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Organização do

Processo de Trabalho
em Enfermagem
Administração no Centro Cirúrgico

2
Página

Sheila Antonio da Silva


Escola Técnica Dimensão - Peruíbe
Agradecimentos

Gostaria de agradecer primeiramente a Deus, a todos meus


Professores: Ana Cristina, Adriana, Joyce, até mesmos aqueles que
derem aulas no primeiro modulo, a Ana Paula, Fábia, Soraya,
Barcelos e minha amiga Juliana, onde todos me derem todo o apoio
para que eu chegasse ate o final do deste curso.

Dedicatória
Dedicado a toda minha família, e principalmente para minha Mãe,
meu Pai, meus irmãos Rafael, Ana beatriz, Juliana, meu sobrinho
Andreas, meu marido Jose Roberto, onde sem essas pessoas na
minha vida, acho que não teria motivação para seguir ate o final do
curso, pois é difícil trabalhar, estudar e não poder dar a atenção
necessária a eles, agradeço muito, por todos entenderem essa
situação e por me darem todo o apoio possível, para que tudo isso
valesse a pena.

3
Sumario

INTRODUÇÃO --------------------------------------------------------------------------------- 07

 Objetivos ------------------------------------------------------------------------------- 07
 Unidade do Centro Cirúrgico ----------------------------------------------------- 08

COMPONENTES DO CENTRO CIRÚRGICO ----------------------------------------- 09

 Zona de proteção ------------------------------------------------------------------- 10


 Zona limpa ---------------------------------------------------------------------------- 10
 Zonas estéreis ----------------------------------------------------------------------- 10
 Vestiário ------------------------------------------------------------------------------- 10
 Sala de recepção dos pacientes ------------------------------------------------ 10
 Corredores 09 ------------------------------------------------------------------------ 11
 Lavabo / Área de escovação ------------------------------------------------------ 11
 Sala de cirurgia ---------------------------------------------------------------------- 12
 Sala de esterilização --------------------------------------------------------------- 12
 Sala auxiliar---------------------------------------------------------------------------- 12
 Sala de depósito de materiais --------------------------------------------------- 12
 Sala de equipamentos ------------------------------------------------------------- 13
 Sala de recuperação pós-anestésica ------------------------------------------ 13
 Área de conforto --------------------------------------------------------------------- 13
 Serviços auxiliares ------------------------------------------------------------------ 13
 Setor administrativo ---------------------------------------------------------------- 14
 Sala de Enfermagem --------------------------------------------------------------- 14
 Sala dos cirurgiões e anestesiologistas --------------------------------------- 14
 Expurgo -------------------------------------------------------------------------------- 14
 Sala de Operação (SO) ------------------------------------------------------------ 14

CENTRAL DE GASOMETRIA ------------------------------------------------------------- 15

 Rede de gases ----------------------------------------------------------------------- 15


 Oxigênio ------------------------------------------------------------------------------- 16
 Ar comprimido------------------------------------------------------------------------ 16
 Vácuo clínico-------------------------------------------------------------------------- 17
 Óxido nitroso-------------------------------------------------------------------------- 17
 Nitrogênio------------------------------------------------------------------------------ 18

PLANTA FISICA------------------------------------------------------------------------------- 19

 Estrutura Física (RDC-50)--------------------------------------------------------- 19


 Legenda-------------------------------------------------------------------------------- 21

4
 O Centro Cirúrgico------------------------------------------------------------------- 22
 Iluminação----------------------------------------------------------------------------- 22
 Ventilação------------------------------------------------------------------------------ 23
 Temperatura e Umidade----------------------------------------------------------- 24
 Sistema de Monitorização--------------------------------------------------------- 24

ACABAMENTO DO CENTRO CIRÚRGICO-------------------------------------------- 25


 Tamanho da sala--------------------------------------------------------------------- 25
 Piso-------------------------------------------------------------------------------------- 26
 Paredes--------------------------------------------------------------------------------- 26
 Teto-------------------------------------------------------------------------------------- 26
 Janelas--------------------------------------------------------------------------------- 27
 Porta------------------------------------------------------------------------------------- 27
 Cor----------------------------------------------------------------------------------------------- 28

SISTEMAS DE SEGURANÇA-------------------------------------------------------------- 28

 Infecção----------------------------------------------------------------------------------------- 28
 Eletricidade------------------------------------------------------------------------------ 28
 Incêndio--------------------------------------------------------------------------------------- 28
 Energia---------------------------------------------------------------------------------------- 29
 Iluminação de emergência--------------------------------------------------------- 29
 Tomadas------------------------------------------------------------------------------ 29

CIRCULAÇÕES E ACESSOS-------------------------------------------------------------- 29

 Recursos Materiais------------------------------------------------------------------ 29

 Equipamentos fixos------------------------------------------------------------------ 31

CENTRAL DE MATERIAIS E ESTERILIZAÇÃO-------------------------------------- 32

 Atividades------------------------------------------------------------------------------ 32
 Produtos Utilizados------------------------------------------------------------------ 32
 Métodos de desinfecção de Artigos Hospitalares --------------------------- 33

