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projetos de interiores?
Roberta Vendramini
www.construir.arq.br
São Paulo, agosto de 2015.
Como cobrar por projetos de interiores?
Sumário
Agradecimentos ................................................................................. 03
Prefácio ............................................................................................. 05
Introdução ......................................................................................... 06
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Como cobrar por projetos de interiores?
Agradecimentos
Aos meus queridos alunos, presenciais e virtuais!! Sem vocês, meu trabalho
não teria sentido!! Obrigada, obrigada e obrigada!!
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Como cobrar por projetos de interiores?
Sobre a autora
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Como cobrar por projetos de interiores?
Prefácio
Os designers de interiores ou arquitetos de interiores são profissionais que fazem o projeto
dos ambientes de uma residência, loja, escritórios, etc. Seu trabalho pode englobar desde a
definição de acabamentos com a escolha de pinturas e materiais até modelos e localização
dos móveis e pontos de iluminação.
Muitos profissionais, no entanto, têm dúvidas de como cobrar por seus serviços enquanto
muitos clientes tentam entender como os profissionais chegam até aquele valor.
Para auxiliar a fixação dos valores, bem como o entendimento por parte dos clientes, há
tabelas disponibilizadas pela ABD – Associação Brasileira de Designers de Interiores, que é
a principal referência na área, embora a nova tabela de honorários do CAU – Conselho de
Arquitetura e Urbanismo também inclua projetos de interiores.
Há profissionais que praticam preços abaixo ou acima destas tabelas, influenciados pelos
valores cobrados em sua região, seu prestígio no mercado, os custos fixos de seu escritório
e equipe, o tipo de projeto, o poder aquisitivo do cliente. Neste e-book, compilei um material
de ótima qualidade para auxiliar você que trabalha com design de interiores.
Atualmente é grande a discussão em torno dos serviços que podem ser executados pelos
arquitetos, designers de interiores e engenheiros, uma vez que a Resolução nº 51 do CAU-
BR define como atribuições privativas de arquitetos e urbanistas a arquitetura de interiores,
projeto de arquitetura e reformas. Essa discussão está longe de acabar e somente será
resolvida com a regulamentação da profissão de designer de interiores e um acordo entre o
CREA e o CAU sobre as atribuições comuns dos arquitetos e engenheiros.
Aqui neste e-book não entrarei no mérito dessas discussões; não foi considerei a parte legal
envolvida nas atividades dos designers de interiores, apenas tenho a intenção de auxiliar na
fixação dos honorários e na relação do profissional com o cliente.
Abraços,
rta
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Como cobrar por projetos de interiores?
Introdução
A série “Como cobrar?” é composta por 4 e-books:
Criei este e-book com o objetivo de ajudar quem está iniciando na área e também para servir
de parâmetro para aqueles que têm dúvidas ou sentem insegurança no momento de
apresentar orçamentos de projetos de interiores.
Nesse capítulo também compartilharei o método que considero mais coerente para a
precificação de projetos de interiores, que é como faz, na prática, a designer carioca
Eliana Todeschini, que possui um blog no qual dá dicas preciosas para quem está
começando na área.
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Como cobrar por projetos de interiores?
Por fim, o Capítulo 6 traz novidades sobre projetos no campo on-line e as vantagens de se
aventurar nesse universo, com indicações de sites que promovem profissionais iniciantes e
também com dicas para quem deseja divulgar seu trabalho na Internet.
Espero que este e-book possa servir de referência ou colaborar de alguma forma toda que
você, querido aluno e/ou leitor, precisar fazer um orçamento de projetos de interiores.
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Como cobrar por projetos de interiores?
“
...depende do tamanho da obra. É claro que um projeto maior, o coeficiente é
menor e vice-versa. Costumo dizer que uma pequena casa tem do mesmo jeito
que uma grande casa a cozinha, os dormitórios, etc, etc... Só mudam as
dimensões. Resumindo, às vezes até as menores dão mais trabalho...” João Armentano,
designer.
Então, segundo João Armentano, o valor por metro quadrado de um projeto é inversamente
proporcional ao tamanho da construção, ou seja, quanto maior a área abrangida pelo projeto,
menor o custo do metro quadrado (do projeto). Então, essa é uma boa dica para você adotar
em seus projetos quando elaborar um orçamento. Para uma casa de 800 m², por exemplo, o
valor por metro quadrado seria menor em relação ao projeto de uma casa de 250 m².
“
O investimento depende da área a decorar. No Estado de São Paulo, o metro
quadrado, em um apartamento pequeno (de 100 m²) não sai por menos de 65
reais. Um profissional reputado pode chegar a cobrar 500 reais por metro – mas
esse preço cai à medida que aumenta a área da residência. O valor também varia de
acordo com o tipo de serviço oferecido – que pode ir de uma simples redistribuição
dos móveis na casa até um projeto completo, da iluminação à escolha dos móveis e
revestimentos.
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Como cobrar por projetos de interiores?
trabalho a ser feito seja muito simples. Na média, eu diria que hoje está entre 50 e 80
reais o metro quadrado. Na verdade, tudo depende do projeto, de sua complexidade,
de seu tamanho. Se você quiser que o designer faça as compras e/ou gerencie a obra,
o custo será um pouco maior. Se o profissional não for da cidade onde você mora,
também há que se computar os custos de deslocamento.” Claudia Bergamasco, designer e
jornalista.
