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Campus Universitário de Viana

Universidade Jean Piaget de Angola


Criada pelo Decreto Executivo nº 44-A/01 de Julho de 2001

Faculdade de de ciências e tecnologias

PROJECTO FINAL

REAPROVEITAMENTO DO ÓLEO DE PALMA


DA FUNDA - LUANDA PARA EXTRACÇÃO DA
OLEÍNA E ESTEARINA PELO PROCESSO DE
FRACCIONAMENTO

Nome do estudante: Edvalson Gomes Cangwé Gonga


Licenciatura: Engenharia de petróleo
Opção: Engenharia de Refinação de Petróleo
Orlentador: Engº Filipe Maiymona

Viana, (mês) de ano


Campus Universitário de Viana

Universidade Jean Piaget de Angola


Criada pelo Decreto Executivo nº 44-A/01 de Julho de 2001

Faculdade de de ciências e tecnologias

PROJECTO FINAL

REAPROVEITAMENTO DO ÓLEO DE PALMA


DA FUNDA - LUANDA PARA EXTRACÇÃO DA
OLEINA E ESTEARINA PELO PROCESSO DE
FRACCIONAMENTO

Nome do estudante: Edvalson Gomes Cangwé Gonga


Licenciatura: Engenharia de petróleo
Opção: Engenharia de Refinação de Petróleo
Orlentador: Engº Filipe Maiymona
Epígrafe
DEDICATÓRIA

Dedico este meu trabalho para toda minha família em especial para os meus pais e
os meus irmãos.
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente à Deus Pai todo-poderoso que por meio de seu


filho amado Jesus Cristo me concedeu vida e força para conclusão deste trabalho.

Aos meus pais, Moisés António Gonga, Maria de Fátima e Isabel


Malungo, pelo apoio moral, financeiro, material, e pela confiarança que eles
depositaram em mim, principalmente o meu pai que eu tenho dele como meu
grande exemplo de vida e meu herói, a minha mãe Maria de Fátima pelo seu amor
por mim minha rainha e a minha mãe Isabel Malungo por todo apoio e cuidado.

Aos meus irmãos, em particular o Matumona Didi pela hospitalidade em


sua casa e pelas batalhas que agente enfrentou, António Gonga pelo apoio moral e
financeiro, meu muito obrigado.

Aos meus tios Zulú Vítie, Eugénio Cangajo, Líto Mário, pelo apoio moral
e financeiro.

A minha noiva Aúria Suzaneth André pela força, motivação, atenção nos
bons e nos maus momentos meu muito obrigado.

Aos meus colegas que contribuíram direita ou indirectamente durante a


minha formação, como a Maria de Nazaré e Guilhermina Gomes pelos seus
conselhos e motivações meu muito obrigado, Wagner Luondo, João Batista, Mário
Manuel pelas inúmeras batalhas que agente enfrentou durante nossa formação
superior. E aos restantes dos colegas da turma do curso de engenharia de refinação
de petróleos 2015-2019.

Ao meu orientador Engº Filipe Mayimona pela ajuda prestada para


realização deste projecto, pelo todo conhecimento que me passaste sobre
academia e sobre a vida profissional o meu muito obrigado. Ao Engº Renato
Dorsa pela disponibilização de conteúdos para realização deste projecto.

Aos professores Engº Pedro Morais, Dr Tana Nkanda, Engº Pedro Alione,
Engº Justo Pina e o Dr Pedro André pelos conhecimentos passados durante a
minha licenciatura.

A academia da Sonangol por terem me concedido uma bolsa de estudo


DECLARAÇÃO DE AUTOR

Declaro que este trabalho escrito foi levado a cabo de acordo com os
regulamentos da Universidade Jean Piaget de Angola (UniPiaget) e em particular
das Normas Orientadoras de Preparação e Elaboração da Monografía, emanadas
pelo Departamento de Altos Estudos e Formação Avançada (DAEFA). O trabalho
é original excepto onde indicado por referência especial no texto. Quaisquer
visões expressas são as do autor e não representam de modo nenhumas visões da
UniPiaget. Este trabalho, no todo ou em parte, não foi apresentado para
avaliaçãonoutras instituições de ensino superior nacionais ou estrangeiras.

Mais informo que a normaseguida para a elaboração do trabalho é a Norma APA.

Assinatura: ________________________________________________________

Data: _____/_____/__________
ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS
Índices
RESUMO
ABSTRACT
INTRODUÇÃO

O presente trabalho refere-se num estudo de reaproveitamento do óleo de


palma da Funda, para extracção de oleína e estearina pelo método de
fraccionamento.

Levando em consideração de que o óleo de palma está em destaque dentre


os vários óleos vegetais no mundo, por apresentar características peculiares como
a separação de suas fracções oleína e estearina. Onde essas fracções possuem
alguns compostos saturados ou fornecedores de boas gorduras naturais, e
compostos insaturados caracterizados de fornecedores de bons óleos, que são
muito usadas na indústria, para fabricação de vários produtos alimentícios
saudáveis, também podem ser uma mistura com as fracções aumentando assim as
suas aplicações.

Para extracção das duas fracções presente no óleo de palma a indústria utiliza a
técnica de fraccionamento.