RECURSOS HUMANOS--------------------------------------------------------------------- 34

 Dimensionamento-------------------------------------------------------------------- 34

5
 Calculo de Funcionários de acordo com o numero de sítios funcionais --
-------------------------------------------------------------------------------------------- 35
 Organização do serviço------------------------------------------------------------ 36
 Modalidade da Assistência-------------------------------------------------------- 36
 Liderança / Condução--------------------------------------------------------------- 37
 Hierarquia da equipe---------------------------------------------------------------- 38
 Rotinas e salas de operação------------------------------------------------------ 38
 Vestuário---------------------------------------------------------------------- 38
 Montagem da sala---------------------------------------------------------- 39
 A montagem da sala abrange as seguintes etapas ----------------39
 Procedimentos básicos---------------------------------------------------- 39
 Prover o carinho com os seguintes artigos médicos esterilizados
de acordo com a rotina estabelecida no CC------------------------- 40
 Prover com artigos diversos--------------------------------------------- 41
 Procedimentos em relação à equipe médica e à instrumentador
cirúrgica------------------------------------------------------------------------ 42
 O circulante de sala deve------------------------------------------------- 42
 Procedimentos relacionados ao paciente----------------------------- 42
 Transferência do paciente para a mesa de operação------------- 43
 Proporcionar apoio emocional ao paciente--------------------------- 43
 O circulante tem ainda, as seguintes funções----------------------- 44
 No final da cirurgia, o circulante deve---------------------------------- 45
 Fase de desmontagem da sala------------------------------------------ 46
 Limpeza da sala de operação----------------------------------------------------- 47
 - Áreas críticas------------------------------------------------------------------------ 48
 - Áreas semi-críticas----------------------------------------------------------------- 48
 - Áreas não-críticas------------------------------------------------------------------ 48
 São consideradas quatro etapas da limpeza em CC------------------------ 48
 Limpeza preparatória---------------------------------------------------------------- 48
 Limpeza operatória------------------------------------------------------------------- 48
 Limpeza concorrente----------------------------------------------------------------- 49
 Limpeza terminal---------------------------------------------------------------------- 50
 A equipe de limpeza------------------------------------------------------------------ 50

Conclusão---------------------------------------------------------------------------------------- 52

Bibliografias------------------------------------------------------------------------------------- 53

6
Resumo: objetivamente este trabalho descreve como deve ser a
enfermagem na administração dentro do centro cirúrgico, como
deve ser seus componentes, sua estrutura, dimensionamento de
pessoal. Mostra um trabalho com vários pontos voltados a uma
assistência e conforto não só para o paciente mais também a
equipe multidisciplinar.

Metodologia: Pesquisas pela internet

Palavras - chaves: Administração

Abstract: Objective of this labor say how is the nursing administer


within the center surgical, how is her component, her structure,
measure of personal. Show an labor with various point return the an
attendance the comfort not alone for the patient more also the team
doctoral.

Methodology: Research internet

Headword: Administration

Introdução
O Serviço de Enfermagem tem como principal função a prática da
assistência de enfermagem ao paciente/cliente.

O enfermeiro, no desempenho de suas atribuições e na busca da


qualidade do atendimento e realiza atividades tanto assistenciais
como administrativas (planejamento; organização dos recursos e da
estrutura; direção e liderança na execução das atividades
assistenciais e administrativas e controle destas ações para o
alcance dos objetivos).

OBJETIVOS administrativo de enfermagem são:

 Coletar dados, identificar problemas e necessidades em uma


instituição ou setores;

 Identificar as prioridades a partir do levantamento de dados,


dos problemas e necessidades;

7
 Identificar os fatores que limitam o desenvolvimento de
atividades;

 Estabelecer diretrizes para a definição das ações a serem


implementadas;

 Proporcionar experiências de aprendizagem

O diagnóstico Administrativo de Enfermagem constitui a fase inicial


do processo de planejamento, e define-se como um método de
identificação e análise da realidade e de suas necessidades, com
vista à elaboração de propostas de organização ou reorganização.
O diagnóstico deve ser um processo contínuo, dinâmico e cíclico,
com a finalidade de acompanhar as mudanças no ambiente e na
assistência.

Por conceito, centro cirúrgico é a unidade hospitalar preparada


segundo um conjunto de requisitos que o tornam apto à prática da
cirurgia e é constituído por área onde são concentrados salas,
equipamentos e materiais utilizados pela equipe cirúrgica, bem
como pelo pessoal responsável pelos serviços auxiliares.

UNIDADE DO CENTRO CIRÚRGICO


O centro cirúrgico é uma unidade dentro do hospital composta
por várias áreas interligadas entre si, a fim de proporcionar
ótimas condições para a realização do ato cirúrgico. Pode ser
considerada uma das unidades mais complexas do hospital
devido sua especificidade, devido às possibilidades de risco à
saúde a que os pacientes estão sujeitos ao serem submetidos à
intervenção cirúrgica. É um setor de circulação restrita, tem como
finalidades, a realização de procedimentos cirúrgicos devolvendo
os pacientes às suas unidades de origem nas melhores
condições possíveis de integridade, é também campo de estágio
para a formação, treinamento , desenvolvimento de recursos
humanos e o desenvolvimento científico para o aprimoramento
de novas técnicas cirúrgica.

