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Departamento de Artes e Tecnologias

A arte da Canção
trovadoresca

Licenciando: Bernardo Miguel Ferreira Martins

Coimbra, 2018
Escola Superior de Educação Politécnico de Coimbra
Licenciatura em Estudos Musicais Aplicados

Departamento de Artes e Tecnologias

A arte da canção
trovadoresca

Licenciando: Bernardo Miguel Ferreira Martins

Docente: Profª Doutora Maria do Amparo Carvas Monteiro

Trabalho da unidade curricular: História da Música e das Artes I

Coimbra, Mês de Janeiro de 2018


Escola Superior de Educação Politécnico de Coimbra
Licenciatura em Estudos Musicais Aplicados

Índice

Abreviaturas………………………………………………………....I

Índice de Figuras…………………………………………………....II

Introdução…………………………………………………………...1

1. Trovadores e Troveiros………………………………………....3

1.1 Trovadorismo as cantigas…………………………………....5

2. Minnesinger e Meistersiner…………………………………….7

3. Composições/Obras……………………………………………..9

3.1 Cantigas de Santa Maria………………………………….9

3.1.1 Códice das Cantigas de Santa Maria…………………..11

4. Compositores/Trovadores…………………………...………….12

4.1 D. Afonso X…………………………………………….12

4.1.1 D. Afonso X e as suas Cantigas de Santa Maria…..13

4.2 D. Dinis I……………………………………………......14

4.2.2 Dom Dinis “O que vos nunca cuidei a dizer”…….....15

Conclusão ……………………………………………………….…..17

Bibliografia…………………………………………………….........18
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Abreviaturas

séc. Século

d’oil Dialeto francês medieval

d’oc Língua occitana

ect. Etecetera

I
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Índice Figuras

Figura 1 - Cantigas de santa Maria……………………………página 10

Figura 2 - D. Afonso x……………..………………………….página 13

Figura 3 - D. Dinis…………………………………………….página 14

I
Introdução

A arte da canção trovadoresca surge no séc. XII devido a


várias alterações que houveram na civilização ocidental, várias
mudanças aconteceram ,as universidade eram centros intelectuais
onde não se ensinava apenas mas também tinham um ambiente de
pesquisa e produção de conhecimento ,a economia também sofre
várias mudanças devido ao aumento populacional a classe
burguesa acaba por ter mais autonomia, o que proporcionou o
desenvolvimento de estradas de várias cidades o que
consequentemente levou há busca pela liberdade ,que resultou em
uma nova organização política e social a burguesia passa a ser
urbana .
Todas estas mudanças levaram a um renascimento das
artes, música e literatura livres da influência da religião o que
levou ao desenvolvimento do pensamento profano. Houveram
também mudanças na forma de conviver nas cortes. É no
ambiente da corte que surge o espírito cortês, o papel da mulher é
modificado, a mulher deixa de ser vista como submissa e frágil e
torna o centro das atenções e é esta a mudança que leva á
construção de um inúmero poemas e músicas com a finalidade de
fazer exaltar o amor dessas damas.

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1. Trovadores e Troveiros

Trovador é um músico aquele com que têm um carácter criativo que


para além de compositores são também poetas, originários do sul da
França, mais especificamente da região de Provença, escreviam na
chamada langue d’oc, língua occitana que é uma língua românica que ainda
é falada em algumas regiões rurais francesas. Esta arte rapidamente se
difundiu para o norte da frança e lá os Troveiros foram os seus
representantes, escreviam na langue d’oil, dialeto francês medieval que deu
origem ao francês moderno, os troveiros são posteriores aos trovadores.
Tanto a arte quanto o artista estavam bem vistos e posicionados na
sociedade, eram homens de alta posição, o artista podia ascender de classe
social através do seu talento sendo assim tratados com mais privilégios, em
geral eram independentes e não trabalhavam para ninguém.
O trovadorismo acabou por irradiar outros países como Inglaterra,
Alemanha mas sobretudo a Espanha e Portugal ou seja os ibéricos-
Cultivando as formas melódicas acompanhadas entrando em contraste com
o contraponto erudito da música eclesiástica, a música trovadoresca é o
primeiro movimento historicamente relevante da música vocal e
instrumental.
Além de compositores muitos deles eram os próprios interpretes ou
passavam essa tarefa aos menestréis: músicos itinerantes de múltiplos
talentos. Como toda música que é transmitida oralmente essas composições
sofrem alterações e se transformam em versões, interpretações de cada um.
Algumas dessas cantigas chegaram a ser escritas e preservadas,
posteriormente chamadas de cancioneiros, Biblioteca Nacional da França e
a Biblioteca Ambrosiana de Milão são onde estão guardadas algumas
destas obras, existem algumas dificuldades em saber os valores rítmicos
das notas, deve-se a isso a diversidade rítmica encontrada nas
interpretações modernas.
Canções que utilizavam as mais variadas estruturas formais, mostrando a
engenhosidade dos compositores, desde baladas simples a baladas mais
dramáticas, que tinham monólogos e atuações de dança. 3
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Os temas abordados eram diversos, mas sempre retratavam a realidade