Já a designer de interiores Jaqueline Ribeiro mantém um blog para ajudar quem está
começando na área e defende que cada profissional deve criar sua própria tabela de
honorários. Acompanhe as preciosas dicas da blogueira:
“
Muitas pessoas que estão no início de sua atuação na área de interiores ou estão
curiosos para saberem se entram ou não na área têm me pedido uma tabela de
valores, mas o que eu sempre digo a todos é que na verdade a tabela quem faz
é o profissional, de acordo com as características de seus clientes e da sua
região. Para fazer a minha me baseei na tabela da ABD – Associação Brasileira de
Designer de Interiores. Eu não disponibilizo a minha tabela de valores já que preços
cobrados são muito particulares de cada profissional. O que sugiro sempre, tanto
aqui pelo blog ou quando respondo as pessoas por e-mail é que procurem por esta
tabela da ABD, mas que, como eu, façam uma pesquisa em sua região para saber se o
que pretendem cobrar é muito ou pouco demais. Com o tempo você vai vendo a
aceitação dos orçamentos e já percebe se seus valores estão muito caros ou não.
Então, a todos que tiverem dúvidas sobre como cobrar, procurem por esta tabela
onde os valores já estão estipulados por região. Ficará muito mais fácil e já será uma
luz sobre quais são os valores cobrados. Claro que não há regras para a cobrança, os
valores são particulares de cada profissional, então é preciso entender bem as
características de com quem e onde irá atuar.” Jaqueline Ribeiro, designer e blogueira (grifo
nosso).
Por outro lado, há quem considere a tabela da ABD exorbitante, fora da realidade de muitos
profissionais que estão começando ou mesmo consolidados no mercado. No próximo capítulo,
explanaremos essa tabela com mais detalhes. O especialista em design de lighting, Paulo
Oliveira, dá sua opinião:
“
Bem, não há como querer seguir os valores colocados na tabela da ABD.
São surreais e só quem deve conseguir aplicá-los são as estrelinhas da
mídia. Os profissionais normais e mortais não conseguem. Outro problema é
que a tabela contempla o valor por m² e não considera a complexidade do projeto.
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Como cobrar por projetos de interiores?
Se por um lado temos este problema dos valores muito altos da tabela, por outro
temos os profissionais que não a respeitam e cobram valores bem abaixo do mínimo
desejável para manter a saúde do mercado.” Paulo Oliveira, especialista em lighting design (grifo
nosso).
Assim, por tais depoimentos, pode-se ter noção que o que mais implica em fixar um
orçamento, é a realidade de cada projeto, as condições financeiras do cliente e o
posicionamento do profissional no mercado. Um tanto subjetivo, mas sempre deve levar em
conta também o aspecto objetivo, ou seja, se há ou não obra envolvida no projeto, quando
então o profissional deverá adequar seu preço.
“
O quanto se gasta depende muito do que será feito, se haverá obra, se vai só
decorar ou não. Só pra decorar, depende do material... os valores variam muito
porque é possível chegar a soluções charmosas mais baratas, mas também usar
fartamente tecidos importados.” Claudia Bergamasco, resumindo as orientações da designer de
interiores Rosa May Sampaio.
Dessa forma, o que vai determinar o preço do projeto é, além de tudo isso, a negociação
entre o profissional e o cliente, quanto cada um entende justo pelo trabalho executado. O
profissional não deve, no entanto, nivelar seu trabalho abaixo do que vem sendo praticado no
mercado de sua região, para que não se desvalorize, nem desvalorize a classe. Uma boa
atitude é fixar um percentual por metro quadrado, entretanto, a negociação sempre ditará o
orçamento e o contrato:
“
Os honorários de um decorador não têm custo definido. Dependem de dados
como: 1) projeto com custo por metro quadrado; 2) percentual definido entre as
partes sobre os gastos gerais da obra e projeto executado; 3) negociação geral
entre as partes. Antonio Carlos Gouveia Junior, editor do Decor Year Book Brasil.
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Como cobrar por projetos de interiores?
Na hora de contratar um designer de interiores, a ABD recomenda que o cliente fique atento
às seguintes orientações:
• o arquiteto ou designer de interiores pode criar apenas o projeto e a execução pode ser
feita por outro profissional de escolha do cliente;
• caso o cliente opte por um serviço personalizado, pode contratar o profissional para
desenvolver o projeto e cuidar de toda a fase pré-execução: como seleção e compra de
produtos, contratação de prestadores de serviço (pintores, gesseiros, eletricistas…),
bem como pode cuidar da efetiva execução do projeto, com ou sem reforma do
ambiente interno.
O valor dos honorários profissionais poderá diferir em cada caso: em geral o projeto é
cobrado em função do tamanho do espaço a ser decorado ou reformado, quantia que pode
ser aumentada em relação à complexidade da intervenção, como a quantidade de desenhos
e horas/homens trabalhadas.
Para definir a sua remuneração, os arquitetos e designers de interiores têm como referência
a Tabela de Honorários da ABD. No mercado você encontrará situações de preço abaixo ou
acima desta tabela. Os valores dependem do currículo do profissional e da sua posição atual
no mercado. A remuneração do designer de interiores também varia em função da
abrangência do projeto e do tamanho da obra a ser realizada:
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Como cobrar por projetos de interiores?
Por fim, a remuneração do designer de interiores, de acordo com a ABD, pode ser feita de 4
formas distintas pelo seu trabalho ou de forma combinada:
O maior problema que vejo nesta modalidade de remuneração é que não se leva em conta a
complexidade do projeto ou dos serviços que serão desenvolvidos. O profissional, por
exemplo, pode entregar apenas o projeto de decoração ou o projeto de arquitetura de
interiores, incluindo, ou não, o projeto de móveis. Veja as diferenças:
A ABD disponibilizou a Tabela 1 referente às fases do projeto de interiores, o qual pode ser
dividido em percentuais que, somados, totalizam o projeto (100%) a ser feito. O valor total
correspondente ao projeto terminado poderá ser dividido em percentuais nas diferentes
fases, de acordo com as necessidades profissionais.
