Você está na página 1de 33

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO

CENTRO DE ENGENHARIAS
ENGENHARIA CIVIL

MECÂNICA DOS SOLOS II


AULA 01: REVISÃO
Prof. Duílio Marçal

AMB-1035 MECÂNICA DOS SOLOS II


ÍNDICES FÍSICOS

PORÇÃO DE SOLO

AMB-1035 MECÂNICA DOS SOLOS II


ÍNDICES FÍSICOS

PORÇÃO DE SOLO REPRESENTAÇÃO TRIFÁSICA DO SOLO

AMB-1035 MECÂNICA DOS SOLOS II


ÍNDICES FÍSICOS
Va

Vv
Vw Pw
V P

Vs Ps

AMB-1035 MECÂNICA DOS SOLOS II


ÍNDICES FÍSICOS
TEOR DE UMIDADE

Relação entre o peso da água e o peso


dos sólidos. É expressa pela letra w. Os 𝑃𝑤
teores de umidade dependem do tipo de 𝑤=
solo e situam-se geralmente entre 10 e 𝑃𝑠
40%, podendo ocorrer valores muito
baixos (solos secos) ou muito altos (150%
ou mais).
COMO DETERMINAR O TEOR DE UMIDADE?

AMB-1035 MECÂNICA DOS SOLOS II


ÍNDICES FÍSICOS
ÍNDICE DE VAZIOS

Relação entre o volume de vazios e o


volume de sólidos. É expresso pela letra e. 𝑉𝑣
Costuma-se situar entre 0,5 e 1,5, mas e=
𝑉𝑠
argilas orgânicas podem ocorrer com
índice de vazios superiores a 3.

AMB-1035 MECÂNICA DOS SOLOS II


ÍNDICES FÍSICOS
POROSIDADE

Relação entre o volume de vazios e o


volume total. É expresso pela letra n. 𝑉𝑣
Valores geralmente entre 30 a 70%. n=
𝑉𝑡

AMB-1035 MECÂNICA DOS SOLOS II


ÍNDICES FÍSICOS
GRAU DE SATURAÇÃO

Relação entre o volume de água e o


volume de vazios do solo. Expresso pela 𝑉𝑤
letra S. Varia de zero (solo seco) a 100% S=
𝑉𝑣
(solo saturado).

AMB-1035 MECÂNICA DOS SOLOS II


ÍNDICES FÍSICOS
PESOS ESPECÍFICOS
• PESO ESPECÍFICO DOS SÓLIDOS (OU DOS GRÃOS)
• PESO ESPECÍFICO DA ÁGUA
• PESO ESPECÍFICO NATURAL
• PESO ESPECÍFICO APARENTE SECO
• PESO ESPECÍFICO APARENTE SATURADO
• PESO ESPECÍFICO SUBMERSO

AMB-1035 MECÂNICA DOS SOLOS II


ÍNDICES FÍSICOS
PESO ESPECÍFICO DOS SÓLIDOS

É uma característica dos sólidos. Relação entre o 𝑃𝑠


peso das partículas sólidas e seu volume. É 𝛾𝑠 =
expresso pelo símbolo 𝛾𝑠 e determinado em 𝑉𝑠
laboratório para cada solo. O peso específico dos
grãos varia pouco de solo para solo. Os valores
situam-se em torno de 27 kN/m³. Grãos de areia COMO DETERMINAR?
costumam ter pesos específicos por volta de 26
kN/m³ e argilas lateríticas valores em torno de 30
kN/m³.

AMB-1035 MECÂNICA DOS SOLOS II


ÍNDICES FÍSICOS
PESO ESPECÍFICO DOS SÓLIDOS – DETERMINAÇÃO EM LABORATÓRIO

Picnômetro Peso do solo Picnômetro Peso da água


com água com água e solo

AMB-1035 MECÂNICA DOS SOLOS II


ÍNDICES FÍSICOS
PESO ESPECÍFICO DA ÁGUA

Embora varie um pouco com a


temperatura, adota-se sempre como igual
a 10 kN/m³. Expresso pelo símbolo 𝛾𝑤 .

