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Outubro, 2018
Faculdade de Economia da Universidade do Porto Ano letivo 2018/2019
Índice
Introdução ......................................................................................................................... 2
Análise Económico-Financeira......................................................................................... 4
Rentabilidade ................................................................................................................ 4
Risco ............................................................................................................................. 6
Liquidez ...................................................................................................................... 10
Conclusão ....................................................................................................................... 15
Bibliografia ..................................................................................................................... 16
Mercados Financeiros 1
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Introdução
Mercados Financeiros 2
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Contextualização da empresa
Enquadramento macroeconómico
Mercados Financeiros 3
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Análise Económico-Financeira
Rentabilidade
Mercados Financeiros 4
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0,045
0,04
0,035
0,03
RV
0,025
ROA
0,02
ROE
0,015
0,01
0,005
0
2014 2015 2016
Gráfico 1: Rentabilidade das Vendas (RV), do Ativo (ROA) e do Capital Próprio (ROE)
A rentabilidade dos capitais próprios pode ainda ser estudada através da Análise
Dupont Simples ou Elaborada. Neste trabalho utilizaremos a elaborada para podermos
retirar mais informação acerca da empresa. Nesta análise, distinguem-se 3 áreas:
operacional, financeira e fiscal.
Na área operacional, verifica-se que o resultado antes de impostos e gastos de
financiamento (EBIT) corresponde a 4% das vendas. No entanto, o seu valor final foi de
apenas 2,34% devido à rotação do ativo apresentar um valor de 0,59 (o volume de
vendas foi relativamente alto considerando os ativos disponibilizados).
Na área financeira, apesar de o Equity Multiplier ser de 2,54 (a empresa foi
capaz de realizar investimentos 2,54 vezes superiores ao seu capital próprio,
demonstrando um elevado endividamento e elevada rentabilidade dos acionistas), o
rácio entre o resultado antes de impostos (RAI) e o resultado antes de impostos e gastos
de financiamento (EBIT) foi de 0,68, o que levou a que esta área apresentasse um valor
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global de 1,72. Sendo este valor superior a 1, significa que a alavancagem financeira da
empresa contribui positivamente para a rentabilidade dos capitais próprios.
Na área fiscal, o resultado líquido representou 92,59% do resultado antes de
impostos, o que se traduz numa tributação de apenas 7%, aproximadamente.
Risco
Como regra geral, quanto maior o risco associado a um investimento, maior será
o retorno que podemos conseguir dele. O mesmo se aplica às empresas, ou seja, em
conjunto com a rentabilidade devemos analisar o seu risco e tentar encontrar um
equilíbrio entre ambos.
Neste sentido, uma empresa deve identificar o seu ponto crítico, ou seja, o valor
mínimo de vendas para que não incorra em prejuízos, sendo neste caso um valor de
15.365.718,85€.
Comparando o ponto crítico em 2016 com o valor das vendas efetivamente
obtido, conseguimos perceber que a empresa dispõe de uma margem de segurança de
9,68%, isto é, a empresa só entrará em prejuízo caso as suas vendas caiam em mais do
que esta percentagem.
35 000 000,00
30 000 000,00
25 000 000,00
20 000 000,00
Ponto crítico
15 000 000,00
10 000 000,00
5 000 000,00
0,00
2014 2015 2016
Mercados Financeiros 6
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10,00%
9,00%
8,00%
7,00%
6,00% Margem de
5,00% Segurança
4,00%
3,00%
2,00%
1,00%
0,00%
2014 2015 2016
20,00
15,00
10,00 GAO
5,00
-
2014 2015 2016
Mercados Financeiros 7
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Por outro lado, pode medir-se o impacto dos encargos financeiros no resultado
operacional, calculando o Grau de Alavancagem Financeira, sendo que este será tanto
maior quanto mais elevado for o valor desses encargos. Como esta empresa se encontra
endividada, e portanto suporta juros de financiamento, este rácio é superior a 1 (1,48).
4,50
4,00
3,50
3,00
2,50
GAF
2,00
1,50
1,00
0,50
-
2014 2015 2016
Comparando o ano de 2014 com os dois anos seguintes, podemos constatar uma
descida drástica do risco financeiro, justificada por diminuições dos juros suportados.
Relativamente à gestão do risco, a administração da ARMANDO CUNHA, S.A.
procura controlar as incertezas e ameaças dos seus negócios, garantindo que as suas
decisões assentam em regras de prudência, apenas assumindo obrigações que não gerem
riscos impossíveis de ser suportados.
