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DECRETO Nº 57.

558 DE 21 DE
DEZEMBRO DE 2016


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Regulamenta a aplicação de disposições da Lei nº 16.402, de 22
de março de 2016, relativas ao parcelamento do solo.
DECRETO Nº 57.558, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2016
Regulamenta a aplicação de disposições da Lei nº 16.402, de 22 de
março de 2016, relativas ao parcelamento do solo.
FERNANDO HADDAD, Prefeito do Município de São Paulo, no uso
das atribuições que lhe são conferidas por lei,
D E C R E T A:
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES INICIAIS
Art. 1º Este decreto regulamenta a aplicação de disposições da Lei
nº 16.402, de 22 de março de 2016, relativas ao parcelamento do
solo.
§ 1º No caso de parcelamento do solo para fins de HIS e EHIS, os
parâmetros e regras a serem observados são aqueles definidos
no Decreto nº 57.377, 12 de outubro de 2016.
§ 2º Para fins de aplicação deste decreto ficam definidas as
expressões constantes de seu Anexo Único, além daquelas do
Quadro 1 da Lei nº 16.402, de 2016.
Art. 2º As modalidades de parcelamento do solo definidas na Lei nº
16.402, de 2016, regulamentadas por este decreto são:
I – loteamento;
II – desmembramento;
III – remembramento;
IV – reparcelamento.
Art. 3º Em um mesmo expediente administrativo, pode ser requerida
a aprovação do parcelamento do solo e das edificações,
constituindo-se a modalidade em Plano Integrado.
Parágrafo único. Na modalidade Plano Integrado, o parcelamento
do solo deve atender às disposições estabelecidas na Lei nº
16.402, de 2016, e neste decreto e as edificações às disposições do
Código de Obras e Edificações e legislação correlata.
Art. 4º Somente é permitido o parcelamento do solo para fins
urbanos na zona urbana definida pela Lei nº 16.050, de 31 de julho
de 2014 – PDE, e em terrenos que atendam às condições fixadas
no artigo 37 da Lei nº 16.402, de 2016.
Parágrafo único. O parcelamento do solo deve atender aos
requisitos estabelecidos no artigo 38 da Lei nº 16.402, de 2016.
Art. 5º A gleba e o lote urbanos com área superior a 20.000m² (vinte
mil metros quadrados) ficam obrigados à destinação de áreas
públicas a ser efetivada através de parcelamento do solo nos
termos da Lei nº 16.402, de 2016, exceto quando se tratar de
empreendimentos, usos e atividades nas seguintes situações:
I – no caso de uso previsto no § 5º do artigo 45 da Lei nº 16.402, de
2016;
II – em imóvel público, ainda que cedidos a particulares, na forma
de concessão.
§ 1º Também ficam obrigadas à destinação de áreas públicas de
que trata o “caput” deste artigo:
I – a construção de edificação nova;
II – a reforma com ampliação de mais de 50% (cinquenta por cento)
da área construída total, com ou sem mudança de uso, exceto
quando se enquadre em uma das seguintes situações:
a) imóvel tombado, mediante parecer do órgão de preservação que
ateste a impossibilidade do parcelamento ou da destinação de área
pública;
b) lote ou gleba localizado em perímetro de Operação Urbana
Consorciada ou Operação Urbana onde a destinação de área
pública seja objeto de contrapartida financeira nos termos da lei da
operação, mediante parecer de CTLU/SMDU;
c) a configuração da implantação da construção existente não
permita o parcelamento atendendo às disposições da Lei nº 16.402,
de 2016, a critério da Coordenadoria de SEL ou de Subprefeitura,
de acordo com a competência;
III – mudança de uso de atividade relacionada no § 5º do artigo 45
da Lei nº 16.402, de 2016, para outra atividade não relacionada no
referido dispositivo.
§ 2º Fica obrigada à destinação de área pública nos termos dos
artigos 44 e 45 da Lei nº 16.402, de 2016, a atividade dispensada
de atendimento de dimensão máxima de lote, conforme parágrafo
único do artigo 42 da citada lei, exceto quando se tratar de reforma,
conforme inciso II do § 1º deste artigo.
§ 3º Fica isento da destinação de áreas públicas o
desmembramento de lote ou gleba que seja seccionado por
perímetro de ZEIS, devendo, no entanto, ser verificada a exigência
de destinação quando do parcelamento ou edificação em cada área
resultante.
CAPÍTULO II
DA DESTINAÇÃO DE ÁREAS PÚBLICAS
Seção I
Da Certidão de Diretrizes Urbanísticas
Art. 6º São precedidos de emissão de Certidão de Diretrizes
Urbanísticas o licenciamento de loteamento, reparcelamento,
desmembramento e os casos de edificações quando obrigados à
destinação de áreas públicas nos termos da Lei nº 16.402, de 2016,
e deste decreto.
§ 1º A Certidão de Diretrizes Urbanísticas será emitida a pedido do
interessado e deve estabelecer, conforme o caso:
I – o traçado básico do sistema viário principal e da sua articulação
com vias adjacentes oficiais do entorno, existentes ou projetadas,
quando se tratar de loteamento ou reparcelamento com abertura de
vias, bem como a eventual ocupação de parte de Áreas de
Preservação Permanente (APP) nos termos da Lei nº 16.402, de
2016, e deste decreto;
II – a localização e metragem aproximadas das áreas de
preservação ambiental, incluindo as APP;
III – a metragem quadrada, o dimensionamento e a localização
aproximados das áreas verdes exigidas nos termos deste decreto;
IV – a localização aproximada da área institucional pública, com
indicação da metragem mínima exigida nos termos deste decreto;
V – o dimensionamento e localização aproximados de faixas
sanitárias necessárias ao escoamento das águas pluviais;
VI – a faixa não edificável ao longo das faixas de domínio de
rodovia, ferrovia, duto e de canalização enterrada existente;
VII – o traçado de melhoramento viário público incidente no terreno;
VIII – eventuais contrapartidas viárias exigidas em decorrência da
implantação do parcelamento, nos termos do disposto do inciso III
do § 1º do artigo 8º deste decreto;
IX – a localização de área de fruição pública no caso de Plano
Integrado, conforme previsto no artigo 11 deste decreto;
X – a destinação de áreas públicas, conforme estabelecido nos §§
1º e 2º do artigo 8º deste decreto;
XI – outras recomendações técnicas para a implantação do
empreendimento, tais como a obrigatoriedade de alargamento do
passeio público da via de acesso nos termos do artigo 67 da Lei nº
16.402, de 2016.
§ 2º As diretrizes expedidas vigoram pelo prazo máximo de 1 (um)
ano, período no qual deve ser solicitada a aprovação do projeto de
parcelamento do solo elaborado de acordo com as diretrizes
expedidas.
§ 3º No caso de necessidade de alteração no projeto por exigência
dos órgãos estaduais, por incidência de legislação municipal ou por
outra situação decorrente de ato do Poder Público, como edição de
lei de melhoramento viário, decreto de interesse social e de
utilidade pública e tombamento de imóvel, fica dispensada a
emissão de nova Certidão de Diretrizes Urbanísticas, podendo, se
for o caso, ser expedida nova Certidão de Conformidade.
