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Nicolau Copérnico (Toruń, 19 de Fevereiro de 1473 — Frauenburgo, 24 de Maio de


1543) foi um astrônomo e matemático polaco que desenvolveu a teoria heliocêntrica do
Sistema Solar. Foi também cónego da Igreja Católica, governador e administrador,
jurista, astrólogo e médico.

Sua teoria do Heliocentrismo, que colocou o Sol como o centro do Sistema Solar,
contrariando a então vigente Teoria Geocêntrica (que considerava a Terra como o
centro), é considerada como uma das mais importantes hipóteses científicas de todos os
tempos, tendo constituído o ponto de partida da astronomia moderna.

Fontes de pesquisa

Wikipedia

Infoescola

Yharoo

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A origem da teoria heliocêntrica
Na teoria de Copérnico, a Terra move-se em torno do Sol. Mas, seus dados foram
corrigidos pelas observações de Tycho Brahe. Com base nelas e em seus próprios
cálculos, Johannes Kepler reformou radicalmente o modelo copernicano e chegou a uma
descrição realista do sistema solar. Esse fenômeno já havia sido estudado e defendido
pelo bispo de Lisieux, Nicole d'Oresme, no século XIV. O movimento da Terra era
negado pelos partidários de Aristóteles e Ptolomeu. Eles tinham que, caso a Terra se
movesse, as nuvens, os pássaros no ar ou os objetos em queda livre seriam deixados
para trás. Galileu combateu essa ideia, afirmando que, se uma pedra fosse abandonada
do alto do mastro de um navio, um observador a bordo sempre a veria cair em linha
reta, na vertical. E, baseado nisso, nunca poderia dizer se a embarcação estava em
movimento ou não. Caso o barco se movesse, porém, um observador situado na margem
veria a pedra descrever uma curva descendente – porque, enquanto cai, ela acompanha o
deslocamento horizontal do navio. Tanto um observador quanto o outro constataria que
a pedra chega ao convés exatamente no mesmo lugar: O pé do mastro. Pois ela não é
deixada para trás quando o barco se desloca. Da mesma forma, se fosse abandonada do
alto de uma torre, a pedra cairia sempre ao pé da mesma – quer a Terra se mova ou não.

O cardeal São Roberto Belarmino presidiu o tribunal que proibiu a teoria copernicana.
Culto e moderado, ele conseguiu poupar Galileu. Estimulado pelo novo papa Urbano
VIII, seu grande admirador, o cientista voltou à carga. Mas o Papa sentiu-se
ridicularizado num livro de Galileu. E isso motivou sua condenação.

O percurso das balas de canhão e a queda dos corpos também foram estudadas por
Galileu. Ele demonstrou que a curva descrita pelos projéteis é um arco de parábola e
que os corpos caem em movimento uniformemente acelerado. Segundo as biografias
romanceadas do cientista, ele teria realizado um experimento que desmoralizou
definitivamente a física aristotélica. Subindo ao alto da torre de Pisa, deixou cair, no
mesmo instante, dois corpos esféricos de volumes e massas diferentes: uma bala de
mosquete e outra de canhão. Contra as expectativas dos acadêmicos aristotélicos, que
apostavam na vitória da bala de canhão e na derrota do cientista, os corpos chegaram
rigorosamente juntos ao chão.

O historiador da ciência Alexandre Koyré demonstrou que, assim como muitos outros
mitos que enfeitam os relatos sobre a vida de Galileu, a famosa experiência de Pisa
jamais ocorreu. Ela foi, na verdade, uma experiência idealizada, que o cientista realizou
no recesso da sua consciência, e não um ruidoso espetáculo público. Sabia-se, desde o
final da Idade Média, que a velocidade dos corpos aumentava à medida que eles caíam.
E também se conhecia a lei matemática que descreve os movimentos uniformemente
acelerados. O mérito de Galileu foi juntar as duas coisas e mostrar que, descartada a
resistência do ar, todos os objetos caem com a mesma aceleração.

