smo pre ncarado como um problema das feministas bran a bem o capacitismo é problema das feministas a | cada vez que ignoramos as mulheres negras were acondicao de marea fisica ou gerada pelos transitos das opressdes modernas coloniais: sotrendo o racismo por serem negras, discriminadas por serem deficientes. Portanto, na heterogeneidade de opressdes conectadas pela modernidade. afasta-se a perspectiva de hierarquizar sofrimento, visto como todo sotrimento estar interceptado pelas estruturas. Nao existe hierarquia de opressao, ja aprendemos. Identidades sobressaltam aos olhos ocidentais, mas a interseccionalidade se refere ao que faremos politicamen- te com a matriz de opressao responsavel por produzir diferencas, depois de enxerga-las como identidades. Uma vez no fluxo das estruturas, o dinamismo identitario produz novas formas de viver, pensar e sentir, podendo ficar subsumidas a certas identidades insurgentes. res- significadas pelas opressdes junto 1 demais ates 2 2 oh emer de cue do sujeito que se ie oC a spline apiece: ae sendo ele branco, destoa nao alcanca esta Ccionalidade, porque o racismo experiencia, por mais que se apresente de turbante, ignifi classe trabathar = religiosos de candomble, seia dentidade na ae #sistematica racista nao alcanca esta triz de Opressao, ali, na avenida and EMINISMOS mHaATaA ay nte, POrue or “hs 4 mil anos, ha qui mais.de vee modernidade Acessérios « quando as identidades oe suas peles brancas fala branco se esta falando p. oporcionam uma experi¢n nao podendo a raca Negra so titel ia; 80b risco de mau us ‘Negra que, em suma, ¢ br ide mental, sua transr. fo narcisico’, conforme « * A identidade bran: O5em sé-lo, dando. erdade, dade nos permit )racismo, capil multiplos tra ‘ lente acice onalidade cis) almente quaisquer reivindicagoes identitarias ausentes da coletivamente constituida, per melhores que sejam intencoes de quem deseja se filiar a marca fenotipica z es itude, neste caso, a5 estruturas mao atravessam oe videntidades fora da categoria de Outros. Logicamente, para a Europa, branquitude é om siste- ma de poder muito além da brancura da pele, distinto do caso brasileiro, da mesti¢agem™, como quer a Gene cracia racial defendida pelas elites brancas e teansiton regionais com seus deslocamentos de privilégios.“ Dai interseccionalidade ser til para perceber onde comega 0 racismo e termina a discriminagao regional, a xenofobia eas opressOes resignificadas contextualmente. A interseccionalidade é sobre a identidade da qual participa o racism interceptado por outras estruturas. ‘Trata-se de experiéncia racializada, de modo a requerer sairmos das caixinhas particulares que obstaculizam as lutas de modo global e vao servir as diretrizes hetero- géneas do Ocidente dando lugar a solidao politica da mulher negra, pois que s40 uns grupos marcados pela sobreposi¢ao dinamica identitaria. E imprescindivel, ome todos Wy sentidos para mulheres negras e “mulheres de cor” na diversidade de género, sexualidade, classe, geografias corporificadas ¢ marcacdes subjetivas. E facil di i nies area desautorizarmos usos hege- terseccionalidade reseatanda eamente Dn TEMINISMOS ———_ » ee privilégio, Pois iste, ae ter mais UM Ee eio. 0 ‘Sali, "psse saldrio amortiza Os Prejuiing, italista, e dificulta a tinj;,, th ‘o trabalhador branco j¢), be os beneficios da branquituc ea brancura gera 9portunidad, de classe média, garantindo dignidag, servicos, boas escolas par, estuda Gao ambiental ou falta de saneamen, mtexto dos direitos civis perto, mulheres negras pobre ocefalia,” nao por causa da pol negras, vitimas do racismo, _atendimento publico precirio, auséncia te impedindo os mosquitos de Picarem traba com mesma frequéncia. Epidemias con a sa0, antes de tudo, dimensées do ravi ado, conforme explica a epidemialogis de interseccionalidade Emanuele Gis quitude critica, definida categorican ngo Cardoso como aquela reflexiva sob" dicdo antirracista ¢ pt ivilegiad i” ‘ eria empregar intersecc jonalidact 1 um e. » ay) dunide S Pariram DrezZa, tp Berador de ( { cO proprio, qui¢a, usa! das af ‘ iecer esse lugar, quando °°! an ea cio, escoll! aga por classe, geraga” cen os marca 4o dentre outt Carla Akotirene no lugar de raga.” Cabe a me eropcumieale EP=E onalidade para descons- seit or nerabilidade uniformizada, demonstrar 0 ie pranquitudes, nao incorrer de oportunismos aoe me no sistema de cotas raciais — chegando a peg 8 avo negra ou colocarem 0 pénasenzala™® ei: i co Joyce Lopes. Interseccionalidade oo oque classe pode dizer da raga, da mesma forma que raga informa sobre classe. “Raga éa eae come aclasse ¢ vivida, conforme ensina Angela Davis. Em funcao da popularidade académica da interseccio- nalidade, vale dizer que seja para refletir patriarcado na ‘Alemanha - ¢ dizer isto nao ¢ desmerecer a pauta, legi- tima - a proposta metodoldégica da interseccionalidade funciona como localizador da experiéncia do racismo, comungado as outras estruturas presentes, discursiva e politicamente, na vida de trabalhadoras domésticas na Europa, por exemplo, quase sempre levadas a escraviza- ses sexuais. As feministas alemas devem utilizar-se do conceito para perceber a experiéncia diferenciada das ae ram naquele Pais, cruzada por marcagées plas em investigacao analitica das suas, AG Saft wig Interseccionalidade nao é Narrativa tedrica de ex- FEMINISMOS PIURAIS peccionalidads. desi aoe mas nas a i Hs interseccionalidade oe = disput ins saqueamento da riqueza conceit, jo discursivo feminista negro semantica feminismo negro par: ecional, retirando o paradigma afro;: ide conceber a inseparabilidade do . do, racismo e capitalismo esta |, ‘9 tedrico ferninista negro, e quem o ; dio e racismo epistémico. Pois, como 0 blues, lamento dos es 4 admiracao dos opressores [ a que agrada ao explorador e compreender cishete mo, coexistindo, mo tividades da coloniza » Para nds, mantermo @ a interseccionalidad desta vez nao sera tirac No negro substituid ale explorar a riquez de modernidade dade politica, qu‘ de dade como Sus uma vez que este escamoteia 6 terme ne o fato de terem sido as feministas fies ae bem come da interseccionalidade enquanto n seisas te ©Ponentes combater multideterminadas discriminaces jnicialmente no binémio raga-género, Visanda Pautadas Estou certa do neoliberalismo usufruir do conceito de interseccionalidade, em virtude dele ter sido cunh do no campo do Direito ¢ este campo ser manuseado elo brancocentrismo, punitivismo e criminalizacao de pessoas negras. Entao prefere o feminismo intersec cional, querendo usar a seletividade racial do Direito, disposta a fazer uso do conceito, porém nado do conteu- do, anterior ao periodo em que o conceito foi cunhado por Kimberlé Crenshaw, em 1989. A prerrogativa do Direito pode criminalizar homens negros, africanos, defender encarceramentos, sem dizer que estes institu- tos discordam das bases epistemoldgicas do feminismo negro. © despautério metodoldgico € tanto, que usam até interseecionalidade no campo punitivo particular reportando ao pensamento feminista negro de Angela Davis, uma abolicionista penal. Contrariamente, a interseccionalidade aplica a criagao : mais conflitos as leis binarias do direito e defesa