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BR0342809
9
ENG ALESSANDRO FRAGA FARAH
1 â
ORIENTADOR: Prof . Dr . Lauralice de Campos Franceschini Canale
São Carlos
1997
Ficha catalográfica preparada pela Seção de Tratamento
da Informação do Serviço de Biblioteca - EESC-USP
COMISSÃO JULGADORA:
loó&aZe^.
Profa. Dra. Lauralice de Campos F. Canale - SMT/EESC/USP
+ £ eu
Profa. Dra. Cecília Amélia C. Zavaglia - FEM/UNICAMP
Ar Sop. Ar Soprado
ASTM American Society for Testing Materials
2
Ao Área da Secção Contactante (cm )
P Densidade (g/cm )
HV Dureza Vickers
h Hora
J Joule
L Distância Percorrida (cm)
VC Carboneto de Vanádio
W Taxa de Desgaste
iii
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
RESUMO
ABSTRACT
This work presents the heat treatments and abrasion tests results of a
white cast iron with niobium alloy.
The hardening heat treatment were made from 950, 1000, 1050 e
1100°C temperatures cooled by forced air. The tempering treatment were
made at 450, 500 e 550°C temperatures. The heat treating alloy were
compared, in the abrasive tests, with commercial alloys used as hardfacing
by welding process in wear pieces. The abrasion tests was realized in pin on
disk test.
In a general way, the alloy studied showed the best wear rate for the
heat treatments that resulted in higher hardness. Its performance was
superior than that of the commercial alloys.
Key words: White Cast Iron; Hardfacing; Heat Treatment; Abrasive Wear.
1
1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVOS
Carbono (% em peso)
2 3 4
1800
500
10 15 20 25
Carbono (% atômica)
Cr os carbonetos formados são do tipo M7C3, onde M=Fe e/ou Cr e/ou Mn,
que são mais duros e mais resistentes à abrasão que os carbonetos M C. 3
%Cr
austenítica.
Segundo LIU et al. (1993) os ferros fundidos brancos alto cromo são,
de longe, os materiais mais efetivos em aplicações que requerem alto grau
de dureza e resistência à abrasão.
Os trabalhos de ZUM-GAHR & ELDIS (1980), DOLMAN (1983) e
POHL & AI-RUBAIE (1994), sugerem a aplicação do ferro fundido branco
alto cromo em equipamentos que lidam com a terra, já que nestas situações,
o desgaste abrasivo é severo. Isto se dá devido à presença da areia de
quartz que é um dos abrasivos de maior predominância na natureza e que
possue dureza entre 900 e 1100 HV.
GAHR (1987)
- microssulcamento;
- microcorte;
- microfadiga;
- microtrincamento.
Os micromecanismos de desgaste abrasivo, segundo GREGOLIN
(1990), são as formas de remoção de material e degradação microestrutural
da superfície desgastada. O autor classifica estes mecanismos como
mecanismos dúcteis (microssulcamento e microcorte) e frágeis
(microtrincamento ou lascamento), conforme ilustrado na figura 5.
(a) microssulcamento
(b) microcorte
(c) microtrincamento
FIGURA 5 - Esquema ilustrativo de micromecanismos de desgaste abrasivo.
GREGOLIN (1990)
1
Angulo de Ataque (c*)
Ângulo Crítico de Ataque (cx )
c
De acordo com BAIK & LOPER Jr. (1988), para melhorar a vida útil
em serviço, tem-se adicionado elementos formadores de carbonetos (ex: V,
W, Nb, Ti e Mo) aos ferros fundidos brancos alto cromo. Estas adições
afetam as propriedades mecânicas dessas ligas, por influenciarem na
resistência da matriz e na composição e dispersão das fases de carbonetos.
10
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o.
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Í 4
o
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«3
Fe 20 40 60 80 Cr
Cromo (% em peso)
Várias ligas de FFBAC foram testadas por SARE & ARNOLD (1989),
em mandíbulas de trituradores. As adições de Mo (0 a 4,0%), resultaram em
um aumento da dureza e conseqüentemente uma diminuição da perda de
massa. Acima de 4,0% Mo, nenhum melhoramento adicional foi observado.
Segundo BAIK & LOPER Jr. (1988), GUESSER et al. (1989), CHEN
et al. (1993) e FISET et al. (1993), o consumo de carbono pelo Nb na
formação do NbC resulta em um maior teor de Cr disponível na matriz
proporcionando um aumento na temperabilidade dos FFBAC.
Os elementos terras raras (Ce, La, Nd, etc.) também são adicionados
em ferros fundidos brancos alto cromo, ferros fundidos não ligados e de
baixa liga. RADULOVIC et al. (1994), estudaram a influência destes
elementos em ferros fundidos com 2,48% C, 17,88% Cr e 1,51% Mo,
variando de 0 a 1,84% de elementos terras raras. Um aumento da
porcentagem de terras raras em 0,26% torna a microestrutura mais fina, ou
seja, o comprimento dos braços das dendritas de austenita e o tamanho dos
bastões de M C 7 3 diminuem. Entretanto, para maiores aumentos (0,95 -
1,84%) a microestrutura torna-se mais grosseira. PEEV et al. (1994),
confirmaram que estes elementos nas ligas de FFBAC, melhoram as
propriedades de dureza, resistência à abrasão e tenacidade. Segundo estes
autores a liga com terras raras obteve uma resistência à abrasão 13,6%
maior do que a liga sem terras raras.
