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Plano de enfrentamento DCNT 2012- 2022

EIXOS

1. Vigilância, informação,

avaliação e monitoramento

2. Promoção da Saúde

3. Cuidado Integral
AVC
•Maior causa de óbito no
Brasil;

•Incidência de 400 mil


casos/ano;

•Letalidade de 10% a 55%;

•40% das vítimas morrem


após o 1o. ano;

•70% não retornam ao


trabalho;

•30% necessita de auxílio


para deambulação;
Fluxo da Linha de Cuidado do AVC
• Prevenção e promoção Doenças
Pré-Evento e crônicas não transmissíveis;
• CT/trombólise , Centro AVC (I)
Evento –fora • Serviços 24h de Urgência;
do Hospital • SAMU 192 (regulação e
remoção)

Evento • Centros de AVC (II,III):


• AVC isquêmico (Protocolo de
Agudo - Trombólise);
• AVC Hemorrágico (Protocolos
Hospitalar específicos).

• Reabilitação
Ambulatorial;
• Atenção Especializada;
• Atenção Básica:
Pós - • NASF;
• SAD;
Evento • Academia da Saúde
• Reintegração Social e
ao Trabalho.
2 Intervenções que Modificam a
História Natural do AVC
• Manejo de emergência incluindo unidade de AVC
monitorada

• Tratamento específico do AVC isquêmico com trombólise


até 4,5 horas do início dos sintomas para restaurar a
perfusão e preservar a área de penumbra (Atualmente ainda
é o único tratamento de recanalização nível 1A de evidência para o AVC
isquêmico agudo)
Benefício do Trombolítico
NINDS rt-PA, ATLANTIS, ECASS = (N=2775)

OR= 2,8 OR= 1,5 OR= 1,4

“quanto antes melhor” Risco> benefício

Lancet, 2004; 363: 768-774


Modificação da história natural do
AVC
Unidade de AVC

•Monitorização na fase aguda do AVC para todos os pacientes


com equipe treinada e condutas padronizada

•29% de redução na dependência


•18% de redução na mortalidade
•25% de redução da necessidade de institucionalização

Nível 1A de evidência
Stroke 1997; 28: 1861-1866
O que é uma unidade de AVC?

Uma área definida, com leitos destinados a

pacientes com AVC atendidos por equipe

multiprofissional especializada em AVC.


 Pacientes são mais monitorados

 Mais tratamento de hipoxemia

 Mais tratamento da febre

 Mais controle de glicose e pressão arterial

 Avaliação preoce de disfagia – menos pneumonia

 Saída mais precoce do leito – menos complicações da

imobilidade

 Mais fisioterapia
Por que
Unidade de
implementar
AVC agudo
unidades de AVC?
Manejo de fase aguda Potencial impacto
• Atualmente é a única
intervenção que tem impacto
(internação 48-72 )
significativo na mortalidade

Benefício adicional:
novas terapêuticas • Pode ser utilizada para todos
de fase aguda
os pacientes com AVC (grande
– Trombólise número de pacientes)
endovenosa
– Sem necessidade
de leitos de UTI
• Pode ser utilizada com mínima
tecnologia
Minimizar o atraso na transferência entre os hospitais

vs

12 Km TC não disponível
5 Km

Hospital local
Sem tratamento agudo
20 Km
Atendimento do AVC não
se resume ao Hospital
rtPA IV
vs

TC disponível 24h/365 d
Centro de AVC
E após a fase aguda, o paciente ia para onde?

• Como sair
precocemente do
leito?
• Como
deambular?
• Avaliação de
disfagia?
Unidade de AVC Integral

• Continuidade ao
tratamento da fase aguda
• reabilitação precoce
• investigação etiológica
completa e rápida
• Equipe Multiprofissional
– Administrativo
– Enfermagem
– Fisioterapêuta
– Fonoaudióloga
– Nutricionista
– Farmacêutica
– Psicóloga
– Assistente Social
– Médico - neurologista
Marco Legal

OBJETIVO: OBJETIVO:
Auxiliar os Reduzir a morbimortalidade
serviços no manejo do pelo AVC no Brasil,
paciente com AVC agudo por meio do atendimento integral e
e servir como referência de continuado ao paciente,
conduta clínica para o vislumbrando todas as suas
Ministério da Saúde. demandas de atenção à saúde.
CENTRO DE AVC

