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Relatório Socioambiental 2012

SUMÁRIO
1 MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO ..................................................................................................... 1
2 PERFIL DA ORGANIZAÇÃO ................................................................................................................. 2
3 AMBIENTE REGULATÓRIO DA CONCESSÃO ........................................................................................ 5
3.1 PRAZO DA CONCESSÃO ............................................................................................................................ 5
3.2 REAJUSTE TARIFÁRIO .............................................................................................................................. 7
3.3 INVESTIMENTO REMUNERÁVEL ................................................................................................................. 7
3.4 GESTÕES JUNTO À ANEEL – CCC ............................................................................................................. 8
3.5 FISCALIZAÇÕES 2012 .............................................................................................................................. 8
3.6 PROJETOS DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO (P&D) E PROJETOS DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA (PEE) .................... 9
3.6.1 Projetos de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Setor Elétrico – P&D .............. 9
3.6.2 Projetos de Eficiência Energética - PEE ................................................................................. 16
3.6.3 Indicadores do Setor Elétrico – P&D ................................................................................................ 20
3.6.4 Indicadores do Setor Elétrico – PEE .................................................................................................. 21

4 GOVERNANÇA CORPORATIVA ......................................................................................................... 24


4.1 ASSEMBLEIA GERAL .............................................................................................................................. 24
4.2 CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO .............................................................................................................. 24
4.3 CONSELHO FISCAL ................................................................................................................................ 24
4.4 DIRETORIA EXECUTIVA .......................................................................................................................... 25
4.5 AUDITORIA ......................................................................................................................................... 25
4.5.1 Auditoria Interna ............................................................................................................................ 25
4.5.2 Atividades de Controle Interno ........................................................................................................ 25
4.5.3 Acompanhamento das Ações Promovidas Pelos Órgãos de Controle Externo .................................. 26
4.6 LEI SARBANES-OXLEY – SOX .................................................................................................................. 26
4.7 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO ............................................................................................................... 27
5 PERSPECTIVAS DE CRESCIMENTO DA ECONOMIA AMAZONENSE .................................................... 29
6 ORIENTAÇÕES ESTRATÉGICAS E DIRECIONAMENTOS ...................................................................... 31
6.1 MISSÃO, VISÃO E VALORES .................................................................................................................... 31
6.2 PLANO DE MELHORIA DE DESEMPENHO – PMD DAS EMPRESAS DE DISTRIBUIÇÃO - EDES DA ELETROBRAS ........... 31
6.3 PLANO DE EXPANSÃO DA COMPANHIA PARA 2013-2015 ............................................................................ 32
7 GESTÃO DE PESSOAS ....................................................................................................................... 34
7.1 COMPOSIÇÃO DA FORÇA DE TRABALHO .................................................................................................... 34
7.2 PROGRAMA DE APRENDIZAGEM E ESTÁGIO ............................................................................................... 34
7.3 EDUCAÇÃO CORPORATIVA ..................................................................................................................... 34
7.3.1 Ações Educacionais Gerenciais ........................................................................................................ 35
7.3.2 Ações Educacionais Corporativas..................................................................................................... 35
7.3.3 Ações Educacionais Específicas ........................................................................................................ 35
7.4 PLANO DE CARREIRA E REMUNERAÇÃO – PCR E SISTEMA DE GESTÃO DE DESEMPENHO – SGD .......................... 36
7.5 BENEFÍCIOS E BEM-ESTAR SOCIAL ........................................................................................................... 36
7.6 SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO ................................................................................................... 37
7.7 INDICADORES SOCIAIS INTERNOS – EMPREGADOS, EMPREGABILIDADE, ADMINISTRADORES. ................................ 39
8 OFERTA DE ENERGIA ELÉTRICA ........................................................................................................ 42
8.1 SISTEMA DE GERAÇÃO DA CAPITAL .......................................................................................................... 42
8.2 SISTEMA DE GERAÇÃO DO INTERIOR......................................................................................................... 42
8.3 CONTRATOS DE COMPRA DE ENERGIA NA CAPITAL...................................................................................... 43
8.3.1 Compra de Energia Elétrica (Contratos com Produtores Independentes de Energia) ........................ 43
8.3.2 Contratações provenientes da Locação de Grupos Geradores de Energia ........................................ 43
8.3.3 Compra de Energia Elétrica no Ambiente de Contratação Regulada – ACR ...................................... 44

9 COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA ...................................................................................... 45


Relatório Socioambiental 2012

9.1 ATENDIMENTO AOS CONSUMIDORES ....................................................................................................... 45


9.1.1 Atendimento Telefônico e Virtual .................................................................................................... 45
9.1.2 Atendimento Presencial .................................................................................................................. 45
9.1.3 Ouvidoria ........................................................................................................................................ 45
9.1.4 Conselho de Consumidores .............................................................................................................. 46
9.2 FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA ..................................................................................................... 46
9.3 INCORPORAÇÃO DE NOVOS CONSUMIDORES EM 2012................................................................................ 48
9.4 FATURAMENTO DE ENERGIA COMERCIALIZADA .......................................................................................... 48
9.5 INADIMPLÊNCIA ................................................................................................................................... 49
9.5.1 Na Capital ....................................................................................................................................... 49
9.5.2 No Interior ...................................................................................................................................... 49
9.6 INDICADORES OPERACIONAIS E DE PRODUTIVIDADE ..................................................................................... 51
9.7 INDICADORES SOCIAIS EXTERNOS - CLIENTES/CONSUMIDORES - CAPITAL .......................................................... 52
9.8 INDICADORES SOCIAIS EXTERNOS - CLIENTES/CONSUMIDORES - INTERIOR ....................................................... 53
10 DESEMPENHO OPERACIONAL .......................................................................................................... 54
10.1 DURAÇÃO EQUIVALENTE DE INTERRUPÇÃO POR UNIDADE CONSUMIDORA – DEC E FREQUÊNCIA EQUIVALENTE DE
INTERRUPÇÃO POR UNIDADE CONSUMIDORA – FEC.......................................................................................... 54
10.1.1 Na Capital ....................................................................................................................................... 54
10.1.2 No Interior ...................................................................................................................................... 55
10.1.3 Global ............................................................................................................................................. 55
10.2 TEMPO MÉDIO DE ATENDIMENTO A EMERGÊNCIAS – TMAE ..................................................................... 55
10.3 PERDAS DE ENERGIA ELÉTRICA ............................................................................................................. 56
10.3.1 Na Capital ....................................................................................................................................... 56
10.3.2 No Interior ...................................................................................................................................... 57
10.3.3 Global ............................................................................................................................................. 58

11 UNIVERSALIZAÇÃO E TARIFA DE BAIXA RENDA................................................................................ 59


11.1 PROGRAMA LUZ PARA TODOS ............................................................................................................. 59
11.2 TARIFA DE BAIXA RENDA..................................................................................................................... 60
11.3 INDICADORES DE TARIFA DE BAIXA RENDA - CAPITAL ................................................................................ 61
11.4 INDICADORES DE TARIFA DE BAIXA RENDA - INTERIOR ............................................................................... 61
12 RELACIONAMENTO COM FORNECEDORES ....................................................................................... 62
(1)
12.1 INDICADORES SOCIAIS EXTERNOS – FORNECEDORES ............................................................................. 62
13 COMUNICAÇÃO, RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL ........................................................... 63
13.1 COMUNICAÇÃO ................................................................................................................................. 63
13.2 RESPONSABILIDADE SOCIAL ................................................................................................................. 63
13.3 RESPONSABILIDADE AMBIENTAL ........................................................................................................... 64
13.3.1 Licenciamentos Ambientais ............................................................................................................. 64
13.3.2 Auditoria, Recuperação e Preservação Ambiental ........................................................................... 65
13.3.3 Indicadores ambientais ................................................................................................................... 67
14 DESEMPENHO ECONÔMICO E FINANCEIRO ..................................................................................... 70
14.1 LUCRO/PREJUÍZO DO EXERCÍCIO ........................................................................................................... 70
14.1.1 Receita Operacional ........................................................................................................................ 70
14.1.2 Deduções à Receita Operacional ..................................................................................................... 70
14.2 CUSTO E DESPESAS OPERACIONAIS ....................................................................................................... 71
14.3 INDICADORES EMPRESARIAIS ............................................................................................................... 72
14.4 RECEITA (DESPESA) FINANCEIRA........................................................................................................... 73
14.5 INDICADORES ECONÔMICOS FINANCEIROS.............................................................................................. 74
15 RECONHECIMENTO - PRÊMIOS CONQUISTADOS ............................................................................. 76
15.1 PRÊMIO EMPRESA CIDADÃ .................................................................................................................. 76
15.2 PRÊMIO ABRACONEE ...................................................................................................................... 76
15.3 ÍNDICE DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL DA BOLSA DE VALORES DE SÃO PAULO – ISE BOVESPA ................. 76
15.4 SELO PRÓ-EQUIDADE DE GÊNERO E RAÇA .............................................................................................. 76
15.5 PRÊMIO SESI QUALIDADE NO TRABALHO ............................................................................................... 76
Relatório Socioambiental 2012

16 BALANÇO SOCIAL............................................................................................................................. 77
17 VALIDAÇÃO DA DIRETORIA EXECUTIVA ........................................................................................... 78
Relatório Socioambiental 2012

1 MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO
A Administração da Amazonas Distribuidora de Energia S.A. (“Companhia” ou “Amazonas
Energia") tem a satisfação de apresentar o Relatório Socioambiental referente ao exercício
social findo em 31 de dezembro de 2012.

No exercício de 2012, em continuidade aos objetivos estratégicos e empresariais definidos


no modelo de gestão estabelecido para as Empresas de Distribuição da Eletrobras, foi dado
prosseguimento ao Plano de Melhoria de Desempenho – PMD para o quinquênio 2010-
2015.

Registramos que a Empresa está se preparando para os desafios da segregação das


atividades de Geração e Transmissão dos negócios da Distribuição advindos da interligação
do Sistema Elétrico Isolado de Manaus com o Sistema Interligado Nacional – SIN,
importante evento que ocorrerá no próximo exercício. Além disto, comemora o início das
obras da Usina Termelétrica de Mauá III, novo referencial de geração de energia a partir do
gás natural da Região Amazônica.

A Companhia está consciente dos desafios de 2013, cujo ambiente econômico é promissor
e com grandes desafios em toda área de concessão, onde o fornecimento de energia
elétrica tem crescido a taxas significativas, redobrando os compromissos com a melhoria
dos serviços prestados, com disciplina financeira e técnico-operacional, de modo a honrar
os compromissos com os consumidores, acionistas, clientes e fornecedores.

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Relatório Socioambiental 2012

2 PERFIL DA ORGANIZAÇÃO

A cidade de Manaus sempre foi atendida pela Companhia detentora da sua concessão, de
forma verticalizada. Assim foi com a Companhia de Eletricidade de Manaus - CEM,
controlada pela Centrais Elétricas Brasileiras S/A - Eletrobras até 30.12.1980, quando a
Eletronorte assumiu os ativos da concessão. Em dezembro de 1997, foi criada a Manaus
Energia, subsidiária integral da Eletronorte. A Diretoria da Eletronorte assumiu a Diretoria da
Manaus Energia até 2000, quando foi nomeada Diretoria própria para a Companhia.

A Companhia Energética do Amazonas - CEAM atendia o interior do Estado e foi controlada


pelo Governo do Estado do Amazonas até abril de 2000, quando teve seu controle acionário
assumido pela Centrais Elétricas Brasileiras S/A - Eletrobras (96,97%). Em março de 2008,
a Manaus Energia incorporou a CEAM, passando o Estado do Amazonas a ser atendido por
apenas uma empresa concessionária, a Manaus Energia S.A. que era uma sociedade por
ações controlada pela Eletrobras. Em abril de 2009, a Companhia alterou sua razão social
para Amazonas Distribuidora de Energia S/A, permanecendo sob o controle da Eletrobras.

A Amazonas Energia é uma concessionária de serviços públicos e tem por objeto explorar
os serviços de geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica,
conforme o respectivo contrato de concessão. Além da capital, sua área de atuação
compreende as sedes dos 61 municípios e mais 45 localidades do interior do Estado do
Amazonas, constituindo-se no maior sistema isolado do mundo, abrangendo uma área de
aproximadamente 1,5 milhões de quilômetros quadrados.

ÁREA DE ATUAÇÃO

Os principais produtos da organização são a geração, transmissão e a distribuição da


energia elétrica, sendo seus principais processos: a construção, operação e manutenção de
unidades geradoras, subestações, linhas de transmissão e redes de distribuição, a
comercialização da energia elétrica, a captação e gestão dos recursos financeiros, a gestão
dos recursos humanos e o relacionamento com o, Órgão Regulador do Serviço Público de
Energia Elétrica, meio ambiente e sociedade.

A partir do ano de 2008, quando a Amazonas Energia (à época denominada Manaus


Energia S/A) passou a integrar o grupo das Empresas de Distribuição da Eletrobras, os
investimentos tiveram uma evolução anual crescente, alcançando no período 2008/2012 um
montante de R$ 2.291,9 milhões.

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Relatório Socioambiental 2012

Em 2012 a Amazonas Energia realizou um investimento de R$ 751 milhões, distribuído


conforme abaixo:
Investimentos Realizados em 2012 – R$ milhões
Programas 2012 Participação por Programa (%)
Geração 280 37,28
Transmissão 54 7,19
Distribuição 274 36,49
Luz Para Todos 114 15,18
Infraestrutura de Apoio 29 3,86
Total 751 100,00

Os investimentos na Geração foram em ações de manutenção preventiva e revitalização de


equipamentos principais e auxiliares das Usinas de Aparecida, Mauá, UHE Balbina e grupos
geradores do interior do estado, com vistas a garantir a continuidade e confiabilidade do
fornecimento de energia.

Com relação aos investimentos na Transmissão destacamos, além do início das obras do
sistema de transmissão em 230 e 138 kV e da ampliação de cinco SE’s 69 kV, a
energização das SE’s 69/13,8 kV Iranduba e Manacapuru e das LT’s 69 kV Distrito Dois /
Cachoeirinha e Ponta Negra / Ponta do Ismael. Na Distribuição os recursos foram
direcionados para a ampliação e a manutenção de redes e redução de perdas técnicas e
comerciais na capital e no interior do estado.

Em 2012 foram concluídos os seguintes empreendimentos: Energização da SE Iranduba


69/13.8 kV – 26,6 MVA; Energização da SE Manacapuru 69/13.8 kV – 26,6 MVA;
Energização da LT 69 kV Distrito Dois/Cachoeirinha 69/13.8 kV – 26,6 MVA; Energização da
LT 69 kV Ponta Negra/Ponta do Ismael 69/13.8 kV – 26,6 MVA e Recondutoramento da LT
Mauá/São José.

Encontram-se em execução as seguintes obras: Construção da Linha de 230 kV Mauá Três


e Jorge Teixeira – 13,5 km; Construção da Linha de 138 kV Jorge
Teixeira/Mutirão/Cachoeira Grande/Compensa – 25 km; Implantação da SE Jorge Teixeira
230/138 kV – 3 x 40 MVA – MVA; Implantação da SE Mauá Três 230/138/69 kV – 3 x XX
MVA – MVA; Implantação da SE Mutirão 138/13.8 kV – 3x40 MVA - 120 MVA; Implantação
da SE Compensa 138/13.8 kV – 2x40 MVA - 80 MVA; Implantação da SE Cachoeira Grande
138/13.8 kV – 3x40 MVA - 120 MVA; Ampliação da SE Seringal Mirin 69/13.8 kV – 1 x 26,6
MVA – 26,6; Ampliação da SE Redenção 69/13.8 kV – 1 x 26,6 MVA – 26,6 MVA;
Ampliação da SE Santa Etelvina II 69/13.8 kV – 1 x 26,6 MVA – 26,6 MVA; mpliação da SE
Jaraqui 69/13.8 kV – 1 x 26,6 MVA – 26,6 MVA; Ampliação da SE Distrito Dois 69/13.8 kV –
2x26,6 MVA – 53,2 MVA; Modernização de SPCS da SE Ponta do Ismael 69/13.8 kV;
Ampliação da SE Mauá II 69/13.8 kV – Barra Principal e Transferência; Ampliação da SE
Presidente Figueiredo 69/13.8 kV – Banco de Capacitor e Modernização da SE
Cachoeirinha 69/13,8 kV.

Apesar dos indicadores Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora –


DEC e Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora – FEC, registrados
na capital, terem ficado acima dos limites estipulados pela Agência Nacional de Energia
Elétrica – ANEEL, os investimentos realizados no sistema de distribuição de Manaus
propiciaram uma redução significativa desses indicadores em relação ao ano de 2011. Já o
Tempo Médio de Atendimento a Emergências – TMAE apresentou um incremento de 26,7
minutos sobre o ano de 2011, como consequência do aumento do tempo requerido para
reparar os estragos provocados na rede de distribuição pelos temporais de natureza atípica
para a região que ocorreram durante o ano de 2012. No interior do Estado, o DEC e o FEC
foram maiores que os registrados em 2011 devido principalmente a interrupções na
geração. Em relação ao combate às perdas de energia elétrica, evidenciamos a
continuidade da tendência de queda no índice de perdas anualizadas da capital, iniciada no
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Relatório Socioambiental 2012

ano de 2011, quando caíram de 43,2% para 42,9%. Ao final de 2012 registramos o índice de
39,8, numa redução de 3,1 pontos percentuais em relação a 2011.

Com um investimento da ordem de R$ 114 milhões, através do Programa Luz para Todos –
PLpT, foram ligadas 12.890 unidades consumidoras em 2012. Desde o início da execução
do Programa, foram construídos 13.182,76 km de rede de distribuição rural em alta e baixa
tensão e ligados 83.172 domicílios rurais, beneficiando uma população de aproximadamente
415.860 pessoas em todo o Estado do Amazonas por meio da disponibilização de serviços
essenciais e da possibilidade de maior incremento na criação de emprego e renda nessas
comunidades rurais.

Merece destaque o início da construção da usina Mauá 3, cujo empreendimento entra para
a história do Estado do Amazonas por ser a maior e única usina termelétrica a operar em
ciclo combinado (gás natural + vapor) construída na região. A usina, com potência instalada
local efetiva (líquida) de 570,4 MW, utilizará com maior eficiência possível o volume máximo
disponível de 2.300.000M³/dia de gás natural. Depois de passar por um rigoroso processo
de licitação internacional que teve a participação de seis grandes empresas, a Usina Mauá 3
está sendo construída pela empresa Andrade Gutierrez, vencedora do processo licitatório.
Com um investimento da ordem de R$ 1 bilhão, está previsto que a termelétrica comece a
operar em ciclo aberto até o primeiro semestre de 2014 e seja concluída até o primeiro
semestre de 2015.

No que diz respeito aos Programas Especiais e em atendimento ao que determina a Lei nº
9.991/2000 e ao Contrato de Concessão a Amazonas Energia vem dando continuidade aos
Programas de Eficiência Energética – PEE e de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico –
P&D. Dentre os projetos relacionados à Eficiência Energética, destacam-se os direcionados
aos consumidores da subclasse residencial baixa renda, ao poder público e aos
consumidores residenciais.

Todos os empreendimentos da Companhia estão devidamente licenciados ou com pedidos


de licenciamento em tramitação nos órgãos ambientais do Estado do Amazonas. Além de
um Centro de Proteção Ambiental, onde são desenvolvidos diversos programas, a
Companhia mantém um convênio com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis – IBAMA para manutenção da Reserva Biológica do Uatumã
– REBIO, criada por força do Decreto Federal 99.277, de 06 de junho de 1990.

A Companhia desenvolve projetos e ações que proporcionam geração de renda, promoção


de cidadania, preservação ambiental e educação sobre o uso racional e seguro de energia
elétrica nas comunidades adjacentes a seus empreendimentos. Reafirma seu compromisso
com a igualdade e direito de oportunidades entre homens e mulheres no ambiente
empresarial, além de ser signatária dos Princípios de Empoderamento das Mulheres -
resultado da parceria da ONU Mulheres e o Pacto Global das Nações Unidas.

No decorrer do exercício de 2012 foi dado prosseguimento às tratativas de implantação dos


projetos a serem executados com recursos do Banco Mundial. A concessão do
financiamento à Eletrobras é destinada ao “Programa Corporativo das Empresas de
Distribuição da Eletrobras e de Melhoria da Qualidade dos Serviços e Redução de Perdas
Elétricas”, no qual a Amazonas Energia está incluída.

Por fim, destacamos que em 2013 deverão ser concluídos dois processos de extrema
relevância empresarial, a saber: a integração ao SIN por meio da linha de transmissão de
500 kV Tucuruí-Manaus e a Desverticalização da Companhia, em obediência ao artigo 20
da Lei nº 10.848 de 15 de março de 2004, complementado posteriormente pela Lei 12.111
de 09 de fevereiro de 2009.

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Relatório Socioambiental 2012

3 AMBIENTE REGULATÓRIO DA CONCESSÃO


3.1 Prazo da Concessão
A Amazonas Energia celebrou com a União, através do Contrato de Concessão n°
020/2001, a exploração do Serviço Público de Energia para atender a totalidade dos
municípios do Estado do Amazonas, que tem como prazo de vigência 7 de julho de 2015.
Com base no contrato supracitado, a Companhia tem o prazo de 36 (trinta e seis) meses,
antes do término do contrato, para requerer sua prorrogação. Através da carta CTA - PR
n°135/2012, datada de 19 de junho de 2012, esta concessionária formalizou, junto à
Agência Reguladora, pleito com vista a prorrogação. Com a edição do Decreto nº 7.805,
datado de 14 de setembro de 2012, que regulamentou a Medida Provisória-MP nº 579/2012,
a Companhia, através da carta CTA – PR nº 215, de 24 de setembro de 2012, ratificou o seu
interesse na prorrogação do contrato vigente.

A ANEEL, através do Ofício n° 452/2012- SCT/ANEEL, datado de 29 de junho de 2012,


confirmou a abertura do processo de prorrogação da concessão sob o protocolo ANEEL nº
48513.020675/2012-00 e informou que o Poder Concedente deverá manifestar-se quanto ao
pleito em até 18 meses antes do vencimento do contrato do qual a AmE é titular.

Destacamos que a Medida Provisória-MP nº 579/2012 e o Decreto 7.805, de 14 de setembro


de 2012, definiram novos critérios para prorrogação das concessões de geração,
transmissão e distribuição de energia elétrica vincendas no período de 2015 a 2017 e a
redução de encargos setoriais.

Com foco na desoneração do setor produtivo, o Governo Federal determinou medidas que,
ao serem implementadas, ensejarão a redução média de até 32% da tarifa dos
consumidores atendidos em alta tensão; no caso dos consumidores residenciais, a redução
mínima será de 18%. As principais alterações constantes da MP são:

1. As concessões não prorrogadas serão licitadas e terão indenização do valor dos


investimentos dos bens reversíveis ainda não amortizados ou não depreciados. Esta
indenização será calculada com base no Valor Novo de Reposição - VNR, e considerará
a depreciação e a amortização acumuladas a partir da data de entrada em operação das
instalações, até 31 de dezembro de 2012, em conformidade com os critérios do Manual
de Contabilidade do Setor Elétrico-MCSE.

2. Revisão tarifária extraordinária das concessionárias de distribuição de energia elétrica


que será implementada pela ANEEL, sem prejuízo dos futuros reajustes tarifários anuais
previstos nos contratos de concessão, contemplando as alterações a seguir: a) alocação
de cotas de energia, resultantes das geradoras com concessão renovadas, a um preço
médio de R$ 32,81/MWh; b) redução dos custos de transmissão; c) redução dos
encargos setoriais (CCC e RGR); d) retirada de subsídios da estrutura tarifária, com
aporte de recursos do Tesouro Nacional.

3. Alteração na Lei n° 12.111/2009, que terá repercussão nos Sistemas Isolados, no que se
refere à quantidade de energia a ser considerada, para fins de cobertura de custos pela
CCC, limitando-a ao nível eficiente de perdas, conforme regulação a ser editada pela
ANEEL.

De acordo com o regramento normativo definido na Medida Provisória nº 579/2012, o custo


subvencionado pela Conta Consumo Combustível - CCC passou a ser coberto pela Conta
de Desenvolvimento Energético – CDE, cuja receita é proveniente das quotas anuais pagas
por todos os agentes que comercializam energia ao consumidor final (encargo incluído nas
tarifas de uso dos sistemas de transmissão ou de distribuição), dos pagamentos realizados

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Relatório Socioambiental 2012

a título de uso de bem público, das multas aplicadas pela ANEEL e dos créditos da União
referentes à Itaipu Binacional.

Outra importante alteração é a relativa à quantidade de energia a ser considerada para


atendimento ao serviço público de distribuição de energia elétrica nos Sistemas Isolados
que será limitada ao nível eficiente de perdas, conforme regulação da ANEEL. Em 20 de
dezembro de 2012, a ANEEL abriu Audiência Pública n° 107/2012 para obter subsídios para
a definição do orçamento da Conta de Consumo de Combustíveis Fósseis – CCC para o
ano de 2013.

Atualmente a Amazonas Distribuidora detém a outorga dos empreendimentos de geração,


conforme abaixo:
Capacidade Capacidade
Instalada Utilizada
Concessões Autorizações Ato Autorizativo Início Vencimento Rio
MW MW
Portaria do MME nº 371, datada de
UHE Balbina 28.12.2007, prorroga por vinte anos 01.03.2007 01.03.2027 Uatumã 277,5 250,0
a concessão
Despacho ANEEL nº 1.596, de
Bloco 1 161,5 120,0
07.06.2010, autoriza a Eletrobras
UTE Aparecida Amazonas Energia a alterar em 07.06.2010 07.07.2015 -
Bloco 2 caráter excepcional as características 121,0 80,0
técnicas da UTE.
Bloco 1 149,5 132,0

Bloco 3 110,0 110,0


Despacho ANEEL nº 1.596, de
Bloco 4 07.06.2010, autoriza a Eletrobras 171,5 157,5
UTE Mauá Amazonas Energia a alterar em 07.06.2010 07.07.2015 -
Bloco 5 caráter excepcional as características 93,0 77,6
técnicas da UTE.
Bloco 6 166,1 153,4

Bloco 7 48,0 38,4


Resolução ANEEL nº 048, de
02.02.2001. Art. 22 da Lei 9.074 de
07.07.1995. Portaria nº 35, de
Reagrupamento com 61
20.02.2001 MME. Res. Autorizativa
municípios para distribuir
ANEEL nº 1.304 de 18.03.2008 em
Energia Elétrica e respectivas 11.04.2008 07.07.2015 - 439,0 344,0
se Art. 1º Anui à incorporação da
instalações de transmissão de
CEAM pela MESA, com transferência
âmbito próprio.
das concessões de geração e
distribuição e versão dos ativos e
passivos.
Resolução ANEEL nº 283 de
26.07.2000 e Resolução ANEEL nº 53
de 08.02.2001, Contrato de
Concessão nº 20/2001 ANEEL de
Distribuição Município de Manaus 21.03.2001 07.07.2015 - - -
21.03.2001 e os seus aditivos.
Portaria nº 34 MME de 20.02.2001.
Art. 22, § 2º da Lei nº 9.074, de
07.07.95
Despacho ANEEL nº 3.209 de
25.08.2009 autoriza a Manaus
UTE Flores 20.06.2008 07.07.2015 - 124,7 94,6
Energia a alterar a capacidade
instalada da UTE Flores.
Despacho ANEEL nº 1.596, de
07.06.2010, autoriza a Eletrobras
UTE Cidade Nova Amazonas Energia a alterar em 07.06.2010 07.07.2015 - 29,7 22,8
caráter excepcional as características
técnicas da UTE.
Despacho ANEEL nº 1.596, de
07.06.2010, autoriza a Eletrobras
UTE São José Amazonas Energia a alterar em 07.06.2010 07.07.2015 - 73,4 60,9
caráter excepcional as características
técnicas da UTE.
Despacho ANEEL nº 1.596, de
07.06.2010, autoriza a Eletrobras
UTE Iranduba* Amazonas Energia a alterar em 07.06.2010 07.07.2015 - 66,6 54,7
caráter excepcional as características
técnicas da UTE.
Despacho ANEEL nº 1.596, de
07.06.2010, autoriza a Eletrobras
UTE Distrito* Amazonas Energia a alterar em 07.06.2010 07.07.2015 - 51,3 42,8
caráter excepcional as características
técnicas da UTE.

TOTAL GERAL 2.082,8 1.738,7

(*) utilização de parte da outorga da UTE Mauá. Neste quadro não está computado o valor de 120 MW de capacidade da UTE Eletron, pois a
concessão da mesma pertence à Eletronorte.

6
Relatório Socioambiental 2012

3.2 Reajuste Tarifário


O Contrato de Concessão acima mencionado também versa sobre as tarifas aplicáveis na
comercialização de energia, em que os valores deverão ser reajustados com periodicidade
anual, obedecidas a regulamentação e a legislação vigente e superveniente, 1 (um) ano
após a “Data de Reajuste Anterior”. Este processo de reposicionamento da receita deve
considerar as alterações na estrutura de custos e de mercado da Concessionária, os níveis
de tarifas observados em empresas similares no contexto nacional e internacional, os
estímulos à eficiência e à modicidade das tarifas e deve passar por Revisão Tarifária a cada
quatro anos.