28
exigidas, nos mais diversos campos de atuação destas ligas, somente são
obtidas através de tratamentos térmicos.
Tempera
temperados.
Abrasivo
4. MATERIAIS E MÉTODOS
LIGA A1
DUREZA
FUNDIDA METALOGRAFIA
IMPACTO
COMPOSIÇÃO QUÍMICA
TRATAMENTOS TÉRMICOS
LIGAS A5 e A7
COMPOSIÇÃO QUÍMICA
Elem. C S Si Mn 07 Mo Nb V Fe
Elemento (%)
Liga C Si Mn Cr Nb V B Fe
Densidade (g/cm ) 3
7,36 7,60 7,64 7,46
900 93(5 950 980 1000 1020 1040 1050 1100 1150 1200
41
O abrasivo usado foi uma lixa de SiC de grana 120 e 180, que era
fixada sobre o disco de metal do abrasômetro, sobre a qual um corpo de
prova do material a ser ensaiado era submetido a uma carga pré-fixada de
325g.
rotativo, onde: (A) amostra; (B) porta - amostra; (C) peso; (D) braço com
Am = mf - mi (D
perda de massa (Am) pela área da seção contactante (Ao), pela densidade
Am
W = (2)
Aap.L
10 mm
10 mm
10 mm
segundo a equação 3.
Fi=™ (3)
nt
5 - RESULTADOS
1 57
950 3 57,5
5 57,5
1 58
1000 3 58,5
5 59
1 60
1050 3 60
5 60,5
1 57,5
1100 3 58,5
5 57,5
1 57 1 58 1 58
3 56 3 58 3 58
1 57 1 57 1 57
3 56 3 55,5 3 55
1 54 1 55 1 55
3 53 3 52 3 53
1 58 1 59,5 1 59,5
3 59 3 59 3 59
1 58 1 58 1 58,5
3 57 3 57 3 57,5
1 55,5 1 56 1 56,5
3 54,5 3 55 3 54
50
1 59 1 60,5 1 58,5
450 2 60 450 2 61 450 2 59,5
3 60 3 60 3 59
1 58,5 1 60 1 60
500 2 59,5 500 2 59 500 2 61
3 57,5 3 58 3 61
3 54,5 3 50 3 50
1 55 1 56 1 56
3 56 3 57 3 58
1 57,5 1 58 1 58
3 60 3 61 3 60,5
1 58,5 1 62 1 61
durezas obtidas.
obtidas.
Temperatura (°C) Tempo (h) Dureza (HRC) Temperatura (°C) Tempo (h) Dureza (HRC)
1 59 1 61
450 2 59 450 2 60
3 58,5 3 60
1 58 1 60
500 2 57 500 2 58
3 55 3 57
1 54 1 56,5
550 2 54 550 2 55
3 52 3 51
Temperatura (°C) Tempo (h) Dureza (HRC) Temperatura (°C) Tempo (h) Dureza (HRC)
1 61 1 63
450 2 61 450 2 63
3 62 3 64
1 61 1 63
500 2 60 500 2 64
3 58,5 3 63
1 59 1 61
550 2 53 550 2 54,5
3 51 3 51
i
56 i
L i
55 . J 1
variação de tempo.
Revenido
Temperatura
de R e v e n i d o
j-*-450°Cj
!-*-500°C J
l-*^-550°C
T e m p o (h)
o 60 - d e Revenido
te. 5 9 -
x 58 ~ •450°CI
(0 5 7 - • 500°C!
N 56 -
<U
L_
55 - -550°c!
3
Q 54 -
53 -
52 -
51 -
50 -
49 -
T e m p o (h)
Temperatura
d e Revenido
450°C
500°C
550°C
T e m p o (h)
65 , , , , , ,
64 -
0 1 2 3 4 5 6 7
T e m p o (h)
65 —
64 -
63 -
62 - Temperatura
61 -
o 60 - de Revenido
rr
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58
-
- •450°C
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N 56 -•
0) •450°C-SZ;
u. 5 5 -
3 54 -
O 53 -
52 -
51 -
50 -
49 —
Tempo (h)
65 1 1 1 r
1
64 ' ' *-
51 -
50 -
0 1 2 3 4 5 6 7
T e m p o (h)
T e m p o (h)
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64 -
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Temperatura
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-•-450 C
57 -
N 56 - -£—450°C-SZ
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49 -
T e m p o (h)
65 -
64 -
0 1 2 3 4 5 6 7
T e m p o (h)
Temperatura
de Revenido
o
-•-550 C
-*-550°C-SZ
T e m p o (h)
Temperatura
g 5 9 -
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-•-450 C I
57 -
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N 55 -
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O
52 -
51 -
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49 -
T e m p o (h)
65 -
64 -
49
0 1 2 3 4 5 6 7
T e m p o (h)
65
64 -
0 1 2 3 4 5 6 7
T e m p o (h)
Temperatura
de Revenido
•450°C
•450°C-SZ
T e m p o (h)
65
51 -
50 L L L L
49 : ! ! ! !