Tipo I: estrutura o atendimento do AVC agudo +


trombólise + emergência 24 horas + TC + leitos
monitorados + neurologista disponível 24 horas
(local, sobreaviso ou por telemedicina)

Tipo II (Unidade de AVC Agudo)


Tipo I +
- Área física definida com pelo menos 5
leitos exclusivos para o AVC
- Para atendimento da fase aguda (até 72
horas do AVC)

Tipo III (Unidade de AVC integral )


Tipo II +
- Pelo menos 10 leitos exclusivos para o AVC
- Para atender ao AVC agudo e iniciar
reabilitação precoce até 15 dias
CUSTEIO DAS UAVE E TROMBOLÍTICO
Linha de Cuidado do AVC
Síntese do Financiamento

Custeio
Ano Total 2011-2014
UAVC R$ 368.550.000
Trombo R$ 67.319.209
Total R$ 435.869.209

Custeio
Ano Total 2011-2018
UAVC R$ 1.408.050.000
Trombo R$ 148.102.260
Total R$ 1.556.152.260
CENTROS DE ATENDIMENTO DE URGÊNCIA
TIPOS I, II, III AO PACIENTE COM AVC

- Atualmente, a Rede de Urgência e Emergência:


33 hospitais habilitados - 353 leitos (100 agudos e 253 integrais)

- Localização/UF: 02 - Bahia, 01 - Ceará, 04- Distrito Federal,


01 - Espírito Santo, 02 - Minas Gerais, 02 - Paraná, 15 - Rio
Grande do Sul, 03 - São Paulo, 01 - Pernambuco, 02 - Santa
Catarina
Atendimento do AVC
• População desconhece os sinais e sintomas
• Não sabe o que fazer, não sabe quem chamar
• Chega muito tarde no hospital
• Muitos hospitais não tem preparo para atender AVC
CAMPANHA MUNDIAL DE AVC

• Participação efetiva do Ministério da Saúde desde 2011,


quando foi eleita a melhor campanha mundial pela WSO
• Campanha de 2012: 56 cidades em todos os Estados
CAMPANHA MUNDIAL DE AVC
CAMPANHA MUNDIAL DE AVC
CAMPANHA MUNDIAL DE AVC
Montes
Claros
Sobral
São Paulo
Porto Alegre
CONGRESSO MUNDIAL DE AVC

Participação do Ministério da Saúde

Participação do Ministro da Saúde na abertura do


Congresso e habilitação 2 primeiros centros de AVC

Participação do Secretário Helvécio Miranda


falando do Programa de AVC no Brasil e no
recebimento do prêmio da melhor campanha
Mundial 2011
Dezembro de 2012
Lançado o ‘Manual de Rotinas
para atenção ao AVC’
30
31
EDUCAÇÃO CONTINUADA AVC
CURSO NACIONAL DE AVC: TRATAMENTO E PREVENÇÃOVC –
Atenção Básica, SAMU, UPA, Hospital

• Primeira parte online e segunda parte presencial


• Colaboração entre o Ministério da Saúde, a Sociedade Brasileira
de Doenças Cerebrovasculares, a Rede Brasil AVC, a Academia
Brasileira de Neurologia e a Associação Médica Brasileira
• Endossado pela World Stroke Organization
• Lançado em Junho 2012
• 204 neurologistas multiplicadores de todo o país treinados em
agosto 2012 – Congresso Brasileiro de Neurologia
• Desde dezembro 2012: 3500 médicos treinados + 2304 outros
profissionais da saúde
PESQUISA EM AVC

• Financiamento para pesquisa em AVC aprovada –


DECIT MS/CNPq
– 2 estudos solicitados pelo MS/SAS, oficialmente lançados:
• STEPS: estudo epidemiológico de base populacional de AVC
em 5 cidades (1 em cada região) – incidência e mortalidade
por AVC – Norberto Cabral
• RESILIENT: ensaio clínico randomizado trombectomia x
melhor tratamento clínico AVC até 6 horas do início dos
sintomas (para pacientes com contraindicação ou que
falham tratamento com trombolítico) – Sheila Martins e Raul
Nogueira
CONTINUING EDUCATION IN STROKE
NATIONAL STROKE COURSE: TREATMENT AND PREVENTION
OF STROKE
Primeiros Resultados no país
ATENDIMENTO DO AVC EM FORTALEZA
Resultados Hospitalares