das tas antirracistas, tendo em vista imporem cisgeneri- dades ‘ 4 4 des heteropatriarcais, que ignoram lésbicas e trans negros iti “ Bie como vitimas do racismo, mulheres negras como amente discrimi mot : negras Ril pees Comparaveis, comunidades Mm usar a cisgeneridade referenciada pelos —~a tT FEMINISMOS 5 sa0 yistos verdade;;. al a maneira, 2 epistemolog i qanya Saunders, mencjg), go em nivel PSiquico, erdticg , ulheres negras somente “cabe., ~ extensdo da coluna mas nunea subversivas Liliths, |¢. ice esquecidas das narratiy idamentacao, Luiza Bairros, i ciou a articulacdo de $05 Masculinistas da comu p¢ao de Bairros, sofremos dist inversamente, 1 trabalhos académico * Carla Akotirene iculagdo de raga, masculinidade e classe, a citar dene ina,” Juliana Borges® e Vilma Reis.” Elas de- ay ee condenam politicamente a violéncia policial ade os homens negros, o etiquetamento e oo idade racial. Fora do Brasil, a extensiva litera- ‘ at ae negra de bell hooks agencia o amor, com we a desenvolver empatia e engajamentos tedricos ara com os homens negros, ndo tratando como senti- vie romantico, lembrando certamente de Rosa Parks, costureira negra que infringiu as leis segregacionistas estadunidenses, recusando-se a dar o assento no énibus para o branco. Dr. Luther King, reverendo ativista negro, ajudou a mobilizar idas € vindas a pé de mulheres negras « homens negros em boicote aos transportes publicos, articulando classe, raga e género na irmandade amorosa. Se o machismo fez Luther King mais conhecido que Rosa Parks, sonegando o mérito das mulheres negras terem espalhado cartazes pelas ruas, realizarem os traba- thos domésticos em suas proprias casas e nas das patroas 6 frequentarem aigreja durante a noite sem usar o trans- a publico por quase um ano, a literatura feminista ca, segundo bell hooks, prefere revelar a He a da masculinidade negra que constrdi homens negros ita i i ie assados, psicologicamente fodidos, perigosos, vio- , Mani is cuja insani a00S Sexuais cuja insanidade é informada por sua Mcapacidade de ii Cumprir seu destino i 4 um contento racist Masculino falocéntrico em EMINISMOS MmRATS tre raga, classe € gy quanto na producao afro ee jnobservancias Intersece; Ma vante cendrio de violéncia , ONtrs pals ainda na década de | 9g, lo , primeiras delegacias da mulhe, 4s . nistas trabalhavam a mulher jj), ; gua vez, se alimentava destas concen . e avaliacao de politicas publica, ie , a morte da feminista negra bra. lei nto, “a atlantica’, é bastante embley, Setores do movimento negro argu acismo motivou 0 crime, oc i rido i 196 jostamente o homicida nao aceitou q iny a mulher negra no relacionamento viol Folha de S.Paulo, no julgamento, a namo! Aurea Gurgel da Silveira, também foiat tentar desqualificar a vitima. Aurea ds lascimento fazia orgias e aliciava men" lanchar a memoria da companheit2 ™ 'do réu confesso, seu agress politicas, a intersecc ionalic Aismo negro interessa a SUS fe! des de pensar 05 @ ero, sem perdel ( minacao racial je vista os" VAMOS PENSAR DIREITO: INTER- SECCIONALIDA- DE E AS MULHE- RES NEGRAS 53 Criticar 0 mau uso ou a despolitizagao do conceite nao invalida a sua capacidade explicativa da experiéncia, quer dizer, a critica deve ser feita aos sujeitos que, imbuidos de uma perspectiva interseccional, deixam de falar das desigualdades raciais e de contribuir na luta antirracista. Angela Figueiredo, Apresentagdo e comentarios a entrevista de Ochy Curiel.™ Em 1989, Kimberlé Crenshaw publicou em inglés o /~ eee - ees of Race and Sex: Penal ee : a : ss userimination Doctrine, tema gee 2 and Antiracist Politics, inaugurando o reaplicat sclonalidade. Posteriormente, em 1991, na publicacao Mapeando as margens: inter- e violéncia alocalizacao interse ae ) estr politicas e letramentos bes estruturais 0 ra n is se sobrepoem., discriminam ; es pe eiheres negras. ( atravessando os expedientes d adas a dignidade huma dade do feminismo br: imstancias de direitos humanos s¢ ente, encontrare $a conducao das ide lidade analitica — 2 os da politica de ide: éstruturas moc ide yulneravel. inv sentre estruturss> Nocampo juridico, podemos identificar a exclusao ra- ial por eritério de género promovida pelo universalismo das politicas publicas relacionadas, o fato de mulheres e meninas negras estarem situadas em pelo menos, dois grupos subordinados que, frequentemente, perseguem agendas contraditérias, dando impressao de que todas js violénclas policiais dilatadas para o sistema penal sao contra homens negros. Todas as violéncias domésticas dilatadas para o encarceramento feminino ou feminici- dios sao impostas as mulheres brancas. Destarte, as mulheres negras sucumbem aos ativismos comunitarios voltados menos para si, enovelados pelo padrao moderno onde suas identidades sao revertidas as de maes solteiras, chefas de familia desestruturadas, “mulheres da paz” efetivas no resgate de jovens crimi- nosos. Através desta articulacao da raca, género, classe ¢ territorio que os fracassos das politicas publicas sao revertidos em fracassos individuais, auséncias paternas na trajetoria dos adolescentes e jovens sao inevitavelmente sentengas raciais de mortes deflagradas pela suposta Guerra as drogas, DITIRATS FEMINISMOS os feminismos . - ona rraz para me € : cee metodoldgicas ¢ 7 tas a académicas sobre o encarc eee as mulheres usando ; ae interseccional. Traz insumos gendrie aube jiregdo ao Estado Penal demonstrandy .. ientes racializadds da revista vexatria _ busea de entorpecentes para visi, — desfazem lagos familiares das mas... a negociagao do corpo patriarcal 5 -se o fato do colonialismo cristéo emba de silenciamento das religides de Matri 0 acesso de sacerdotes de candomblé ¢ primento da assisténcia réligiosa as int to na Lei de Execucao Penal, que viol omplexidades em saude d @ Populacdo nem 3 celas so ambientes domésticos s convivem alheias a Lei Mar capaz de perceber as identid cia interseccional, independentement ce: o de afetividade. Ora, os agressores nonicos, quando encarcerados mente mulheres abusam imp! lo que, fundamentalment, 0 € visao colonial. Contorn’ . a ugao Penal de costas pale” = ciarem SU do vitimas siler ar se derem beneficios de remissite da p fim dene Pr ee A ode ser descartada caso © MAU CoMportamento. na ciplin® confirmem agressores ¢ agredidas ja pri ain igdos de liberdade. < aitos humanos permilirem acesso to dos direitos 4 despel :; e de raga, Sexo, nacionalida- rest indeP aaa outra condigao, as ner ee vyeem diante dos expedientes racistas mulheres” instituigdes publicas ¢ privadas por lhes ae eiro trabalho e, depois, © direito huma- —— reclamantes das discriminagoes so fridas. A interseccionalidade instrumentaliza os movimentos sntinracistas, feministas instancias protetivas dos direitos jumanos a lidarem com a5 pautas das mulheres negras. Compreenderem, por exemplo, que nos Estados Unidos : General Motors, até a década de 1960 nado contratava -nulheres negras e, quando passou a fazé-lo na década se- guinte, manteve a discriminacao de raga e genero prescrita is demissBes compulsérias ¢ restrigdes para admissio ba- seadas na altura eno peso corporal de seus funcionarios. Emm 197 balha adlnat - trabalhadora Emma