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A teoria heliocêntrica
A teoria do modelo heliocêntrico, a maior teoria de Copérnico, foi publicada em seu
livro, De revolutionibus orbium coelestium ("Da revolução de esferas celestes"), durante
o ano de sua morte, 1543. Apesar disso, ele já havia desenvolvido sua teoria algumas
décadas antes.

O livro marcou o começo de uma mudança de um universo geocêntrico, ou


antropocêntrico, com a Terra em seu centro. Copérnico acreditava que a Terra era
apenas mais um planeta que concluía uma órbita em torno de um sol fixo todo ano e que
girava em torno de seu eixo todo dia. Ele chegou a essa correta explicação do
conhecimento de outros planetas e explicou a origem dos equinócios corretamente,
através da vagarosa mudança da posição do eixo rotacional da Terra. Ele também deu
uma clara explicação da causa das estações: O eixo de rotação da terra não é
perpendicular ao plano de sua órbita.

Em sua teoria, Copérnico descrevia mais círculos, os quais tinham os mesmos centros,
do que a teoria de Ptolomeu (modelo geocêntrico). Apesar de Copérnico colocar o Sol
como centro das esferas celestiais, ele não fez do Sol o centro do universo, mas perto
dele.

Folha de rosto do livro De revolutionibus orbium coelestium

Do ponto de vista experimental, o sistema de Copérnico não era melhor do que o de


Ptolomeu. E Copérnico sabia disso, e não apresentou nenhuma prova observacional em
seu manuscrito, fundamentando-se em argumentos sobre qual seria o sistema mais
completo e elegante.

Da sua publicação, até aproximadamente 1700, poucos astrônomos foram convencidos


pelo sistema de Copérnico, apesar da grande circulação de seu livro (aproximadamente
500 cópias da primeira e segunda edições, o que é uma quantidade grande para os
padrões científicos da época). Entretanto, muitos astrônomos aceitaram partes de sua
teoria, e seu modelo influenciou muitos cientistas renomados que viriam a fazer parte da
história, como Galileu e Kepler, que conseguiram assimilar a teoria de Copérnico e
melhorá-la. As observações de Galileu das fases de Vênus produziram a primeira
evidência observacional da teoria de Copérnico. Além disso, as observações de Galileu
das luas de Júpiter provaram que o sistema solar contém corpos que não orbitavam a
Terra.

O sistema de Copérnico pode ser resumido em algumas proposições, assim como foi o
próprio Copérnico a listá-las em uma síntese de sua obra mestra, que foi encontrada e
publicada em 1878.

As principais partes da teoria de Copérnico são:

 Os movimentos dos astros são uniformes, eternos, circulares ou uma


composição de vários círculos (epiciclos).
 O centro do universo é perto do Sol.

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 Perto do Sol, em ordem, estão Mercúrio, Vênus, Terra, Lua, Marte, Júpiter,
Saturno, e as estrelas fixas.
 A Terra tem três movimentos: rotação diária, volta anual, e inclinação anual de
seu eixo.
 O movimento retrógrado dos planetas é explicado pelo movimento da Terra.
 A distância da Terra ao Sol é pequena se comparada à distância às estrelas.

Se essas proposições eram revolucionárias ou conservadoras era um tópico muito


discutido durante o vigésimo século. Thomas Kuhn argumentou que Copérnico apenas
transferiu algumas propriedades, antes atribuídas a Terra, para as funções astronômicas
do Sol. Outros historiadores, por outro lado, argumentaram a Kuhn, que ele subestimou
quão revolucionárias eram as teorias de Copérnico, e enfatizaram a dificuldade que
Copérnico deveria ter em modificar a teoria astronômica da época, utilizando apenas
uma geometria simples, sendo que ele não tinha nenhuma evidência experimental.