Estrutura Financeira
Mercados Financeiros 8
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0,400
0,350
0,300
0,250
0,200 Autonomia Financeira
0,150
0,100
0,050
-
2014 2015 2016
No entanto, tendo em conta os valores deste rácio no período entre 2014 e 2016,
verifica-se que este tem vindo a aumentar, ou seja, os ativos são financiados cada vez
mais com capitais próprios.
Quanto à solvabilidade, conclui-se que 64,9% do passivo é coberto por capital
próprio, assim, a empresa apresenta um certo nível de endividamento (o capital alheio
corresponde a 1,5 vezes o capital próprio).
0,700
0,600
0,500
0,400
Solvabilidade
0,300
0,200
0,100
-
2014 2015 2016
Gráfico 7: Solvabilidade
Mercados Financeiros 9
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Comparando o valor destes dois rácios em 2016, com os valores obtidos nos 2
anos anteriores, observa-se um aumento da solvabilidade e da autonomia financeira,
resultante de aumentos do capital próprio e diminuições no valor do passivo.
É ainda importante referir que a empresa cumpre a Regra do Equilíbrio
Financeiro Mínimo, uma vez que o seu ativo não corrente é inferior à soma dos capitais
próprios com o passivo não corrente, o que significa que os capitais utilizados para o
financiamento dos ativos têm elevada maturidade.
Com a junção das interpretações da autonomia financeira, solvabilidade e Regra
do Equilíbrio Financeiro Mínimo, podemos constatar que a empresa possui uma boa
estrutura financeira.
Liquidez
Mercados Financeiros 10
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2
1,8
1,6
1,4
1,2 RLG
1 RLR
0,8 RLI
0,6
0,4
0,2
0
2014 2015 2016
Gráfico 8: Rácios de Liquidez Geral (RLG), Liquidez Reduzida (RLR) e de Liquidez Imediata (RLI)
180
160
140
120
100 TMR
80 TMP
60
40
20
0
2014 2015 2016
Mercados Financeiros 11
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18000000
16000000
14000000
12000000
10000000 FM
8000000 Necessidade FM
6000000
4000000
2000000
0
2014 2015 2016
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Ótica da produção
Produção 17.013.174,33
18.168.255,41
12.416.461,72
VAB 5.751.793,69
Fluxos de tesouraria
Origens
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Fluxos de Tesouraria
Aplicações
O fluxo líquido de tesouraria pode ser calculado através das suas origens ou de
como foi aplicado e em ambos é, naturalmente, igual. No entanto, por falta de
informação estes valores não coincidem no nosso trabalho.
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Conclusão
De forma geral e a nível económico, tomando como base o ano de 2016, esta
empresa consegue resultados melhores face aos 2 anos precedentes. No curto prazo, é
possível afirmar que a ARMANDO CUNHA, S.A. se encontra numa situação favorável
de equilíbrio financeiro, apresentando uma margem de segurança e uma diferença
favorável na conjugação dos valores obtidos para o fundo de maneio e necessidade de
fundo de maneio.
No que diz respeito ao médio e longo prazo, verifica-se que a empresa ao longo
dos 3 anos observados foi recorrendo cada vez menos a capitais alheios para conseguir
financiar os seus ativos, sendo que esta tendência é mais sentida em 2016.
Tendo em conta tudo isto, a ARMANDO CUNHA, S.A. encontra-se em
equilíbrio financeiro e possui capacidade para fazer face às suas dívidas.
Em forma de conclusão, a realização deste trabalho veio complementar alguns
dos temas de aprendizagem abordados no âmbito da disciplina de Mercados
Financeiros, permitindo assim colocar em prática alguns dos conhecimentos adquiridos.
A análise económico-financeira da ARMANDO CUNHA, S.A. através do cálculo dos
principais rácios financeiros proporcionou-nos a oportunidade de interpretar os valores
reais encontrados para uma empresa que lida com as condições de mercado atuais, as
quais afetam a sua atividade, direta ou indiretamente, cumprindo, assim, o objetivo do
nosso trabalho.
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Bibliografia
ARMANDO CUNHA, S.A (2016), Relatório & Contas 2015. Disponível em:
http://www.armandocunha.pt/wp-
content/uploads/2017/07/AC_RELATORIO_E_CONTAS_2015.pdf. Acedido em: 02-
10-208.
ARMANDO CUNHA, S.A (2017), Relatório & Contas 2016. Disponível em:
http://www.armandocunha.pt/wp-content/uploads/2017/08/ArmandoCunha-relatorio-
2016.compressed.pdf. Acedido em: 02-10-208.
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