AMB-1035 MECÂNICA DOS SOLOS II


ÍNDICES FÍSICOS
PESO ESPECÍFICO NATURAL

Relação entre o peso total do solo e seu volume 𝑃


total. É expresso pelo símbolo 𝛾𝑛 . Pode ser 𝛾𝑛 =
chamado também como peso específico do solo. 𝑉
Há pouca variação de valores entre os solos, em
torno de 19 a 20 kN/m³, por isso, quando não
conhecido adota-se o valor de 20 kN/m³. COMO DETERMINAR?

AMB-1035 MECÂNICA DOS SOLOS II


ÍNDICES FÍSICOS
PESO ESPECÍFICO APARENTE SECO

Relação entre o peso dos sólidos e o volume total. 𝑃𝑠


Corresponde ao peso específico que o solo teria 𝛾𝑑 =
se ficasse seco, sem variação de volume. É 𝑉
expresso pelo símbolo 𝛾𝑑 . Não é determinado
diretamente em laboratório. Situa-se entre 13 e
19 kN/m³ ou de 5 a 7 kN/m³ no caso de argilas
moles.

AMB-1035 MECÂNICA DOS SOLOS II


ÍNDICES FÍSICOS
PESO ESPECÍFICO APARENTE SATURADO

Peso específico do solo se ficasse saturado e se


isso ocorresse sem variação de volume. Pouca
aplicação prática. Expresso pelo símbolo 𝛾𝑠𝑎𝑡 e é
da ordem de 20 kN/m³.

AMB-1035 MECÂNICA DOS SOLOS II


ÍNDICES FÍSICOS
PESO ESPECÍFICO SUBMERSO

É o peso específico efetivo do solo quando


submerso. Serve para o cálculo de tensões
efetivas. É igual ao peso específico natural menos
o peso específico da água. É expresso pelo
símbolo 𝛾𝑠𝑢𝑏 .

𝛾𝑠𝑢𝑏 = 𝛾𝑠𝑎𝑡 − 𝛾𝑤

AMB-1035 MECÂNICA DOS SOLOS II


ÍNDICES FÍSICOS
OUTRAS RELAÇÕES IMPORTANTES

𝛾𝑠 𝛾𝑛 𝑒
e= −1 𝛾𝑑 = 𝑛=
𝛾𝑑 1+𝑒 1+𝑒

AMB-1035 MECÂNICA DOS SOLOS II


COMPACIDADE OU DENSIDADE RELATIVA
O estado em que se encontra uma areia pode ser expresso
pelo seu índice de vazios. Este dado isolado, entretanto,
fornece pouca informação sobre o comportamento da
areia, pois, com o mesmo índice de vazios, uma areia pode
estar compacta e outra fofa.

ÍNDICE DE VAZIOS MÁXIMO

ÍNDICE DE VAZIOS MÍNIMO

AMB-1035 MECÂNICA DOS SOLOS II


COMPACIDADE OU DENSIDADE RELATIVA

DESCRIÇÃO DA AREIA emín emáx


Areia uniforme de grãos angulares 0,70 1,10
Areia bem graduada de grãos angulares 0,45 0,75
Areia uniforme de grãos arredondados 0,45 0,75
Areia bem graduada de grãos arredondados 0,35 0,65

AMB-1035 MECÂNICA DOS SOLOS II


COMPACIDADE OU DENSIDADE RELATIVA

𝑒𝑚á𝑥 − 𝑒𝑛𝑎𝑡
𝐷𝑟 =
𝑒𝑚á𝑥 − 𝑒𝑚í𝑛

AMB-1035 MECÂNICA DOS SOLOS II


COMPACIDADE OU DENSIDADE RELATIVA

CLASSIFICAÇÃO Dr
Areia fofa Abaixo de 0,33
Areia de compacidade média Entre 0,33 e 0,66
Areia compacta Acima de 0,66

AMB-1035 MECÂNICA DOS SOLOS II


CONSISTÊNCIA DE ARGILAS
A consistência das argilas pode ser quantificada
por meio de um ensaio de compressão simples.
A carga que leva o corpo de prova à ruptura,
dividida pela área desse corpo é denominado
resistência à compressão simples da argila.