§ 4º A Certidão de Diretrizes pode ser modificada e apostilada para
constar as alterações do projeto conforme § 3º deste artigo ou
alterações posteriores nos dados dela constantes, como alteração
na titularidade da propriedade.
§ 5º Aplicam-se as disposições dos §§ 3º e 4º deste artigo também
no caso de Certidão emitida nos termos de legislação vigente
anteriormente a 23 de marco de 2016.
Art. 7º As diretrizes são estabelecidas com base em informações
colhidas nos órgãos municipais competentes e, caso necessário,
nos órgãos de outras esferas de governo ou, ainda, de pessoas
físicas e jurídicas de direito privado.
§ 1º Para fins de aplicação do “caput” deste artigo, é obrigatória a
prestação das informações necessárias pelos órgãos municipais
conforme incidência, em cada caso, de sua competência.
§ 2º No caso de áreas revestidas, total ou parcialmente, por
vegetação de porte arbóreo, a Secretaria Municipal do Verde e do
Meio Ambiente – SVMA deve se manifestar sobre:
I – o enquadramento da área em uma ou mais das hipóteses
definidas pela legislação específica de proteção à vegetação;
II – a melhor alternativa para a mínima destruição da vegetação de
porte arbóreo.
§ 3º Para subsidiar a fixação das Diretrizes Urbanísticas, o
interessado pode apresentar diagnóstico socioambiental informando
a existência e a localização dos equipamentos públicos do entorno
do empreendimento.
Seção II
DAS ÁREAS PÚBLICAS
Art. 8º Da área total do lote ou gleba objeto de parcelamento deve
ser destinado percentual mínimo para a Municipalidade para a
implantação de área verde, área institucional e sistema viário
públicos, de acordo com os percentuais previstos no Quadro 2
da Lei nº 16.402, de 2016, estabelecidos em função da área da
gleba ou lote a ser parcelado.
§ 1º O percentual máximo de área pública sem afetação
previamente definida, constante do Quadro 2 da Lei nº 16.402, de
2016, deve ser destinado a uma das finalidades referidas no “caput”
deste artigo, ouvidos os órgãos municipais competentes, em
função:
I – da carência de equipamentos públicos sociais na região onde o
lote ou gleba está localizado, dimensionados para atender a
demanda potencial decorrente do parcelamento do solo, do
potencial construtivo e dos usos pretendidos;
II – da existência de APP e de vegetação significativa a ser
preservada;
III – do dimensionamento insuficiente do sistema viário existente
que possa ser mitigado por adequação de projeto viário visando
melhorar as condições de mobilidade urbana no entorno do
empreendimento.
§ 2º A critério da Prefeitura, caso o projeto de loteamento ou
reparcelamento não atinja o percentual mínimo de sistema viário
constante do Quadro 2 da Lei nº 16.402, de 2016, a diferença deve
ser acrescida às áreas verdes ou institucionais públicas, de acordo
com os parâmetros estabelecidos no § 1º deste artigo.
§ 3º Deve ser considerada a área total resultante do
remembramento para fins de verificação da obrigação de
destinação de áreas públicas.
Art. 9º Fica isento da destinação de área pública o lote resultante de
parcelamento do solo que já tenha destinado área pública nos
termos previstos na Lei nº 16.402, de 2016, e deste decreto.
§ 1º Quando a área do terreno ou a soma das áreas de terrenos for
inferior ou igual a 20.000m² (vinte mil metros quadrados), o
parcelamento não é obrigatório e, se ocorrer, não fica condicionado
à destinação de áreas públicas.
§ 2º Na situação prevista no § 1º deste artigo, é admitido o
loteamento para abertura de sistema viário sem a destinação de
áreas verdes e áreas institucionais.
§ 3º O parcelamento não sujeito à exigência de destinação de áreas
públicas verdes ou institucionais pode envolver tal destinação
mediante declaração do proprietário de que abre mão de qualquer
indenização, devendo as áreas provenientes dessa destinação ser
averbadas como de domínio público por ocasião do registro ou
averbação do empreendimento no competente Cartório de
Registros de Imóveis, de acordo com os procedimentos
estabelecidos na Lei nº 16.402, de 2016, e neste decreto.
Subseção I
DAS ÁREAS VERDES
Art. 10. As áreas verdes públicas devem observar às seguintes
disposições:
I – a localização de, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) do
percentual mínimo exigido para áreas verdes é definida pela
Prefeitura, por ocasião da emissão das Diretrizes Urbanísticas,
ouvido o órgão ambiental competente, devendo tal espaço:
a) estar contido em um único perímetro e em porções do terreno
com declividade inferior a 30% (trinta por cento);
b) apresentar frente mínima de 10m (dez metros) e ter acesso por
via de circulação de veículos oficial existente ou por via prevista no
projeto, no caso de loteamento;
c) ter relação entre a frente e a profundidade de, no máximo, 1/3
(um terço) e possibilidade de inscrição de uma circunferência com
diâmetro mínimo de 10m (dez metros);
II – a localização do restante da área exigida para as áreas verdes
pode ser sugerida pelo interessado e deve ter conformação que
permita a inscrição de um círculo com raio de 10m (dez metros),
podendo ser localizado em parcelas de terreno que apresentem
declividade superior a 30% (trinta por cento).
§ 1º A percentagem estabelecida no inciso I do “caput” deste artigo
pode ser ampliada, a critério do órgão competente, visando à
proteção de APP e de ocorrências de vegetação protegida pela
legislação.
§ 2º As áreas de taludes resultantes de cortes e aterros não podem
ser computadas para atender ao dimensionamento e localização de
áreas verdes públicas.
Art. 11. No caso de Plano Integrado, o percentual mínimo de
destinação de área verde previsto no Quadro 2 da Lei nº 16.402, de
2016, pode ser reduzido em até 50% (cinquenta por cento), desde
que seja instituída fruição pública com área correspondente ao
percentual reduzido, independente da área do lote resultante do
parcelamento, observado o disposto no § 1º do artigo 50 da citada
lei.
§ 1º Para fins do disposto no “caput” deste artigo, não é computada
a área verde decorrente da aplicação dos percentuais sem afetação
previamente definida estabelecida no Quadro 2 deste decreto.
§ 2º A área destinada à fruição pública, em espaço livre ou
edificado, deve atender aos seguintes requisitos:
I – estar localizada junto ao alinhamento da via, ao nível do passeio
público, sem fechamento e não podendo ser ocupada por
estacionamento de veículos;
II – ter largura mínima de 4m (quatro metros) e tratamento
paisagístico e de pavimentação que atenda às normas de
acessibilidade universal;
III – adotar o mesmo tipo de pavimentação da calçada diante do lote
no piso das áreas de circulação de público;
IV – ser mantida permanentemente aberta à circulação de
pedestres, não podendo dispor de nenhum objeto de vedação,
temporário ou permanente, sendo permitido o controle de acesso no
período noturno;
V – ser devidamente averbada em Cartório de Registro de imóveis,
quando do registro do parcelamento.