Na prática, recebe-se cada parcela na entrega dos documentos gráficos referentes a cada
fase do projeto, mas há profissionais que não vinculam o pagamento às entregas, mas
simplesmente estipulam um dia do mês para recebimento de cada parcela.
No início de minha carreira, fiz muitos estudos sem cobrar nada e somente depois da ideia
inicial aprovada é que negociava o valor do projeto. Foi um erro que cometi durante anos por
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Como cobrar por projetos de interiores?
pura insegurança e, muitas vezes, trabalhei de graça, pois o cliente em potencial era apenas
um curioso que “estava pesquisando”. Depois, mais experiente e mais conhecida em minha
região, passei a exigir o pagamento de uma parcela inicial para começar a trabalhar. Então,
segue uma sugestão de como dividir o recebimento de seus honorários:
Veja na Tabela 1 os serviços que serão desenvolvidos e entregues em cada fase do projeto:
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Como cobrar por projetos de interiores?
Observe também que quanto maior a área de intervenção do projeto, menor o preço por
metro quadrado. Esta tabela é referente ao mês de março de 2014. A versão mais atualizada
da tabela de honorários está disponível apenas aos associados da ABD.
AL, AM,
BA, CE, PB,
PE, PI, RN,
R$ 123,00 R$ 119,00 R$ 103,00 R$ 89,00 R$ 79,00 R$ 72,00 R$ 65,00
RO, SE, PA,
TO, AP, AC,
MA, RR
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Como cobrar por projetos de interiores?
A metragem pode ser cobrada de acordo com o ambiente em que o designer ou arquiteto de
interiores irá trabalhar ou com o metro quadrado da casa, caso se faça um projeto para ela.
O valor do projeto pode diferenciar também de acordo com alguns itens: caso o profissional
lide também com projeto de iluminação, será acrescido um valor ao projeto, e outro valor
pode ser cobrado caso tenha que lidar com mobiliário e não apenas acabamento.
2. Consulta
3. Hora Técnica
O designer de interiores pode estipular o valor de sua hora técnica para serviços específicos
e não contemplados inicialmente no projeto. Por exemplo, quando o cliente contrata apenas
o projeto e depois solicita uma visita à obra para resolver um determinado assunto. Neste
caso, lembre-se que sua hora técnica inicia no momento em que você sai do escritório. Se a
obra for em outra cidade, o tempo de trajeto (ida e volta) é considerado como hora técnica, a
não ser que seja negociado de outra forma com o cliente. A ABD sugere que se cobre entre
R$ 270,00 e R$ 380,00 por hora técnica (ref.: março/2014).
4. Acompanhamento da obra
Neste caso, o projeto é cobrado à parte e o profissional fixa um percentual sobre os custos
da obra para administrá-la, geralmente de 10% a 15% do custo estimado, com negociação
em função da complexidade da obra. Envolve o valor de todos os produtos e serviços
necessários para a realização do projeto de interiores.
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Como cobrar por projetos de interiores?
valor do projeto e não se prender apenas aos custos diretos e indiretos. Veja este
trecho:
“
Se você ainda estabelece honorários tomando como base apenas os seus custos,
desconsiderando o perfil de cada cliente, cuidado. Na nova ordem, é
recomendável que o preço seja decorrência da total personalização do serviço e
da oferta. Ou seja, a cada cliente você deve ser capaz de gerar uma condição única
que permita que ele (cliente) acesse o seu produto.
Isso quer dizer que você pode ter preços diferentes para serviços idênticos? Não
exatamente.
A sua habilidade está em compreender o processo pelo qual aquele cliente vai tomar
a sua decisão de compra. Avaliar quais alternativas à sua proposta ele está
considerando. Quais aspectos da sua oferta estão mais próximos ou mais distantes
das expectativas do cliente.
Uma boa alternativa é sempre agregar na sua oferta àquilo que o cliente espera como
benefício do seu produto (serviço). Por exemplo: o cliente tem a experiência de que
uma reforma causa enormes desconfortos em função de um planejamento
inadequado. Inclua na sua oferta uma condição que garanta o transcorrer da obra
dentro da expectativa do cliente. Defina pontos de controle e certifique o cliente do
seu preparo para lidar com essa condição de trabalho. Quem sabe não dá pra cobrar
mais caro por isso?
“
Creio que cada profissional tem o seu preço, seu valor, como também o cliente.
Pois, existem clientes que têm condição de pagar um valor de ‘tabela’, outros
com um poder aquisitivo menor. Para todos mais, vale o bom senso, a ética, o
combinado, um valor justo para ambas as partes. Não deixando de desmerecer a
capacidade do profissional, habilidades e talentos e tão pouco deixar de atender o
cliente... Para tudo, certo é que quando combinado deve-se fazer com dedicação,
respeito e valor ao cliente... Cristiano Sanluigi Pontone, decorador na empresa Designer de Interiores.
Busque fortalecer o seu valor no mercado de trabalho a fim de gerar um diferencial em meio
à concorrência de diferentes áreas – arquitetos, designers e autodidatas. É esse diferencial
que estabelecerá credibilidade na sua relação com o cliente.
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Como cobrar por projetos de interiores?
Segundo a ABD, em 2008, havia 50 mil designers de interiores atuando no Brasil. Contudo,
esse parâmetro envolvia somente profissionais registrados. O número efetivo atualmente é
bem maior, com certeza. E também, como se sabe, a qualidade/qualificação dos
profissionais varia muito.
