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Se o item estiver divido em subitens, a pontuação de cada subitem vem da divisão da pontuação do item
pelo número de subitens.
Descontos por itens:
Se, de partida, o item estiver conceitualmente errado: 0,0 no item.
Quando uma resposta exigir justificativa, metade da pontuação do item é para a justificativa. A outra
metade é para o raciocínio, desenvolvimento e resposta.
Coordenador da disciplina : Professor Stenio Wulck
1
IF/UFRJ Introdução às Ciências Físicas II – ICF2
Primeiro Semestre de 2011 Avaliação Presencial Final
Figura mal feita ou incompleta (quando solicitado figura): - 50% da pontuação do item.
Resposta direta em item que exige desenvolvimento de cálculo: 0,0 no item.
Erro de cálculo ou contas indicadas ou incompletas: - 25% da pontuação do item
Esquecimento da unidade ou unidade errada: - 25% da pontuação do item
Erro no número de algarismos significativos (questão experimental): - 25% da pontuação do item
QUESTÃO I:
y
Na Figura 1 ao lado representamos uma distribuição de
cargas dispostas ao longo dos eixos x e y. As cargas q +q
ao longo do eixo y são positivas, tem o mesmo valor e d y
estão igualmente distanciadas (em módulo) do ponto 0,
origem dos eixos x e y. Ao longo do eixo x temos uma ĵ
x
q iˆ
carga –q à esquerda do ponto 0 e uma carga - à
2 q
direita deste ponto. As distâncias d indicadas na figura
-q 2
são dados do problema, mas a distância x da carga – x
q -d 0 x=?
ao ponto 0 não é conhecida. Dado adicional: a
2
constante k da Lei de Coulomb.
Figura 1
a) Reproduza a Figura 1 no seu caderno de respostas e
desenhe nessa figura o campo elétrico correspondente a -d
cada uma das cargas do eixo y e aquele a ver com a +q
q
carga – no ponto onde se encontra a carga –q.
2
A Figura 1A representa o desenho do caderno de resposta. Os vetores desenhados nessa figura estão
assim definidos:
E1 é o campo que a carga +q que está acima do y
ponto 0 e sobre o eixo y cria no ponto onde se +q
encontra a carga –q. d y
E 2 é o campo que a carga +q que está abaixo do
ĵ
ponto 0 e sobre o eixo y cria no ponto onde se E2 x
encontra a carga –q. ˆi
r
q q
E3 é o campo que a carga - que está a
2 -q 2
direita do ponto 0 e sobre o eixo x cria no ponto x
-d E3 0 x=?
onde se encontra a carga –q.
b) Determine o campo elétrico a ver com cada r
uma das cargas do eixo y no ponto onde se E1
encontra a carga –q. Figura 1A
Chamando de r a distância da carga –q à carga -d
+q, Figura 1A, temos: +q
r 2 d 2 d 2 r 2d 2 r 2 d
onde
E1x E1 cos ; E1 y E1 sen
E 2 x E 2 cos ; E 2 y E 2 sen
Substituindo os senos, cossenos e r2 nas expressões para os componentes dos vetores E1 e E 2 , temos:
1 kq ˆ ˆ
E1 2 (i j )
2 2 d
1 kq ˆ ˆ
E2 2 (i j )
2 2 d
q
c) Para qual valor de x o campo elétrico resultante das cargas +q, +q e - é nulo no ponto onde se
2
encontra a carga –q?
q
Chamado de D a distância da carga - à carga –q, temos: D=d+x. Então,
2
kq kq kq
E3 iˆ iˆ . Em módulo, E3 .
2 d x 2 d x
2 2
2D 2
kq 2
Em módulo, F3 .