§ 3º A área destinada à fruição deve proporcionar conexão entre
dois ou mais logradouros lindeiros ao terreno quando houver.
Subseção II
DAS ÁREAS INSTITUCIONAIS
Art. 12. A localização do percentual mínimo exigido para áreas
institucionais é definida pela Prefeitura por ocasião da emissão das
Diretrizes Urbanísticas, devendo tal espaço, quando em terreno:
I – apresentar frente mínima de 10m (dez metros) e ter acesso por
via oficial de circulação de veículos existente ou prevista no projeto
de loteamento;
II – ter relação de, no máximo, 1/3 (um terço) entre a frente e a
profundidade e possibilidade de inscrição de uma circunferência
com diâmetro mínimo de 10m (dez metros);
III – estar situada em área com declividade de até 15% (quinze por
cento).
§ 1º O percentual mínimo de área institucional deve estar localizado
preferencialmente em um único perímetro.
§ 2º Pode ser admitida declividade superior a 15% (quinze por
cento), conforme disposto no inciso III do “caput” deste artigo,
desde que tecnicamente justificado e aceito pela Prefeitura, por
ocasião da emissão da Certidão de Diretrizes Urbanísticas.
Art. 13. No caso de Plano Integrado, até 50% (cinquenta por cento)
do percentual exigido para área institucional pode ser destinado na
forma de área construída, a pedido do interessado e a critério da
Prefeitura, por ocasião da emissão da Certidão de Diretrizes
Urbanísticas.
§ 1º A destinação da edificação a ser construída deve ser definida
em função da necessidade de equipamento social na região para
atender a futura demanda decorrente da implantação do
empreendimento.
§ 2º O projeto do equipamento deve ser submetido à aprovação do
órgão competente e seguir os padrões da Prefeitura, condizentes
com as áreas de construção e de terreno a serem destinadas.
§ 3º A Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras –
SIURB deve acompanhar a execução das obras e formalizar sua
aceitação ao final, sem o que não pode ser expedido o respectivo
Certificado de Conclusão pelo órgão competente.
§ 4º A emissão do Certificado de Conclusão das edificações do
empreendimento, ainda que parcial, fica condicionada à expedição
do Certificado de Conclusão para o equipamento público edificado,
que deve ser entregue pronto e acabado conforme estabelecido no
projeto aprovado.
Art. 14. No caso de construção de equipamento público nos termos
do artigo 13 deste decreto, em terreno individualizado a ser
destinado como área institucional pública, pode ser descontada do
percentual mínimo de área institucional exigido no Quadro 2 da Lei
nº 16.402, de 2016, a área correspondente a 3 (três) vezes a área
deste lote, desde que a área construída do equipamento seja
correspondente, no mínimo, a uma vez a área do respectivo lote.
Parágrafo único. O lote a ser destinado deve ter área mínima igual
àquela necessária para comportar a área construída do
equipamento, considerando os parâmetros de ocupação definidos
para a zona de uso AI no Quadro 3 da Lei nº 16.402, de 2016.
Art. 15. No caso de construção de equipamento público, nos termos
do artigo 13 deste decreto, dentro da área condominial do
empreendimento, a área da fração de terreno necessária para
comportar o equipamento público, pode ser descontada do
percentual mínimo de área institucional exigido no Quadro 2 da Lei
nº 16.402, de 2016.
§ 1º Na situação prevista no “caput” deste artigo, devem ser
observados os seguintes critérios:
I – deve ser garantido o acesso independente à área institucional de
que trata o “caput” deste artigo através de faixa de pedestre e, se
for o caso, de veículos, desde a via pública ou projetada do
empreendimento, não interferindo com as áreas comuns do
condomínio;
II – deve ser averbada a servidão de uso público em favor da
Municipalidade sobre as faixas de acesso de que trata o inciso II
deste artigo.
§ 2º Na averbação do condomínio deve constar as seguintes
observações e condicionantes:
I – a área institucional deve ser uma unidade autônoma do
condomínio, com medição individual para consumo de água e
energia, e sem participação na contribuição das taxas condominiais;
II – a Prefeitura, como titular, somente participará das decisões
condominiais se, e quando, houver alguma matéria que também
diga respeito à unidade autônoma institucional;
III – a Prefeitura terá liberdade para alterar a fachada e reformar a
unidade autônoma institucional, com ou sem aumento de área
construída, sem ter que solicitar a anuência dos demais
condôminos, obrigando-se, no entanto, a observar os parâmetros
de uso e ocupação do solo estabelecidos na Lei nº 16.402, de 2016.
§ 3º No caso tratado no “caput” deste artigo, não há restrição à
instalação do uso misto formado pelo equipamento público e os
outros usos instalados no condomínio.
§ 4º No caso de EHIS e EHMP, a área do equipamento público não
é computada no percentual permitido para os usos nR,
conforme Lei nº 16.050, de 31 de julho de 2014, e decreto
específico que regulamentou a matéria.
Seção III
DO SISTEMA VIÁRIO
Art. 16. O sistema viário do empreendimento deve atender aos
parâmetros estabelecidos no Quadro 2B da Lei nº 16.402, de 2016,
e deve ser projetado de forma a observar, ainda, às seguintes
disposições:
I – as vias de circulação de veículos devem se articular com via
existente oficial e ter acesso através de logradouro que tenha
largura mínima de 10m (dez metros) ou, no caso de Plano
Integrado, aquela necessária para instalação do uso proposto,
integrando-se ao sistema viário da região, e harmonizando-se com
a topografia local;
II – as vias de circulação de veículos sem saída devem dispor de
espaço para manobra de retorno em sua extremidade, no qual
possa ser inscrito uma circunferência com diâmetro igual ou
superior à largura da via;
III – o raio da curva de concordância horizontal entre alinhamentos
de lotes nas interseções entre vias de circulação de veículos deve
atender às normas da SIURB.
IV – os lotes devem ter frente para via de circulação de veículos
projetada com largura igual ou superior a 12m (doze metros);
V – as quadras devem:
a) ter área máxima de 20.000m² (vinte mil metros quadrados);
b) ter faces com comprimento máximo de 300m (trezentos metros),
sendo que as quadras com mais de 150m (cento e cinquenta
metros), devem ser divididas a cada 150m (cento e cinquenta
metros) ou menos, por vias de circulação de pedestres;
§ 1º No caso de lote ou gleba com declividade superior a 20% (vinte
por cento), ou quando a via de pedestre não conectar pelo menos
duas vias, a exigência prevista na alínea “b” do inciso V do “caput”
deste artigo pode ser atendida, dentre outros, por meio da
ampliação de espaços públicos e demais áreas de circulação de
pedestres, conforme o empreendimento, desde que tecnicamente
justificado e aceito pela Prefeitura, por ocasião da emissão da
Certidão de Diretrizes Urbanísticas.