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O modelo heliocêntrico
Os filósofos do século XV aceitavam o geocentrismo como fora estruturado por
Aristóteles e Ptolomeu. Esse sistema cosmológico afirmava (corretamente) que a Terra
era esférica, mas também afirmava (erradamente) que a Terra estaria parada no centro
do Universo enquanto os corpos celestes orbitavam em círculos concêntricos ao seu
redor. Essa visão geocêntrica tradicional foi abalada por Copérnico em 1537, quando
este começou a divulgar um modelo cosmológico em que os corpos celestes giravam ao
redor do Sol, e não da Terra. Essa era uma teoria de tal forma revolucionária que
Copérnico escreveu no seu De revolutionibus orbium coelestium (do latim: "Das
revolucões das esferas celestes"): "quando dediquei algum tempo à ideia, o meu receio
de ser desprezado pela sua novidade e o aparente contra-senso quase me fez largar a
obra feita"

Naquele tempo a Igreja Católica aceitava essencialmente o geocentrismo aristotélico,


(embora a esfericidade da Terra estivesse em aparente contradição com interpretações
literais de algumas passagens bíblicas). Ao contrário do que se poderia imaginar,
durante a vida de Copérnico não se encontram críticas sistemáticas ao modelo
heliocêntrico por parte do clero católico. De fato, membros importantes da cúpula da
Igreja ficaram positivamente impressionados pela nova proposta e insistiram para que
essas ideias fossem mais desenvolvidas. Contudo a defesa, quase um século depois, por
Galileu Galilei, da teoria heliocêntrica vai deparar-se com grandes resistências no seio
da mesma Igreja Católica.

Como Copérnico tinha por base apenas suas observações dos astros a olho nu e não
tinha possibilidade de demonstração da sua hipótese, muitos homens de ciência
acolheram com cepticismo as suas ideias. Apesar disso, o trabalho de Copérnico marcou
o início de duas grandes mudanças de perspectiva. A primeira, diz respeito à escala de
grandeza do Universo: avanços subsequentes na astronomia demonstraram que o
universo era muito mais vasto do que supunham quer a cosmologia aristotélica quer o
próprio modelo copernicano; a segunda diz respeito à queda dos graves. A explicação
aristotélica dizia que a Terra era o centro do universo e portanto, o lugar natural de
todas as coisas. Na teoria heliocêntrica, contudo, a Terra perdia esse estatuto, o que
exigiu uma revisão das leis que governavam a queda dos corpos, e mais tarde, conduziu
Isaac Newton a formular a lei da gravitação universal.

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Pierre Simon Marquis de Laplace (Beaumont-en-Auge, 23 de março de 1749 —
Paris, 5 de março de 1827) foi um matemático, astrônomo e físico francês que
organizou a astronomia matemática, sumarizando e ampliando o trabalho de seus
predecessores nos cinco volumes do seu Mécanique Céleste (Mecânica celeste) (1799-
1825). Esta obra-prima traduziu o estudo geométrico da mecânica clássica usada por
Isaac Newton para um estudo baseado em cálculo, conhecido como mecânica física.1

Ele também formulou a equação de Laplace. A transformada de Laplace aparece em


todos os ramos da física matemática — campo em que teve um papel principal na
formação. O operador diferencial de Laplace, da qual depende muito a matemática
aplicada, também recebe seu nome.

Ele se tornou conde do Império em 1806 e foi nomeado marquês em 1817, depois da
restauração dos Bourbons.

Fonte de pesquiza

Wikipedia

Infoescola

Yhaoo

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Hipótese nebular
Teoria Nebular é uma teoria sugerida em 1755 pelo filósofo alemão Immanuel Kant e
desenvolvida em 1796 pelo matemático francês Pierre-Simon Laplace no livro
Exposition du Systéme du Monde. Segundo essa teoria, o Sistema Solar teria se
originado há cerca de 4,6 bilhões de anos a partir de uma vasta nuvem de gás e poeira -
a nebulosa.