2d 2 Figura 1C F2
QUESTÃO II: +q -d
Tsen FE
T cos p qE mg
tg E tg
FE qE mg q
p mg
B) Nas Figura 2B1 e 2B2 abaixo desenhamos octógonos regulares, cuja distância dos vértices ao centro é
R.
q q q q
q R q q R
q q q q
a) Os oito vértices do octógono da Figura 2B1 estão ocupados por partículas (imóveis) com a mesma
carga q. Qual é a força eletrostática resultante (módulo) sobre a partícula (imóvel) de carga –q colocada
no centro deste octógono? A constante k, de Coulomb, é um dado do problema.
q q
Considere quaisquer duas cargas q diamentralmente opostas. Veja a Figura
2B3 ao lado, por exemplo. A força que uma dessas cargas q exerce sobre a
q F q
carga –q tem a mesma direção, mas sentido oposto à força que a outra carga
q exerce sobre –q. Logo, essas forças se anulam. Idem para cada par de F
-q
cargas q diamentralmente opostas. Portanto, a força eletrostática resultante q q
sobre a carga –q é nula.
q q
b) No octógono da Figura 2B2 (acima), sete vértices estão ocupados por Figura 2B3
partículas (imóveis) com a mesma carga q. Qual é a força eletrostática
resultante (módulo) sobre a partícula (imóvel) de carga –q colocada no centro do octógono? A constante
k, de Coulomb, é um dado do problema.
q q
Agora não temos mais a simetria do problema anterior, pois um dos
vértices do octógono está sem carga. Veja a Figura 2B4 ao lado! Observe
que existem seis cargas formando três pares de cargas diamentralmente q R
opostas, ou seja, como explicado no item acima, a força elétrica de cada um
F
desses pares de cargas sobre a carga –q é nula. Assim sendo, a carga –q -q
q q
está sujeita a força elétrica de uma carga q, aquela que tem o vértice oposto
q2
sem carga, cujo módulo (da força) é FE k 2 . q q
R
Figura 2B4
C) Considere os circuitos desenhados nas Figuras 2C1 e 2C2 abaixo. A força eletromotriz (fem) da
bateria ideal e a resistência R são conhecidas.
R b 2R
a c
a) Em relação à Figura 2C1, qual a corrente elétrica através do
resistor 2R? Qual a diferença de potencial Vab Va – Vb entre os
pontos a e b?
Figura 2C1
Req
Os resistores estão ligados em série, portanto sendo percorridos pela mesma
corrente i. Estando em série, a resistência equivalente é Req = 3R. Logo, de
i
acordo com a Lei de Ohm: Req i i . Esta é a corrente que
Req
percorrerá os elementos da Figura 2C1. Assim sendo, de acordo com a lei de
Ohm,
Vab Ri R Vab .
3R 3
R
a b
b) Em relação a Figura 2C2, qual a diferença de potencial Vab entre os 2R
pontos a e b? Qual a corrente elétrica através do resistor 2R? c d
d
Os resistores estão ligados em paralelo, portanto submetidos à mesma d
diferença de potencial. No caso, Vab é a força eletromotriz da bateria. d
Como a diferença de potencial no resistor 2R também é , a corrente Figura 2C2
através dele (aplicando a Lei de Ohm) é i = / 2R.
QUESTÃO III:
Nos experimentos 5 e 6 da prática 2 foram realizadas medidas de voltagens e correntes no circuito
ilustrado na Figura 3 abaixo. Os elementos R1, R2, R3 e o potenciômetro representam os resistores do
circuito. Os dados registrados nas Tabelas 3A e 3B foram obtidos por um hipotético aluno de ICF2.
R2
C D
R1 H
A B E
i/2
i G
R3 F
Fonte i
i
J i
Potenciômetro Figura 3 I
TABELA 3A TABELA 3B
Diferença de V (V) Corrente elétrica nos i i
potencial no: [V] pontos: [mA]
Resistor R1 V A –V B = 5,5 0,1
B B B B
A IA = 5,5 0,2
Resistor R2 V C –V D = 2,9 0,1
B B B B
C IC = 2,7 0,2
Resistor R3 V G –V F = 2,9 0,1
B F B B
F IF = 2,8 0,2
Potenciômetro V I – V J = 2,8 0,1
B B B
0,1
a) Desenhe na Figura 3 do seu caderno de perguntas as correntes convencionais presentes no circuito.