« (…) Uma forma de ampliar a utilização do óleo de palma em outras


indústrias é submeter o óleo de palma refinado a uma etapa de
fracionamento, sendo este um processo totalmente reversível, uma vez
que não gera mudanças químicas na estrutura dos triglicerídios. O
fracionamento se dá pelo processo de cristalização, devido a
diferença no ponto de fusão dos triglicerídios levando à uma
separação parcial das frações, sendo necessário a etapa de filtração
para garantir a separação total das fracções (…)» (TRUJILLO-
QUIJANO, 1997, apud, SILVA, 2007, p.27).
Uma vez que o fraccionamento é um processo físico de cristalização, que
permite uma separação muito simples e barata, não gera uma modificação nas
moléculas, constituem as duas fracções de oleína e estearina.

Com isso surge uma necessidade que a indústria alimentar angolana em


desenvolver, técnicas para fraccionamento do óleo de palma da funda,
aumentando assim uma maior produção de vários produtos para o mercado interno
quem sabe o mercado externo, diversificando as receitas do país.
IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA

Hoje em dia em Angola particularmente na localidade da Funda, aproveita


se do fruto de palma somente para produção artesanal do óleo de palma,por
prensagem da polpa vermelha. Tendo em conta da possibilidade de submeter o
óleo de palma para o processo de fraccionamento no intuíto de produzir
compostos mais valiosos (oleína e estearina), dai surge a pergunta:
Será que o reaproveitamento do óleo de palma para extracção de oleína e
estearina é viável?

Objectivo Geral

a) Reaproveitar o óleo de palma da Funda para a extracção da oleína e


estearina.

Objectivos específicos

a) Fazer um marco teórico sobre gorduras e óleos vegetais para a indústria


alimentar
b) Fazer ensaio de extracção da oleína e estearina na escala de laboratório.
c) Determinar o rendimento da extracção.
d) Projectar uma pequena unidade de fraccionamento de óleo de palma.

IMPORTÂNCIA DO ESTUDO

A importância do estudo consiste na valorização do potencial do óleo de


palma, para a produção das fracções oleína e estearina, que são produtos mais
valiosos que óleo de palma para a indústria alimentar, assim permitindo no nosso
país uma maior industrialização e a diversificação da economia nacional.

DELIMITAÇÃO DO ESTUDO

O referido estudo foi realizado na localidade da Funda, município de Icolo e


Bengo, província de Luanda.
DEFINIÇÃO DOS CONCEITOS

Óleo de palma

«(…) Também conhecido como azeite de dendê, o óleo de palma é obtido


da extração do mesocarpo dos frutos da palmeira (Elaeis guineensis ), nativa da
África Ocidental (…)»(TRUJILLO-QUIJANO, 1999, apud, SILVA, 2007, p.24)

Oleína

É a fracção do óleo de palma na fase líquida, rica em ácidos graxos


insaturados, que possui uma característica com um ponto de fusão inferior ao do
óleo de palma. (TRUJILLO-QUIJANO, 1997, apud, SILVA, 2007)

Estearina

É a fracção do óleo de palma nafase sólida, que é rica em ácidos graxos


saturados e, que é caracterizado por um ponto de fusão superior ao do óleo de
palma. (TRUJILLO-QUIJANO, 1997, apud, SILVA, 2007).

Fraccionamento

É uma operação que consiste na cristalização dos triglicerídios baseando


nas diferenças dos seus pontos de fusão.(TRUJILLO-QUIJANO, 1997, apud
SILVA 2007)
CAPITULO 1. FUNDAMENTAÇÃO TECNICO-
CIENTIFICA

1.1.ÓLEOS VEGETAIS
Os óleos vegetais são substâncias líquidas, extraídas das plantas, não
solúveis em água, constituídos principalmente de ésteres de glicerol de ácidos
graxos ou triglicerídios, com alguma presença de não-glicerídeos em pequenas
quantidades (O’ BRIEN, 2004).

«(…)O seu maior componente, os triglicerídeos são formados pela reacção de


condensação, entre uma molécula de glicerol e três moléculas de ácidos graxos
(…)». (Silva, 2007, p15)

Como nos apresenta a Figura01:

Figura01: Reacção de formação dos triglicerídios.

Fonte: Silva (2007)


Onde R1, R2 e R3 representam a cadeia principal dos ácidos graxos, que
geram uma molécula de triglicerídeos (TAGs) e três moléculas de água.Dentro da
composição óleos vegetais podemos encontrar vários ácidos graxos.

As principais fontes de óleos vegetais são provem das árvores que


produzem óleo como azeitonas, coco, e palma extraídos das polpas dos seus
frutos.(O´BRIEN, 2004).

Os óleos vegetais são classificados segundo a sua composição em termo


dos ácidos graxos essenciais. Os ácidos graxos essenciais no reino vegetal são o
palmítico, o olêico e o linoléico,acompanhados de alguns vestígiosdo ácido
esteárico e linolénico. (GUNSTONE,2005, apud CARVALHO 2011).

A tabela abaixo nos mostra a classificação em termos dos ácidos graxos


nos principais óleos vegetais mais produzidos no mundo:

Tabela 01: Óleos vegetais por classificação em termos dos principais ácidos graxos .
Ácidos Óleos Vegetais
Láureico Coco e palma
Palmítico Palma e algodão
Olêico/Linolêico Gergelim, girassol, algodão, canola, soja
Alto teor de oleico Oliva, girassol, canola, soja
Linolêico Linhaça, canola, soja.
Fonte:(GUNSTONE, 2005, apud CARVALHO, 2014).