8
O CC deve estar localizado em uma área do hospital que ofereça a
segurança necessária às técnicas assépticas, portanto distante de
locais de grande
circulação de
pessoas, de
ruído e de
poeira.
Recomenda-se
que seja
próximo às
unidades de
internação,
pronto-socorro e
unidade de
terapia intensiva,
de modo a
contribuir com a
intervenção
imediata e melhor fluxo dos pacientes.

A equipe que atua no centro cirúrgico estabelece uma coordenação


com as demais equipes e serviços (laboratórios, radiologia, banco
de sangue etc.), oferecendo assistência adequada às necessidades
do paciente; constitui-se, desta forma, uma equipe multidisciplinar.

Esta equipe é composta por médicos, cirurgiões, anestesistas,


pessoal de enfermagem (enfermeiro, técnico e auxiliar) e pessoal
de limpeza, e tem como objetivos:

proporcionar cuidados ao paciente;


buscar a recuperação ou melhora do paciente por meio de
uma intervenção cirúrgica;
oferecer segurança e bem-estar ao paciente.

COMPONENTES DO CENTRO CIRÚRGICO

9
No centro cirúrgico, são consideradas três zonas distintas: a de
proteção, a limpa e a estéril.

 Zona de proteção é representada pelos vestiários masculinos


e femininos;
 Zona limpa é composta pelos grupamentos do centro
cirúrgico que não os vestiários, salas de cirurgia e salas de
esterilização.
 Zonas estéreis a sala de cirurgia.

São componentes do centro cirúrgico: vestiários, sala de recepção


de pacientes, corredores, lavabos, sala de cirurgia, sala de
esterilização, sala auxiliar, depósito de material, sala de
equipamentos, sala de recuperação pós-anestésica, sala de
conforto, serviços auxiliares, administração , central de gasoterapia,
sala dos cirurgiões e anestesiologistas e expurgo .

Vestiário

Localizados na entrada do CC, onde é realizado o controle de


entrada das pessoas autorizadas após vestirem a roupa privativa da
unidade. Deve possuir chuveiros, sanitários completos e armários
individuais com chave para guardar roupas e objetos pessoais.

São sub-divididos em masculino e feminino, não havendo a


necessidade de serem diferenciados para enfermeiros e médicos.

Sala de recepção dos pacientes

Espaço para receber os pacientes até serem encaminhados para a


sala de cirurgia. Aqui os pacientes vão ser avaliados clinicamente

10
antes da cirurgia ou receber medicação pré-anestésica. Este
ambiente deve ser o mais calmo possível a fim de diminuir o
estresse do período pré-operatório.

Corredores

Devem receber atenção especial, por serem causadores de


disseminação de infecção. Deverá existir na área central, um
corredor considerado limpo, através do qual trafegam as equipes de
trabalho, pacientes, equipamentos e roupas, e de um corredor
periférico, através do qual saem todos os elementos que entraram
na sala de cirurgia. Os corredores em que trafegam pacientes em
macas, camas, cadeira de rodas ou ambulantes devem ter a largura
mínima de 2,00m para corredores maiores e de 11,0m, e 1,20m
para os demais.

Lavabos/ Área de escovação

Constituído de uma pia em aço inoxidável provida de torneira de


água quente e fria, escovas e anti-sépticos.

Após o ingresso no CC, os médicos e assistentes que realizarão


a(s) cirurgia(s) ou os que assistirão a ela(s) utilizam o lavabo
cirúrgico ou a também chamada área de escovação para anti-
sepsia das mãos e antebraços.
A área de escovação é constituída de lavatórios que se situam fora
da sala cirúrgica, porém anterior a ela.
Devem permitir o acionamento das torneiras sem a utilização das
mãos, funcionando sob controle por sensor, joelho ou pés a fim de
evitar que áreas limpas escovadas, de mãos e antebraços possam
se contaminar com o abrir e fechar de torneiras manualmente. O
acionamento da torneira não pode ser do tipo pressão com
temporizador e o lavabo deve ser servido de sabão líquido e anti-
séptico junto às torneiras.
Deve ser previsto: água fria (HF), água quente (HQ) e uma área de
1,10 m2 por torneira. Até duas salas cirúrgicas duas torneiras por
sala e para mais de duas salas, duas torneiras a cada novo par de
salas ou fração.
A RDC n.º 50/2002 recomenda as seguintes dimensões para o
lavabo cirúrgico que possua uma torneira: 50cm de largura, 100cm
11
de comprimento e 50cm de profundidade. Para cada nova torneira,
deve acrescentar 80cm ao comprimento do mesmo.