As correntes estão assinaladas por setas na Figura 3 acima
b) Com os dados da Tabela 3A, faça a soma algébrica das voltagens Vtot = n Vn na malha
ABGFEHIJA e calcule a incerteza δ(Vtot) dessa soma. Verifique a Lei das Malhas nessa malha.
Vamos somar as diferenças de potenciais (voltagens) percorrendo a malha no sentido horário. Partiremos
do ponto A e retornaremos a ele. Sabemos que, de acordo com a Lei das Malhas, essa soma deve dar 0.
Então, literalmente,
Vtot (V A V B ) (V B VG ) (VG V F ) (V F V E ) (V E V H ) (V H V I ) (V I V J ) (V J V A )
Vtot (V A V B ) (VG V F ) (V I V J ) (V J V A )
Vtot V A (V B VG ) (V F V I ) (V J V J ) V A Vtot 0
Pois VF e VI são pontos que tem o mesmo potencial elétrico. O resultado Vtot = 0 formalmente
apresentado acima é a verificação da Lei das Malhas aplicada à malha ABGFEHIJA.
Reagrupando os termos, temos:
Vtot (V A V B ) (VG V F ) (V I V J ) (V J V A )
Observe que na soma literal mostrada logo acima aparece VJ - VA. Esta diferença é igual a –(VA – VJ).
Então, VJ - VA = –(VA – VJ) = -11,4 V. Logo,
A incerteza correspondente é:
Então, o resultado da soma das voltagens na malha ABGFEHIJA está dentro do intervalo:
∆Vtot = (-0,2 ± 0,2) V (- 0,4 ∆Vtot 0,0) V
Vemos que a soma das voltagens na malha ABGFEHIJA atende a Lei das Malhas porque o intervalo [-
0,4; 0,0]V verificado para ∆Vtot contém o valor formal zero (0) estabelecido por esta lei para a soma das
voltagens.
c) Sabendo que correntes convencionais que entram no nó são positivas e correntes convencionais
que saem do nó são negativas, e partindo das medidas na Tabela 3B, faça a soma algébrica das correntes
elétricas itot = n in no nó E e calcule a incerteza δitot dessa soma. Verifique a Lei dos Nós nesse nó.
As correntes iD = iC e iF chegam no nó E. Por sua vez, a corrente que sai do nó E é igual a iA. Assim
sendo, pela conservação da carga elétrica no nó E e a inexistência de acúmulo de cargas elétricas no
interior de um condutor, esperamos que, formalmente, itot = -iA + iD + iF = 0 (Lei dos Nós).
De acordo com a Tabela 3-2, temos: itot i A i D i F 5,5 2,7 2,8 5,5 5,5 0,0 mA
A respectiva incerteza é:
i tot i A2 i C2 i D2 3 (0 ,2 ) 2 3 0 , 2 0 , 3464 mA
x
2
x2
2
x
2
2 2
1
3
2. g = x1 ∙ x2 ∙ x3 ∙∙∙ ; (g) = g x
1 x2 x3
O trabalho trocado entre o gás (sistema) e meio exterior num processo isobárico é dado por Wext = -
pV, onde p é a pressão do gás e V a variação do volume do gás.
O Princípio da Conservação da Energia (no caso, Primeira Lei da Termodinâmica) diz que a variação
U da energia interna de um sistema termodinâmico é igual à soma do calor Qext e do trabalho Wext
trocados entre o sistema e o meio exterior: U = Qext + Wext. Nesta formulação do princípio, as
quantidades Qext e Wext são positivas, pois se referem ao calor e ao trabalho que o meio exterior fornece ao
sistema.
3 3 2 Ei 2E
NE cm NkTi Ei NkTi Ti ou Ti i , pois Nk = nR.
2 2 3 Nk 3nR
b) Qual a pressão do gás nos estados inicial e final?
Estado inicial
2 Ei 2 Ei 2E
piVi nR pi i
3nR 3 3Vi
Estado final
O processo de compressão é isobárico. Portanto, a pressão pf do estado final é igual aquela do estado
inicial: pf = pi.
c) De quanto variou a energia cinética média total do gás e a energia interna do gás?
