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DECISÃO
Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de
EMERSON MACHADO GARCIA em face de acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça
do Estado do Rio Grande do Sul.
Consta do autos que o Juízo das Execuções deferiu ao paciente a progressão ao
regime semiaberto e, ante a ausência de vagas no regime intermediário, determinou que o
apenado fosse liberado da casa prisional, em permissão especial de saída, pelo prazo de 5
dias, salvo se por outro motivo não estivesse recolhido no regime fechado, período no qual
deveria se apresentar a fim de ser encaminhado pela administração penitenciária à casa
prisional compatível com o atual regime de cumprimento de pena (fl. 87). Determinou, ainda,
que persistindo a inexistência de vagas no semiaberto, deverá ser incluído no sistema de
monitoramento eletrônico, mediante o cumprimento de determinadas condições (fls. 87-89).
O Tribunal a quo deu provimento ao agravo em execução ministerial, invocando a
Súmula n.º 56/STF, para revogar a decisão que incluiu o apenado no sistema de
monitoramento eletrônico (fls. 115-126).
Sustenta a impetrante que na falta de estabelecimento adequado para o
cumprimento da sanção penal não autoriza a manutenção do preso em regime mais
gravoso, devendo-se observar os parâmetros do recurso extraordinário n.º 641.320.
Alega que, nesse sentido, na falta de vagas em local adequado, deve o apenado cumprir
provisoriamente sua pena em regime mais brando, e não no mais gravoso (fl. 5).
Consigna que não há vagas em estabelecimento adequado para o regime semiaberto
e, diante disto, o Juízo das execuções determinou a prisão domiciliar com uso de tornezeleira
eletrônica, permitindo ao paciente que cumpra a pena em condições dignas, condicionado a
concessão da benesse a eventual disponibilidade de vagas, bem como destacando a
possibilidade de retorno ao regime compatível com o semiaberto em caso de descumprimento
de quaisquer orientações.
Aduz que não se pode imputar ao paciente o ônus decorrente da inexistência de vaga