§ 2º É admitida a implantação de sistema viário em APP, desde que
a ocupação pelas vias não exceda 20% (vinte por cento) da APP
existente na gleba ou lote objeto do parcelamento.
CAPÍTULO III
DOS PARÂMETROS E REQUISITOS
Art. 17. Os parâmetros de parcelamento do solo são aqueles
estabelecidos na Lei nº 16.402, de 2016, e fixados nos Quadros 2A
e 2B da citada lei.
§ 1º Os projetos de reparcelamento e de desmembramento podem
envolver um conjunto de lotes ou glebas que juntos atinjam área
superior ao estabelecido no Quadro 2A da Lei nº 16.402, de 2016,
desde que os lotes resultantes respeitem as dimensões fixadas no
citado quadro.
§ 2º O lote resultante de remembramento deve observar a área
máxima estabelecida na Lei nº 16.402, de 2016, e demais
disposições deste decreto.
§ 3º Fica dispensada a emissão de licença para o remembramento
no caso de:
I – ocorrer simultaneamente a aprovação de parcelamento em outra
modalidade para criação de novos lotes;
II – o total da área resultante for igual ou inferior a 20.000m² (vinte
mil metros quadrados), podendo neste caso o remembramento ser
efetuado diretamente no Cartório de Registro de Imóveis.
Art. 18. O loteamento deve ser entregue com a seguinte
infraestrutura urbana implantada, observados os padrões
municipais, a legislação municipal e as normas das
concessionárias:
I – sistema de drenagem de águas pluviais em todas as vias, e
colocação de guias e sarjetas em todas as vias de circulação de
veículos;
II – iluminação pública das vias de circulação de veículos e de
pedestres, e dos espaços públicos;
III – pavimentação de todas as vias de circulação de pedestres,
preferencialmente com material permeável em faixa de, pelo
menos, 4m (quatro metros) de largura, podendo as laterais ser
ajardinadas;
IV – pavimentação de todas as vias de circulação de veículos;
V – passeio público pavimentado, preferencialmente com material
permeável, em ambos os lados das vias de circulação de veículos,
com guia rebaixada ou lombo-faixa nos cruzamentos para
acessibilidade de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida;
VI – ciclovias e ciclofaixas pavimentadas e sinalizadas;
VII – rede de esgotamento sanitário;
VIII – rede de abastecimento de água potável;
IX – rede de distribuição de energia púbica e domiciliar, implantada
na faixa de serviço e por meio de dutos enterrados sob os passeios
públicos;
X – arborização de todas as áreas verdes e de todas as vias de
circulação de veículos, no mínimo em 1 (um) de seus lados e no
canteiro central, quando previsto;
XI – proteção contra erosão das áreas terraplenadas.
§ 1º O sistema de escoamento de águas pluviais deve prever
equipamentos de retenção ou infiltração e de dissipação de energia,
de modo a atenuar os picos de cheias, favorecer a recarga das
águas subterrâneas e prevenir a instalação de processos erosivos.
§ 2º Os passeios públicos devem ser implantados
concomitantemente às vias de circulação e devem observar aos
seguintes requisitos:
I – condições adequadas de acessibilidade, especialmente na faixa
livre, constituindo-se por superfície regular, firme, contínua e
antiderrapante sob qualquer condição;
II – inclinação longitudinal acompanhando o greide da rua, sem a
presença de degraus;
III – no mínimo 30% (trinta por cento) de sua superfície formada por
elementos permeáveis;
IV – faixa de serviços junto à guia, onde devem ser conduzidos os
dutos de serviços e onde deve se dar o rebaixamento para fins de
acesso de veículos às edificações, salvo por orientação do órgão
competente;
V – arborização implantada na faixa de serviço, acompanhada de
ajardinamento de acordo com o conceito de calçada verde,
obedecendo, para o plantio, o espaçamento mínimo e a
especificação das espécies arbóreas definidos nas normas editadas
pelo órgão ambiental competente;
VI – a largura dos passeios públicos nas vias estruturais N3 deve
observar as condicionantes estabelecida na Lei nº 16.402, de 2016,
para a ZEU, ZEUa, ZEUP, ZEUPa, ZEM, ZEMP, ZC, ZCa e ZM.
§ 3º Para o atendimento das exigências de projeto da rede de
esgotamento sanitário e de águas pluviais, quando a topografia da
área objeto do projeto de parcelamento exigir, deve ser prevista a
reserva de faixa não edificável com largura mínima de 1,50m (um
metro e cinquenta centímetros), destinada à passagem de dutos de
um lote para outro, podendo utilizar os recuos previstos na Lei nº
16.402, de 2016, assim como as áreas livres internas aos lotes.
§ 4º As faixas previstas no § 3º deste artigo devem ser gravadas
como servidão de passagem e averbadas nas matrículas dos lotes
no Cartório de Registro de Imóveis.
§ 5º Aplicam-se as disposições deste artigo no caso de
reparcelamento do solo com abertura de novas ou adequação das
vias de circulação públicas existentes.
Art. 19. Outras obras de infraestrutura que envolvam procedimentos
não previstos neste decreto, tais como transposição e canalização
de córregos, muros de arrimo para contenção de viário existente ou
projetado e obras externas ao loteamento, devem ser submetidas à
SIURB para análise e aprovação.
CAPÍTULO IV
DOS PROCEDIMENTOS PARA LICENCIAMENTO E REGISTRO
Art. 20. Portaria da Secretaria Municipal de Licenciamento (SEL)
deve estabelecer os documentos necessários para instrução dos
pedidos de licenciamento do parcelamento do solo.
§ 1º No caso de Plano Integrado, o processo deve ser inicialmente
instruído com os elementos necessários à análise do pedido de
parcelamento e, quando possível, com os elementos referentes à
análise das edificações.
§ 2º A expedição do Termo de Verificação de Execução de Obras
do Loteamento (TVEO) deve atender às disposições estabelecidas
em portaria da SEL.
Seção I
Do Loteamento
Art. 21. O licenciamento de loteamento se dá a pedido do
interessado, assistido por profissional habilitado, obedecendo à
seguinte sequência de procedimentos, observadas as disposições
da Lei nº 16.402, de 2016, e deste decreto:
I – emissão de Certidão de Diretrizes Urbanísticas;
II – emissão de Certidão de Conformidade do projeto de loteamento
com a legislação municipal, a ser encaminhada aos órgãos
estaduais competentes para apreciação previamente à aprovação
do projeto pela Prefeitura;
III – aprovação do projeto de arborização pela Secretaria Municipal
do Verde e do Meio Ambiente (SVMA), mediante a apresentação da
documentação específica exigida;
IV – assinatura de Termo de Compromisso de execução da
infraestrutura com a respectiva garantia;
V – emissão do Alvará de Execução de Obras de Loteamento;
VI – emissão do Atestado de Execução de Arborização – AEA pela
SVMA;
VII – realização de vistorias por PARHIS, durante e após a
execução de todas ou de parte das obras do loteamento;
VIII – expedição do TVEO, total ou parcial;
IX – emissão do Alvará de Loteamento para fins de registro no
Cartório de Registro de Imóveis.
