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30/11/2019 MP de Contas requer que Folha seja reincluída em licitação de Bolsonaro ­ JOTA Info

TCU

MP de Contas requer que Folha seja reincluída em


licitação de Bolsonaro
Em representação ao TCU, procurador aꎈ�rma que presidente persegue empresa e fere princípios da
administração pública

GUILHERME PIMENTA

29/11/2019 16:46
Atualizado em 29/11/2019 às 16:47 BRASÍLIA

Presidente da República, Jair Bolsonaro durante transmissão da live para as redes sociais Crédito: Marcos Corrêa/PR

JOTA DISCUTE
https://www.jota.info/coberturas­especiais/liberdade­de­expressao/mp­de­contas­requer­que­folha­seja­incluida­em­licitacao­de­bolsonaro­29112019 1/4
30/11/2019 MP de Contas requer que Folha seja reincluída em licitação de Bolsonaro ­ JOTA Info
JOTA DISCUTE
Este texto integra a cobertura de novos temas pela equipe do JOTA. Apoiadores participam da
escolha dos temas, mas não interferem na produção editorial. Conheça o projeto!

O subprocurador-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União


(MPTCU) Lucas Rocha Furtado pediu ao presidente do TCU, José Múcio Monteiro,
que dê uma decisão cautelar para que Jair Bolsonaro (sem partido) não impeça a
Folha de S.Paulo de participar de uma licitação para contratações de jornais e
revistas pela Presidência da República.

Na representação, Furtado aꎈ�rma que Bolsonaro fere os princípios da


impessoalidade, isonomia, motivação e moralidade ao excluir a Folha da relação de
jornais e revistas que deverão ser fornecidas, em meio digital, por uma empresa que
vencer o pregão, previsto para o dia 10 de dezembro.

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Na última quinta-feira (28/11), o presidente Jair Bolsonaro anunciou que excluiu a


Folha de S.Paulo da licitação, alegando que “não quer ler” o jornal.

“A exclusão da Folha da licitação – que é o maior jornal digital do país, com a média
de circulação de 194.855 em 2018 – teria sido motivada não por interesses legítimos
da Administração Pública, mas, sim, em atendimento a comando arbitrário do
Presidente da República”, assinalou o procurador no pedido.

Segundo Furtado, a exclusão do jornal da licitação poderia até mesmo ser


interpretado como ato de censura “孈�agrantemente inconstitucional, uma vez que o
poder da União, ꎈ�nanceiro e político, seria utilizado para penalizar os organismos de
mídia cujas matérias desagradam pessoalmente o Presidente da República”.

“Não há sequer que se invocar a discricionariedade da administração pública, como


viés a justiꎈ�car o ato arbitrário e atentatório à liberdade de imprensa, uma vez
evidente, pelo histórico resumidamente aqui lançado, que as motivações para a
exclusão do jornal do rol a ser fornecido desbordam dos estreitos limites da via
discricionária do ato administrativo, que deve se orientar sempre pela legalidade,
competência, ꎈ�nalidade, forma, motivação e todos os seus demais atributos”
escreveu o procurador.

GUILHERME PIMENTA – Repórter

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