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Projeto ambiental escolar comunitario Todos conversam sobre como esses tesouros enriquecem a vida comunitaria e so impor- tantes para ela. As eriangas imaginam seu povoado ou cidade sem esses tesouros. + Como seria? + O que aconteceria se todos tivessem o mesmo emprego? + Ese cantéssemos sempre a mesma cangao? + Ese existisse apenas um tipo de comida? + Esse a cidade fosse habitada somente por eriangas ou somente por avés?” + Esea cidade nao tivesse historias e contos préprios? + Ese todas as cidades fossem idénticas? 5.3. Elaborando jornal escolar ou fasciculo pedagégico Vamos fazer um jomal de educagdo ambiental na escola? Além de ser um dtimo exercfcio para aperfeigoar a produgao de textos, o jornal podera ser uma empolgante atividade de mobilizasdo, envolvimento, reflexdo € didlogos sobre as teméticas ambientais no cotidiano escolar. © jornal soa ser um instrumento mais informativo, como os jomais de grande cir- culagdo, Podemos optar pelo fasciculo pedagégico, que prima por ser mais formativo, com noticias produzidas pela escola, sobre a escola, na escola e com a escola, Quanto ao modo de fazer, propomos que os grupos trabalhem com o conceito que chama- mos de pré-ediga0, de acordo com a légica que vem dando certo em muitos projetos de educomunicagdo espalhados por nosso pais: + definir ao maximo tudo que se pretende comunicar com o impresso. Vale sublinhar ‘que as pessoas no tém muita paciéneia para noticias longas e, portanto, as ma~ ‘érias jornalisticas devem ser textos curtos, porém suficientemente bem escritos para dar o recado em poucas palavras; + planejar detalhamente imagens, fotos, poesias, textos e outros elementos neces tios para o tipo de material de comunicayo que seré criado, Deve-se atentar para a autoria desses elementos, para a necessidade de citar a fonte e para o fato de que nem toda imagem esté autorizada para uso. Privilegie as fotos de sua autoria ou de conhecidos que autorizem o uso da imagem. Uma outta diea ¢ 0 uso das fotos de dominio piblico, bastante presentes nos servigos de busca da internet; + dividir as tarefas atendendo ao principio da auto-convocagao; quando cada participante assume algo que gosta, sabe 0 quer fazer para compor o tipo de comunicagao descjado; Processo Formador em Educagéo Ambiental a Distancia + Na publicagdo do jomal ou do fasciculo, atentar para o tipo do instrumento de publicago, adequando letra, formato, ilustragao conforme a capacidade de cada instrumento (mi- meografo, software computacional, cémera fotogrfica ete). Uma pitada de bom senso e uso de imaginagdo oferecem belas criagdes; + finalizar 0 produto, com planejamento de distribuigdo e divulgagao. Depois de pronto, o proceso de produgdo continua com mais dois momentos: o langamen- to ea divulgagdo. Essa hora é muito importante para demonstrar 0 grau de compromisso, de dedicagao ¢ a capacidade de criagdo € de realizagao necessérios para produzir coleti- vamente, Esse momento serve para o grupo recordar ¢ conversar sobre como foi produzir © trabalho e sobre o produto criado, Aprender a valorizar o processo, ressaltando o que se conseguiu ¢ 6 que seria importante modificar numa préxima vez. Avaliar 0 processo € produto constituem um aprendizado de respeito e fortalecimento das agdes coletivas. E no debate de idéias, no confronto das posturas e visdes de mundo, que tanto o individuo quan- to 0 grupo crescem ¢ ampliam seus modos de ver, estar ¢ atuar no mundo, © Grupo Pesquisador em Educago Ambiental (GPEA), da Universidade Federal de Mato Grosso, possui varias experiéncias em produgao de fasciculos pedag6gicos. Alguns numeros estéo disponiveis para download no sitio: http:vwww fmt brigpeaifas. htm Sem necessidade de seguir receitas, o GPEA assumiu as seguintes caracteristicas em seus fasciculos + O papel & A3, que dobrado em duas partes, torna-se quatro péginas em formato ‘A4, ou seja, do tamanho do cademno. + O tamanho do fasciculo depende de cada texto e contexto. Quando se exige mais densidade, utilizamos mais paginas; nao hé uma norma fixa na quantidade de pé- ginas, + Todo fasciculo ¢ ricamente ilustrado. As fotos pertencem aos préprios membros do GPEA, e as externas so devidamente citadas e com fontes. Ha um euidado em entrar em contato com os autores das fotos ou pinturas para autorizagao prévia E possivel explorar as pinturas de artistas liberados pela UNESCO, bem como as fotografias e imagens de dominio piblico. Ha varias coisas muito interessantes em todo o mundo! Projeto ambiental