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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE – UNINORTE

FACULDADE BARÃO DO RIO BRANCO – FAB

FACULDADE DO ACRE – FAC

ESTUDO DE CASO: VITIMA DE FAF

LUANE ESTEFANE BATISTA DE SOUZA

RIO BRANCO

2018
ESTUDO DE CASO: DENGUE HEMORRAGICA

Trabalho apresentado para


aprovação parcial na disciplina
Estágio Supervisionado I, do curso
de graduação em Enfermagem da
Faculdade Barão do Rio Branco.

Supervisor (a): JHONATA PRADO


LINARD
Preceptor (a): BEATRIZ
MAGNABOSCO

RIO BRANCO

2018
SUMÁRIO

Table of Contents

1 Histórico de Enfermagem ................................................................................................ 4

2 AVALIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO CLÍNICO ............................................................. 5

3 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM ......................................... 9

4 Plano de alta ...................................................................................................................... 10

5 REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 11
4

1 HISTÓRICO DE ENFERMAGEM

W. S. C, masculino, 28 anos, pardo. Reside na Zona Rural, Rodovia AC


49 KM 9 ramal da castanheira - AC. Paciente deu entrada na enfermaria dia 03
de novembro de 2018 do Hospital de Urgência e Emergência (HUERB) chegou
de ambulância (SAMU) junto com a PM após a polícia chegar ao local vítima de
FAF (ferimento por arma de fogo) AVP, paciente deu entrada após ter sido vítima
e reagido a assalto, atingido na região glútea esquerda perfurando a bexiga e
reto, com bala alojada em membro inferior direito. Sendo encaminhado para uma
colostomia. O mesmo deu entrada ao atendimento consciente comunicativo com
presença de sangramento, eupneico, normotenso, normocorado exame físico no
dia 06/12/2018 paciente grave, porém estável, recebendo hidratação venosa,
afebril, normocorado, hidratado, com boa perfusão, pulso regular e cheio.,
pupilas isocóricas e fotorreagentes, cabeça com boa distribuição de cabelos sem
presença de seborreia, acuidade auditiva preservada, orelhas simétricas,
niveladas, nariz simétrico sem presenças de cicatrizes. Pescoço sem linfonodos
palpáveis e não aumentado, traqueia móvel. Abdôme sem presença de pelos e
com presença de cicatriz cirúrgica contendo 28 pontos e com sons maciços.
Mamas sem nódulos, e aréolas com presença de pelos sem secreções.
Membros sem edemas e sem presença de hematomas, tórax posterior sem
cicatrizes e machas com hematomas
Portando AVPD (acesso venoso periférico direito), SISTOTOMIA,
COLOSTOMIA E SVD. Fazendo soroterapia SG 5% 500 ml + SF 0,9% 500 ml,
Tratamento medicamentoso: cefazolina 1G 8/8 H, ciprofloxacino 400 mg,
metronidazol 500 MG 8/8, Dipirona 4ML + 16ML AD IV 4/4 hr, Dieta: Dieta
Liquida prova Sinais Vitais: PA:110/60 MG/dl, Fc: 97 bpm, Fr: 22 rpm, Tax: 36,4
Cº.
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2 AVALIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO CLÍNICO

2.1 PERFURAÇAO DO RETO


A perfuração intestinal por arma de fogo é um trauma muito comum e
de difícil resolução, pois o derramamento do conteúdo intestinal no peritônio
pode levar a complicações como a sepse e isso requer uma série de cuidados
intensivos de enfermagem para evitar maiores complicações que podem levar o
paciente a óbito.

2.2 Etiologia
A etiologia das perfurações anorretais pode ser dividida em dois grupos,
a iatrogênica e a secundária à fraqueza da parede colorretal. As perfurações
iatrogênicas podem ocorrer por introdução forçada do cateter em direção à
parede anterior do reto, pressão hidrostática intracolônica excessiva durante a
injeção do contraste, hiperinsuflação do balão, insuflação do balão no canal anal,
insuflação do balão ao nível da anastomose colorretal ou de lesões

2.4 Diagnóstico

Deve ser feito um preparo para esvaziar o cólon e o reto, de modo a


permitir uma melhor visualização do revestimento da região. Você será orientado
a seguir uma dieta especial um dia antes do exame, além de fazer uso de
laxantes para total esvaziamento do cólon. Alguns medicamentos de uso
rotineiro talvez precisem ser suspensos no dia da realização do exame isto deve
ser determinado somente pelo seu médico.