AMB-1035 MECÂNICA DOS SOLOS II


CONSISTÊNCIA DE ARGILAS
CONSISTÊNCIA Resistência, em kPa
Muito mole < 25
Mole 25 a 50
Média 50 a 100
Rija 100 a 200
Muito rija 200 a 400
Dura > 400

AMB-1035 MECÂNICA DOS SOLOS II


CONSISTÊNCIA DE ARGILAS
SENSITIVIDADE DA ARGILA

A resistência das argilas depende do arranjo entre


os grãos e do índice de vazios em que se
encontra. Foi observado que, quando se
submetem certas argilas ao manuseio, a sua
resistência diminui, ainda que o índice de vazios
seja mantido.

Consistência amolgada = após o manuseio


Consistência indeformada = antes do manuseio

AMB-1035 MECÂNICA DOS SOLOS II


CONSISTÊNCIA DE ARGILAS
SENSITIVIDADE DA ARGILA

𝑅𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝐼𝑛𝑑𝑒𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑑𝑎
𝑆=
𝑅𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑎𝑚𝑜𝑙𝑔𝑎𝑑𝑎

AMB-1035 MECÂNICA DOS SOLOS II


CONSISTÊNCIA DE ARGILAS
SENSITIVIDADE DA ARGILA

SENSITIVIDADE CLASSIFICAÇÃO
1 Insensitiva
1a2 Baixa sensitividade
2a4 Média sensitividade
4a8 Sensitiva
>8 Ultrassensitiva

AMB-1035 MECÂNICA DOS SOLOS II


LIMITES DE ATTERBERG

AMB-1035 MECÂNICA DOS SOLOS II


LIMITES DE ATTERBERG
LIMITE DE LIQUIDEZ

AMB-1035 MECÂNICA DOS SOLOS II


LIMITES DE ATTERBERG
LIMITE DE PLASTICIDADE

AMB-1035 MECÂNICA DOS SOLOS II


LIMITES DE ATTERBERG
ÍNDICE DE PLASTICIDADE

IP = LL - LP

AMB-1035 MECÂNICA DOS SOLOS II


LIMITES DE ATTERBERG
CARACTERÍSTICAS AREIA X ARGILA
AREIA ARGILA
MACROESTRUTURA MICROESTRUTURA
TEXTURA GRANULAR TEXTURA HOMOGÊNEA
BAIXA POROSIDADE ALTA POROSIDADE
SEM/BAIXA PLASTICIDADE ALTA PLASTICIDADE
BOA DRENAGEM MÁ DRENAGEM
ALTOS VALORES DE ÂNGULO DE ATRITO BAIXOS VALORES DE ÂNGULO DE ATRITO
SEM SENSIBILIDADE COM UMIDADE SENSIBILIDADE COM UMIDADE
SEM COESÃO COESÃO ENTRE AS PARTÍCULAS

AMB-1035 MECÂNICA DOS SOLOS II


EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
1) Tomou-se uma amostra que, junto com a cápsula em que foi colocada pesava 119,92g.
Esse conjunto foi para uma estufa a 105 °C e permaneceu por 18 horas, após a secagem a
amostra pesava 109,05g. A massa da cápsula é de 34,43g. Qual o valor do teor de umidade?

AMB-1035 MECÂNICA DOS SOLOS II


EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
2) Para um ensaio, tomou-se uma amostra com 72,54g no seu estado seco. A seguir, o
picnômetro foi enchido com água até a linha demarcatória. Esse conjunto apresentou uma
massa de 749,43g. O mesmo picnômetro preenchido apenas com água pesava 708,07g.
Determine a massa específica dos grãos. Considere a densidade da água igual a 1 g/cm³.

AMB-1035 MECÂNICA DOS SOLOS II

Você também pode gostar