Sala de cirurgia

É um dos componentes da zona estéril e deve dispor de: uma mesa


de operação com comandos de posições na cabeceira, ou mesa
própria para a especialidade a que se destina, mesas auxiliares
para o instrumental, mesa para o anestesista e seus medicamentos,
aparelhos de anestesia e respiradores, foco de luz, mesa para a
enfermeira, prateleiras para a guarda de fios, campos e
instrumental. A sala de cirurgia deve abrigar aparelhos auxiliares
como bisturi elétrico, eletrocardiógrafo, foco auxiliar, oxímetro,
capnógrafo, etc.

Sala de esterilização

É outro componente da zona estéril, e deve ser dotada de uma


autoclave de alta pressão, servindo como local para abrigar roupas
e instrumentais estéreis, e deve ter uma saída para o chamado
corredor externo.

Sala auxiliar

Esta sala não é obrigatória, porém facilita a montagem de aparelhos


ou equipamentos, como máquina de circulação extra-corpórea,
trépano elétrico e outros.

Sala de depósito de materiais

É um dos componentes da zona limpa, e nela ficam armazenados o


material esterilizado proveniente do centro de esterilização tais
como: aventais, capotes de campos, tambores de gazes, caixas
com o instrumental cirúrgico, esterilizados e prontos para uso, bem
12
como fios de suturas, soros e material de grande rotatividade. A
quantidade em que é usado, pode representar um custo elevado.

Sala de equipamentos

Área para guarda e receber equipamentos, faz parte da zona limpa,


e é onde ficam acondicionados aparelhos como bisturi elétrico,
eletrocardiógrafos, microscópio cirúrgico, respiradores, monitores
cardíacos, focos de luz auxiliares, em condições para utilização
imediata.

Sala de recuperação pós-anestésica

É onde os pacientes operados são mantidos sob vigilância


constante e rigorosa, daí a necessidade de aparelhos de suporte
como respiradores, oxímetro, capnógrafo, etc. Deve possuir uma
área de isolamento físico para os pacientes submetidos à cirurgia
contaminada.

Área de conforto

Área destinada a lanches para que os mesmos não sejam


realizados em locais inadequados, com ambiente adequado para a
permanência da equipe cirúrgica antes da entrada para a cirurgia ou
mesmo entre as mesmas, encontrasse nesse local cadeiras,
poltronas e sofás.

Serviços auxiliares

Sala de pré anestesia, o laboratório clínico para a realização de


exames urgentes, como dosagem de gases e outras determinações
sanguíneas, o banco de sangue , a recuperação pós-operatória ,
13
RX portátil, serviço de anatomia patológica para a realização de
exames de congelação e mesmo área destinada ao laboratório,
durante a realização do ato cirúrgico.

Setor administrativo

Para a utilização pelas chefias médicas, anestésicas e de


enfermagem

Sala de Enfermagem

Reservada ao controle administrativo do CC. Deve estar em local


de fácil acesso e com boa visão de todo o conjunto do setor.

Sala dos cirurgiões e anestesiologistas

Destinada aos relatórios médicos

Expurgo

Local para o desprezo de secreções das salas de cirurgia. Deve


estar provida de um vaso sanitário apropriado com descarga e uma
pia para lavagem dos artigos utilizados nas cirurgias.

Sala de Operação (SO)

14
Segundo a legislação
brasileira, a capacidade
do CC é estabelecida
segundo a proporção
de leitos cirúrgicos e
Salas de Operação. A
Resolução da Diretoria
Colegiada (RDC)
n°307/2002, da Agência
Nacional de Vigilância
Sanitária (ANVISA) do
Ministério da Saúde, determina uma sala de operação para cada 50
leitos não especializados ou 15 leitos cirúrgicos.

Central de gasoterapia

Destinada ao armazenamento de torpedos de gases como oxigênio,


ar comprimido, óxido nitroso e especialmente o nitrogênio para uso
em aparelhos específicos ou em casos de emergência.

Rede de gases

De acordo com as normas nacionais e internacionais, os gases


medicinais são distribuídos com as seguintes cores, segundo a
NBR n° 6493/94 e NBR n° 12188:

GÁS COR

Ar Medicinal Amarelo-segurança

Oxigênio Medicinal Verde-emblema

15
Vácuo Cinza-claro

Óxido nitroso Azul marinho

Fonte: NBR 12188, 2001

Oxigênio

O CC utiliza o oxigênio medicinal para fins de tratamento ou


restabelecimento do paciente. Podem ser utilizados três sistemas
de abastecimento de oxigênio medicinal: por cilindros
transportáveis (baixo consumo), para hospitais de pequenos portes;
por sistema centralizado, em que o oxigênio é transportado por
tubulação da central até os pontos de utilização, e por tanques
criogênicos, que é o oxigênio em estado líquido convertido ao
estado gasoso por um sistema vaporizador, indicado para hospitais
de grande porte. Atende a uma pressão que deve ser garantida na
central de 5Kgf/cm2.
Recomenda-se que o oxigênio seja transportado através de uma
rede de abastecimento vinda de uma central, a qual deve ser
provida de linhas de suprimento de cobre e conexões de cobre,
bronze ou latão. O sistema deve permitir isolar o abastecimento
para cada sala de cirurgia ou ambiente de RPA ou UTI, sem que
haja prejuízo a outras áreas.
Deve ser adotado um ponto de oxigênio para cada local de
anestesia, sala cirúrgica, indução anestésica; um ponto por berço
ou incubadora, um ponto por leito na RPA e um ponto por
incubadora/leito para UTI.para cada sala de cirurgia, devam ser
previstos dois pontos de oxigênio junto à cabeceira da mesa
cirúrgica, da cor verde, identificados no posto de utilização e
instalados a 1,50 m do piso.