2.5 Perfuração da bexiga


A lesão do trato urinário inferior pode advir de um trauma fechado,
penetrante ou iatrogênico. Cerca de 10% de todos os pacientes com trauma
manifestarão envolvimento do trato geniturinário. Aproximadamente 70% dos
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pacientes com lesões na bexiga, causadas por trauma fechado, apresentam


fraturas pélvicas associadas com uma média de 2,9 de outras lesões em
múltiplos órgãos ou sistemas. A incidência de lesões associadas é tida como
maior que 85% e a taxa de mortalidade associada é de 22%-44%. Mais da
metade das fraturas pélvicas associadas estão no ramo púbico. Ao contrário,
mais de 30% dos pacientes com fraturas pélvicas terão alguma lesão na bexiga.
A principal lesão da bexiga ocorre em cerca de 10% dos pacientes que têm
fratura pélvica. Porém, aproximadamente 25% das rupturas intraperitoneais de
bexiga ocorrem em pacientes sem fratura pélvica. Rupturas simultâneas da
bexiga causadas por trauma externo ocorrem em 10%-29% de pacientes
masculinos com ruptura traumática da uretra prostatomembranosa, com uma
média de 3,1 lesões associadas, por paciente.

2.6 Etiologia
As lesões de bexiga podem ser classificadas como contusões ou
rupturas, com base na extensão da lesão vista na radiografia. Elas podem ser
extraperitoneais, intraperitoneais ou ambas. Complicações das lesões vesicais
são uroascite (urina livre na cavidade peritoneal) por ruptura intraperitoneal,
infecção (inclusive sepse), hematúria, incontinência urinária e instabilidade e
fístula vesicais. A mortalidade devido a ruptura da bexiga é de cerca de 20%;
isso se deve a lesões do órgão associado, e não da lesão da bexiga.

2.7 Diagnóstico
Pelo fato de os sinais e sintomas serem frequentemente inespecíficos
ou tênues, o diagnóstico requer alto nível de suspeita. Suspeita-se do
diagnóstico com base em anamnese, exame físico e existência de hematúria
(predominantemente macroscópica). A confirmação é feita por cistografia
retrógrada com 350 mL de contraste diluído para encher diretamente a bexiga.
Pode-se utilizar radiografias simples ou TC, mas a TC proporciona a vantagem
adicional de avaliar danos intra-abdominais concomitantes e fraturas pélvicas.
Deve-se obter imagem da drenagem somente ao usar radiografia simples. Na
suspeita de ruptura uretral em um homem, a colocação de cateter retrógrado é
evitada enquanto se aguarda os resultados da uretrografia.
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Deve-se fazer toque retal em todos os pacientes com trauma fechado ou


penetrante da lesão para avaliar a existência de sangramento, que é altamente
sugestivo de lesão intestinal concomitante. Do mesmo modo, deve-se examinar
nas pacientes lacerações genitais.

2.1.2.2. FARMACOTERAPIA

2.1.3 SG 5% + SF 0,9%

Solução administrada IV 500 ml cada 4/4hr

O soro glicofisiológico é uma solução que contém glicose a 5% utilizado para


soroterapia para evitar desidratação

2.1.3.1 DIPIRONA
A dipirona é um medicamento analgésico, antipirético e espasmolítico,
muito utilizado no tratamento de dores e febre, normalmente provocadas por
gripes e resfriados, por exemplo.

A dipirona não deve ser administrada á pacientes:

-com hipersensibilidade à dipirona ou a qualquer um dos componentes da


formulação ou a outras pirazolonas ou a pirazolidinas (ex. fenazona,
propifenazona, fenilbutazona, oxifembutazona) incluindo, por exemplo,
experiência prévia de agranulocitose com uma dessas substâncias
-com função da medula óssea prejudicada (ex. após tratamento citostático) ou
doenças do sistema hematopoiético;
-que tenham desenvolvido broncoespasmo ou outras reações anafilactóides (ex:
urticária, rinite, angioedema) com analgésicos tais como salicilatos, paracetamol,
diclofenaco, ibuprofeno, indometacina, naproxeno;
-com porfiria hepática aguda intermitente (risco de indução de crises de porfiria);
-com deficiência congênita da glicose-6-fosfato-desidrogenase (G6PD) (risco de
hemólise);
-gravidez e lactação.

