Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ALFABETIZAÇÃO,
LÍNGUA E PRECONCEITO. AS MUITAS FACETAS DA ALFABETIZAÇÃO.
LÍNGUA ESCRITA, SOCIEDADE E CULTURA.
Produção de uma narrativa a partir das lembranças sobre como foi o processo de
alfabetização de cada uma do grupo.
Diana
Quando eu tinha 5 anos de idade, minha mãe me incentivava a aprender a
ler e escrever comprando livros infantis, gibis e revistinhas. Nas horas que ela podia, nós nos
sentávamos e ela ia contando as histórias, quando era a primeira vez que líamos algo, ela
perguntava para mim o que eu achava que estava acontecendo naquela cena somente pela
imagem que eu estava vendo. Eu falava para ela o que achava que era e depois ela lia o que
estava escrito.
Desde o inicio, sempre usei a mão esquerda para desenhar ou até mesmo
tentar escrever, a irmã mais velha da minha mãe não gostava que eu fosse canhota, então ela
amarrava minha mão esquerda quando minha mãe não estava por perto para me forçar a
escrever com a mão direita.
Quando entrei no pré, já sabia como era chamada cada letra e cada numero,
fui alfabetizada com cartilha. Observava muito minha tia caçula estudando para as provas da
faculdade e às vezes até atrapalhava ela perguntando o que estava escrito nos livros e
cadernos dela. Quando estava no primeiro ano (antigo primeira série) tinha medo de fazer
algo errado, pois, tinha uma professora que jogava giz e chacoalhava as crianças quando
tiravam ela do sério.
Rojane
Sinceramente, não me recordo muito do meu processo de alfabetização.
Como comecei a 1º série em 1999 e as cartilhas foram abolidas pelo MEC em 1995, acredito
que aprendi por meio dos livros de alfabetização. Lembro-me do alfabeto associado às
imagens – a de abelha, b de bola - e das palavras que começavam com essas letras.
Recordações boas? Não sei, porque não me lembro de tudo, mas digo que
devo ter gostado muito, pois, acabei ensinando meu irmão e dois primos a ler e escrever.
Vanessa
Recordo que, quando chegava da escola ficava com minha irmã mais velha
Márcia, brincávamos de escolinha, que comecei então a fazer meus primeiros rabiscos.
Lembro-me como se fosse hoje, dos ditados nas folhas pautadas, cada
palavra errada era reescrita dez vezes, como por exemplo, a palavra ¨também¨, que foi
reescrita umas vinte vezes até que estivesse correta.
Diana
Estar alfabetizado é muito bom e importante porque podemos decifrar todos
os códigos, conseguindo ler, escrever e interpretar as coisas de uma maneira mais fácil. No
nosso país, nos dias de hoje, ainda tem um pouco menos de 10% da população que não é
alfabetizada.
Rojane
Estar alfabetizado é se sentir vivo, é ser independente e é ter orgulho de
realizar grandes feitos, desde uma leitura e escrita de endereços simples até monografias.
Vanessa
A alfabetização é o inicio de tudo na vida de um ser humano, com ela somos
capazes de decodificar e codificar pequenas coisas do nosso dia a dia, como por exemplo: ler
uma bula de remédio, pegar um ônibus para trabalhar e escrever um bilhete, o que acaba se
tornando um incomodo quando você não sabe ler, parecendo que você é de outro planeta.
Tenho observado isto, quando vou auxiliar meu filho nas lições de casa, sua alegria é imensa
quando consegue realizar o que foi proposto na atividade.
Por tanto, tiro a seguinte conclusão: que se eu não fosse alfabetizada, não
seria ninguém, não conseguira viver em uma sociedade, seria um nada.