E fique tranquilo se você é iniciante na área, pois a questão dos valores a cobrar também é
um tabu para muitos professionais experientes, como se pode ver no depoimento abaixo:
“
...mas sempre fico muito apreensivo... será que o cliente achou caro?
rsrs...trabalho com design de interiores... e sempre fico apreensivo nessa hora, e
na maioria das vezes o cliente contrata o profissional sem ter nem uma base de
quanto esse tipo de trabalho é cobrado... Afonso Neto, General Manager na empresa Cariri Design.
Contudo, mesmo em meio a um mercado tão competitivo, deve-se ter em mente que atuar
com transparência, profissionalismo e muita ética é o primeiro passo para se estabelecer no
mercado e, com o tempo, se destacar na profissão.
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Como cobrar por projetos de interiores?
Para se calcular o custo estimado da obra a ser planejada, multiplica-se a área do projeto
pelo valor do índice PINI ou pelo valor do CUB – custo unitário básico SINDUSCON, que
varia de acordo com o tipo e região da obra.
VO = AP X PINI ou CUB
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Como cobrar por projetos de interiores?
VO = AP X CUB ou PINI
VO = 190 m² x R$ 1.491,25
VO = R$ 283.337,50
VPI = R$ 28.333,75
Esse valor de projeto não inclui o acompanhamento da obra. Para esse serviço, a tabela de
honorários da AEAO – Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Osasco recomenda que
o profissional cobre 10% do valor da obra.
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Como cobrar por projetos de interiores?
Essa orientação traz diversas publicações que, dentre outras possibilidades, auxiliam na
estimativa do valor dos honorários dos profissionais de interiores:
Apesar de ser uma prática aconselhada pelos órgãos regulamentadores da profissão, Eliana
Todeschini, que atua como designer de interiores no Rio de Janeiro, tem ressalvas quanto à
prática de cobrar projetos de interiores por metro quadrado:
“
Podemos cobrar de várias formas, inclusive pelo m². O que vi no mercado de
trabalho é que isso facilita o modo de compreensão das pessoas quanto aos
nossos serviços, mas eu não faço dessa forma, uma vez que a complexidade do
serviço nunca entra nessa conta.
A forma que uso para fazer o orçamento requer o uso de duas tabelas e geralmente o
cliente não entende como foi feito, contudo foi o melhor jeito que encontrei de fazer
um orçamento justo porque leva em consideração ‘quanto’ trabalho teremos para
executá-los. Por exemplo, o valor cobrado para projetar uma cozinha ou banheiro é
diferente do cobrado por quem vai fazer um quarto ou sala, pois o nível de
complexidade de cada projeto é considerado nessa conta” Eliana Todeschini, designer.
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Como cobrar por projetos de interiores?
A designer carioca usa uma combinação bem interessante entre a tabela do Guia de
Orientação Profissional que é produzido pela Associação de Arquitetos de Interiores do Rio
Grande do Sul e a tabela do CUB que pode ser baixada no site do Sinduscon. Eu analisei o
exemplo que ela postou em seu blog e acho que vale a pena conferir o passo a passo do
método acessando o artigo “Como o profissional de design de interiores pode cobrar por
seus projetos?”.(http://innteriores.wordpress.com/2011/11/14/como-o-profissional-do-design-
de-interiores-pode-cobrar-por-seus-servicos/)
Então, o cliente receberá os seguintes itens para todos os ambientes da residência: salas,
cozinha, dormitórios, banheiros e lavabo:
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Como cobrar por projetos de interiores?
Se você for calcular os honorários para elaborar o projeto de interiores para um ou mais
ambientes, verifique a qual grupo pertencerá. A designer Eliana Todeschini dá as seguintes
dicas para encontrar na tabela a qual grupo cada ambiente pertence:
“
Cozinha e banheiro: GI.
Sala de estar: poderá estar no GII ou GIII. Nesse caso, pode-se definir pela
complexidade do projeto. Caso tenha quebras e construções, ele é do GII,
contudo, mesmo que não tenha quebras e construções, se possuir 2 detalhamentos de
móveis unidos com detalhamento de forro e elétrica, ele passa para o GI.” Eliana
Todeschini, designer.
Portanto, mesmo que um ambiente não possua pontos de hidráulica e esgoto, como é o caso
de salas e dormitórios, poderá se enquadrar no Grupo I em função da complexidade do
projeto. Esta análise deverá ser feita cuidadosamente pelo autor do projeto após receber o
briefing do cliente.
2. Checar no site do Sinduscon o CUB atualizado para o tipo de construção e região onde o
projeto será desenvolvido:
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Como cobrar por projetos de interiores?
No caso de nosso exemplo, para um projeto com 190 m² e pertencente ao Grupo I, o fator de
multiplicação é igual a 0,15.
VPI = R$ 42.500,62
Eliana Todeschini ressalta que essa foi a melhor forma que encontrou para fazer o
orçamento de seus projetos, pois pode considerar a complexidade de cada trabalho,
flexibilidade que não encontramos em outros métodos estudados.
Perceba que, se descontarmos 40% dos honorários como sugerido pela designer, o valor do
projeto usado como exemplo cairia de R$ 42.500,62 para R$ 25.500,37. Se compararmos
com o valor de R$ 28.333,75 que calculamos com base na tabela de honorários da AEAO –
Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Osasco, seria uma diferença de quase R$
3.000,00 entre os valores de uma tabela e outra, ou seja, apenas 10%.
Assim, concluímos que não há uma diferença exorbitante entre um método e outro, pelo
menos para uma residência de 190m². De qualquer forma, sugiro que faça outras simulações
e tire suas próprias conclusões.
