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de t ransportes
O símbolo de percentagem
de administração e custos,
dessas áreas.
sistemas l ogísticos
de t ransportes
Obra coletiva organizada Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
pela Universidade Luterana (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
do Brasil (Ulbra).
Informamos que é de Sistemas logísticos de transportes / [organizada pela]
inteira responsabilidade Universidade Luterana do Brasil . --
do autor a emissão de Curitiba : Editora Ibpex, 2009.
conceitos. 170 p.: il.
Nenhuma parte desta
publicação poderá ser Bibliografia.
reproduzida por qualquer isbn 978-85-7838-253-7
meio ou forma sem a prévia
autorização da Ulbra. 1. Competição 2. Logística (Organização) 3. Logística
A violação dos direitos empresarial 4. Transportes 5. Transportes - Brasil I.
autorais é crime Universidade Luterana do Brasil.
estabelecido na Lei
nº 9.610/98 e punido pelo
09-01149 cdd-388
art. 184 do Código Penal.
A edição desta obra é Índices para catálogo sistemático:
de responsabilidade da 1. Logística de transportes 388
Editora Ibpex. 2. Transportes : Logística 388
pdi Ulbra 2006-2016
Plano de Desenvolvimento Institucional
Missão
Visão
Valores
reversão, 40
Referências, 163
Apêndice, 165
Gabarito, 169
xv
Sumário
(1)
f undamentos da logística
empresarial
Mauro Roberto Schlüter é formado em Administração
(1995) pela Universidade Luterana do Brasil (Ulbra),
possui mestrado em Engenharia da Produção (1999) pela
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e é
doutorando em Engenharia de Produção pela mesma univer-
sidade. No âmbito científico, fez parte do Grupo de Estudos
em Logística (Gelog) da Ulbra, onde promoveu diversos
encontros acadêmicos sobre o tema. Possui diversos artigos
publicados em revistas acadêmicas e encontros nacionais e
internacionais. Participou como coautor de livros da área de
logística e de transportes editados no país.
É o criador da “teoria do processo logístico” e do “modelo
da função logística”, que se constituem um marco prático de
aplicação da teoria do custo logístico total.
Atua como incentivador da disseminação da cultura de
logística através de ações concretas, como a elaboração de
projetos pedagógicos de cursos de logística no nível técnico,
implementação da disciplina de logística em cursos superio-
res de Administração em universidades do Rio Grande do
Sul, criação e implementação de cursos superiores específi-
cos em logística (Tecnológicos), além da criação e coordena-
ção de cursos de pós-graduação em logística empresarial em
universidades desse mesmo estado.
Atua também como consultor em projetos logísticos que
envolvem abordagens técnicas e quantitativas de elevada
complexidade.
Mauro Roberto Schlüter
( )
A logística empresarial
29
Aspectos Consolidação
Fundamentos da
logística empresarial
atividades
1. Por que a logística, que trata diretamente da gestão das
operações das empresas, ainda não foi totalmente assimi-
lada pelo meio empresarial?
2. Por que o conceito genérico de logística (produto certo, na
hora certa e no local certo ao menor custo possível) não
deve ser utilizado pelos profissionais de logística?
30
Sistemas logísticos
de transportes
(2)
( )
(2.1)
uso de técnicas de logística
militar no meio empresarial
A motivação que levou ao uso das técnicas de logística
militar para garantir o abastecimento de uma população
civil, não teve repetição após o cerco a Berlim. A partir da
34
crise do petróleo, no final dos anos 1960 e início dos anos
1970, surgiram novas motivações para a implementação da
Sistemas logísticos
de transportes
(2.2)
o conceito de logística
empresarial e sua caracterização
A logística empresarial possui um conceito formal, aceito e
citado em todos os trabalhos científicos ligados ao estudo
do assunto. Este foi formulado pelo Conselho de Logística
Empresarial (CLM – Council of Logistics Management), atual
35
Conselho de Profissionais de Cadeias de Suprimento
(CSCMP – Council of Supply Chain Management Professionals).