§ 1º No caso de opção pela apresentação de garantia nos termos
do inciso II do artigo 53 da Lei nº 16.402, de 2016, e do artigo 23
deste decreto, após a emissão da Certidão de Conformidade deve
ser apresentado e aprovado o cronograma físico-financeiro da
execução das obras.
§ 2º A aprovação do loteamento deve ser requerida com a
apresentação do projeto baseado nas diretrizes urbanísticas
emitidas, memorial descritivo e, se for o caso, cronograma de
execução das obras, acompanhado de certidão atualizada da
matrícula da gleba, expedida pelo Cartório de Registro de Imóveis
competente, e do competente instrumento de garantia, de acordo
com o disposto na Lei nº 16.402, de 2016, e neste decreto,
observando o seguinte:
I – os projetos devem conter detalhamento do sistema viário, das
quadras e lotes e da infraestrutura;
II – o memorial descritivo deve conter pelo menos a descrição
sucinta do loteamento, as condições urbanísticas do loteamento e a
indicação das áreas públicas que passam ao domínio do Município
no ato de registro do loteamento.
§ 3º Portaria da SEL deve detalhar os projetos e documentos
necessários para cada etapa do licenciamento.
Art. 22. O Alvará de Execução de Obras de Loteamento não dá
direito ao registro do empreendimento no Cartório de Registro de
Imóveis.
Parágrafo único. O loteamento só pode ser registrado após o
término das obras dentro do prazo de validade da licença e da
emissão do respectivo Alvará de Loteamento, segundo os
procedimentos estabelecidos na Lei nº 16.402, de 2016, e neste
decreto.
Art. 23. O Alvará de Execução de Obras de Loteamento pode ser
expedido com autorização expressa para o registro no Cartório de
Registro de Imóveis, a pedido do interessado, no caso de ser
oferecida garantia para execução das obras, na forma de:
I – hipoteca que vincule 50% (cinquenta por cento) da área dos
lotes à Municipalidade, mediante instrumento público;
II – caução em dinheiro, título da dívida pública municipal ou fiança
bancária, correspondente ao valor de, no mínimo, 50% (cinquenta
por cento) da área total dos lotes, calculado pelo valor do metro
quadrado constante do Cadastro de Valor de Terreno para fins de
Outorga Onerosa de que trata o Quadro 14 da Lei nº 16.050, de
2015 – PDE.
§ 1º Os procedimentos administrativos para efetivação das
garantias previstas serão definidos em portaria.
§ 2º O prazo de validade do cronograma físico-financeiro e do
instrumento de garantia é de 4 (quatro) anos, contados da data de
sua aprovação e de sua constituição, respectivamente.
§ 3º Após o decurso do prazo a que se refere § 2º deste artigo, caso
as obras não estejam concluídas, o interessado perde o direito à
devolução da garantia prestada.
Art. 24. Finalizadas as obras e serviços do loteamento, o
interessado deve solicitar à Prefeitura a realização de vistoria
visando à emissão do respectivo TVEO.
§ 1º Para a expedição do TVEO, o empreendedor deve apresentar:
I – declaração atestando a conclusão das obras e serviços de
terraplanagem, drenagem de águas pluviais, pavimentação e de
guias e sarjetas, bem como que as obras e serviços em questão
observam as normas técnicas e as recomendações das
concessionárias vigentes;
II – Atestado de Execução de Arborização (AEA), emitido pela
SVMA.
§ 2º A implantação do loteamento pode ser realizada em etapas,
com a expedição dos respectivos Termos de Verificação e
Execução das Obras Parciais (TVEOP) até sua conclusão total.
Art. 25. Do modelo de contrato-padrão a ser arquivado no Cartório
de Registro de Imóveis, devem constar, quando for o caso, as
exigências urbanísticas convencionais, as restrições de
remembramento ou desmembramento de lotes e a existência de
termo de garantia e cronograma físico-financeiro das obras a
executar.
Seção II
Do Desmembramento e Reparcelamento
com Destinação de Área Pública
Art. 26. O licenciamento de Desmembramento e de
Reparcelamento com destinação de áreas públicas se dá a pedido
do interessado, assistido por profissional habilitado, obedecendo à
seguinte sequência de procedimentos, observando as disposições
deste decreto:
I – emissão de Certidão de Diretrizes Urbanísticas;
II – emissão de Certidão de Conformidade do desmembramento ou
do reparcelamento a ser encaminhada aos órgãos estaduais
competentes para apreciação previamente à aprovação do projeto
pela Prefeitura quando for o caso;
III – aprovação do projeto de arborização pela SVMA, mediante a
apresentação da documentação específica exigida;
IV – emissão do AEA por SVMA;
V – emissão do Alvará de Desmembramento ou de
Reparcelamento, liberando o empreendimento para fins de registro
no Cartório de Registro de Imóveis.
Parágrafo único. Ao reparcelamento do solo com abertura de novas
ou adequação das vias de circulação públicas existentes, ainda que
oriundas de arruamento aprovado, aplicam-se as disposições deste
decreto relativas ao loteamento, no que couber.
Seção III
Do Remembramento, Reparcelamento e Desmembramento sem
Destinação de Áreas Públicas
Art. 27. O licenciamento de Reparcelamento e de
Desmembramento sem destinação de áreas públicas, bem como o
de Remembramento se dá a pedido do interessado, assistido por
profissional habilitado, observando as disposições deste decreto.
§ 1º O Alvará referente às modalidades de que trata o “caput” deste
artigo libera o empreendimento para fins de registro no Cartório de
Registro de Imóveis.
§ 2º Fica dispensado o licenciamento de remembramento de lotes
quando esse ocorrer simultaneamente ao:
I – desmembramento, reparcelamento ou loteamento do novo lote
ou gleba;
II – licenciamento de edificações, nos casos de dispensa de
parcelamento do solo nos termos da Lei nº 16.402, de 2016, e neste
decreto.
§ 3º Nos casos exigidos pela legislação estadual, deve ser emitida
Certidão de Conformidade do desmembramento ou do
reparcelamento a ser encaminhada aos órgãos estaduais
competentes para apreciação previamente à aprovação do projeto
pela Prefeitura.
Seção IV
Do Plano Integrado
Art. 28. O licenciamento de Plano Integrado se dá a pedido do
interessado, assistido por profissional habilitado, observando os
procedimentos estabelecidos neste decreto para cada modalidade
de parcelamento.
§ 1º Ao Plano Integrado aplicam-se as disposições da Lei nº 16.402,
de 2016, e deste decreto para as respectivas modalidades de
parcelamento de solo e as disposições do COE e legislação
correlata para as edificações integrantes do empreendimento.
§ 2º Na solicitação de análise do Plano Integrado, devem ser
discriminados os assuntos requeridos para licenciamento, bem
como protocolados todos os documentos necessários para a
análise de cada assunto num único expediente.