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Como cobrar por projetos de interiores?
A famosa RT – Reserva Técnica é uma comissão que um profissional recebe por indicar os
produtos de uma determinada empresa parceira. Ela existe entre arquitetos, engenheiros,
designers de interiores e também em outras categorias profissionais. As lojas de móveis são
as empresas campeãs na distribuição de RTs entre arquitetos e designers de interiores
sendo que, algumas, dão a comissão também em produtos ou premiam com viagens.
O grande problema da RT é se ela é legal ou não, se é ético ou não recebê-la. Mas temos
também outros problemas paralelos:
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Como cobrar por projetos de interiores?
A Associação Brasileira de Designers de Interiores - ABD, por outro lado, defende a Reserva
Técnica como uma forma de valorização do profissional especificador e possui até uma
carta de intenções sobre o assunto para seus associados:
A Reserva Técnica deve ser vista como uma justa remuneração quando da prestação de
um serviço (especificação), não devendo ser paga apenas pela “intermediação” da
compra. A ABD como promotora do compromisso assume a responsabilidade de zelar
pela sua efetivação e aplicação segundo os princípios aqui estabelecidos:
- transformar a Reserva Técnica em uma prática ética e justa, que valorize a relação de
parceria entre Empresários e Profissionais;
A RT entre designers de interiores e arquitetos está tão disseminada no mercado, que várias
lojas de móveis têm regulamentos para cadastro e recebimento das comissões em espécie
ou em produtos. A loja Tok&Stok, por exemplo, só aceita cadastro de profissionais
associados a entidades de classes como o CAU, CREA e ABD. E, para receber em dinheiro,
o profissional deverá fornecer nota fiscal de serviços, pois especificou os produtos da loja e
essa atividade é reconhecida pelo fornecedor como uma prestação de serviço. O
fundamental no caso da Tok&Stok é que se o cliente comprar sem o acompanhamento de um
profissional, o valor da RT não é descontado do total a ser pago pelos produtos adquiridos.
Então, não há ônus para o cliente, uma vez que pagará o mesmo valor com ou sem a
indicação de um arquiteto ou designer de interiores.
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Como cobrar por projetos de interiores?
“
Estou no quarto ano de arquitetura e trabalho com marcenaria e projetos de
interiores e gostaria de dar minha humilde opinião. Como cristão, não obrigo e
nem acho justo cobrar comissão de 10% para indicar um marceneiro, pedreiro
ou pintor como acontece muito aqui em Salvador. Concordo menos ainda em alterar
o valor do serviço que recebo de um fornecedor antes de passar ao cliente. Porém, as
lojas me dão uma comissão que varia entre 5 e 15% por indicar determinado
produto. Daí eu aceito e não vejo problemas, pois se a loja quer dar bonificação, o
problema é dela. Não obrigo o cliente a comprar nas lojas parceiras, ele é livre para
comprar onde quiser, contanto que seja o material especificado. Não vejo como RT,
independente disso, vejo como uma comissão que a loja me oferece.” Alan Oliveira,
estudante de arquitetura em Salvador/BA.
Mas, se o CAU proíbe e a ABD recomenda, devo cobrar ou não RT de meus clientes??
Eu diria que depende... como arquiteta, eu não cobraria, pois vai contra o código de ética de
meu conselho de classe (CAU). Se eu fosse designer de interiores associada à ABD,
cobraria, pois não estaria ferindo nenhuma regra, muito pelo contrário.
Ah, como seria bom se a resposta fosse tão simples assim! A RT envolve muito mais que
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Como cobrar por projetos de interiores?
uma simples comissão. Precisamos entender bem a diferença entre comissão pela simples
indicação de um fornecedor e honorários pela prestação de serviço pelo estudo,
especificação e acompanhamento do cliente à loja.
O problema é que muitos profissionais recebem a RT por “baixo dos panos”, como se
estivesse recebendo propina ou fazendo algo ilícito. Quando praticada dentro de normas
estabelecidas pela ABD, a comissão é defendida abertamente por profissionais de renome
no mercado. Veja o que disse Roberto Duailib em uma palestra durante a CONAD 2008 -
Congresso Nacional de Design de Interiores:
“
O profissional tem todo direito de receber comissão por um produto que indica.
Afinal, vocês são responsáveis por tudo que colocam dentro da casa de seus
clientes, se algo der errado, o cliente vai ligar para você. Então, nada mais justo
que vocês sejam remunerados por essa responsabilidade. No entanto, é preciso
estabelecer regras, porcentagens fixas e sem dúvida, obedecer a normas de uma
associação, como a ABD, por exemplo, que crie parâmetros para a prática da RT.”
Roberto Duailib, sócio-diretor da agência de publicidade DPZ
A designer Claudia Bergamasco concorda com Duailib e ainda afirma que o cliente não pode
ter prejuízo em hipótese alguma na cobrança de RT:
“
Alguns designers de interiores adotam como prática o recebimento de
fornecedores uma remuneração denominada Reserva Técnica (RT) pela
especificação de seus produtos e serviços. Essa prática é aprovada pela ABD,
mas deve acontecer sob rígidas condições éticas e não implicar em qualquer prejuízo
de ordem técnica ou econômica para o cliente.” Claudia Bergamasco, designer e jornalista.
Quando o profissional recebe RT fora das normas da ABD, indicando produtos e serviços
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Como cobrar por projetos de interiores?
Só para dar uma ideia: pedi a três empresas respeitadas que orçassem armários e
cozinha. Depois, negociei pessoalmente:
– Não há arquiteto, nem vocês terão de pagar RT. Quero desconto.