Evolução da logística empresarial
(2.3)
a evolução da logística
empresarial
A logística empresarial passou por uma evolução ao longo
do tempo. Desde o seu surgimento como uma técnica de
36
gestão das operações de transporte, até a sua compreensão
como uma função empresarial, foram travadas inúmeras
Sistemas logísticos
de transportes
Utilização
Anos 2000
Reverção
(2.4) 37
(2.5)
a nos 1980: incorporação do
suprimento
Enquanto nos primórdios de sua implementação a logística
era uma técnica que visava erradicar as rupturas de fluxo
de entrega, notadamente junto às empresas que industria-
38
lizavam produtos de consumo final, nos anos 1980 houve
um acréscimo de abrangência. Esse acréscimo se deu por
Sistemas logísticos
de transportes
(2.6)
a nos 1990: a logística é um
sistema
Nos anos 1990, a produção foi incorporada à logística
39
empresarial. Os pesquisadores sugeriram que a logística
não poderia ser administrada de forma isolada (logística
Evolução da logística empresarial
(2.7)
a nos 2000: a logística incorpora
40
os serviços de utilização e a
reversão
Sistemas logísticos
de transportes
(2.8)
a aplicação prática da gestão
logística
O hiato da aplicação da gestão logística existente entre
41
as pesquisas desenvolvidas pelo setor acadêmico e a
respectiva aplicação prática pelo setor empresarial, ini-
Evolução da logística empresarial
Diretor geral
Engenharia Pós-vendas
de produção
Manufatura
42
Pesquisa recente, realizada pelo Instituto de Pesquisa
Sistemas logísticos
de transportes
Logística reversa
Qualidade
(2.9)
44
o papel do ensino de logística
Sistemas logísticos
de transportes
atividades
1. A logística evoluiu consideravelmente a partir dos anos
1970, culminando com a compreensão de que sua compe-
tência é a gestão das operações empresarias. O que faz com
45
que ainda exista resistência quanto à sua implementação
de forma sistêmica?
Evolução da logística empresarial
o processo logístico
e as redes logísticas
Mauro Roberto Schlüter
( )
53
O processo logístico
e as redes logísticas
Procedimento estático Procedimento
de beneficiamento dinâmico
Fonte: Schlüter, 2001b.
Redes logísticas
Suprimento
Fonte: Schlüter, 2001b.
dependente).
A representação de um conjunto de subsistemas logís-
ticos forma um sistema logístico de uma empresa. A Figura
3.4 descreve como este diagrama pode ser representado.
Suprimento
Produção
Distribuição
Fabricante de bem
Fornecedor A C
de consumo final.
Varejo
Sistemas Logísticos
Fornecedor B
processos.
Os processos logísticos devem ser colocados em ordem
cronológica de ocorrência. A ordem mais comum de repre-
sentação de um processo logístico é um procedimento está-
tico seguido de um procedimento dinâmico. Porém, essa
ordem pode ser modificada de acordo com as especificida-
des e interesse de estudo da própria rede.16
A figura a seguir demonstra essa afirmação.
3º 5º 9º
1º e 2º 4º 8º
Estoque de sobras
7º
atividades
1. Que benefícios a técnica de desenho de processos logísti-
cos pode trazer para o administrador da área?
2. Desenhe uma rede de processos logísticos de um ambiente
de seu conhecimento.
(4)
o s custos e as perdas
do processo logístico
Mauro Roberto Schlüter
( )
Pagamento
3 dias antes
Os custos e as perdas
do processo logístico
recebimento. Mas, se o modal escolhido fosse o aéreo, o
valor do produto (US$ 2.000.000,00) poderia permanecer
aplicado (a uma taxa de juros de aproximadamente 1% ao
mês) e geraria uma receita financeira superior ao valor da
tarifa do transporte aéreo. A Tabela a seguir mostra os valo-
res que devem ser considerados na decisão desse cenário.
Diferença
11.000,00 30.000,00 19.000,00
total
O custo logístico total do cenário descrito na Tabela
anterior é de US$ 33.560,00 para o modal marítimo e de
US$ 14.560,00 para o modal aéreo, fornecendo uma dife-
rença de US$ 19.000,00 favorável ao aéreo.