A temperatura do estado final é Ti/3, portanto a energia cinética média de uma molécula no estado final é
três vezes menor que a energia cinética média da molécula quando no estado inicial. Consequentemente, a
energia cinética média total no estado final é três vezes menor do que aquela do estado inicial. Assim
sendo, variação E da energia cinética média total é:
Ei 2
E E f Ei Ei E Ei
3 3
Como a energia interna U de um gás ideal é essencialmente a sua energia cinética média total, a variação
2
U da energia interna é igual à variação da energia cinética média total: U Ei
3
d) Qual a razão entre as velocidades médias quadráticas inicial e final das moléculas do gás? A massa de
cada molécula é m.
1
A energia cinética média de uma molécula do gás ideal também é dada por E cm m v 2 , onde m é a
2
2
massa da molécula e v é o valor médio do quadrado das velocidades das moléculas. Portanto, para o
gás à temperatura T:
1 3 3kT
m v 2 kT v 2
2 2 m
De acordo com a definição da velocidade média quadrática vmq,, no estado inicial temos:
3kTi
v mq ,i v2 ,
m
pois as moléculas estão à temperatura Ti. No estado final, quando o gás está à temperatura Ti/3,
e) Calcule o trabalho Wext trocado entre o gás ideal e o meio exterior. O trabalho foi realizado pelo
sistema ou sobre o sistema? Justifique a resposta!
Por se tratar de um processo isobárico: Wext = - pV.
2 Ei
pi
3Vi 2 Ei 2 E f Ef E /3 V
V f Vi i Vi V f i
2 E f 3Vi 3V f Ei Ei 3
pf
3V f
V 2 4 Ei
Portanto, Wext pi i Vi piVi Wext .
3 3 9
Como Ei > 0, temos que Wext > 0. Ou seja, o meio exterior realizou trabalho sobre o sistema. O processo
foi uma compressão isobárica.
f) Quanto de energia térmica (calor) foi trocado entre o gás ideal e o meio exterior? O gás forneceu ou
recebeu esta energia?
Aplicação direta da Primeira Lei da Termodinâmica: U = Qext + Wext.
2
U Ei
3 2 4 Ei 2 4E 10 Ei
Ei Qext Qext Ei i Qext 0
4 Ei 3 9 3 9 9
Wext
9
Então, o gás cedeu calor do meio exterior. À custa dessa energia cedida, a energia interna do gás
diminuiu.
QUESTÃO V:
P(atm)
Na Figura V ao lado (plano p versus V)
representamos um conjunto de processos f a
termodinâmicos através do qual n moles de 3p0
gás ideal monoatômico sai do estado de
equilíbrio termodinâmico indicado pela letra i
e vai até outro estado de equilíbrio indicado
pela letra f. A curva que liga os estados i e f 1,5p0 i
representa um processo isotérmico, as setas b
indicam o sentido de evolução dos processos Figura V
termodinâmicos e os estados indicados pelas
letras a e b também estão em equilíbrio
termodinâmico. V(l)
Vo 2Vo
As pressões e volumes indicados no plano p versus V da Figura V são dados do problema.
Informações úteis:
A dependência da energia interna U de um gás ideal com a temperatura T é linear: U = KT, com K
sendo uma constante positiva.
A Primeira Lei da Termodinâmica afirma que a variação U da energia interna de um sistema
termodinâmico é igual à soma do calor Qext e do trabalho Wext trocados entre o sistema e o meio exterior:
U = Qext + Wext. Nesta maneira de escrever a lei, as quantidades Qext e Wext são positivas, pois referem-
se ao calor e ao trabalho que o meio exterior fornece ao sistema.
A quantidade de energia térmica Q (calor) necessária para elevar de T a temperatura de uma
substância é proporcional a tal variação de temperatura: Q = CT, onde a constante C é a capacidade
calorífica da substância.