DeGraffenreid e varias eeras processaram a General Motors por dis- pontos de trafico de dr, ‘QO machismo, além disto, es, delegados, juizes ps o encontro de iguais, porg is no espaco publico ¢ a morrerem dentro de das lagrimas de mulheres ne erro politico, epistemoldg Gao a se fazer é para o f, mediar 0 fim da violéncia ata a marca colonial con isto nao significa defi @ punicao alternativa p : BBICOS € Morais con e de identificar 0 encionam 0 carater analitico das producées pouco ™ violéncias de género, 0 carater universali- ado por feministas brancas. Ora, as primei- uzido P' alizadas de atendimento 4 mulher, rat delegaci#s = vprantea decd de 1980, no Brasil, estiveram ausentes josconteue® de género discorreram sobre dominagao sobre ve atriarcal e negociacao da violén- masculine a Angela Davis, bell hooks, me oe Hill Collins e vozes femninistas de aude Lands oui Unidos e Elza Soares no Brasil, a anita a mulher negra neste peri- i oe aspen progressistas e antirracistas pres beber da fonte feminista negra. “Se nao se oui uma realidade, sequer serao pensadas melhorias cara uma realidade que se € invisivel”.” i ‘ neira os estudos 4 cionais, sobremar dos interse 0 epistemicidio da teoria feminista produziu os altos indices de violencia contra a mulher negra. Houve falta de metodologias” adequadas as realidades das mulheres ‘egras ¢ a preocupacao central com a categoria género = amarcacao racializada do fendmeno, discutida a cm sobre simbiose do racismo, capitalis- rome oe as contribuicées da *s seus trabalhog a0) Tg na mens interseccional **0 das politicas © monitoramento e avalia- Nimberta Crenst Para as mulheres, amitide na visio de FEMINISMOS co AITIDATS - ean sao diferentes das my, amente tem poder para determina: ».. fren materials gu fetoricos, Se as difera,,. BP heres nao-braneas serao incopy, , n ¢ diferengas nao é um conflito insignificante oy SUperfing tem sua dinamica interseccional, Misog § institucionais e da conta dos mesmo, administrativos responsaveis Por obstryj, ; negras o direito de Tegistrarem queixgs em conta discursos Prévios sobre mulheres sas, perigosas, Sexualmente disponi das Teivindicagdes das mulheres negras cia da intersec¢ao complexa do sistem wessado por discriminacoes de raca ek etramento interseccional de Kimber! idade pode fornecer os mei Wzagdes também. Por exemp! liza de pessoas hetero Wir como base para a critica c que reproduzem 0 het da mi enalidade conceitual a ionalidade ¢ jal dos compromissos estabeleciday peas : i drao d pene Nacsen 1) desestabilizar 0 padrao de poder moders,, er = : er jiretrizes da Declaracao Universal dos Direitus | ig as (DUDH) e Convengao para a Eliminacao de Todas cormas de Diseriminagao Contra Mulheres (CEDAW \ Wich, Os Estados Nag6es precisam reconhecer, monitorar ¢ apresentar solugées para a discriminacao interseccional cob o risco de infringirem os acordos mundialmente esta pelecidos na Conferéncia de Durban, em 2001. Enfrentar o desempoderamento™ imposto ao Sul Global, prestando aten¢ao a subordinagao interseccional e as estratégias partidas da periferia para o centro. Sem éxito, tentam resolver as problematicas das na coes através do que Crenshaw chamou de “superinclu sic”, na medida em que um problema interseccional é absorvido pela estrutura de género, sem investigar outras estruturas como 0 racismo ou heterossexismo. Podemos mencionar adolescentes mortas ap6s abortos nseguros, Superincluido, género aponta para a crimi- nalizagao do direito reprodutivo,”* quando a intersec- ‘cee a classe e geracao na experiéncia » €xplicando o acesso das mulheres adultas ebrancas as clini hicas particulares icd ‘ de abortamieats Parti »€m condicdo segura Crengh < aw Menciona a subinclusio da discriminacio, “Onjunto de ie mo to da ‘diferenca” tornar invisivel um ~ 8 €mersos de forcas econdmicas, -dinamicas B dois at Pao en inte ragao it Ela Cc ificame: fi trata especificamente da fy Majy ima 9 Diy Entender como 0 apagamento da categoria raca ocorre pode ser feito tracando as formas como 4 interseccionalidade viajou, primeiramente a partir da historia das mulheres negras e do feminismo negro para o feminismo em geral, e do feminismo do Sul para o Norte Globais, Sara Salem, O malestar na Teoria Interseccional: interseccionalidade nas teorias viajantes.”* Na diaspora africana, “irma” pode ser considerada aquela intelectual cuja experiéncia atlantica fez viagens tos de vistas de my on! a publicar P incursdes lteoricas tema, et palidade do pensameny,, de a Attantico. Somos informad, U8 das micas, politicas, ideoldgicas e da. 4, conforme Audre Lorde revelg m ep classe e sexo: mulheres rede sftinudy Universalizante e deliberada, a SOTOTidae pressao de existir empatia c homog renei dade mento terceiro mundista, african , estady. contra o colonialismo moderno da irma universal, parcelas significatiygs am a existéncia do racismo estrutural py feministas, que desconhecem privilégias ‘NOS S€param € Os impasses por estarmos ao lado dos homens hegros, mesmo hegemOnico das suas masculinidades fas tm umbigos diferentes ¢ seus cot do05 €m contextos diferentes 5 a colonizacao, apre ndemos a tint eliminar 0 excedente humano: ' Bes etnicorraciais constande “a tes. (Na America, © ' ; pelo branco, magro, uf e€ financeirament™ 1 nor La pe todo modo, o trago ciyi posicionamentos da didspora, 4 Raine, de Ag f i 5 am Mexico e Estados Brides, #€xperiéncia ind, rada nas Americas $40 massa ancestra| ds = FE j o Sa jeminista negro, decolonial e afro-latino-amerin | mogao exata para cruzarmos pontos de frontarmos as irmas mulheristas e historicizarme. solissemia das mulheres de cor atravessadas Pela inte pouls 7 ceccionalidade atlantica. "aCion 5) Vistas, con a Ora, até o termo diaspora vem do contexto grego, ex. preesa Separagdo geografica. A diaspora Africana™ traz meitiCria e agua do Atlantico as Américas € a Europa. podemos entender, ja no. comércio de escravizados pelo mar Mediterraneo, na Antiguidade; e do oceano Indico edo mar Vermelho, na Idade Média, estas dispersdes de africanas e-africanos, Consequentemente desorganizacao social e politica dos dife- rentes pavos atingidos pelo holocausto africano - num modelo de globalizagao econdmica, cultural ¢ politica que precede o atual, numa perspectiva predatéria que emerge da Europa e se espalha pelos demais continentes — novas alternativas tiveram ‘ue ser gestadas e aplicadas, no sentido de se buscar patamares Ge enisténcia e resisténcia cultural. = we oe negra criticada por bell hooks faz *Ocials, valida To canes elaboradas pelas ciéncias Fecistas, por dicgae eeee Por setores antir- modernos, em certa medida, a N nm ATG FEMINISMOS nitt ee tipos produzids,, Pap gs bestials, masculiniy,,; de produzir conhecijy,,,, ti mies de-raca, a8 mulheres Negras ayy, Hi , par classe sao vistas Como Prototipe 5 da fern, da pobreza e, atravessam peracoes se, ias, vitoriosas das dificuldades impos ismo colonial. A saber, estes €stereotipos ridades religiosas do candomble, constran sustentar arquétipos matriarcais, presas Nas j do escopo familiar tradicional. Com certeza, devemos ao colonialismo yy safios intelectuais dentro das epistemolagias fe além daqueles vigorosamente feitos contra 0 an trismo e linearidades cientificas, real moriy Bernadino-Costa e Grosfoguel que, d situado socialmente no lado oprimido das sels nao significa que vai pensar epistemic lugar epistémico subalterno interseccionalidade ocorre me OS por pessoas negras fora do lugar eps €m que as genealogias de mascull? ‘Superinclusdes analiticas ce see ciando significados insct teat cionadas no mundo. Naor" ativas ocidentais sobt nos ode uments O prejuizo 1 . . genero elaboradas pelas branquidag ‘ ; sa 6 ade cig minismos Negros. A teoria feminista qeatiticag es _ . 