A teoria do custo logístico total demonstra que exis-
tem outros custos que não estão aparentes e que devem ser
considerados na decisão de cenários logísticos. Uma deci-
são meramente operacional conduz o gestor a decidir pela
menor tarifa, optando pelo modal marítimo; uma decisão
de logística pressupõe a inclusão de outros fatores e valo-
res, promovendo sinergia entre os elementos do cenário e
direcionando para a opção aérea.
(4.2)
c ustos logísticos
66
Sistemas logísticos
de transportes
Cefe = Cnom + P
Onde:
Os custos e as perdas
do processo logístico
cesso. O custo nominal representa um custo hipotetica-
mente puro, entendido como sendo a capacidade plena de
atividade do conjunto operador-equipamento. Perda, por
sua vez, é o não aproveitamento das oportunidades de se
capitalizar uma empresa com qualquer tipo de bem econo-
micamente mensurável nos processos logísticos. As perdas
incluem não só o material e mão-de-obra não aproveitada,
mas também aquilo que se deixa de ganhar, uma vez que
o resultado do investimento realizado em uma estrutura
empresarial não está sendo totalmente utilizado.
As perdas de um processo logístico podem ser
classificadas em perdas concretas e abstratas. As perdas
concretas são as sobras e avarias e sofrem constante con-
trole através dos programas de qualidade e produtividade,
principalmente no subsistema produção. As perdas abstra-
tas são divididas em dois grupos: perdas visíveis (estoques
e ociosidades) e invisíveis (perdas ainda não-identificadas).
A Figura a seguir mostra como essas perdas fazem parte
dos custos logísticos.
Perdas Estoques
Visíveis
Ociosidades
Abstratas
Invisíveis
Os custos e as perdas
do processo logístico
O custo de um procedimento dinâmico (kd)
Os custos e as perdas
do processo logístico
mesma forma, o tempo de transporte ou de distribuição
de um produto constitui-se em fator que onera o capital de
giro investido no procedimento dinâmico de um processo
logístico e, como tal, é gerador de perdas.
Exemplos:
Exemplos:
Os custos e as perdas
do processo logístico
▪▪ custo da perda de comercialização por atraso na entrega do
produto.
Onde:
Os custos e as perdas
do processo logístico
opções de incorporação de processos.
Os custos da função logística possuem três caracte-
rísticas que os definem como integrantes de um sistema:
são comuns, cumulativos e compensatórios. São comuns
porque podem ocorrer em todos os processos logísticos;
são cumulativos porque o custo de input de um processo
é resultado da função logística do processo anterior; são
compensatórios porque a elevação de um custo poderá
acarretar na diminuição de outro, reduzindo, assim, os
custos logísticos totais.
atividades
1. De acordo com o exemplo dado no texto, o valor do pro-
duto é o fator decisivo na escolha do modal (meio de trans-
porte) que irá proporcionar o menor custo logístico total.
Se o produto fosse de baixo valor (considerando o mesmo
cenário do exemplo dado), a sua decisão de enviar pelo
modal aéreo se manteria? Justifique.
2. Como você justificaria uma decisão de escolha modal de
um produto de baixo valor em uma distância de 1.000
quilômetros?
76
Sistemas logísticos
de transportes
(5)
a logística de transportes
e seu funcionamento
Mauro Roberto Schlüter
( )
A logística de transportes
e seu funcionamento
objetivo da logística no meio militar, passando para o
fato histórico, que transpôs a logística militar para o meio
empresarial, até a sua própria evolução.
(5.1)
o sistema logístico de transportes
Das quatro áreas que compreendem a logística empresa-
rial, a logística de transportes (ou logística de distribuição)
é a que apresenta maiores possibilidades de ganhos e, tam-
bém, a mais complexa sob o ponto de vista da pluralidade
de atores envolvidos na sua implementação. A logística
de transportes, ou simplesmente distribuição, trata dos
aspectos de gestão dos estoques e armazenagem, os
transportes e suas estratégias dentro do contexto das
empresas e suas cadeias. Enquanto as decisões das polí-
ticas de gestão dos estoques e armazenagem permane-
cem sob domínio da empresa, as políticas de gestão das
decisões de escolha dos transportes nas redes de distri-
buição sofrem fortes influências externas. Essas influên-
cias vão desde o grau de conhecimento de logística pelos
tomadores de decisão, que são os usuários dos sistemas de
transportes, passando pelo nível competitividade de cada
operador das empresas de cada modal, até a forte interfe-
rência do governo (em todos os níveis), no que tange à infra-
estrutura e à regulamentação dos modos de transporte.