escolar comunitario + As citagdes dos textos também merecem 0 mesmo respeito e cuidado, ainda que sem necessidade de solicitar autorizagao, mas referendar no campo ético, respei- tando a autoria de quem esereve + Aceditoracdo gratfica é responsabilidade de cada educomunicador, que com mais ‘ou menos habilidade nos software (geralmente Photoshop ou Corel Draw) vai cesbanjar talento imagético e textual. Fo momento da criagdo e da arte! + No cabegalho, mantemos sempre o mesmo formato, respeitando as orientagdes do jomalismo, de manter o padrao do jomal. Igualmente, a tltima segao contém o expediente, ou s ‘o enderego ¢ formas de contato com 0 GPEA. :ia, os dados das pessoas que contribuiram na edi¢ao, bem como + As edigdes so instanténeas, ou seja, a perio. ralidade fixa, Acontecem conforme disponibilidade ou rapidez nas informagdes € processos educativos. Isso implica dizer que é possivel produzir dois fasciculos idade no obedece a uma tempo- ‘um s6 més, como podemos ficar dois meses sem a necessidade de publicar novos fasciculos, +O GPEA tem ajuda financeira do Juizado Ambiental, que nos ajuda mensalmente nesse vefculo de comunicagio, ironicamente, por meio das taxas de multas reco= Ihidas pelos crimes ambientais. © Cala-Boca ja morreu — porque nés também temos o que dizer! http:iwww.cala-bocajamorreu.org/ Portalgens — site que disponibiliza gratuitamente materials didaticos em texto, imagem e som para projetos de Educomunicagao. ‘www. portalgens.com.br AUniversidade de Sao Paulo é uma das grandes especialistas no debate sobre educomunicagao, pois possui larga experiéncia, além de promover encontros, noticias e diversos recursos midiaticos. Algumas das atividades esto on line e com presenga marcante no jornal “Folha da Tarde’, de circulag&o basicamente no estado de S4o Paulo, http:www.usp.br/nce/?wcp=/oquefazemosiabertura.4,10,111 http//antoniaalves, blogspot.com/2008/06/educomunicao-partir-da-eca- usp. htm Processo Formador em Educagéo Ambiental a Distancia 5.4, Carta da Terr A Carta da Terra é um dos prineipios fundantes da Educagdo ambiental. Surgiu como um documento no marco da Conferéncia das Nagdes Unidas sobre Meio Ambiente ¢ Desenvol- vimento (Eco-92), como proposigdo da sociedade civil. Durante muitos anos permaneceu ‘como rascunho, para que pudesse ser escrita e revisada por diversas pessoas ¢ organizagoes de todo o globo. Finalmente, apés varios encontros, foruns ¢ debates, a Carta da Terra apre- senta os prinefpios éticos que defendem a sustentabilidade planetétia Carta da Terra: http:/iwww.cartadaterrabrasil.org/prtindex. html Hé também a Carta da Terra para Criangas (NAIA - Nacleo de Amigos da Infancia da Adolese ceriangas e de propor a sua defesa e vivéncia no dia- cia), na tentativa “de apresentar os principios éticos da Carta da Terra para as ia da criangada”. Carta da Terra para criangas http:/www.earthcharterinaction.org/inventimages/uploadsiCarta%20 da%20Terra. pdf Inicio: Apresentar o texto da Carta da Terra de forma liidica, descontraida e contextualizada. Posteriormente, pode-se pedir para as criangas ilustrarem e reescreverem os principios que mais chamaram a sua atengao, Objetivo: reescrita da Carta da Terra tem como objetivo a construgao da Carta da Terra Local (da minha comunidade, da minha escola, do meu bairro, da minha cidade). Dentre os principios, quais so os mais evidentes nas questées socioambientais em que estamos inseridos? Discusses: Ao se trabalhar a Carta da Terra faremos um exercicio de percepeao ambiental. Como serdo representados os principios? E como sero os desenhos? Ha consensos e padronizagbes? Os temas agua, ar, terra e fogo estao presentes? O que trazem os principios sobre esses temas? ‘Além disso, podemos fazer um exercicio de projeco (perguntar, por exemplo, como sera a vida de cada pessoa daqui a cinco anos: serd igual? O que vai estar diferente?). Ao projetarmos o futuro, nossos desejos e anseios para nés mesmos e para um planeta Projeto ambiental escolar comunitario sustentavel, podemos perceber a importancia da histéria (pessoal e social) e nos remetermos também a importancia histérica da Eco-92, (muitos estudantes nem haviam nascidos ainda), da Carta da Terra, do Tratado de Educaco Ambiental para Sociedades Sustentavels e Responsabilidade Global, da Agenda 21 (todas declaracées que remetem aos temas geradores das mudancas ambientais globais). Essa Projegdo ¢ importante, mas sem esquecer dos nossos atos no presente também, devendo comecar agora o que queremos para o amanha Sete videos ambientais