7 SO nat joi produzida pela Europa Ocidental ¢ ee pe Estados y parece ébvio, € preciso dizer que ela nac Unia « 2 Pode fotogr f Africa com suas lentes, oH como a imagem trazida 4 juz traz efeitos de subinclusao epistémica, revela opine micidios ——— ee Bs Categoria genero ou categoria interseccionalidade que seja, prestigiads e fnanciada pelo Norte global. o discurso politico de soraridade a5 mulheres terceiro mundistas preenche _ carreira académica de quem desenvolve Pesquisas nis «jstas instrumentalizadas pela visdo ocidental, incabiveis ae se forem feminismos negros. 0 desafio imposto as epistemologias africanas ¢ de- saprovar, publicamente, teorias didsporicas negras onde os conceitos feministas e os estudos de género estejam pautadas em categorias ocidentais, confeccionadas de forma simplista, bindria e de familia nuclear onde o macho é sempre superior, como pontua os trabalhos de Overonké Oyéwimi.® Os povos colonizados herdaram traumas psiquicos, perderam significados espirituais, linguisticos e cosmo- la #1C0s como parte da subjugacao da Europa ao conhe- “mento de africanas e epteesioga africanos, dai a marginalizacdo tina te » Segundo pensa a pesquisadora ni- te cones feminismo que aborde a produgao Partir das categorias africanas e de Querer um iMento a = “> azTe “EMINISMOS .) et lela interes, idade mod XG, tea antigu come araalt ie O feminismo MeEBIONNA Pode Many das relagdes soc ludido ao pova pe nteo mitico a Perde, “lop _seare ek ses apressadas sobre genitalias Mutily ides, levantar hip ibuidos As mulheres, canticos .,,, i WIdOs @ Sdprad, : sociais atril 0, asidere o saber d. sociedades pré- colon transe Atlantico. A interseccionalid " contexto estadunidense, nao ha divida : fdaglobal'e analiticamente 4 partir da niger armos atencao as formas em que a antig buidade Privilegio entrelaca atualmente p 8eNero, mare 9 criado para explicar privilégic tuigoes que, pelo menos no co do nao revelavam superiorid m Oyewhmi,” africana, as €pistemologias feministas ‘cONCeitos, ideias ¢ emocées de maneira fanspondo significados mal traduzidos mininas reais como Oba foram desfeitas lente para Majestade ancestral masculina Ahecimento foram ignorados, com a '@ Megacao de experiéncias ne Casamento e familia desen™ wees cidental, razao da pe if mMencionar Ce Para o povo yoru ‘lor’ eps mizacao europ' ela € wv e desconsideral « San ASCE ng 4 Fespeito digi, ade 1; ‘ador homens «lo alricang ade Masculina, de 18 dos ntex » apll jc gener racializado por Kimberle Crenshaw ¢ patricia mail Gal ony, GEcOss conforme Oyerdnke di que gontetdos Ee eantes submetidos a cultuy os criaram & dominagao masculina e dominagao Pattiar cal fora do Ocidente, Mesmo a biologia é posterior a0 conhecimento yoruba, de modo que demonstrarmos jnacronismos historicos sobre mulheres africanas, apas colonizagao, € maior prova do respeito A irmandade, as diferengas entre irmas. Avtar Brah a nao Feministas brancas e negras usam a abordagem da interseccionalidade para evidenciar hierarquias impostas pelos machos, desconhecendo 0 fato dessas subordina- -des funcionarem no sistema de antiguidade adquirida, nio pelas relagdes de poder propagadas por género. De acordo com Oyérénké Oyéwtmi,” a lya ou a maternida- de, explana a categoria mais estruturante e fluida em di- namicas sociais, politicas e de organizacao espiritual, mas 0 fato de que as categorias de génera ocidentais sao apresen- tadas como inerentes 4 natureza (dos corpos), e operam numa dualidade dieotémica, binariamente oposta entre masculino/ femnining, homemy/mulher, em que o macho € presumida como Superior ¢, portanto, categoria definidora, é particularmente alie- ache culturas africanas. Quando realidades africanas sine wae hme nesses alegag6es ocidentais, o que ustoreoes, mistificagdes linguisticas e muitas vezes.uma t eZ lidade dag = fis de compreensao, devido a incomensurabi- Categorias e instituicies sociais.% FEMINISMOS DATA pit on: Making an Aj;;... Jiscourses,”! Oyéroni: e genero analiticament. ,._ se torna mulher e mie icas, centrais para valid ‘acac 2 — supremacia da mater eccional contextualiz bre a realidade yoruba q ente considerada primitiva < ap : mtal, nega a construcio ds mater as iyalodes dissociada de contrat asamento, aplicada a nocao » OU de mulheres dependente mens, a exemplo da wor mem —demonstrando a \ ada, femas de pénero, refazend ‘construida formal e cont: se éjovem ou velho e p ito de vista bioldgico "8" f africana de Ugand®. >? Mulheres solteiran & sem fies ATT Oy any nente, come um Tent em sein Pesan, in - a Jade Como IMaturAs, a6 MEET. Come u9, Ba vant Assim, 08 papers domésticos de man oo : e4 ; pt oe Jomnam-se a8 construgdes fundamentais da denna. mulheres em Africa.” i; Na didspora africana brasileira, o prestigio politics das grandes miaes funciona estritamente nos terreitns de candomblé, espago de resisténcia negra restaurada por jacos de afeto, familia e hierarquia no qual uma lya-lorise carrega 08 valores ancestrais e culturais torneados de Africa. A mulher torna-se mae dentro da relacao com a ancestralidade, nao nuclear, podendo ser matrilinear, onde filhos independem dos lagos sanguineos e do estado civil Significa entao dizer que nado somente homens adultos podem gozar de prestigios oportunizados pela antiguidade postos na familia nao-nuclear enao-heterossexual. Sem divida, a dedicagao & pesquisa interseccional sobre como a dominagao masculina se reconfigura posicionada neste arranjo pulverizado de poderes, pode revelar se homens com cargos religiosos transpdem masculinidades hege- ménicas para dentro das comunidades, ou, se pensadoras sadémicas usam a classe para subordinar irmas nao letradas para fungdes do Pa ™ ‘rd amefricanas e para epistemologias africanas, "macho nag é a Das Osu transpor norma, Daa tyabds, aprendemos com " triarcais ¢ nos impor sem = DPiIIIRALS FEMINISMOS idade © Voz publica 4, f ristlane Cury COStuy),., 36 possa usara cor branca, ele pop, oekodide, em homenagem ap Sang sfertilidade € da concepea. Entio Percehy masoulina nao se explica pel Nalurezy r feconhecimento de stias poten, inspira.” T que a interseccionalidad epistémicos de Africa Para a de nem sempre nds, © trabalho intelectual académica. E preciso entender a mater da pelas ivalodés, a igualdade de Oya, a autoridade cor roxa de Nar teligiosas mais velhas. Com nista africana Bibi Bakare Yusuf nismos le prod didsnor Pesquisadoras negn. amplo e aprofi poder Maternidade é uma exp: as mulheres e nao se liga OU identidade. No enta al nag reconhecem que a mt moldados por pape's homens e mul plice do poder A interseccionalidade, cg, i encruzilhada do Pensamento fe ME Vimos An i Minist, embora ilegitimo, identidades Politi ae da jnterseccionalidade na austncla ae : ali ro) é possivel evitar a imterseccionalidad. 