No exercício de 2012, a fim de restabelecer o poder de compra da receita da


concessionária, foi realizado o processo de Reajuste Tarifário da Amazonas Energia, sendo
o período de referência novembro de 2012 a outubro de 2013.

O Índice de Reajuste Tarifário Anual – IRT de 2012 da empresa, para aplicação a partir de
1º de novembro de 2012, resultou um percentual final médio de 0,94%. Este incremento é
composto pelo IRT econômico de 2,36% e pelo somatório dos componentes financeiros
retirados da base do exercício anterior (IRT financeiro) que resultou em -1,42%,
representando um efeito médio a ser percebido pelos consumidores cativos de -2,09% em
relação às tarifas vigentes anteriormente, conforme tabela abaixo:

Grupo de Consumo Variação Tarifária (%)


A3 – 69 kV - 2,23
A4 – 13,8 kV - 2,11
AT – Alta Tensão > 2,3 kV - 2,14
BT – Baixa tensão < 2,3 kV - 2,03
Total - 2,09

3.3 Investimento Remunerável


O montante da remuneração do investimento, considerando o valor dos ativos necessários
para prestação do serviço de distribuição e tendo como parâmetro os percentuais
estabelecidos na segunda revisão tarifária, correspondeu a R$ 170,2 milhões,
representando 42,46% do total da Parcela “B”.

Os valores abaixo apresentados são regulatórios e não contábeis e representam a Base de


Remuneração Regulatória – BRR do processo de distribuição de energia elétrica da
Amazonas Energia, recalculada através do Relatório de Fiscalização Econômica e
Financeira RF - AmE n° 039/2010-SFF, emitido pela Superintendência de Fiscalização
Econômica e Financeira – SFF/ANEEL.
R$ mil
Reajuste
Reajuste Tarifário Reajuste Tarifário
Discriminação Tarifário
Novembro/2012 Novembro/2011
Novembro/2010
Ativo Imobilizado em Serviço Bruto 1.974.390 1.848.680 1.728.223
(-) Depreciação Acumulada -1.095.419 -1.025.674 -958.843
Ativo Imobilizado em Serviço Líquido 878.971 823.006 769.381
(+) Almoxarifado 95.833 89.732 83.885
(-) Obrigações Vinculadas ao SPEE -182.655 -171.026 -159.882
(-) Índice de Aproveitamento Depreciado -5.719 -5.355 -5.006
Investimento Remunerável (Base de Remuneração) 786.430 736.358 688.378
Bens 100% Depreciados 558.325 522.776 488.713
Variação do IGPM (%) 6,80 6,95 8,81
Cota de Depreciação (taxa Média Anual 3,90%) - - -
* Valores da Revisão Tarifária ajustados conforme Relatório ANEEL - FR-AME nº 39/2010-SFF

7
Relatório Socioambiental 2012

Foram corrigidos os valores relativos ao reajuste de 2009, com base nas informações do
relatório de fiscalização, mencionado acima. Para os anos de 2010, 2011 e 2012, o cálculo
desse importe resultou na aplicação do percentual de crescimento da parcela “B”, nos
respectivos reajustes.

3.4 Gestões junto à ANEEL – CCC


Dando continuidade às gestões realizadas desde a edição da Lei nº 12.111/2009, durante o
exercício de 2012, com apoio da Direção da Eletrobras (holding), foram realizadas reuniões
e emitidas cartas com o objetivo de sensibilizar a Agência Reguladora quanto a necessidade
de realizar adequações nos regramentos normativos que tratam do processo de reembolso
da CCC, passando a considerar peculiaridades do processo de produção de energia elétrica
nos Sistemas Isolados, tais como: a) adoção dos preços dos combustíveis constantes das
notas fiscais da empresa distribuidora de derivados de petróleo; b) reaver os limites do
consumo específico das usinas dos Sistemas Isolados, passando a considerar uma
programação de despacho que contemple níveis de reserva girante que garanta a
continuidade do atendimento nos casos de variações abruptas do requerimento de carga
e/ou a saída intempestiva de unidades geradoras; c) cobertura do valor correspondente aos
estoques de combustíveis necessários para a continuidade da prestação do serviço, como
reserva técnica e para compensar o tempo de transporte durante a baixa dos níveis dos rios
(quando aumenta o tempo de deslocamento e dificulta o acesso); d) incluir no reembolso os
custos inerentes à reserva de capacidade, correspondente às unidades geradoras mantidas
em stand-by, prontas para entrar em operação em substituição àquelas que apresentem
problemas intempestivos durante a operação; e) reembolso do PIS/PASEP e da COFINS
não compensados.

3.5 Fiscalizações 2012


No decorrer do exercício de 2012, a Companhia passou por 10(dez) ações de fiscalizações
da ANEEL. A área comercial recebeu duas fiscalizações realizadas pela Superintendência
de Fiscalização dos Serviços de Eletricidade – SFE. A primeira fiscalização foi realizada no
período de 16 a 20 de abril de 2012, cujo objeto foi a verificação dos procedimentos
adotados pela Amazonas Energia na realização do faturamento das unidades consumidoras
no período de outubro de 2011 a fevereiro de 2012, utilizando a média dos últimos doze
meses.

A segunda fiscalização foi realizada no período de 20 a 21/06/2012 e teve como escopo a


verificação dos índices de qualidade do Teleatendimento em relação às metas estabelecidas
nas Resoluções n° 363/2009 e 414/2010 – ANEEL.

O sistema de distribuição da concessionária foi objeto de 3(três) fiscalizações. Em duas,


ocorridas nos meses de abril e outubro, a Agência Reguladora avaliou os procedimentos
técnicos de manutenção e operação do sistema elétrico de Manaus. A outra ação feita por
monitoramento, entre os meses de maio a setembro, verificou os procedimentos quanto aos
indicadores de qualidade dos níveis de tensão fornecida pela concessionária aos seus
clientes.
A Superintendência de Fiscalização Econômico-Financeira – SFF da ANEEL realizou, no
período de 15 a 26 de outubro, ação fiscalizadora nas áreas econômico-financeira e
contábil da empresa, cujo objetivo foi a verificação do cumprimento das obrigações
normativas e contratuais da concessionária.

Na área de geração foram realizadas duas ações, uma no interior do estado, entre os meses
de julho e agosto, e outra na Região Metropolitana de Manaus, entre os meses de outubro e
novembro. Nessas ações foram inspecionadas 46 usinas termelétricas da capital e do
interior, além da usina hidrelétrica de Balbina. O objetivo das fiscalizações foi a verificação
geral das instalações das usinas, da existência e vigência da licença ambiental aplicável, da

8
Relatório Socioambiental 2012

conformidade dos dados técnicos, dos procedimentos de operação e manutenção, dos


aspectos de desempenho técnico, segurança e legais, além do cumprimento das
recomendações e determinações estabelecidas em procedimentos de fiscalização ocorridos
anteriormente.

A capital do Estado do Amazonas sediará os jogos da copa do Mundo de 2014. A fim de


avaliar o andamento das obras relacionadas ao evento, a ANEEL realizou fiscalização, no
mês de outubro, em todas as obras em andamento que visam dar confiabilidade elétrica ao
sistema garantindo qualidade no fornecimento de energia durante a realização do evento
esportivo. Outra ação realizada pela fiscalização, no mesmo período, objetivou avaliar o
andamento das obras relacionadas à interligação do sistema Manaus ao SIN, previsto para
ocorrer no ano de 2013.

3.6 Projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e Projetos de Eficiência


Energética (PEE)

Os Projetos de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Setor Elétrico – P&D


desenvolvidos pela Amazonas Energia estão pautados na busca de inovações para fazer
frente aos desafios tecnológicos e de mercado do setor elétrico, enfrentados pela Empresa.
Possuem resultados previstos bem definidos, assim como a sua aplicabilidade, custos
previstos para execução e expectativa de retorno financeiro, pertinência do estudo a temas
de interesse do setor elétrico, grau de inovação e/ou avanço tecnológico pretendido.

Os Projetos de Eficiência Energética – PEE têm como objetivo demonstrar à sociedade a


importância e a viabilidade econômica de ações de combate ao desperdício de energia
elétrica e de melhoria da eficiência energética de equipamentos, processos e usos finais de
energia, estimulando o desenvolvimento de novas tecnologias e a criação de hábitos
racionais de uso da energia elétrica.

3.6.1 Projetos de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Setor Elétrico – P&D

A Amazonas Energia contrata a execução de Projetos de P&D desde o ano 2000. Possui
um acervo de 35 projetos de P&D dos quais 33 já foram concluídos e 2 estão em
andamento.

3.6.1.1 Projetos de P&D concluídos

Os quadros a seguir apresentam os Projetos de P&D concluídos e em andamento, até 2012,


pela Amazonas Energia, distribuídos por Produtos Gerados e por Temática.

Produtos Gerados
Em
Descrição Concluídos Total %
Andamento
Máquinas e equipamentos 5 1 6 17
Dispositivos (Protótipo ou Projeto Demonstrativo) 3 3 8
Softwares 8 8 23
Metodologia 11 11 31
Patentes (Solicitadas e/ou liberadas) 1 1 3
Melhorias Operacionais (processos e procedimentos) 2 2 6
Aprimoramento de fontes alternativas de energia 2 2 6
Cabeça-de-série 1 1 3
Projeto Piloto 1 1 3
Total 32 2 35 100

9
Relatório Socioambiental 2012

Temática
Em
Descrição Concluídos Total %
Andamento
Fontes Alternativas de Geração de Energia Elétrica 7 1 8 22
Geração Termelétrica 3 3 9
Gestão de Bacias e Reservatórios 1 1 3
Meio Ambiente 1 1 3
Eficiência Energética 4 4 11
Operação de Sistemas de Energia Elétrica 1 1 3
Supervisão, Controle e Proteção de Sistemas de Energia
4 4 11
Elétrica
Medição, Faturamento e Combate às Perdas Comerciais 7 7 20
Outros – Gestão Estratégica 2 2 6
Segurança 1 1 3
Transmissão - - -
Qualidade e Confiabilidade dos Serviços de energia elétrica 1 1 3
Projeto Estratégico 1 1 2 6
Total 33 2 35 100

Dos 35 projetos, destacam-se 8(23%) na temática de Fontes Alternativas de Geração de


Energia; 7(20%) voltados para o Combate às Perdas Comerciais; 4(11%) na área de
Eficiência Energética; e 4(11%) em Supervisão, Controle e Proteção de Sistemas de
Energia Elétrica. Ou seja, em 65% dos seus projetos de P&D, a Amazonas Energia investe
em inovações tecnológicas na busca de fontes alternativas de geração de energia elétrica,
mais eficientes e ambientalmente corretas, que possam substituir a geração térmica a
Diesel, do seu parque gerador; no combate às perdas comerciais que são de elevada
monta; na melhoria da eficiência operacional e de desempenho dos equipamentos principais
dos seus sistemas de geração, transmissão e distribuição; e na melhoria de seus sistemas
operacionais, de supervisão, de controle e proteção de equipamentos e instalações
elétricas.

3.6.1.2 Investimentos realizados em P&D

O quadro a seguir apresenta um resumo geral dos investimentos realizados, em Programas


de P&D, pela Amazonas Energia, desde 2000 até 2012.

Descrição Concluídos Em Andamento Investimento Total %

Valor Aplicado em P&D (R$mil) 12.000 4.855 16.855 100


Até 2009 8.965 0 8.965 53
Em 2010 1.585 0 1.585 10
Em 2011 1.440 1.623 3.063 18
Em 2012 10 3.232 3.242 19

Até 2012, a Amazonas Energia já investiu R$16.855mil em projetos de P&D, sendo que,
apenas nos três últimos anos, os investimentos de R$7.890mil representaram 47% do total
investido, o que denota o esforço que a empresa está empreendendo na consecução das
metas colimadas de cumprir as determinações do agente regulador e fiscalizador dessa
atividade, a ANEEL, quanto à aplicação dos montantes anuais regimentares.

Os dois projetos de P&D, ora em andamento, são Projetos Piloto que estão sendo
desenvolvidos com foco de utilização para o interior do Estado do Amazonas, sendo um
consistindo de instalação experimental de uma usina piloto de geração de energia elétrica a
partir do etanol da mandioca, por meio de dois motogeradores de 250kVA cada, na
localidade de Lindóia, localizada a 183km de Manaus, visando o atendimento às pequenas
comunidades isoladas do interior do AM, e outro com aplicação de tecnologia de smart grig
(rede inteligente) na rede de distribuição de Parintins, localizada a 325km de Manaus.

10
Relatório Socioambiental 2012

3.6.1.3 Projetos de P&D em andamento

Em 2012, a Empresa deu continuidade a dois projetos de P&D iniciados em anos anteriores,
sendo que um deles foi concluído durante o exercício contábil, e, no 1º trimestre, foi iniciado
o projeto “Desenvolvimento de modelo de referência para empresa de distribuição,
fundamentado na experimentação de aplicações de conjunto de tecnologia Smart gird,
projeto piloto a ser implantado em Parintins - AM”, por da contratação da aquisição do 1º
Lote de medidores inteligentes. Esse projeto está sendo desenvolvido em regime de
cooperação entre as seis empresas Distribuidoras da Eletrobras – EDEs, no montante
previsto de R$21.793mil, sendo R$11.143mil, a contrapartida da Amazonas Energia, dos
quais, R$1.414mil foram desembolsados em 2012.

O projeto de Smart grid, a ser implantado em Parintins-AM, enquadra-se na temática de


Projetos Estratégicos, definidos pela ANEEL para aqueles projetos cujo desenvolvimento é
de interesse nacional e de grande relevância para o setor elétrico, envolvendo elevada
complexidade em termos científicos e/ou tecnológicos e baixa atratividade para investimento
como estratégia empresarial isolada ou individual. Além disso, necessitam esforços
conjuntos e coordenados de várias empresas e entidades executoras e grande aporte de
recursos financeiros.

Foram efetivamente pagos R$3.242mil, na execução de projetos de P&D, em 2012.

Relação de projetos de P&D em andamento, em 31/12/2012


Valor (R$mil) Execução (%)
Instituições de
Título
Pesquisa
Previsto Realizado Física Financeira

Geração de Energia Elétrica com Etanol da INEDES / UFAM /


3.813 3.441 92 90
Mandioca na Amazônia. VSE

Desenvolvimento de modelo de referencia para


empresa de distribuição, fundamentado na CPqD / PUC-RIO /
experimentação de aplicações de conjunto de UEA / ELO / TRINITY 11.143 1.414 25 13
tecnologia Smart gird, projeto piloto a ser
implantado em Parintins - AM

Total 14.956 4.855 45 32

3.6.1.4 Objetivos dos Projetos de P&D em andamento

O projeto “Geração de Energia Elétrica com Etanol da Mandioca na Amazônia”, em


desenvolvimento pelos INEDES / UFAM / VSE, tem como objetivo estudar as
condicionantes técnicas, econômicas, ambientais e legais para a produção e uso de etanol
da mandioca (manihot esculenta crantz) para geração de energia elétrica no estado do
Amazonas.

Jamais foi avaliado um grupo gerador a etanol em condições reais de operação na região
amazônica brasileira. Também, reveste o projeto de originalidade, o estudo visando
compatibilizar a oferta de etanol da mandioca por exploração de áreas degradadas e via
agricultura familiar, com a demanda de energia elétrica no Estado do Amazonas. É inédito
ainda, o estudo das condicionantes legais de cunho ambiental e do setor elétrico para
produção e uso de etanol da mandioca para geração de energia elétrica nos Estado do
Amazonas.

O Projeto abre estudo para futuros empreendimentos sustentáveis do cultivo da mandioca,


para geração de energia elétrica, com aproveitamento do resíduo para a fabricação de
farinha nas unidades consumidoras isoladas na região amazônica.

11
Relatório Socioambiental 2012

O projeto está em fase final de execução, estando, no momento, os dois motogeradores em


operação para testes, após a realização dos testes de comissionamento.

O projeto “Desenvolvimento de Modelo Referência para Empresas de Distribuição,


fundamentado na experimentação de aplicações de conjunto de tecnologia Smart grid,
projeto piloto a ser implantado em Parintins-AM”, será licitado em quatro lotes, com prazo
inicial previsto de 36 meses para conclusão. No momento estão em execução o lote 1, que
consiste da retirada de medidores antigos e instalação de 3.549 medidores inteligentes nas
UCs, dos quais 2.240 já foram instalados e 96 medidores de balanço, dos quais 35 já foram
instalados, de modo que esse lote já está 62% concluído; e o lote 2, que consiste de
aquisição e implantação de rede backhaul de radiocomunicação e um sistema de
gerenciamento de eaquipamentos de rádio enlace, bem como serviços de treinamento e
operação assistida da Amazonas Energia, em Parintins/AM.

Esse projeto visa o desenvolvimento de modelo de referência para as Empresas de


Distribuição da Eletrobras - EDE, fundamentado na experimentação de aplicações de
conjuntos de tecnologias Smart grid, por meio de projeto piloto a ser implantado em
Parintins/AM; e solução de referência para aplicações integradas do conceito Smart grid na
melhoria da operação e da qualidade de energia; na redução sustentável de perdas e
aumento da eficiência energética; na inclusão do consumidor como agente ativo do mercado
de energia; e avaliação de lacunas tecnológicas e regulatórias atualmente existentes no
marco regulatório do setor elétrico.

3.6.1.5 Relação de Projetos de P&D em fase de Análise / Aprovação / Contratação

O projeto “Sistema de Suporte para a Projeção de Mercado para a Eletrobras Amazonas


Energia” não vai mais ser desenvolvido porque não recebeu pontuação suficiente na
avaliação prévia feita pela ANEEL.

O projeto básico da “Casa Conceito em Eficiência Energética Aplicável à Região


Amazônica” está concluído, aguardando apenas a definição do terreno onde a casa será
construída.

Da Chamada Pública 2012 das Empresas Distribuidoras da Eletrobras – EDEs, a


Coordenação do Processo Seletivo selecionou 06 projetos de P&D a serem desenvolvidos
pela Amazonas Energia, sendo dois deles em regime de cooperação entre outras EDEs, e
todos já estão em processo de contratação:

a. “Sistema Universal de blindagem antifurto para medidores de energia” (em regime de


cooperação com Eletrobras Distribuição Acre e Eletrobrás Distribuição Roraima).

O projeto visa a redução das perdas de faturamento de energia por meio da redução do
índice de furtos e fraudes de energia elétrica resultantes da adulteração ou manuseio não
autorizado dos medidores ou de seus componentes. Reduzir também o dispêndio com
manutenções e danos ocasionados pela intervenção não autorizada nos medidores e seus
componentes.

Os objetivos gerais do projeto é o desenvolvimento de um sistema de blindagem de medidor


de energia elétrica incorporando caixa e conectores protegidos de forma a dificultar
intervenções não autorizadas, reduzir fraudes e proteger os componentes internos das
intempéries.

A originalidade do projeto é o desenvolvimento de uma blindagem universal para reduzir a


incidência de fraudes nos medidores de energia elétrica que seja adaptável aos diversos

12
Relatório Socioambiental 2012

tipos de medidores aceitos pela concessionária, a ser implantado de forma permanente em


clientes considerados de alto risco.

O ineditismo do presente projeto está no desenvolvimento de um sistema de blindagem de


baixo custo a ser utilizado na prevenção de fraudes pela proteção do medidor e dos
conectores, evitando ao mesmo tempo infiltrações de umidade e sujeira Esta inovação
poderá ser aplicada em qualquer cliente, sem exigir a troca de medidor ou de padrão, de
forma a complementar os demais instrumentos de combate a fraude, possibilitando uma
atuação preventiva mesmo nos casos onde só há suspeitas de fraude.

O projeto tem aplicabilidade em todas as distribuidoras de energia elétrica que tenham


problemas com fraude de energia associados à manipulação dos medidores, cujas
dimensões sejam normalizadas, ou de seus contatos. Estima-se que o custo de implantação
será reduzido dada a isenção de necessidade de substituição de equipamentos já em
operação. Aplica-se em todas as regiões com altos índices de fraude, compondo junto aos
demais instrumentos já desenvolvidos, sejam para identificação ou prevenção, uma
estratégia de redução de furtos de energia e demais problemas associados à manipulação
não autorizada dos medidores e seus conectores. A aplicação do produto desenvolvido
também se qualifica como uma medida preparatória para implantação de smart grid pela
preservação e segurança dos dados, qualificando-se assim como um trabalho aplicável e
aderente ao objetivo mais amplo que é o desenvolvimento de uma rede de energia
moderna, integrada e inteligente.

O projeto será cadastrado na ANEEL como sendo cooperado entre a Eletrobras Amazonas
Energia, Eletrobras Distribuição Acre e Eletrobras Distribuição Roraima, sendo a Amazonas
Energia como proponente.

O projeto será desenvolvido em 12 meses a um custo total de R$ 2.425.664,18 (dois


milhões e quatrocentos e vinte e cinto mil e seiscentos e sessenta e quatro reais e dezoito
centavos), que será rateado em partes iguais entre as cooperadas:

b. “Criação de uma miniestação para coleta, tratamento e reutilização de óleos lubrificantes


em centrais termelétricas do Estado do Amazonas”.

O projeto, que será desenvolvido e executado pela FUCAPI – Fundação Centro de Análise,
Pesquisa e Inovação tecnológica, tem como objetivo: caracterizar a composição e
determinar especificamente a quantidade, qualidade, a disposição final e o reaproveitamento
atual dos óleos lubrificantes utilizados na cadeia de geração de energia em uma usina
termelétrica do interior do Estado do Amazonas; servir de embasamento técnico para a
elaboração de um sistema de tratamento que venha a complementar esta operação, visando
estabelecer também em paralelo uma metodologia de reaproveitamento do óleo lubrificante,
para que possa ser viabilizada sua introdução no próprio sistema de geração; seguir as
recomendações das resoluções e legislações correlatas; garantir a redução dos custos com
este insumo e sua dependência como produto derivado de fontes não renováveis; confirmar
a necessidade atual dos sistemas de geração em serem autosuficientes, economicamente e
ambientalmente eficientes em parte de sua cadeia.

Os objetivos gerais do projeto é desenvolver, adequar e implementar soluções técnicas


aplicáveis para a melhoria da eficiência do processo de separação, recolhimento, coleta e
destinação final do óleo lubrificante usado ou contaminado. Desenvolver a concepção e
implantação de tecnologia adequada que proporcione seu tratamento. Ratifica-se este
projeto também sob as vias legais pertinentes e aplicáveis, principalmente devido o seu grau
de contaminação citado na norma técnica da ABNT (Associação Brasileira de Normas
Técnicas) de número 10.004, sob o título “Resíduos Sólidos – Classificação” qualificando-o
como resíduo perigoso por apresentar toxicidade, além das resoluções do CONAMA

13
Relatório Socioambiental 2012

(Conselho Nacional do Meio Ambiente) de número 362, de 27/06/2005, complementada pela


resolução 450, de 06/03/2012, que em seus textos recomendam as melhores tratativas.

Trata-se de um projeto pioneiro, no que se refere aos resultados esperados para a região
norte quanto à caracterização, coleta, logística do produto, logística de transporte e
tratamento do óleo lubrificante usado ou contaminado, resultante de seu emprego como
insumo da atividade de geração de energia elétrica nesta região.
O projeto será desenvolvido em 16 meses a um custo total de R$ 776.511,74 (setecentos e
setenta e seis mil, quinhentos e onze reais e setenta e quatro centavos), a cargo da
Amazonas Energia.

c. “Redução de faltas e restauração de sistemas de energia a partir da previsão de eventos


climáticos extremos industriais nas redes de distribuição de energia elétrica”.

O projeto será desenvolvido e executado pela Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa -


FUNDEP e tem como objetivos gerais investigar e caracterizar o relacionamento entre
parâmetros meteorológicos, geográficos e de impactos causados por eventos extremos em
linhas de transmissão e distribuição de energia elétrica, tendo em vista a construção de
modelos de classificação e previsão de curtíssimo prazo de eventos extremos na região de
concessão Amazonas Energia. Os modelos servirão para auxiliar no gerenciamento dos
riscos associados a esses eventos e gerar subsídios à gestão de risco de impactos
ambientais gerados por eventos extremos, através do mapeamento da área de risco, da
previsão de curtíssimo prazo de eventos extremos e da correlação entre essas duas
informações em tempo real. Tal produto fornecerá também um embasamento para atuação
dos gestores urbanos, antes, durante e depois da ocorrência de eventos extremos

O projeto propõe uma nova abordagem a problemas de Detecção de Novidade - DN (do


inglês, Novelty Detection), capaz de identificar, de maneira não supervisionada, o
aparecimento de novos fenômenos em dados que podem ser apresentados sob a forma de
um fluxo contínuo (tais como dados meteorológicos coletados em tempo real); - Processar
as informações geográficas adquiridas utilizando recursos de geoprocessamento visando o
mapeamento redes aéreas de distribuição e transmissão de energia vulneráveis aos eventos
extremos e a elaboração de documentos cartográficos analíticos e de síntese (unidades
físico-geográficas sintéticas), na forma de mapas e transectos (perfis).

O projeto será desenvolvido em 24 meses a um custo total de R$ 1.436.280,00 (hum milhão,


quatrocentos e trinta e seis mil e duzentos e oitenta reais), a cargo da Amazonas Energia.

d. “Desenvolvimento de um sistema inteligente para determinação dos impactos harmônicos


de múltiplos consumidores industriais”.

O projeto será desenvolvido e executado pela UFPA – Universidade Federal do Pará por
meio da FADESP - Fundação de Amparo e Desenvolvimento de Pesquisa que tem como
objetivo o desenvolvimento de uma metodologia para determinação dos impactos
harmônicos individuais de múltiplos consumidores industriais nas redes de distribuição de
energia elétrica, utilizando medições simultâneas de tensões, correntes e potências
harmônicas, bem como técnicas de estatística não-paramétrica e de inteligência
computacional.

A presente proposta apresenta caráter inovador ao propor uma ferramenta computacional


que seja capaz de determinar como um conjunto de consumidores industriais influencia
individualmente nos níveis de distorção harmônica de tensão em um ou mais pontos do
sistema de distribuição, em um mesmo período de tempo, a partir da medição sincronizada
das tensões, correntes e potências harmônicas. A sincronização das medições das tensões,
correntes e potências harmônicas constitui um fator de grande importância na criação dos

14
Relatório Socioambiental 2012

modelos de correlação dessas grandezas, uma vez que as técnicas da estatística não-
paramétrica são altamente dependentes da amostra de dados proveniente das campanhas
de medição, que por sua vez influencia fortemente no formato do modelo de correlação
tensão-corrente-potência harmônica, e, portanto, implica numa caracterização mais
detalhada do comportamento da tensão harmônica dos sistemas de distribuição.

O projeto será desenvolvido em 24 meses a um custo total de R$ 797.060,00 (setecentos e


noventa e sete mil e sessenta reais), a cargo da Amazonas Energia.

e. “Criação de dois protótipos do equipamento AVAW – Alicate Voltímetro Amperímetro e


watímetro para rede de distribuição de baixa e média tensão até 35kV”.

O projeto será desenvolvido e executado pelo NEPEN - Núcleo de Estudos e Pesquisa do


Nordeste que tem como objetivo o desenvolvimento de dois protótipos do AVAW. O
desenvolvimento de equipamento microprocessado, em formato de alicate, de fácil
manuseio e não invasivo, utilizando tecnologia óptica para medição de corrente, tensão e
potência em linhas de distribuição de Baixa e Média Tensão até 35KV.

A Originalidade do projeto está na exploração de alicates para medição de grandezas


elétricas, incorporando as funcionalidades e benefícios oferecidos pelo mundo óptico, ainda
não foi explorado na construção de Voltímetro, Amperímetro ou Wattímetro. A medição de
tensão utilizando um alicate sem a necessidade de contato com pontas de prova, sendo sua
medida similar a de corrente, também é inédita. É importante ressaltar, que o mesmo alicate
servirá para medidas de tensão, corrente e potência. Outro fator original é a utilização de
fibras multimodos, pois essas, comparadas com as monomodos são menos onerosas, além
dos equipamentos a ela agregados também serem mais baratos.

Para validação do equipamento, será feito um acompanhamento, junto com as equipes de


operação em linhas de distribuição, com intuito de obter a aceitação pelas partes
beneficiadas.

Com a utilização do produto gerado no projeto, a concessionária terá uma melhor gestão da
manutenção, aumentando a eficiência do funcionário na análise e diagnósticos em
problemas nas linhas de Baixa e Média Tensão.

O projeto será desenvolvido em 24 meses a um custo total de R$ 877.481,04 (oitocentos e


setenta e sete mil, quatrocentos e oitenta e um reais e quatro centavos), a cargo da
Amazonas Energia.

f. “Nova metodologia de identificação de falhas e adequação da malha de aterramento” (em


regime de cooperação com a Eletrobras Distribuição Alagoas).

O projeto, que será desenvolvido e executado pelo LACTEC – Instituto de Tecnologia Para o
Desenvolvimento, visa desenvolver uma metodologia para medição de malha de
aterramento de SEs de 69 kV, com a rede ligada, de maneira a avaliar o grau de
suportabilidade da malha de aterramento da subestação.

