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Corrente Alternada
Nome:____________________________________________ data: ____/____/_____

A corrente alternada (CA ou AC - do inglês alternating current), é uma corrente elétrica cujo sentido varia no
tempo. Como exemplo, a corrente fornecida nas tomadas brasileiras muda de sentido 60 vezes por segundo.

A forma de onda usual em um circuito de potência CA é senoidal por ser a forma de transmissão de energia
mais eficiente. Entretanto, em outras aplicações, diferentes formas de ondas são utilizadas, tais como
triangular, ondas quadradas ou dentes de serra.

Enquanto a fonte de corrente contínua é constituída pelos pólos positivo e negativo, a de corrente alternada é
composta por fases (e, muitas vezes, pelo fio neutro).

A corrente alternada foi adotada para transmissão de energia elétrica a longas distâncias devido à facilidade
relativa que esta apresenta para ter o valor de sua tensão alterada por intermédio de transformadores. Além
disso, as perdas em CA são bem menores que em CC (corrente contínua).

A corrente alternada pode ser representada graficamente por uma senóide.

A “altura” da onda representa sua amplitude, ou


seja, o valor de tensão. O eixo horizontal
representa o tempo.

Na figura ao lado temos a representação de dois


ciclos completos de uma senóide.

Na corrente fornecida pelas tomadas brasileiras


temos 60 ciclos em um único segundo.

A quantidade de ciclos por segundo é a definição de frequência do sinal e é dado em Hz (Hertz). Assim, a
rede de distribuição de energia elétrica brasileira trabalha com 60Hz.

O equipamento que possibilita analisar visualmente as características do sinal senoidal é o osciloscópio.

Construa a simulação a seguir no Multisim®.

XSC1

Ext Trig Note que o gerador de tensão alternada V1 teve seu valor alterado
+
para 7.07V. Isto pode ser feito com um clique duplo sobre o símbolo
_
A B do gerador e digitando-se o valor desejado no respectivo campo.
+ _ + _

Na figura, XSC1 representa um osciloscópio de traço duplo. Neste


caso, o canal A está ajustado para uma indicação de 5V/DIV. Para
conferir este ajuste, clique duas vezes sobre o osciloscópio e
V1 verifique o campo “scale” em “channel A”.

7.07 Vrms Execute a simulação e verifique a forma de onda exibida no


60 Hz osciloscópio.

Note que no eixo vertical o sinal alcança duas divisões (10V) para
cima outras duas para baixo. Isto significa que o valor de pico deste
sinal é 10V.

Prof. Wilson Carvalho de Araújo


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Pelo osciloscópio podemos também medir o período de duração de um único ciclo deste sinal.

Considerando que temos uma frequência f=60Hz, em um segundo temos sessenta ciclos. Assim, um único
ciclo durará 1/60s, ou 16,667ms.

Representando a frequência por F e o período por T, concluímos que: 𝑇= ou 𝐹=

Quanto à amplitude, percebemos pelo osciloscópio que o sinal não permanece no seu nível máximo o tempo
todo, mas apenas nos momentos de pico e desce a zero em outros momentos.

Assim, podemos estabelecer uma relação entre este valor máximo apresentado (de pico) e o equivalente em
corrente contínua que provocaria o mesmo efeito. Esse valor é denominado RMS (do inglês root mean
square). Esse valor também é conhecido como valor eficaz de um sinal.

A relação matemática entre o valor eficaz (Vrms) e o valor de pico (Vp) é:


𝑉𝑝 = Vrms√2 ou 𝑉𝑟𝑚𝑠 =

Além destes, temos também a representação “pico-a-pico” (Vpp), onde Vpp = 2Vp.

Um multímetro apresenta o valor eficaz (rms) de uma tensão CA senoidal.

 Exercício: Considerando que em uma tomada medimos 120V com um multímetro, qual o valor de
pico dessa onda?
Vrms = 120V  Vp = ___________V

Quando comparamos dois ou mais sinais alternados devemos também considerar a defasagem entre os
sinais.

No software de simulação Multisim®, contrua o circuito a seguir.

XSC1

Ext Trig
+
_
A B
+ _ + _

V1 V2

7.07 Vrms 7.07 Vrms


60 Hz 60 Hz
0° 0°

Ajuste o osciloscópio para “scale 10V/DIV” nos dois canais. Com sinais idênticos, as formas de ondas se
sobrepõem e vemos como se houvesse um único sinal na tela.

Prof. Wilson Carvalho de Araújo


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No canto inferior esquerdo da tela, temos um botão Y/T selecionado. Esse botão permite a exibição de traços
independentes para os sinais que, neste caso, estão sobrepostos.

Ao lado deste botão, encontramos outro com o rótulo Add. Este botão permite
exibir um único traçado resultante da soma (add é soma em ingês) dos sinais nos
canais A e B. Clique sobre ele e note que a amplitude do sinal dobra.

Volte a seleção do osciloscópio para exibir os traços de forma independente (botão Y/T).

Clique duas vezes sobre o gerador V2 e mude o campo phase (fase) para 90°.

Execute novamente a simulação e verifique como as formas de ondas são exibidas agora.

Clique sobre o botão Add e verifique que, quando há defasagem, o resultado não é o dobro, como no caso
anterior (onde não havia defasagem).

Altere o valor da fase de V2 para 135°, 170° e 180° e verifique os resultados comparando os sinais
independentes (botão Y/T) e soma (botão Add).

Em outros países, inclusive da América do Sul, a frequência de distribuição da rede elétrica é de 50Hz.

Para visualizar esta diferença através do osciloscópio, retorne o campo phase de V2 para 0° e altere o
campo Frequency (F) para 50Hz.

Execute novamente a simulação e verifique a defasagem entre os sinais e sua soma.

Experimente outros valores de frequência para V2. Sugestões: 100Hz, 120Hz, 180Hz.

 Exercício:

Em um osciloscópio, ajustado com base de tempo (timebase) de 50ms/Div e amplitude de 50V/Div,


obtemos a seguinte imagem de um sinal.

Com base nisso, pergunta-se:

Quantos ciclos completos estão exibidos?

Qual a amplitude eficaz (RMS) deste sinal?

Qual o valor pico-a-pico deste sinal?

Qual a frequência deste sinal?

Prof. Wilson Carvalho de Araújo

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