Relação entre as capacidades caloríficas do gás ideal: CP = CV + nR, onde n é o número de moles e R é
a constante dos gases ideais. Os índices P e V referem-se, respectivamente, a troca de calor a pressão e a
3
volume constante. Para um gás monoatômico, CV n R
2
Na Tabela V logo apresentamos alguns valores a ver com os processos ilustrados na Figura V.
Tabela V
Processo Nome do processo U (J) Qext (J) Wext (J)
i f Isotérmico 0 -28 28
i a Isovolumétrico 60 60 0
af Isobárico - 60 -100 40
i b Isobárico -30 -50 20
bf Isovolumétrico 30 30 0
a) Complete a Tabela V com o nome dos demais processos e os respectivos valores de Qext, Wext e U,
atribuindo o sinal apropriado a cada uma dessas quantidades.
Processo i f : Processo Isotérmico ( temperatura constante). Neste processo não há variação U da
energia interna do sistema, pois U = cte . Então, Qext = - Wext. Ou seja, Qext = 28J. Todo calor absorvido
foi transformado em trabalho macroscópico.
Processo i a : Processo Isovolumétrico (volume constante). Não há troca de trabalho
(macroscópico) entre o sistema e o meio externo, ou seja, todo calor trocado entre o sistema e o meio
exterior resultará completamente numa variação de energia interna do sistema. Então:
Coordenador da disciplina : Professor Stenio Wulck
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IF/UFRJ Introdução às Ciências Físicas II – ICF2
Primeiro Semestre de 2011 Avaliação Presencial Final
Wext = 0
U = Qext + Wext U = Qext Qext = 60J
Processo a f : Compressão Isobárica (pressão constante). Há troca de trabalho Wext e energia
térmica Qext entre o sistema e o meio exterior. O trabalho aqui foi realizado sobre o sistema pois: Wext =
40J. Então,
U = Qext + Wext U = Qext + 40J Qext = U – 40J
Uai Ua– Ui Variação de energia interna entre os estados a e i.
Ufa Uf – Ua Variação de energia interna entre os estados f e a.
Ufi Uf – Ui Variação de energia interna entre os estados f e i.
Observe que os estados i e f são ligados por uma isotérmica, ou seja, tem a mesma temperatura. Portanto,
Ufi = 0. Assim sendo,
Uai + Ufa = Ua – Ui + Uf – Ua = Ua – Ua + Uf – Ui = 0
Logo,
Ufa = - Uai = - 60J
Qext = - 60J – 40J = - 100J.
Processo i b : Compressão Isobárica (pressão constante). O meio exterior realizou trabalho sobre o
sistema, ou seja, forneceu trabalho ao sistema. Também há troca de energia térmica entre o sistema e o
meio exterior. No caso, Qext = - 50J.
U = Qext + Wext U = - 50J + Wext
Ubi Ub– Ui Variação de energia interna entre os estados b e i.
Ufb Uf – Ub Variação de energia interna entre os estados f e b
Ufi Uf – Ui Variação de energia interna entre os estados f e i.
Os estados i e f são ligados por uma isotérmica, ou seja, têm a mesma temperatura. Portanto, Ufi = 0.
Assim sendo,
Ubi + Ufb = Ub– Ui + Uf – Ub = Ub – Ub + Uf – Ui = 0
Logo,
Ubi = - Ufb = - 30J
Wext = U + 50J = - 30J + 50J Wext = 20J
Processo b f : Processo Isovolumétrico (volume constante). A exemplo do processo i a também
não há troca de trabalho (macroscópico) entre o sistema e o meio externo: todo calor trocado entre o
sistema e o meio exterior resultará numa variação de energia interna do sistema. Então:
U = Qext + Wext U = Qext Qext = 30J
b) Determine a constante K a ver com a variação U da energia interna nos processos i → a e a → f
indicados na Figura 5 e compare com a capacidade calorífica dos respectivos processos. Quanto vale a
razão entre estas capacidades caloríficas? Considere a constante R também como um dado do problema.
A razão CP/CV = 1,67. Este valor é próprio para os gases ideais monoatômicos.