A logística de transportes
e seu funcionamento
transporte.
▪▪ Quarterizadores de serviços logísticos (4PL): são
empresas que não possuem ativos (veículos, instala-
ções armazéns etc.) e gerenciam as logísticas de dis-
tribuição para as empresas usuárias. Essas empresas
executam a escolha da rede viária onde os veículos se
deslocarão.
(5.2)
a tomada de decisão logística
pelo usuário
As decisões de logística de transportes pelo usuário devem
ser fortemente objetivadas na busca pela competitividade,
através da escolha de menor custo logístico total. Ocorre
que a tomada de decisão sofre influências de muitos
85
fatores, alguns de domínio do decisor e outros não. A
A logística de transportes
e seu funcionamento
melhor decisão para um determinado cenário está baseada
na obtenção de informações sobre o maior número de
variáveis sob domínio possíveis e na execução de simula-
ções sobre as variáveis que não estão sob domínio. Diante
disso, surge a necessidade de o gestor de logística das
empresas usuárias do sistema logístico conhecer esses
fatores, no sentido de obter a melhor solução conjunta para
o cenário que será objeto de um projeto e que gere resulta-
dos para o operador.
A logística de transportes
e seu funcionamento
Quadro 5.1 – Atributos de escolha do operador pelo usuário
ordem atributo
1o Confiabilidade
2o Nível de serviço
5o Pessoal qualificado
8o Tecnologia de informação
9o Visão estratégica
A logística de transportes
e seu funcionamento
de logística. O fato desse atributo não estar melhor ran-
queado pode ser decorrente da falta de conhecimento dos
próprios usuários.
O uso da tecnologia da informação foi o oitavo atri-
buto classificado. A importância desse atributo reside
no fato de que a maioria das empresas de grande porte
possuem sistemas de gestão empresarial integrados
(Enterprise Resource Planning – ERP’s) por meio de tecnolo-
gia de informação e necessitam que o operador integre as
suas operações a esses sistemas.
O nono classificado foi o atributo de visão estratégica.
Embora ele tenha sido citado nos questionários explorató-
rios, verificou-se nas entrevistas do questionário definitivo
que a visão estratégica é algo que deve ser balizado pela
empresa, e não pelo operador.
O décimo atributo classificado foi o de gestão ambiental,
citado em um dos questionários exploratórios, cuja empre-
sa pertencia ao ramo petroquímico. De forma geral, os en-
trevistados ainda não estão muito preocupados com esse
quesito, com exceção de casos específicos, onde o risco de
impacto ambiental é muito elevado.
atividades
1. O funcionamento do sistema logístico de transportes é
baseado em quatro atores que agem de forma coordenada.
Como as decisões incorretas de escolha modal pelo usuá-
rio podem comprometer essa cadeia?
2. Por que os decisores da logística de transportes dos usuá-
rios do sistema logístico do país nem sempre decidem de
90
forma correta?
Sistemas logísticos
de transportes
(6)
( )
Características do produto
Leite
Longo Comum Fácil Menor
condensado
Sistema: built-to-stock (produzir para estocar) – podem
ser sistemas dedicados e com baixa flexibilidade, uma vez
que a demanda futura pode ser prevista com relativa faci-
lidade, adequando o tamanho dos lotes na rede com apro-
veitamento otimizado de estoques, veículos, armazenagem,
pessoal próprio e terceirizado, unitizadores etc.
Utilização
Assembly-to-order
(montar sob encomenda)
Built-to-order
(produzir sob encomenda)
validade.
