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A Magicka Penta-Dimensional do Sétimo Caminho

Tradução por Diabolus Shugara

A Verdadeira Natureza da Magicka:

Magicka, corretamente definida e corretamente entendida, é a presenciação


de energia acausal no causal por meio de um nexion. Pela natureza de
nossa consciência, nós, como indivíduos humanos, somos um tipo de
nexion – isto é, nós temos a habilidade para acessar, e presenciar, certos
tipos de energia acausal.

Os símbolos e rituais da genuína magicka convencional (como representada


pela ONA) são simplesmente um meio para acessar, ou representar, certos
tipos de energia acausal. Assim, e por exemplo, a Árvore de Wyrd, como
convencionalmente descrita (“desenhada”) e com suas correspondências,
associações e símbolos, representam certas energias acausais, e o individuo
que torna-se familiar com tais correspondências, associações e símbolos
pode acessar (em um maior ou menor grau dependendo de sua habilidade e
destreza) as energias associadas com a Árvore de Wyrd. A Árvore de Wyrd
é um símbolo, uma representação, desse encontro (ou “intersecção”) do
causal e acausal que é um ser humano, e pode ser usada para representar a
jornada, a busca, do individuo em direção do acausal – isto é, em direção a
meta da magicka, que é a criação de um novo, mais desenvolvido,
individuo.

Entretanto, tal símbolo como a Árvore de Wyrd (AdW) – para ser uma
correta e assim útil representação – deve ser entendida (“vista”) em termos
causais e acausais. Como descrita convencionalmente (“desenhada”) a
AdW é mais um estático objeto bi-dimensional. Uma representação mais
acurada é tri-dimensional. Uma descrição ainda mais acurada é tetra-
dimensional onde os símbolos são entendidos “fluir”/mudar de acordo com
suas naturezas – e aqui, as transformações das peças/símbolos do Jogo
Estelar são a chave. A melhor – mais acurada – descrição de tal símbolo
como a AdW é penta-dimensional, pois Tempo tem “duas” dimensões, ou
componentes: um causal (o “fluxo”/mudança) e um acausal, o qual o
aspecto acausal não pode ser entendido, ou visto, ou mesmo simbolizado
por meios convencionais tetra-dimensionais. Assim, cada símbolo
individual, ou “associação” ou “correspondência” não é estática ou isolada
– elas são mais emanações individuais, causais do que é um aspecto de
mudança de energia acausal, a qual não pode ser totalmente contida (ou
“descrita”) por alguma representação finita, causal.
Isto é, há um aspecto acausal para todos os trabalhos magickos, rituais e
“representações”/símbolos, o qual aspecto acausal não pode ser
representado por uma mera descrição ou símbolo tetra-dimensional.

É claro, o leitor astuto perceberá que não é somente a AdW que é uma
emanação causal do que é um aspecto de mudança de alguma energia
acausal em particular, mas também que nós, como indivíduos, somos como
uma “coisa”.

A falha da magicka pré-ONA é a falha em entender, conhecer, a natureza


tetra e a penta-dimensional da genuína magicka. De algum modo, em um
nível básico, isso é porque, por exemplo, no caminho da ONA, não há
coisas estúpidas como “rituais de banimento” – porque o individuo é um
nexion, antes, durante e após algum ritual causal, ritual o qual envolve
energia acausal.

O Sétimo Caminho da ONA:

O Caminho da ONA é um Caminho que permite o individuo experimentar,


conseguir conhecer, energia acausal, e começar o processo de entendimento
de tal energia via simbolismo acausal. Toda magicka – externa, interna e
Aeonica – é mais como um meio para compreender, experimentar e
presenciar energias acausais, e assim criar/provocar Mudança. Isto é, a
magicka convencional da AdW, de livros tal como Naos, de rituais, é mais
como um inicio – através de tais coisas, o individuo iniciado adquire
experiência e conhecimento, e também se desenvolve como individuo: em
termos de caráter. Em um sentido simples, eles se movem, através de
Graus, além do “Abismo”, em direção a Meta, que é a transformação do
individuo e a emergência de um novo tipo de ser, além do Adepto. E em tal
movimento, tal desenvolvimento, eles adquirem conhecimento do acausal,
o qual usualmente começa durante e após o Estagio de Adepto Interno – e
que é frequentemente relanceado, em algum modo causal, por alguns
Adeptos Externos que podem assim intuitivamente alcançar a essência do
sinistro. Também, em tal movimento, eles causam/provocam mudanças no
causal: isto é, eles empreendem Magicka Aeonica.

A base para o Sétimo Caminho é, primeiramente, o entendimento do


causal, acausal e nexions, e, segundamente, a compreensão que nós, como
indivíduos, podemos nos desenvolver de um modo consciente e racional.
Esotéricamente, o nome – o Sétimo Caminho – não é importante, e em
essência serve somente para expressar alguma coisa que é diferente do que
tem existido até agora. Exotéricamente, se refere as sete esferas
convencionalmente descritas pela AdW – isto é, aquilo que tem sido
chamado sistema septenario, o qual é mais um causal, e conveniente, meio
para descrever o nexion que nós somos e o nexion que é a
intersecção/encontro do causal e acausal em nosso mundo fenomenal.