Os sistemas de aterramento de SEs exigem avaliação permanente devido ao


envelhecimento das malhas de terra, problemas de corrosão, ocorrência de vandalismo,
assim como à ação de pessoas qualificadas ou não. Desligar a energia de uma subestação
fica cada vez mais difícil de acontecer, o que gera a necessidade de buscar novas
alternativas de medições viáveis, dando preferência a métodos de medição de SE
energizada.
A pesquisa tem como objetivo geral desenvolver um novo método,que propicie uma rápida
avaliação da malha de terra, de forma segura, sem prejudicar a qualidade ou a continuidade

15
Relatório Socioambiental 2012

do fornecimento de energia, e que permita avaliar o grau de desgaste do aterramento


produzido pelo vandalismo, corrosão ou desgaste do tempo e manuseio da SE 69 kV,
visando contribuir com dados, para viabilizar medição de malhas terra em SEs energizadas.

O projeto será desenvolvido em 36 meses a um custo total de R$ 3.785.754,35 (três


milhões, setecentos e oitenta e cinto mil, setecentos e cinquenta e quatro reais e trinta e
conco centavos), que será rateado entre a proponente Eletrobras Distribuição Alagoas (R$
2.000.000,00) e Eletrobras Amazonas Energia (R$ 1.785.754,35).

O quadro a seguir mostra os projetos de P&D que já foram aprovados pela Diretoria
Executiva, e que estão, atualmente, em fase de contratação:

Valor
Ano / Duração
Título Instituições de Pesquisa Previsto
(meses)
(R$ mil)

Sistema Universal de blindagem antifurto para medidores Centro de Gestão de


12 809
de energia Tecnologia e Inovação - CGTI

Criação de uma miniestação para coleta, tratamento e FUCAPI – Fundação Centro


reutilização de óleos lubrificantes em centrais termelétricas 16 de Análise, pesquisa e 776
do Estado do Amazonas Inovação Tecnológica

Redução de faltas e restauração de sistemas de energia a FUNDEP – Fundação de


partir da previsão de eventos climáticos extremos 24 Desenvolvimento da 1.436
industriais nas redes de distribuição de energia elétrica Pesquisa

Desenvolvimento de um sistema inteligente para FADESP – Fundação de


determinação dos impactos harmônicos de múltiplos 24 Amparo e desenvolvimento 797
consumidores industriais da Pesquisa

Criação de dois protótipos do equipamento AVAW – Alicate


NEPEN – Núcleo de Estudo e
Voltímetro Amperímetro e watímetro para rede de 24 877
Pesquisa do Nordeste
distribuição de baixa e média tensão até 35kV
LACTEC – Instituto de
Nova metodologia de identificação de falhas e adequação
36 Tecnologia Para o 1.786
da malha de aterramento
Desenvolvimento
TOTAL 6.481

3.6.2 Projetos de Eficiência Energética - PEE

A Amazonas Energia elabora e executa Projetos de PEE desde o ano 2000. Possui um
acervo de 26 projetos dos quais 22 já foram concluídos; 02 estão em andamento normal e
02 já foram contratados e estão aguardando a emissão da Ordem de Serviço para iniciar a
execução.

Até 31/12/2012, a Amazonas Energia já havia investido R$30.282mil em projetos de PEE já


concluídos, sendo R$27.788mil na Capital e R$2.494mil no interior do Estado do Amazonas.
Em projetos em andamento, foram aplicados R$4.993mil, sendo R$27mil na capital e
R$4.966mil no interior, com investimento total de 35.274 mil, sendo que, apenas nos três
últimos anos foram aplicados R$17.527mil em projetos de PEE, representando 50% do total
investido, o que denota o esforço que a Empresa está empreendendo para cumprir as
determinações do Agente Regulador e Fiscalizador dessa atividade, a ANEEL, quanto à
aplicação dos recursos destinados a programas de Eficiência Energética.

O quadro a seguir apresenta um resumo geral dos investimentos realizados, em Programas


de PEE, pela Amazonas Energia, desde 2000 até 2012.

16
Relatório Socioambiental 2012

Descrição Concluídos Em Andamento Investimento Total %

Valor Aplicado em PEE (R$mil) 30.282 4.993 35.274 100


Em 2009 17.747 0 17.747 50
Em 2010 5.365 2 5.367 15
Em 2011 6.541 2.126 8.667 25
Em 2012 629 2.864 3.493 10

3.6.2.1 Projetos de PEE concluídos

O quadro a seguir apresenta os Projetos de PEE concluídos e em andamento, até 2012,


pela Amazonas Energia, distribuídos por tipologia.

Em
Descrição Concluídos Total %
Andamento
Tipologia 22 04 26 100
Projetos Educacionais 1 0 1 4
Gestão energética Municipal 1 0 1 4
Comércio e Serviços 0 0 0 0
Industrial 0 0 0 0
Atendimento a Comunidades de Baixo Poder Aquisitivo 11 3 14 54
Poder Público 5 1 6 23
Residencial 3 0 3 11
Rural 0 0 0 0
Serviço Público 1 0 1 4

Dos 26 projetos de PEE, destacam-se 14(54%) que se destinaram ao atendimento a


comunidades de baixo poder aquisitivo, mais precisamente ao beneficiamento de
consumidores da subclasse residencial baixa renda (07 na capital e 07 no interior); 06(23%)
em atendimento ao Poder Público (4 na capital e 2 do interior); e 03(14%) ao atendimento a
consumidores residenciais da capital, que, juntos, representam 88% do elenco de projetos
de PEE da Empresa.

3.6.2.2 Resultados, Ganhos Sociais e Ambientais dos Projetos de PEE – 2000 a 2012

O quadro a seguir apresenta um resumo geral dos benefícios advindos dos Projetos de PEE
concluídos e em andamento, pela Amazonas Energia, desde 2000 até 2012.

Quantidade
Discriminação
Capital Interior
Projetos concluídos 14 8
Eficientização da iluminação pública (pontos) 12.214 -
Eficientização das áreas comuns edifícios residenciais com lâmpadas eficientes e
92 -
sensores de presença
Escolas municipais e estaduais beneficiadas 81 20
Professores da rede pública capacitados (metodologia do Procel) 898 458
Alunos da rede pública beneficiados 76.800 27.480
Condicionadores de ar substituídos (Selo Procel – Casse A) 566 -
Manutenções de condicionadores de ar nas escolas 113 -
Substituir lâmpadas incandescentes por fluorescentes compactas mais eficientes 233.734 7.557
Substituir geladeiras ineficientes por geladeiras eficientes com selo PROCEL Classe A 15.861 8.399
Palestras para a população sobre “Uso Racional e Conservação da Energia” 195 25
Residências beneficiadas (casas e apartamentos) 74.769 25.226
Reforma das instalações elétricas em residências de baixa renda 14.228 1.434
Instalação de padrão de entrada em UCs não cadastradas 6.194 -
Energia economizada (MWh/ano) 33.219,92 6.767,37
Demanda Retirada da Ponta (kW) 11.321,75 1.061,00
População Total Beneficiada (estimada) 373.845 126.130
Valor Total Aplicado (R$ Mil) 27.814 7.460

17
Relatório Socioambiental 2012

3.6.2.3 Investimentos realizados em PEE

O quadro a seguir apresenta um resumo geral dos investimentos realizados, em Programas


de PEE, pela Amazonas Energia, desde 2000 até 2012.

Concluídos Em Andamento Investimento


Descrição %
Capital Interior Capital Interior Total
Valor Aplicado (R$mil) 27.788 2.494 26 4.966 35.274 100
Até 2009 15.253 2.494 0 0 17.747 50
Em 2010 5.365 0 0 2 5.367 15
Em 2011 6.540 0 0 2.127 8.667 25
Em 2012 630 0 26 2.837 3.493 10

Até 2012, a Amazonas Energia já investiu R$35.274mil em projetos de PEE, sendo que,
apenas nos três últimos anos, os investimentos de R$17.527mil representaram 50% do total
investido, o que denota o esforço que a empresa está empreendendo na consecução das
metas colimadas de cumprir as determinações do agente regulador e fiscalizador dessa
atividade, a ANEEL, quanto à aplicação dos montantes anuais regimentares.

Em 2011 a Amazonas Energia retomou os investimentos em PEE para o interior, em projeto


que visa beneficiar 5.000 unidades consumidoras da subclasse residencial baixa renda, com
a substituição de refrigeradores ineficientes por outros de baixo consumo e de selo Procel
classe “A”. Os últimos investimentos em PEE, para o interior, haviam ocorridos em 2007.

Em 2012, foi contratado novo projeto de PEE para beneficiar 1.004 UC baixa renda da
cidade de Parintins, ora em andamento, em concomitância com um projeto de P&D, de
Smart grid; foram também contratados mais dois projetos de PEE, na tipologia residencial
baixa renda, com início de execução para janeiro de 2013, que visam beneficiar 1.500 UC
da Área Metropolitana de Manaus, no montante de R$2.137mil e 6.000 UC de 45
localidades do interior do Estado do Amazonas, no valor total de R$6.635mil.

3.6.2.4 Projetos de PEE em andamento

Estão em andamento os projetos “Agente Eletrobrás Parintins“; e “Projeto de Eficiência


Energética no Tribunal de Justiça do Amazonas”. Em 2012, foram efetivamente pagos
R$1.893mil na execução do projeto de Parintins e R$26mil na do Tribunal de Justiça,
totalizando R$1.919mil.
Relação de Projetos de PEE em Andamento
Valor (R$mil) Execução (%)
Título
Financeira
Previsto Realizado Física (%)
(%)
Agente Eletrobrás Parintins 2.268 1.893 86 83
Projeto de Eficiência Energética no Tribunal de Justiça do Amazonas 438 26 25 6

3.6.2.5 Objetivos dos Projetos de PEE em andamento

O projeto “Agente Eletrobrás Parintins“ objetiva eficientizar 1.004 unidades consumidoras


(UC) residenciais da subclasse residencial baixa renda da cidade de Parintins, distribuídas
com as seguintes ações de eficiência energética, por meio de contratação de empresa
credenciada, nos seguintes termos:

 Substituição de 20.000 lâmpadas incandescentes por lâmapadas fluorescentes


compactas de 15W, selo Procel Classe A.;

18
Relatório Socioambiental 2012

 Substituição de 1.004 geladeiras de alto consumo de energia por geladeiras de


261 litros, de baixo consumo de energia – Selo Procel Classe “A”.

O projeto intitulado “Projeto de Eficiência Energética no Tribunal de Justiça do Amazonas”


visa substituir 4.842 lâmpadas fluorescentes tubulares de 40W, por 1.444 lâmpadas LED de
18W e 3.398 lâmpadas fluorescentes compactas de 32W.

3.6.2.6 Relação de Projetos de PEE em fase de Análise / Aprovação / Contratação

O quadro a seguir mostra os projetos de PEE que já foram aprovados pela Diretoria
Executiva, com o aval da ANEEL, e que estão, atualmente, em fase de contratação.

Valor
Ano /
Título Execução Previsto
Duração
(R$ mil)
Eficientizar o consumo de energia elétrica nas comunidades de 2012
ESSENCIS 2.137
baixo poder aquisitivo, na Área Metropolitana de Manaus 12 meses

Eficientizar o consumo de energia elétrica nas comunidades de 2012


MODEN 6.635
baixo poder aquisitivo, EM 45 localidades do estado do Amazonas 14 meses

19
Relatório Socioambiental 2012

3.6.3 Indicadores do Setor Elétrico – P&D


Recursos aplicados em P&D – R$ mil

Por temas de pesquisa 2012 2011 2010

Eficiência energética (A) 0,00 0,00 0,00

Fonte renovável ou alternativa (B) 1.817,46 1.630,49 84,90

Projeto Estratégico (C) 1.423,94 117,07 0,00

Qualidade e confiabilidade (D) 0,00 587,30 167,79

Seguranaça (E) 0,00 19,93 165,40

Supervisão, controle e proteção (F) 0,00 128,24 56,51

Medição e combate à fraude e furto (G) 0,00 229,43 908,32

Geração Termelétrica (H) 0,00 351,04 202,36

Meio Ambiente (I) 0,00 0,00 0,00

Planejamento e Operação (J) 0,00 0,00 0,00

Outros (K) 0,00 0,00 0,00

Total de investimentos em P&D (L) 3.241,40 3.063,50 1.585,28

Recursos aplicados em Eficiência Energética (A) sobre Total investido em P&D (L) (%) 0,00 0,00 0,00

Recursos aplicados em Fonte Renovável ou Alternativa (B) s Total investido em P&D (L) (%) 56,07 53,22 5,36

Recursos aplicados em Projeto Estratégico (C) sobre Total investido em P&D (L) (%) 43,93 0,00 0,00

Recursos aplicados em Qualidade e Confiabilidade (D) sobre Total investido em P&D (L) (%) 0,00 19,17 10,58

Recursos aplicados em Segurança (E) sobre Total investido em P&D (L) (%) 0,00 0,65 10,43

Recursos aplicados em Supervisão, Controle e Proteção (F) sobre Total investido em P&D (L) 0,00 4,19 3,56
(%)

Recursos aplicados em Medição e combate à fraude e furto (G) s/ Total investido em P&D (L) 0,00 7,49 57,30
(%)

Recursos aplicados em Geração Termelétrica (H) sobre Total investido em P&D (L) (%) 0,00 11,46 12,76

Recursos aplicados em Meio Ambiente (I) sobre Total investido em P&D (L) (%)
0,00 0,00 0,00

Recursos aplicados em Planejamento e Operação (J) sobre Total investido em P&D (L) (%)
0,00 0,00 0,00

Recursos aplicados em Outros (KI) sobre Total investido em P&D (L) (%)
0,00 0,00 0,00

20
Relatório Socioambiental 2012

3.6.4 Indicadores do Setor Elétrico – PEE


Projetos de Eficiência Energética (PEE) – Origem dos recursos por classe de consumidores – R$ mil
Discriminação 2012 2011 2010

Residencial
Sem ônus para o consumidor (A) 0,00 0,00 0,00
Com ônus para o consumidor (B) 0,00 0,00 0,00
Total dos recursos no segmento (C ) 0,00 0,00 0,00
Total de unidades atendidas no segmento (D) 0,00 0,00 0,00
Recurso médio por consumidor (C/D) 0,00 0,00 0,00
Residencial Baixa Renda
Sem ônus para o consumidor (A) 3.466,53 8.674,01 5.366,80
Com ônus para o consumidor (B) 0,00 0,00 0,00
Total dos investimentos no segmento (C ) 3.466,53 8.674,01 5.366,80
Total de unidades atendidas no segmento (D) 9.925 13.270 4.887
Investimento médio por consumidor (C/D) 349,27 653,65 1.098,18
População atendida (nº habitantes total residencial + baixa renda) (E) 49.525 66.350 19.548
Investimento médio por população atendida (custo total: residencial + baixa renda por hab.)
70,00 130,73 274,54
(C/E)
Comercial
Sem ônus para o consumidor (A) 0,00 0,00 0,00
Com ônus para o consumidor (B) 0,00 0,00 0,00
Total dos investimentos no segmento (C ) 0,00 0,00 0,00
Total de unidades atendidas no segmento (D) 0,00 0,00 0,00
Investimento médio por consumidor (C/D) 0,00 0,00 0,00
Industrial
Sem ônus para o consumidor (A) 0,00 0,00 0,00
Com ônus para o consumidor (B) 0,00 0,00 0,00
Total dos investimentos no segmento (C ) 0,00 0,00 0,00
Total de unidades atendidas no segmento (D) 0,00 0,00 0,00
Investimento médio por consumidor (C/D) 0,00 0,00 0,00
Rural
Sem ônus para o consumidor (A) 0,00 0,00 0,00
Com ônus para o consumidor (B) 0,00 0,00 0,00
Total dos investimentos no segmento (C ) 0,00 0,00 0,00
Total de unidades atendidas no segmento (D) 0,00 0,00 0,00
Investimento médio por consumidor (C/D) 0,00 0,00 0,00
Iluminação Pública
Sem ônus para o consumidor (A) 0,00 0,00 0,00
Com ônus para o consumidor (B) 0,00 0,00 0,00
Total dos investimentos no segmento (C ) 0,00 0,00 0,00
Total de kW instalados (F) 0,00 0,00 0,00
Investimento médio por kW instalado (C/F) 0,00 0,00 0,00
Serviço Público
Sem ônus para o consumidor (A) 0,00 0,00 0,00
Com ônus para o consumidor (B) 0,00 0,00 0,00
Total dos investimentos no segmento (C ) 0,00 0,00 0,00
Total de unidades atendidas no segmento (D) 0,00 0,00 0,00
Investimento médio por consumidor (C/D) 0,00 0,00 0,00
Poder Público – Escolas Públicas (Proj. Educacionais) e Gestão Energética Municipal
Sem ônus para o consumidor (A) 26,59 0,00 0,00
Com ônus para o consumidor (B) 0,00 0,00 0,00
Total dos investimentos no segmento (C ) 26,59 0,00 0,00
Total de unidades atendidas no segmento (D) 1,00 0,00 0,00
Investimento médio por consumidor (C/D) 26,59 0,00 0,00
População atendida (nº alunos, professores e funcionários das escolas) (E) 1,00 0,00 0,00
Investimento médio por população atendida (custo total por hab.) (C/E) 26,59 0,00 0,00

21
Relatório Socioambiental 2012

Projetos de Eficiência Energética (PEE) – Origem dos recursos por tipo de projeto – R$ mil

Discriminação 2012 2011 2010

Gestão Energética Municipal


Recursos investidos próprios 0,00 0,00 0,00
Recursos investidos de terceiros 0,00 0,00 0,00
Total dos recursos 0,00 0,00 0,00
Educação – conservação e uso racional de energia (Escolas Públicas)
Recursos investidos próprios 0,00 0,00 0,00
Recursos investidos de terceiros 0,00 0,00 0,00
Total dos recursos 0,00 0,00 0,00
Residencial (Troca de equipamentos)

Recursos investidos próprios 0,00 0,00 0,00


Recursos investidos de terceiros 0,00 0,00 0,00
Total dos recursos 0,00 0,00 0,00
Residencial Baixa Renda (Troca de equipamentos)

Recursos investidos próprios 3.466,53 8.674,01 5.366,80


Recursos investidos de terceiros 0,00 0,00 0,00
Total dos recursos 3.466,53 8.674,01 5.366,80
Aquecimento solar (para substituição de chuveiros elétricos)
Recursos investidos próprios 0,00 0,00 0,00
Recursos investidos de terceiros 0,00 0,00 0,00
Total dos recursos 0,00 0,00 0,00
Rural
Recursos investidos próprios 0,00 0,00 0,00
Recursos investidos de terceiros 0,00 0,00 0,00
Total dos recursos 0,00 0,00 0,00

Total dos Recursos em Projetos de Eficiência Energética (PEE) – R$ mil

Discriminação 2012 2011 2010


Sem ônus para o consumidor 3.493,12 8.674,01 5.366,80
Com ônus para o consumidor 0,00 0,00 0,00
Total dos recursos 3.493,12 8.674,01 5.366,80

Participação relativa dos recursos em projetos de Eficiência Energética (PEE)

Discriminação 2012 2011 2010

Por classes de consumidores


Recursos no segmento Residencial sobre Total investido no PEE (%) 0,00 0,00 0,00
Recursos no segmento “Baixa Renda” sobre Total investido no PEE (%) 99,24 100,00 100,00
Recursos no segmento Comercial sobre Total investido no PEE (%) 0,00 0,00 0,00
Recursos no segmento Industrial sobre Total investido no PEE (%) 0,00 0,00 0,00
Recursos no segmento Rural sobre Total investido no PEE (%) 0,00 0,00 0,00
Recursos no segmento Iluminação Pública sobre total investido no PEE (%) 0,00 0,00 0,00
Recursos no segmento Serviço Público sobre Total investido no PEE (%) 0,00 0,00 0,00
Recursos no segmento Poder Público sobre Total investido no PEE (%) 0,76 0,00 0,00
Por tipos de projetos
Recursos no segmento Gestão Energética sobre Total de recursos no PEE (%) 0,00 0,00 0,00
Recursos no segmento Educação sobre Total de recursos no PEE (%) 0,00 0,00 0,00
Recursos no segmento Residencial sobre Total de recursos no PEE (%) 0,00 0,00 0,00
Recursos no segmento Residencial Baixa Renda sobre Total de recursos no PEE (%) 99,24 100,00 100,00
Recursos no segmento Aquecimento Solar sobre Total de recursos no PEE (%) 0,00 0,00 0,00

22
Relatório Socioambiental 2012

Eficiência Energética 2012 2011 2010

Residencial

Energia economizada (em MWh) / ano 0,00 0,00 0,00

Redução na demanda de ponta (em MW) 0,00 0,00 0,00

Custo evitado com a energia economizada (R$mil) 0,00 0,00 0,00

Residencial baixa renda

Energia economizada (em MWh) / ano 11.026,80* ND 1.981,15

Redução na demanda de ponta (em kW) 1.827,01* ND 1.085,56

Custo evitado com a energia economizada (R$mil) ND ND 614,63

Comercial

Energia economizada (em MWh) / ano 0,00 0,00 0,00

Redução na demanda de ponta (em MW) 0,00 0,00 0,00

Custo evitado com a energia economizada (R$mil) 0,00 0,00 0,00

Industrial

Energia economizada (em MWh) / ano 0,00 0,00 0,00

Redução na demanda de ponta (em MW) 0,00 0,00 0,00

Custo evitado com a energia economizada (R$mil) 0,00 0,00 0,00

Rural

Energia economizada (em MWh) / ano 0,00 0,00 0,00

Redução na demanda de ponta (em MW) 0,00 0,00 0,00

Custo evitado com a energia economizada (R$mil) 0,00 0,00 0,00

Iluminação pública

Energia economizada (em MWh) / ano 0,00 0,00 0,00

Redução na demanda de ponta (em MW) 0,00 0,00 0,00

Custo evitado com a energia economizada (R$mil) 0,00 0,00 0,00

Serviço público

Energia economizada (em MWh) / ano 0,00 0,00 0,00

Redução na demanda de ponta (em MW) 0,00 0,00 0,00

Custo evitado com a energia economizada (R$mil) 0,00 0,00 0,00

Poder público – Escolas Públicas (Proj. Educacionais) e Gestão Energética Municipal

Energia economizada (em MWh) / ano ND 0,00 0,00

Redução na demanda de ponta (em MW) ND 0,00 0,00

Custo evitado com a energia economizada (R$mil) ND 0,00 0,00

Aquecimento solar

Energia economizada (em MWh) / ano 0,00 0,00 0,00

Redução na demanda de ponta (em MW) 0,00 0,00 0,00

Custo evitado com a energia economizada (R$mil) 0,00 0,00 0,00

Eficientização interna (na empresa)

Energia economizada (em MWh) / ano 0,00 0,00 0,00

Redução na demanda de ponta (em MW) 0,00 0,00 0,00

Custo evitado com a energia economizada (R$mil) 0,00 0,00 0,00

Total

Energia economizada (em MWh) / ano 11.026,80* ND 1.981,15

Redução na demanda de ponta (em kW) 1.827,01* ND 1.085,56

Custo evitado com a energia economizada (R$mil) ND ND 614,63


(ND) – Informação não disponível (NA) – Informação não aplicável

(*) - Em 2012, foram concluídos dois projeto de PEE que estavam em andamento desde 2011, um na capital e outro do interior, portan to, lançamos apenas em 2012 os
valores totais estimados de energia economizada e demanda retirada da ponta.

23
Relatório Socioambiental 2012

4 GOVERNANÇA CORPORATIVA
O modelo de governança corporativa baseia-se nos princípios de transparência, equidade e
prestação de contas, tendo entre suas principais características a definição clara dos papéis
e responsabilidades do Conselho de Administração e da Diretoria Executiva na formulação,
aprovação e execução das políticas e diretrizes referentes à condução dos negócios da
Companhia.

A Companhia busca o desenvolvimento sustentável por meio do equilíbrio entre os aspectos


econômicos, financeiros, ambientais e sociais de seus empreendimentos, com o intuito de
aprimorar o relacionamento com os seus acionistas, clientes, colaboradores e sociedade.

4.1 Assembleia Geral


A Assembleia Geral Ordinária – AGO ocorreu no dia 17 de maio de 2012, ocasião em que foi
aprovado o Relatório de Administração e as Demonstrações Contábeis referentes ao
exercício social findo em 31/12/2011, além da destinação do resultado do exercício e a
distribuição de dividendos, eleição dos membros do Conselho de Administração, bem como a
designação do representante dos empregados no Conselho de Administração, eleição dos
membros titulares e suplentes do Conselho Fiscal, bem como a fixação da remuneração dos
membros dos Conselhos de Administração e Fiscal e da Diretoria Executiva da Companhia.
Destaca-se ainda que não ocorreu Assembleia Geral Extraordinária em 2012.

4.2 Conselho de Administração


O Conselho de Administração, órgão colegiado de funções deliberativas, com atribuições
previstas na Lei e no Estatuto Social da Companhia, reuniu-se 18 vezes durante o ano de
2012. É composto por seis membros, sendo que dentre eles um é o Diretor-Presidente da
Companhia, outro é indicado pelo Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão
– MPOG e os demais, são eleitos na forma do Estatuto Social, respeitadas as disposições
legais pertinentes, conforme segue:

Membros Representação

José da Costa Carvalho Neto (Presidente) Eletrobras


Marcos Aurélio Madureira da Silva Eletrobras
Edvaldo Luís Risso Ministério de Minas e Energia – MME
José Roberto de Moraes Rêgo Paiva Fernandes Júnior Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – MPOG
Joaquim Antônio de Carvalho Brito Indicado pelo Estado
Francisco Paulo Almeida da Rocha Conselheiro eleito pelos Empregados

4.3 Conselho Fiscal


O Conselho Fiscal da Amazonas Energia é de caráter permanente, composto por três
membros titulares e respectivos suplentes, eleitos pela Assembleia Geral Ordinária – AGO,
sendo um indicado pelo Ministério da Fazenda, respeitado o disposto no inciso III do art. 1º
do Decreto nº. 757, de 19 de fevereiro de 1993, todos brasileiros e domiciliados no país,
observados os requisitos e impedimentos fixados pela Lei nº. 6.404, de 15 de dezembro de
1976, cujo mandato é de apenas um ano, porém, podendo ser reeleitos.

Em 2012, o Conselho Fiscal reuniu-se 13 vezes para fiscalizar os atos dos administradores
da Companhia, acompanhar a execução patrimonial, financeira e orçamentária, além de
pronunciar-se sobre os assuntos de sua competência, sendo composto pelos seguintes
membros:

24
Relatório Socioambiental 2012

Membros Representação
Dalton José de Oliveira (Presidente) Eletrobras
Wagner Montoro Júnior Eletrobras
Bento André de Oliveira Secretaria do Tesouro Nacional – STN

4.4 Diretoria Executiva


A Diretoria Executiva da Companhia reúne-se, ordinariamente, uma vez por semana, com a
maioria de seus membros e, extraordinariamente, mediante a convocação do Diretor-
Presidente. No ano de 2012, foram realizadas 52 reuniões, objetivando assegurar o
funcionamento regular da Companhia. A Diretoria Executiva encerrou o exercício social de
2012, composta pelos seguintes membros:

Membros Diretoria
Marcos Aurélio Madureira da Silva Presidência
Ronaldo Ferreira Braga Financeira
Luís Hiroshi Sakamoto Gestão
Luiz Armando Crestana Comercial
Marcos Vinícius de Almeida Nogueira Planejamento e Expansão
Radyr Gomes de Oliveira Geração e Operação para o Interior
Tarcísio Estefano Rosa Geração, Transmissão e Operação para a Capital

4.5 Auditoria
4.5.1 Auditoria Interna
A Auditoria Interna encontra-se subordinada ao Conselho de Administração e tem como
função geral a execução de atividades inerentes à natureza e especialização de auditoria,
segundo os padrões usuais aplicáveis, visando avaliar a adequação e a efetividade dos
métodos e sistemas de controle interno, estabelecidos nos planos e políticas da
Administração Superior da Companhia e a observância dos princípios, orientações, normas
e legislação emanadas dos Organismos Externos de Controle e Fiscalização e dos Poderes
da União.

Conforme estabelecido em seus normativos, a Auditoria Interna atua com independência


hierárquica e funcional das áreas auditadas, tendo acesso a toda e qualquer informação,
arquivo ou dependência da Empresa. A execução de suas atividades está sob a
coordenação do gerente, função de confiança.

4.5.2 Atividades de Controle Interno


As ações de auditoria interna da Amazonas Energia previstas para o exercício de 2012
constaram no Plano Anual de Atividades de Auditoria Interna – PAINT/2012, aprovado pelo
Conselho de Administração por intermédio da Deliberação 038/2011, de 13/12/11.

Em síntese, as principais atividades previstas e realizadas no exercício, foram assim


distribuídas:

 Auditoria de Processos – Foram realizados os 11 testes previstos nos diversos


processos da Empresa, que demandaram uma carga horária de 5.777 horas,
equivalentes a 20% das horas realizadas pela unidade de Auditoria no exercício;

 Auditoria de Agências – Foram realizados testes nas 16 agências (sede dos


municípios e localidades) previstas no PAINT/2012, consumindo 4.611 horas,
equivalente a 15% das horas efetivas realizadas.