Tarifa (KTr)
Área de armazenagem (KArm)
Quantidade
Tempo de armazenagem (KFin)
Tempo de armazenagem (KOb)
Tarifa (KTr)
Origens e destinos
Tempo de transporte (KFin)
Acessibilidade 101
Disponibilidade
Velocidade
Tarifa
Valor do Capacidade
Modal VRV Índice
veículo (US$) X velocidade
Vias 105
R$ R$ Até R$
Custo Zero
600 mil 1.400 mil 2.000 mil
106 Quadro 6.6 – Características dos modais e sua influência no custo logístico total
Sistemas logísticos
de transportes
107
( )
Equipamentos de
Carrinhos, palleteiras, empilha-
movimentação em cada
deiras etc.
armazém
Equipamentos de
Carrinhos, palleteiras, empilha-
movimentação em cada
deiras etc.
armazém
Prazos e condições de
Via de regra adaptável ao projeto
faturamento
indicadores de desempenho
Análise de oferta do operador e
butos desejáveis apontados pela operadora. Existem casos
em que a empresa usuária define, além dos requisitos bási-
cos, outros aspectos que julgar importante.
O ajuste entre as demandas qualitativas do usu-
ário e as ofertas do operador e de seus parceiros
fornecerá o prognóstico qualitativo, isto é, o que será fun-
damental para satisfazer as necessidades mais importantes
apontadas pelos decisores da empresa usuária.
(7.3)
p rognóstico quantitativo
O objetivo principal do prognóstico quantitativo consiste
em calcular os custos logísticos totais da rede que será
estudada para o projeto. A teoria do custo logístico total
busca identificar a rede que proporciona o menor custo
logístico total para o usuário. Os dados para realização dos
cálculos devem ser retirados da investigação da demanda
e da oferta mencionada anteriormente. A partir dos dados
obtidos, deve-se aplicar o modelo da função logística para
identificação da melhor rede modal.
(7.4)
i ndicadores e contigências
Os KPI’s, ou indicadores-chave de performance, buscam
orientar a convergência entre as ações internas e externas
da empresa, através de conceitos de valores que são tradu-
zidos em um conjunto de indicadores métricos de desem-
116
penho quantificáveis.
Um KPI não é um mero indicador pontual, e sim um
Sistemas logísticos
de transportes
indicadores de desempenho
Análise de oferta do operador e
complexo, pois isso dificulta a sua aplicação.
(7.5)
e xemplo de aplicação na área
logística
As aplicações de KPI’s também podem (e devem) ser uti-
lizadas na área logística de uma empresa. A seguir, será
dado um pequeno exemplo de como um KPI pode ser
transformado em um conjunto de indicadores de desem-
penho da área de logística.
indicadores de desempenho
Análise de oferta do operador e
Áreas envolvidas: marketing e comercialização,
finanças e logística
120 Responsáveis
indicadores de desempenho
Análise de oferta do operador e
esse indicador.
Indicadores de desempenho
Indicador Objetivo
(continuação)
(Quadro 7.2 – conclusão)
atividades
1. Os aspectos relacionados à análise qualitativa de oferta do
operador são importantes por ocasião da contratação dos
serviços logísticos. Que prejuízos podem ocorrer se esses
aspectos não forem satisfatórios?
2. De que forma os KPI’s do sistema logístico de transportes
da empresa usuária podem contribuir para a competitivi-
dade da empresa?
(8)
( )
Onde:
KTr
Tarifa
KTr =
Quantidade de itens transportados
Onde:
128
▪▪ Tarifa: é o valor total do frete cobrado para trans-
Sistemas logísticos
de transportes
KArm
Despesas de armazenagem
K Arm =
Demanda associada ao armazém
Onde:
KFin
Onde:
▪▪ K I: custo de Input;
▪▪ TMA: taxa de juros que será considerada para remune-
rar o capital de giro investido no produto;
▪▪ TTr: tempo de transporte desde a coleta do produto até
o seu desembarque (via de regra, é dado em dias);
▪▪ TArm: tempo de armazenagem do produto que, por sua
vez, é obtido através da relação entre o estoque médio
e a demanda diária associada ao armazém;
▪▪ EMin: estoque mínimo estipulado pelos gestores da
empresa usuária. Quanto maior a certeza de demanda,
menor será o estoque mínimo de segurança, sendo o
inverso verdadeiro;
▪▪ LR: quantidade de itens recebida (lote recebido) no CD
pelo veículo do modal;
▪▪ DD: demanda diária associada ao armazenamento.