AUMENTO DO NÚMERO DE
PACIENTES TRATADOS COM
TROMBÓLISE
NO CENTRO DE AVC

5% 4.5% 2010- 2011-


2009-
3.7% Hours 2011 2012
4% 2010
N = 3232 (N = (N =
(N = 1599)
3% 1608) 1034)
2% In-hospital
27% 21% 17%
1.1% mortality
1%

0%
2009-2010 2010 - 2011 2011 - 2012
* p<0.05

* p<0.0001
ATENDIMENTO DO AVC EM PORTO ALEGRE
Resultados na cidade

AUMENTO DO NÚMERO DE
Queda da Mortalidade por AVC na
PACIENTES TRATADOS COM
cidade após a implantação da
TROMBÓLISE
Linha de Cuidado
NO MUNICÍPIO
8,0%
7,5%
25,0%
6,0%
5,3% 20,0%
4,0%
15,0%
23,0%
2,0% 1,7% 10,0%
14,0%
0,0% 5,0%
2008 2009-20102011-2012 0,0%
2011-2012 2012-2013
* p<0.0001
O que mudou com a instituição da LCAVC?

ANTES DEPOIS

Hospitais Nenhum investimento em hospitais Investimento em Unidades de AVC

Reembolso pelo 800,00 reais – AIH 7 a 14 dias de R$ 350,00 / dia por leito para
atendimento do hospitalização pacientes atendidos em Unidades de
AVC AVC

Trombolítico Pago pelas autoridades de saúde Pago pelo Ministério da Saúde


locais ou hospitais

Custo do R$ 3.800,00 por paciente R$ 1.000,00 por paciente


Tratamento com
trombolítico
Educação para - Ministério da Saúde + Sociedades
profissionais da
saúde
HCPA dezembro 2005
HCPA 2014
Medidas de Performance Antes e Depois
HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE

MODIFICAÇÃO DOS TEMPOS DE ATENDIMENTO

Tempos Antes Unidade AVC Depois Unidade AVC

Porta -médico 6 horas 10 minutos

Porta- TC 12 horas 25 minutos

Porta-trombólise
14 horas 68 minutos
Indicadores U-AVC
Equipe de Fisioterapia

Saída Precoce do Leito

5% 6%
24h
8%
48h

72h

Não Saíram do leito


81%

Julho 2013- Junho 2014


Aperfeiçoamentos das Técnicas de Reabilitação
do AVC
Implementação das Unidades de Tratamento Agudo do AVC e de
Atendimento Integral

Tempo de Internação (dias) Unidade Vascular


(AVC Agudo) Unidade de
AVC Integral

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013


Dias de internação em CTI

Dias CTI

1,4
1,2 1,3
Dias

1
0,8
0,6
0,4
0,6
0,2
0
Antes U-AVC Integral Após U-AVC Intergral
2008 a 2012 2013
P=0,02
Taxa de pneumonia em pacientes pós
AVC
% Pneumonia
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Antes U-AVC Integral Após U-AVC Intergral
2008 a 2012 2013
P= 0,001
Óbitos em 3 meses em pacientes com AVC

% Óbito
14
12
10
8
6
4
2
0
Antes da U-Vascular Antes U-AVC Integral Após U-AVC Intergral
2005 2008 a 2012 2013

P= 0,001
SAMU e Origem dos Pacientes

• Dos AVCs atendidos no Hospital


– 54% procura Espontânea
– SAMU 43% (destes 17% vem de outro hospital)
– Outro Pré Hospitalar 3%
• Dos pacientes que o SAMU tras com suspeita de AVC
– 85% o diagnóstico está correto
• Dos pacientes trombolisados no Hospital
– 87% vem pelo SAMU
REDE DE AVC PORTO ALEGRE - METROPOLITANA2008-2012
4.000.000 habitantes

Pronto Socorro Canoas


public

Hospital de Clínicas
Public Universitary

Moinhos de Vento
Private
Mãe de Deus
PUC Private
Public/private
Universitary

Hospital Conceição
Public
REDE DE AVC PORTO ALEGRE – METROPOLITANA 2013
4.000.000 habitantes