2.1.2.3.4 Cefazolina 1G 8/8 H


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A cefazolina sódica é indicada para o tratamento de infecção


respiratória, infecção urinária, infecção da pele e estruturas da pele, infecção no
trato biliar, infecção nos ossos, Infecção nas juntas, infecções genitais, infecção
no sangue, endocardite bacteriana (infecção nas válvulas do coração) e para
prevenção de infecção durante cirurgia. A cefazolina sódica é um antibacteriano
da classe das cefalosporinas. Em doses adequadas, promove a morte de
bactérias. O tempo para cura da infecção pode variar de dias a meses,
dependendo do local e do tipo de bactéria causadora da infecção e das
condições do paciente.

A cefazolina sódica não deve ser usada por pacientes com histórico de
reação alérgica a penicilinas, derivados da penicilina, penicilamina e a outras
cefalosporinas.

2.1.3.5 CIPROFLOXACINO

Ciprofloxacino 500 mg é um antibiótico de largo espectro, indicado para


o tratamento de infecções como infecções no ouvido, olhos, rins, pele, ossos,
órgãos genitais, cavidade abdominal, articulações, trato urinário ou trato
respiratório e sinusite, em adultos. Além disso, Ciprofloxacino também é indicado
no tratamento de casos de infecção generalizada no corpo. O cloridrato de
ciprofloxacino não deve ser usado em casos de hipersensibilidade aos derivados
quinolônicos. Exceto em casos de exacerbação da fibrose cística associada ao
Pseudomonas aeruginosa, o ciprofloxacino é contraindicado a crianças e
adolescentes em fase de crescimento (entre 5 e 17 anos de idade), salvo quando
os benefícios do tratamento puderem superar os riscos.

2.1.3.5 METRONIDAZOL

Metronidazol é indicado para o tratamento de infecções causadas por


vermes, como giardíase, amebíase e tricomoníase, no tratamento de vaginites e
uretrites causadas por Gardnerella vaginalis, e no tratamento de outras infecções
causadas por bactérias
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3. SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

Diagnóstico de Objetivo Intervenção de Enfermagem


Enfermagem

- Manter técnica de isolamento quando


apropriado;
Risco de Infecção Minimizar a - Lavar as mãos antes e após cada
aquisição e a atividade e cuidado com o paciente;
transmissão de - Limitar o numero de visita quando
agentes adequado;
infecciosos; - Orientar os visitantes para que lavem as
mãos ao entrarem e saírem do ambiente
em que se encontra o paciente;

- higienizar a área ;
Evitar infecções - Monitorar os sinais e sintomas de hipoteria
Risco da integridade e hipertemia e relata-los;
da pele prejudicada - realizar curativos ;
relacionado a - medicar conforme prescrição medica
colostemia

Levantar-se Paciente - Medicar paciente conforme prescrição


prejudicado conseguir sentar médica.
relacionado a sem incômodos. - Auxiliar movimentos.
capacidade - Auxiliar deambulação.
prejudicada para
conseguir tensionar
abdômen.
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4 PLANO DE ALTA

O plano de alta tem como finalidade assegurar que as necessidades do


paciente e família sejam sempre atendidas na medida em que ele vai para casa
e precisa ser cuidado. No caso de W. S. C como seu caso é o tratamento da
recuperação de colostemia pode ser feito com a feito as medicações e hidratação
intensiva conforme prescrição medica que irão reduzir os riscos de infecção
provocada. Conscientizar paciente sobre os cuidados a serem tomado como
realizar curativos ter um bom repouso para cicatrização. A família precisa ser
conscientizada sobre a patologia para assim compreenderem melhor a
necessidade de seguir cuidados específicos para o bem estar do paciente.
Acredita-se que os conhecimentos revelados por este estudo possam ampliar as
possibilidades de uma melhor fundamentação por planejamento da assistência
de enfermagem e que sejam utilizados pelos enfermeiros que atuam no ensino,
na pesquisa ou na assistência, trazendo, de alguma forma, benefícios que
alcancem os níveis mais concretos das ações nas situações de interação com
os pacientes.
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REFERENCIAS

Diagnostico de Enfermagem da NANDA. International DEFINIÇÕES E


CLASSIFICAÇÕES 2014.

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portal.anvisa.gov.br

www.tuasaude.com

https://cbr.org.br

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