Sistema Solar
Esse processo teria evoluído na seguinte sequência:

Contração da nebulosa graças à existência de uma força de atração gravitacional gerada


pelo aumento da massa em sua região central. Esta contração teria provocado um
aumento da velocidade de rotação. O calor gerado no interior dessa nebulosa é tal, que
desencadeia reações químicas e físicas que a fazem brilhar;

Achatamento até à forma de disco, com uma massa densa e luminosa de gás em posição
central, o proto-sol, correspondente a cerca de 99% da massa da nebulosa;

Durante o arrefecimento do disco nebular em torno do proto-sol houve condensação dos


materiais da nébula em grão sólidos. As regiões situadas na periferia arrefeceriam mais
rapidamente que as próximas da estrela em formação. Uma vez que a cada temperatura
corresponde a condensação de um tipo de material com determinada composição
química, teria ocorrido uma separação mineralógica de acordo com a distância ao Sol;

Em cada uma das zonas do disco assim formadas, a força da gravidade provocaria a
aglutinação de poeiras, que formariam pequenos corpos chamados planetesimais, com
diâmetro de cerca de 100 metros. Os maiores desses corpos atraíram os menores,
verificando-se a colisão e o aumento progressivo das dimensões dos planetesimais.
Todo este processo, denominado acreção, conduziu à formação de corpos de maiores
dimensões, os protoplanetas e posteriormente, aos planetas.

A Terra
Nessas condições de elevada temperatura, a Terra e outros planetas terão sofrido dois
fenômenos que contribuíram para a sua configuração atual: a diferenciação e a
desgaseificação. A diferenciação, resultante do movimento dos materiais mais densos
para o interior da Terra, por ação da força da gravidade, contribui para a atual
disposição concêntrica das diferentes camadas que a constituem com valores
decrescentes de densidade do centro para a periferia. A desgaseificação, traduzido na
libertação de grandes quantidades de vapor de água e outros gases do seu interior,
estaria na origem da formação da atmosfera primitiva, uma vez que a força gravitacional
do nosso planeta é suficientemente forte para reter os gases que se libertavam do seu
interior.

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Evidências
Os planetas mais próximos do Sol são essencialmente constituídos por materiais mais
densos e com pontos de fusão mais altos (silicatos, ferro e níquel), enquanto os mais
afastados são ricos em elementos gasosos (hidrogénio e hélio) esta constatação é
coerente com a ideia de que terá havido maior condensação de elementos pouco voláteis
em regiões com temperaturas elevadas mais próximas do Sol, e aí mantidas pela
atracção gravítica; e de elementos muito voláteis em regiões mais afastadas, mais frias e
de menor interacção gravítica com o Sol.

Todos os planetas realizam movimentos orbitais, translacções, regulares, com a mesma


direcção e quase coplanares (realizadas no mesmo plano), o que apoia a ideia de
achatamento da nebulosa inicial com uma rotação em torno de um eixo onde se situaria
o proto-Sol.

A datação de vários materiais do Sistema Solar aponta para a mesma idade da terra e
dos restantes corpos do Sistema Solar. Tal observação dá consistência à ideia de um
processo de formação simultâneo.

A existência de meteoritos, das cinturas de asteróides interna e externa, asteróides e


cometas, bem como a observação de crateras de impacto em Mercúrio, na Lua, em
Marte e até na própria Terra, permite considerar razoável o processo de acreção.

Uma estranha exceção

Há um pequeno pormenor que poderia por em xeque esta teoria: o planeta-anão Plutão.
Como já foi frisado, próximo do Sol formaram-se os planetas telúricos, de grande
densidade, como a Terra, Marte, Mercúrio e Vênus, e além do cinturão interno de
asteróides, formaram-se os planetas gasosos, de tão baixa densidade que, por exemplo,
se arranjássemos água suficiente para colocar Saturno, ele provavelmente flutuaria. Ora,
Plutão encontra-se para lá do cinturão de asteróides e não é um planeta gasoso, mas sim
telúrico. Os cientistas admitem a hipótese de Plutão ser um ex-satélite natural de Netuno
que se libertou da sua atração gravitacional e adquiriu a sua própria órbita. Uma órbita
tão estranha que chega a cruzar a órbita de Netuno. Ou então um asteróide ou um
planeta de um outro sistema solar que o nosso Sol, através da sua ação gravitacional,
atraiu.

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