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16:19-31 1
A PARÁBOLA DO RICO E LÁZARO
S. Lucas 16:19-31
INTRODUÇÃO
Este método foi usado por Jesus, para ser mais fácil através dele
fixar na memória uma verdade, do que por outros processos didáticos.
Por ser mais eficiente este ensino é que as mais profundas mensagens
religiosas foram expressas em linguagem parabólica.
W. G. C. Murdoch, ex-diretor de nosso Seminário na Andrews
University escreveu no livro A Symposium on Biblical Hermeneutics,
pág. 219, o seguinte:
"O propósito da parábola é ensinar por comparação, analogia e
ilustração. Jesus, o maior professor, empregou este método com grande
sucesso. Ele usou parábolas para expor profundas verdade espirituais.
Ele contou histórias da vida real para esclarecer os seus ouvintes sobre o
verdadeiro significado da vida. Estas apresentavam lições que
explicavam os mistérios do seu reino. Jesus não estava preocupado com
a proposição de problemas. O propósito fundamental de suas parábolas
era conseguir um compromisso dos seus ouvintes para entrarem neste
reino. Por isso é que muitas parábolas são uma exposição do valor do
reino do céu. Ele estava mais ansioso para revelar mistérios deste reino
do que escondê-los".
INTERPRETAÇÃO DE PARÁBOLAS
1ª) A primeira e grande lição que ela nos ensina é esta: Nesta vida
temos a única oportunidade de preparar-nos para a vida do além.
O ensino bíblico é de uma clareza meridiana em nos esclarecer de
que não haverá segunda oportunidade para ninguém após a morte.
Quando esta vier, tudo estará definido. Ninguém poderá passar para o
outro lado. É nesta vida que formamos o caráter que nos qualificará para
a vida por vir.
O comentarista Plummer declara:
"Não há na parábola o propósito de dar informações acerca do mundo
invisível. Nela é mantida a idéia geral de que a glória e miséria depois da
morte são determinadas pelo procedimento do homem antes da morte."
2ª) A segunda destacada lição pode ser assim sintetizada: Os judeus
criam ser a riqueza um sinal da bênção de Deus e pobreza indício do seu
desagrado. Cristo lhes mostrou que este conceito era errado. A Bíblia nos
ensina que os ricos têm a obrigação de gastar o seu dinheiro, não de
acordo com os ditames de sua consciência, mas de conformidade com o
desprendimento ensinado por Cristo. A parábola ensina a lição: os ricos
avarentos não herdarão a vida eterna.
Cumpre ter bem em mente que o rico da parábola não foi
condenado por ser rico, mas por ser egoísta. O mendigo também não foi
salvo por ser pobre ou por causa dos seus sofrimentos.
3ª) A parábola não visa revelar-nos o que acontece após a morte,
mas enfatizar mais uma vez que as revelações dadas por Deus na Sua
Palavra são suficientes para nos conduzir à salvação. Quando o rico
pediu que Lázaro fosse enviado à Terra para advertir outros acerca do
inferno, Abraão lhe respondeu: "Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-
nos."
O relato prossegue: "Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tão
pouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os
mortos. (Luc. 16:29 e 31).
A Parábola do Rico e Lázaro – Luc. 16:19-31 10
Cristo com esta declaração estabeleceu uma dupla salvaguarda:
a) Moisés e os Profetas seriam os guias seguros para os vivos,
concernentes ao seu destino, após a morte.
b) Ensinou-nos ainda que a única maneira de alguém voltar dentre
os mortos é através da ressurreição.
Antes de concluirmos este comentário não seria demais lembrar
uma declaração unânime de teólogos e comentaristas: Jamais poderemos
alicerçar doutrinas bíblicas numa parábola ou alegoria.
CONCLUSÃO