como o poeta a vivia, cruzadas, agitações sociais e políticas, algumas
aventuras guerreiras, mas acima de tudo estava o amor, tema preferido dos
trovadores, o amor que era levado para um nível mítico e fantasioso.
Já no norte os troveiros além destes temas também abordam temas
religiosos, mas só no final do século XIII.
Uma arte que sintetiza a poesia e a música na Idade Média, arte que na sua
maioria era silábica e com poucos melismas que apareciam nas ultimas
sílabas dos versos, sempre lembrando que era algo com características
espontâneas que muitas vezes levavam á improvisação, modificando a
melodia de estrofe para estrofe, musicalmente as melodias eram limitadas e
raramente ultrapassavam uma oitava. Uma das questões não esclarecidas
sobre estas canções era o ritmo pois havia muito a falta de notação, existem
diversos pontos de vista mas acredita-se maioritariamente que o ritmo era
livre, sem compasso e ia variando consoante a acentuação de cada palavra.
As cantigas dos trovadores eram um pouco mais sofisticadas
ritmicamente eram mais complexas, contrariamente os troveiros mostravam
uma configuração mais clara e bem definida, curtas e de fácil memorização
o que leva a uma breve conexão com o folclore francês.
Do ponto de vista da organização da estrutura formal era utilizada a
repetição, variação e contraste. A repetição do verso inicial marca a entrada
ao trecho de estilo livre, mas essa organização só é com certeza aplicada à
poesia, como as notações são poucas tudo é muito vago e incerto no que diz
respeito à parte musical. Os troveiros apresentam inúmeras canções com
refrões, versos e pares de versos recorrentes no texto poético, usando a
repetição da frase musical correspondente, elementos importantes para a
estrutura que evidenciam uma possível ligação com a dança, refrões
poderiam marcar a parte do coro onde todos cantavam juntos, e quando
estas perderam a conexão com a dança esse refrão pode ter se tornado um
trecho solo.

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1.1.Trovadorismo, as Cantigas:

Cantiga de amor: Eu-lírico canta de uma forma sofrida temas


como: amor platónico por uma mulher inatingível ou por ser
casada ou por ser de uma classe superior ao trovador; altamente
respeitosa, idealiza a mulher como perfeita.
Cantiga de amigo: Esta cantiga é marcada pela literatura oral, ou
seja, paralelismos e refrão.
Na cantiga de amigo, a figura feminina é de uma jovem que
recorda a ausência do amado, cantando a sua alegria por um
encontro com ele. Esta cantiga pode mostrar também a tristeza da
mulher, pelo fato do seu amado ter ido para a guerra.
Cantigas de Escárnio são caracterizadas pela Construção poética
livre e cheia de ironia que se opõe aos costumes, ideias ou
pensamentos da época que criticam algo de uma forma indireta
contrariamente às cantigas de maldizer.
Cantigas de maldizer são caracterizadas por serem sátiras diretas
com linguagem de baixo calão.

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2. Minnesinger e Meistersinger

Tendo como modelo a arte dos trovadores, os Minnesinger,


são compositores alemães que também cantavam temas como o
amor de uma forma ainda mais abstrata de certa forma religiosa.
A música é mais equilibrada e baseada nos modos da igreja, a
maioria das canções os Minnelieder eram em compasso ternário,
de organização estrófica, onde as melodias eram mais limitadas
com bastante uso de repetição. Alguns dos temas explorados
pelos Minnesinger eram descrições de acontecimentos da
natureza, como louvores à primavera.
Já os Meistersinger eram outra escola alemã, porem baseada na
arte da canção trovadoresca, a partir do século XIV quando a
burguesia dominava, Meistersinger eram pessoas normais cultas
que preservavam um peculiar interesse pela arte, tal interesse foi
retratado posteriormente numa ópera de Wagner, Os Mestres
Cantores de Nuremberga, o herói da ópera foi um Meistersinger
Hans Sachs que viveu no século XVI.