Art. 29. No caso de Plano Integrado de Loteamento, devem ser
observados, ainda, aos seguintes procedimentos:
I – o Alvará de Aprovação ou o Alvará de Aprovação e Execução
das edificações deve ser expedido juntamente com o Alvará de
Loteamento para fins de Execução de Obras do loteamento;
II – o Certificado de Conclusão das edificações, ainda que parcial,
somente pode ser emitido após a expedição do TVEO total ou
parcial correspondente;
III – caso o Alvará de Loteamento para fins de Execução de Obras
não tenha autorizado o registro, o Alvará de Loteamento para fins
de registro no competente Cartório de Registro de Imóveis somente
pode ser expedido após a emissão do TVEO total e do Certificado
de Conclusão de todas as edificações, nos termos deste decreto;
IV – a arborização das áreas verdes deve ser executada
anteriormente à expedição do Certificado de Conclusão total das
edificações.
Art. 30. No caso de Plano Integrado de Desmembramento ou de
Reparcelamento com destinação de áreas públicas, a análise e
aceite do projeto das edificações devem ser efetuados
posteriormente à expedição da Certidão de Conformidade do
desmembramento ou do reparcelamento, devendo o Alvará de
Aprovação ou o Alvará de Aprovação e Execução das edificações
ser expedido juntamente com o Alvará de Desmembramento ou
com o Alvará de Reparcelamento, conforme o caso.
Parágrafo único. O Alvará do parcelamento na hipótese de que trata
o “caput” deste artigo deve ser emitido com ressalva, condicionando
o registro no Cartório de Registro de Imóveis à apresentação do
Certificado de Conclusão das edificações.
Art. 31. No caso de Plano Integrado de Remembramento,
Reparcelamento e Desmembramento sem destinação de área
pública, o Alvará de Aprovação ou o Alvará de Aprovação e
Execução das edificações deve ser expedido juntamente com o
alvará do parcelamento.
Parágrafo único. Nos casos de que trata o “caput” deste artigo, a
emissão do Certificado de Conclusão da edificação fica
condicionado à apresentação do registro do parcelamento do solo
no Cartório de Registro de Imóveis.
Seção V
Dos Prazos de Validade dos Documentos
Art. 32. Os prazos de validade dos documentos referentes ao
parcelamento do solo são os seguintes:
I – Alvará de Desmembramento, Alvará de Remembramento e
Alvará de Reparcelamento: 1 (um) ano, contado a partir da data de
sua expedição, período no qual deve ser procedido o registro no
competente Cartório de Registro de Imóveis, sob pena de
caducidade;
II – Alvará de Loteamento para fins de Execução de Obras: 4
(quatro) anos, contados a partir da data de sua expedição.
§ 1º No caso de Plano Integrado, o registro do Alvará de
Desmembramento, Remembramento ou Reparcelamento dar-se-á
quando da incorporação do empreendimento ou do registro do
Certificado de Conclusão das edificações.
§ 2º O prazo para registro do alvará na situação prevista no § 1º
deste artigo é de até 1 (um) ano contado a partir da data da
expedição do Certificado de Conclusão das edificações, ainda que
parcial, sob pena de caducidade do alvará referente ao
parcelamento do solo, devendo tal situação ser ressalvada nos
alvarás referentes às edificações.
§ 3º O prazo dos alvarás referentes a parcelamento fica suspenso
durante o período de análise do pedido de projeto modificativo das
edificações.
Seção VI
Dos Prazos para Despacho
Art. 33. O prazo para expedição da Certidão de Diretrizes
Urbanísticas é de até 90 (noventa) dias, a contar da data do
protocolamento do pedido, aplicando-se o disposto no Código de
Obras e Edificações quanto aos prazos recursais e atendimento de
comunicados e no artigo 91 da Lei nº 15.764, de 27 de maio de
2013, quanto às instâncias administrativas.
Parágrafo único. O prazo previsto no “caput” deste artigo pode ser
prorrogado em casos de especiais dificuldades técnicas,
reconhecidas pelos órgãos competentes.
Art. 34. O prazo para a expedição da autorização para execução
das obras e da aprovação do cronograma físico-financeiro é de 120
(cento e vinte) dias, a contar da data do protocolamento do pedido.
§ 1º Findo o prazo fixado no “caput” deste artigo, o empreendedor
fica autorizado a iniciar, mediante comunicação escrita à
Coordenadoria de Parcelamento do Solo e Habitação de Interesse
Social – PARHIS da SEL, a execução do loteamento, atendidas as
exigências legais, sujeitando-se, porém, a proceder às adaptações,
quando necessárias, para a aceitação do loteamento e emissão do
TVEO.
§ 2º Após a recepção da comunicação, o setor responsável deve
concluir a análise do pedido no prazo de 30 (trinta) dias.
CAPÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 35. O alvará de parcelamento do solo pode, enquanto vigente,
ser apostilado para constar eventuais alterações de dados que não
modifiquem o projeto.
Art. 36. Qualquer modificação no projeto ou na execução de
parcelamento do solo licenciado deve ser submetida à aprovação
da Prefeitura, a pedido do interessado e durante o prazo de
validade do respectivo alvará.
§ 1º No caso de loteamento, as modificações de que trata o “caput”
deste artigo referem-se à alteração de projeto por necessidade de
adaptação a condições verificadas durante sua execução.
§ 2º No caso de loteamento registrado, no pedido de modificação
deve ser comprovada a anuência de todos os adquirentes da área a
ser modificada, a menos que haja regra explícita no título de
aquisição que afaste a necessidade de tal anuência.
§ 3º No pedido de reparcelamento deve ser apresentada anuência
dos proprietários de todos os lotes envolvidos na modificação,
inclusive da Prefeitura no caso de alteração do sistema viário
existente ou de áreas verdes e institucionais existentes.
Art. 37. No licenciamento de Plano Integrado, os projetos do
loteamento, desmembramento, reparcelamento ou remembramento
devem ser analisados previamente ao projeto de edificações.
§ 1º Os alvarás do parcelamento e das edificações devem ser
emitidos simultaneamente.
§ 2º Para atendimento do disposto no “caput” deste artigo, não é
obrigatória a apresentação de projeto de edificação em todos os
lotes resultantes do parcelamento quando se tratar do mesmo
projeto, bastando a apresentação da implantação geral e um jogo
completo do projeto.
Art. 38. O lote com frente ou área total inferior às dimensões
mínimas definidas para cada zona de uso pela Lei nº 16.402, de
2016, pode ser tolerado, nos termos do artigo 134 da citada lei,
desde que atendidas uma ou mais das seguintes condições:
I – sobre o lote tenha havido, comprovadamente, lançamento de
Imposto Predial e Territorial Urbano – IPTU anterior à vigência
da Lei nº 7.805, de 1º de novembro de 1972;
II – o lote seja resultante de edificação regularmente licenciada para
casas geminadas, casas superpostas ou Parcelamento do Solo de
Interesse Social – PIS;
III – conste alvará para edificação no lote, em vigor na data de 22
de março de 2016, exceto no caso de caducidade posterior do
alvará, sem que haja início da obra;
IV – o lote tenha sido objeto, anteriormente à vigência da Lei nº
7.805, de 1º de novembro de 1972, de escritura pública ou outro
documento hábil à comprovação do seu desmembramento e de sua
configuração.
