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Planalto dos Guimarães

O trajeto do campo a ser percorrido tem uma distância de 144km, saindo


da cidade de Cuiabá-MT a Jaciara-MT. Nesse percurso iremos observar
diversas particularidades das morfoestruturas: Depressão Cuiabana, Serra de
São Vicente, Planalto dos Guimarães e Depressão Interplanáltica de
Rondonópolis.

Com base nos estudos de Ross (1982 e 1997), o SIG Cuiabá, (Sistema
de Informação Geoambiental de Cuiabá, Várzea Grande e Entorno), publicado
no ano de 2006, aponta que o Planalto dos Guimarães tem uma extensão que
perpassa pela: “extremidade noroeste da Bacia Sedimentar do Paraná,
configurando-se com uma unidade contínua e alongada, atingindo cerca de
200km no sentido leste-oeste e 120km no sentido norte-sul [...]” (2006, p.99).

Analisando o Atlas de Cuiabá (2011), o mapa de Geomorfologia


(baseado em Ross, 1992), conseguimos identificar que o Planalto do
Guimarães compõe a morfoestrutura da Borda Setentrional da Bacia do
Paraná, sendo que:

A Bacia Sedimentar do Paraná desenvolveu-se inteiramente


dentro do Cráton, sendo, portanto, considerada uma bacia
intracratônica ou sinéclise que evoluiu sobre a Plataforma Sul-
Americana. Sua formação se deu há cerca de 400 milhões de
anos, entre os períodos Devoniano e Cretáceo. Grande parte
desta bacia encontra-se na região sudeste do Brasil,
abrangendo áreas dos estados do Rio Grande do Sul, Santa
Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do
Sul, alcançando o Uruguai e a Argentina. Geograficamente
limita-se com as seguintes bacias hidrográficas brasileiras:
Bacia Amazônica, ao norte, Bacia do Tocantins-Araguaia e do
São Francisco, a noroeste, Bacia do Atlântico Trecho Leste, a
sudeste, e com a Bacia do Uruguai, ao sul. (Atlas de Cuiabá,
2011, p. 38)
Na análise do Mapa de Geomorfologia (2011, p.39), identificamos uma
forma de dissecação Da- formas dissecadas com topos apresentando
morfologia aguçada. Segundo o Sig Cuiabá (2206), considera a existência no
Planalto Dissecado de três unidades distintas de formas de relevo, podendo
ser:
morros e morrotes alongados, com forte dissecação,
sustentada por argilitos da Formação Ponta Grossa, colinas
médias e colinas amplas, com média dissecação, sustentadas
por arenitos da Formação Furnas, rampas coluvionares, com
fraca dissecação, situada na transição entre a Depressão
Dissecada e o Planalto Dissecado (SIG Cuiabá, 2011, p.102).
A identificação da morfoestrutura Planalto dos Guimarães pode ser
percebida após o trevo do cruzamento da BR 364 com a MT 070, seguindo um
percurso de aproximadamente 39km. Nesse buscaremos identificar in loco a
presença de formas de dissecação.

Na análise do Mapa de pedologia (Atlas Cuiabá, 2011, p 44), é possível


identificar que a morfoestrutura do Planalto dos Guimarães, é constituída por
latossolos vermelhos escuros. Tal afirmação se efetiva com base nas imagens
do Google Earth. Conseguimos perceber que devido a formação
geomorfologia, geológica e pedologia, favorece ao uso e ocupação para
plantação de lavoura.

O traçado de Vermelho representa a morfoestrutura do Planalto dos Guimaraes.


Imagem: Google Earth

Referências Bibliográficas
FI
CAMARGO, L. (Org.) Atlas de Mato Grosso: abordagem socioeconômico-
ecológica. Cuiabá-MT, Ed. Entrelinhas, 2011.
GILBERTO, T. F. et.al. Sistema de Informação Geoambiental de Cuiabá,
Várzea Grande e Entorno. Goiânia: CPRM, 2004. (convênio CPRM/SICME).

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