Pronto Socorro Canoas


public

Hospital de Clínicas
Public Universitary

Santa Casa
Public
Moinhos de Vento
Mãe de Deus Private
PUC Private
Public/private
Universitary
Hospital Conceição
Public
IAM
• Brasil, 2012:
• 300 mil casos IAM - 84.945 mortes
(50% extra-hospitalar)
• Mortalidade em internados com IAM
no SUS/Brasil, 2007: 16,1%
– No sistema privado <5%
Fluxo da Linha de Cuidado do IAM
• Prevenção e promoção Doenças
Pré-Evento e crônicas não transmissíveis;
Evento –fora • UPA 24h;
• Serviços 24h de Urgência;
do Hospital • SAMU 192 (regulação e
• remoção)

Evento • Reperfusão:
• Trombólise química
Agudo - • Angioplastia primária
Hospitalar • Internação UCO

• Atenção Especializada –
clopidogrel 9 meses;
• Atenção Básica:
• NASF;
Pós -Evento • SAD;
• Academia da Saúde
• Reintegração Social e ao
Trabalho.
Linha de Cuidado do
Infarto Agudo do Miocárdio - IAM

Disponível em: www.saude.gov.br/mediaealta


Linha de Cuidados ao
Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)
• OBJETIVOS:
1. Implantar protocolos rígidos de tratamento de reperfusão imediata
2. Utilizar métodos de telemedicina para diagnóstico precoce
(Expansão do Tele ECG nos SAMU e UPA)
3. Qualificar o atendimento ao infarto
4. Criar mecanismo de financiamento e ampliação de leitos de
Unidades Coronariana (UCO) para hospitais que se habilitem a
participar da rede
5. Ampliar o acesso a Angioplastia Primária
6. Garantir o fornecimento de medicamentos
7. Ampliar acesso na RAS para o cuidado e prevenção IAM
Linha de Cuidado do IAM
• Tecnologias para a Assistência na Linha de
Cuidado do IAM:
– Medicamentos:
• Alteplase - Injetável (10, 20 e 50 mg)
• Tenecteplase - Injetável (40 e 50 mg)
• Clopidogrel - Comprimido (75 mg)
– Procedimento com Finalidade Diagnóstica:
• Dosagem de Troponina
– Procedimentos Clínicos:
• Tratamento do IAM
• Tratamento da Síndrome Coronariana Aguda
(SCA)
– Procedimento Cirúrgico:
• Angioplastia Coronariana Primária
Linha de Cuidado do IAM

• Disponibilização de recursos financeiros para investimento na


Linha de Cuidado do IAM nos Estados, Distrito Federal e
Municípios;
• Montante : R$ 34.996.090,80
MEDICAMENTOS E PROCEDIMENTOS ESSENCIAIS A SEREM INCORPORADOS

Linha de Cuidado do IAM


Novas medicações até 2014 nas 37 RM
Custeio de novas drogas para IAM nas 37 RM
Ano Total
Clopidogrel R$ 50.400.000,00
Trombolítico R$ 84.000.000,00
Total R$ 134.400.000,00

Investimento em angioplastia primária


Incentivo para aumento de angioplastia primária
Ano Total
% 30%
Angioplastia Primária R$ 46.000.000,00
Total R$ 46.000.000,00

Custeio Tele ECG


Tele ECG
Ano Total
10 RM R$ 8.000.000,00
27 RM R$ 3.200.000,00
Total R$ 11.200.000,00
Linha de Cuidado do IAM
Unidade de Terapia Intensiva Coronariana
Unidade Coronariana (UCO)
OBJETIVO:
– Oferecer cuidado a pacientes com síndrome coronariana
aguda:
• Infraestrutura típica de Terapia Intensiva
• Investimento de R$ 100.000,00 por leito
• custeio de diária de R$ 800,00
Linha de Cuidado do IAM
Unidade de Terapia Intensiva Coronariana
Unidade Coronariana (UCO)
Novas ações
Trombolítico
Tenecteplase

Mortalidade IAM/ano – 84 mil


 50% fora Hospital e na 1 hora

Redução 17% mortalidade


 8.300 pessoas beneficiadas

Acordo preço
 R$ 100,00/mg – R$ 45,00/mg
 R$ 19 milhões – R$ 8,5 milhõe
 Integral pelo MS
Experiência de Salvador na
Linha de Cuidado ao IAM
• Rede regionalizada de atenção ao IAMCSST
– Julho de 2009

• Registro Soteropolitano do IAMCSST (RESISST)


– Janeiro de 2011
– Estudo observacional com 526 pacientes (jan-11 a ago-13)
– Admissão em 23 unidades públicas de saúde
• 07 hospitais gerais, 16 unidades pré-hospitalares
• 02 centros de referência em cardiologia (CRC) com hemodinâmica
– Acompanhamento por telefone por 30 dias
– Análise estatística
RESISST - Salvador Rede regionalizada integrada
de atenção ao IAMCSST

Unidade de Saúde

TELEMED
Livre demanda: Telemedicina
ECG
Paciente procura US fornece laudo

SMS em caso de
Supra de ST

Busca ativa por telefone


pela Equipe do Protocolo
IAM SAMU 192

Confirmação
SIM diagnóstica de NÃO Encerrar
IAMCST ?