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3. Composições/Obras

Cantigas são poemas curtos muito usuais na Idade Média que


podem ter variados temas, mas o mais popular o Amor.
Ligadas á Música haviam diferentes tipos de Cantigas como por
exemplo as Cantigas de Amor, Cantigas de Amigo, Cantigas de
Escárnio, Cantigas de Mal Dizer etc… cada uma tens as duas
devidas características.
Exemplo: Cantigas de Amor – O sujeito poético retrata temas
como o Amor muitas vezes de uma forma sofrida devido á
impossibilidade da sua paixão ser concretizada.
Haviam diversos temas para as cantigas mas as cantigas que mais
relevo ganharam foram as Cantigas de Santa Maria…

3.1 As Cantigas de Santa Maria.

As Cantigas de Santa Maria são um conjunto de 427 composições


na linguagem galaico-portuguesa (Língua principal falada em
Castelã no século XIII).
As Cantigas de Santa Maria podem se dividir em dois grupos:
O primeiro, as "Cantigas de Nossa Senhora” que têm a função de
louvar a Virgem, são varias histórias, milagres, e relatos
relacionados com a Virgem, pela sua intervenção e pelos amores
místicos que a sua figura supostamente gera nas almas piedosas.
O segundo (mais reduzido) são as cantigas de loor (louvor),
poemas mais sérios, profundos, nos quais, em lugar de cantar os
milagres da Virgem, reflete sobre ela, como numa oração. São
compostas em forma de hinos sagrados como os que se 9
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interpretavam na liturgia, mas que serviram ao mesmo tempo de


treinamento literário e musical nas cortes e eram transmitidas
pelos jograis para serem usadas nas destas profanas.

Imagem 1 de 2 páginas de um livro no qual podemos encontrar


cantigas de santa maria.
Este livro também conhecido como Códice Rico - é o terceiro de
quatro manuscritos sobreviventes que preservam o repertório de
Cantigas, c em formato narrativo relativo a milagres e
festividades marianas.
Fonte – Facsimilefinder

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3.1.1 Códices das Cantigas de Santa Maria

Existem 4 códices conservados, acredita-se que procedentes todos


eles da própria corte do rei Afonso X.
O Códice Toledano, pertenceu à Catedral de Toledo até 1869 e
agora encontra-se na Biblioteca Nacional de Madrid, é a primeira
coleção saída do escritório do rei, após 1257. Contém 128
composições. São 160 folhas de pergaminho, em letra francesa
característica do século XIII.
O segundo códice, o que contêm o maior numero de canções
encontra-se na Biblioteca de El Escorial, e contém 417 cantigas,
ilustradas com 40 iluminuras. São 361 folhas de pergaminho
escritas em duas colunas com letra francesa características do
século XIII.
Também se conserva no Escorial outro códice com 198 cantigas,
com 1275 iluminuras agrupadas em lâminas de seis quadros, que
dão à obra um grande valor iconográfico e pictórico. São 256
folhas de pergaminho escritas em duas colunas com letra francesa
característica do século XIII.
O códice de Florença está conservado na Biblioteca Nacional da
Cidade, contém 104 cantigas, das quais duas não aparecem nos
outros códices.
Está incompleto, faltando estrofes, ficando por desenhar muitas
vinhetas e com as linhas de notação musical em branco. São 131
folhas escritas com letra gótica do século XIII.

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4. Compositores /Trovadores

Houveram vários compositores/poetas que se destacaram por


causa da canção profana/trovadoresca no entanto a península
ibérica foi um centro muito importante para o trovadorismo talvez
devido aos seus reis, pois pelo menos dois dos reis destes países
tiveram uma marca muito importante na arte trovadoresca! D.
Afonso X rei de Castilha e Léon e D. Dinis rei de Portugal e dos
Algarves.

4.1 D. Afonso X

D. Afonso X que foi rei de Castilha e Léon durante (1252-


1284),era considerado um mecenas da sua época, era apelidado de
“O sábio”.
D. Afonso X é tido pelos historiadores como um grande
incentivador da cultura na Península Ibérica no século XIII pois
durante o tempo que reinou causou uma revolução cultural no
reino de castelã.
Era conhecido como sábio pois no seu reinado recebeu vários
sábios e artistas de diferentes cultural/religiões, entre elas a cristã,
a judaica e a muçulmana. Isto devido ao seu interesse pelo
conhecimento que ficou reconhecido por todo o Ocidente
Europeu.
É autor de algumas obras poéticas (Cantigas de Santa Maria),
históricas e jurídicas.