25
Relatório Socioambiental 2012

As demais horas realizadas foram empregadas em atividades como: trabalhos especiais


solicitados pela alta Administração; treinamento dos colaboradores da Auditoria Interna;
atendimento às diligências dos órgãos de controle e fiscalização internos e externos;
acompanhamento das recomendações/determinações emanadas da unidade de auditoria
interna da Eletrobras e de outros órgãos de controle, como Tribunal de Contas da União –
TCU e Controladoria Geral da União – CGU; acompanhamento e coordenação das
atividades voltadas ao Processo da Lei Sarbanes Oxley – SOX.

Cabe ressaltar que ao longo do exercício, a auditoria interna efetuou o acompanhamento


das ações promovidas ou não pelas diversas áreas auditadas em relação às
recomendações e sugestões destacadas nos seus relatórios, dando conhecimento às
Diretorias e Conselhos, mediante relatórios trimestrais de acompanhamento. Considerando
o cumprimento das atividades previstas, nossa avaliação é positiva em relação aos
resultados alcançados no exercício de 2012.

4.5.3 Acompanhamento das Ações Promovidas Pelos Órgãos de Controle Externo

No decorrer do exercício de 2012, no que concerne à atuação de organismos


governamentais de fiscalização, observou-se marcante atuação do TCU e CGU/AM.

Todos os processos relativos ao TCU foram acompanhados pela Companhia, inclusive o


processual. Periodicamente, são expedidos relatórios à alta Administração informando,
resumidamente, a situação atualizada de cada processo em tramitação no Órgão de Controle
Externo, objetivando, nos casos em que couber, prestar informações tempestivas de defesa
em relação às não conformidades apontadas.

Quanto à CGU/Secretaria Federal de Controle Interno, cabe destacar que no exercício de


2012, o Órgão realizou além das demais diligências, a Auditoria Anual de Gestão,
correspondente ao exercício de 2011, que culminou com a expedição do Relatório nº.
201203829, de 11/09/2012, e com o encaminhamento do Plano de Providências Permanente
para que a Companhia se pronunciasse a respeito das impropriedades detectadas no
relatório. Todas as recomendações do Órgão foram acatadas e respondidas dentro dos
prazos estabelecidos.

4.6 Lei Sarbanes-Oxley – SOX


A Eletrobras, por ter títulos mobiliários negociados no mercado financeiro dos Estados
Unidos, mais especificamente na bolsa de valores de Nova Iorque, está sujeita às
obrigações impostas pela SOX, incluindo todas as Companhias sob seu controle.

Uma das obrigações estabelecidas na legislação americana trata-se das informações


econômicas financeiras contidas nos Demonstrativos Contábeis, exigindo que as
Companhias adotem sistemáticas de documentação e de controles internos para seus
processos que dão origem aos números que irão compor os relatórios apresentados aos
interessados (acionistas, mercado financeiro, fornecedores, etc.).

Para tanto está em desenvolvimento o Projeto SOX, que é composto das seguintes fases:

Fase 1 – Planejamento geral do projeto, compreensão da definição de controle interno,


organização da equipe de trabalho e avaliação do controle interno no nível da entidade;
Fase 2 – Compreensão e avaliação dos controles internos em nível de processo, transação
ou aplicação;
Fase 3 – Avaliação da eficácia de forma geral, identificação de pontos a serem aprimorados
e estabelecimento de sistemas de monitoramento e certificação da administração sobre os
controles internos.

26
Relatório Socioambiental 2012

Os processos considerados relevantes e que são objeto de adequação a Lei Americana, são
selecionados em função da materialidade das principais contas contábeis da Companhia,
mediante procedimento específico.

Na Amazonas Energia, as atualizações dos processos ficaram a cargo da Auditoria Interna


(processos de negócios) e Departamento de Tecnologia da Informação – DGT – processos
de Tecnologia da Informação – TI. Cabe ainda à Auditoria Interna, coordenar a realização
dos testes da administração de todos os processos e apoio aos testes de certificação.

De acordo com a revisão de materialidade dos processos, a Amazonas Energia trabalhou 18


processos relevantes no escopo SOX no exercício de 2012, quais sejam:

(i) 15 processos da área de Negócios: CCC3 – Gestão para o recebimento do Reembolso


da CCC, CPR1 - Compra de Energia (Longo Prazo) / PROINFA / Uso da Rede Elétrica,
CTB1 – Lançamentos Manuais, CTB2 - Reconciliação/Análise de contas - Fechamento
contábil mensal, CTB 3 - Preparação das Demonstrações Financeiras, FIN2 - Recebimento
(todas as naturezas e PCLD), FIN3 – Pagamentos (Todas as Naturezas), IMZ1 – Controle
Patrimonial, MAT3 - Compras Convencionais e de Combustível/Contratos de
Serviços/Gestão de Fornecedores/Recebimento, REC1 - Venda de Energia, REC2 -
Faturamento de Energia, TBT1 - Apuração e Obrigações Acessórias (IRPJ, CSLL, PIS e
COFINS), TBT2 - Apuração e Obrigações Acessórias (Retenções na Fonte: Lei 10.833,
artigo 30 a 36 e INSS), TBT3 - Apuração e Obrigações Acessórias (ICMS), (ii) 03 processos
da área de Controles Gerais de Tecnologia da Informação – TIGC: TEC1 - Gerenciamento
de Mudanças, TEC2.1 - Controle de Acesso Físico e Ambiental, TEC2.2 - Controle de
Acesso Lógico e TEC3 - Operações de TI, e (iii) o processo de controles da alta gestão –
Entity Level.

Em 2012, esta atividade consumiu 2.330 h, considerando as fases de


mapeamento/atualização, testes de administração e apoio aos testes de certificação.

4.7 Tecnologia da Informação


Deu-se continuidade ao programa de renovação do parque de informática com o acréscimo
de 396 novos computadores desktop e 70 notebooks. Em 2013, a renovação do parque irá
continuar, no entanto, com uma nova abordagem através do thin client.

Foram priorizadas ações voltadas para a Segurança da Informação através do projeto de


Gestão de Riscos e Conformidade, com auxílio de ferramenta informatizada, que tem como
objetivo diminuir os riscos com segurança da informação e deixar a Amazonas Energia
aderente às normas pertinentes ao assunto que norteiam a Administração Pública Federal,
às determinações de órgãos de controle interno e externo, às recomendações da auditoria
externa da Companhia e às boas práticas de Tecnologia da Informação.

Ainda no campo da Segurança da Informação, foi implantada uma solução para gerenciar
logs e eventos de segurança da informação – SIEM. Essa solução oferece tecnologia para
coleta e análises em tempo real de alertas de segurança gerados por hardware, aplicações
de gerenciamento de identidade e acesso, sistema operacional, logs de banco de dados e
aplicação, e dados sobre ameaças externas. A ferramenta foi implantada com mais de 40
regras padrões e permite que acrescetemos outras de acordo com as necessidades do
negócio. Disponibiliza ainda auditoria de logs já que os coleta de vários dispositos, sistemas
e aplicativos.

27
Relatório Socioambiental 2012

Foi adquirida solução de site backup o que vai tornar as informações e serviços de
tecnologia mais seguros e disponíveis, assegurando a continuidade dos serviços prestados
nos diversos polos de atendimento.

Foram adquiridas novas licenças de Banco de Dados, um investimento que teve como
retorno maior agilidade em nossos processos, além de ficarmos alinhados com a mais alta
tecnologia disponível no mercado.

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Relatório Socioambiental 2012

5 PERSPECTIVAS DE CRESCIMENTO DA ECONOMIA


AMAZONENSE
A economia do Amazonas é fortemente dependente da atividade do Polo Industrial de
Manaus – PIM, cujos efeitos agem como elemento propulsor do desenvolvimento regional.
Em 2012 o faturamento global do PIM superou R$ 70 bilhões, contra R$ 68,7 bilhões do ano
anterior, apesar das dificuldades enfrentadas pelo setor de Duas Rodas. Em contrapartida,
houve crescimento na fabricação dos itens estratégicos de TVs, condicionadores de ar tipo
split, bicicletas, celulares e bens de informática, favorecendo, inclusive, a indústria
componentista de apoio. No ano, a média de empregos diretos chegou a 120 mil, com o
setor de Eletroeletrônicos sendo responsável por 43% das vagas.

Manaus concentra 82% do Produto Interno Bruto – PIB do Amazonas (R$ 65.039 bilhões em
2011) que responde por 1,6% do PIB nacional, com quase a totalidade da produção fabril
direcionada ao mercado nacional - 90% resto do país, 3% local e 7% exterior -, cuja
demanda interna depende do mercado de trabalho, mercado de crédito e das transferências
institucionais, com as oscilações nas transações comerciais repercutindo no ritmo da
economia local. A condução da política econômica do Governo tem dado ênfase à
manutenção do consumo, através de desoneração fiscal e tarifária, e expansão do crédito.
Vale ressaltar que a economia contemporânea é globalizada e que os efeitos da crise
financeira internacional ainda têm sido objeto de grande preocupação nos países da zona
do euro, podendo ter repercussão no comércio exterior brasileiro pela retração desses
mercados. Apesar do baixo crescimento da economia em 2012, o cenário nacional é
favorável para 2013, com o câmbio a favor e medidas do governo para projetos de longo
prazo como infraestrutura de uma forma geral, além da recuperação da indústria e diversos
outros setores que se mantiveram aquecidos. A preferência do mercado interno pelos
produtos industrializados do PIM vislumbra grande produção para 2013, que deverá receber
o aporte dos novos projetos para investimento aprovados, em 2012, no Conselho de
Desenvolvimento do Amazonas – Codam de R$ 11,33 bilhões e 3.574 postos de trabalho,
para o período de três anos.

Apesar de a economia brasileira não ter crescido em 2012 como se esperava, há grande
confiança nas perspectivas para 2013, como resultado dos estímulos ao crescimento
econômico, tanto do PIB quanto da atividade industrial. Com isso, há expectativas positivas
sobre o que poderá ocorrer nas atividades socioeconômicas do Estado do Amazonas nos
anos vindouros, devido a: a) a operação da Ponte Rio Negro que facilitará o
desenvolvimento dos Municípios de Iranduba, Manacapuru e Novo Airão, e demais regiões
do rio Solimões, seja no intercâmbio comercial, na logística de carga e produtos nativos, no
turismo doméstico e ecológico, na ocupação imobiliária, na criação de assentamentos
produtivos com escoamento eficiente, e na descoberta de novas demandas de serviços e
oportunidades; b) o Polo Industrial Naval de Manaus em toda a cadeia produtiva estima
gerar 20 mil empregos, gozará dos benefícios da Zona Franca de Manaus – ZFM e créditos
do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, tornando-se a nova
matriz econômica da região, com implantação prevista para 2014; c) a retomada da
construção da BR-319 (Manaus-Porto Velho), cujo funcionamento minimizará os custos no
fluxo de mercadorias para o resto do país, especialmente para o escoamento da manufatura
do PIM; d) as obras necessárias para a realização da Copa do Mundo de Futebol de 2014,
com estádios esportivos, infraestrutura urbana e viária, transporte fluvial e aeroportuário
(ampliação do aeroporto internacional “Eduardo Gomes”), melhoramento da atividade
hoteleira com aumento na quantidade de leitos, além das grandes obras civis imobiliárias,
com a construção de torres comerciais e de moradia para as diversas classes sociais e de
um Shopping Center na área da Ponta Negra, com 170 lojas e um complexo de sete torres
residenciais; e) a interligação ao SIN através da linha de transmissão de 500 kV Tucuruí-
Manaus em 2013, com solução da oferta de energia permanente na capital e nos municípios

29
Relatório Socioambiental 2012

ligados à rede elétrica; f) a consolidação da matriz energética do gás natural nas


termelétricas da região e nas linhas de produção das indústrias do PIM, com os ganhos de
produtividade absorvendo os custos tarifários e de adequação dos equipamentos; g) os
investimentos estaduais nos sete municípios da Região Metropolitana de Manaus (RMM),
em infraestrutura necessária ao desenvolvimento e incentivo na produção regional, levando
em conta a vocação natural e a potencialidade econômica das localidades.

O Estado do Amazonas, com população de 3,54 milhões de habitantes e participação no


PIB nacional de 1,6%, receberá do governo federal, através do Programa de Aceleração do
Crescimento – PAC 2, um aporte de R$ 15,32 bilhões em investimentos, sendo R$ 11,57
bilhões entre os anos de 2011 a 2014 e R$ 3,75 bilhões após esse período. Os
investimentos estão organizados em seis diferentes eixos: Transportes, Energia, Cidade
Melhor, Comunidade Cidadã, Minha Casa Minha Vida e Água e Luz para Todos, conforme
descrito a seguir:

 O eixo de Transportes terá o aporte de R$ 1.696,15 milhões a serem aplicados em


empreendimentos exclusivos, que beneficiam tão somente a unidade federativa, e R$
422,92 milhões em empreendimentos regionais que abrangem mais de um estado. As
obras incluem aeroportos, portos no interior, construção e pavimentação de rodovias e
estradas vicinais, pontes, dragagem e sinalização de rios;
 O eixo de Energia contará com R$ 6.670 milhões em empreendimentos exclusivos e R$
3.103,96 milhões para a região Norte. Os setores beneficiados serão: energia elétrica
(geração, transmissão e distribuição), petróleo e gás, mineração, e pesquisa exploratória;
 O eixo Cidade Melhor disporá de R$ 398,14 milhões que serão aplicados na capital e nos
municípios do interior nas áreas de saneamento público e melhorias sanitárias
domiciliares, drenagem e recuperação ambiental, além de mobilidade e pavimentação
urbana;
 O eixo Comunidade Cidadã terá ao seu dispor R$ 48,80 milhões até 2014 em Unidades
Básicas de Saúde, Unidades de Pronto Atendimento, Creches e Pré-escolas, Quadras
esportivas nas escolas, e Praças do Esporte e da Cultura. Essas obras incluem a capital
e o interior do Estado;
 O eixo de habitação Minha Casa, Minha Vida contará com R$ 2,011 bilhões até o ano de
2014 e R$ 126,28 milhões a partir de 2015. Abrangerá construções habitacionais,
urbanização de áreas degradadas e assentamentos precários;
 O eixo Água e Luz para Todos terá para ser aplicado até 2014 o valor de R$ 845,42
milhões em universalização de energia à população, recursos hídricos e abastecimento
de água nas escolas, áreas rurais e indígenas.

Em 2012, a carga de energia foi da ordem de 9.183 GWH, evidenciando um crescimento de


5,0% em relação ao ano anterior, enquanto a carga de demanda de 1.600 MW cresceu
12,8% sobre o verificado no ano de 2011. A projeção dos requisitos de energia e demanda
para o período 2013/2022, se baseou nas perspectivas de expansão da economia
amazonense descritas acima, apresentando um crescimento médio anual de 7,6% para a
energia requerida e de 7,1% para a demanda, que exigirá investimentos constantes da
Amazonas Energia, de forma a ofertar a esse mercado cada vez mais robusto, uma
prestação de serviço com qualidade e confiabilidade.
Energia (GWh) Demanda (MW)
Crescimento
Requisitos 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022
Médio Anual (%)
Energia 9.675 10.227 10.784 11.499 12.257 13.306 14.132 15.009 16.054 17.008 7,6
Demanda 1.655 1.770 1.921 2.018 2.139 2.303 2.426 2.549 2.705 2.829 7,1

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Relatório Socioambiental 2012

6 ORIENTAÇÕES ESTRATÉGICAS E DIRECIONAMENTOS


6.1 Missão, Visão e Valores
As orientações de caráter estratégico da Amazonas Energia fazem parte do Grupo
Eletrobras, quais sejam:

Visão das Empresas Eletrobras: “Em 2020, ser o maior sistema empresarial global de
energia limpa, com rentabilidade comparável às das melhores Companhias do setor
elétrico.”

Visão das Empresas de Distribuição da Eletrobras: “Conquistar, até 2014, a sustentação do


negócio Distribuição, alcançando os níveis de rentabilidade e de qualidade definidos pela
Agência Reguladora para todas as empresas.”

Missão: “Atuar nos mercados de energia de forma integrada, rentável e sustentável.”

Valores: “Foco em resultados, Empreendedorismo e Inovação, Valorização e


Comprometimento das Pessoas, Ética e Transparência”.

6.2 Plano de Melhoria de Desempenho – PMD das Empresas de Distribuição -


EDEs da Eletrobras
No âmbito do processo de planejamento estratégico, foi elaborado um Plano de Melhoria de
Desempenho – PMD, compreendendo um ciclo de ações para o período de 2011 a 2015, no
qual foram identificadas as ações e metas direcionadas para a melhoria dos indicadores de
continuidade e confiabilidade, o combate às perdas de energia elétrica, a redução da
inadimplência e a execução do Programa Luz para Todos. Tal plano está traduzido no
Contrato de Metas de Desempenho Empresarial – CMDE, estabelecido entre a holding e
suas controladas. Entre março e abril de 2012, ocorreu a revisão dessas metas para 2012 a
2014, durante a conclusão do Plano de Negócio de cada empresa, a partir do Plano Diretor
de Negócios e do Plano Diretor de Gestão do Sistema Eletrobras, ambos decorrentes do
desdobramento do Plano Estratégico do Sistema Eletrobras 2010-2020. A tabela a seguir,
apresenta o resumo dos indicadores pactuados:

Realizado Metas
Indicador Unidade
2011 2012 2013 2014
PMSO / ROL % 90,31 81,60 48,97 35,48
Dívida Líquida / EBITDA Índice 2,94 -9,98 -37,63 10,09
Lucro Líquido / Patrimônio Líquido % NA -16,40 -7,70 -2,58
Investimento Realizado / Investimento Aprovado % 68,2% 84% 84% 84%
Margem % do EBITDA % 9,70 -9,11 -1,68 6,82
Pontuação Obtida no ISE Bovespa (Dimensão Econômica) Pontos 31,00 47,00 49,00 (*)

IASC ANEEL % ND 69,0 71,0 73,0


DEC Horas 54,7 53,0 51,1 40,0
FEC Ocorrências 51,1 50,0 41,0 38,0
PERDAS % 41,84 36,61 29,76 24,48
INAD % 13,0 11,5 10,3 9,1

Índice de Satisfação dos Colaboradores % 63,8 66,2 69,5 72,9


Pontuação Obtida no ISE Bovespa (Dimensão Social) Pontos 47,00 56,00 59,00 (*)
Pontuação Obtida no ISE Bovespa (Dimensão Ambiental) Pontos 31,00 42,00 44,00 (*)
Pontuação Obtida no ISE Bovespa (Mudanças Climáticas) Pontos 36,00 45,00 47,00 (*)

31
Relatório Socioambiental 2012

6.3 Plano de Expansão da Companhia para 2013-2015


Diante da integração prevista ao SIN em 2013 e da ampliação da demanda de energia
elétrica decorrente da expectativa de crescimento das atividades sócioeconômicas de
Manaus, existe a necessidade da realização de um grande volume de obras de forma a não
se comprometer o pleno atendimento na Região Metropolitana da capital do Estado do
Amazonas.

Nos quadros a seguir, estão relacionadas as obras previstas para a expansão do Sistema
de Transmissão, que engloba a implantação de novas Linhas de Transmissão – LT e
Subestações – SE e a modernização e ampliação de SE existentes.

Expansão do Sistema de Transmissão - 2013


Implantar SE Santa Etelvina 69/13,8 kV - 2° Trafo - 1X26,6 MVA; Ampliar a SE Distrito Dois 69/13,8 kV - 2x26,6 MVA; Ampliar a SE Jaraqui
69/13,8 kV - 2° Trafo - 1x26,6 MVA; Ampliar a SE Redenção 69/13,8 kV - 3° Trafo - 1x26,6 MVA; Ampliar a SE Seringal Mirim 69/13,8 kV - 4°
Trafo - 1X26,6 MVA; Remanejar LT 69 kV Mauá / Cidade Nova; Ampliar/Modernizar a SE Presidente Figueiredo - 230/13,8 kV - 1xBC 3x3,6
MVAr; Recondutorar LT Manaus / São José - CS 1x954 MCM (5 km); Ampliar/Modernizar a SE Cachoeirinha - 69/13,8 kV 1xBC 10,8 MVAr;
Ampliar/Modernizar SE Ponta do Ismael - 69/13,8 kV 2 ELs 69 kV; Implantar LT 69 kV Iranduba / Manacapuru (70 km) - CS 266,8 MCM C1;
Implantar SE Manacapuru 69/13,8 kV - 1° e 2° trafo - 2x26,6 MVA; Ampliar a SE Iranduba (69/13,8 kV - 1x26,6 MVA); Implantar a LT 138 kV
Cachoeira Grande/Compensa - CD 2x795 (10 km); Implantar a LT 138 kV Jorge Teixeira / Mutirão - CD 2x795 MCM (7 km); Implantar a LT 138
kV Mutirão / Cachoeira Grande - CD 2x795 MCM (7 km); Implantar a SE Cachoeira Grande 138/13,8 kV - 3x40 MVA; Implantar a Compensa
138/13,8 kV - 2x40 MVA; Implantar a SE Mutirão 138/13,8 kV - 3x40 MVA; Implantar a LT 230 kV Mauá Três / Jorge Teixeira CD 2X954 MCM
(12,5 km); Ampliar a SE Lechuga - 2 EL Etapa Balbina e Cristiano Rocha 230 kV; Seccionar da LT 230 kV Balbina / Manaus e Cristiano
Rocha/Manaus na SE Lechuga - 2x636 MCM; Implantar a SE Jorge Teixeira - 230/138 kV - 2x150 MVA; Implantar a SE Mauá Três - 230/138 kV -
3x150 MVA; Ampliar a SE Manaus 230/69 kV - 4º Trafo - 1x150 MVA; Ampliar a SE Jorge Teixeira 230/138 kV - 3° Trafo - 1x150 MVA; Ampliar a
SE Mauá Três 230/138 kV - 4° Trafo - 1x150 MVA; Implantar a LT 69 kV Distrito Dois / Consumidor Especial (Nissin); Implantar a LT Jorge Baird /
Consumidores Especiais - CS 1x477 MCM; Implantar LT Manaus / Santo Antonio CS 1x954 MCM (10 km) C2; Implantar LT Mauá Três /
Consumidores Especiais - CS 477 MCM; Ampliar a SE Jorge Baird – 1 EL 69 kV - Etapa Consumidor Especial; Ampliar a SE Manaus 1 EL 69
kV Etapa SE Santo Antônio; Ampliar/Modernizar a SE Aparecida - 69/13,8 kV - (1 BC+SPCS); Ampliar/Modernizar a SE Flores - 69/13, 8 kV;
Ampliar/Modernizar a SE Ponta Negra - 69/13,8 kV; Ampliar/Modernizar a SE Santo Antonio; Ampliar/Modernizar SE V8 - 69/13,8 kV - 1x26,6
MVA; Implantar LT 69 kV Iranduba / Manacapuru C2- CD 1x954 MCM ( 70 km); Ampliar a SE Iranduba 69/13,8 kV – 1 EL 69 kV- Etapa
Manacapuru; Ampliar a SE Manacapuru - 69/13,8 kV – 1 EL 69 kV - Etapa Iranduba; Implantar a LT 138 kV Manaus / Cachoeira Grande 2x795
MCM CS 1,5 km; Ampiar a SE Manaus 230/138 kV – 1° trafo 150 MVA.

Expansão do Sistema de Transmissão – 2014


Implantar LT 138 kV Silves / Itacoatiara - CS 795 MCM (125 km);; Implantar a LT 138 kV Lechuga / Santa Etelvina - CD 795 MCM (8 km);
Implantar a LT 138 kV Mauá Três / Distrito Três - CD 2x795 MCM (10 km); Implantação a LT 138 kV Compensa / Pojucan Rafael - CD 3x795
MCM (2,8 km); Implantar a LT 138 kV Mauá Três / Distrito Quatro CD 2x795 MCM (6 km); implantar a LT 138 kV Santa Etelvina / Parque Dez -
CD 2x795 MCM (10,5 km); Implantar a SE Pojucan Rafael 138/13,8 kV - 3x40 MVA; Implantar a SE Distrito Quatro 138/13,8 kV - 3x40 MVA;
Implantar a SE Distrito Três - 138/13, 8 kV - 3x40 MVA; Implantar a SE Parque Dez 138/13,8 kV - 3x40 MVA; Implantar a SE Santa Etelvina -
138/13,8 kV - 3x40 MVA; Ampliar a SE Compensa 138/13,8 kV - 3° trafo - 1x40 MVA; Implantar a LT 138 kV Rio Branco (AC) / Boca do Acre
(AM) CS 1x477 MCM (214 km); Implantar a SE Boca do Acre 138/13,8 kV - 2x12,5 MVA; Ampliar a SE Rio Branco (AC) 230/138 kV – 1 EL 138
kV - Etapa Boca do Acre (AM); Implantar a LT 69 kV Iranduba / Manacapuru C3 CS 1x954 MCM (70 km); Implantar LT 69 kV SE Manacapuru /
Novo Airão - CS 1x477 MCM (98 km); Implantar a SE Novo Airão 69/13,8 kV - 2x13,3 MVA; Ampliar a SE Iranduba - 69/13,8 kV – 1 EL 69 kV -
Etapa Manacapuru C3; Ampliar a SE Manacapuru - 69/13,8 kV – 1 EL 69 kV - Etapa Iranduba C3; Ampliar a SE Manacapuru – 1 EL 69 kV Etapa
Novo Airão; Implantar SE Itacoatiara - 138/13,8 kV - 2x40 MVA; Implantar a LT 138 kV Lechuga / Rio Preto da Eva - CS 477 MCM (55 km);
Implantar a SE Rio Preto da Eva 138/13,8 kV - 2x12,5 MVA; Implantar a SE Presidente Figueiredo Dois 138/13,8 kV 2x12,5 MVA; Implantar a LT
138 kV Presidente Figueiredo/Presidente Figueiredo Dois CD 1x477 MCM – 20 km; Ampliar a SE Iranduba 138/69 kV 2x60 MVA; Implantar a LT
138 kV Compensa/Iranduba CD 2x795 MCM 25 km.

Expansão do Sistema de Transmissão – 2015


Seccionar LT 69 kV Iranduba/Manacapuru C1 - CS 1x266,8 MCM (1,0 km) Etapa SE Ariau; Ampliar a SE Manacapuru 69/13,8 kV 3° trafo -
1x26,6 MVA; Implantar a SE Ariaú 69/13,8 kV - Manacapuru - 69/13,8 kV - 1x13,3 MVA; Implantar a SE Bela Vista - Manacapuru - 69/13,8 kV -
1x13,3 MVA; Substituir o Tranfo n 1 da SE Iranduba 69/13,8 - 1x13,3 MVA por 1x26,6 MVA; Implantar a LT 138 kV Jorge teixeira/Mutirão C3 –
CS – 2x795 MCM – 7,1 km; LT 138 kV Distrito Quatro/Petropolis – CD – 2x795 MCM 10 km; LT 138 kV Lechuga / Amazonas CD – 2x795 MCM
2,5 km; Implantar a SE Petropolis 138/13,8 kV – 3x40 MVA; Implantar a SE Amazonas 138/13,8 kV – 3x40 MVA;; Ampliar a SE Iranduba 138/69
kV 3° trafo 1x60 MVA; Implantar a SE Itacoatiara Dois 138/69 kV - 2x20 MVA; Implantar a SE Silves Dois 138/69 kV - 2x20 MVA; Implantar LT
138 kV Silves / Itacoatiara Dois - CS 795 MCM (80 km); Implantar LT 138 kV Silves / Silves Dois - CS 795 MCM (13 km); Implantar LT 69 kV
Itacoatiara Dois / Novo Remanso - CD 477 MCM (74 km); Implantar LT 69 kV Itapiranga / S.Sebastião do Uatumã - CD 477 MCM (41 km);
Implantar LT 69 kV Silves Dois / Itapiranga - CD 477 MCM (20 km); Implantar a SE Itapiranga 69/13,8 kV - 2x7,5 MVA; Implantar a SE Novo
Remanso 69/13,8 kV - 2x7,5 MVA; Implantar a SE São Sebastião do Uatumã 69/13,8 kV - 2x7,5 MVA; Implantar a SE Urucará 69/13,8 kV – 2x7,5
MVA; Implantar a LT 69 kV São Sebastião/Urucará CS 1x477MCM 15 km.

Além das obras de expansão da Rede de Distribuição, serão também realizados serviços de
melhorias, tanto na Média Tensão – MT quanto na Baixa Tensão – BT com a utilização de
cabos isolados e tecnologia em Spacer Cable, instalação de equipamentos especiais, tais
como capacitores, reguladores de tensão e religadores automatizados visando a atender
com qualidade e continuidade o fornecimento de energia elétrica aos consumidores da
Companhia.

32
Relatório Socioambiental 2012

A tabela a seguir apresenta os recursos financeiros requeridos para a implantação das


obras previstas no Plano de Expansão do Sistema Elétrico nos segmentos de Geração,
Transmissão e Distribuição – 2013/2015.