1, Crenshaw para nao legitimar usos brancocénty isto sabendo que, na critica das feministas , gefendemos a validade das experiéncias como < cimentos situados constituintes do projeto inte aj emancipatorio, que a boa ciéncia esta ancor parcialidade, na provisoriedade, na instrumentalid tedrica, sem finitude caracteristica do homem moderno heteropatriarcal. Cartografo aqui os registros tedricos das minhas ir por conhecé-las bastante. Procuro coloca-las para con- versar numa lingua moura esperando ipsis litteris exercer a objetividade forte latina, chamada a prestar contas nas sete encruzilhadas discursivas. Tie ETO as O lesbofeminismo de Ochy Curiel critica a intersec- cionalidade de Kimberlé Crenshaw por ser liberal, nor mativa e fraturada em termos identitarios, segundo sua concep¢ao. A interseccionalidade desconsidera o sistema muagD colonial de género como 0 articulador das ex- wo Peritncias intercruzadas, as quais 0 racismo compoe, Sey A i, a : toe © problema estrutural. Em segundo, = a j = val “onizacao feminista proposta nesta abordagem = = - Orlza mai _ Mais a América Latina e Caribe, nado somente + © do ser visto pelo feminisn,, como mero ativismo IMprg norte global pester a Poténci, sistemes latino-afro-cariben} ‘negro. nacion heterossexual,” yp, classicg ana, contém instrumentalidad, | que, usando referéncias lésbicag do similitude entre familia nuclear hete. A intelectual demonstra equivaléne, nacionais e familiares, ambos tém as; a Nagao e familia servem jg leis r lacos nacionais. A Constituicao, nesta iternalista da familia nuclear, com ionalistas cruzados obrigatoriamen- xuais compulsdrios e direitos civis ‘aos membros da familia. Todavia, /Maturalmente nestas nacées caso fos leterossexuais construidas em opas! lens, CaSO Compusessem discursos ne politico heterossexual. Sendo ento interseccional de Crenshav diversidade de experiéncias a restrita® a colonial moderno, 1 a é porque a pensadora er manizante quanto 0 " ié odologias reduzidas® NAS tip jencias Tactais contra may). : = es as demais Opress6es combatid de co, L nee 5 25 pe Seung jesbofeminista antirracista as Pelo prs, Colonial, rics $ TSaMentg fer, ge Patricia Hill Collins, nos Estado, Asia mundistas como Lélia Gonzalez, Jurer, oo eirg Carneiro e Luiza Bairros por conseguinte. tae, Such conceito de “matriz de Opressao” esbocado por ale e inalcangado, por sua vez, em Kimberlé Crenshaw 4 Re se questiona sobre 1 iNista [_Jo que a proposta da interseccionalidade faz? Cama say indica, intersecciona. Entao, o problema da interseccionalid éque, por meio dela, primeiro se assume que as identidades se constroem de maneira autonoma, quer dizer, que minha condic3o de mulher esta separada da minha condigao de negra e que minha condigao de negra também esta separada da minha condicao de lésbica. E de classe. Esse é o primeiro problema. E que ha um momento em que, como as autopistas, isso se intersecciona* E preciso dizer que a pensadora, assim como Crenshaw, esta trabalhando com o ambito juridico numa proposta descolonial, que discorre sobre leis criadas pelo padrao — tendo ressalvas em relacdo a marca heterossexis- "0 argumento de Crenshaw. Anterior A discussio, “ vente feminista negro de Patricia Hill Collins = : Kimberle Ge pos interseccionalidade cunhada por =o Sobre fing W, usando o mesmo campo discursivo =- , fena¢ao, neste caso, do regime + © ado nos Estados | Nidog a sexualidade das Mulhe, * mas sociais defensoras ,. : ey cobjetivando. a pureza rac), ir te, segundo Collins, os ,,. oafrocentrismo da familia ne era, mi _ Negros e negras, MesmMos esr; Inhog, : ae na rua COMO irMaos e irmas ¢, San gp exual, por meio de hier arc ideal da familia tradicional, ecionalidade de raga, n [Uiag Fae artic uladas APAO © classe espera-se que.as mulheres realizen) jmp Trababhy que mantém a familia funcionand: », eNquanto os homens forecem apoio financeiro De uma mar EVA, cidadaos por nascimento ou natuy eresponsabilidades decorrentes da ass deve. a Sim alizados acquire, nacioval pcesiis Boutros servicos dea § também devem cumprir cerias obrigapdesente® que os cidadaos paguem impostos 1m servico quando necessan smberl ritica a interseccionalidade de Kim! 0a reificacao da diferenga de a entos das mulheres de cor. aio a perspectiva juridica a " categoria da identiae* mode _acionalista tolerante AOS gays, lésbica, ; ve fegeménicos ©M Telacao aos guy nS Mer a sa racializados e discutida pile ea “mente, ss nao da conta de configurace Mal A inter * entest sem fixagao de género na abordagem, «, fan a ps, nao-ocidentais heterossexuais, sem privilégig a de genero ou sexualidade, impedidos de migrarem = Na verdade, em decorréncia disto, esta, 5 4jdos de entrar nos paises desenvolvidos por serern vistas COMO racializados, terceiro mundistas. ~anoliticamente, & interseccionalidade de Crenshaw sez dos Estados Unidos os mais cone “es = a sobre diferenca; a Europa, no bloco a. ista, ; constraiu legitimidade, manipulando o léxico sem, -sessariamente, possuif a marca do movimento de mu- theres de cor, precedente nos Estados Unidos, anterior a erminologia cunhada. 0s Estados Unidos divulgam a modernidade de pautas dentitarias, passam credibilidade nacionalista para de- mais nagbes, mas sao eles proprios os primeiros a usarem “scursos homogéneos para estabelecer guerra contra o “consmig, eliminando populagées indesejaveis, fazendo “cia anacrOnica aos atentados as torres gemeas, em coo; ale ieee _‘Sordenados pela organizacio Al-Qaeda. 0 Eade ‘esde a Conferéncia Mundial de Durban, que ‘ts conta ag dl diante do atentado tem motivos poli- > Maniligadacs araharatanham 28 identitariag 2001 FEMINISMOS _—set™ ATS. zis yacismo, adiscriminacig , de usando letramentos ¢, i ica e representacional, de Gres jniquidades globais. O ater, giro conceitual a interseccig, Peaaele oportunidade em que Signatirigg jam diretrizes focadas no Sul global cq), Ora. oo oe Fesponsabilidades de ee vor as Populacdes gp Hegros ausentes nas universidades PUblicas ga0 das mulheres negras, mio ra¢a-género entre aCial Mer. Nshay ado ter, alidade dentre A00es focg. lagados Pelas ding. das diferencas servem 4 unido nacionals a muculmanos, latinos e outros perigososde antes das identidades nocivas, inelegiveis idico da homonacionalidade, mobilizada mo, sendo os heteros, os que vmde Macional aceita homossexuais e marcad ha de raca, produz insumos aos aontes berais gays e de lésbicas, sem cont i “oca Colt fessando publicidades da Coca 4 mModernidade estadunidense om aw ven i homoatetivos sel Bais para hi yond” on suas t jon sexualidades hi Ice ias pés-moder nas ¢ nites identidaces € diferengas int. ja cumpeitrecismos transy clone. " nter as clivagens identita ma Preve(, 1S © yoe sca SOM ea fesgy a aentrecortar toda « qualgues Raia . jsendorse dcidental, LGBTQL. Em suma, apap in io: : andes ge ee aed de cor, das ep ginais © radicalidade feministas, orig Ite nes, Em maior didlogo, cito Jin Haritaworn sobre cnuncia sas legais do Norte 4 punicio dos migrantes homéfobos dos -jo alema.