KOb
Onde:
▪▪ desconto: valor que deve ser dado de desconto no pro-
131
duto para estimular a demanda;
▪▪ saldo do estoque: quantidade de itens que sobrou no
KOp
KRev
Onde:
▪▪ valor do tratamento das sobras e avarias: total gasto
para realização da logística reversa por unidade de
tempo;
▪▪ demanda associada ao armazém: quantidade total de
produtos que saíram do armazém por unidade de
tempo.
Da mesma forma que o custo de oportunidade, o custo
da logística reversa em projetos de logística de suprimen-
tos e de distribuição é de difícil mensuração antes da sua
ocorrência. Os custos das avarias são indesejáveis e sua
redução pode ser obtida através de qualificação de siste-
mas, equipamentos e pessoas.
133
(8.3)
atividades
1. Se você fosse comparar os custos de um cenário logístico em
que os modais rodoviário e hidroviário estão competindo,
quais variáveis seriam mais vantajosas para o rodoviário e
quais seriam mais vantajosas para o hidroviário?
2. Qual a influência do valor do produto nos custos logís
ticos?
(9)
( )
Sede da empresa
Abrangência da análise
(9.1)
e xercício I
Uma empresa, sediada em Vitória, deseja projetar os seus
custos logísticos de transferência para o seu futuro CD
no Rio Grande do Sul. Atualmente, a empresa opera com
distribuição direta a partir da fábrica, porém deseja aban-
donar essa prática por ela não apresentar vantagem com-
petitiva ante os competidores locais. O produto possui um
valor de R$ 1,20 por item e a demanda associada a esse
mercado é de 300.000 itens por mês. A TMA da empresa é
de 24% aa. (ao ano). O transporte que está sendo cogitado
para a realização das transferências se dará por meio de
uma transportadora rodoviária, a qual cobra uma tarifa de
R$ 2.200,00 para transportar 10.000 itens, com um tempo
de transporte de três dias. As despesas do CD estão proje- 139
tadas em R$ 15.000,00 por mês e não há a necessidade de
Onde:
▪▪ K I: custo de input dado pelo valor do produto.
▪▪ K I: 1,20 R$/item
▪▪ Comentários: na prática, esse valor pode ser obtido
através das notas fiscais recebidas ou emitidas, com os
devidos créditos e débitos de impostos.
▪▪ KTr: valor do frete cobrado para execução da transferên-
cia, com base no modelo de margem bruta, por item
transportado.
Tarifa
KTr:
Quantidade de itens transportados
2.200,00
KTr: = 0,22 R$/item
10.000
Comentários: para determinar o valor por item trans-
portado, basta dividir a tarifa pela quantidade de itens que
são carregados no veículo.
▪▪ K Arm: valor cobrado pelo operador para execução da
movimentação interna e armazenagem dos produtos,
por item.
▪▪ K Arm: despesas de armazenagem/demanda associada ao
armazém
15.000,00
K Arm: = 0,05 R$/item
300.000
Comentários: O problema está considerando que a
armazenagem é realizada pelo próprio usuário. O denomi-
nador considerado na fórmula deve ser o da demanda asso-
140 ciada ao armazém, seja ele o almoxarifado ou uma central
de distribuição. É possível que algumas empresas utilizem
Sistemas logísticos
de transportes
(9.2)
e xercício II
Uma empresa, sediada em Recife, deseja implantar uma
CD (central de distribuição) em Porto Alegre. A demanda
associada a esta CD está projetada em 60.000 itens por mês
e o produto custa R$ 5,00 a unidade. A TMA da empresa
é de 24% aa. As despesas dessse CD estão projetadas em
R$ 15.000,00 ao mês. A opção estudada é o transporte rodo-
viário, cuja tarifa é de R$ 4.800,00 para uma capacidade de
10.000 itens e um tempo de transporte de seis dias. Qual é
o custo logístico de transferência?