Investimentos 2013 a 2015 - R$ Mil


Discriminação
2013 2014 2015
Programa de Geração de Energia Elétrica 317.168 264.296 294.100
Programa de Transmissão de Energia Elétrica 88.205 166.778 161.765
Programa de Rede de Distribuição de Energia Elétrica 544.735 293.693 141.159
Programa Luz para Todos 230.440 169.100 -
Programa de Infra-Estrutura e Apoio 41.441 80.836 43.924
TOTAL 1.221.989 974.703 640.948

33
Relatório Socioambiental 2012

7 GESTÃO DE PESSOAS
7.1 Composição da Força de Trabalho
A Companhia encerrou o ano de 2012, com 2.279 empregados do quadro próprio, 83
estagiários e 87 aprendizes. A tabela a seguir demonstra a evolução da força de trabalho
própria no período 2010/2012:
Força de Trabalho
Ano Empregados Próprios
2010 2.300
2011 2.310
2012 2.279

7.2 Programa de Aprendizagem e Estágio


Visando capacitar e proporcionar aos jovens a inserção no mercado de trabalho, a
Companhia mantém seus Programas de Aprendizagem e Estágio, cumprindo as
determinações contidas nas legislações que os regulamentam, mesmo diante de um cenário
de redução dos gastos de pessoal. Em 2012, houve uma redução de estagiários e
aprendizes na ordem de 43% e 12%, respectivamente, em relação a 2011. O gráfico a
seguir demonstra o histórico de 2010 a 2012:

7.3 Educação Corporativa


No ano de 2012 foram promovidas 542 ações educacionais, resultando num total de 70.948
horas de treinamento, contemplando 5.257 participações em treinamentos, exigindo
investimento na ordem de R$ 2.032.089,24 (Dois milhões, trinta e dois mil, oitenta e nove
reais e vinte e quatro centavos). A tabela abaixo demonstra um resumo das ações
educacionais realizadas no ano de 2012:

Nº de Ações Nº de Total de Horas


Tipo de Ação Carga Horária Investimento Total (R$)
Educacionais Participantes Treinadas
Internas 66 1.241 2.024 26.999 95.488,27
Externas 129 3.674 1.243 31.011 1.347.985,87
UNISE 25 1.544 306 4.529 496.690,85
LUME 298 4.980 1.660 4.980
Pós-Graduação 11 2.290 11 2.290 72.581,80
Idioma Estrangeiro 13 1.139 13 1.139 19.342,45

Total 542 14.868 5.257 70.948 2.032.089,24

34
Relatório Socioambiental 2012

Foram disponibilizados treinamentos por meio da TV Corporativa - LUME das Empresas


Distribuidoras da Eletrobras, uma tecnologia que combina vídeo aula e web, ferramenta que
disponibiliza efetivas soluções em EAD (educação à distância), ofertando uma programação
mensal de cursos de autodesenvolvimento, gestão corporativa e gestão pública, viabilizando
uma economicidade para a organização, no que se refere a deslocamento para participação
em treinamentos, contribuindo estrategicamente para a formação e o desenvolvimento de
sua força de trabalho.

7.3.1 Ações Educacionais Gerenciais


Programa Líder: Foi lançado em março de 2012, para as Empresas Distribuidoras de
Energia da Eletrobras – EDEs, promovendo o alinhamento Gerencial, capacitando 233
colaboradores, dentre eles Diretores, Assistentes de Diretoria, Gerentes de Departamentos
e Assessorias, Líderes Locais de Processo, Líderes de Processo e Líderes Locais de
Subprocesso, os quais receberão no período de 12 meses, certificação por uma das
melhores Escolas de Negócio (Harvard), por meio da Universidade do Sistema Eletrobras
(Unise). O programa surgiu da necessidade de oferecer capacitação medida por tecnologia,
reduzindo distâncias, integrando pessoas e reduzindo custos, visando, adquirir novas
competências e aperfeiçoar seus conhecimentos, onde cada profissional é responsável por
seu próprio desenvolvimento. Isso significa o aumento das capacidades ou das
possibilidades, o que acontece a partir do momento em que se desenvolva seu potencial.

Treinamento de Gerenciamento pela Gestão Estratégica: Foram capacitados 213


colaboradores e teve como objetivo treinar os Assistentes, Gerentes, Líderes e demais
empregados indicados para o Gerenciamento pela Gestão Estratégica.

7.3.2 Ações Educacionais Corporativas


Desenvolvimento de Multiplicadores de T&D: Contou a participação de 22 colaboradores e
teve como objetivo desenvolver diversas habilidades para multiplicar conteúdos de
treinamentos na organização, viabilizando que os colaboradores tenham uma atuação
diferenciada como multiplicador capaz de facilitar o processo de repasse do conhecimento.

Treinamento de Viabilidade Financeira de Projetos: Capacitação de colaboradores para


análise de viabilidade econômico-financeira de projetos.

II Workshop Regulatório: Contou com a participação de 167 colaboradores e teve como


meta disseminar e sensibilizar os colaboradores e gestores sobre os aspectos regulatórios
do Setor Elétrico.

Treinamento em Processo Disciplinar - PD: Capacitação de procedimento Disciplinar para


Empresas Estatais, visando capacitação de 36 empregados que compõem a Comissão
Permanente e Específica dentre outros envolvidos, para o aperfeiçoamento na condução de
procedimentos disciplinares: Apuração Direta e Comissões de Processos Disciplinares, em
consonância com a Normativa própria.

7.3.3 Ações Educacionais Específicas


Programa de Treinamento e Aperfeiçoamento aos Operadores de Sistema de Transmissão
e Geração da Amazonas Energia: Tem como objetivo reciclar e capacitar 48 Operadores,
com um total de 1.260h/a, bem como alcançar uma demonstrável capacidade de operação
do sistema isolado com resposta a disparos, avarias e ao manejo de documentação,
manobras e aplicações supridas com as usinas e despacho de carga para sua operação,
bem como da Operação do SIN, no qual contratamos a Coopergia para ministrar o programa
de capacitação, que iniciou em setembro/2012 e ocorrerá até maio de 2013.

35
Relatório Socioambiental 2012

Agentes de Distribuição: Visando a interligação da Amazonas Energia ao SIN, ocorreu o


treinamento com o objetivo de preparação dos empregados para operacionalização dos
contratos de compra de energia por meio do leilão.

Legislação Ambiental aplicada ao Setor Elétrico: Capacitação de 38 colaboradores visando


identificar a legislação aplicável às atividades do setor de energia, dimensionar os riscos
jurídicos ambientais relacionados com as atividades do setor de energia e as formas de
minimizá-los e gerenciá-los, discutir a aplicação da Lei e de sua interpretação pelos órgãos
ambientais e pelos tribunais, conhecer as principais dificuldades e métodos para verificação
de conformidade legal nas auditorias ambientais realizadas no setor de energia, bem como
preparar os colaboradores para adequação das atividades da empresa às tendências da
legislação e diretrizes ambientais que estão sendo atualmente propostas pelo Poder
Público.

Procedimento Operacional Padrão – POPs: Foram treinados 136 Eletricistas de Rede de


Distribuição para cumprimento do item 10.11.1 da NR-10 – Ministério do Trabalho e
Empregado, que orienta a padronização dos procedimentos de trabalhos específicos em
rede de distribuição, possibilitando que esses serviços sejam realizados de forma
padronizada nas seis empresas EDE’s, atendendo os requisitos de segurança e qualidade.

Treinamento de Recebimento, Manuseio e Armazenamento de Óleo Combustível: Foram


treinados 21 colaboradores com objetivo de assegurar as condições operacionais e de
segurança adequadas para garantir a continuidade no fornecimento de energia elétrica e a
proteção dos trabalhadores, do público e do ambiente.

7.4 Plano de Carreira e Remuneração – PCR e Sistema de Gestão de


Desempenho – SGD

O PCR, com foco em Competências e Resultados, está estruturado em quatro dimensões:


Carreira, Cargos, Remuneração e Desempenho, além das bases conceituais e de
informação que sustentaram toda a concepção do modelo.

O PCR é aplicado em conjunto com o SGD que busca canalizar os esforços das pessoas
para o alcance de objetivos e resultados que garantam a rentabilidade, a sustentabilidade, a
competitividade e a geração de valor. Além disso, buscará desenvolver as potencialidades
dos empregados e subsidiará processos de Gestão de Pessoas, tais como crescimento na
carreira, mobilidade, treinamento, desenvolvimento e gestão da qualidade de vida no
trabalho.

Em 2012, aconteceu o fechamento do 1º ciclo do Sistema de Gestão de Desempenho –


SGD, onde foram avaliados 2.173 colaboradores. Por este resultado do primeiro ciclo, 657
colaboradores foram contemplados com o mérito e os demais não contemplados foram
submetidos aos critérios do Sistema de Avanço de Nível – SAN, no mês de dezembro/2012.

7.5 Benefícios e Bem-Estar Social


O Plano de Proteção e Recuperação da Saúde – PPRS possui, aproximadamente, 8.103
beneficiários, sendo 2.279 empregados ativos e 5.824 dependentes. O PPRS conta com
164 credenciados, compostos por profissionais de excelente qualidade, que prestam bons
serviços aos usuários do plano de saúde. Além disso, os beneficiários, por meio dos
Convênios de Reciprocidades celebrados com Eletrobras Distribuição Roraima, Eletrobras
Distribuição Rondônia, Eletronorte, Eletros, Eletrosul, Fachesf, Forluz e Furnas podem ser
atendidos em todas as regiões do país.

36
Relatório Socioambiental 2012

Em 2012, a Companhia realizou despesas da ordem de R$ 14 milhões na saúde


suplementar dos beneficiários, abrangendo a assistência hospitalar, médica e odontológica.

A Companhia, por meio do Departamento de Gestão de Pessoas – DGP, vem ao longo dos
últimos anos aprimorando seus processos, no intuito de obter eficiência e qualidade dos
serviços prestados. Dessa forma, automatizou o processo de pagamento do vale transporte
e ticket alimentação sobre a hora extra dos colaboradores, possibilitando agilidade no
processo, diminuição da margem de erro, facilidade aos gestores e redução de horas
trabalhadas.

Os principais benefícios oferecidos aos empregados e seus dependentes, em 2012, foram:


auxílio-creche (237 beneficiários), auxílio-educação escolar (397 beneficiários), auxílio-
educação superior (142 beneficiários), auxílio-alimentação e auxílio-transporte (ambos,
benefícios proporcionados a todos os colaboradores próprios da Companhia).

Como forma de incentivar os colaboradores a realizarem atividades físicas, e assim


melhorarem sua qualidade de vida, a Companhia mantém o Auxílio Academia que
reembolsa aos empregados os gastos utilizados com essas atividades. Além disso, com o
objetivo de promover integração dos colaboradores, foi realizado os Jogos Olímpicos da
Amazonas Energia, com a participação de 624 funcionários inscritos, representando 9
unidades descentralizadas, inscritos nas modalidades: atletismo, futebol society, futebol de
salão, judô, natação, tênis de mesa, voleibol e jiu-jitsu. Os jogos ocorreram no período entre
10 de março a 21 de abril de 2012.

Visando contribuir para o bem-estar dos empregados, priorizando o desenvolvimento das


suas potencialidades biopsicossociais, a Amazonas Energia tem mantido os seguintes
programas:

Programa Corpo & Movimento – cujo objetivo é promover saúde e bem


estar com diversas atividades físicas que favoreçam a qualidade de vida
dos empregados da empresa, como ginástica laboral, massagem anti-
estresse, entre outros.

Programa Conhecer é Saúde – cujo objetivo é orientar os empregados da


empresa quanto às boas práticas da prevenção de doenças, por meio de
informativos e palestras.

7.6 Segurança e Medicina do Trabalho

No ano de 2012 foram realizadas visitas técnicas em 77 agências descentralizadas, onde foram
inspecionados os ambientes laborais, áreas externas e áreas de armazenamento de inflamável das
usinas com elaboração de relatórios de viagens e recomendações de segurança para os setores
responsáveis das não conformidades encontradas.

Ano Quantidade de Visitas Técnicas nas Agências descentralizadas

2010 55

2011 91

2012 77

Foram realizados via intranet divulgação de Diálogos Semanais de Segurança – DSS aos
empregados da empresa e realizado reuniões presenciais nas áreas de trabalho, onde

37
Relatório Socioambiental 2012

foram tratados temas como: segurança das mãos, a importância do uso do Equipamento de
Proteção Individual – EPI, entre outras.

Em 2012, foram realizados treinamentos para cipeiros e designados da Comissão Interna de


Prevenção de Acidentes – CIPA, conforme norma regulamentadora do Mistério do Trabalho-
NR 5. As agências descentralizadas que enviaram seus designados para treinamento na
sede da empresa foram: Caviana, Tuiué, Jacaré, Caapiranga, Sacambú, Campinas, Anamã,
Anori, Beruri, Urucurituba, Vila Augusto Montenegro, Itapeaçu, São Sebastião do Uatumã,
Silves, Urucará, Vila de Lindóia, Novo Remanso.

Em 2010, foi realizado o protótipo do Plano de Combate a Incêndio - PCE das usinas
descentralizadas em atendimento a NR 23, onde foi elaborado o documento em
conformidade com a realidade das agencias descentralizadas. Em 2011 e 2012, foram
realizados divulgação e treinamento desses procedimentos, no qual existem outros anexos
como dimensionamento e controle de extintores de incêndio, rota de fuga, entre outros.

No mês de Julho de 2012, ocorreu a semana de campanha de prevenção de acidentes,


onde o processo de segurança e medicina do trabalho entregou aos funcionários folders
descritos com temas variados na prevenção de acidentes.

Ocorreu em Agosto de 2012 o I Workshop de Segurança, com a presença dos


representantes do processo de segurança e medicina do trabalho das seis distribuidoras do
sistema Eletrobras. Os profissionais das EDE´s apresentaram as melhoras práticas de
Saúde e Segurança das suas empresas de modo a compartilhar conhecimento com as
demais.

Em Novembro/2012, foi realizado o II encontro das CIPAs dos estabelecimentos da


Amazonas Energia. O evento teve como principal objetivo garantir a integração das CIPA´s
e designados com o objetivo de harmonizar as políticas de segurança e saúde no trabalho,
mostrar a atuação prevencionista das comissões, premiar as CIPAs mais atuantes e motivar
as novas gestões no intuito de agregar conhecimento e ferramentas que auxiliarão ao bom
desempenho de suas atividades no decorrer de seu mandato para a prevenção de
acidentes.

Ressalta-se ainda que são realizadas periodicamente pelos técnicos de segurança do


trabalho, inspeções de segurança que visam identificar, instruir, corrigir e propor soluções
que venham a reduzir o risco de acidentes com os funcionários, parceiros e população em
geral. Em 2012 foram realizadas 110 inspeções nas instalações próprias e 62 auditorias em
empresas terceirizadas. Em 2012 foram distribuídos em todas as áreas da empresa o
fardamento e os equipamentos de proteção individual e coletiva.

A tabela a seguir apresenta a comparação entre 2012 e 2011 do número de acidentes, dos
acidentes com afastamento e das taxas de frequência e de gravidade.

Variação (%)
Discriminação 2012 2011
(2012 / 2011)

Número de Acidentes 17 12 42%

Acidentes com Afastamento 14 5 133%

Taxa de Frequência 3,05 1,18 158%

Taxa de Gravidade 86,57 55,72 55%

38
Relatório Socioambiental 2012

7.7 Indicadores Sociais Internos – Empregados, empregabilidade,


administradores.

Informações Gerais 2012 2011 2010

Número total de empregados 2.279 2.310 2.300


Empregados até 30 anos de idade (%) 10 13 15
Empregados com idade entre 31 e 40 anos (%) 27 29 28
Empregados com idade entre 41 e 50 anos (%) 32 32 32
Empregados com idade superior a 50 anos (%) 31 27 25
Número de mulheres em relação ao total de empregados (%) 16 16 15
Mulheres em cargos gerenciais em relação ao total de cargos gerenciais (%) 26 30 31
Empregadas negras (pretas e pardas) em relação ao total de empregados (%) 8 08 08
Empregados negros (pretos e pardos) em relação ao total de empregados (%) 33 33 01
Empregados negros (pretos e pardos) em cargos gerenciais em relação ao total de cargos gerenciais (%) 70 70 ND
Estagiários em relação ao total de empregados (%) 4 08 11
Empregados do programa de contratação de aprendizes (%) 05 04 04
Empregados portadores de deficiência 07 07 07

Remuneração, benefícios e carreira (R$ mil) 2012 2011 2010

Remuneração

Folha de pagamento bruta – R$ 176.932 165.619 164.804

Encargos sociais compulsórios – R$ 71.627 67.023 60.267

Benefícios

Educação (auxílio educação – Escola e Superior) – R$ 2.267 3.227 2.619

Alimentação (auxílio alimentação) – R$ 23.467 26.251 18.824

Transporte (auxílio transporte) – R$ 1.712 1.586 2.214

Saúde (PPRS) – R$ 17.924 12.108 14.069

Fundação de Previdência Privada (PREVINORTE) – R$ 6.467 7.110 5.339

Auxílio doença (Complemento) – R$ 327 348 216

Auxílio creche – R$ 1.127 905 894

Seguro de Vida em Grupo – Parte Empresa – R$ 982 485 719

Abono Salarial – R$ - - 5.570

Participação nos resultados 2012 2011 2010


Investimento total em programa de participação nos resultados da empresa (R$
21.383 22.270 15.953
Mil)
Valores distribuídos em relação à folha de pagamento bruta (%) 12 13 08
Ações da empresa em poder dos empregados (%) NA NA NA
Divisão da maior remuneração pela menor remuneração em espécie paga pela
21 32 29
empresa (inclui participação nos resultados e bônus)
Divisão da menor remuneração da empresa pelo salário mínimo vigente (inclui
2,3 1,6 2,3
participação nos resultados e programa de bônus)

Perfil da remuneração 2012 2011 2010


Até 1.000 0,04 0,08 0,91
De 1.001 a 2.000 4,95 55,06 65,17
De 2.001 a 3.000 13,42 12,65 2,22
Acima de 3.000 81,48 32,25 31,70
Cargos de diretoria – (salário médio no ano) – R$ 25.266,71 (1) (1)

Cargos gerenciais - (salário médio no ano) – R$ 93.013,17 88.765,00 74.410,54


Cargos administrativos - (salário médio no ano) – R$ 36.905,58 43.283,88 32.659,81
Cargos de produção - (salário médio no ano) – R$ 40.331,98 29.458,92 31.024,60
(1) Os diretores não optaram por remuneração da Amazonas Distribuidora de Energia S/A

39
Relatório Socioambiental 2012

Saúde e segurança no trabalho 2012 2011 2010


Média de horas extras por empregado/ano 135 157 180
Número total de acidentes de trabalho com empregados 17 12 34
Número total de acidentes de trabalho com terceirizados / contratados ND ND ND
Média de acidentes de trabalho por empregado/ano 0,007 0,005 0,01
Acidentes com afastamento temporário de empregados e/ou de prestadores de
0,63 0,21 0,95
serviço (%)
Acidentes que resultaram em mutilação ou outros danos à integridade física de
empregados e/ou de prestadores de serviço, com afastamento permanente do 03 00 01
cargo (incluindo LER) (%)
Acidentes que resultaram em morte de empregados e/ou de prestadores de
07 00 00
serviço (%)
Índice TF (taxa de frequência) total da empresa no período, para empregados 3,62 1,18 5,12
Índice TF (taxa de frequência) total da empresa no período, para terceirizados/
12,72 ND ND
contratados
Investimentos em programas específicos para portadores de HIV – R$ NA NA NA
Investimentos em programas de prevenção e tratamento de dependência
ND ND ND
(drogas e álcool) – R$

Desenvolvimento profissional 2012 2011 2010


Perfil da escolaridade – discriminar, em percentagem, em relação ao total dos empregados
Ensino fundamental 24 24 25
Ensino médio 49 49 50
Ensino superior 24 24 23
Pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado) 3 3 2
Analfabetos na força de trabalho (%) 00 00 00
Valor investido em desenvolvimento profissional e educação – R$ mil 2.032 2.363 2.189
Quantidade de horas de desenvolvimento profissional por empregado/ano 23,8 47,59 26,7

Comportamento frente a demissões 2012 2011 2010


Número de empregados ao final do período 2.279 2.310 2.300
Número de admissões durante o período 00 34 44
Reclamações trabalhistas iniciadas / total de demitidos no período (%) 00 9,95(2) 2,35(1)
Reclamações trabalhistas 00 02(2) 05(1)
Montante reivindicado em processos judiciais – R$ Mil 00 61.194(2) 643.848(1)
Valor provisionado no passivo – R$ Mil 00 00(3) 594.007(1)
Número de processos existentes 00 02(2) 01(1)
Número de empregados vinculados nos processos 00 02(2) 03(1)
(1) Dados em referência ao total de 47 demitidos em 2010.
(2) Dados em referência ao total de 22 demitidos em 2011.
(3) Processos são classificados com o grau de risco possível.

Preparação para a aposentadoria 2012 2011 2010


Investimentos em previdência complementar (R$ Mil) 6.314 7.353 6.240
Número de beneficiados pelo programa de previdência complementar 71 67 59
Número de beneficiados pelo programa de preparação para a aposentadoria 200 200 200

Trabalhadores terceirizados 2012 2011 2010


Número de trabalhadores terceirizados / contratados 2.487 2.512 1.606
Custo total – R$ Mil 63.111 67.058 59.164
Trabalhadores terceirizados/contratados em relação ao total da força de trabalho (%) 109 108 32
Perfil da remuneração (R$) – Identificar a percentagem de empregados em cada faixa de salários
De 390 a 1.500 84 83 47
De 1.600 a 3.900 14 15 43
Acima de 4.000 02 02 10
Perfil da escolaridade – em relação ao total de terceirizados – discriminar (em %)
Ensino fundamental 00 00 00
Ensino médio 93 93 93
Ensino superior, pós-graduação 07 07 07
Índice TG (taxa de gravidade) da empresa no período, para empregados 142,69 55,72 207,71
Índice TG (taxa de gravidade) da empresa no período, para terceirizados / contratados 9.276,37 3,11 ND

40
Relatório Socioambiental 2012

Administradores 2012 2011 2010


Remuneração e/ou honorários totais – R$ Mil (A) NA 18 NA
Número de Diretores (B) 07 07 06
Remuneração e/ou honorários médios A/B NA 2,5 NA
Honorários de Conselheiros de Administração – R$ Mil (C) 161 145 177
Número de Conselheiros de Administração (D) 05 06 05
Honorários médios C/D 32 24 35

41
Relatório Socioambiental 2012

8 OFERTA DE ENERGIA ELÉTRICA


8.1 Sistema de Geração da Capital

Para o atendimento dos 464.215 consumidores ativos na capital do Estado, a Amazonas


Energia possui uma potência nominal instalada total de 2.418,8 MW, dos quais, 1.643,8 são
próprios e 305 MW provenientes dos Produtores Independentes de Energia - PIE’s e 470,0
MW de locação.

A energia bruta gerada na Capital em 2012 de 7.947 GWh, representando um crescimento


de 4,9% sobre a energia gerada no ano anterior, sendo que 43,5% dessa geração foi
proveniente das usinas próprias, 25,2% de locação e 31,2% das usinas dos PIE’s, A
demanda máxima do sistema foi de 1.318 MW, ocorrida no mês de outubro de 2012.

Energia gerada - Capital (GWh)

Variação (%)
Discriminação 2012 2011
12/11
Térmica Própria 2.319,3 1.720,5 25,8
Térmica PIE’s 2.483,6 2.558,6 (3)
Natureza da Geração
Térmica Locação 2.003,7 1.916,3 4,3
Hidráulica 1.140,3 1.362,5 (19,4)

Total 7.946,9 7.557,9 4,9

Própria 3.459,6 3.083,0 10,8

Origem Locação 2.003,7 1.916,3 4,3

PIE’s 2.483,6 2.558,6 (3)

Total 7.946,9 7.557,9 4,9

8.2 Sistema de Geração do Interior

No interior do Estado do Amazonas a Companhia é responsável pela operação e


manutenção do sistema térmico isolado de geração e distribuição de energia elétrica para
atendimento das sedes de 61 municípios e de 45 localidades.

O Sistema é composto por 103 usinas termelétricas implantadas nas sedes de 58


municípios e em 45 localidades, constituídas por 575 grupos geradores com motores a
combustão interna a partir de óleo diesel, sendo 223 grupos geradores próprios e 352
alugados totalizando 508,80 MW de potência nominal instalada.

Visando garantir a oferta de energia elétrica no interior do Estado do Amazonas e melhoria


da confiabilidade técnica das usinas, a Amazonas Energia, realizou em 2012 um acréscimo
de 111,5 MW de potência instalada por meio de aditivos e nova contratação de locação de
unidades geradoras.

A energia bruta gerada no interior em 2012 foi de 1.416,61 GWh representando de um


crescimento de 14,97% sobre a energia gerada do ano anterior, sendo que 59% dessa
geração foi proveniente de usinas térmicas locadas. A demanda máxima do sistema foi de
234,7MW, ocorrida no mês de outubro de 2012.

42
Relatório Socioambiental 2012

Energia gerada - Interior - GWh


Discriminação 2012 2011 Variação (%) - 12/11
Térmica própria 342,6 1.135,8 (70)
Natureza da Geração Térmica locada 837,8 42,2 1.885,3
Outros(1) 236,2 127,1 86
Total 1.416,6 1.305,1 8,5
Própria 342,6 1.135,8 (70)
Origem Térmica locada 837,8 42,2 1.885,3
Outros(1) 236,2 127,1 86
Total 1.416,6 1.305,1 8,5
(1) a) Transferência de energia elétrica para as agências de Presidente Figueiredo e Puraquequara;
b) Compra de energia elétrica para revenda da auto produtora Hermasa, para a Agência de Itacoatiara.
c) Compra de Energia da Manaus Energia, Eletroacre e BK.

8.3 Contratos de Compra de Energia na Capital


8.3.1 Compra de Energia Elétrica (Contratos com Produtores Independentes de Energia)

A Amazonas Energia possui contratos para suprimento de energia para a capital


amazonense com 05 Produtores Independentes de Energia – PIEs. Esses contratos foram
assinados em 2005 com vigência de 20 anos. A tabela a seguir demonstra o desempenho
desses PIEs no exercício de 2012:

Potência Disponibilidade Quantidade de


Média Potência
Produtor Independente Contratada de Potência Energia
Garantida (MW)
(MW) Contratada (%) Comprada (MWh)

Geradora de Energia do Amazonas S/A 60 59,36 98,93 485.361,879


Companhia Energética Manauara 60 60,10 100,17 502.299,019
Rio Amazonas Energia S/A 65 63,26 97,32 485.617,504
Breitener Tambaqui S/A. 60 60,14 100,24 504.422,299
Breitener Jaraqui S/A. 60 60,24 100,40 506.126,324

8.3.2 Contratações provenientes da Locação de Grupos Geradores de Energia


A Amazonas Energia possui contratos de Locação de Grupos Geradores com
disponibilidade de potência total de 470 MW. A tabela a seguir demonstra o desempenho
desses contratos no exercício de 2012:
Potência Disponibilidade Término do
Localização Locadora Contratada de Potência Prazo de
(MW) Contratada (%) Locação
Aggreko Energia Locação de
UTE Flores 40 99,92 06/12/2013
Geradores Ltda
UTE Flores Powertech Comercial Ltda 20 99,01 07/12/2013
Oliveira Energia Geração e
UTE Flores 20 93,31 07/12/2013
Serviço Ltda
UTE Cidade Nova Genrent do Brasil Ltda 20 99,14 13/10/2013
UTE Distrito Genrent do Brasil Ltda 40 96,13 23/02/2014
Oliveira Energia Geração e
UTE São José 20 97,70 08/10/2013
Serviço Ltda
UTE São José Powertech Comercial Ltda 30 98,30 13/10/2013
UTE Mauá
Genrent do Brasil Ltda 30 99,62 05/05/2014
(Bloco V)
UTE Mauá Oliveira Energia Geração e
30 91,16 29/04/2014
(Bloco V) Serviço Ltda
UTE Mauá
Powertech Comercial Ltda 30 94,81 23/10/2013
(Bloco VII)
UTE Mauá
Genrent do Brasil Ltda 140 93,66 14/10/2013
(Bloco VI)
Ebrasil Norte Geração de Energia
UTE Iranduba 50 94,53 16/11/2013
Ltda

43
Relatório Socioambiental 2012

8.3.3 Compra de Energia Elétrica no Ambiente de Contratação Regulada – ACR


A Amazonas Energia aguarda a conclusão das obras do SIN para sair da condição de
sistema isolado. Nesse sentido, desde 2008, a Companhia vem participando, na condição
de comprador, de leilões de energia promovidos pela SCG/ANEEL. Nas tabelas a seguir
constam os leilões que a Companhia já participou, com os respectivos montantes de energia
comprada e tarifas praticadas.
Fontes Alternativas
Total de Energia Preço Médio por
Leilão Edital Fonte Início MWmédio
Comprada (MWh) MWh (R$)
Hidroelétrica 4.799.929 18,25 146,99
2º (A-3) jul/10 1/1/2013
Biomassa e Eólica 44.322.323 252,81 134,23
Fonte: CCEE – Câmara de Comercialização de Energia Elétrica

Energia Nova
Total de Energia Preço Médio por
Leilão Edital Fonte Início MWmédio
Comprada (MWh) MWh (R$)
UHE Jirau mai/08 Hidrelétrica 1/1/2013 16.692.185 66,20 71,37
Hidroelétrica 1.444.391 5,49 98,98
7° (A-5) mar/08 1/1/2013
Outras Fontes 9.280.259 70,59 145,23
Hidroelétrica 24.204 0,09 144,00
8º (A-3) fev/09 1/1/2012
Outras Fontes 121.020 0,92 144,60
Belo Monte jun/09 Hidrelétrica 1/1/2015 13.524.031 53,47 77,97
10º (A-5) mar/10 Hidrelétrica 1/1/2015 3.602.279 13,70 99,48
11º (A-5) abr/10 Hidrelétrica 1/1/2015 10.451.164 39,74 67,31
Hidrelétrica 1/3/2014 5.918.787 22,63 102,00
12º (A-3) jul/11
Outras Fontes 1/3/2014 21.746.962,542 125,05 102,09
Fonte: CCEE – Câmara de Comercialização de Energia Elétrica

Em 2012, por meio do despacho nº 1.279/2012, a ANEEL declarou a exclusão da


Companhia de Eletricidade do Amapá – CEA – do 2º Leilão de Fontes Alternativas. Além
disso, o Órgão Regulador promoveu o rateio do montante de energia relativo à declaração
de necessidade de compra da CEA no LFA/2010 entre as demais distribuidoras na
proporção da energia por elas adquirida no certame. Este fato fez com que a Amazonas
Energia adicionasse 71,200 MWmédio nos montantes contratados no Ambiente de
Contratação Regulada – ACR.

