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ETAPA 1- O QUE É ALFABETIZAÇÃO: MÉTODO.

ALFABETIZAÇÃO,
LÍNGUA E PRECONCEITO. AS MUITAS FACETAS DA ALFABETIZAÇÃO.
LÍNGUA ESCRITA, SOCIEDADE E CULTURA.

 Marcos histórico e características educacionais de cada época relativas à escolarização


e alfabetização.

Ano / Época Marco Histórico Escolarização Alfabetização


Democratização da Somente 50% dos
Década de 40 – Revolução Industrial educação, que alunos conseguiam
século XX e Capitalismo. aumenta a busca por aprender a ler e
educação. escrever na 1° série.
Alfabetização era
LDB 4024/61;
A educação passa a destinada para a 1°
Até os anos 80 do Término do Regime
ser organizada por série do ciclo I,
século XX Militar e Constituição
ciclos. ensinada por
de 88.
métodos tradicionais.
Progressão
Anos 90 do século continuada;
ECA e LDB Método
XX até início século Indicadores de
9394/96. construtivista.
XXI qualidade para a
educação;
Século XXI até dias Expansão Escola em período Livros de
atuais tecnológica integral alfabetização

Quadro 1 – Marco histórico e características educacionais

 Produção de uma narrativa a partir das lembranças sobre como foi o processo de
alfabetização de cada uma do grupo.

 Diana
Quando eu tinha 5 anos de idade, minha mãe me incentivava a aprender a
ler e escrever comprando livros infantis, gibis e revistinhas. Nas horas que ela podia, nós nos
sentávamos e ela ia contando as histórias, quando era a primeira vez que líamos algo, ela
perguntava para mim o que eu achava que estava acontecendo naquela cena somente pela
imagem que eu estava vendo. Eu falava para ela o que achava que era e depois ela lia o que
estava escrito.

Desde o inicio, sempre usei a mão esquerda para desenhar ou até mesmo
tentar escrever, a irmã mais velha da minha mãe não gostava que eu fosse canhota, então ela
amarrava minha mão esquerda quando minha mãe não estava por perto para me forçar a
escrever com a mão direita.

Quando entrei no pré, já sabia como era chamada cada letra e cada numero,
fui alfabetizada com cartilha. Observava muito minha tia caçula estudando para as provas da
faculdade e às vezes até atrapalhava ela perguntando o que estava escrito nos livros e
cadernos dela. Quando estava no primeiro ano (antigo primeira série) tinha medo de fazer
algo errado, pois, tinha uma professora que jogava giz e chacoalhava as crianças quando
tiravam ela do sério.

 Rojane
Sinceramente, não me recordo muito do meu processo de alfabetização.
Como comecei a 1º série em 1999 e as cartilhas foram abolidas pelo MEC em 1995, acredito
que aprendi por meio dos livros de alfabetização. Lembro-me do alfabeto associado às
imagens – a de abelha, b de bola - e das palavras que começavam com essas letras.

Segundo minha mãe, antes de entrar na escola, eu já gostava de gibis,


desenhos para pintar e cadernos para escrever, e insistia para começar a estudar, pois, olhava
as outras crianças irem e queria ir junto. Nesse período, meu pai estava terminando o ensino
médio, e gostava de observar e “ajudá-lo” a estudar. Portanto, comecei a escrever meu nome e
algumas palavras durante a pré-escola.

Naquela época, ao final do ciclo – 2° série, os alunos não alfabetizados


repetiam o ano, como fui aprovada, consegui ser alfabetizada segundo o programa.

Recordo de alguns detalhes em sala de aula, como os ditados da professora,


as brincadeiras com os nomes e as sondagens em folhas pautadas com toda turma. Era neste
momento que percebia algumas dificuldades próprias, e uma delas era que eu escrevia do jeito
que falava, por exemplo, “elado (errado)” e “elogio (relógio)”.

Recordações boas? Não sei, porque não me lembro de tudo, mas digo que
devo ter gostado muito, pois, acabei ensinando meu irmão e dois primos a ler e escrever.

 Vanessa
Recordo que, quando chegava da escola ficava com minha irmã mais velha
Márcia, brincávamos de escolinha, que comecei então a fazer meus primeiros rabiscos.

Ao entrar na primeira série, já sabia escrever o meu nome Vanessa, minha


professora se chamava Marluci, só que tinha um problema, ela implicava porque eu escrevia
com a mão esquerda e insistia para escrever com a mão direita, porém continuo canhota.

Lembro-me como se fosse hoje, dos ditados nas folhas pautadas, cada
palavra errada era reescrita dez vezes, como por exemplo, a palavra ¨também¨, que foi
reescrita umas vinte vezes até que estivesse correta.

Fui alfabetizada pela cartilha Caminho Suave, e conversando com minha


mãe sobre minha infância, fui surpreendida, ela ainda tinha o meu caderno da primeira série, e
disse que todo papel que encontrava pelo caminho saia escrevendo pela casa que terminava
nas paredes. Ao rever este caderno, comecei a relembrar e observar as dificuldades que tive e
o quanto foi bom aprender com as famílias silábicas.

Agora, acompanho o desenvolvimento do meu filho de seis anos que esta


começando a ser alfabetizado. As dúvidas, a alegria ao escrever uma palavra correta, esses são
os momentos que marcam a vida de uma criança, por isso o professor tem que ter cuidado
para não traumatizar o aluno, por que, ele carregara esta experiência para o resto da sua vida.
ETAPA 2 – LÍNGUA ESCRITA, SOCIEDADE E CULTURA. QUALIDADE
EM ALFABETIZAÇÃO. ALFABETIZAÇÃO E CIDADANIA.