Fato novo: A empresa estuda a possibilidade de execu-
tar a transferência por meio da ferrovia. O custo da viagem
por vagão é de R$ 3.900,00, para uma capacidade de 10.000
itens, um tempo de viagem de 15 dias e uma frequência de
uma composição a cada 20 dias. Qual é o custo logístico de
transferência dessa nova opção?
142 Observação: O objetivo desse exercício, além de familia-
rizar o leitor com os cálculos de custo logístico total da distri-
Sistemas logísticos
de transportes
4.800,00
KTr = =0,48R$/item
10.000
K Arm: é o valor dos custos de armazenagem cobrados
para execução da movimentação interna e deposição.
Despezas de armazenagem
K Arm =
Demanda associada ao armazém
15.000,00
K Arm = = 0,25R$/item
60.000
K Fin = KI x TMA x (TTr + TArm)
EMin + LR
2
TArm =
DD
K Fin = 5,00 x 0,0005977 x (6 + 2,5)
Zero + 10.000
2
TArm = = 2,5
2.000
K Fin = 0,0254022 R$/item
Tarifa
KTr=
Quantidades de itens transportados
3.900,00
KTr= = 0,39 R$/item
10.000
KArm: valor dos custos de armazenagem cobrado para
execução da movimentação interna e deposição.
Despesas de armazenagem
KArm =
Demanda associada ao armazém
15.000,00
KArm = = 0,25 R$/item (não se altera)
60.000
Comentários: Esse custo não se alterou, tendo em vista
que o problema não apresenta restrições com relação ao
espaço disponível para armazenagem. Porém, na prática,
percebe-se que, se essa situação ocorresse com um operador
logístico que captasse a terceirização das atividades de dis-
tribuição, haveria um aumento nos custos de armazenagem
ligados diretamente ao aumento dos lotes transportados, o
que exigiria mais espaço de aluguel. Esse aspecto será visto
em outras situações que serão apresentadas na sequência.
( )
Rodovia
▪▪ Tarifa: R$ 3.600,00
▪▪ Tempo de transporte: 3 dias
▪▪ Capacidade de itens no veículo: 48.000 itens
Hidrovia
Observações
transportado.
Tarifa
KTr=
Quantidades de itens transportados
3.600,00
KTr = = 0,075 R$/item
48.000
▪▪ KArm: valor dos custos de armazenagem cobrados
para execução da movimentação interna e depo-
sição. Conforme mencionado anteriormente, esse
custo necessita ser composto.
Despesas de armazenagem
KArm =
Demanda associada ao armazém
Determinação das despesas de armazenagem:
Onde:
transportado.
Tarifa
KTr =
Quantidades de itens transportados
3.200,00
KTr = = 0,06666666 R$/item
48.000
▪▪ KArm: valor dos custos de armazenagem cobrados
para execução da movimentação interna e deposi-
ção. Da mesma forma que no exercício anterior, esse
custo necessita ser composto. O modelo é o mesmo,
porém o tamanho do lote recebido pelo navio é maior,
decorrente da sua frequência.
Despesas de armazenagem
KArm =
Demanda associada ao armazém
Determinação das despesas de armazenagem:
Onde:
atividades
1. Que custo foi mais significativo para a escolha modal no
exercício anterior?
2. Se o custo do modal rodoviário aumentasse em 15%, a
escolha permaneceria a mesma? Por quê?
r eferências numéricas
164
Sistemas logísticos
de transportes
apêndice
e xercícios de custos logísticos
Exercício I
Exercício II
Apêndice
Tempo de transporte: 5 dias
▪▪ Hidroviário:
Tarifa: R$ 4.650,00
Capacidade: 20.000 kg
Tempo de transporte: 8 dias
Frequência: 1 navio a cada 8 dias
Armazenagem no operador logístico:
A melhor opção de operador logístico para a gestão
dos estoques, em Recife, cobra um custo de R$ 40,00 de alu-
guel de espaço para armazenar uma tonelada, acrescido
de R$ 3.600,00 de custos fixos para executar o total da
movimentação interna dos produtos (descarga, conferên-
cia, estocagem, separação de pedidos e carregamento).