Parágrafo único. É tolerado o remembramento de dois ou mais lotes
que atendam às condições estabelecidas no “caput” deste artigo.
Art. 39. O terreno que não tenha frente para via oficial de circulação,
integrante ou não de parcelamento aprovado, pode ser considerado
lote, desde que sejam atendidas, simultaneamente, as seguintes
condições:
I – possua registro no Cartório de Registro de Imóveis, anterior à
vigência da Lei nº 7.805, de 1º de novembro de 1972;
II – conste servidão de passagem para o terreno, com dimensões
que atendam às exigências urbanísticas para as respectivas
categorias de uso, nos termos da Lei nº 16.402, de 2016.
Art. 40. A conservação das áreas públicas e das obras durante a
execução do loteamento será de responsabilidade do proprietário e
do responsável técnico até a expedição do Termo de Verificação e
Execução de Obras Total.
Art. 41. O pedido de alvará de loteamento, desmembramento,
remembramento e desdobro de lote protocolado até 22 de março de
2016 e ainda sem despacho deve ser analisado e decidido
integralmente com base na legislação em vigor à época do
protocolo, exceto no caso de manifestação formal do interessado
optando pela análise integral nos termos da Lei nº 16.402, de 2016,
e deste decreto, devendo, neste caso, ser atualizado o Boletim de
Dados Técnicos (BDT) pela SEL ou setor responsável das
Subprefeituras antes do prosseguimento do processo.
§ 1º O pedido de que trata o “caput” este artigo deve ser indeferido
no caso:
I – das peças gráficas constantes do processo:
a) não apresentarem elementos suficientes para a análise do
pedido;
b) apresentarem, no caso de Plano Integrado, infrações aos índices
e parâmetros estabelecidos na legislação vigente à época do seu
protocolo;
II – de não terem sido apresentados todos os documentos exigidos
na legislação pela qual estão sendo analisados;
III – em que for requerida, a partir de 23 de março de 2016,
mudança no projeto que implique em alteração de mais de 5%
(cinco por cento) nas dimensões e área do lote ou gleba objeto do
parcelamento.
§ 2º Não se aplica o limite estabelecido no inciso III do § 1º deste
artigo na hipótese de retificação no Cartório de Registro de Imóveis.
§ 3º O pedido de diretrizes urbanísticas para loteamento,
reparcelamento ou desmembramento de gleba protocolado até 22
de março de 2016 e ainda sem despacho decisório deve ser
analisado e decidido de acordo com a legislação em vigor à época
do protocolo somente no caso em que o pedido de alvará de
aprovação do parcelamento do solo também tenha sido requerido
até a citada data, no mesmo expediente ou em expediente
apartado, caso contrário o interessado deve ser comunicado, uma
única vez, para adequação do projeto às disposições da Lei nº
16.402, de 2016, e deste decreto.
§ 4º O pedido de parcelamento do solo cuja Certidão de Diretrizes
tiver sido emitida até 22 de março de 2016 deve ser analisado e
decidido integralmente com base na legislação em vigor à época do
protocolo, aplicando-se as disposições deste artigo, exceto no caso
de manifestação formal do interessado optando pela análise integral
nos termos da Lei nº 16.402, de 2016, e deste decreto.
Art. 42. No caso de Certidão de Diretrizes Urbanísticas emitida
anteriormente a 23 de março de 2016, os pedidos sequenciais de
Certidão de Conformidade, Alvará de Loteamento, Alvará de
Desmembramento, Alvará de Reparcelamento, Alvará de
Aprovação e Alvará de Execução das Edificações na modalidade
Plano Integrado devem ser analisados nos termos da legislação que
subsidiou a decisão do pedido de Certidão de Diretrizes, desde que
o pedido seja feito na vigência da Certidão de Diretrizes emitida, ou
seja, 1 (um) ano.
Art. 43. No caso de lotes com edificações regulares existentes,
cujas plantas demonstrem plena separação física das parcelas do
terreno, cada uma com suas respectivas edificações, pode ser
emitido o Alvará de Desmembramento como mera formalização da
situação fática existente.
Parágrafo único. Não pode ser concedido o desmembramento na
forma prevista no “caput” deste artigo se houver agravamento dos
índices e parâmetros previstos na Lei nº 16.402, de 2016, ou das
condições de aeração, iluminação, higiene e salubridade das
edificações.
Art. 44. Fica delegada a competência para análise e decisão sobre
os pedidos para emissão de Certidão de Diretrizes Urbanísticas de
que trata a Lei nº 16.402, de 2016, e este decreto à Subcomissão
de Análise Integrada de Empreendimentos Habitacionais de
Interesse Social – SAEHIS, criada pelo Decreto nº 54.297, de 2 de
setembro de 2013, com alterações posteriores.
§ 1º Em decorrência do disposto no “caput” neste artigo, a SAEHIS
passa a se denominar Subcomissão de Análise Integrada de
Empreendimentos de Parcelamento do Solo – SAEPS.
§ 2º Quando se tratar de pedido de diretrizes urbanísticas para
empreendimento em perímetro de Projeto de Intervenção
Urbanística (PIU), nos termos do § 1º do artigo 15 da Lei nº 16.402,
de 2016, a Secretaria Executiva da SAEPS convocará 1 (um)
representante titular e 1 (um) suplente da São Paulo Urbanismo
(SP-Urbanismo), sem prejuízo do disposto no inciso I do § 4º do
artigo 2º do Decreto nº 54.297, de 2 de setembro de 2013, com
redação conferida pelo Decreto nº 57.286, de 2 de setembro de
2016.
Art. 45. A taxa para exame e verificação dos pedidos de
parcelamento do solo é regida pela Lei nº 10.395, de 20 de
novembro de 1987.
§ 1º No caso de Pano Integrado, a taxa para exame e verificação do
pedido é cobrada:
I – para o parcelamento do solo, nos termos do “caput” deste artigo;
II – para edificações, nos termos do COE.
§ 2º A taxa para exame e verificação do pedido de reparcelamento
equipara-se ao valor cobrado para loteamento, nos termos do
“caput” deste artigo.
Art. 46. O “caput” do artigo 4º do Decreto nº 57.286, de 2016, com
modificações posteriores, passa a vigorar com a seguinte alteração:
“Art. 4º. Para subsidiar a apreciação da CTLU, compete à CAIEPS a
análise integrada:
I – de projeto apreciado nos termos da Lei nº 16.402, de 2016,
referente:
a) a reforma de edificação com ampliação de área construída de
hospitais enquadrados nas subcategorias nR2 e nR3, em que as
ruas de acesso tenham largura inferior a 12m (doze metros),
conforme disposto no artigo 118 da Lei nº 16.402, de 2016;
b) a instalação de ERB no caso de conflito entre as disposições da
Lei nº 13.756, de 2004, e legislação específica com as disposições
da Lei nº 16.402, de 2016;
c) a instalação de heliponto ou heliporto, conforme § 1º do artigo 6º
do Decreto nº 56.941, de 18 de abril de 2016, que regulamenta
a Lei nº 15.723, de 24 de abril de 2013;
II – do Estudo de Impacto de Vizinhança e do respectivo Relatório
de Impacto de Vizinhança – EIV/RIV, conforme estabelecido no
artigo 4º do Decreto nº 34.713, de 30 de novembro de 1994, com
alterações posteriores, até a revisão da legislação vigente.