Processo i → a se dá a volume constante: não há troca de trabalho macroscópico Wext entre o sistema e o
meio exterior. Então, de acordo com a Primeira Lei da Termodinâmica, temos: U = Qext . Como U =
KT, onde K é uma constante positiva, e Qext = CVT, com T sendo o mesmo, conclui-se que K = CV.
No processo a f, a troca de calor com o meio externo se dá a pressão constante e há trabalho Wext
trocado entre o sistema e o meio exterior.
A constante K é o CV!
QUESTÃO VI:
O Experimento 1 da Aula 5 do Módulo 5 refere-se à determinação do coeficiente de dilatação linear de
uma determinada substância. Esse experimento foi realizado por um aluno de ICF2 que anotou os dados
na Tabela VI-A abaixo, mas sem dizer a substância da qual é feita à barra utilizada e sem calcular o
coeficiente de dilatação linear da barra e a respectiva incerteza .
Tabela VI-A
L0 L0 d d D D DE DE L L T0 T0 T1 T1 T T
(cm) (cm) (cm) (cm) (cm) (o C) (o C) (o C)
69,0±0,1 1,0±0,1 39,0±0,1 2,5±0,1 0,06±0,01 30,0±0,5 91,0±0,5 61,0±0,7
Tabela VI-B
(oC)-1 (oC)-1
14x10-6 2x10-6
a) Em relação à Tabela VI-A, o que representam as grandezas L0, L0; L, L; T, T?
L0 representa o comprimento da barra quando na temperatura inicial T0 e L0 é a incerteza
correspondente à medida do L0.
L indica a variação no comprimento da barra quando ela foi submetida à variação T de temperatura e
L corresponde a incerteza associada à medida do L.
T indica a variação de temperatura a qual a barra foi submetida e T é a incerteza correspondente à
medida do T.
b) Calcule a faixa de valores experimentais para o coeficiente de dilatação linear da barra e complete a
Tabela VI-B com os valores que definem essa faixa. Se necessário, utilize as informações apresentadas
em “Informações úteis” no final da questão.
Partindo da relação que dá a variação L no comprimento L0 de uma barra quando sujeita a uma variação
T de temperatura, L L0 T , e fazendo uso dos dados da Tabela VI-A, temos que o coeficiente de
dilatação linear da barra é:
= ∆L/(L0∆T) = 0,06/(69,0x61,0) 1,42552x10-5 = 14,2552x10-6/ 0 C
Por sua vez, da tabela de incertezas apresentada abaixo, temos:
Assim, = (14 2) x 10-6 /°C. Portanto, a faixa de valores experimentais para o coeficiente α é [12;
16] x 10-6 /°C.
c) Represente no segmento de reta a seguir a faixa dos valores experimentais do coeficiente de dilatação
obtido experimentalmente pelo aluno. No mesmo segmento de reta represente os valores
correspondentes aos coeficientes de dilatação linear listados em “Informações úteis” abaixo e que foram
retirados de um livro de física básica. Utilize cores diferentes ou traços diferentes para cada uma das
faixas.
αAluno
αgrafite aço Cu αbronze Al
6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 (x 10-6 / oC)
d) Tendo como referência as substâncias alumínio, bronze, cobre, aço e grafite, você pode determinar
qual delas compõe a barra utilizada pelo aluno na sua experiência?
Identificamos a matéria que compõe a barra como sendo aquela em que há interseção entre o intervalo de
valores do coeficiente linear tabelado e o intervalo de valores determinado experimentalmente pelo aluno.
Como não há interseção entre a faixa de valores obtidos pelo aluno e nenhuma das faixas de valores
tabelados correspondentes aos materiais alumínio, bronze, cobre, aço e grafite, podemos dizer que a barra
não é feita de nenhum dessas substâncias. Se houvesse interseção entre a faixa de valores experimentais e
duas ou mais faixas de valores tabelados, a indeterminação ainda continuaria.
Informações úteis:
L
Coeficiente de dilatação linear =
L0 T
Valores dos coeficientes de dilatação retirados do livro de física básica do Tipler, Quinta Edição.
Tabela de incertezas:
2 2 2
x x y z
f f f
y z x y z