O que, então, é o simbolismo acausal que pode ajudar o processo de


entendimento e que em si é um ato de magicka, um presenciamento do
acausal? Em sua forma mais simples é O Jogo Estelar – ou melhor, a forma
avançada do Jogo Estelar. Mas mesmo isso é somente um inicio – uma
mera manifestação tetra-dimensional. Em outra forma, tal simbolismo
acausal são os Deuses Sombrios – não como algum “nome” ou “nomes”, e
não como uma vibração/canto de alguma colocação de letras/nomes (tal
vibração/canto é uma representação mais acurada que um mero “nome”).
Antes, o simbolismo é/são os Deuses Sombrios e as energias (as “forças”)
que Eles representam.(1)

Mas o que tudo isso significa, em termos práticos? Significa que para
presenciar tais energias o individuo tem que ir não somente além do
“simbolismo”, mas também ir além todas aquelas coisas que militam contra
o “fluxo” de energia acausal para o causal. Isto é, eles tem aberto o nexion
que eles são – eles não se tornam somente um “canal” ou “portal” mas um
aspecto do próprio acausal, enquanto tal presenciamento é feito, e enquanto
algumas dessas manifestações se manifestam em nosso tempo-e-espaço
causal. Essa é a essência do que significa ir “além do Abismo” – alcançado
seguindo o Caminho Septenario.

Em adição, e de importância crucial, no sentido pratico significa que os


efeitos da genuína magicka não são puramente causais – eles não são
limitados a um “ritual” ou ação especifica, e não podem ser contidos dentro
de uma forma causal escolhida, tal como uma imagem estática ou algum
artefato. Em um sentido muito simples, genuínas energias magickas são
“penta-dimensionais” elas são parecidas com “formas vivas” que assim
mudam, podem crescer (ou decair) e que podem causar ou provocar
mudanças, no tempo causal, de acordo com suas “naturezas”.(2) Assim,
considerando um exemplo muito noviciado, quando um ritual convencional
é empreendido, as energias envolvidas são presenciadas em tempo causal e
acausal – noviços ( e mesmo, as vezes, Adeptos) usualmente somente
consideram ou sentem ou estão cientes do presenciamento causal e os
efeitos causais, o qual eles frequentemente assumem que eles podem
“controlar”. O que eles raramente consideram são os efeitos acausais.
Os Nove Ângulos – Significados Esotéricos:

Os Nove Ângulos tem muitos significados – ou interpretações –


dependendo do contexto. No exotérico, sentido pré-Adepto , eles podem ser
dito representarem os 7 nexions da AdW mais os 2 nexions que
representam a própria AdW como um nexion, com O Abismo (uma
conexão entre o individuo e o acausal) sendo um desses 2 “outros nexions”.
Deve ser lembrado, é claro, que cada esfera da AdW não é bi-dimensional
(ou mesmo tri-dimensional) e em modo simples cada esfera pode ser
considerada como um reflexo (uma “sombra”) de outra – por exemplo,
Mercúrio é a ‘sombra’ de Marte.

Em outro sentido exotérico, o nove são os processos alquímicos dos 7 mais


2, o qual 2 é a união de opostos: e, em um sentido, essa união pode ser
considerada ser (magickamente, por exemplo, em um ritual pratico) como a
união de macho e fêmea (por isso que é chamado um dos Ritos dos Nove
Ângulos) – ainda que, é claro há outras combinações práticas, exatamente
como cada ato magicko envolvendo tais Ângulos devem ser empreendidos
por uma inteira e particular estação alquímica: isto é, tal trabalho deve
ocupar um espaço de tempo causal, fazendo dele assim um tipo de magicka
penta-dimensional que pode acessar a quinta dimensão magicka, o próprio
acausal. Um entendimento um pouco mais avançado do Nove – em relação
a um ritual para criar um Nexion – é vislumbrado no recente MS baseado
em ficção Atazoth.

Além disso, os Nove Ângulos são símbolos do Jogo Estelar o qual ele
próprio é magicka – isto é, um nexion que pode presenciar o acausal. Mas
mesmo isso é somente um inicio – uma representação, em símbolos, do que
é, em essência, sem símbolos: um meio útil para Iniciados, e Adeptos, para
se mover em direção da nova magicka penta-dimensional incorporada na, e
além da ONA.

O Sétimo Caminho e o Satanismo

Para o corrente Aeon, o Sétimo Caminho, Esotéricamente, é o caminho do


Satanismo, expressado em seu mais obvio caminho por oposição a religião
do Nazareno e por uma afirmação, através de rituais e construções
similares, da energia/arquétipo comumente conhecido como “Satan”.