Todas começaram oferecendo 40%! Suponho que era a margem da RT. Soube de
casos, à boca pequena, entre os mais estrelados, em que a RT é de 100%.
Sinceramente, acho o nome RT pouco apropriado. Melhor seria propina. Do que se trata
a tal RT, senão de uma propina paga pelo fornecedor ao profissional?
Nem todos os profissionais agem assim. Mas a prática tornou-se comum. Pior: admitida.
De fornecedores de vasos sanitários a galerias de arte, todo mundo dá propina. Está na
hora de moralizar a relação entre cliente, designer e arquiteto. Seria preciso proibir a RT,
com penalidades. E acabar com a cobrança por percentagem. Na obra e na decoração,
o preço deveria ser por metro quadrado, como ao fazer a planta.
Sobre a Reserva Técnica, a ABD repudia qualquer outra denominação para o repasse,
bem como o livre comércio de serviços e produtos desapegado da ética de mercado,
opondo-se a quem favorece somente o lucro acima de tudo e de todos renegando
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Como cobrar por projetos de interiores?
Se o cliente resolve pagar RT, então se estuda um desconto para os honorários referentes ao
projeto. Mas até aqui existe polêmica. O arquiteto André Lenza, em entrevista ao site
CasaPRÓ, ressaltou que diminuir o valor do projeto em função de recebimento de RT é se
desvalorizar como profissional. Veja sua resposta quando indagado se é a favor da RT:
“
Sim, mas com ressalvas. A partir do momento em que se diminui o valor
cobrado do projeto, porque está se levando em conta a RT que será ganha no
projeto, é errado. Você se diminui como profissional. Também sou contra
indicar um material de qualidade inferior somente porque irá ganhar mais RT. Isto é
um absurdo!” André Lenza, arquiteto e urbanista, Goiânia/GO
Por outro lado, o designer Paulo Oliveira, especialista em lighting design, dá 10% de
desconto no valor do projeto para o cliente que concordou com a RT e se comprometeu a
comprar apenas nos locais indicados por ele. Quando o cliente prefere pagar o preço total do
projeto, então o designer “obriga”, em suas próprias palavras, o lojista a dar o desconto da
RT para o cliente. Veja as dicas que o designer deu em um artigo de seu blog:
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Como cobrar por projetos de interiores?
“
Não posso deixar de citar a existência das RTs nessa negociação. Sempre deixo
isso bem claro para meus clientes e explico direitinho como elas funcionam. Se
o cliente não quer com RTs e resolveu pagar o preço total, fazer o quê? Obrigo
os lojistas a darem os 10% de desconto extra para os clientes após o fechamento do
preço. Mas se ele quer o valor com as RTs, dou um desconto de 10% no valor total e
ele se compromete a fazer as compras apenas onde eu indicar.
Isso tem que ser muito bem negociado e você tem de ser mais esperto que os lojistas.
Jamais fale do desconto das RTs antes do vendedor apresentar o valor final do
orçamento. Afinal, dentro deste valor ele já embutiu os 10% das RTs que vai te
pagar. Fechado o valor e negociados os descontos do cliente, dai você entra e pede o
abatimento dos 10% de suas RTs. A grande maioria das lojas não gosta disso, torce o
nariz, te chama no canto pra ‘conversar’, porém quem não gosta não trabalha
eticamente com seus clientes logo, não merece vender. Pule para o próximo
fornecedor então.” Paulo Oliveira, especialista em lighting design.
Já para Cris Polli, arquiteta carioca, não existe situação correta ou errada. Ela acredita que a
remuneração deve ser compatível com o trabalho executado, qualquer que seja:
“
Esse assunto rende muitas opiniões e situações diferentes... mas, como
arquiteta, digo que nosso trabalho merece sim ser valorizado, desde uma ‘dica’
a um amigo até um grandioso projeto. A ética está em cobrar preço justo... e
sabemos que muitos que não aceitam a Reserva Técnica cobram valores
astronômicos por um laudo ou uma visita técnica. Não acho que exista situação
certa... ou errada! Mas a situação tem que ser justa pelo trabalho executado... seja
acompanhando o cliente a uma loja ou desenvolvendo um grande projeto.” Cris Polli,
arquiteta, Rio de Janeiro/RJ.
Deixando as polêmicas de lado, voltemos à questão: cobrar ou não cobrar RT? Coloquei
esta pergunta em meu perfil no facebook e posso dizer que concordo com os comentários de
meus amigos e alunos virtuais: devemos cobrar pelo projeto e também para acompanhar os
clientes em visitas à loja, pois acompanhamento e especificação é prestação de
serviços!!
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Como cobrar por projetos de interiores?
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Como diz o grande Maguila: uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.
Arquiteto que recebe reserva técnica, sem conhecimento do cliente, por
comissão de venda de qualquer produto não é arquiteto, é vendedor... além de
majorar o valor para seu cliente, pode ser considerado como propina, o que é ilegal.
Pode até ficar rico, mas ai se esquece da arquitetura e induz mais gastos ao cliente.
Pela moralidade da profissão, o arquiteto deve ser remunerado pelo projeto que
idealiza e produz, por sua capacidade e competência.
Profissional competente respeita seu cliente! A loja oferece produtos pela mídia e faz
promoções, isto é mercado. O profissional orienta o cliente sobre suas características,
qualidades, aplicação, preço, etc. A decisão é do cliente. Relação de confiança e
respeito mútuo. RT com pagamento posterior é comissão pela venda, às vezes caixa
2, propina... e não honorários profissionais. Agora, acompanhar o cliente em visitas
às lojas e orientar escolha de compra é prestação de serviço profissional. Cobre por
isso como profissional competente.” Rogério Romeiro, arquiteto e urbanista, Taubaté/SP.