™ Trata-se de humanidades vetadas de oid em consequéncia dos preconceitos contra salt e outros indesejaveis, a luz da interseccio- qualidade estratural, consequente subordinagao multipla, apontadas conceitualmente por Kimberlé Crenshaw. Supremacistas brancas impuseram o discurso identi- sirio nacionalista de controle populacional contra os Je fora, assim, os LGBTQI precisam viver em paz e os grupos humanos de cor indesejados vao morrer ou serio condenades por crimes de dio as sexualidades nao hegemdnicas. Sistematicamente, os terceiro mundistas, principal- Gente africanos, sao acusados de cometerem crimes de A “so estigmatizados por serem moradores de bairros deci aE racialmente, povoados de familias to mach, conf género, lares marcados pela auséncia orme acrescenta Jasbir Puar, que, FEMINISMOS sitTDOaATS categorias do mantr interseccionalidade nos moldes feminista negra estadunide tedrica interseccional sobre as s, Classe € raca articuladamente r afastada da complexidade colonial que a interseccion into, ausenta os pontos de vis ofobia, ciganofobia. a Na critica feita por ¢ 0 branco ocidental | n busca de explica universal das branca, tom nte secundariza C das mulheres terceiro m,,, dentais” Outras, etername chefas de familias. De novo, 4 inters ura interesses e lutas comuns entr distas vis sta Nte trabathad : ora ec 1onal “ATMs inex) sua critica indigéne a interseccionalia. her b Wade se veh, disso, 4 esquerda ranca pronta a atribuir mérit: qmanas emaglimanes cao demonstrem seem de apoid, fagam a linha liberal das Pesquisadoras aca micas do Isla filiadas 4 moda interseccionalidade. Uy. das razoes da interseccionalidade ser tao Preocupada com opressao € 0 colonialismo moderno do feminismo, ocidental justificar solidariedade as mulheres que usam ovéu, omitindo raz6es neoliberais, imperialistas do ra- cismo midiatico que divulga o véu descontextualizado. E mais, os Estados Unidos nao criaram a intersecciona- lidade, Bouteldja acredita que os colonizadores e racistas foram os primeiros na Historia. a usarem a sobreposicao de estruturas para esquemas hierarquicos €tnicos, raciais ede género. Sendo assim, articular raca, classe e genero hem sempre revela preocupacao com parcelas oprimidas, “xistem setores ageis em tirar lucro politico e simbolico das engrenagens identitarias, so mulheres ctimplices We esti | ‘he estdo querendo a fama do heroismo. Para ai zy 0 ae intelectual, de nada adianta a indigéne denunciar =~ i i “4 mca indigéne e manter protegidoo patriarcado =. ; ign, ae = Matrig ef 4 opressao de género ao masculino, se a =: moderna faz indiodnce enfraram iintns. “ee jonais 4 parte, prec Samo, seas inl inexiste esta mu|h. 1 sasadora que ine wTer gue - ‘ao patriarcado, seja adepta oy ,j,, do ‘ou branca. Por estratégia politica « afin ja fzemios vistas Brossas a0 patriarcag, Pie soral: que cobre a maior Parte do TOsto ¢ usado apenas por uma pequena jy que somente 0 pensamento artjc,)) lonial propoe a raga produzi, densidade clivagens do género, classe, Nagao, sexualida. as acabar o eurocentrismo e modernidade nele. A interseccionalidade ests na modg <4, portanto, sem a radicalidace feminista negra ela apoia contradi¢oes histéricas marcadgs fas € silenciamento de ponte aiOrjg iO ado da 8 de vistas, indigenes tém consciénci: tude sso. Elas ¢onhe- Hem a opressao de seus homens e sabem tambémo elas tem que pagar. Nesse quadro, a primeira alavanca USar é Menos o feminismo que o antirracismot Azar que depois de trinta anos encontramos mulher lengajadas nas lutas contra o meio care Gliciais. Acrescento a tudo isso a dic Que redobra sua for cada pelo colonialism & | ‘ sf racisint diaspories admite haver sim, | nif qual o racisMO € a tecnologiy pri > smo africana nao éo mesmo nica, bal a Ey : nos ensaios, In Search of Our Mothers AS . 1983, tendo como referéncia intelectual a Rea nd cleonora Hudson. Acredita-se na irm Unidense A 4 andade entre z ulberes de ascendéncia africana, respeit Mitre as tie *eTarauig ice ne ando € opon- ose 20 feminismo negro, considerado pelas mulheristas ine reatualizagao intelectual do feminismo branco. Rejeitando © rotulo “feminista” e contrapondo ao pen- amento feminista negro, matriz da interseccionalidade, o pensament mulherista ey equipara estruturas interde- pendentes cruzadas por elxos do racismo, patriarcalismo, sexismo para explicar a vulnerabilidade das mulheres negras, nem articula estruturas e posicionalidades in- teracionais para enxergar outros setores, o transito é¢ nico, neste caso, promovido pelo padrao branco ju- daico-cristao, mentor do colonialismo e imperialismo, am bloco monolitico na sua concep¢ao. Neste ponto de vista, a interseccionalidade de Kimberlé Crenshaw setorna inconveniente ao igualar opressOes. O racismo ae : igual a gerdofobia da mulher brance, te mlb omens Negros nao sao menos oprimidos 5 negras, Precisariamos prestar aten¢ao a Matriz da colonizacd aati *eeras a condi Iza¢ao antes de impormos as mulheres Omens neg v0 de mais oprimidas na diaspora, pois 5 $ nao sao algozes das mulheres negras. a ——_ - ee FEMINISMOS concepgao mulherista, exis nem ie Beas ser a ideologia Central », subalternidade iimape cendo'o credor de Praticas c.. Toniais que nem cabem ser chamadas de isctiminacs, te Sim, ‘Dialogando com a critica, a interseccionalidad. des. _ carta andlises aritméticas ou competitivas so sofreu primeiro; nao aposta a vulnera bilidade “oshepros ou quer apreciar de long conforme nos ensina Patricia H O projets feminista negro adota coalizacdo e solida, iedade po. liticas em prol dos oprimidos Por classe, SeXualidades ou territorio, dentre diferentes marc bre quem Maior Para © aS Opress4 Jes alheias ill Collins dolorosas. As vezes primimos, mas as vezes somos ores. Concordo que Tacismo, por se € intransferivel de hegro contra o branco, por 0 Negro, para discriminar, precisa de poder ra- ado exclusivamente quando ele est fardado, indo a instituicdo, nao a si proprio. Cantuda, de continua dirigente. T estruturade festo nd do modo o mulherismo africana manifet ea on Anin Urasse contesta o feminismo nes" idade. falar de marxismo n Gente: é tudo teoria sua base de analise! © se dizem feministas pretas MAS eu dh pressupostos como a interseccionati a sociedade como numa piram, pranea nascida no século XIX." SEOrda vee dedecate,. en Ide. O feminism ¢ , uma Ria: Ameu ver, 0 feminismo negro e 9 mulherismo Parti iham da mesma yontade intelectual de desarticulacao das estraturas colonialismo, eurocentrismo e imperialismo inesperadamente, acredito na disputa tedrica Capaz de veconhecets Por exemplo, que a pensadora comum das abordagens, Lélia Gonzalez, conseguia aportar o pan-afri- -anjsmo ao feminismo negro, ensinando nossas geracdes near ancestral da pluralidade teorica manifesta de interdisciplinaridade, etica do cuidado e responsabilidade discursiva. De acordo com Patricia Hill Collins, Mulherismo€ feminismo negro se beneficiariam por examinar o crescente descompasso entre o que as mulheres negras privile- cjadas, especialmente aquelas na academia, identificam como temas importantes €@ que.o grande numero de mulheres afro- americanas que esto fora do ensino superior considerariam digno de atencao.'