Ar comprimido

Existem dois sistemas de ar comprimido. Um é o ar comprimido


medicinal utilizado para fins terapêuticos, que deve ser isento de
óleo e água, desodorizado com filtros especiais e gerado por
compressor com selo d’água, cuja central de suprimento deverá
possuir dois compressores, sendo um de reserva; caso não o
possua, deverá adquirir cilindros.Compressor tipo anel líquido com
pontos de tomadas isentas de óleo.O outro é o ar comprimido

16
industrial utilizado para limpeza e acionamento de equipamentos,
que utiliza o compressor convencional (lavanderia e esterilização) .
Ar comprimido medicinal: um ponto para cada sala de cirurgia, um
ponto para a sala de indução anestésica, um ponto por
incubadora/berço ou leito em RPA e UTI, sugere dois pontos de ar
comprimido medicinal por sala de cirurgia, instaladas na parede da
cabeceira da mesa cirúrgica a 1,50 m do 65 piso. A identificação da
tubulação e postos de utilização é dada pela cor amarelo
segurança.

Vácuo clínico

Utilizado para coleta de secreções junto ao paciente, através de


frasco coletor, e nunca através do sistema de distribuição, ou seja,
o sistema deve ser do tipo seco. Devem ser previstas duas bombas,
para uso alternado e para uso normal, as quais, em caso de
emergência, possam ser utilizadas em paralelo.
Seu sistema de exaustão deve ser cuidadosamente estudado a fim
de não ficar próximo a janelas, ao ar condicionado ou a outros
sistemas que contaminem o ar de ambientes. Toda a tubulação do
sistema de distribuição deve ser de cobre e as conexões podem ser
de cobre, latão ou bronze, identificado pela cor cinza-claro.
Para sala cirúrgica, são recomendadas: um ponto por sala, um
ponto por incubadora/berço, um ponto na sala de indução
anestésica, um ponto por leito na RPA. Na UTI é previsto um ponto
por incubadora/berço ou leito. Mas se recomenda três pontos para a
sala de cirurgia, que devem ser instalados a 1,50 m do piso, um
junto à cabeceira da mesa cirúrgica, para uso do anestesista, e os
outros dispostos em cada lateral da sala.
O consumo é de 3,5m3/hora por sala de cirurgia, RPA e UTI. Deve
ser adotado um sistema de alarme sonoro e visual que identifique
queda de pressão abaixo de 220 mm de mercúrio.

Óxido nitroso

Utilizado como agente anestésico somente na sala de cirurgia, de


indução anestésica, CO e radiologia. É fornecido por meio de dois
sistemas de abastecimento: um centralizado para alto consumo,
pelo qual é transportado através de canalizações até o local de
consumo, e o segundo, através de cilindros transportáveis

17
Nitrogênio

É fornecido em cilindros com pressão variando entre 120 e 190


Kgf/cm², e também em forma líquida. Quando misturado com
oxigênio medicinal, é chamado de ar estéril.

Cuidados no manuseio, movimentação e armazenamento dos


cilindros de gases medicinais:

- Uso de equipamentos especiais para o transporte de cilindros;

- Manter o cilindro acorrentado durante o transporte;

- Evitar choques mecânicos, inclusive de um cilindro contra o outro;

- Não arrastar o cilindro;

- Armazenados em locais secos, limpos e bem ventilados;

- As etiquetas não devem ser arrancadas ou estragadas;

- Oxigênio e óxido nitroso não devem ser armazenados no mesmo


ambiente que outros gases inflamáveis devido à mistura destes ser
facilmente incendiada.

- Cilindros cheios devem estar separados dos cilindros vazios para


evitar erros de procedimento e sempre com o capacete rosqueado.

- Os cilindros devem ser sempre limpos antes de serem levados


ao centro-cirúrgico.

18
Planta física

Em geral, o número de salas cirúrgicas corresponde à 5% do total


de leitos cirúrgicos, ou uma sala cirúrgica para cada 50 leitos de um
hospital geral. O tamanho ideal da sala cirúrgica vai depender da
especialidade a que se destina. Em geral recomenda-se ao redor de
35 metros quadrados, podendo ser pouco menor para oftalmologia
e otorrinolaringologia, e pouco maior para ortopedia, cirurgia
cardíaca e neurocirurgia.