Notamos que os ácidos graxos essenciais fazem partedos óleos vegetais,


com maior destaque, nos óleos provenientes das sementes de canola, frutos de
(palma, oliva, coco, algodão, girassol) e de grãos ( soja e gergelim). Que estão em
maior utilização actualmente a nível mundial.

1.1.1.Ácidos graxos

«Os óleos vegetais desempenham uma função de fundamental


importância na dieta humana como armazenadores de energia,
proveniente dos ácidos graxos. Além disso, os ácidos graxos são os
maiores constituintes dos óleos vegetais, sendo os responsáveis por
95% da massa molar dos triglicerídios» (SILVA, 2007, p.15).
Os ácidos graxos são os principais componentes dos óleos vegetais, e têm
um valor muito importante na vida do homem, eles participam no processo
metabólico do corpo humano, pois eles transportam a maior parte das energias dos
óleos.

«A estrutura de um ácido graxo é comummente denotada por um


nome sistemático após a nomenclatura de seu hidrocarboneto
original, por seu nome comum, ou por uma designação taquigráfica
mostrando o número de átomos de carbono e o número de títulos. Os
comprimentos das cadeias de carbono dos ácidos graxos variam entre
4 e 24 átomos de carbono até três ligações duplas. Os ácidos graxos
saturados mais prevalentes são: o láurico (C12: 0), mirístico (C-14:
0), palmítico (C-16: 0), esteárico (C-18: 0), araquidico (C-20: 0),
beênico (C-22: 0) e lignocerico (C-24: 0). Os ácidos graxos
monoinsaturados mais importantes são: oleico (C-18: 1) e erótico (C-
22: 1).Os ácidos graxos poliinsaturados essenciais são: linoléico (C-
18: 2) e linolênico (C-18: 3)». (O´BRIEN, 2004, p.23).
Os ácidos graxos são compostos orgânicos, que podem ser representado pela
seguinte forma RCOOR, onde o grupo R pode estar composta de 4 a 24 actomos
de carbono, pode conter ligação simples, duplas ou mais de duas ligações duplas,
os ácidos graxos de ligação simples são menos reactivos em relação os de ligações
duplas.
1.2.Óleo de palma

O óleo de palma principalpara o comércio é o Elaesis guineesis, que teve a


sua origem na África Ocidental, e posteriormente se espalhou para as restantes
partes das zonas tropicais e subtropicais, com maior realce na Malásia e
Indonésia.

«Actualmente, o óleo de palma ou dendê é o óleo mais produzido no


mundo, próximo de 63 milhões de toneladas, sendo 80% produzidos
na Ásia, devido a sua alta produtividade em relação a outras
oleaginosas, o óleo de palma de 6 tons/Ha x Soja de 0,4tons/Ha por
ano, é muito bem visto como uma importante alternativa para suprir
o aumento da demanda por óleos vegetais no mundo, não podemos
deixar de considerar que a palmeira começa a produzir os frutos a
partir de 3 a 4 anos de idade, alcançando sua maturidade próximo
dos 10 anos até os 25 anos, onde é feita a reciclagem das palmeiras,
pois devida sua altura, dificulta a colecta dos cachos, afectando
directamente a produtividade».(BRASIL, 2014, p45).
Do fruto de palma, pode se extrair dois tipos de óleos: óleo de palma que
provem da polpa da fruto, e o óleo de palmiste que provém da amêndoa, pois eles
apresentam características e propriedades distintas. (BRASIL, 2014).

1.2.1.Composição do óleo de palma

O óleo de palma bruto é constituído principalmente por triglicerídios,


sendo os principais os Palmítico-Oléico-Palmítico (POP) e Palmítico-Oléico-
Oléico (POO); e por monoglicerídios, ácidos graxos livres e componentes
menores como os carotenóides, tocoferóis, esteróis, álcoois, etc. Da concentração
total de carotenóides, 56,02% é de β-caroteno, 35,16% de α-caroteno e 8,82% dos
demais tipos. Enquanto os tocoferóis e tocotrienóis que aparecem em maior
quantidade são α-tocoferol e γ-tocotrienol com 21,5% e 43,7%, respectivamente.
(HUI, 1996, apud Silva 2007).

Assim os constituintes do óleo de palma são apresentados com os seus


principais componentes, na tabela 03.

Tabela 03: composição do óleo de palma


Constituintes Maiores >99% Principais Componentes
Triglicerídios 87-92 POP, POO
Diglicerídios 3-8 Não Identificados
Ácidos Graxos Livres 1-5 Palmítico, Oléico
Monoglicerídios 0.05 Não identificados
Constituintes Menores <1% Principais Componentes
Fosfolipídios 20-80ppm Fosfatidilcolina
Glicolipídios 1000-3000ppm Mono-Gicocil-Diglicerídios
Carotenóides 500-850ppm Beta e Alfa-caroteno
Esteróis 300-600ppm Beta-Sitosterol
4-Metilesterois 300-400ppm Gramisteol
Álcoois Triperpénicos 300-800ppm Cicloartenol
Tocoferois 500-1000ppm Gama-Tocotrinol
Fonte: TRUJILLO (1997) apud SILVA (2007)

Tabela 04: Composição de ácido graxos no óleo de palma bruto.