muito bons: A histéria das coisas, de Annie Leonard. http://uk youtube. com/watch?v=OqZMTY4V7Ts&feature-user Um emocionante depoimento de Serven Suzuki, representando as ctiangas durante a Eco-92: http:www.youtube.com/watch?v=5g8cmWZOX8Q Avila de Guariba situa-s no municipio do Colniza, na tinica reserva extrativista do noro- este de Mato Grosso, Até 2007, quase toda a sua populagao sofria com sucessivos surtos de malaria. Com um ‘inico posto de satide, a vila nao tinha energia elétrica ¢ vivia os efeitos de problemas socioambientais de toda ordem, especialmente os decorrentes da pobreza e do desmatamento provocado pela indiistria madeire Segundo avaliago do Banco Mundial, Guariba estava abaixo da linha da pobreza, Um projeto de educagto ambiental foi realizado na tnica escola da vila e constatou que as pessoas sentem-se felizes em Guariba. Os valores sobre felicidade nao se baseiam nos modelos materiais que a sociedade ocidental impde. Diversos depoimentos de criangas re- velam a magia da esperanga, num fasciculo sobre a Carta da Terra, conforme figura 27. sy * Carta te Gariha Processo Formador em Educagéo Ambiental a Distancia 5.5. Trilhas Ecolégicas (agua, ar, terra e fogo) Dentro do movimento ambientalista, a metodologia de tila interpretativas é muito popular e existe h4 varios anos. Cada qual com sua caracteristica, umas mais informativas, outras ‘mais formativas, as propostas convergem na imersio humana na natureza (figura 28) no con- texto da chamada “Ecologia Profunda”, com intensa evidéncia dos quatro elementos. Figura 28. René Magritte: Dentro da floresta Ainda que Carlos Diegues tenha denunciado 0 “mito moderno da natureza intocada” (2002), inegvel que o contato com a natureza traz diversos significados. Nao ha nada de errado nas atividades pejorativamente chamadas de “naturebas”. O problema é que isoladas de um. contexto social mais politico, dificilmente provocam as mudangas que so pautas da edu- cacao ambiental. O ideal, assim, & que as trthas interpretativas fagam parte de um projeto ‘mais denso que abarque a relevancia do didlogo entre cultura ¢ natureza. Curiosamente, as trilhas so usadas como forma de sensibilizagao e para mediar a relagao centre ser humano ¢ natureza. De fato, a modernidade evocou a urbanidade € a tecnologia, tormando 0 ser humano modemo mais distante de ambientes mais preservados. A cidade foi valorizada em detrimento do meio rural, possivel apenas em tela emoldurada na pare- de, como ironiza o surrealista belga, René Magritte, em sua tela intitulada “por dentro da floresta” (figura 28). As trilhas propdem uma imersdo do ser humano no ambiente natural. Tais atividades se dio, na maioria das vezes, em areas de florestas, reservas e parques, ou seja, nas chamadas Projeto ambiental escolar comunitario unidades de conservagio. Contextualizadas em dimensbes sociais, as trilhas ecolégicas so excelentes ferramentas de ee ORC eo ceducagio ambiental. Devem ser vistas menos como sim- [USN GM ome te ihe ples passeio descontextualizado ou como uma atividade extra-classe € sim como uma oportunidade para comple- mentar conceitos ja desenvolvidos ou ainda por desenvol- ver, com 0s sujeitos envolvidos. Rubem Alves, So ‘ACompanhia Sidertirgica de Tubarao (CST), no Estado de Espirito Santo possui uma proposta de trilha muito interessante, pois se trata de uma trilha asfaltada. Ignorando o contexto, ha uma reagao negativa imediata: ‘asfalto em trhas"?! Mas a resposta que se obtém & correta, A ‘equipe de educago ambiental quer incluir as pessoas e a trilha foi feita para acolher os deficientes fisicos que também tem o direito de fazer a tritha em suas cadeiras de roda, http:/www.cst.com.br/empresa/pertil/relatorio/relatoricanual_2004/ Portugueslindice/relatorio_ambiental/educacao_ambientalitreducacao_ ambiental.htm Outro exemplo ocorre no Parque Nacional de Brasilia, onde as placas informativas da trilha ecolégica também estao em braile, favorecendo 08 deficientes visuais. Textura das arvores eram as principais orientagdes para se sentir as arvores, junto com odores ¢ todos os sentidos possiveis, num proceso que Steve Van Matre chamaria de “aclimatizagao". Ou seja, utiiza-se uma metodologia que estimula todos ‘98 sentidos, para além da visdo, num processo de imersao na natureza voltado a tecer conceitos com emogao. http:zwww.ibama.gov.brirevista/brasilialtexto_brasilia.htm Ini As trilhas podem ser realizadas em distintos espagos, ¢ até mesmo na sala de aula, Isso mesmo! Até na sala de aula ow no entorno da escola se pode fazer uma