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A questão da RT ou dos programas de relacionamento é controversa por dois
motivos. Primeiro, o que vemos no mercado são profissionais cobrando valores
baixíssimos pelos projetos já contando com o recebimento de RTs para
compensar, o que acaba desvalorizando o trabalho dos profissionais de uma forma
geral e gerando uma concorrência desleal, além de "forçar" os clientes a comprar em
determinadas lojas. Segundo, muitas lojas ajustam os preços dos produtos
dependendo do cliente. Quer dizer, se ele está acompanhado de um profissional
especificador aí o preço é mais caro, pois adiciona o valor da RT. Este panorama do
mercado realmente é antiético, injusto e desleal. Acredito que programas de
relacionamento, pontuações e RTs podem existir desde que não onere a compra do
cliente. Que esta reserva técnica saia realmente dos lucros dos fornecedores como
forma de fidelizar clientes. Mesmo porque especificar produtos demanda tempo,
pesquisa, estudo dos materiais, esforço, deslocamento. E quando se tem parceiros
fornecedores, as informações podem ser facilitadas com relação a dimensões,
especificidades, logística, formas de pagamento. Enfim, a forma de lidar com o
assunto é que se desvirtuou e tomou proporções indesejadas para ambos os lados,
profissionais e clientes.” Fernanda Garcia, designer de interiores, Franca/SP.
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Como cobrar por projetos de interiores?
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O profissional, seja ele designer de interiores ou arquiteto, precisa cobrar pelo
seu trabalho, que inclui o valor do projeto e, se o cliente quiser ou precisar, o
acompanhamento durante visitas às lojas. Então, no meu caso, eu cobro pelos
dois: projeto e porcentagem sobre os produtos que especifiquei e indiquei durante as
visitas.” Stella Pupo, designer de interiores, Apucarana/PR.
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Sou a favor de cobrar, além do projeto, também RT. Dependendo do local onde
você acompanha o cliente, gasta-se muito tempo e gasolina e, às vezes, quando
o cliente escolhe um produto, a porcentagem da comissão não paga nem a
gasolina e nem a conta do celular.” Neia Mackjevicz, designer de interiores, Apucarana/PR.
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Como cobrar por projetos de interiores?
A consultoria ou projeto de interiores on-line é uma modalidade com custo mais acessível
para o cliente e está disponível para qualquer local do Brasil ou exterior. Para o cliente, a
principal vantagem é um projeto mais rápido e menos oneroso e, para o profissional, vale a
flexibilidade de trabalhar em qualquer local ou horário, pois os atendimentos geralmente são
feitos via Skype.
Para iniciar os trabalhos, o cliente envia todas as informações disponíveis para o profissional:
plantas, dimensões, fotos do ambiente, referências de decoração, preferências, enfim, tudo
que o designer precisa saber para começar a trabalhar.
Alguns escritórios entregam o layout preliminar entre 3 e 5 dias úteis e, após os comentários
do cliente, faz as revisões e desenvolve o restante do projeto com plantas, vistas pertinentes
para o entendimento do projeto, 3D com sugestões de acabamentos, cores, mobiliário, etc. O
projeto de gesso e iluminação pode ser incluído ou não.
Um site muito interessante que trabalha dessa forma é o “Decora.do”. Nele, o cliente pode
encontrar o projeto de decoração que mais lhe agrade, pagando um preço acessível. .
Porém, já alerto aos profissionais interessados que, consequente, o valor oferecido
pelo site para a elaboração de projetos também é muito baixo.
São vários profissionais que atuam em um tipo de “concorrência” para poder entregar o
melhor projeto para o cliente que enviou previamente um ambiente para ser decorado.
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Como cobrar por projetos de interiores?
O cliente receberá diversos projetos durante 30 dias, com dicas e sugestões para se chegar
ao projeto perfeito para ele. O autor do projeto vencedor envia ao cliente o projeto executivo,
com tudo que o cliente preciso para decorar ou reformar o ambiente.
A ideia do site é promover profissionais que possuem talento, mas não têm meios de atingir a
visibilidade que profissionais de renome possuem. O Decora.do se intitula a ponte entre os
clientes e profissionais de qualidade espalhados por todo o país.
Essa plataforma é muito interessante para quem está iniciando no ramo, pois possibilita
divulgar seu trabalho nacionalmente, podendo trabalhar com a diversidade de cultura
regional que existe no Brasil. Porém, como o valor dos honorários para o ganhador da
concorrência é baixo, acho que vale a pena apenas para os novatos na área ou para
quem estiver desempregado. E, mesmo assim, apenas por um período para ganhar
experiência ou ocupar o tempo livre.
Com a intenção de fazer a diferença na vida das pessoas, o site procurou quebrar o tabu que
envolve a decoração de interiores, de que é um serviço caro, inacessível para a maioria da
população. A ideia é bacana desse ponto de vista, mas já vi vários comentários no facebook
de profissionais revoltados porque acreditam que o valor dos projetos desvaloriza a
profissão. E, de certa forma, desvaloriza mesmo.
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Como cobrar por projetos de interiores?
portfólio, meu cadastro foi aprovado. Recebi alguns convites desde então para participar de
concorrências de projetos, mas não aceitei nenhum porque não é meu foco.