Ácido Graxo Faixa %
Laurico (C-12: 0) 0,2; 0,1 a 1,0
Mirístico (C-14: 0) 1,1; 0,9 a 1,5
Palmítico (C-16: 0) 44,0; 41,8a 46,8
Palmitoleico (C-16: 1) 0,12; 0,1 a 0,3
Estearico (C-18: 0) 4,5; 4,5 a 5,1
Oléico (C-18: 1) 39,2; 37,3 a 40,8
Linoléico (C-18: 2) 10,1; 9,1 a 11,0
Linolênico (C-18: 3) 0,4; 0,4 a 0,6
Araquídico (C-20: 0) 0,4 0,2 a 0,7
Fonte: (O’BRIEN, 2004)

De acordo com os dados da tabela acima podemos dizer que o óleo de palma
é um óleo puramente saturado e insaturado devido a maior predominância de
ácido palmítico e oléico.

1.2.2.Características do óleo de palma

Óleo de palma sendo óleo vegetal possui características físicas que lhe
confere qualidades para sua utilização final, essas características são controladas
no seu processamento. As características mais destacadas que podemos descrever
são:

Índice de Acidez (I.Ac.)

«A determinação da acidez pode fornecer um dado importante na


avaliação do estado de conservação do óleo. Um processo de
decomposição, seja por hidrólise, oxidação ou fermentação, altera
quase sempre a concentração dos íons hidrogênio. A decomposição
dos glicerídeos é acelerada por aquecimento e pela luz, sendo a
rancidez quase sempre acompanhada pela formação de ácidos graxos
livres. Estes são frequentemente expressos em termos de índice de
acidez, podendo ser também em mL de solução normal por cento ou
em g do componente ácido principal, geralmente o ácido oleico».
(LUTZ, 1985, apud, CARVALHO, 2011, p. 46).

Ponto de fusão

«O ponto de fusão pode ser definido como a temperatura em que a


gordura apresenta-se visivelmente líquida, após o procedimento de preparação
das amostras, e normalmente corresponde a 4% da gordura sólida.»
(MISKANDAR at al., 2005, apud, SOARES, 2011, p.46)

Índice Saponificação (I.S.)

«O índice de saponificação é uma medida dos ácidos graxos livres e


combinados que existem no óleo e é directamente proporcional à
massa molar média (MMM). Quanto menor está MMM, maior será o
I.S. Vale ressaltar, que o índice de saponificação é pouco prático, ou
seja, praticamente todos os óleos líquidos possuem o mesmo índice».
(SCRIMGEOUR, 2005, apud CARVALHO, 2011, p.46).
Índice Peróxido (I.P.)

«O índice de peróxido é uma medida do oxigênio ligado aos óleos em


forma de peróxido. Este método determina todas as substâncias, em
termos de miliequivalentes de peróxido por 1000 g de amostra, que
oxidam o iodeto de potássio nas condições do teste. Estas substâncias
são geralmente consideradas como peróxidos ou outros produtos
similares resultantes da oxidação da gordura. E aplicável a todos os
óleos e gorduras normais, incluindo margarina e creme vegetal,
porém é suscetível e, portanto qualquer variação no procedimento do
teste pode alterar o resultado da análise»(LUTZ, 1985, apud,
CARVELHO, 2011, P.47)
Índice de Refração (I.R.)

«O índice de refração é característico para cada tipo de óleo, dentro


de certos limites. Está relacionado com o grau de saturação das
ligações, mas é afectado por outros factores tais como: teor de ácidos
graxos livres, oxidação e tratamento térmico. Este método é aplicável
a todos os óleos normais e gorduras líquidas».(LUTZ, 1985, apud,
CARVALHO, 2011, p.47)
Índice de iodo (IV)

«É uma medida de insaturação dos óleos e gorduras. É definido como


absorvido pelas duplas ligações dos ácidos graxos, expresso por gramas de iodo
por 100 gramas de óleo nas condições de ensaio». (CHU at al, 200b, apud,
SOARES, 2010, p.8)

As características acima mencionadas serão apresentadas com os seus


respectivos valores:

Tabela 02: das características do óleo de Palma

Característica Faixa
Gravidade específica 50° C 0,888 a 0,889
Índice de refracção, 50 ° C 1,455 a 1,456
Valor de iodo 53,0; 46,0 a 56,0
Número de saponificação 196; 190 a 202
Número insaponificável 0,5; 0,15 a 0,99
Título (° C) 46,3; 40,7 a 49,0
Ponto de fusão (° C) (MDP) 37,5; 35,5 a 45,0
Ponto de solidificação (° C) 35,0 a 42,0
Teste frio (horas) Nenhum
Teor de caroteno (mg / kg) - 500 a 700
Estabilidade AOM (horas) 54,0; 53 a 60
Fonte: (O’BRIEN, 2004)

1.2.3.Extração e refinação do óleo de palma

O processo de extração do óleo de palma difere da maioria dos óleos


provenientes de grãos por ser extraído de forma natural, ou seja, por prensagem
mecânica, dispensando assim o uso de solventes.(RITTNER, 1996).