Dentro da
NÃO
janela?

Reperfusão Química
SIM
USA Trombólise
Abertura de Acompanhamento
ocorrência: (RESISST)
Regulação SAMU Reperfusão Mecânica
192
Centro com Angioplastia
Hemodinâmica Primária
RESISST - Salvador
Número de pacientes incluídos por semestre, 2011-2013

Tabela 1. Características gerais da amostra (n=505)


Idade (média ± DP) 62 ± 12
Sexo masculino 280 (55.4)
Comorbidades selecionadas
Hipertensão 385 (76.3)
Diabetes Mellitus 185 (36.6)
AVC/AIT prévio 90 (17.9)
IAM prévio 71 (14.0)
Apresentação clínica
Dor típica 94 (18.7)
Killip ≥ 2 à admissão 184 (36.4)
Os dados são apresentados como n (%), exceto se especificado
DP: desvio-padrão; AVC: acidente vascular cerebral; AIT: acidente
isquêmico transitório; IAM: infarto agudo do miocárdio.
RESISST - Salvador
Evolução temporal no uso de Tratamento Adjuvante
Otimizado (TAO), 2011 – 2013.
TAO: uso combinado de AAS, Clopidogrel,
BetaBloqueador, Estatina e IECA/BRA Aumento de 24,2% no uso da estatina

Evolução temporal no uso de Estatina, 2011 – 2013.

Aumento de 29,55% no uso do TAO


RESISST - Salvador

Evolução temporal no uso de AAS, 2011 – 2013.

Evolução temporal no uso de Clopidogrel, 2011 –


2013.

Aumento de 34% no uso da terapia


antiplaquetária dupla (AAS + clop)
RESISST - Salvador
Evolução temporal na aplicação de Reperfusão
Primária, 2011 – 2013.

Aumento de 46% na realização de


reperfusão primária
RESISST - Salvador
Evolução temporal na transferência para Centro de
Referência em Cardiologia, 2011 – 2013.
RESISST - Salvador

• No período analisado, observou-se:


- Tratamento de fase aguda baseado em evidência
- Reperfusão primária
- Transferência para unidades habilitadas em Cardiologia
- Redução da mortalidade
• Diante da não ampliação significativa do arsenal terapêutico ou
expansão da rede de saúde, a consolidação de uma rede de
atenção ao IAMCSST em Salvador/BA e seu registro sistemático
parecem ser fatores responsáveis pela melhoria no prognóstico
destes pacientes.
Impacto

• A Linha de Cuidados inserida numa rede de emergências


cardiovasculares pode garantir:

– a padronização de critérios na atenção cardiovascular de urgência

– a educação continuada de pacientes, profissionais e da comunidade

– a definição de um fluxo custo-efetivo no cuidado a esses pacientes

– a redução da morbimortalidade associada

(Graham et al, 2012)


DESAFIOS PARA A VERDADEIRA LC - Mortalidade
por IAM/AVC Considerando o Evento
Trombótico
Promoção/Prevenção
1-RUE
Fatores de Risco
2- capacitação equipe
Obesidade/HAS/DM
Antes Durante 3- regulação
o “Tempo é
do músculo/cérebro e
evento evento vida”

Após o
evento

Promoção/Prevenção
Fatores de Risco
Obesidade/HAS/DM AE Amb
AE Amb
Mortalidade por IAM/AVC Durante o • Início sintomas e não • RUE
DESAFIOS PARA A VERDADEIRA LC -
valorização • Trombólise (IAM)
• Acionar SAMU • Regulação
• Equipe capacitada

FASE
Evento Trombótico

FASE PRÉ ATENDIMENTO


ATENDIMENTO PRÉ-
HOSPITALAR

FASE
ATENDIMENTO
HOSPITALAR

• Local adequado
• TC (AVC)
• Angio (IAM)
• Trombólise (IAM/AVC) mulheres
• estabilização
Próximos passos e Estratégias para divulgação/implementação das LC