Se você deseja oferecer seus serviços de forma on-line, mas não quer participar de
concorrências e sim ter seu próprio site, conheça alguns profissionais que possuem
experiência em projetar on-line. Todas as informações são da jornalista Cecília Arbolave e
foram publicadas em 2012 no site da revista Casa Claudia:
CRISTIANE DILLY
A arquiteta gaúcha trabalha em São Paulo e oferece projetos online. O cliente envia um
e-mail com fotos do ambiente a ser decorado, suas dimensões, a descrição do que
existe no espaço e informações sobre aquilo que gostaria de mudar. A equipe do
escritório faz o orçamento e, depois da aprovação, manda em até sete dias a planta
baixa, as vistas e o croqui em 3D (uma maquete feita no computador), além da
indicação de fabricantes. O valor de um projeto on-line fica cerca de 40% mais barato
que um projeto padrão. O m² sai em torno de R$ 60,00.
NATÁLIA SHINAGAWA
A arquiteta oferece atendimento online e gratuito no site do escritório Arquitetura +
Interiores, em que o internauta pode tirar dúvidas sobre diferentes questões. Após a
consulta, a pessoa pode fazer uma doação ao escritório no valor que achar justo. O
internauta também pode agendar uma consultoria virtual de até 60 minutos (R$ 125) ou
encomendar um projeto online, que costuma ser 40% mais barato que o convencional.
Em alguns casos, a arquiteta pode fazer uma visita na casa do cliente. Em São Paulo, o
valor seria de R$ 200 a R$ 250, e para outras regiões, o escritório conta com
profissionais parceiros que podem fazer a visita.
RENATA ROCHA
A designer de interiores começou neste ano (2012) a oferecer projetos exclusivamente
pela internet. No site, o projeto luminotécnico para uma sala de 15 a 30 m² custa
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Como cobrar por projetos de interiores?
GABRIELA CLAUSA
A designer de interiores realiza projetos à distância que começam com um questionário
ilustrado para poder entender os gostos e necessidades do cliente. Os valores giram em
torno de R$ 400 a R$ 600 por ambiente. O serviço inclui o estudo prévio, projeto de
planta baixa decorada e memorial descritivo completo (com detalhamento de pisos,
revestimentos, projeto de móveis, gesso e iluminação e objetos decorativos etc.) e uma
estimativa de orçamento.
Penso que o universo da Internet é ilimitado para quem tem criatividade e prioriza a relação
custo x benefício na profissão, pois possibilita o atendimento aos clientes de modo flexível,
com horários previamente agendados, além de atingir uma parcela crescente de
interessados. A visibilidade que o profissional atinge com trabalhos online é infinitamente
maior, além de mais enriquecedora, pois possibilita a diversidade de conhecimentos e troca
de experiências.
Com essas dicas, espero que você designer de interiores ou arquiteto (a) possa se situar
melhor e mais adequadamente frente aos profissionais que já estão sedimentados no
mercado, sendo capazes de prestar um serviço de qualidade por um preço justo para o
cliente e para seus projetos.
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Como cobrar por projetos de interiores?
Considerações finais
Bem, vimos que existem diferentes formas de cobrarmos por um projeto de interiores. A
região de atuação do professional, o tipo de projeto, o perfil do cliente e até mesmo o
curriculum do profissional influenciam no valor final do projeto.
Eu, pessoalmente, já deixei bem clara minha opinião: o melhor método de precificação para
projetos de interiores é aquele apresentado pela designer carioca Eliana Todeschini que usa
uma combinação bem interessante entre a tabela do Guia de Orientação Profissional que
é produzido pela Associação de Arquitetos de Interiores do Rio Grande do Sul e a tabela do
CUB que pode ser baixada no site do Sinduscon. Considero o método mais coerente por
considerar o tamanho da área de intervenção bem como a complexidade do projeto e
trabalhos a serem desenvovidos.
Agora cabe a você, querido leitor, analisar os métodos que apresentei neste e-book,
pesquisar os preços praticados em sua região, considerar sua experiência professional e
expertise e, então, desenvolver seu próprio método para elaboração de projetos de
interiores.
Finalmente, se você puder colaborar com sua experiência em orçamentos de desenhos (2D
e 3D) e projetos de arquitetura, de interiores e de engenharia, terei imenso prazer em incluir
seu depoimento e dicas em meus e-books. Basta que envie um e-mail para
mkt@cursosconstruir.com.br com seu nome completo, profissão e cidade em que atua. Pode
discordar dos valores divulgados neste e-book, corrigir qualquer informação, desde que
justifique e “abra o jogo” sobre os valores e forma com que elabora seus orçamentos! Tenha
certeza que ajudará estudantes e profissionais do Brasil inteiro!!
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Como cobrar por projetos de interiores?
Referências consultadas
ARBOLAVE, Cecilia. Conheça profissionais que trabalham de forma mais acessível.
Disponível em: <http://casa.abril.com.br/materia/conheca-profissionais-que-trabalham-de-
forma-mais-acessivel>. Acesso em: 8 jul. 2014.
CARRASCO, Walcir. Arquiteto, designer & propina. Revista Época. 8 de outubro de 2012.
Disponível em: <http://revistaepoca.globo.com/vida/walcyr-carrasco/noticia/2012/10/arquiteto-
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Como cobrar por projetos de interiores?
TODESCHINI, Eliana. Como o profissional de design de interiores pode cobrar por seus
projetos? Rio de Janeiro, 2011. Disponível em:
<http://innteriores.wordpress.com/2011/11/14/como-o-profissional-do-design-de-interiores-
pode-cobrar-por-seus-servicos/>. Acesso em: 10 nov. 2014.
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Como cobrar por projetos de interiores?
UOL UNIVERSO ON-LINE. Bate papo com João Armentano. Disponível em:
<http://tc.batepapo.uol.com.br/convidados/arquivo/arquitetura/joao-armentano-arquiteto-e-
decorador.jhtm>. Acesso em: 10 nov. 2014.
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