1.2.3.1.Extração de óleos por prensagem mecânica

De acordo com Carvalho (2011), a extração mecânica é o processo de


separação de líquidos e sólidos através da aplicação de forças de compressão,
sendo este processo normalmente utilizado nas indústrias de alimentos e bebidas.
é necessária a aplicação de pré-tratamentos de despolpamento, redução de
tamanho e aquecimento dos vegetais a fim de aumentar o rendimento da operação.
O intento principal deste processo é a máxima separação de óleo, com geração
mínima de matéria graxa no resíduo e perdas mínimas na etapa de purificação.
De acordo com as citações acima, é um processo fácil e menos exigente
pois o parâmetro mais importante é a força de compressão, que é submetida sobre
os frutos.O óleo obtido no processo de prensagem mecânica é denominado de óleo
de palma bruto.

1.2.3.2.Processo de refinação do óleo bruto

Segundo Mandarino e Roenssing (2001, p.20), «a refinação pode ser


definida como um conjunto de processos que visam transformar os óleos brutos
em óleos comestíveis»

A refinação é um conjunto de processos muito importante na cadeia de


produção de óleo de palma pois esses pois permitem dar valor nos óleos brutos.

As principais etapas de refinação de óleo bruto são: degomagem,


neutralização, desodorização e clarificação ou branqueamento.(MANDARINO,
2001)

1.2.3.2.1.Degomagem

A degomagem, primeira etapa do processo de refino, tem como objetivo de


remover do óleo bruto, fosfatídeos dentre eles a lecitina, que apresenta valor
comercial, proteínas e outras substâncias coloidais. A degomagem reduz a
quantidade de álcali necessária na etapa subsequente de neutralização.
(MANDARINO, 2001)

O óleo obtido desse processo que é chamado de óleo degomado que é um


óleo com características aceitáveis para o processo de neutralização.

«Na degomagem, adiciona-se 1% a 3% de água ao óleo bruto, o qual


sofre um leve aquecimento (aproximadamente 70ºC), sob agitação
constante durante 20 a 30 minutos. O material coloidal hidratado
(GOMAS) é removido do óleo por centrifugação, obtendo-se assim o
óleo degomado». (MANDARINO, 2001, p. 22)
A quantidade de água, temperatura, e o tempo de permanência são os
parâmetros mais importantes para uma boa eficiência deste processo.

1.2.3.2.2.Neutralização
O óleo degomado é encaminhado para a etapa de neutralização, onde é
adicionada ao óleo uma solução aquosa de hidróxido de sódio (NaOH) com
concentração de 5% (p/v). A adição desta solução elimina do óleo degomado os
ácidos graxos livres, pois a solução alcalina reage com estes ácidos para formar
sabões. É eliminada também nesta etapa, “impurezas” como proteínas, ácidos
graxos oxidados e produtos resultantes da decomposição de glicerídeos.
(MANDARINO, 2001)

O principal objectivo do processo de neutralização é a remoção de


impurezas presentes no óleo degomado com ajudo da solução aquosa de hidróxido
de sódio.

Como a neutralização ocorre na interface do óleo e da solução alcalina,


cujas fases são imiscíveis, é necessária uma dispersão da solução alcalina no óleo.
Posteriormente, a mistura passa pela centrifugação, para separar os sabões
formados (borra) do óleo. Após a neutralização o óleo sofre uma ou duas lavagens
com 10 a 20% de água aquecida à temperatura de 80ºC a 90ºC, sendo submetido a
nova centrifugação para emoção de sabão residual.(MANDARINO, 2001)

Óleo obtido nesta operação de neutralização é chamado de óleo neutralizado


que de seguida segue no próximo processo de desodorização.

1.2.3.2.3.Desodorização

Na desodorização são removidas substâncias que causam mau cheiro ao


óleo bruto, como aldeídos, cetonas, ácidos graxos oxidados e carotenóides,
principalmente o tocoferol (vitamina E). Nesta etapa, conhecida como arraste a
vapor, o óleo passa em contracorrente com vapor de água, o qual retira as
substâncias que conferem odor ao óleo, através do contato deste vapor com o óleo
(RAMALHO, 2013).

O óleo obtido nesta etapa é designado por óleo desodorizado, em seguida


será enviado para etapa de branqueamento ou clarificação.

1.2.3.2.4.Clarificação ou branqueamento
Os processos anteriores de degomagem e neutralização apresentam um
efeito branqueador. Entretanto, para satisfazer a exigência dos consumidores por
óleos praticamente incolores, é necessária a adsorção de pigmentos na superfície
de uma de uma mistura de carvão ativado e de terra clarificante (argilas naturais),
em proporções que variam de 1:10 a 1:20. (MANDARINO, 2001)

O óleo pode ser seco no branqueador a temperaturas entre 80ºC e 90ºC,


sob vácuo durante 30 minutos. Em seguida, a terra clarificante é adicionada a este
óleo seco, deixando-se a mistura durante 20 a 30 minutos à temperatura de 80ºC a
95ºC. Após resfriamento a 60ºC a 70ºC, o óleo é filtrado em filtro-prensa. O bolo
de filtragem, obtido após a filtração, contém aproximadamente 50% de óleo,
conteúdo que pode ser reduzido a 30% ou 35% com a aplicação de ar comprimido
(MANDARINO, 2001)