0 1 2 3 4 5 6 7
T e m p o (h)
65 -
64 -
0 1 2 3 4 5 6 7
T e m p o (h)
Abrasão
A1-36 950 °C (3h) - Ar sop. - N líq. (1/2h) - Rev. a 450°C (6h) 58~5
A1-42 1000°C(3h)-Arsop. - N líq. (1/2h) - Rev. a 450°C (6h) 60
A1-45 1050°C (3h)-Arsop. - N líq. (1/2h) - Rev. a450°C(6h) 62
A1-85 1100 °C (3h) - Ar sop. - N líq. (1/2h) - Rev. a 450°C (6h) 64
11.5
11
10.5
11.5 y-
11 --
•~10.5 --
o 10--
£ 9.5 -
5 9-
42 22 95
Número do Tratamento Térmico
térmicos (A1-03; A1-22; A1-95 e A1-85) e as ligas comerciais (A5 e A7) que
15
14 --
• A5
* A1-03
x A7
in--
tu • A1-22
8 10--
O) o A1-95
V)
0) Q- .
Q S d A1-85
0>
•a 8--
x
Ê 7 -
6
+ -+-
5
40 45 50 55 60 65
Dureza (HRC)
As taxas de desgaste (W) das ligas A5, A1-03, A7, A1-22, A1-95 e
9 9 9
A1-85 foram respectivamente 140,34 x 10' ; 11,39 x 10' ; 9,48 x 10" ; 8,62 x
9 9 9
10" ; 7,12 x 1 0 " e 6 , 5 7 x 1 0 ' .
COMPARATIVAS
com o reagente Vilella. Este reagente nos dá uma boa diferenciação entre
um modo geral.
Na figura 43 pode-se observar o quanto este reagente corroeu a
matriz austenítica, revelando assim o eutético da liga comercial A5.
75
X-RAY: 0 - 20 keV
Live: 100s Preset 100 s Remaining: Os
Real: 133 s 25% Dead
X-RAY: 0 - 20keV
Live: 100s Preset 100 s Remaining: 0s
Real: 132 s 24% Dead
F
e
N
t i
< 3.3 5.B40 keV 8.4 >
FS=16K ch 302 = 506 cts
MEM 1: Hexagonal
r 9 e M
F N
i
< .1 5.220 keV 10.3 >
FS=16K OS=256 ch 271 = 170 cts
MEM 1: Compacto
C
r
M [
I n |
C
V
v
C M F V
v
ra n e |
c
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F
e
< 3.3
1 V Jg^
5.840 keV
jy^
á« eF
N
i
8.4 >
FS=32K ch 302 = 599 cts
MEM 1: Comprido
M
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# 7441
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USP
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Y 48631
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Y 40631
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28 UU
25 mm
X 200
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37587
Y 40631
Z 10452
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—
- 0 1 0 —
# 7438
19T
u
IFSC
USP
x 2000
5 pm
X 24761
Y 51721
2 10228
•# 7454
1000°C
500°C
2 0 kU
19 mm
5000
X 4473it
Y 26487
Z 18228
Sf* 7457
1050°C
450OC
>.. IFSC
USP
29 kV
18 mm
X 1000
1 0 ytii
X 37464
Y 42448
Z 10228
1050°C-
« IFSC
• USP
1059°C-
N-458°C
IFSC
USP
Carbonetos (%)
MC 7 3 NbC Geral
Máx. - Min. D.P. Máx. - Min. D.P. Máx. - Min. D.P.
Média Média Média
6. DISCUSSÃO
capítulo anterior.
Austenitização
6.3 - MICROESTRUTURA
7. CONCLUSÕES
experimentalmente significativo.
resistência ao desgaste;
liga;
9. BIBLIOGRAFIA
3.ed. São Paulo, Ed. Edgar Blücher. Cap.V, p.317-394: Ferros Fundidos
Comuns.
CAPA, M. (1990). On the abrasion resistant cast iron with 2,1%C, 12%Cr.
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FAN, X. H.; HE, L ; ZHOU, Q. D. (1990). A study of high chromium cast iron
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de Campinas.
LIU, J . ; LI, S.; MAN, Y. (1993). Wear resistance of Ni-hard 4 and high-
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MENG, F.; TAGASHIRA, K.; AZUMA, R.; SOHMA, H. (1994). Role of eta-
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RADULOVIC, M.; FISET, M.; PEEV, K. (1994). Effect of rare earth elements
TONG, J. M.; ZHOU, Y. Z.; SHEN, T. Y.; DENG, H. J. (1990). The influence
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