Quanto à localização, o centro cirúrgico deverá localizar-se próximo


às unidades que recebam casos cirúrgicos, estarem de preferência
em andares elevados, ao abrigo da poluição aérea, sonora e fora do
tráfego hospitalar.

ESTRUTURA FÍSICA (RDC-50):

Unidade/Ambiente Quantificação Dimensão (mínimo) Instalações


(mínimo)

Área de recepção de 1 Suficiente para o


paciente recebimento de uma
maca

Sala de guardo e 4,0 m² HF;FAM


preparo de
anestésicos

Área de indução 2 macas no mínimo, HF;FN;FVC;FO;


anestésica com distância entre
estas igual a, entre FAM;AC;EE;ED
macas e paredes,
exceto cabeceira,
igual à e com espaço
suficiente para
manobra da maca
junto ao pé dessa.

19
Área de escovação Até 2 salas cirúrgicas 1,10 m² por torneira HF;HQ
(degermação = 2 torneiras por cada com dim. mínima =
cirúrgica dos braços) sala. Mais de 2 salas 1,0 m
cirúrgicas = 2
torneiras a cada novo
par de salas ou
fração

Unidade/Ambiente Quantificação Dimensão (mínimo) Instalações


(mínimo)

Sala pequena de 2 salas. Para cada 50 S. pequena: 20,0 m² FO;FN;FAM;


cirurgia (oftalmologia , leitos não com dimensão mínima
endoscopia , especializados ou 15 = 3,45 m. FVC;AC;EE;ED; E;
otorrinolaringologia, leitos cirúrgicos deve ADE
Etc.) haver uma sala. Cada sala só pode
conter uma única
mesa cirúrgica.

Sala média de cirurgia 2 salas. Para cada 50 S. média: 25,0 m² com FO;FN;FAM;
(geral) leitos não dimensão mínima =
especializados ou 15 4,65 m. FVC;AC;EE;ED; E;
leitos cirúrgicos deve ADE
haver uma sala. Cada sala só pode
conter uma única
mesa cirúrgica.

Sala grande de 2 salas. Para cada 50 S. grande 36,0 m² FO;FN;FAM;


cirurgia (ortopedia, leitos não com dim. mínima =
neurologia, especializados ou 15 5,0 m. FVC;AC;EE;ED; E;
cardiologia, etc.) leitos cirúrgicos deve ADE
haver uma sala. Cada sala só pode
Estabelecimentos conter uma única
especializados mesa cirúrgica.
(cardiologia,
neurologia, etc.) tem
de fazer um cálculo
específico.

20
Unidade/Ambiente Quantificação Dimensão (mínimo) Instalações
(mínimo)

Sala de apoio às 12,0 m² HF;AC;EE;


cirurgias
especializadas ED

Área para prescrição 2 ,0m² EE


médica

Posto de enfermagem cada 12 leitos de 6,0 m² HF;AC;EE


e serviços recuperação

pós-anestésica

Área de recuperação 1 2 macas no mínimo, com


pós-anestésica distância entre estas igual a
,entre macas e paredes,
exceto cabeceira, igual à e
com espaço suficiente para
manobra da maca junto ao
pé dessa. O nº de macas
deve ser igual ao nº de salas
cirúrgicas + 1. No caso de

cirurgias de alta
complexidade a recuperação
pode se dar diretamente na
UTI. Nesse caso, o cálculo
do nº de macas deve
considerar somente as salas
para cirurgias menos
complexas.

LEGENDA:

 HF = Água fria

 HQ = Água quente

 FV = Vapor

 FG = Gás combustível

 FO = Oxigênio (6)

 FN = Óxido nitroso

 FV C = Vácuo clínico (6)

21
 FV L = Vácuo de limpeza

 FA M = Ar comprimido medicinal (6)

 FA I = Ar comprimido industrial

 AC = Ar condicionado (1)

 CD = Coleta e afastamento de efluentes diferenciados (2)

 EE = Elétrica de emergência (3)

 ED = Elétrica diferenciada (4)

 E = Exaustão (5)

 ADE = A depender dos equipamentos utilizados. Nesse caso


é obrigatória a apresentação do “layout” da sala com o
equipamento.

O CENTRO CIRÚRGICO

No centro cirúrgico é importante a iluminação, ventilação, sistemas


de monitorização e comunicação.

ILUMINAÇÃO

A iluminação do ambiente hospitalar é tratada legalmente pela NR-


17 da portaria n°3214/78, e através da NBR 5413/92 da
Associação Brasileira de Normas técnicas (ABNT) recomenda os
níveis ideais de iluminação para o ambiente de trabalho.

22
Na sala de operação, o objetivo da iluminação é minimizar a tarefa
visual das equipes médicas
e enfermagem e oferecer
condições para que a
operação se processe com
precisão, rapidez e
segurança.