Esta operação tem como finalidade remoção de pigmentos que não foram
removidas nas etapas de degomagem e neutralização do óleo, tornando assim um
óleo mais claro. Estas etapas de processamentos servem para transformar óleo
bruto em do óleo de palma para o uso para cozinha ou, como matéria-prima no
processo de fraccionamento para obtenção de oleína e estearina como nos mostra
o fluxograma a baixo:

Figura 2: Fluxograma da refinação de óleo de palma

ÓLEO DE PALMA BUTO

DEGOMAGEM

NEUTRALIZAÇÃO

DESODORIZAÇÃO

CLAIFICAÇÃO OU BRANQUEAMENTO

ÓLEO DE PALMA REFINADO


Fonte: (Adaptado de Kellens, 2000)

1.2.4.Técnicas de Fraccionamento do óleo de palma

Um das formas de fazer o aproveitamento do óleo de palma é submete-lo à


umfraccionamento para produzir duas fracções que são oleína (líquido) e a
estearina (sólido).(LIN, 1979)

Seguintes etapas básicas do processo de fraccionamento do óleo de palma


são:
Etapa de homogeneização: O óleo é aquecido até uma temperatura
superior a temperatura de cristalização do seu componente de maior ponto de
fusão. Isto é feito para evitar a formação de núcleos de cristalização de formação
inadequada.
Nesta etapa deve-se prestar uma maior atenção na temperatura de fusão da
estearina para termos a certeza que todos triglicerídeos estão no estado líquidos

Etapa de cristalização: O óleo é resfriado lentamente, em condições


controladas, a uma temperatura abaixo do ponto de fusão da fracção a ser
separada. O produto é mantido nesta temperatura por um tempo determinado, até
que os cristais se formem e atinjam um tamanho adequado.
Na etapa de Cristalização depois de haver um abaixamento da temperatura
abaixo do ponto de fusão da estearina, permitirá o aparecimento de cristais de
menor tamanho e depois de um determinado aos de maior tamanho.
Etapa de separação: O óleo passa por um processo de separação dos
cristais por via seca ou por via úmida.
Assim podemos recorrer em vários métodos com um único objectivo, de
separação das duas fracções presentes no óleo de palma.

Os principais métodos utilizados no fraccionamento do óleo de palma são:


Winterização, Processo Tirtiaux, Processo de detergente Cristalização com
isopropanol (que contém cerca de 5% de água), Cristalização com solventes
orgânicos como (o hexano, acetona, nitropropano e propano). (LIN, 1979)
Winterização

«O fraccionamento pela winterização envolve cristalização


antes da separação das fracções líquida e sólida. A separação pode
ser alcançado por decantação, mas isso representa uma grande perda
da fracção líquida de maior valor comercial, por consideráveis
quantidades são arrastadas na fracção sólida. Uma maneira mais
prática é por filtração a vácuo». (LIN, 1979, p.10)

Processo Tirtiaux

«O Processo de Fractura Tirtiaux emprega um filtro de vácuo


contínuo chamado florentino que está equipado com uma correia
perfurada de aço inoxidável. O princípio dos processos envolve três
operações, viz. semeadura, cristalização e filtração. Os triglicéridos
trisaturados (p.f.> 63 ° C, cerca de 8% em óleo de palma) sementes.
A primeira operação é cristalizar os triglicerídeos trissaturados
deixando o óleo durante pelo menos doze horas a 45-50 ° C sob
agitação lenta. A semente de palma é então bombeada para um
cristalizador onde a cristalização é realizada por arrefecimento e
agitação controlados. O óleo cristalizado é então fraccionado (sem
usar solventes) por filtração contínua a vácuo». (LIN, 1979, p.10)

Processo de detergente

«O Processo de Detergente ou o Processo Lipofrac da Alfa-


Laval é basicamente um processo de winterização, excepto que um
agente activo de superfície éusado durante o fraccionamento
centrífugo. O óleo cristalizado é pré-misturadocom uma solução
aquosa contendo lauril de sulfato de sódio e um electrólito (sulfato de
magnésio ou sulfato de sódio). Devido à acçãodeste agente activo de
superfície os cristais são molhados e dispersos emfase aquosa, sendo
a sua superfície lavada ao mesmo tempo e livre de componente
líquido. A fase de óleo pode ser separada dos cristaise a solução
detergente por centrifugação. Os cristais no detergentea solução é
aquecida até que o sólido se torne líquido que é então separado da
solução detergente por centrifugação». (LIN, 1979, p.10)

Cristalização com isopropanol que contém cerca de 5% de água.


«(…) Processo desenvolvido por Koslowsky é baseado em
cristalização de óleo de palma em isopropanol contendo água (4-6%).
A fracção sólida cristalizada separa-se e suspende-se na fase de
isopropanol. A densidade dos cristais é menor do que a densidade da
fase líquida, daí uma rápida separação em duas camadas. A fase
sólida pode então ser separada por decantação sem a necessidade de
filtração (...)». (LIN, 1979, p.10)

Cristalização com solventes orgânicos como o hexano, acetona, nitropropano e


propano.