1. Grupo Condutor da RUE e PAR/levar as linhas conjuntamente, a RUE está se


estruturando;

2. Mudar processo de trabalho dos pontos de atenção;

3. Flexibilizaçao dento de regiões com perfis assistenciais diferentes (inclusive


capitais Ex SP);

4. Educação Permanente, Telessaúde


SOBREPESO E OBESIDADE- CIRURGIA
BARIÁTRICA

Linha de Cuidado
da Pessoa com
Doença Renal
Crônica -DRC

Brasil:
Definição
 A DRC é caracterizada pela perda progressiva da função renal

 Definida quando a taxa de filtração glomerular (TFG) < 60ml/min/1,73m² por pelo
menos três meses consecutivos ou quando há dano renal parenquimatoso

* TFG - função renal → capacidade dos rins de eliminar uma substância do sangue
Dados Epidemiológicos
• Principais causas de DRC nos
pacientes em TRS:
Hipertensão Arterial Sistêmica
Diabetes Melitus

• Principais desfechos nos pacientes


com DRC:
 Mortalidade
 Progressão para TRS
 Doença Cardiovascular
Definição
Classificação da DRC segundo a TFG:

Estágio TFG (ml/min/1,73 m2)


1 ≥ 90
2 60 – 89
3a 45 – 59
3b 30 – 44 Tratamento Conservador
4 15 – 29
Pré-Diálise
5 < 15
Evolução da DRC

Doença Renal Crônica (DRC)

Perda progressiva e irreversível da função renal

Doença Renal Crônica Terminal (DRCT)

Terapia Renal Substitutiva (TRS)

Diálise
Hemodiálise Transplante
Peritoneal
O Cuidado à Pessoa com DRC ...
 Toda a atenção está voltada para TRS
(praticamente só hemodiálise)
 Desarticulação dos serviços de diálise com o
restante da rede assistencial
 Porta de entrada é a Emergência Hospitalar
(70%)
 Início da TRS em situação desfavorável
Propostas de mudanças
INSERÇÃO DA DRC NA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE DAS
PESSOAS COM DOENÇAS CRÔNICAS

Prover ações e serviços de saúde com garantia de acesso equânime a


uma atenção integral, resolutiva, de qualidade, humanizada e em
tempo adequado.

Através da organização e
desenvolvimento
de uma linha de cuidado da DRC
Cuidado Integral

1. Diretriz Clínica da DRC


2. Portaria GM/MS n°389 de 13 de março de 2014
3. RDC/ANVISA n°11 de 13 de março de 2014
Diretrizes Clínicas para o Cuidado ao Paciente com
DRC no Sistema Único de Saúde

 Objetivo
Pontos abordados na Diretriz Clínica
Oferecer orientações às equipes
multiprofissionais sobre o cuidado da  Estratificação de risco
pessoa com diagnóstico de DRC
 Abordagem do cuidado da pessoa
com diagnóstico de DRC
 Consulta Pública nº 16 finalizada dia
20 de setembro de 2013
 Estratégias de prevenção

 Diagnóstico

 Manejo clínico

 Abordar todo o cuidado necessário


para as pessoas com DRC

 Não apenas TRS


Linha de cuidado

1. Propor uma organização do cuidado à pessoa com DRC de tal


forma que se valorize também a atenção em fases não terminais;
2. Induzir, na RAS, os fluxos de atenção à pessoa com DRC através
da responabilização dos pontos de atenção, seja nas competências
de cuidado, bem como nas suas referências regionais;
3. Fortalecer as ações de promoção da saúde e prevenção de agravos
ou fatores de risco à DRC
4. Incentivar o acompanhamento na atenção especializada
ambulatorial pré-diálise, não mais apenas na AC-TRS-HD
5. Inserir os serviços de diálise na rede de atenção
6. Incentivar a diálise peritoneal para os casos indicados
Linha de cuidado da DRC- Pt 389

 Três tipologias de atendimento:

I- Unidade Especializada em Doença Renal Crônica (Ambulatório)


• novo ponto de atenção
• atendimento de média complexidade
• ofertar acompanhamento multiprofissional de pacientes com DRC estágio 4 e 5 (pré-
diálise) e matriciar as equipes das unidades básicas.