A iluminação poderá ser


natural e artificial, apesar de
que a natural perdeu seu
significado, pois a luz
artificial é a que possui
melhor padrões para a
iluminação do centro cirúrgico. São características da iluminação do
centro cirúrgico: adequação no campo operatório, eliminação de
sombras, redução dos reflexos, eliminação do calor e proteção
contra a interrupção da energia elétrica. O campo operatório é
iluminado por um foco multidirecional para eliminar sombras, que
deverá incidir perpendicularmente à ferida cirúrgica, a uma distância
aproximada de 120 cm. De acordo com o desenrolar da cirurgia
poderá ser mudado de posição.

O problema do calor gerado pode ser minimizado com o emprego


de filtros de vidro. Outro dado relevante é que se deve evitar a luz
fria na sala de cirurgia e na sala de recuperação, pois impede o
diagnóstico precoce de cianose, e também o reflexo de luz pelos
diferentes materiais: tecidos refletem cerca de 8 a 10% da luz que
incide sobre os mesmos, sendo que as compressas brancas
refletem de 70 a 80% e os instrumentos metálicos chegam a refletir
90% da luz.

VENTILAÇÃO

Deve atingir as exigências da NBR n°7256/82 tais como:

23
- Prover o ambiente de aeração em condições adequadas de
higiene e saúde: 99,9% de eficiência na retenção de partículas de
até 5 micra de diâmetro.

- Remover partículas potencialmente contaminadas liberadas no


interior das salas sem acarretar turbulência aérea: recomenda-se de
20 a 25 renovações completas do ar da sala, no espaço de uma
hora.

- Impedir a entrada no Centro-cirúrgico de partículas potencialmente


contaminantes, oriundas de áreas adjacentes: a pressão do
ambiente da sala deve ser discretamente mais elevada que nos
demais compartimentos do centro-cirúrgico.

- Manter nível sonoro mínimo de instalação e utilização do sistema


de ventilação: não devem ultrapassar os previstos pela norma
brasileira NBR n° 6401/80.

- Sistema energético alternativo para o sistema de ventilação na


falta do sistema elétrico principal.

TEMPERATURA E UMIDADE

A temperatura ideal no centro cirúrgico deve está entre 19 e 21


graus centígrados, pois abaixo disto pode-se levar à hipotermia dos
pacientes, sendo que deve ser considerado o fato de drogas
anestésicas que causam vasodilatação, que possam dificultar a
adequada conservação de temperatura.

Quanto à umidade relativa do ar, deve situar-se entre 45 e 55%,


pois valores abaixo provocam perda excessiva de água pelos
pacientes e acima favorecem o desenvolvimento de bactérias.

SISTEMAS DE MONITORIZAÇÃO

24
Aparelhos utilizados no centro cirúrgico: eletromanômetros,
osciloscópios de diversos monitores, aparelhos para controle de
pressão, eletrocardiógrafos, oxímetros, respiradores, capnógrafos,
etc.

ACABAMENTO DO CENTRO CIRÚRGICO

Tamanho da sala:

Depende dos equipamentos necessários aos tipos de cirurgias a


serem realizadas; seu formato deve ser retangular ou oval.

Segundo a RDC 307/2002, quanto ao t amanho, às salas são assim


classificadas:

- Sala pequena: 20m², com dimensão mínima de 3,45 metros,


destinadas às especialidades de otorrinolaringologia e oftalmologia.
25
- Sala média: 25m², com dimensão mínima de 4,65 metros,
destinadas às especialidades gástrica e geral.

- Sala grande: 36m², com dimensão mínima de 5,0 metros,


específicas para as cirurgias neurológicas, cardiovasculares e
ortopédicas.

PISO

Deve ser de superfície lisa, utilizar material resistente a agentes


químicos comuns, não poroso, de fácil limpeza, livre de frestas, que
não refletir a luz, impermeável, resistente ao choque, durável, de
fácil limpeza, pouco sonoro e principalmente bom condutor de
eletricidade estática para evitar faíscas. Exemplo: granilite, vinílicos
e mármore.

PAREDES

Devem ser revestidas de material liso, resistente, lavável,


antiacústico e não refletor de luz. Pintadas de cores que evitam a
fadiga visual, as tintas não devem possuir cheiro.

É vedado o uso de cimento sem nenhum aditivo antiabsorvente


para rejunte de peças cerâmicas ou similares tanto nas paredes
quanto nos pisos.

Devem conter cantos arredondados nas paredes para facilidade da


limpeza, facilita também o controle da temperatura e aumentar a
capacidade de iluminação. Os materiais ideais são azulejos foscos,
cobertura de epoxy e a fórmica.

Teto

Deve ser de material resistente, lavável, não deve conter ranhuras e


não deve ser poroso, para facilitar a limpeza e impedir a retenção
de microorganismos. Deve ser contínuo, não sendo permitida a
26
utilização de forro falso-removível, a não ser nas demais áreas do
centro-cirúrgico, onde é necessário este tipo de forro por razões
ligadas à manutenção desde que resistentes aos processos de
limpeza, descontaminação e desinfecção.

É recomendado um espaço útil de no mínimo 80 cm de altura livre


entre a laje do forro e o piso do pavimento superior, possibilitando
assim a instalação de novos equipamentos e a entrada do pessoal
do serviço de manutenção.