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Imagem 2 – Afonso X rei de Leão e Castela


Fonte- blog -torredebabel

4.1.1 D. Afonso X e as suas Cantigas de


Santa Maria
A sua obra poética mais conhecida são as Cantiga de Santa
Maria, nas quais o seu ponto principal era descrever as
intervenções da Santa Maria em relação aos atos de pecadores dos
homens.
Nesta sua narrativa além de Louvar a virgem Santa Maria, D.
Afonso X aponta e demonstra modelos morais que levariam a
uma conduta de carácter “exemplar” apontado em suas obras o
caminho do que diz ser o único caminho para a salvação.
Tal obra é tida por alguns como a “Bíblia Estética” do século
XIII uma combinação entre textos, música e desenhos.
Esta obra é vista por alguns estudiosos como a obra musical mais
importante da Europa quando se fala da Lírica Medieval.

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4.2 Dinis Iº de Portugal

Dom Dinis rei de Portugal entre 1279 a 1325 também foi autor de
139 cantigas, em sua maioria cantigas de amor sendo o lirismo a
sua principal característica.
Ajudou a renovar a cultura numa época difícil em que ela estava
em decadência nas terras ibéricas.

Imagem 3 -D. Dinis


Fonte- O portal da História

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4.2.2 Dom Dinis "O que vos nunca cuidei a


dizer" (Cantiga de Amor)

0530128a.mp3
Faixa áudio do Poema

O que vos nunca cuidei a dizer,


com gram coita, senhor, vo-lo direi,
porque me vejo já por vós morrer;
ca sabedes que nunca vos falei
de como me matava voss'amor;
ca sabe Deus bem que doutra senhor,
que eu nom havia, mi vos chamei.

E tod[o] aquesto mi fez fazer


o mui gram medo que eu de vós heie
des i por vos dar a entender
que por outra morria - de que hei,
bem sabedes, mui pequeno pavor;
e des oimais, fremosa mia senhor,
se me matardes, bem vo-lo busquei.

E creede que haverei prazer


de me matardes, pois eu certo sei
que esso pouco que hei de viver
que nẽum prazer nunca veerei;
e porque sõo desto sabedor,
se mi quiserdes dar morte, senhor,
por gram mercee vo-lo [eu] terrei.

Nota:
O tema desta cantiga de D. Dinis é um drama no qual o sujeito
poético sente que, se a sua senhora o matar será algo justo e que
até lhe dará prazer pois acabara com o seu sofrimento e isto deve-
se ao sujeito poético ter dado a entender á sua senhora que
gostava de uma outra (que não existe) e que por isso sente que
morrer pelas mãos das sua senhora seria justo.
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Conclusão

A canção profana sempre existiu mas com a vinda dos trovadores


ganha muito relevo a canção trovadoresca resulta de varias
mudanças sociais naS quais as cortes tiveram um grande
importância , pode-se afirmar que a canção trovadores surge
devido ao ambiente cortês que se vivia nas cortes este tipo de
canção era apenas praticada ao no meio profano e como tal um
conceito fica ligado ao outro (por isso o tema do meu trabalho ser
a arte canção profana/trovadoresca) a musica trovadoresca era
praticado por vários poetas/músicos ,não apenas os trovadores e
os troveiros mas também os Minnesinger e os Meistersinger.
Vários se destacaram pelo seu talento, não apenas pessoas de
baixo escalão social praticavam a arte da canção trovadoresca
desde simples poetas até reis! D. Dinis nosso rei de Portugal e D.
Afonso X rei e Espanha são a prova disso ambos compuseram
Cantigas de Santa Maria, as quais foram o maior e melhor legado
deixado por esta corrente trovadoresca.

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Bibliografia/Webgrafia

Atlas da Música, volume I


Páginas:192 á 196
Autor: Ulrich Michel

Wikipédia
Tema -Cantigas de Santa Maria e D. Afonso X (consultado em
3/1/2017)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cantigas_de_Santa_Maria
https://pt.wikipedia.org/wiki/Afonso_X_de_Le%C3%A3o_e_Cas
tela

Historia da musica na Antiguidade clássica


Tema -A arte da Canção Profana(consultado em 27/12/2016)
http://historiadamusicaantiga.blogspot.pt/p/cancao-profana-
medieval.html

O Portal da Historia
Tema -D. Dinis (consultado em 3/1/2017)
http://www.arqnet.pt/portal/portugal/temashistoria/dinis.html

Torre de Basel
Tema- Afonso X de Leão e Castela(consultado em 17/1/2018)
http://torredebabel.blogs.sapo.pt/afonso-x-de-leao-e-castela-
74599

Cantigas Medievais Galego-Portuguesas


Tema-Cantigas de D. Dinis (consultado em 18/1/2018)
http://cantigas.fcsh.unl.pt/versoesmusicais.asp?cdcant=530&vm1
=128&vm2=232 18

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