II- Unidade de assistência de alta complexidade em nefrologia (serviço de


nefrologia) (modalidade atualmente existente)
• atendimento de alta complexidade
• Ofertar pelo menos uma modalidade de diálise

III- Unidade de atenção especializada ambulatorial às pessoas com Doença Renal


Crônica
• novo ponto de atenção
• atendimento de média complexidade e alta complexidade
• ofertará acompanhamento multiprofissional de pacientes com DRC estágio 4 e 5 (pré-
diálise) e matriciar as equipes das unidades básicas
• Ofertar pelo menos uma modalidade de diálise
Planejamento para organizar a linha de cuidado

 Definição do território (descrição da região de saúde e


municípios)
 Identificação da população estimada de pessoas com DRC
com a estratificação por estágio pela TFG
 Definição das competências e das ações a serem
desenvolvidas por cada ponto de atenção para o cuidado da
população com DRC
 Identificação dos equipamentos de saúde que irão compor a
linha de cuidado (Atenção Básica, Atenção Especializa
Ambulatorial e Atenção Especializada Hospitalar);
 Quais unidades de diálise terão condições de ampliar a
atenção para o atendimento ambulatorial;
 Quais hospitais serão a referência para retaguarda;
 Como será organizada a oferta de serviços para confecção da
fístula)
 MS repassará um incentivo financeiro para o gestor local
para o acompanhamento das pessoas com DRC (DRC
estágio 4 e 5 pré-diálise)

 O serviço de diálise que ofertar o acompanhamento


multiprofissional e matriciamento das unidades receberão um
incremento financeiro na sessão de diálise (HD e DP)

 Além disso, o MS publicou a Portaria SAS/MS 1.331 de 27 de


novembro de 2013, alterando os valores de remuneração:

• acesso vascular para diálise (mais de 100%);


• procedimento de diálise peritoneal (112%);
• criação de um procedimento de HD específico para
crianças menores de 12 anos.
Linha de cuidado da DRC- Pt 389
Capacitação de Profissionais na área de doença renal crônica

• Projeto da UFMA/UNASUS/SAS
• a) Curso de Especialização; b) Cursos Autoinstrucionais de Extensão; c) Jogo
Eletrônico S-Renal.

• Edital disponível site http://www.unasus.ufma.br/site/servicos/noticias/9-geral/695-


especializacao-em-nefrologia-multidisciplinar-da-una-sus-ufma-abre-inscricoes-para-
todo-o-brasil com inscrições abertas no período de 28/07/2014 a 22/08/2014 para a
primeira turma, com 500 vagas;
Conclusão
 CENÁRIO ATÉ…  NOVA PROPOSTA

• Política pautada exclusivamente


Conclusão
• Capacitação na diretriz clínica para

na alta complexidade (diálise e diagnóstico precoce e acompanhamento

transplante) • Incentivo financeiro para acompanhamento

• Financiamento exclusivo para multiprofissional das pessoas com DRC pré-

TRS diálise (média complexidade)

• Habilitação de diálise peritoneal • Inserção do serviço de diálise na RAS

vinculada à hemodiálise incremento financeiro na sessão de diálise

• Serviço de diálise isolado da para o serviço que ofertar o

RAS acompanhamento das pessoas com DRC


pré-diálise (média complexidade)
• Possibilidade de habilitar somente em
diálise peritoneal
Próximos passos e Estratégias para divulgação/implementação da LC

1. Articulação com CONASS e CONASEMS para divulgação aos Gestores de


Saúde – instrutivo;

Reunião com os Gestores de Saúde –Câmara Técnica CONASS com


presença CONASEMS para apresentar a Portaria e discutir com os Gestores
sobre a organização da Linha de Cuidado (03/09)

2. Realização de Oficinas com SES/SMS, Cosems, CONASEMS e CONASS


(04/9) com objetivo de identificar dificuldades e mostrar experiências exitosas
na organização da Linha de Cuidado – Município de Curitiba/PR, além de
apresentar lista de clínicas de diálise interessadas em aderirem a Linha de
Cuidado

3. Outubro - Reunião com as Associações de pacientes renais, com o objetivo


de discutir as novas propostas da Portaria – Linha de cuidado e elaborar a
Cartilha do Usuário.

4. Disponibilizado instrutivo para a Organização da Linha de Cuidado da Pessoa


com Doença Renal Crônica (DRC)
“ É fundamental diminuir a distância entre o
que se diz e o que se faz, de tal forma que, num
dado momento, a tua fala seja a tua prática”

Paulo Freire

91.br

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