A Companhia participou em 2012 de dois Mecanismos de Compensação de Sobras e


Déficits – MCSD Contratação Escalonada referente à energia contratada nos
empreendimentos Maranhão III, Baixada Fluminense, Paranapanema e Vale do Tijuco II
(12º Leilão de Energia Nova) e UHE Belo Monte (Leilão Belo Monte). O montante de energia
compensado como sobras nos MCSD foi de 19,235 MWmédio para o 12º Leilão e de 80,561
MWmédio para o Leilão de Belo Monte, ou seja, os valores foram reduzidos nos montantes
contratuais estabelecidos com os vendedores.

Também em 2012, a ANEEL revogou a autorização de alguns empreendimentos que


participaram como vendedores no 7º Leilão de Energia Nova. O montante descontratado
pela Amazonas Energia por força destas revogações foi de 65,774 MWmédio
.

44
Relatório Socioambiental 2012

9 COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA


9.1 Atendimento aos Consumidores
9.1.1 Atendimento Telefônico e Virtual
Os serviços de atendimento realizados por meio do telefone ou da Internet, tem como
principal característica a sua disponibilidade ininterrupta, ou seja, podem ser utilizados
durante qualquer hora do dia. Essa prática de atendimento tem, ao longo dos últimos anos,
proporcionado a redução da quantidade dos atendimentos físicos e aumentado a interação
entre os consumidores e a Companhia. Em 2012, foram realizados 1.027.720 atendimentos,
dos quais, 81,99% foram provenientes da Central de Atendimento. A Companhia
disponibiliza os números 0800 701 3001 (destinado ao atendimento de todos os clientes
residenciais e comerciais) 0800 701 8092 (destinado aos clientes industriais do grupo A) e o
0800 098 1524 (exclusivo para registros de danos elétricos). O consumidor pode também se
manifestar via Internet, por meio do acesso ao sítio da Companhia
(www.amazonasenergia.gov.br), que em 2012, foi responsável por 0,46% do total de
atendimentos.

9.1.2 Atendimento Presencial


O atendimento presencial no interior é feito por meio das agências existentes nas
localidades. Na capital é realizado em 5 postos de atendimento, conforme mostra o quadro a
seguir:

Postos de Atendimento em Manaus Dias e Horários de Atendimento


Sede 10 de Julho – Rua 10 de julho, nº 269 - Centro Segunda a Sexta - 07h30min às 16h
PAC Compensa – Av. Brasil, nº 1.325 – Compensa Segunda a Sexta - 08h00min às 17h
PAC Cidade Nova – Av. Noel Nutels – Cidade Nova I Segunda a Sexta - 08h00min às 17h
PAC São José – Alameda Cosme Ferreira, nº 8.047 – São José Segunda a Sexta - 08h00min às 17h
PAC Alvorada – Av. Desembargador João Machado, nº 4.922 Segunda a Sexta - 08h00min às 17h

9.1.3 Ouvidoria
Destacamos que, em 2012, a partir do mês de junho, a Ouvidoria passou a ter suas
atividades regulamentadas por meio da Resolução Normativa da ANEEL n.º 470, publicada
em 22.12.2011, a qual estabeleceu as disposições relativas às ouvidorias das
concessionárias de serviço público de distribuição de energia elétrica. Entre os benefícios
estabelecidos ao consumidor, destacamos a implantação do número 0800-095-1247 a partir
de 22.06.2012, passando a ser gratuito o contato com o Atendimento Telefônico da
Ouvidoria.

Através dos canais de acesso (site, telefone, e-mail, correspondência, atendimento


presencial, Sistema de Gestão de Ouvidoria da ANEEL) a Ouvidoria recebeu as

45
Relatório Socioambiental 2012

manifestações dos consumidores, as quais resultaram em 2.064 registros para tratamento e


acompanhamento, sendo 569 registradas através da ANEEL e 1.495 diretamente na
Ouvidoria da Concessionária, representando aumento de 66% quando comparado ao
exercício de 2011, que totalizou 1.243 registros.

Canal de Acesso 2011 2012 Variação


ANEEL 302 569 88%
Amazonas Energia 941 1.495 59%
Total 1.243 2.064 66%

9.1.4 Conselho de Consumidores


O Conselho de Consumidores da Amazonas Energia é uma entidade de caráter consultivo,
não remunerado e sem personalidade jurídica, composto por 05 membros titulares e 05
suplentes indicados por entidades representativas das classes de consumidores
(residencial, comercial, rural, industrial e poder público). Vale destacar que seu principal
objetivo é representar os interesses dos consumidores junto à Concessionária e aos
segmentos destas classes.

Em 2012, o Conselho realizou a 1ª Audiência Pública prevista pela Resolução Nº


451/ANEEL com objetivo de sensibilizar e mobilizar os diversos setores envolvidos e a
comunidade em geral, para que neste espaço tivessem a oportunidade de expressar
opiniões sobre questões ligadas ao fornecimento de energia elétrica, tais como: atendimento
ao consumidor, tarifas aplicadas e adequação dos serviços prestados pela distribuidora,
além disso, participou de Encontros Regionais dos Conselhos nas regiões Centro Oeste,
Norte, Nordeste, Sudeste, Fórum Nacional de Conselho de Consumidores de Energia, em
São Paulo e do I Encontro Nacional de Secretários Executivos dos Conselhos de
Consumidores de Energia, em Brasília.

9.2 Fornecimento de Energia Elétrica


A Companhia atende no Estado do Amazonas a 777.858 consumidores ativos distribuídos
pelas classes residencial, industrial, comercial, rural, poder público, serviço público e
próprio. O fornecimento de energia elétrica em 2012 foi de 5.596 GWh, equivalendo a um
crescimento de 10% sobre o ano de 2011.

Foram atendidos na capital um total de 464.215 consumidores, representando um


incremento de 1,4% em relação ao existente em 2011, enquanto que a energia consumida
cresceu 10%, com destaque para o aumento registrado no consumo das classes residencial
e comercial, de respectivamente, 12,4% e 17,2%.

46
Relatório Socioambiental 2012

O quadro a seguir apresenta, por classe de consumo, o número de consumidores e o


fornecimento de energia elétrica na capital:
Fornecimento de Energia Elétrica - Capital
Nº de Consumidores Consumo (Gwh)
Classes de Consumo
2012 2011 2012 2011

Residencial 415.084 409.043 1.088,11 968,39


Industrial 2.076 2.077 1.751,23 1.715,03
Comercial 43.384 43.269 1.028,73 877,36
Outras (1) 3.671 3.293 734,22 622,34

Total 464.215 457.682 4.602,29 4.183,12

(1) Inclui o consumo próprio [próprio + interno]

Observa-se, no gráfico a seguir, a configuração da estrutura de participação das principais


classes de consumo na capital, com destaque para a expressiva representatividade da
classe industrial, que manteve sua participação sobre o total do consumo em 38%,
decorrente do desempenho das indústrias que compõem o PIM. A classe Outras diz respeito
ao consumo das classes Rural, Poder Público, Iluminação Pública, Serviços Públicos e
Consumo Próprio, que corresponde a 16% do consumo total. Ressalta-se que essa
estrutura de consumo, predominantemente industrial da cidade de Manaus é totalmente
diferente das estruturas de consumo apresentadas nas concessionárias dos Sistemas
Isolados da Região Norte do Brasil, onde ainda é o consumo da classe residencial que
detém a maior parcela do consumo.

Estrutura do Consumo 2012 - Capital


Outras (1)
16% Residencial
24%

Comercial
22%

Industrial
38%

No interior, a Companhia fornece energia elétrica para 313.643 consumidores ativos,


distribuídos por um território de 1.566.419 km², onde grande parte das localidades possui
menos de 1.000 consumidores, o que demonstra a função eminentemente social da
Companhia no atendimento às localidades do interior. No ano de 2012, o total do
fornecimento de energia elétrica no interior do Amazonas foi de 994 GWh, apresentando um
crescimento de 10,2% em relação ao ano anterior. Deste total, a classe residencial é
responsável por 467,0 GWh. A estrutura de consumo do interior do Estado é
predominantemente residencial, representando 47% do mercado, contra apenas 7% de
consumo industrial e 15% de consumo comercial.

47
Relatório Socioambiental 2012

Fornecimento de Energia Elétrica - Interior


Nº de Consumidores Consumo (GWh)
Classes de Consumo
2012 2011 2012 2011
Residencial 241.794 225.229 467,02 417,2
Industrial 1.098 1.099 65,06 60,3
Comercial 23.714 22.695 151,68 133,1
Outras (1) 47.037 44.022 310,28 291,6
Total 313.643 293.045 994,04 902,2
(1) Inclui o consumo próprio [próprio + interno]

Estrutura do Consumo 2012 - Interior

Outras (1) Residencial


31% 47%

Comercial
15%
Industrial
7%

9.3 Incorporação de Novos Consumidores em 2012


Foram realizadas 46.017 novas ligações, sendo 37.527 residenciais, 97 industriais, 5.063
comerciais, 2.508 rurais e 145 de outras classes.

9.4 Faturamento de Energia Comercializada


O faturamento da energia comercializada totalizou R$ 2.270.646 mil, representando um
acréscimo de 34,65% ao registrado no ano anterior. As classes de consumo residencial e
industrial representaram em conjunto 59% do total do faturamento em 2012. O quadro e o
gráfico a seguir apresentam, respectivamente, a comparação entre os anos de 2012 e 2011
da energia faturada por classe e sua composição em 2012.
Faturamento de Energia - R$ mil
Fornecimento de Energia por Classe 2012 2011 Variação 12/11 (%)
Residencial 721.199 506.624 42,35
Industrial 618.571 525.466 17,72
Comercial 545.690 392.099 39,17
Outras 384.924 262.082 46,87
Total 2.270.646 1.686.271 34,65
(1) Não inclui o consumo próprio [próprio + interno] e Fornecimento Não - Faturado.

48
Relatório Socioambiental 2012

Faturamento de Energia - 2012


Outras
17% Residencial
32%

Comercial
24%

Industrial
27%

9.5 Inadimplência
9.5.1 Na Capital
A inadimplência dos consumidores alcançou em dezembro de 2012, o saldo de R$ 169
milhões contra R$ 172 milhões em dezembro de 2011, representando uma redução de 1,7
% em relação ao ano de 2011, conforme demonstra o quadro a seguir:
Inadimplência por Classe – Capital
Débito - R$ milhões (1)
Classe de Consumo Variação 12/11 (%)
2012 2011
Residencial 52,9 33,4 58,4
Industrial 61,2 91,2 -32,9
Comercial 37,5 27,8 34,9
Rural 0,3 0,1 200,0
Poder Público Municipal 5,9 7,5 -21,3
Poder Público Estadual 7,2 10,0 -28,0
Poder Público Federal 1,8 0,6 200,0
Iluminação Pública 0,2 1,4 -
Serviço Público 2,0 0,0 0,0
Parcelamentos Serviço Público -
Total Geral 169,00 172,0 -1,7
(1) Não inclui os débitos vincendos

Para a redução do grau de inadimplência, realizaram-se ações de cobrança administrativa e


de suspensão de fornecimento de energia elétrica, conforme demonstra a tabela a seguir:

Discriminação Janeiro a Dezembro de 2012


Cortes 70.082
Religações 73.846
Religações/Cortes – (%) 1,05
SPC e SERASA – (R$ mil) 241.508
Cobrança Jurídica - (R$ mil) 141.427
Cobrança Administrativa à Vista – (R$ mil) 13.461
Cobrança Administrativa Total Parcelada – (R$ mil) 53.452

Adicionalmente às ações de rotina já praticadas na Companhia, foram implementadas em


2012, cobranças personalizadas, por meio de visita in loco, envio de e-mail e cartas e
contatos telefônicos; flexibilização da política de parcelamento de débitos; suspensão de
fornecimento para clientes inadimplentes que formalizaram parcelamento de débitos e
lançamento de campanha publicitária incentivando os clientes a negociarem seus débitos.

9.5.2 No Interior
O quadro a seguir apresenta a comparação entre os anos de 2012 e 2011 do estoque da
inadimplência gerada no interior do Estado do Amazonas, detalhada por classe de consumo,
onde se constata que, à exceção das classes Poder Público Estadual e Poder Público
Federal que diminuíram seus débitos em, respectivamente, 23,1% e 40,0%, todas as demais
apresentaram aumento do estoque da dívida.

49
Relatório Socioambiental 2012

Inadimplência por Classe - Interior


Débito - R$ milhões
Classe de Consumo Variação (%) 12/11
2012 2011
Residencial 20,0 14,4 38,9
Industrial 8,2 5,6 46,4
Comercial 5,5 4,6 19,6
Rural 2,7 2,2 22,7
Poder Público Municipal 17,1 15,7 8,9
Poder Público Estadual 3,0 3,9 -23,1
Poder Público Federal 0,9 1,5 -40,0
Serviço Público 25,3 20,9 21,1
Iluminação Pública 1,6 1,2 33,3
Total Geral 84,3 70,0 20,4

50
Relatório Socioambiental 2012

9.6 Indicadores operacionais e de produtividade

Discriminação 2012 2011 2010

Mercado e Comercialização
Número de Consumidores Atendidos - Cativos 777.858 750.727 709.230
Número de Consumidores Atendidos - Livres NA NA NA
Número de Localidades Atendidas (municípios) 62 62 62
Número de Empregados Próprios 2.279 2.310 2.300
Número de Empregados Terceirizados (1) 1.760 2.512 1.606
Número de Escritórios Comerciais 109 109 109
Energia Gerada (GWh) 9.363,5 8.863 8.353,3
Energia Comprada (GWh) 2.537,6 2.607,5 2.650,7
1) Itaipu - - -
2) Contratos Inicias - - -
3) Contratos Bilaterais - - -
3.1) Com Terceiros 2.537,6 2.650,7 2.650,7
3.2) Com Parte Relacionada - - -
4) Leilão - - -
5) PROINFA - - -
6) CCEAR - - -
7) Mecanismo de Comer. De Sobras e Déficits - MCSD
Perdas Elétricas Globais (GWh) 3.586 3.658 3.540
Perdas Elétricas - Total (%) sobre o requisito de energia 39,06 41,84 42,37
Perdas Técnicas - (%) sobre o requisito de energia 7,71 7,71 7,71
Perdas Não Técnicas - (%) sobre o requisito de energia 31,35 34,13 34,66
Energia Vendida (GWh) 5.596,329 5.085,346 4.815,387
Residencial 1.555,129 1.385,603 1.317,610
Industrial 1.816,288 1.775,360 1.651,843
Comercial 1.180,408 1.010,473 945,273
Rural 68,853 58,696 46,231
Poder Público 497,846 452,917 443,403
Iluminação Pública 138,263 120,941 115,958
Serviço Público 220,590 198,365 195,962
Próprio 118,952 82,991 99,107
Capacidade e Oferta Energética
Subestações 69/ 13,8 kV (em unidades) (2) 21 21 15
Capacidade Instalada (MVA) 2.082,8 1759,7 1.662,6
Linhas de Transmissão (em km) 672,936 623,51
Rede de Distribuição (em km) (3) 23.791,3 17.291,7 15.180,8
Transformadores de Distribuição (em unidades) (3) 71.609 36.911 33.917
DEC - Capital 35,84 38,26 47,36
FEC - Capital 21,09 24,95 28,94
Indicadores
Venda de Energia por Capacidade Instalada (GWh/MVA*No horas/ano) - - -
Energia Vendida por Empregado (MWh) 2.245 2.201 2.094
Número de Consumidores por Empregado (4) 192 155 181
Valor Adicionado / GWh Vendido (R$/GWh) 214.272 234.829 58.367

(1) Não inclui as atividades de vigilância, limpeza, transporte, etc.


(2) Considerar que as 21 subestações que operaram em 2012, são somente subestações abaixadoras de 69/13.8 kV
(3) Dados referentes ao interior sujeitos à retificação.
(4) Empregado próprios + terceirizados (Não inclui as atividades de vigilância, limpeza, transporte, etc.)

51
Relatório Socioambiental 2012

9.7 Indicadores sociais externos - clientes/consumidores - capital

a) Excelência no Atendimento 2012 2011 2010


Perfil de consumidores e clientes
Venda de energia por classe tarifária (GWh): % Total 100,00 100,00 100,00
Residencial 23,38 22,08 23,4
Residencial baixa renda 0,07 1,06 1,7
Comercial 22,4 21 20,6
Industrial 38 41 40
Rural 0,3 0,2 0,2
Iluminação pública 4,0 2,0 2,0
Serviço público 4,0 3,9 4,1
Poder público 7,7 7,6 7,9
Satisfação do cliente
Índices de satisfação obtidos pela Pesquisa IASC - Aneel 58,40 51,55 51,55
Índices de satisfação obtidos por pesquisas de outras entidades (ABRADEE) 62,50 67,8 56,6
Atendimento ao consumidor 1.084.954 1.209.750 1.365.516
Total de ligações atendidas (Call center) 842.653 685.813 1.064.334
Número de atendimentos nos escritórios regionais 237.645 217.374 288.360
Número de atendimentos por meio da Internet 4.656 6.563 12.822
Reclamações em relação ao total de ligações atendidas (%) 35,43 43,00 26,33
Tempo médio de espera até o início de atendimento (min.) 6,53 7,00 2,25
Tempo médio de atendimento (min.) 3,30 15,00 15,00
Número de reclamações de consumidores encaminhadas 302.612 300.917 280.263
À Companhia 298.570 299.053 277.804
À ANEEL - agências estaduais / regionais 1.495 302 449
Ao PROCON 1.157 627 838
À Justiça 1390 935 1172
Reclamações - Principais motivos 298.570 299.053 277.804
Reclamações referentes a prazos na execução de serviços (%) 4,44 0,05 0,07
Reclamações referentes ao fornecimento inadequado de energia (%) 0,32 1,54 0,84
Reclamações referentes a interrupções (%) 80,80 27,00 83,85
Reclamações referentes à emergência (%) 11,76 18,76 0,05
Reclamações referentes ao consumo/leitura (%) 11,28 5,19 4,9
Reclamações referentes ao corte indevido (%) 0,01 ND ND
Reclamações por conta não entregue (%) 1,41 2,17 1,90
Reclamações referentes a serviço mal executado (%) 0,03 0,00 0,00
Reclamações referentes a danos elétricos (%) 0,58 0,29 0,36
Reclamações referentes a irreg. na medição (fraude/desvio de energia) (%) 0,52 2,23 1,23
Outros (especificar) (%) 0,47 0,49 0,50
Reclamações solucionadas 290.290 299.005 275.590
Durante o atendimento (%) 92,09% 91,51 87,89
Até 30 dias (%) 5,96% 9,93 7,76
Entre 30 e 60 dias (%) 1,10% 0,63 2,49
Mais que 60 dias (%) 0,85% 0,52 1,86
Reclamações Procedentes 267,485 279.434 272.379
Reclamações julgadas procedentes em relação ao total de reclamações recebidas (%) 89,59 93,00 98,05
Reclamações solucionadas em relação ao número de reclamações procedentes (%) 92,14 99,00 98,83
Quantidade de inovações implantadas em razão da interferência do ouvidor e/ou do serviço de
ND ND ND
atendimento ao consumidor.
b) Qualidade Técnica dos Serviços Prestados 2012 2011 2010
Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (DEC), Apurado 21,19 38,26 47,36
Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (DEC), Limite 35,84 23,65 24,89
Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (FEC), Apurado 18,80 24,95 28,94
Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (FEC), Limite 21,08 22,09 24,82
c) Segurança no uso final de energia do consumidor 2012 2011 2010
Taxa de Gravidade (TG) de acidentes com terceiros por choque elétrico na rede ND ND ND
Número de melhorias implementadas com o objetivo de oferecer produtos e serviços mais
ND ND ND
seguros.

52
Relatório Socioambiental 2012

9.8 Indicadores Sociais Externos - Clientes/Consumidores - Interior

a) Excelência no Atendimento 2012 2011 2010


Perfil de consumidores e clientes
Venda de energia por classe tarifária (GWh): % Total 100,00 100,00 100,00
Residencial 40,8 38,42 46,55
Residencial baixa renda 6,17 7,82 13,00
Comercial 15,26 14,75 15,04
Industrial 6,55 6,69 6,57
Rural 5,76 5,50 4,54
Iluminação pública 4,85 4,13 4,19
Serviço público 3,87 4,07 3,94
Poder público 14,26 14,81 15,45
Satisfação do cliente
Índices de satisfação obtidos pela Pesquisa IASC - ANEEL ND ND ND
Índices de satisfação obtidos por pesquisas de outras entidades (ABRADEE) ND ND ND
Atendimento ao consumidor 157.841 213.827 211.778
Total de ligações atendidas (Call center) 19.544 14.094 14.024
Número de atendimentos nos escritórios regionais 138.297 199.733 197.754
Número de atendimentos por meio da Internet - -
Reclamações em relação ao total de ligações atendidas (%) 12,38 ND 40,1
Tempo médio de espera até o início de atendimento (min.) ND ND ND
Tempo médio de atendimento (min.) ND ND ND
Número de reclamações de consumidores encaminhadas 48.622 84.541 84.124
À Companhia 48.449 84.494 84.093
À ANEEL - agências estaduais / regionais 150 19 51
Ao PROCON 13 12 05
À Justiça 10 - -
Reclamações - principais motivos 56.785 84.494 84.093
Reclamações referentes a prazos na execução de serviços (%) 5,18 4,2 4,4
Reclamações referentes ao fornecimento inadequado de energia (%) 16,19 10,35 10,3
Reclamações referentes a interrupções (%) 27,39 30,45 30,3
Reclamações referentes à emergência (%) 15,40 9,15 9,1
Reclamações referentes ao consumo/leitura (%) 14,10 14,25 14,2
Reclamações referentes ao corte indevido (%) - - -
Reclamações por conta não entregue (%) 21,63 32,45 32,3
Reclamações referentes a serviço mal executado (%) - - -
Reclamações referentes a danos elétricos (%) - - -
Reclamações referentes a irreg. Na medição (fraude/desvio de energia) (%) 0,1 0,6 0,6
Outros (especificar) (%)
Reclamações solucionadas 87.880 84.004 83.092
Durante o atendimento (%) 64,3 62,4 53,0
Até 30 dias (%) 21,1 22,8 23
Entre 30 e 60 dias (%) 13,4 12,6 18,5
Mais que 60 dias (%) 1,2 3,1 5,0
Reclamações Procedentes 87.692 83.343 81.200
Reclamações julgadas procedentes em relação ao total de reclamações recebidas (%) 84 98 96
Reclamações solucionadas em relação ao número de reclamações procedentes (%) 100 100 100
Quantidade de inovações implantadas em razão da interferência do ouvidor e/ou do serviço de
ND ND ND
atendimento ao consumidor.
b) Qualidade Técnica dos Serviços Prestados 2012 2011 2010
Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (DEC.), geral da Companhia – Valor
120,31 81,35 116,05
apurado.
Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (DEC.), geral da Companhia –
96,95 121,01 125,05
Limite.
Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (FEC), geral da Companhia –
125,46 93,10 114,87
Valor apurado.
Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (FEC), geral da Companhia –
93,96 127,64 127,71
Limite.
c) Segurança no uso final de energia do consumidor 2012 2011 2010
Taxa de Gravidade (TG) de acidentes com terceiros por choque elétrico na rede concessionária. ND ND ND
Número de melhorias implementadas com o objetivo de oferecer produtos e serviços mais seguros. ND ND ND

53
Relatório Socioambiental 2012

10 DESEMPENHO OPERACIONAL
10.1 Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora – DEC e
Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora – FEC

10.1.1 Na Capital
Em 2012 a cidade de Manaus foi assolada por diversos temporais, com fortes rajadas de
vento e intensas descargas atmosféricas. Essas ocorrências climáticas atípicas, em razão
de sua severidade, causaram danos em grande parte do sistema de distribuição de energia
elétrica, aumentando de forma substancial o tempo exigido para a normalização do
fornecimento.

Ao longo do ano diversas ações foram tomadas para redução do DEC e do FEC,
indicadores cujos valores exprimem o grau de confiabilidade do sistema e da satisfação do
cliente. Tais ações obtiveram êxito, e é possível observar, na prática, a queda dos
indicadores, se comparados com os anos anteriores. Ressalte-se que essa queda seria
ainda maior se tivéssemos expurgado dos cálculos desses indicadores os dias em que a
energia foi interrompida devido aos fortes temporais que causaram interrupções
prolongadas no sistema de distribuição.

Muito embora o DEC e o FEC em 2012 tenham ficado acima dos limites padrões estipulados
pelo Órgão Regulador – ANEEL, as ações realizadas no sistema de distribuição de Manaus
resultaram numa redução significativa desses indicadores com relação ao ano anterior (de
15,47% para o FEC e de 6,32% para o DEC), conforme demonstra a tabela a seguir:

Realizado Meta Variação (%)


Indicador Unidade 12 / Meta 12 / Meta
2012 2011 ANEEL CMDE 12 / 11
ANEEL CMDE
Nº de
FEC 21,09 24,95 18,8 26,77 - 15,47 % + 12,18 % - 21,21 %
interrupções/Ano
DEC Horas/Ano 35,84 38,26 21,19 39,3 - 6,32 % + 69,13 % - 8,80 %

Vale destacar que em 2011, o processo de Coleta de Dados e Cálculo dos Indicadores de
Continuidade Individuais e Coletivos foi Certificado ISO 9001:2008, concedido pelo
Organismo Certificador TUV Rheinland e sua manutenção está em vigência até a presente
data.

Os gráficos a seguir apresentam a evolução histórica dos indicadores médios na capital, no


que diz respeito ao tempo em que os consumidores ficaram privados do fornecimento de
energia e do número de vezes que faltou o fornecimento.

DEC Capital – horas 39,30 FEC Capital – Nº de Interrupções 26,77


38,26 35,84 24,95
33,52 21,08
19,51
27,12 18,80
16,45
23,95
21,04 14,46
18,91 21,19 12,77
11,41
15,4616,93 10,16
12,3013,68 8,98
7,71
6,61
6,09 3,35
4,23 2,25
out/12
2011

2011

ago/12

CMDE
fev/12

abr/12

jul/12
mai/12

set/12

nov/12

dez/12
ago/12

out/12

jan/12

jun/12
jul/12
abr/12

CMDE
jan/12

fev/12

mai/12

jun/12

set/12

nov/12

dez/12

mar/12

ANEEL
ANEEL
mar/12

Realizado Histórico Realizado Histórico Metas 2012

54
Relatório Socioambiental 2012

10.1.2 No Interior

No interior do Estado do Amazonas o DEC e o FEC no exercício de 2012, foram de,


respectivamente, 96,76 horas e 94,00 interrupções. Os indicadores apresentaram um
aumento em relação ao ano de 2011, em decorrência de causas ligadas a área de geração,
muito embora o FEC tenha ainda fechado o ano abaixo da meta estipulada pelo CMDE.

A Companhia pretende alcançar em 2013 resultados mais satisfatórios, por meio da


ampliação da capacidade de geração, da implantação de novas tecnologias para automação
da distribuição e do aumento da reserva técnica das usinas e da capacidade de
armazenamento de óleo combustível.

Os gráficos a seguir apresentam a evolução histórica dos indicadores médios no interior, no


que diz respeito ao tempo que os consumidores ficaram privados do fornecimento de energia
e do número de vezes que faltou o fornecimento.

DEC Global Acumulado Interior – horas 120,31 FEC Global Acumulado Interior – Nº de 125,46
Interrupções
96,76
91,72 94,00 98,39
84,75 93,56 87,91
81,66 76,94 81,54 81,15
68,22 74,21
60,19 66,39
58,77
51,02 50,56
41,43 41,02
29,22 31,22
21,18 22,58
13,34 15,00
6,86 8,05
abr/12
2011

ago/12

CMDE
out/12
jul/12
mai/12

nov/12

dez/12
jan/12

fev/12

jun/12

set/12
mar/12

ANEEL

fev/12

abr/12

set/12

nov/12

dez/12
2011

ago/12

out/12
mar/12

jul/12

ANEEL

CMDE
jan/12

mai/12

jun/12

Realizado Histórico Metas 2012 Realizado Histórico Metas 2012

10.1.3 Global
Em 2012, os indicadores DEC e FEC globais, representativos das horas e do número de
vezes em que os consumidores da capital e do interior ficaram privados do fornecimento de
energia, apresentaram em relação ao registrado em 2011, um aumento de 9,55% no DEC
Global e uma redução de 2,13% no FEC Global. O aumento no DEC Global foi devido
sobretudo ao acréscimo verificado no DEC referente ao interior do Estado que passou de
81,66 horas em 2011 para 96,76 horas em 2012.