Pergunta-se:
1. Qual a melhor opção de transferência?
2. Qual a economia anual gerada?
3. Quais foram as variáveis de custo que se modificaram (os
K’s)?
4. Em quanto se modificaram?
5. Quais foram os fatores das variáveis que se modificaram
(tarifa, frequência etc.)?
6. Por que se modificaram?
g abarito
Capítulo 1 Capítulo 2
1. As relações de poder estabelecidas nas 1. A falta de ensino adequado de logística
empresas fazem com que as áreas rela- nos cursos de Administração, acaba
cionadas à logística atuem de forma não por retardar a sua implementação
sistêmica (desagregadas). Isso ocorre sistêmica. Como o conhecimento
em função da falta de conhecimento construído na escola é aplicado na
de logística por parte dos gestores das empresa, se os futuros gestores não
áreas relacionadas às operações da constroem o conhecimento de forma
empresa (suprimento, produção, distri- correta, certamente a logística não será
buição, utilização e reversão). implementada de forma adequada nas
2. Porque esse conceito também é mencio- organizações.
nado para definir o marketing e a qua- 2. Otimizar somente uma parte do sis-
lidade total. Por ser este um conceito tema traz prejuízos às outras partes
excessivamente genérico, não deve ser deste. Se, por exemplo, a produção é
utilizado para definir a logística. O con- otimizada (produzir o máximo possí-
ceito formal de logística é o do CLM, vel), pode gerar estoques desnecessá-
mencionado neste capítulo. rios, acarretando em necessidade de
alocação de mais espaço, bem como Capítulo 7
perdas pelo excessivo investimento de
1. A qualidade do nível de serviço (qua-
recursos monetários em produtos aca-
lidade do serviço) de transporte e
bados. O mesmo pode ocorrer quando a
armazenagem esperada pela empresa
área de compras aproveita um desconto
pode comprometer a atendimento do
que pode gerar prejuízos pela necessi-
seu mercado, gerando queda nas ven-
dade de alocação de espaço para esto-
das por perda de clientes i nsatisfeitos
cagem, além de possíveis perdas por
com o operador de transporte e
obsolescência do produto.
armazenagem.
2. Através do seu gerenciamento
Capítulo 3
adequado e busca constante pelos
1. A ideia dessa atividade é facilitar e sim- melhores índices.
plificar a visualização do ambiente em
estudo e análise. Capítulo 8
2. O desenho é livre, porém deve retratar
1. As variáveis mais vantajosas para o
os procedimentos estáticos e dinâmicos
rodoviário seriam: KFin e K Arm. A mais
e ser descrito conforme a técnica men-
vantajosa para o hidroviário seria o KTr.
cionada neste capítulo.
2. O valor do produto influencia o custo
financeiro (dinheiro investido no pro-
Capítulo 4
duto durante o tempo de transporte e o
1. Não se manteria. Produtos de baixo tempo de armazenagem).
valor agregado não geram perdas de
custo financeiro significativas, podendo Capítulo 9
permanecer mais tempo em transporte.
1. Certamente, algumas decisões
2. Um produto de baixo valor agregado
poderiam ter a sua escolha modal
pode permanecer mais tempo em
alterada, gerando excesso de demanda
transporte, pois gera perdas de custo
em algumas redes de transporte de
financeiro baixas e, portanto, o modal
modais que, até então, não eram utili-
mais adequado é aquele que cobra uma
zadas. O excesso de concentração em
tarifa mais baixa, sem a necessidade de
algumas redes modais poderia levar a
ser rápido.
um colapso localizado (naquela rede),
gerando gargalos logísticos de infra-
170 Capítulo 5
estrutura logística.
1. Se o usuário escolhe um modal (meio de 2. O KTr. Se a tarifa do modal rodoviário
transporte) que proporciona um custo fosse menor, a decisão poderia ser alte-
Sistemas logísticos
de transportes