trilha, percebendo os principais fendmenos socioambientais que ocorrem a0 nosso redor. Além das trilhas, pode-se fazer passeios em instituigdes governamentais e ndo-governamentais, como hortos florestais, zoolégicos, parques ¢ espagos de convivéncia. Objetivo 5 locais a serem visitados so chamados de espagos ou estruturas educadoras. Ao se tra- balhar a educagao ambiental, percebemos que 0 objetivo da aprendizagem néo acaba no local, mas apenas o perpassa. A intengao é construir conhecimentos e sentimentos para que ee et een co a De ee TR Processo Formador em Educagéo Ambiental a Distancia a educagio ambiental se torne mais interativa, contextualizada na biorregido, despertando 0 interesse sobre aquele espagoetantos outros que contribuem com a conservagao ambiental Ao realizar uma trilha em um local de mata, muitos conceitos podem ser trabalhados: desde a importincia da biodiversidade, a diferenca de temperatura, solo, sequestro de carbono, conservagdo do meio, capacidade energética, erosdo, Enfim, os fendmenos socioambientais podem ser relacionados e trazidos para posterior discussio. A elaboragio de, fotos, dese- hos ¢ textos referentes as trilhas constitui um recurso importante nessa contextualizagao. Uma maneira de se construir confetos (conceitos e afetos) talvez.seja a alianga da tritha com a arte, Diversas opges podem desfilar na passarela, como o estimulo em fechar os thos e sentir a brisa na face, para depois contar essa emogaio no coletivo. Ou entdo, possi- Dilitar a criagdo de um role play game (RPG), com interpretagao teatral no jogo de papéis, simulando situagdes de impactos ambientais ¢ a mobilizagao social para propostas da edue ‘cago ambiental, por exemplo, Podemos realizar oficinas de origami, uma técnica milenar Japonesa para criar figuras, por meio da dobradura de papel; ou cuidar vagarosamente de ‘um bonito vaso de ikebana, a arte zen budista de arranjos florais, utilizada pelos monges Japoneses para omamentar os templos com representagdes da natureza. Obviamente no se trata de um mero arranjo floral estético, mas do cuidado e do respeito milenar pela natureza presentes no acurado valor éti “0 que tece a trama espiritual da civiliza¢do humana, Enfim, outras eriagdes sto possiveis, como a discussao de cores, texturas e sentimentos por meio de de A figura 29 foi realizada com pé de pedras durante uma das trilhas, em que se comparava 0 cenéiio ideal de drvores com brisas confortantes com o cenério real de rvores mortas em sol causticante, snhos ou pinturas, em cria ‘em fiungao da mudanga climatica, ie = x St Figura 29. Professora Emiliana: Pintura com pé de pedra ecole Séo José do CoutoMT Projeto ambiental escolar comunitario Uma trilha bastante diferente é desenvolvida pelos educadores ambientais do Laboratério de Educagao Ambiental da Universidade do Vale do Itajai (Univali). Consiste numa triha da vida, que pode ser realizada em ambientes fechados, pois a intencionalidade & estimular varios sentidos, com excegao da viséo, ja que a trilha € realizada de olhos vendados. Sons, ventos, pogas de agua, zumbidos, texturas, odores, teias e diversos outros sentidos sao intensamente experimentados durante 0 trajeto, e o final é surpreendente! Para saber mais, contate José Matarezi: jmatarezi@univali.br Quga a misica Lamento sertanejo, de Dominguinhas. Essa composigo descreve como o deslocamento do sujeito impregnado de ambiente e cultura causa uma sensagdo de no pertecimento em outro meio. 5.6, Temas Geradores Indmeras perguntas podem surgir a respeito dos temas geradores. A primeira delas é: 0 que sdo temas geradores? Hé uma tinica resposta? Qual o objetivo de se trabalhar com temas geradores? Para que servem os temas geradores? Como surgem os temas geradores? Pela sua prépria caracteristica efclica, na espiral de influéncias, nao teremos apenas uma jinica resposta, Afinal, a cada realidade, especificidade, gesto, olhar, atitude, educagdes, os temas geradores sero constituidos de uma forma, Essas duas misicas podem auxiliar a nos inspirar sobre os temas geradores. Acesse os links: http:www youtube.comwatch? http:www.youtube.comwatch?v= Aguas de marco E pau, é pedra, € 0 fim do caminho E um resto de toco, é um pouco sozinho E um caco de vidro, é a vida, € 0 sol Ea noite, é a morte, € um lago, é o anzol E peroba no campo, é o1né da madeira Cainga candeia, é 0 matita-pereira madeira de vento, tombo da ribanceira E 0 mistério profundo, @ o queira ou no queira E 0 vento ventando, o fim da ladeira

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