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Matrícula: 2019215941
Introdução
A história da evolução humana é um assunto recente na literatura científica. Ela
começou basicamente no final do século XIX ou início do século XX, quando a evolução
biológica darwiniana começou a se tornar mais popular. Desde então, aprendemos muito
e desenvolvemos técnicas de ensino que ajudam a divulgar as suas informações. Durante
o texto, vou fazer uso de informações de livros como o “Assim caminhou a humanidade”
(NEVES, 2015), além de utilizar uma árvore filogenética como base para localizarmos
nossos parentes e a nós mesmos (Figura 1). Notem que vou utilizar uma tática de ensinar
a evolução de frente para trás indo de nós Homo sapiens até o nosso ancestral comum
com o chimpanzé. Essa técnica também é utilizada em livros como “A grande história da
evolução” (DAWKINS, 2009a) e “O maior espetáculo da Terra” (DAWKINS, 2009b).
Vamos ir de nós até nossos ancestrais comuns com outras espécies. Vamos
começar por você. Você possui ancestrais, começando pelos seus pais, seus avós, depois
bisavós. Notem que, ao mesmo tempo, você também possui primos de primeiro grau,
segundo grau, e assim por diante. Você não é igual aos seus avós, nem aos seus primos.
Aliás, quanto mais distantes de você, eles são mais diferentes de você. Isso explica muito
sobre a evolução.
1. A História da Humanidade
Existem diferenças que são bem perceptíveis entre certas populações humanas.
Quando essas populações humanas com diferentes características biológicas se
divergiram? Há uns 30-50 mil anos atrás, quando houve a migração do Homo sapiens
para fora da África. O Homo sapiens não era a única espécie humana nesse passado
recente. Havia várias espécies humanas coexistindo no mundo, incluindo os neandertais.
Acontece que não só os Homo sapiens saíram da África nesse período, mas cruzaram com
outras raças e espécies de humanos. Sim, você teve tatata...taravós que fizeram isso.
Assim, foram surgindo, com esses cruzamentos e por pressão do ambiente, as "raças"
humanas que vemos hoje em dia. Todos nós possuímos um ancestral comum, e inclusive
somos primos (próximos ou distantes).
Há aproximadamente 40-50 mil anos atrás, ocorreu algo que pode ser chamado de
"explosão criativa do paleolítico superior". Foi aqui que nossa espécie realmente se
definiu como a conhecemos hoje, pois surgiu um aumento da nossa capacidade de criar
símbolos. Com isso, surgiram as primeiras pinturas em cavernas, colares e até religiões.
As religiões animistas e xamanistas se expandiram, e apareceram esculturas religiosas,
como a de Vênus de Willendorf, há 30000 anos e o homem-leão, há 35000 anos. Voltando
um pouco mais no tempo, podemos ver algo que pode ter servido como uma pressão
seletiva para humanos, pois há uns 70000 anos houve um gargalo populacional humano.
Ou seja, alguma coisa aconteceu que quase levou as espécies humanas à extinção. Pode
ter sido a erupção do supervulcão de Toba, na Indonésia. Vamos voltar ainda mais no
tempo, quando você tinha um avô já um pouco diferente de você, há 200.000 anos.
Finalmente, chegamos aos nossos tatata...taravós, ancestrais comuns das pessoas da
Terra, o Homo heidelbergensis.
Conclusão
Percebemos que o Sahelanthropus é de extrema importância para termos uma
ideia de como seria o nosso elo com os chimpanzés, que são os nossos parentes vivos
mais próximos. Bom, é aqui que chegamos no elo perdido, o ancestral comum mais
próximo entre os humanos e os chimpanzés. Nós ainda não sabemos como era esse nosso
avô, mas com certeza ele revelaria muito sobre a nossa bipedia, nossos habitats, nossas
formas de vida. Enfim, revelaria muito sobre a história evolutiva da humanidade. Tema
que será alvo de muitos estudos durante este século, e que precisa cada vez mais de bons
pesquisadores. A arqueologia e a paleontologia agora estão fazendo bom uso de métodos
estatísticos recentes, além de técnicas de datação modernas. Como resultado os estudos
estão ficando mais completos, revelando informações que eram muito debatidas antes de
existirem tais métodos de análise. Não obstante, programas e simulações de computador
estão abrindo caminho para uma metodologia mais detalhada, identificando padrões
históricos, genéticos ou espaciais das formas de vida hominínias.
Referências
DAWKINS, R. A grande história da Evolução. Companhia das Letras, 2009a.
DAWKINS, R. O maior espetáculo da Terra. Companhia das Letras, 2009b.
LIEBERMAN, D. E. Homo floresiensis from head to toe. Nature, v. 459, p. 41–42,
2009.
NEVES, W. Assim caminhou a humanidade. Palas Athena, 2015.