% Para Patricia Hill Collins, a interseccionalidade sofre Ain causa Las oe de traducao. Apesar de fi- contigs desde a década de 1990, ser Lintersece termo idepautente dito, ela acredita que Uma hig vega ‘ctiada por Kimberlé Crenshaw tem que o tamanho do individualismo a FEMINISMOS mremyp ATG sen eunhar. Saber usar o léxicg merce icamente, € apenas uM Componente do Pro. , pieard na sua concepcdo. Na atual conjuntura, 4 uae ak estd longe de dar conta em ¢ Z SOF sua popularidade ser fincada de pés. jo e pos-estruturalismo fundamen, entendimento a interseccionalidade Nascey rq. Wicsimente engajada na “liberdade, equidade social e democracia participativa”, sofrendo m ‘militante intelectual, em razao da problemitica ‘traducdo - imperfeita nos contextos m Intelectuais ditados pelo neoliberalism SPesstrg almente JUStica udanea Politica ateriais, Socials 0, onalidade propunha enfrentar casos de contra as mulheres de cor, |id estruturas em direcao as mulheres produzida pelo racismo, explora¢ 0 e homofobia, atravessada pela experiéncia a mulher negra, nao Presa as geogr ar com a interco- ficara do de classe, las do saber es. Importante dizer que mulheres negras de uma resposta metodolog istemas de Opressao numa prop ro “oncepcao politica de Crenshaw, ses sae “oletivo Combahtt Ou nas ideias do Coletiv« pelecet que abarcasse sta teorica y esta Feste quesito, procurand' i Jentidad idade individual e ident! a vic e teoras as estruturas socials, © ™ le cole ura qperiéneias foeadas nay Mulhere, oes estructural, pollticas « repres, a inapropriado apagar vozes, segunda p, Histérias da emergéncia da interseccionat: le con 7 que a intelectual feminista afro-americana Kirnber, scunhou" o termo Interseccionalidade no artigo May Margins: Intersectionality, Identity Politics, and Vici A Women of Golar, publicado na Stanford Law Review (Crenuhe. 1991). Camo uma tedrica critica da tematica racial Crenshaw nao foi uma militante nos movimentos | estava intimamente familiarizada com 0 trabalho po social dos movimentos."”” A critica de Sueli Carneiro perpassa o nao-uso do termo interseccionalidade durante suas empreitadas analiticas. Ressalvada a inova¢ao conceitual, nenhuma diz respeito a geracao de feministas negras que aderiu a interseccionalidade. A geragao da filésofa brasileira guarda consigo a nota epistémica do feminismo negro érepetida sua intengdo escrita de defender outro mar- co civilizatério de humanidade para as pessoas negras viverem nesta nacao, — ‘ecusa da interseccionalidade, acredito eu, nao des- ni «premio do. termo existente ha quase trinta a ee pensadora de enegrecer 0 académico e ®t da ees vera nao acadé- — aes FEMINISMOS euS ESCTItOs, as | : ; i bibliagrafico de s ot Hulhere. Jevantamen! ais jutaram para redemocratizar p m AIS ey, ‘am contra a hegemonia pensada na SOciedaj, sere demia dedicaram a vida ao combate civil\ena fee ializados, reduz | ba stereotipos nacionais, see é Z1d0s 4 my Jher mulata, empregada doméstica, atleta sexual de doutorado de Carneiro, A construcdo do out, ndo-ser como fundamento do ser'"* demonstra como g ¢ategoria nacao funda o contrato biopolitico de exc racial neste pais, onde a conexio de Taga, classe, oénery e dinamicas de epistemicidios se valem do biopoder- facismo institucionalizado 4 Matanea do patriy ancestral vivo neste Pais, atravessado em tod feras da sociabilidade negra ¢ literalmente as balas do corpo negro. Entao, a interseccionalidade € recurso metadolé- gico descartado da seméntica ¢ nao do contetido da fil- ‘sofa, pois as feministas Negras ja imbricam raca, eénero € classe, aqui demonstrado pela intelectual. Exemplos 4 articulacao estdo na critica recorrente da autor tachismo atrelado a ascensao social de homens ne ; dispostos a transformar mulheres nc gras ¢ brancas mercadorias, com énfase a superioridade da mull nca. Esta na dentincia do estupro colonial da — Opressao racial e de género fundadora da nae a, estupro esse escondido pela ! ; ica, bem como a mentirosa sororidade braNcas, tao opressoras quanto s* escravocrata, A tese lusig MOdnio satriared® Ofeminismo negro da Berag. ser aportar & inlerseceic Malia Suu cists, NO Confessionais, ANtidsen, qualmente eM Atengao & abordage, ill Collins, 48 conquistas de B°vernanc, jeitas pela pensadora brasileira Luiz, aes a daigualdade racial, que sepuiam esta lini... a metodologia da interseccionalidade aps, Cont Mundial de Durban, também em razao da eS = igualdade racial das nag6es. Por isto, Sueli Carneiro é Quando Crenshaw chegou com esse debate da intersecoians) - de, eu jd estava com essa Concepcac consolidada de ten negro. Mas essa geragao esta agregando concestas £. < da Lélia Gonzalez. Eu sou uma feminista negra antiyrac em determinada momento, na estruturagao do instrument \iuico de luta que eu, com outras mulheres, concebi, o GELEDES pensava 0 que era set mulher negra no contexto do feminism branco hegeménico da época.'” Em concordancia, a Dra. Claudia Pons Cardoso acre dita jé termos as respostas politicas e perspectivas meto. dologicas amefricanas de Lélia Gonzalez, pois afirma que Ges, ainda hoje, integram os debates += ; , que tem como proposts ee no desde o Sul, um feminismo descolonizado ay oma : eres que estao atuando nas mar- ar deca O colonial’, comointuito =. estas ‘Sociedade. Incluo-me entre = : Sea interseccionalidade de Kimberlé Crenshaw verifica multiplas retoricas que estruturalmente pelo Estado ¢ particulamente pelos movimentos feministas ¢ negros esbocam: hegemonia branca masculina — e discriminacao ds comunidade negra, principalmente as mulheres ne- gras, o pensamento da fildsofa estadunidense denuncia oparadoxo dessa interseccionalidade, por sugerir paz e wustica social através da letigimidade do Direito moder- no, condenado politicamente pela seletividade racial e sstereotipas péscoloniais. Do Direito, a violencia letal £0 encarceramento de negros exercem seus principais “cursos racistas, Além de lesbofobias e machismos serem ie da estrutura carceraria idéntica a sociedade ampla “ Sualquer lugar do mundo. Entio, a in Yindy 3 : interserccionalidade de Crenshaw esta set- “ra garantir xitos dos chamados por ela ce ane Gareeririos” engajados na Punic lod, homens negros agressores de mulheres, Ja saber que medida a colonizagao produziu o agresso, ac jater passado da hora do homem negro se desen Através da puni¢ao da lei é impossjvel a ressoc de quem a sociedade branca nunca quis, «, modo, no ambito das diretrizes mundiais contra 9 * ‘cismo, podemos dizer que Praticas de comb, cismo institucional nao servem Para a prisao nasceu por demanda do racismo., Neste neoliberal da punicao Proposta pela inter. nos leva, segundo a pensadora, a nos c nos individuos, em nés, vitimas individuais, retirar atencao do Estado apontando agressores negyos ? policiais individuais, para quem fica a sentenca pesadt do racismo, sendo 0 feminismo carce: do padrao moderno colonial. Angela D cheque leis como a Lei Antibaixaria tali hi » ate ly Sentido, o tom Seccionalic Oncent comrvente feministas brancas académicas 1 ‘Pauperizacao e os estereotipo tudo se consideramos as p ‘Machistas, que endeusam 2 jogam pedras nas subvers! de classe hegeménica Para Ee ynalidade repete 0 ganic 4 todas as mulheres ¢ 0'5° 1g ae He oe andlise seminal das subordinarea, lente reforgadas, A Bits qualquer mulher negra ouvinet. unidense 2 Live Crew," punido or cantar Nasty As They Wanna to Brave quanto o racismo, entificar o racismo e¢ sexismo tos, Visto a Compaosigao A anilise interseccional CRUZAR 0 Be NEM SEMPRE f) 4 ae A le Crenshaw de cunhar a inter- do Direito, setor branco elitista, mulher negra iletrada que leva gina para atender o filho preso, Tacializadas, a ponto de nio enacao intelectual do sis- 1 1 Marx e Emma Goldman tuais negras desaflam as consequencias disto. enquanto Os navios de justica depende da do preeeratico de pleitos politicos, propomos secretarias de ‘Buald cial, reivindicamos direitos humanos, acttamos er de los politicos brancos, nos ‘ornamos isan i P = Ef = ativist, partid nizada, votam, tas pibica, 95 politicas Pliblicas na conferéncias. ro} as. Logo a pi posta de Crenshaw nos; IDstry os enfrentamos 9 padrao colonial dando moyj 4mareé, igual Marielle Franco, morta n ees Bide deminio de Senpé, es, pe quarta-fejra, energia Buerreira que luta sem o fads ae 8 esta viva no rio Niger por nove vezes. A pr : es an de Marielle Franco contorna leis ea > aa al juridicos do colonialismo brasile; a TO, Sigo Kimberlé Crenshaw junto com Método didspori Co feminista atravessado nesta discussao visando aumen- tar os didlogos com as epistemes dos povos coloni abranger as travessias tedricas de c Irpos navey langados Pelas aguas étnicas, memérias in: Polissémicas e POSicionalidades transatlinticas. Atinal o conhecimento deve ir além das demarcacies fixadas pot linhas imagindrias do horizonte e, fine ra¢a, classe, territorio e género, mas enlan; Acompanho Kimberlé Crenshaw, po's tegidos do racismo, podemos nos P! oe qualquer violéncia e lutar por mas" necropoliticas, Por mais que 4"! cas, culturas im t Mhie io, 9 Canine, de ver o WONT aly ® Mariel, ‘rane’ em epras, A oe 4S mulheres d a5 A interseccionalidade etodoldgica, Proposta por Es tao dificil engolir os arly *hetieena, 109 2 interseccionalidad pensar a identidacle a SUA Felapag ‘a para mulheres Negras, mesmy Pensar de modo ay liculade identitarias, ademais, tansexuais, 1.3 VeStig e iva da autora Este & simultane um sistema politica modelador da Cultura e domi. sulina, especialmente contra as mulheres. Ereforeado € familia nuclear que impoem papéis de género desde baseados em identidades hindrias, informadas pela homem e mulher bialégicos, sendo as pessoas cisgéneras c cabiveis, necessariamente, nas enn i tribute i Oni despeito do género a $ duais hegemdnicas. A see a0-cl a0 fora da identifica pessoas nao-cis aaa a can morfo-anatomicas insti spheeipipesedigai as Orientacdes sobre identid: tonal epatecnico sobre ccs essai Jaqueline rmulado pela pesquisa nsgeneros fo - anhiecem os impacles ; como bell hooks, rece ete 8 ene na trajetoria individual im feode vitimas passive's 9° a on de "vitimado” resguat’ 3 nigis & é ah nce das injusticas scl? ealca t¢ alitica ea sce nogaes Be dos que bs histari ag no senti “Qpretagues resulta da interacao resistencia linguistica dos african, nea maternaram seus filhos, Impuseram a educacao qj, S negras. estas ultimas transmitiram ; ot : linguisticos de Africa para o sistema in do Lélia Gonzalez. autora do termo. As maes ae gintelectuais da sociedade brasileira ¢ nao fora Se consciéncia € tudo aquilo que rmeniéria segundo argumentava, é precis Hpreendes s transmitiram a intelectualidade africana para brasileira, a prova do golpe linguistic esta simbo patriarcal pela bunda da brasileira, na verdade entre lingua r OF Gerace, NQuistico feminista negra adotamos uma politica de tra- eita os significadas politicos originals, neste caso contém mais representatividade que “mulheres siot compreensao ver: NASCIMENTO, Tatiana mulheres “de cor”? Politicas feministas de conta das sujeitas negras traduzidas 27-142, jun. 2017. Disponivel em: , Acesso ) em linguas: uma carta para as mulhe- } Mundo. Tradugao de Edina de Marco ,n. 1, p. 232, 2000. Disponivel em yref/article/view/9880/9106> uma poética de nossa afro- camaronés Achille Mbembe, nao alcancga a permanéncia niwrTss AT Ge FEMINISMOS WI. 12. 13. privados e aparelhos do Estado autorizados a violin). i Faisedn. Por isto, articulo o Bie ae -proposto pelo autor ao feminismo negro da Pensadara cary estadunidense Audre Lorde visando demaycay 8S diferane pontos de vistas e de opressdes facials entre as Mulheres tocante as trajetdrias de seus filhos. : Uso a categoria Outros intercambiando o Pensamento de Carneiro e Grada Kilomba. Os Qutros, neste C880, sp ag vistos pela identidade do Ser universal, autoinvisilizante.b; tis, heteropatriarcal como os diferentes dos humanos nar Originalmente o discurso é Ain't | A Woman? ¢ foi tra Doutor Osmundo Pinho da Universidade Federal do da Bahia (Cachoeira). A tradugao foi publicada no P, em 8 de janeiro de 2014. cf SOJOUNER, Truth. £ mulher? — Sojourner Truth. Tradugao de Osmundo P : 8 jan. 2014. Disponivel em: . Acesso em: 27 ago 2018 Cf: ALMEIDA, Silvio de. 0 que € racismo estrutural? Belo Horizonte Grupo Editorial Letramento, 2018. (Colecao Feminisn s Plurais) Cf; AS NOVIDADES DE SEMPRE. Declaragao do Col River. 11 nov. 2013. Disponivel em: . Acesso em: 27 ag Aord-tyiy en ante No original: “The United hee a No origin ral: United States hastheen, Spons clinies in non-white countries, especially jr india gretzatin some 3 million young men and b nd afound O¥S In and around New De : Operatin ¢ aint in peace corps workers, Under these a” mite able why certain countries view the Peace Saat a project, not as evidence of america's concern for ae developed areas, but rather as a threat to their very existence" cj ‘BEAL, Frances. Black Women's Manifesto; Double Jeopardy: f 1 pale. Nova York: Third World Women’s Alliance, 1969 jem: http://www. hartford-hwp.com/archives/45a/196 em: 27 ago. 2018. (traducao minha) Sousa Santos discute cultura, subjetividade ere 9s esmagadas pela colonizagao, de modo anos sao epistemica que € “aprender que existe o Sul irparao Sul: aprender a partir do Sul e com 0 Sul” , publicada em 1963, por Betty Friedman, feminis- segunda onda feminista recebe critica negra bell hooks, segundo a qual nao foi o sexismo mulheres brancas de irem para o espaco publico = ecusarem o trabalho feito por mulheres negras Flavia. Lélia Gonzalez, Sao Paulo: Selo Negro, os do Brasil Negro) Flavia. A perspectiva interseccional de Lelia , Sidney; PINTO, Ana Flavia Magalhaes egros, pensadoras negras: Brasil seculos XI -EDUFRB; Belo Horizonte: Fino Trago, 2016 7" ATS EMINISMOS TTS, Alex; RIOS, Flavia. A perspective intersecciona) i fomeake In: CHALHQUB, Sidney; PINTO, Ana Flavia (Org.). Pensadores negros, pensadoras negras: Gr.\| SECUIDs iyi, e XX, Cruz das Almas: EDUFRB; Belo Horizonte: Fin 1, a0 one oe AUB p. 393. v, 11, (Colecao UNIAFRO) 23. DAVIS, Angela. 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ZELINDA BARROS dele c ‘em Estudos Etnicos e Africanos pela Universidade ave i Bahia (UEBH) € pos-doutoranda na Universidade Fedora oye se da Bahia (UFRB). Conselheira suplente do Conselho Estadual de £ Bahia (2018-2022) gi ct LernaMEnTO

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