 Registro de conceitos dos termos a seguir:


Termo Conceito/Significado/Características
Pessoa que não sabe ler nem escrever. Individuo que não consegue
Analfabeto
identificar os códigos da língua portuguesa.
Pessoa capaz de ler e escrever com compreensão. Quem sabe ler e
Alfabetizado
escrever enunciados curtos de sua vida cotidiana.
Processo de representação de fonemas em grafemas e vice versa.
Alfabetização Compreensão e expressão de significados que dão sentidos para o
aluno.
Interpretação de textos continuamente, ampliação da alfabetização, e
Alfabetismo/ estado ou condição de domínio e uso pleno da escrita em uma
Letramento sociedade letrada. Codificar e decodificar de forma mais ampliada os
códigos da língua portuguesa.
Aquisição da
Processo pelo qual a criança aprende a língua materna. É a codificação
língua (oral e
e decodificação dos códigos do idioma.
escrita)
Processo de Comunicação humana feita com a aquisição da linguagem com dois
desenvolvimento níveis: pré-verbal e pré-intelectual, etapas do processo de
da língua (oral e alfabetização. Vocalização (início da fala) e desde a assinatura do
escrita) próprio nome até a produção de uma tese de doutorado.
Neste caso, se a cultura é “letrada ou escrita”. Envolvimento do aluno
Contexto
com livros, revistas, jornais e alta tecnologia (dispositivos eletrônicos
cultural do aluno
cujo funcionamento depende da escrita e da impressão).
Psicologia: relação com a inteligência, processo que verifica o processo
Áreas de de aprendizagem da língua escrita; Linguística: transposição do som da
conhecimento palavra para a escrita; Pedagogia: investiga as condições institucionais
e programáticas de promoção do alfabetismo.
Capacidade de utilizar a leitura e escrita para fins pragmáticos em
Alfabetização
cotexto cotidiano. Ou seja, utilização oral e escrita em contexto
funcional
cotidiano, doméstico ou de trabalho.
Habilidades e Habilidade de traduzir fonemas em grafemas, habilidade cognitiva,
conhecimentos motora, ortografia, entre outros. Tem como característica o uso
de escrita adequado de pontuação e organização de ideias em um texto.
Habilidades e Habilidade de decodificar símbolos escritos, captar o sentido de um
conhecimentos texto e interpretar sequências de ideias ou acontecimentos. Ou seja,
de leitura desde a leitura de uma simples frase até textos mais complexos.

Quadro 2 – Conceitos e significados sobre alfabetização

 Produção de um texto dissertativo-argumentativo de cada uma do grupo,


complementando a frase: Estar alfabetizado é...

 Diana
Estar alfabetizado é muito bom e importante porque podemos decifrar todos
os códigos, conseguindo ler, escrever e interpretar as coisas de uma maneira mais fácil. No
nosso país, nos dias de hoje, ainda tem um pouco menos de 10% da população que não é
alfabetizada.

Quem é alfabetizado sabe as letras do alfabeto, sabe ler as letras, formar


sílabas, palavras, conseguir fazer e ler uma frase ou um texto. Isso a criança aprende com o
tempo que permanece na escola e também aprende com o seu cotidiano, podemos ver
exemplos em um comercial do banco Caixa Econômica, onde o menino que esta dentro do
carro visualiza a propaganda do banco e fala: CA I XA. Com isso, não podemos dizer que ele
está alfabetizado e sim, que ele já sabe separar as sílabas ou já sabe decifrar o código da
escrita. Algumas crianças são alfabetizadas por cartilhas, os métodos de ensino é o professor
que escolhe em alguns casos e em outros é a própria escola que determina.

 Rojane
Estar alfabetizado é se sentir vivo, é ser independente e é ter orgulho de
realizar grandes feitos, desde uma leitura e escrita de endereços simples até monografias.

Um alfabetizado e letrado é capaz de ler e escrever com compreensão,


possuindo um aprendizado contínuo ao longo da vida. E por esse motivo, que nos dias de hoje
se faz necessário a alfabetização, pois um individuo analfabeto se sente desprotegido e
dependente dos outros.

Portanto, a alfabetização acorre antes de a criança entrar na pré-escola,


principalmente com auxílio dos pais, como por exemplo, leitura de livros infantis e
brincadeiras que estimulam a criança a escrever, facilitando uma aprendizagem lúdica e com
significado. Contudo, se na fase de alfabetização escolar, a criança não ter tido esse
“condicionamento” em casa, é possível aprender na escola, com atividades certas e práticas.

Assim sendo, estar alfabetizado é sentir-se parte de algo, de um grupo, da


sociedade, ser importante, tendo domínio da própria vida.

 Vanessa
A alfabetização é o inicio de tudo na vida de um ser humano, com ela somos
capazes de decodificar e codificar pequenas coisas do nosso dia a dia, como por exemplo: ler
uma bula de remédio, pegar um ônibus para trabalhar e escrever um bilhete, o que acaba se
tornando um incomodo quando você não sabe ler, parecendo que você é de outro planeta.
Tenho observado isto, quando vou auxiliar meu filho nas lições de casa, sua alegria é imensa
quando consegue realizar o que foi proposto na atividade.

Durante o processo de alfabetização temos que tomar muito cuidado para


não traumatizar essas crianças, que levarão este momento para o resto da vida.

Os estudantes podem ter boas ou más recordações e o professor tem o dever


de facilitar essas descobertas tomando-as agradáveis e prazerosas.

Por tanto, tiro a seguinte conclusão: que se eu não fosse alfabetizada, não
seria ninguém, não conseguira viver em uma sociedade, seria um nada.

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