………………………………………………………….” (NR)
Art. 47. O artigo 4º do Decreto nº 34.713, de 30 de novembro de
1994, alterado pelo Decreto nº 57.286, de 2016, passa a vigorar
com as seguintes modificações:
“Art. 4º ………………………………………………
§ 3º Serão apreciados pelo Plenário da CAIEPS os dados
relacionados no artigo 3º deste decreto e as informações
eventualmente solicitadas na forma estabelecida no § 1º deste
artigo, podendo ainda a CAIEPS recomendar à CTLU a
complementação do RIV.
§ 4º Após a análise referida no § 3º deste artigo, não havendo
exigências adicionais no âmbito da CAIEPS, o processo será
remetido à CTLU para prosseguimento, despacho decisório e
arquivamento.” (NR)
Art. 48. O artigo 35 do Decreto nº 57.521, de 9 de dezembro de
2016, passa a vigorar com a seguinte alteração:
“Art. 35 ………………………………………………
Parágrafo único. Fica dispensada a análise e aceitação pela CTLU
de EIV/RIV protocolado anteriormente à data de vigência deste
decreto quando o mesmo já tiver sido apreciado e aceito pela
SVMA de acordo com as disposições anteriores.”(NR)
Art. 49. Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação,
revogado o Decreto nº 29.716, de 2 de maio de 1991.
PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, aos 21 de
dezembro de 2016, 463º da fundação de São Paulo.
FERNANDO HADDAD, PREFEITO
JOÃO SETTE WHITAKER FERREIRA, Secretário Municipal de
Habitação
FRANCISCO MACENA DA SILVA, Secretário do Governo Municipal
Publicado na Secretaria do Governo Municipal, em 21 de setembro
de 2016.
QUADRO ÚNICO INTEGRANTE DO DECRETO Nº 57.558, DE 21
DE DEZEMBRO DE 2016
DEFINIÇÕES
Para efeitos de aplicação da legislação de parcelamento, uso e
ocupação do solo, para fins urbanos, as seguintes expressões ficam
assim definidas:
I – Alinhamento: linha divisória entre o lote e o logradouro público;
II – Calçadas verdes: faixas ajardinadas ou arborizadas no passeio
público;
III – Canteiro central: obstáculo físico ao trânsito de veículos
construído como separador das duas pistas de rolamento;
IV – Drenagem: sistema de sarjetas, bocas-de-lobo e grelhas
utilizadas para a coleta e destinação de água pluvial (chuva), desde
as superfícies pavimentadas até as galerias, córregos e rios;
V – Equipamento público: instalação pública destinada à educação,
saúde, cultura, lazer e outros usos comunitários;
VI – Frente de lote: face do lote com frente para a via oficial de
circulação na qual o imóvel está cadastrado ou tem acesso
principal, e com outras vias oficiais de circulação
independentemente da existência de acesso;
VII – Fundo de lote: é a divisa oposta à frente, sendo que:
a) no caso de lotes de esquina, o fundo do lote é o encontro de
suas divisas laterais;
b) no caso de lotes de forma irregular ou de mais de uma frente, o
lote pode ou não ter divisa de fundo;
VIII – Guia: borda ao longo de logradouro, rodovia ou limite de
passeio, que cria barreira física entre a via, a faixa de rolamento e o
passeio, propiciando ambiente mais seguro para os pedestres e
facilidades para a drenagem da via;
IX – Lote: Área resultante de loteamento, desmembramento,
remembramento, reparcelamento, ou ainda desdobro efetivado nos
termos da legislação anteriormente vigente, com pelo menos uma
divisa com frente para via oficial de circulação;
X – Logradouro público: espaços de uso comum do povo
destinados, entre outros, a ruas, avenidas, travessas, via de
pedestres, balões de retorno, praças, alamedas, largos, ladeiras,
viadutos, pontes, túneis, rodovias, estradas;
XI – Mobiliário urbano: todos os objetos, elementos e pequenas
construções integrantes da paisagem urbana, de natureza utilitária
ou não, implantados, mediante autorização do Poder Público, em
espaços públicos e privados;
XII – Passeio público: parte do logradouro, normalmente segregada
e em nível diferente, reservada ao trânsito de pedestres e, quando
possível, à implantação de mobiliário urbano, sinalização,
vegetação e outros fins;
XIII – pista ou leito carroçável: parte da via normalmente utilizada
para a circulação de veículos, identificada por elementos
separadores ou por diferença de nível em relação aos passeios,
ilhas ou canteiros centrais;
XIV – Profundidade do lote: distância medida entre o alinhamento
do lote e uma paralela a este, que passa pelo ponto mais extremo
do lote em relação ao alinhamento;
XV – Quadra: Área delimitada por vias oficiais de circulação ou
demais logradouros públicos, podendo, quando proveniente de
loteamento aprovado, ter como limite as divisas desse mesmo
loteamento;
XVI – Recuo: Distância, medida em projeção horizontal, entre o
limite externo da edificação e a divisa do lote, sendo que:
a) os recuos são definidos por linhas paralelas às divisas do lote.
b) os recuos de frente são medidos em relação aos alinhamentos;
XVII – Remembramento: Agrupamento de dois ou mais lotes, para a
formação de novo lote;
XVIII – Reparcelamento: Reagrupamento de lotes ou glebas e sua
posterior divisão em novos lotes com dimensões, localização ou
configuração distintas da situação original, com ou sem abertura de
novas vias públicas ou alteração de vias existentes;
XIX – Sarjeta: escoadouro para as águas das chuvas que beira a
guia dos passeios;
XX – Sistema viário: conjunto de logradouros públicos oriundos de
parcelamento de solo onde haja a abertura ou o prolongamento das
vias existentes;
XXI – Via de circulação: Espaço destinado à circulação de veículos
ou pedestres, sendo que:
a) Via oficial de circulação de veículos ou pedestres: é aquela
aceita, declarada ou reconhecida como oficial pelo Executivo;
b) Via particular de circulação de veículos ou pedestres: é aquela de
propriedade privada, mesmo quando aberta ao uso público;
c) Via de pedestre: É o espaço destinado à circulação de pedestres,
aberto ao público, de propriedade pública ou privada, incluindo
passeio público dissociado de leito carroçável, escadarias e
rampas;
d) Via sem saída: Via oficial cujo acesso se dá por meio de uma
única via de circulação de veículos e cujo traçado original não tem
continuidade com a malha viária na sua outra extremidade.

Este texto não substitui o original publicado no Diário Oficial da


Cidade de São Paulo
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