60,13
DEC Global – horas 56,76
56,59 FEC Global – Nº de Interrupções50,15
56,89
54,89 50,17 53,00 51,24 50,00
46,81
45,18 42,32
39,99 38,39
35,47 34,30
30,58 30,40
25,84 26,33
21,78
19,88
15,84 17,08
12,96
8,97 7,97
5,27 4,53
abr/12
fev/12

set/12
2011

ago/12

out/12
jul/12

CMDE
mai/12

nov/12

dez/12
jan/12

jun/12
mar/12

ANEEL

2011

ago/12

out/12

CMDE
abr/12

jul/12
jan/12

fev/12

mai/12

jun/12

set/12

nov/12

dez/12
mar/12

ANEEL

Realizado Histórico Metas 2012 Realizado Histórico Metas 2012

10.2 Tempo Médio de Atendimento a Emergências – TMAE


Visando atender com o menor tempo possível às emergências ocorridas na rede de
distribuição, a Amazonas Energia realizou e intensificou na capital, durante o ano de 2012, o
55
Relatório Socioambiental 2012

trabalho de gestão direta das equipes de campo e do monitoramento do sistema. No Interior


do Estado, foram realizadas ações voltadas para a gestão do desempenho das equipes de
atendimento, para a implementação do serviço de plantão nas localidades com tempo de
preparação diagnosticado como critico, para a continuidade da implantação do Sistema de
Gerenciamento da Distribuição – SGD, do plano de implantação do sistema de gestão e
despacho de serviços e do monitoramento de veículos via dados.

O Tempo Médio de Atendimento tanto na capital quanto no interior aumentaram em relação


ao realizado em 2011. Na capital, esse resultado foi influenciado principalmente pela
ocorrência de interrupções prolongadas provocadas por diversos temporais que dificultaram
os trabalhos das equipes para a normalização do fornecimento. Já no interior do Estado se
deve basicamente ao aumento do tempo de deslocamento para atender as emergências nas
localidades de mais difícil acesso.

O quadro a seguir apresenta os valores realizados em 2011 e 2012 e a Meta CMDE para o
Tempo Médio de Atendimento Global, da Capital e do Interior.

Realizado Variação (minutos)


TMAE Unidade Meta CMDE
2012 2011 12 - 11 12 - Meta CMDE

Global minutos 171,37 144,69 161,00 + 26,68 + 10,37

Capital minutos 159,15 137,63 160,00 + 21,52 - 0,85

Interior minutos 185,74 156,50 163,00 + 29,24 + 22,74

10.3 Perdas de Energia Elétrica


10.3.1 Na Capital
Durante o ano de 2012, foram realizadas 51.855 inspeções em unidades consumidoras
onde foram encontradas 21.436 irregularidades (fraudes, desvios, falhas na medição), com
percentual de acerto de 41%, que ajudaram na obtenção do resultado de recuperação em
energia de 118.895 MWh decorrente de cobrança de processos de irregularidades. Esse
resultado equivale a um aumento de 2.278% de energia recuperada quando comparado à
média dos anos anteriores (4.999 MWh), conforme demonstrado no gráfico abaixo:

O parque de equipamentos instalados com telemedição nas unidades consumidoras do sub-


grupo A4/13.8 kV é composto atualmente de 517 conjuntos de medição externa e de 2.118
remotas (medição interna), totalizando 2.635 unidades consumidoras monitoradas e
faturadas remotamente. Do total das 30 unidades consumidoras do sub-grupo 69 kV, foram
instaladas remotas em 14 unidades, possibilitando o monitoramento do comportamento de
consumo de energia diariamente.

56
Relatório Socioambiental 2012

A Amazonas Energia está intensificando a realização de operações especiais feitas em


conjunto com o Instituto de Criminalística (IC) e Polícia Civil e Militar, que obteve bastante
repercussão na imprensa local, bem como, houve ações de retirada de clandestinos
interligados em nossa rede de Média Tensão (MT).

RESUMO DAS OPERAÇÕES ESPECIAIS – 2012

Quantidades de Operações 27

Total de Transformador desligado 26

Total de Potência de Transformadores (kVA) 2592,5

Total de Carga Instalada (kW) 14.987

Total de Energia Estimada recuperada (kWh/mês) 1.555.002

RESUMO DA RETIRADA DE CLANDESTINOS DA MT – 2012

Quantidade de ações 9

Total de Transformadores Retirados 11 com um total de 1095 kVA

Total de Transformadores desligados 54 com um total de 1555 kVA

Total de Potência de Transformadores 2650 kVA

O resultado dessas ações especiais e mais a implantação de melhoria no processo de


faturamento, levaram a expressiva redução de 3,1 pontos em relação ao ano anterior.

O gráfico a seguir mostra a evolução das perdas acumuladas na capital no período


2005/2012:

10.3.2 No Interior
As perdas globais anualizadas de energia elétrica em dezembro de 2012 registraram o
índice de 29,9%, com uma queda de 1,7 pontos percentuais em relação a 2011.

Essa redução é fruto das diversas ações de combate às perdas, das quais citamos o
recadastramento da carga de iluminação pública, ampliação de redes de distribuição para
regularização de unidades consumidoras clandestinas e as ações de fiscalização e
autuação.

O gráfico a seguir mostra a evolução das perdas no período 2005/2012:

57
Relatório Socioambiental 2012

10.3.3 Global

O gráfico a seguir mostra a evolução das perdas globais no período 2008/2012:

58
Relatório Socioambiental 2012

11 UNIVERSALIZAÇÃO E TARIFA DE BAIXA RENDA


11.1 Programa Luz Para Todos
O PLpT foi criado pelo Governo Federal por meio do Decreto n.º 4.873 de 11 de novembro
de 2003, sendo sua execução prorrogada até 31/12/2014, por meio do Decreto nº. 7.520, de
08 de julho de 2011. O programa é coordenado pelo Ministério de Minas e Energia – MME e
operacionalizado com a participação da Eletrobras, Governos Estaduais e das Empresas
Concessionárias de Distribuição de Energia Elétrica.

O Programa Luz para Todos tem como objetivo levar o desenvolvimento socioeconômico às
comunidades menos favorecidas no meio rural, proporcionando o conforto e os benefícios
gerados pela utilização da energia elétrica, bem como propiciar o aumento de renda e a
inclusão social da população beneficiada.

No estado do Amazonas o programa tem de vencer as peculiaridades geográficas e


climáticas típicas da região. Com imensas dimensões territoriais, necessita de uma logística
planejada, considerando os períodos das cheias e das vazantes dos rios. Nos 10 anos de
existência do Programa Luz para Todos, foram desenvolvidas e utilizadas tecnologias
inovadoras, começando pelos revolucionários “postes de fibra”, em substituição aos
pesados postes de concreto, que tornaram a logística e o processo de instalação mais fácil,
reduzindo o tempo e os custos para a chegada da luz elétrica aos lugares mais distantes.
Na sequência vieram as redes ecológicas, usando cabos elétricos específicos, suportes
especiais para fixação em árvores criteriosamente selecionadas e os cabos subaquáticos de
média tensão, desenvolvidos para vencer as travessias dos rios, lagos e igarapés que
existem em abundância na região Amazônica. E, mais recentemente, o projeto desenvolvido
para atender as comunidades localizadas em regiões consideradas remotas, onde a rede
elétrica convencional não chega por motivos técnicos, ecológicos e financeiros, cuja
característica principal é a de utilizar miniusinas fotovoltaicas associadas às minirredes de
baixa tensão e um sistema inovador de venda de energia pré-paga.

O projeto “12 miniusinas fotovoltaicas com minirredes e sistema de venda de energia pré-
paga” está ativo nas comunidades São Sebastião do Rio Preto (Autazes), Terra Nova
(Barcelos), Nossa Senhora do Carmo (Beruri), Mourão e Santo Antonio (Eirunepé), Nossa
Senhora de Nazaré, Santa Luzia, Santa Maria e São José (Maués), e Aracarí, Bom Jesus do
Puduari e Sobrado (Novo Ayrão).

Dando continuidade ao programa de atendimento as comunidades remotas, a Amazonas


Energia aguarda a homologação por parte da Empresa de Pesquisa Energética – EPE, do
“Projeto de Referência” que irá beneficiar outras 95 comunidades do Estado do Amazonas.
Este novo projeto prevê o monitoramento e a automatização de todas as miniusinas e
minirredes em cada uma dessas comunidades.

Desde o início da execução do programa até o mês de dezembro de 2012, foram atendidos
83.172 domicílios, por meio da construção de 12.581 km de rede elétrica, beneficiando uma
população de aproximadamente 416.000 pessoas em todo o Estado do Amazonas. Para o
ano de 2013, o PLpT da Amazonas Energia aguarda a aprovação do 6º Programa de Obras,
que prevê a construção de 3.434 km de rede para beneficiar 13.095 novos domicílios.

Em 2012, no âmbito das realizações do Programa Luz para Todos no estado do Amazonas,
destacamos o uso da tecnologia dos cabos subaquáticos, aplicados em travessias de áreas
alagadas, tais como igarapés, lagos e rios, inclusive os de navegação intensa, levando
energia aos lugares onde a rede de distribuição aérea torna-se inviável. Esta tecnologia
permite reduções de custos operacionais, eliminando a necessidade da utilização de
pequenas fontes de geração de energia elétrica e evitando a construção de outras. Assim,

59
Relatório Socioambiental 2012

até o final do ano de 2012 foi lançado um total de 40.624 metros de cabos subaquáticos em
44 travessias, beneficiando mais de 32 mil pessoas em 18 municípios.

Por fim salientamos que com base nas informações do CENSO 2010 – IBGE e
levantamentos realizados pela Amazonas Energia e órgãos do Governo Estadual, estima-se
ainda existir uma demanda não atendida da ordem de 90.600 novos domicílios no meio
rural, dos quais 59.000 estão em comunidades consideradas remotas, equivalendo a
aproximadamente 3.000 comunidades.

Atendimento aos domicílios em áreas rurais

Comunidade de Sobrado – Município Novo Ayrão - Miniusinas fotovoltaicas Transporte de poste de fibra a comunidade sem acesso

Lançamento do cabo subaquático – Ilhas Paciência - Município de Iranduba

11.2 Tarifa de Baixa Renda

A Tarifa Social de energia elétrica para consumidor de baixa renda foi implantada em
cumprimento à Lei Federal nº. 10.438/02, de 26 de abril de 2002, regulamentada por meio
das Resoluções nº. 246/2002; 485/2002; 253/2007 e 407/2010 da ANEEL, estabelecendo as
condições de aplicação da Tarifa Social de Energia Elétrica – TSEE para as unidades
consumidoras classificadas na Subclasse Residencial Baixa Renda, visa proporcionar

60
Relatório Socioambiental 2012

descontos na fatura de energia de 10% a 65% do valor real da tarifa, desde que as unidades
consumidoras em especial as residenciais tenham uma faixa de consumo de até 80 kWh
mensal, e um consumo de 80 até 220 kWh. Entretanto as unidades consumidoras serão
classificadas na Subclasse Residencial Baixa Renda, desde que sejam utilizadas por:
família inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, com renda
familiar mensal per capita menor ou igual a meio salário mínimo nacional; ou quem receba o
Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social – BPC; ou família inscrita no
Cadastro Único com renda mensal de até três salários mínimos, que tenha portador de
doença ou patologia cujo tratamento ou procedimento médico requeira o uso continuado de
aparelhos, equipamentos ou instrumentos que, para o seu funcionamento, demandem
consumo de energia elétrica, além disso, a subclasse Residencial Baixa Renda Indígena e
Residencial Baixa Renda Quilombola terão direito a desconto de 100% (cem por cento) até
o limite de consumo de 50 (cinquenta) kWh por mês. A unidade consumidora que consome
até 100 kWh por mês em ligação monofásica tem automaticamente direito à tarifa social,
ressaltando que vale a média dos últimos 12 meses desde que, nesse período, não haja
consumo superior a 120 kWh em dois meses. Embora a Resolução tenha mantido os limites
regionais para a aplicação do desconto tarifário, o limite nacional para inclusão na tarifa
residencial de baixa renda foi fixado em 220 kWh/mês, porém, manteve os limites regionais
como referência para aplicação de descontos. Estes limites regionais deverão ser revistos
uma vez que se observa grande discrepância entre estados com características climáticas,
sociais e econômicas semelhantes ou distintas; no Amazonas o limite de consumo
estipulado para aplicação do desconto foi de 200 kWh/mês.

11.3 Indicadores de Tarifa de Baixa Renda - Capital


Discriminação 2012 2011 2010
Número de domicílios atendidos como “Baixa Renda” 1.470 132.722 118.794
Total de domicílios “baixa renda” do total de domicílios atendidos
0,4% 32% 27%
(clientes/consumidores residenciais) (%)
Receita de faturamento na subclasse residencial “Baixa Renda” (R$) 76.803 426.946 611.804
Total da receita de faturamento na subclasse residencial “Baixa Renda” em relação
0,16 0,09 1,68
ao total da receita de faturamento da classe residencial (R$ Mil)
Subsídio recebido (Eletrobras), relativo aos consumidores “baixa renda” (R$) ND ND

11.4 Indicadores de Tarifa de Baixa renda - Interior


Discriminação 2012
Número de domicílios atendidos como “Baixa Renda” 37.3345
Total de domicílios “Baixa Renda” do total de domicílios atendidos (clientes/consumidores residenciais) (%) 15,4%
Receita de faturamento na subclasse residencial “Baixa Renda” (R$ Mil) 1.499.967
Total da receita de faturamento na subclasse residencial “Baixa Renda” em relação ao total da receita de
9,7%
faturamento da classe residencial (%)
Subsídio recebido (Eletrobras), relativo aos consumidores “Baixa Renda” (R$ Mil)

61
Relatório Socioambiental 2012

12 RELACIONAMENTO COM FORNECEDORES


No ano de 2012 foram realizados os seguintes cadastramentos: 72 novos fornecedores, 247
diversos, 31 hotéis, 34 colaboradores, 16 credenciamentos na área de saúde, 18 agências
bancárias, 503 consumidores e 23 cadastros ativados, totalizando: 944 cadastramentos.

Em 2012, o valor total das contratações da Amazonas Energia, foi de aproximadamente R$


1.483 milhões, decorrentes de 362 processos licitatórios. O valor contratado superou a
marca de 2011 em, aproximadamente, 159%.

Quanto à economicidade, as respectivas requisições de compra ultrapassaram a marca de


R$ 1.740 milhões, gerando uma economia aproximada de R$ 258 milhões, extraídos da
operação valor estimado das requisições, menos os valores revogados e o efetivamente
contratado. Em pontos percentuais, a economicidade se manteve na ordem de 15%.

Em 2012, a modalidade pregão subiu para faixa dos 80% dos processos de aquisição,
superando em 10% o exercício anterior.

O quadro a seguir demonstra, por modalidade, quantitativos, valores e percentuais de


participação, em relação ao quantitativo total de processos concluídos no exercício em
questão, assim como ao valor total contratado:

% de Participação s/ o % de Participação
Quantitativo
Modalidade total de processos Valor Contratado sobre o valor
de processos
concluídos contratado
Concorrência 20 5,52 1.153.282.027,37 77,78
Tomada de Preços 6 1,66 2.046.293,26 0,14
Carta Convite 1 0,28 88.553,58 0,00
Pregão Eletrônico e
289 79,83 247.025.157,16 16,66
Presencial
Dispensa de Licitação 15 4,14 18.672.287,64 1,26
Inexigibilidade 17 4,70 18.182.826,26 1,23
Sistema de Registro de
14 3,87 43.425.089,60 2,93
Preços
Total 362 100,00 1.482.722.234,87 100,00

12.1 Indicadores Sociais Externos – Fornecedores (1)


a) Seleção e avaliação de fornecedores 2012 2011 2010
Fornecedores inspecionados pela Empresa/total de fornecedores (%) ND ND ND
Fornecedores não qualificados (não conformidade com os critérios de responsabilidade social da
ND ND ND
Empresa) / total de fornecedores (%)
Fornecedores com certificação SA 8000 ou equivalente / total de fornecedores ativos (%) ND ND ND
b) Apoio ao desenvolvimento de fornecedores 2011 2010 2009
Número de capacitações oferecidas aos fornecedores ND ND ND
Número de horas de treinamento oferecidas aos fornecedores ND ND ND
(1) Quanto a trabalho infantil, trabalho forçado e condições de saúde e segurança no trabalho, etc.

62
Relatório Socioambiental 2012

13 COMUNICAÇÃO, RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL


13.1 Comunicação
Na comunicação com o público interno, foi utilizado os meios disponíveis (intranet, Outlook,
ICQ, desktop) para divulgar eventos, campanhas de Sustentabilidade e outras específicas.
Nesse sentido, faz-se importante mencionar que a Amazonas Energia, por meio da
Resolução de Diretoria-RES nº 028, de 07 de fevereiro de 2012, aprovou a criação do
Boletim Eletrônico Interno – BEI, com divulgação periódica ordinária (mensal) e
extraordinária (quando necessária aplicação imediata), pela intranet da Companhia, de
forma a conferir transparência aos procedimentos administrativos. O BEI contém, no
mínimo, as seguintes informações: Movimentação de Pessoal; Licenças e Afastamentos;
Concessão de Benefícios; Férias; Circulares emitidas no mês; Viagens a Serviço ou para
Capacitação; Resoluções de Diretoria e Sindicâncias e Procedimentos Administrativos
Disciplinares.

No que tange a comunicação com o público externo, a empresa utilizou as mídias sociais
(Facebook, twitter e youtube) para divulgar ações e campanhas institucionais tais como: uso
adequado de energia elétrica, direitos e deveres dos consumidores, riscos e perigos com a
energia elétrica e conhecendo os serviços da empresa. A Campanha sobre “Investimentos
realizados em 2012” foi estrategicamente realizada na mídia local para informar a população
as melhorias que a empresa está proporcionando para o setor elétrico do Amazonas. A
empresa aderiu ainda a Campanha nacional sobre Segurança na Rede Elétrica, realizada
pela ABRADEE.

Comprometidos também com a transparência na gestão pública, a Amazonas Energia


divulga em seu site www.amazonasenergia.gov.br, dados que são de interesse coletivo com
o objetivo de facilitar o acesso à informação pública, conforme determina a Lei de Acesso à
Informação (Lei 12.527, de 18/11/2011). Outra fonte de informação é a Carta de Serviços ao
Cidadão também à disposição no site da Empresa. Nesse documento a Amazonas Energia
reafirma o compromisso que tem com o cidadão amazonense e brasileiro, ao dispor todos
os procedimentos comerciais necessários à realização do atendimento ao cliente, bem como
seus postos de atendimento e sua localização. Ademais, à disposição da sociedade em
geral, está no site a divulgação dos Processos de Prestação de Contas Anual, desde o
exercício 2005.

13.2 Responsabilidade Social


Para a Amazonas Energia, a gestão para a sustentabilidade define-se pela relação ética e
transparente com todos os públicos com os quais se relaciona e pelo estabelecimento de
metas empresariais que impulsionem o desenvolvimento sustentável da sociedade,
preservação recursos ambientais e culturais para as gerações futuras, respeito à
diversidade e a redução das desigualdades sociais.

Neste contexto, foram executados projetos e ações nas dimensões: social, ambiental e
econômica que estimulam a sustentabilidade e encontram-se alinhadas às metas dos
Objetivos de Desenvolvimento do Milênio – ODM das Nações Unidas. Em 2012, destacam-
se:

Seminário de Sustentabilidade, Meio Ambiente e Energia: Foi realizado objetivando propiciar


um espaço proveitoso de troca de conhecimento e experiências sobre questões de
sustentabilidade, meio ambiente e energia com organismos da sociedade cível,
fornecedores, clientes/consumidores e demais públicos interessados;

63
Relatório Socioambiental 2012

Equidade de Gênero e Raça: Desde 2007, em alinhamento às metas do milênio vem sendo
desenvolvido o Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça. Este programa consiste em
desenvolver novas concepções na gestão de pessoas e cultura organizacional para redução
das desigualdades de gênero e raça no ambiente corporativo. Em 2012, a Companhia
desenvolveu satisfatoriamente as ações pactuadas junto à Secretaria de Política para as
Mulheres – SPM. Foram realizados eventos como o Dia Internacional da Mulher, Campanha
Outubro Rosa e a Campanha dos 16 dias pelo fim da violência contra as mulheres;

Coleta Seletiva: Objetivando a redução do descarte de materiais reciclados, a Companhia


desenvolve o Projeto Coleta Seletiva de papéis e papelão, cumprindo o Decreto 5.940/2006
desde a sua publicação. Em 2012 foram coletadas 6 (seis) toneladas de papel e papelão
com destinação para associações de catadores, contribuindo para geração de renda de
famílias da capital amazonense;

Consumo Consciente: A Companhia desenvolve ações educativas direcionadas ao público


interno que objetivam o consumo consciente e responsável de materiais de escritório, água
e energia elétrica contribuindo para as mudanças de hábitos e reduzindo os impactos
ambientais e desgaste do meio ambiente.

Mobilização Social: O fortalecimento da relação com a sociedade, em especial com as


comunidades do entorno de seus empreendimentos tornou-se um dos alicerces das ações
de sustentabilidade desenvolvidas pela Companhia. Em junho de 2012 foram oferecidos
serviços de promoção à cidadania, atendimento ao consumidor e apresentações culturais à
comunidade do Município de Iranduba.

13.3 Responsabilidade Ambiental


13.3.1 Licenciamentos Ambientais
Em 2012, a Companhia obteve 31 novos e 11 renovações de licenciamentos ambientais,
entre: Licença Prévia, de Instalação e de Operação, além da obtenção de 11 novos alvarás.
Os gráficos abaixo apresentam os números detalhados:

64
Relatório Socioambiental 2012

Visando a obtenção das licenças ambientais para a expansão do Sistema de Transmissão


em 138 kV e ampliação da potência do parque gerador no Estado do Amazonas, foram
elaborados estudos ambientais compostos de Relatórios Ambientais Simplificados – RAS e
Estudos de Impacto de Vizinhança – EIV.

13.3.2 Auditoria, Recuperação e Preservação Ambiental


Em 2012, a Amazonas Energia deu continuidade a importantes projetos ambientais,
repasses financeiros para a manutenção do Programa Waimiri-Atroari, ações de mitigação e
monitoramento ambiental. A seguir, encontram-se as principais ações realizadas para a
recuperação e preservação do meio ambiente:

13.3.2.1 Monitoramento e Destinação Final de Resíduos


Foram descartados adequadamente, em atendimento à legislação ambiental, 1.016.106
litros óleo lubrificante usado ou contaminado, e 3.745.905 litros de água contaminada, borra
oleosa, resíduos provenientes do sistema separador de água e óleo e 397.382 kilogramas
de resíduos sólidos contaminados com resíduos oleosos e outros contaminantes, gerados
nas usinas térmicas e subestações.

13.3.2.2 Recuperação de Áreas Degradadas


O Programa de Restauração de Áreas Degradadas em Balbina – PRAD Balbina envolve
atividades como: coleta de sementes, preparação e plantio de mudas, manutenção das
áreas de reflorestamento e produção de composto orgânico utilizado na preparação do solo,
tendo como aspecto positivo a redução de custos para a Companhia, vez que o adubo
orgânico é preparado com o lixo orgânico gerado no Centro de Preservação e Pesquisa de
Mamíferos e Quelônios Aquáticos, de Balbina. Em 2012, foram plantadas 7.000 mudas de
espécies nativas dos grupos ecológicos pioneiras e secundárias e realizada manutenção
das áreas onde os plantios já havia sido reali zado. O PRAD Balbina marcou presença em
eventos socioculturais e científicos como: a Semana do Meio Ambiente da Escola Municipal
de Balbina, participação em eventos científicos relacionados ao tema de Restauração de
Áreas degradadas – SINRAD entre outros.

13.3.2.3 Monitoramento da Qualidade da Água do Reservatório


Foram realizadas coletas e análise da água, composto de parâmetros físico-químicos, onde
foram monitorados 6 pontos do reservatório da UHE-Balbina e 5 pontos no rio Uatumã
(jusante), com frequência trimestral. Foram coletadas amostras de águas em perfil no
reservatório (superfície, 2xSecchi, ½ profundidade e profundidade-1) e no rio (superfície e
profundidade-1), totalizando 34 amostras trimestrais e 136 amostras anuais. Os parâmetros

65
Relatório Socioambiental 2012

analisados foram: alcalinidade total, cálcio, cloreto, condutividade, cor verdadeira, fluoreto,
fosfato, magnésio, nitrato, nitrito, nitrogênio amoniacal, oxigênio dissolvido, pH, potássio,
sódio, sólidos dissolvidos totais, sólidos totais, sólidos em suspensão, sulfato, temperatura e
turbidez, totalizando 714 determinações trimestrais e 2.856 determinações anuais;

13.3.2.4 Ações Compensatórias


Em 2012, foram mantidos em recintos específicos para reabilitação e posterior soltura dos
animais aptos, 60 aves, entre papagaios, araras, gaviões, corujas e passeriformes, 61
mamíferos (dentre eles 52 peixes-boi da Amazônia, além de ariranha, lontra, anta, paca,
porcos do mato, jupará e cutia). Foram soltos no rio Uatumã, 20.218 filhotes de quelônios à
jusante da barragem na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Uatumã.

Somando-se a estas ações encontram-se os convênios celebrados com a Secretaria de


Estado da Produção Rural - SEPROR com objetivo de dar continuidade às ações do Centro
de Tecnologia, Treinamento e Produção em Aquicultura - CTTPA e da Estação de
Piscicultura de Balbina e com a Fundação Nacional do Índio - FUNAI que por sua vez
objetiva ressarcir a comunidade indígena Waimiri-Atroari pela perda de posse de suas terras
imemoriais, a inundação da aldeia Tapupunã no Rio Abonari e suas áreas de uso, perda das
áreas de uso no Rio Taquari, da aldeia TAQUARI e os prejuízos de ordem cultural inerente à
remoção para outro local, em decorrência da formação do reservatório da UHE Balbina.