«O Fraccionamento de C.M.B (Costruzioni Meccaniche


Bernardini) é um processo que envolve cristalização contínua do óleo
em hexano (1: 1 v / v) seguido de separação do líquido e das fracções
sólidas através de filtros contínuos do tipo tambor, e uma destilação
para libertar as duas fracções do solvente. Se for um óleo de ponto de
nuvem inferior, é necessário, que o filtrado da primeira
cristalização,seja resfriado e filtrado em um segundo estágio de
cristalização em umatemperatura muito mais baixa». (LIN, 1979,
p.10)
1.2.4.1.Propriedades físico-químicas da oleína e estearina

As fracções de oleína e a estearina possuem algumaspropriedades


semelhantes as do óleo de palma, como: o índice de Iodo, índice de saponificação,
ponto de fusão, densidade relativa etc. Apresenta-seos seus respectivos valores na
tabela 05abaixo descriminada:

Tabela 05: Propriedades físico-químicas da oleína e estearina


Parâmetro Estearina oleína
Índice de Iodo 24,4-45,1 55,6-61,9
Índice de saponificação 210-215 189-198
Ponto de fusão (° C) 46,6-53,8 19,2-23,6
Ponto de amolecimento (° C) 42,0-48,018,9 15,0-18,0
Ponto de Turvação (° C) 18,9 1,6
Índice de Refracção 1,4544-1,4550 1,4589-1,4592
Densidade Relativa (g/ml) 0,8813-0,8844 0,8969-0,8977
Índice de Peróxido (mEq/Kg) <1,0 <1,0
Acidez ( % de palmítico) <0,05 <0,05
. Fonte: (RITTINER, 1996 apud, SOARS, 2010)

1.2.4.2.Composição da oleína e da estearina

Da composição dos ácidos graxos no óleo de palma, praticamente


apresenta valores iguais, quer dos ácidos graxos saturado tanto como os
insaturados. Dos quais a estearina apresenta maior proporção dos ácidos
palmíticos, enquanto a oleína apresenta maior proporção ácidos oleicos.
( RITTNER, 1996, apud, SOARES, 2010).

A tabela abaixo nos mostra os valores em termos de composição


percentual dos ácidos graxos presentes na oleína bem como na estearina:

Tabela 05: Composição percentual da oleína e estearina

Ácido Graxo Oleína % em massa Estearina % em massa


Laurico (C-12: 0) 0,5 0.4
Mirístico (C-14: 0) 1,0-2,0 0,9-1,2
Palmítico (C-16: 0) 47,0-57,1 37,0-43,2
Palmitoleico (C-16: 1) 0,01 0,01
Estearico (C-18: 0) 3,8-7,3 3,4-4,8
Oléico (C-18: 1) 10,4-21,4 39,8-44,6
Linoléico (C-18: 2) 5,0-9,8 10,4-12,93
Linolênico (C-18: 3) 0,05 0,06
Araquídico (C-20: 0) 0,05 0,05
Gadoléico ( C-20:1) 0,01 0,01
Fonte:( RITTNER, 1996 apud, SOARES, 2010)

1.2.4.3.Aplicação da oleína e estearina na indústria

A estearina de palma é produto bastante barato em relação a oleína, porque


ela é considerada como subproduto no processo fraccionamento do óleo de palma.
Por possuir um alto teor de saturação faz dela uma importante fonte de gordura
natural, utilizadas na fabricação de margarinas. Por possuir essa característica de
elevada saturação, torna assim estearina de palma pouco usada na fabricação de
produtos que exigem baixa plasticidade no produto final, limitando assim a sua
aplicação. (ANGELO, 2007 epud, SOARES, 2010)

A oleína de palma possui boas características para fritura devido a presença


de quantidades mínimas de ácidos graxos insaturado (linoléico e linolênico) e alto
teor de antioxidante, que também é caracterizada por apresentar uma boa
resistência a alta temperatura, tornando-lhe assim, um produto de alta qualidade
estabilidade.(SOARES, 2010)

«(…) Na indústria alimentar, essas fracções combinadas em


proporções adequadas para cada aplicação podem ser usadas na
fabricação de gorduras para fritura, panificação, biscoitos, gelados e
as formulações de gorduras (blend’s)(…)». (TRUJILLO-QUIJANO,
1997, apud SILVA, 2007, p.27).
CAPÍTULO 2 - OPÇÕES METODOLÓGICAS DO
ESTUDO

2.1.Método de investigação

Para elaboração do referido trabalho usou-se como metodologia de


investigação: o tipo mista, com recurso ao métodobibliografico, descritivo, e
experimental.

2.2.Hipótese

Ao submeter o óleo de palma ao fraccionamento por cristalização,


nóspodemos obter dois subprodutos mais valiosos: a oleína e estearina , que
podem servir como matéria-prima para produção de outros produtos alimentícios
e não só.

2.3.Variáveis
Variáveis Dependentes: a composição dos produtos finais obtidos que são
a oleína e estearina.

Variáveis Independentes: as condições técnicas para realização do


fraccionamento como a temperatura de aquecimento e a temperatura de
resfriamento.

2.4.Objecto de estudo

O objecto do presente estudo é de realizar uma extracção de oleína e


estearina a partir de uma amostra de óleo de palma no laboratório, pelo método de
fraccionamento por cristalização.

2.5.Instrumento de investigação

Como instrumento de investigação usou-se:

Matéria-prima: óleo de palma de palma.