Como explicado em vários outros MSS da Ordem esse Aeon (3), deixado
por ele mesmo, persistirá – isto é, suas formas externas e ethos continuarão
sendo manifestas e ainda mantêm as pessoas cativas fisicamente e
mentalmente – por pelo menos algumas centenas de anos, ainda que
algumas das energias do próximo Aeon (energias manifestas em grupos
como a ONA) são manifestas agora e se tornarão crescentemente
manifestas. No sentido pratico, isso significa que indivíduos, organizações,
grupos (e outros) continuarão a ser influenciados/controlados pelas forças
do Velho Aeon, e aquelas forças do Novo Aeon não alcançarão mudança
significativa, em formas tal como “sociedade”, por muitas centenas de
anos, mudança a qual marcará a chegada real do próximo Aeon.

Portanto, virá um tempo quando a ONA – e os indivíduos que são parte


dela ou que são influenciados por ela – derramarão exteriormente a
retórica, as imagens, as formas de “Satanismo”, pois tais coisas são
emanações causais ligadas a um Aeon em particular; eles não são a
essência acausal supra-Aeonica a qual nós, através da progressão de Aeons,
estamos nos movendo em direção e a qual o propósito do Ocultismo e
magicka genuína nos movem como indivíduos, em direção da experiência e
entendimento deles. O que mudará também são os meios – a magicka –
para presenciar o acausal. Assim, haverá um distanciamento do ritual, e do
evidente simbolismo do Velho Aeon – e especialmente das “palavras” e
“nomes” (4) – em direção a uma magicka muito mais sombria: uma
magicka que manifesta o acausal sem a necessidade de formas causais. E
certamente sem a necessidade de “nomes”. Um tipo de magicka nova é O
Jogo Estelar (a magicka do “Pensamento”) e outro é aquilo que retorna o
Caos o qual é, e o qual não é, Os Deuses Sombrios – mas haverá muitos
outros tipos dessa magicka penta-dimensional, alguns os quais já são
conhecidos, e usados pelos genuínos Adeptos da Tradição Sombria.

Anton Long
Ascensão Matutina de Arcturus
(Nexion Black Rhadley) 116af

Notas:

(1) Parte dessa representação, é claro, é o que nós chamamos de sinistro –


ou mais corretamente, aquelas energias/mudanças as quais quando
presenciadas produzem um re-ordenamento, re-ordenamento que é mais
frequentemente chamado “sinistro”.
(2) Isso não significa, é claro, que tais energias devem ser conceituadas no
modo do Velho Aeon como efetivas “entidades vivas” tais como
“demônios” ou coisas parecidas, aqueles seres vivos têm sua própria
“natureza”. Mas uma conceituação, na verdade alude a uma verdade muito
mais profunda, o qual em um sentido é incorporado nos mitos dos Deuses
Sombrios, como pode ser usada como um inicio do movimento em direção
de melhor entendimento baseado na realidade de como as energias acausais
se manifestam – e então existem (“vivem”) – no causal.

(3) Para ser preciso, nós realmente escreveríamos: “A distorção que tem
atingido o Aeon Ocidental persistirá...” Pois, como explicado em vários
MSS da Ordem, o que é manifesto agora – e tem certamente sido obvio
mesmo para muitos não-Adeptos nos cinco anos passados – é a distorção
Magiana do Ocidente, distorção a qual é evidente no “neo-cons” da
América com seu novo imperialismo que serve a uma importante agenda
Sionista/Magiana. Inteiramente de acordo com MSS antigos: O ultimo
Aeon, o Ocidental do qual centro é no Norte da Europa, está se arrastando
para um fim, enquanto suas energias enfraquecem. O próximo Aeon,
entretanto, tem seu centro não na nossa Terra, mas em uma locação no
espaço e até esse centro ser alcançado, o Novo Aeon não será possível.
Entretanto, o Velho Aeon tem cerca de 350 anos ainda para existir, e
durante esse período, as energias do Novo Aeon se tornarão mais e mais
obvias enquanto elas escoam em volta do Portal, trazidas em parte pelos
Rituais deliberados de pequenos grupos de Adeptos...”

(4) Como tem sido escrito: ‘Não é correto dar nomes para algumas
coisas...’ Pois uma nomeação é um distanciamento da essência da “coisa”
que é nomeada – frequentemente um erro do qual o nome denota para a
essência que é supostamente denotada por tal nomeação. Magicka é um
meio distante de tal projeção, como uma transferência de pensamento
“causal” limitado – um meio em direção a uma expressão das coisas, como
as coisas são.

Alguns MSS Relevantes:

1) Magicka Aeonica – Uma Introdução Básica


2) Ritual Magicko: Dure e Sedue Cerimonial
3) Aeonicas: A Tradição Secreta (Parte I)
4) As metas da ONA
5) Aeonicas: A Tradição Secreta (Parte Três)
6) Os Nove Ângulos – Significados Esotéricos
7) Os Segredos dos Nove Ângulos

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