66
Relatório Socioambiental 2012

13.3.3 Indicadores ambientais

Geração e tratamento de resíduos 2012 2011 2010


Emissão
Volume anual de gases do efeito estufa (CH4) em toneladas ND ND ND
Volume anual de gases do efeito estufa (N2 O) em toneladas ND ND ND
Volume anual de gases do efeito estufa (HFC) em toneladas ND ND ND
Volume anual de gases do efeito estufa (PFC) em toneladas ND ND ND
Volume anual de gases do efeito estufa (SF6) em toneladas ND ND 0,1
Volume anual de gases do efeito estufa (CO2) em toneladas ND ND ND
Volume anual de emissões destruidoras de ozônio (em toneladas de CFC
ND ND NA
equivalentes)
Efluentes
3
Volume total de efluentes Líquidos (em m ) 4.762 2.761,2 1.545,69
Volume total de efluentes Sólidos (em t) 397,4 689,99 221,69
Volume total de efluentes com tratamento NA NA ND
Percentual de efluentes tratados (%) sólidos NA NA ND
Quantidade anual (em toneladas) de resíduos sólidos gerados (lixo, dejetos, entulho
ND ND ND
etc.)
Percentual de resíduos encaminhados para reciclagem sem vínculo com a
ND ND ND
Companhia
Percentual de resíduos reciclados por unidade ou entidade vinculada à Companhia
ND 00 00
(projeto específico)
Gastos com reciclagem dos resíduos (R$ Mil) NA NA ND
Percentual do material de consumo reutilizado (matérias-primas, equipamentos, NA NA ND
Gastos com destinação final de resíduos não perigosos. (R$ Mil) ND ND ND

Manejo de resíduos sólidos 2012 2011 2010


Percentual de equipamentos substituídos por óleo mineral isolante sem PCB
NA NA NA
(Ascarel).
Percentual de lâmpadas descontaminadas em relação ao total substituído na
NA NA NA
Companhia
Percentual de lâmpadas descontaminadas em relação ao total substituído nas
NA NA NA
unidades consumidoras
Gastos com tratamento e destinação de resíduos tóxicos (incineração, aterro,
NA NA 4.924
biotratamento e etc.). (R$ Mil)

Uso de recursos no processo produtivo e em processos gerenciais da


2012 2011 2010
organização
Consumo total de energia por fonte
- hidrelétrica (em kWh) 3.806.400
- combustíveis fósseis (em l) 995.763.361 552.305.421 337.436.079
- fontes alternativas (gás, energia eólica, energia solar etc.) (em m3) 449.380.634 180.558.235 ND
Consumo total de energia (em kWh) 118.952.000 113.838.765 73.321.473
Consumo de energia por kWh distribuído (vendido) ND
Consumo total de combustíveis fósseis pela frota de veículos da Companhia por
quilômetro rodado
- diesel (em l) 323.476 260.000 52.310
- gasolina (em l) 218.431 267.000 129.352
- álcool NA NA NA
- gás natural NA NA NA
Consumo total de água por fonte (em m3)
- abastecimento (rede pública) 20.892 ND -
- fonte subterrânea (poço) ND ND ND
- captação superficial (cursos d’água) ND ND ND
Consumo total de água (em m3) 20.892 ND ND
Consumo de água por empregado (em m3) 9,17 ND ND
Redução de custos obtida pela redução do consumo de energia, água e material. ND ND ND

67
Relatório Socioambiental 2012

Origem dos produtos - material de consumo Meta 2012 2011 2010


Percentual do material adquirido em conformidade com os critérios
00 NA NA
ambientais verificados pela Companhia / total de material adquirido
Percentual do material adquirido com Selo Verde ou outros (Procel,
00 NA NA
Inmetroetc.)
Percentual do material adquirido com certificação florestal (Imaflora,
00 NA NA
FSC e outros)

Uso de Recursos no Processo Produtivo e em


Meta 2012 2011 2010
Processos Gerenciais da Organização
Educação ambiental - Comunidade - Na organização
Número de empregados treinados nos programas de educação
38 ND 00
ambiental.
Percentual de empregados treinados nos programas de educação
0,02 ND 00
ambiental / total de empregados.
Número de horas de treinamento ambiental / total de horas de
0,01 NA 00
treinamento.
Recursos Aplicados (R$ Mil) NA NA 00
Educação ambiental - Comunidade NA NA 00
Número de unidades de ensino fundamental e médio atendidas. NA NA 00
Percentual de escolas atendidas / número total de escolas da área
NA NA 00
de concessão
Número de alunos atendidos. NA NA 00
Percentual de alunos atendidos / número total de alunos da rede
NA NA 00
escolar da área de concessão
Número de professores capacitados NA NA 00
Número de unidades de ensino técnico e superior atendidas. NA NA 00
Percentual de escolas atendidas / número total de escolas da área
NA NA 00
de concessão
Número de alunos atendidos. NA NA 00
Percentual de alunos atendidos / número total de alunos da rede
NA NA 00
escolar da área de concessão
Recursos Aplicados (R$ Mil) NA ND 00

PEEs destinados à formação da cultura em conservação


Meta 2012 2011 2010
e uso racional da energia
Número de domicílios do segmento baixa renda atendidos pelo
ND ND
programa
Percentual de domicílios do segmento baixa renda atendidos pelo
ND ND
programa
Número de equipamentos eficientes doados ND ND
Número de domicílios atendidos para adequação das instalações
ND ND
elétricas da habitação
Número de profissionais eletricistas treinados pelo programa ND ND
PEEs Aquecimento solar ND ND
Número de sistemas de aquecimento solar instalados ND ND
PEEs Gestão energética municipal ND ND
Número de municípios atendidos pelo programa de gestão
ND ND
energética municipal

P & D voltados ao meio ambiente, cultura, esporte,


Meta 2012 2011 2010
turismo e saúde

Recursos Aplicados em P&D (R$ Mil)

Número de Patentes registradas no INPI

Recursos Aplicados em Cultura, Esporte e Turismo (R$ Mil)

Recursos Aplicados em Saúde (R$ Mil)

68
Relatório Socioambiental 2012

Indicadores de desempenho - Geração Hidráulica Unidades de medida 2012


Consumo máximo em KWh
Consumo de energia elétrica das unidades geradoras e auxiliares
definido por usina hidrelétrica
Consumo máximo de vazão
Consumo de água por KWh gerado
(m³/s) por KWh entregue.
Unidade de área (ha) erodido
Erosão de bordas de reservatório ND
por ano
Unidades de mudas ou área
Restauração de mata ciliar ND
plantada/recuperada por ano.
Recuperação de Área Degradada Unidades de mudas plantadas 7.000
Unidades dos parâmetros de
Qualidade de água e de sedimentos dos reservatórios. qualidade da água, sedimentos
e grau de eutrofização.
Kg de peixe por parada de
Resgate de peixes em turbinas ND
máquina.
Quantidade de alevinos soltos
Repovoamento de peixes NA
em reservatórios por ano
Quantidade de quelônios soltos
Repovoamento de Quelônios 20.218
em reservatórios por ano.
Quantidade de animais
Reabilitação de Animais 60
reabilitados pelo CPPMQA por
ano.
Litros de óleo lubrificante
Consumo de óleos e graxas lubrificantes utilizados mensalmente por ND
água turbinada (m³/s).
Toneladas/ano ou m³/ano,
Retirada de resíduos em reservatórios (lixo, macrófitas, efluentes
dependendo do tipo de resíduo ND
industriais e domésticos e sedimentos de assoreamento).
aportado ao reservatório.
Lançamento de efluentes sanitários sem tratamento e vazamento de Toneladas/ano ou m³/ano,
ND
óleos lubrificante e hidráulico nas turbinas dependendo do tipo de óleo.

Indicadores de desempenho – Geração Térmica Unidades de medida 2012


Emissão de gases do efeito estufa Toneladas/ano por tipo de gás (SOx, NOx etc.) ND
Descarte de resíduos durante o processo de geração de energia Unidade de material descartado por ano (l/ano,
ND
elétrica (óleos e graxas, purgas de caldeiras, hidrasinas etc.) kg/ano)
Unidade de área recuperada (ha) por ano e
Recuperação de áreas degradadas pela extração do carvão e de
empenho de recursos em projetos de recuperação e NA
seus resíduos gerados
preservação (R$/ano)
Consumo de água de reposição durante a geração de energia Unidade de volume de água (m³) por MWh gerado ND

Indicadores de desempenho – Transmissão e/ou


Unidades de medida 2012
Distribuição
Supressão Vegetal M² de área suprimida por trimestre ND
Poda Volume de resíduos gerado em m³ por mês ND
Número de ocorrências e área degradada por
Incidências de queimadas NA
queimadas por ano
Vazamento de óleo Pontos de vazamento por ano 03
Uso de fontes de energia alternativa em áreas protegidas
Número de residências assistidas ND
ambientalmente
Ações de Pesquisa e desenvolvimento (P&D) que favoreçam a Cronograma físico/financeiro do andamento do
ND
prevenção da poluição projeto

69
Relatório Socioambiental 2012

14 DESEMPENHO ECONÔMICO E FINANCEIRO


14.1 Lucro/Prejuízo do Exercício

A Amazonas Energia apresentou em seu balanço societário, no exercício de 2012, um


prejuízo de R$ 828.432 mil, equivalente a um aumento de 32,29% em relação ao prejuízo
(ajustado) de R$ 626.225 mil obtido no exercício de 2011.

Este aumento do prejuízo deve-se principalmente ao aumento dos Custos e Despesas


Operacionais, especificamente nas rubricas de Provisão/Reversão Operacionais,
Combustível para Produção de Energia Elétrica e Outros Custos/Despesas Operacionais. As
variações mais significativas estão explanadas no item 14.2 – Custos e Despesas
Operacionais.

14.1.1 Receita Operacional

A Receita Operacional em 2012 foi de R$ 2.717.574 mil, apresentando um acréscimo de


24,94% em relação à verificada em 2011, conforme demonstra o quadro a seguir:

Receita Operacional – R$ mil


Descrição 2012 2011 2012/2011 (%)
Fornecimento Bruto de Energia Elétrica (1) 1.981.462 1.699.454 16,59
Receita de Construção 719.202 462.252 55,59
Outras Receitas 16.910 13.475 25,49
Total 2.717.574 2.175.181 24,94
(1) Esta rubrica não contempla o faturamento do consumo próprio (administrativo) e interno (usinas e subestações).

A Companhia obteve um reajuste positivo de 15,43% em sua tarifa de fornecimento de


energia elétrica, conforme disposto na Resolução Homologatória ANEEL nº 1.228, de 25 de
outubro de 2011. Este novo reajuste entrou em vigor a partir de 1º de novembro de 2011 e
vigorou até 30 de outubro de 2012.

No exercício de 2012, o cálculo do Índice de Reajuste Tarifário – IRT da Companhia, para


aplicação a partir de 01 de novembro de 2012, resultou no percentual total de 0,94%. Este
valor é composto pelo IRT econômico de 2,36% e -1,42% referente aos componentes
financeiros pertinentes, resultando em um efeito médio para o consumidor final de -2,09%,
para o reajuste tarifário anual de 2012 da Companhia.

A rubrica de Receita de Construção apresentou aumento de 55,59%, passando de R$


462.252 no ano de 2011, para R$ 719.202 no ano de 2012. A Companhia contabiliza
receitas e custos relativos a serviços de construção ou melhoria da infra-estrutura utilizada
na prestação dos serviços de distribuição de energia elétrica. A margem de construção
adotada é estabelecida como sendo igual a zero, considerando que toda receita de
construção está relacionada com a construção de infra-estrutura para o alcance da sua
atividade fim, ou seja, a geração e distribuição de energia elétrica. Mensalmente, o valor da
totalidade das adições efetuadas no ativo intangível em curso é transferido para o resultado,
como custo de construção, não tendo impacto no Resultado tendo em vista que a Receita se
anula com o Custo.

14.1.2 Deduções à Receita Operacional

As deduções à receita operacional apresentaram um aumento de 14,85% em relação a 2011,


conforme apresentado no quadro a seguir:

70
Relatório Socioambiental 2012

Deduções à Receita Operacional – R$ mil


Descrição 2012 2011 2012/2011 (%)
Quota para Conta de Consumo de Combustíveis - CCC (76.227) (61.669) 23,61
Quota para Reserva Global de Reversão - RGR (28.572) (38.471) (25,73)
Encargos do Consumidor – P&D e PEE (17.369) (14.585) 19,09
Impostos e Contribuições sobre a Receita (525.015) (448.784) 16,99
Total (647.183) (563.509) 14,85

14.2 Custo e Despesas Operacionais

Os Custos e Despesas Operacionais em 2012 produziram um montante de R$ 2.451.454 mil,


que comparado com valor de R$ 1.754.850 mil (ajustado) em 2011, evidenciou um aumento
de 39,70%, conforme demonstrado no quadro a seguir:

Custos e Despesas Operacionais – R$ mil


2011
Descrição 2012 2012/2011 (%)
Reapresentado
Custos e Despesas Não Controláveis
Energia Elétrica Comprada para Revenda (d) (98.100) (179.302) (45,29)
Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos (5.593) (6.173) (9,40)
Custos e Despesas Controláveis
Pessoal (327.245) (309.327) 5,79
Material (e) (46.835) (62.050) (24,52)
Serviço de Terceiros (251.664) (247.980) 1,49
Custo de Construção (719.202) (462.252) 55,59
Combustível para Produção de Energia Elétrica (a) (3.294.316) (2.516.128) 30,93
Recuperação de Despesa - CCC 3.124.593 2.711.979 15,21
Depreciação e Amortização (139.392) (133.186) 4,66
Provisão / Reversão Operacional (b) (323.723) (166.338) 94,62
Aluguéis (c) (360.599) (325.785) 10,69
Outros Custos/ Despesas (f) (9.378) (58.308) (83,92)
Total (2.451.454) (1.754.850) 39,70

As principais rubricas que contribuíram para o aumento dos Custos e Despesas Operacionais
foram:

a. Combustível para Produção de Energia Elétrica – Variação decorrente em especial de:


R$ 463.512 mil, de gás natural ship or pay, relativo aos Encargos de Reserva de
Capacidade de Distribuição e de Transporte do Gás Natural e R$ 300.465 mil referente
ao combustível gás natural, sendo: R$ 177.551 mil utilizados nas usinas próprias da
Companhia e R$ 122.914 mil utilizados pelos PIEs. Vale destacar que em 2011, tais
despesas foram menores, em virtude da mudança na sistemática de faturamento do
combustível utilizado pelos PIEs, pois até agosto de 2011 os valores referentes às notas
fiscais de combustível eram faturados à Amazonas Energia e registrados na rubrica de
Energia Elétrica Comprada para Revenda.

b. Provisão/Reversão Operacional – O saldo em 2012 foi de R$ 323.723 mil que,


comparado com o total de R$ 166.338 mil do exercício de 2011, apresentou um aumento
de 94,62%. Este aumento ocorreu principalmente em função dos valores lançados a
título de Provisão de Impairment sobre os Créditos Tributários, no valor de R$ 92.528
mil, Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa – PCLD no valor de R$ 86.872 mil,
Provisão para Perda com Prescrição de Créditos Tributários, no valor de R$ 35.976 mil e
Provisão para Perda na Alienação de Bens, no valor de R$ 24.863 mil. Em 2011 estas
provisões não tiveram reflexo, exceto a PCLD, que em 2012 o aumento foi em
decorrência do registro de R$ 35.142 mil, sendo R$ 17.943 mil sobre os parcelamentos e
R$ 17.199 mil sobre as demais classes, referente à mudança de critério na sua apuração
para todas as classes de consumidores, conforme Nota Técnica - DF nº 002/2012.

71
Relatório Socioambiental 2012

c. Aluguéis – Esta rubrica apresentou um aumento de R$ 34.814 mil, representando um


acréscimo de 10,69%, em relação ao exercício de 2011. Tal acréscimo ocorreu em
decorrência de que a Companhia, objetivando manter os serviços de fornecimento de
energia elétrica de forma adequada nas usinas do interior e capital, com níveis de
continuidade e confiabilidade técnico-operacional satisfatória e em conformidade com as
exigências da ANEEL, celebrou, no exercício de 2012, vários contratos com diversas
empresas, alocando grupos geradores, de forma a evitar racionamento e acarretar
prejuízos aos consumidores em geral, motivo pelo qual se justifica o aumento nesta
rubrica. Esses contratos possuem vencimentos em 2013 e estão classificados como
arrendamento operacional.

Apesar do aumento em algumas rubricas dos Custos e Despesas Operacionais, outras, no


entanto, apresentaram redução, tais como:

a. Energia Elétrica Comprada para Revenda – Esta rubrica apresentou uma redução de
45,29% em relação ao exercício de 2011. Até agosto de 2011 os PIEs faturavam para a
Companhia notas fiscais referente à potência garantida, energia fornecida referente à
Operação e Manutenção – O&M e energia fornecida referente a Combustível.
Entretanto, a partir de setembro de 2011, os PIEs deixaram de faturar a parcela
referente ao combustível. Dessa forma, de janeiro a agosto de 2011, os valores
referentes às notas fiscais de combustível foram registrados nesta rubrica, fato que não
ocorreu no exercício de 2012.

b. Material – Esta despesa apresentou redução de 24,52% em relação ao exercício de


2011, tendo em vista no primeiro trimestre de 2011, após a conclusão do inventário
físico, houve baixas de estoque referente a diversos materiais. Tal situação não ocorreu
em 2012.

c. Outros Custos/Despesas – A redução de 83,92% foi motivada em especial pela rubrica


de Multas ANEEL, que no exercício de 2011 produziu uma despesa no montante de R$
21.100 mil e em 2012, apresentou um valor positivo de R$ 17.577 mil, decorrente da
reversão dos Autos de Infração ANEEL nºs 045/2010, 124/2010 e 1009/2011, os quais
foram revisados pelo Órgão Regulador e tiveram seus valores a pagar reduzidos.

14.3 Indicadores Empresariais


2011
Descrição 2012 2012/2011 (%)
Reapresentado
Dados Econômico-Financeiros – R$ mil
Receita Operacional Bruta 2.717.574 2.175.181 24,94
Receita Operacional Líquida 2.070.391 1.611.672 28,46
EBITDA (LAJIDA) (241.671) (9.992) 2.318,64
Resultado do Serviço (381.063) (143.178) 166,15
Resultado Financeiro (618.552) (483.047) 28,05
Lucro (Prejuízo) Líquido (828.432) (626.225) 32,29
Ativo Total 13.199.300 8.704.736 51,63
Dívida Bruta 14.327.319 8.992.472 59,33
Dívida Líquida * 13.936.642 8.897.544 56,63
Patrimônio Líquido (1.128.019) (287.736) 292,03
Indicadores Econômico-Financeiros
Margem EBITDA -11,67% -0,62% 11,05 pp**
Margem Líquida -40,01% -38,86% 1,16 pp**
Índice de Endividamento 108,55% 103,31% 5,24 pp**
Ações
Valor Patrimonial por ação *** -0,18 -0,05 260,00
Lucro (Prejuízo) por ação *** -0,13 0,10 30,00
*Dívida líquida de disponibilidades e aplicações financeiras
** pp – pontos percentuais
*** Lote de mil ações

72
Relatório Socioambiental 2012

O EBITDA (sigla em inglês) ou LAJIDA corresponde ao Lucro Operacional antes da dedução


das despesas de depreciação e amortização. O LAJIDA da Companhia está demonstrado no
quadro abaixo:
LAJIDA – R$ mil
2011
Descrição 2012 2012/2011 (%)
(Reapresentado)
Receita Operacional Líquida 2.070.391 1.611.672 28,46
(-) Despesas Operacionais (exceto Depreciação) (2.312.062) (1.621.664) 42,57
(=) LAJIDA (241.671) (9.992) 2.318,64
(-) Depreciação e Amortização (139.392) (133.186) 4,66
(=) Lucro (Prejuízo) antes dos Juros e Imposto de Renda (381.063) (143.178) 166,15
(+/-) Resultado Financeiro (618.552) (483.047) 28,05
(=) Lucro (Prejuízo) antes do Imposto de Renda (828.432) (626.225) 59,63
(+) Ganho (Perda) – Lei 12.783/2013 171.183 - 0,00
(=) Lucro (Prejuízo) Líquido (828.432) (626.225) 32,29

14.4 Receita (Despesa) Financeira


Resultado Financeiro – R$ mil
2011
Descrição 2012 2012/2011 (%)
(Reapresentado)
Acréscimo Moratório sobre Energia Vendida 37.497 32.057 16,97
Variação Monetária Líquida 1.084 703 54,20
Encargos de Dívidas (a) (63.300) (50.673) 24,92
Encargos Financeiros – Arrendamento Mercantil (b) (412.152) (350.861) 17,47
Juros e Multas (c) (189.427) (12.530) 1.411,79
Atualização Monetária – Lei nº 12.111/2009 (d) - 78.585 (100,00)
Atualização dos Fornecedores – CCC (e) 12.429 (166.464) (107,47)
Outras (4.683) (13.864) (66,22)
Total (618.552) (483.047) 28,05

O Resultado Financeiro Líquido em 2012 teve um aumento de 28,05% em relação ao ano de


2011. Os principais fatores que impactaram no resultado financeiro foram:

a. Encargos de Dívidas – O aumento de 24,92% nesta rubrica ocorreu em função das


novas liberações de contratos de empréstimos e financiamentos no exercício de 2012.

b. Encargos Financeiros – Arrendamento Mercantil – O aumento de 17,47% nesta rubrica


ocorreu em função do aumento na taxa IGPM que mudou de 4,99 em 2011, para 7,56 no
exercício de 2012.

c. Juros e Multas – O aumento de 1.411,79% em relação a 2011 foi decorrente, em


especial, do registro de R$ 178.924 mil referente à baixa da receita dos créditos
constituídos da atualização do valor a receber da CCC do período compreendido entre
ago/09 a dez/11.

Cabe destacar ainda a redução nas seguintes rubricas:

d. Atualização Monetária – Lei nº 12.111/2009 – Redução de 100%, devido a reversão em


virtude de baixa expectativa de realização de seu valor.

e. Atualização dos Fornecedores – CCC – Redução de 107,47% em virtude da reversão


oriunda da mudança do fator de atualização monetária sobre a dívida da Petrobras. No
exercício de 2011 a respectiva dívida foi atualizada considerando-se 1% sobre o
montante do saldo devedor. Entretanto, para o exercício de 2012, o montante da dívida
foi atualizado utilizando-se a Taxa Selic.

73
Relatório Socioambiental 2012

14.5 Indicadores Econômicos Financeiros

Detalhamento da DVA

2011
2012
Geração de Riqueza (R$ Mil) (Reapresentado)
R$ Mil % % R$ Mil %
Receita Operacional (Receita bruta de vendas de energia
2.717.574 2.175.181
e serviços)
Fornecimento de Energia 1.752.340 100,00 12,87 1.552.578 100,00
Residencial 634.258 36,19 25,19 506.624 32,63
Residencial baixa renda - - - - -
Comercial 493.096 28,14 25,76 392.099 25,25
Industrial 590.787 33,71 12,43 525.466 33,85
Rural 15.762 0,90 28,59 12.258 0,79
Iluminação pública 29.198 1,67 24,10 23.527 1,52
Serviço público 59.963 3,42 17,63 50.974 3,28
Poder público 202.507 11,56 15,51 175.323 11,29
Energia Elétrica na CCEE 1.100 0,06 100,00 - -
(-) Receita de remuneração de ativo financeiro (229.122) (13,08) 56,00 (146.876) (9,46)
Fornecimento não faturado (45.209) (2,58) (442,93) 13.183 0,85
Serviços 736.112 54,73 475.727
Receita de remuneração de ativo financeiro 229.122 56,00 146.876
(-) INSUMOS (Insumos adquiridos de terceiros: compra de
(1.303.484) 61,60 (806.630)
energia, material, serviços de terceiros etc.)
Outras Receitas 174.172 2.217,35 7.516
= VALOR ADICIONADO BRUTO 1.588.262 15,42 1.376.067
( - ) QUOTAS DE REINTEGRAÇÃO (depreciação,
(463.115) 54,62 (229.524)
amortização)
= VALOR ADICIONADO LÍQUIDO 1.125.147 4,51 1.076.543
+ VALOR ADICIONADO TRANSFERIDO (Receitas
73.988 (46,36) 137.925
financeiras, resultado da equivalência patrimonial)
= VALOR ADICIONADO A DISTRIBUIR 1.199.135 1,26 1.214.468

Distribuição da Riqueza – Por Partes Interessadas

2011
2012
Discriminação (Reapresentado)
R$ Mil % R$ Mil %
EMPREGADOS 255.618 21,32 242.303 19,95
GOVERNO (impostos, taxas e contribuições e encargos setoriais) 718.810 59,94 630.532 51,99
FINANCIADORES 1.053.139 87,83 967.858 79,69
ACIONISTAS/RETIDO (828.432) (69,09) (626.225) (51,56)
= VALOR ADICIONADO DISTRIBUÍDO (TOTAL) 1.199.135 100,00 1.194.109 100,00

Distribuição da Riqueza – Governo e Encargos Setoriais


2011
2012
Discriminação (Reapresentado)
R$ Mil % R$ Mil %
TRIBUTOS/TAXAS/CONTRIBUIÇÕES 596.642 83,00 515.807 81,81
ICMS 344.937 47,99 295.772 46,91
PIS/PASEP 32.122 4,47 27.294 4,33
COFINS 147.956 20,58 125.718 19,94
CONTRIBUIÇÕES SOCIAS 71.627 9,96 67.023 10,63
ENCARGOS SETORIAIS 122.168 17,00 114.725 18,19
RGR 28.572 3,97 38.471 6,10
CCC 76.227 10,60 61.669 9,78
P&D e PEE 17.369 2,42 14.585 2,31
= VALOR DISTRIBUÍDO (TOTAL) 718.810 100,00 630.532 100,00

74
Relatório Socioambiental 2012

Inadimplência Setorial

2011
2012
Discriminação (Reapresentado)
R$ Mil % R$ Mil
Energia Comprada (discriminar) 676.261 (7,58) 628.594
Encargos Setoriais
RGR -
CCC -
CDE -
CFURH -
TFSEE -
ESS -
P&D -
Total (A) 676.261 (7,58) 628.594
Percentual de inadimplência
Total da inadimplência (A)/receita operacional líquida 0,33 16,25 0,39

Outros Indicadores

2011
2012
Discriminação (Reclassificado)
R$ Mil % R$ Mil
Receita Operacional Bruta (R$) 2.717.574 24,94 2.175.171
Deduções da Receita (R$ Mil) (647.183) 14,85 (563.509)
Receita Operacional Líquida (R$ Mil) 2.070.391 28,46 1.611.672
Custos e Despesas Operacionais do Serviço (R$ Mil) (2.451.454) 39,70 (1.754.850)
Resultado do Serviço (R$ Mil) (381.063) 166,15 (143.178)
Resultado Financeiro (R$ Mil) (618.552) 28,05 (483.047)
Ganho (Perda) – Lei 12.783/13 171.183 100,00 -
Lucro / Prejuízo Líquido (R$ Mil) (828.432) 32,29 (626.225)
Custos e Despesas Operacionais por MWh vendido (R$ Mil) 0,45 27,58 0,35
Riqueza (valor adicionado líquido) por Empregado (R$ Mil) 493,70 5,94 466,04
Riqueza (valor a distribuir) por Receita Operacional (%) 44,13 (20,97) 55,83
EBITDA ou LAJIDA (R$ Mil) (241.671) 2.318,64 (9.992)
Margem do EBITDA ou LAJIDA (EBITDA/ROL) (%) (11,67) 1.782,77 (0,62)
Liquidez Corrente 0,79 0,11 0,79
Liquidez Geral 0,79 4,88 0,75
Margem Bruta (lucro líquido / receita operacional bruta) (%) (30,48) 5,89 (28,79)
Margem líquida (lucro líquido / receita operacional líquida) (%) (40,01) 2,98 (38,86)
Rentabilidade do Patrimônio Líquido (lucro líquido/ patrimônio líquido) (%) 73,44 (66,26) 217,64
Estrutura de Capital
Capital próprio (%) (8,55) 158,54 (3,31)
Capital de terceiros oneroso (%) (empréstimos e financiamentos) 7,80 22,35 6,37
Inadimplência de Clientes (contas vencidas até 90 dias / Receita
0,028 (22,00) 0,036
Operacional bruta nos últimos 12 meses)

75
Relatório Socioambiental 2012

15 RECONHECIMENTO - PRÊMIOS CONQUISTADOS


15.1 Prêmio Empresa Cidadã

Em novembro de 2012, a Amazonas Energia recebeu, pelo quinto ano consecutivo, o


certificado de Empresa Cidadã, por intermédio do Conselho Regional de Contabilidade do
Estado do Rio de Janeiro – CRC-RJ, da Federação das Indústrias do Estado do Rio de
Janeiro – FECOMÉRCIO-RJ e da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro –
FIRJAN, pelas informações sociais, ambientais e contábeis apresentadas no ano base de
2011. O objetivo deste prêmio é de incentivar a realização, publicação e valorização dos
Balanços Sociais das empresas, contribuindo para o exercício da cidadania e promovendo
os ditames da transparência organizacional.

15.2 Prêmio ABRACONEE

Em novembro de 2012, a Companhia, pelo segundo ano consecutivo, foi agraciada com o
prêmio de 1° lugar, pela Associação Brasileira dos Contadores do Setor de Energia Elétrica
– ABRACONEE, pela Melhor Divulgação das Demonstrações Contábeis do exercício de
2011, na categoria Pequenas e Médias Empresas. A premiação aconteceu durante o XXVIII
Encontro Nacional dos Contadores do Setor de Energia Elétrica – ENCONSEL, realizado em
Angra dos Reis – Rio de Janeiro.

15.3 Índice de Sustentabilidade Empresarial da Bolsa de Valores de São Paulo


– ISE Bovespa

A Companhia, em seu segundo ano de participação, superou a meta empresarial em


relação ISE Bovespa que corresponde a acréscimo de 5% no resultado obtido no ano
anterior e contribuiu para a permanência da Eletrobras em uma carteira teórica composta
por ações de empresas com reconhecido comprometimento com a responsabilidade social e
a sustentabilidade empresarial. A conquista reflete o empenho da Companhia e de seus
profissionais em reforçar e aprimorar as práticas empresariais orientadas pela ética, pela
transparência e pela responsabilidade social e ambiental.

15.4 Selo Pró-Equidade de Gênero e Raça

A Amazonas Energia é participante do Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça desde


2007, tendo recebido o Selo Pró-Equidade de Gênero e Raça nas 2ª e 3ª edições do
Programa. O programa de iniciativa do Governo Federal reafirma os compromissos de
promoção de igualdade entre homens e mulheres. Em 2012, a Companhia executou
satisfatoriamente ações que consistem no desenvolvimento de novas concepções na gestão
de pessoas e cultura organizacional para alcançar a equidade de gênero e raça no ambiente
empresarial, tendo sido auditada duas vezes, de maneira positiva, por técnicos da
Secretaria de Política para Mulheres.

15.5 Prêmio SESI Qualidade no Trabalho

Em 2012, a Companhia conquistou o 2º lugar do Prêmio SESI Qualidade no Trabalho, na


categoria Inovação, com o projeto “Miniusinas fotovoltaicas com minirredes”. Esse prêmio
tem como objetivo estimular as empresas e indústrias brasileiras a incorporarem a
responsabilidade social como parte integrante de suas estratégias empresariais, mediante o
reconhecimento e a difusão de boas práticas.

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Relatório Socioambiental 2012

16 BALANÇO SOCIAL

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Relatório Socioambiental 2012

17 VALIDAÇÃO DA DIRETORIA EXECUTIVA

Marcos Aurélio Madureira da Silva


Diretor – Presidente

Ronaldo Ferreira Braga


Diretor Financeiro

Luís Hiroshi Sakamoto


Diretor de Gestão

Luiz Armando Crestana


Diretor Comercial

Marcos Vinícius de Almeida Nogueira


Diretor de Planejamento e Expansão

Radyr Gomes de Oliveira


Diretor de Geração e Operação para o Interior

Tarcísio Estefano Rosa


Diretor de Geração, Transmissão e Operação para a Capital

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