Produtos obtidos: oleína e estearina

Outros produtos: água de arrefecimento

Materiais

1-Agitador Mecânico

2-Banho-Maria()

3-Bomba de vácuo()

4- Balança analítica()

5- Elermyer

6- Espátulas

7- Seringa de propileno de 10ml com agulha

8- Termómetro portatil.()

2.6.Processamento e tratamento da informação


Os dados recolhidos durante a investigação prática no laboratório da
Universidade Jean Piaget de Luanda, foram tratados e processados em expressões
matemática de cálculo de rendimento da extração por fraccionamento, em função
da hipótese e das variáveis do referido estudo.
CAPÍTULO 3 - APRESENTAÇÃO E ANÁLISE
CRÍTICA DOS RESULTADOS

3.1. Fraccionamento do óleo de palma.

3.1.1 Procedimento

Para a realização da extracção realizou-se em três principais etapas que


são:

Etapa de aquecimento e homogenização do óleo de palma:

Passo 1: Primeiramente colocamos 200 ml de óleo de palma numa proveta


em seguida trasnferimos num copo de precipitação.

Passo 2: Pesou-se a amostra de óleo de palma numa balança analítica;

Passo 3: Aquecemos a amostra num Banho-Termoestato até a temperatura


de Taq, que é uma temperatura superior a temperatura de fusão da fracção de
estearina, Isto é feito para evitar a formação de núcleos de cristalização de
formação inadequada, até um determinado periódo de tempo para homogenização.
Etapa de resfriamento gradual ou cristalização do óleo de palma:

Passo 1: Colomos o copo de preciptação com óleo quente num recipiente


com água com uma temperatura ambiente, quando a temperatura da água de
arrefecimento for igual com a temperatura do óleo, substituí-se com uma água
gelada.

Passo 2: Ligamos o equipamento de agitação lenta de 5rpm á 6 rpm para


manter óleo homogenizado, até aparecimento de cristais (estearina) que ao longo
do tempo faram aumentado o seu tamanho, com ajuda do termómetro controlamos
o baixamneto da temperatura, até num intervalo Tar, onde a oleína se mantem no
estado líquido.

Etapa de Separação das duas fracções por filtração a vácuo:

Passo 1: Primeiramente criamos um vácuo no kitassato com ajuda da


bomba.

Passo 2: Transferimos a mistura oleína e estearina num funil com papel de


filtro, o vácuo puxava o ar e a oleína caia dentro do kitassaco, e enquanto a
estearina por ser pastosa ficou retido no funil com papel de filtro.

Passo 3: Removeu-se a estearina do funil com ajuda de uma espátula bem


esterilizada e transferido num béquer.

3.1.1.2 Cálculo do rendimento da extracção

Pesamos a amostra de oleína e estearina obtida numa balança analítica, em


seguida registou-se os respectivos de cada pesagem em gramas. E em seguida
calculou-se o rendimento década cada amostra.

Para calculamos o rendimento da extracção da oleína usou-se a seguinte


expressão matemática:

m₁
Rendimento da oleína ¿ × 100 (%) (3.1) onde:
m₀

m₁ : Massa da oleína em gramas (g)

m ₀ : Massa do óleo de palma em gramas (g)


Para calcularmos o rendimento da extracção da estearina usou-se a
seguinte expressão matemática:

m₂
Rendimento da estearina ¿ × 100 (%) (3.1) onde:
m₀

m₂ : Massa da estearina em gramas (g)

m ₀ : Massa do óleo de palma em gramas (g)

Fizemos 5 experiências com óleo de palma bruto de funda, e 5


experiências de óleo de palma refinado (importado da Malásia) variando as
temperaturas de aquecimento do óleo de palma e a temperatura de arrefecimento
ou cristalização mantendo o volume inicial da amostra de óleo de palma,
controlamos sempre o tempo de cada etapa. Como mostra as tabelas abaixo:

Tabela nº - Variáveis operacionais do fraccionamento do óleo de palma bruto

Nº Massa da Taq(ºC) Tres(ºC) Massa da Massa da Rendime-


Experiênci amostra oleína em estearina nto em %
a em (g)
(g) em (g)
1 70 25-24
2 68 27-26
3 66 29-28
4 64 31-30
5 62 33-32
Fonte: Elaborado pelo Autor (2018)

Tabela nº - Variáveis operacionais do fraccionamento do óleo de palma refinado.

Nº Massa da Taq(ºC) Tres(ºC) Massa da Massa da Rendime-


Experiênci amostra oleína em estearina nto em %
a em (g) (g) em (g)
1 70 25-24
2 68 27-26
3 66 29-28
4 64 31-30
5 62 33-32
Fonte: Elaborado pelo Autor (2018)

3.2 Técnicas de determinação das propriedades físico-


química do óleo de palma bruto e da oleína e estearina

3.2.1 DENSIDADE (ρ)


3.2.1.2 Método
A medição das amostras no estado líquido foi feita por picnometria e
amostra no estado sólido foi por dilatação do volume deslocado.
A densidade dos líquidos determina-se com ajuda de um picnómerto, que
deve ser bem higienizado.
3.2.1.2.1 Materiais
 Picnômetro (com amostra)
 Picnômetro (vazio)
 Balança anlítica
 Copo de precipitação (com água)
 Vidro de relógio
3.2.1.2.1.2 Procedimento do método do picnômetro
 Pesar o picnômetro vazio;
 Pesar o picnômetro com a amostra;
 Subtrair a massa do picnômetro com a amostra da massa do picnômetro
vazio (massa da amostra)
 Dividir essa massa pelo volume do picnômetro, conforme a Equação.

m

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