Devido ao grande risco de incêndio, pelo elevado número de


materiais de fácil combustão, a sala cirúrgica, além de contar com
os equipamentos de combate a incêndio do centro-cirúrgico
(extintores e mangueiras) a sala de cirurgia deve contar com um
sistema de segurança que, através da elevação da temperatura,
produz fortes borrifos de água no ambiente - (borrifador de teto –
também conhecido como splinkers).

JANELAS

Necessárias apenas para a entrada de iluminação natural, não


permitindo a entrada de poeira e insetos. Devem ser dotadas de
tela, não possuir parapeitos dentro ou fora da sala, não deve ainda,
possuir cortinas ou persianas.

PORTAS

As portas das salas de cirurgia devem ser largas o bastante para


facilitar a passagem de macas e equipamentos cirúrgicos. Devem
possuir metal na altura da maca para evitar seu estrago, ser de
materiais laváveis e resistentes, de preferência revestidas de
fórmica.

É indicado o uso de portas do tipo “vaivém” que impeçam o uso das


mãos para abri-la. O ideal é que se tenha outra porta de acesso à
sala apenas para membros das equipes com visor de separação
dos dois ambientes. Devido ao fato das mesmas serem abertas
várias vezes durante a cirurgia, é recomendado o sistema de
27
pressão positiva no interior da sala cirúrgica, que uma vez aberta a
corrente de ar ocorra de dentro para fora da sala cirúrgica.

COR

Deve ser suave, reduzir o reflexo luminoso, e que transmita


tranqüilidade e descontração.

SISTEMAS DE SEGURANÇA

O centro cirúrgico é uma unidade hospitalar de alta complexidade e


necessita uma série de normas de segurança, para proteção tanto
dos pacientes como dos profissionais que nele trabalham.

INFECÇÃO - É uma das grandes complicações, sendo encarada


como um ponto vital para as cirurgias praticadas em um hospital;
deve ser combatida especificamente pela comissão de controle de
infecção hospitalar, sendo os pontos em que se pode atuar: sistema
de ventilação, implantação de tráfego unidirecional de pessoas e
material, eficácia nos processos de esterilização, métodos de
assepsia, etc.

ELETRICIDADE - Pelo grande número de aparelhos utilizados, na


unidade também ter aumentado, sendo riscos: choque elétrico,
fogo, queimadura, explosões e eletrocução por choques, daí as
medidas de utilização de fio terra, estabilizadores de voltagem,
condutor de proteção, bem como a orientação adequada do pessoal
no manuseio de aparelhos elétricos.

INCÊNDIO - É uma possibilidade a ser considerada, haja vista a


quantidade de gases combustíveis como éter, álcool, benzina,
gases anestésicos e outros materiais, daí a necessidade de material
e preparo do pessoal para combate à incêndio. Devemos lembrar
neste sentido que a renovação periódica do ar do centro cirúrgico é
um fato importante para a prevenção não só de incêndio, como
também de explosões.

28
ENERGIA - É uma situação possível, e sendo o centro cirúrgico
uma unidade vital para a continuidade de suprimento de energia,
todos os hospitais devem possuir um gerador próprio.

Iluminação de emergência - Devem existir sistemas interligados e


automáticos, para acionarem geradores reserva de imediato na
eventualidade de uma interrupção do fornecimento de força para o
Centro-cirúrgico.

Tomadas - Voltagem fornecida pela concessionária local e uma


com voltagem diferenciada, ambas com dispositivo de aterramento.
Devem ser instalados também pontos para negatoscópio e
aparelhos portáteis de raios -x. É proibida a ligação simultânea de
mais de um aparelho à mesma tomada corrente. Devem ser
inspecionadas periodicamente observando integridade do condutor
terra, tensão de contato e a segurança global.

CIRCULAÇÕES E ACESSOS
O acesso ao centro cirúrgico é restrito, com o objetivo de reduzir ao
máximo o tráfego de pessoas estranhas ao serviço nesta área. As
circulações externas ao CC devem ser cuidadosamente estudadas
e dimensionadas adequadamente, de modo a permitir fluxo livre e
facilitado, evitando cruzamentos de pessoas desnecessárias, ou de
serviços que poderão causar problemas.

Recursos Materiais
Classificados em permanentes ou de consumo, o controle dos
materiais utilizados no centro-cirúrgico são de competência da
equipe de Enfermagem.

Os materiais permanentes podem ser fixos ou móveis. Os móveis


são aqueles que podem ser deslocados ou acrescidos à sala de
operação de acordo com a necessidade no ato operatório, dentre os
quais se destacam:

29
- Aparelho de anestesia;

- Aspirador portátil estéril;

- Banco giratório;

- Balde para lixo;

- Balança para pesar compressas;

- Bisturi eletrônico;

- Carrinho abastecedor;

- Carrinho de medicamentos;

- Coxins;

- Escada com dois degraus;

- Estrados;

- Foco auxiliar;

- Mesa de operação com os respectivos acessórios: arco de


narcose, ombreiras, suportes laterais, perneiras, colchonetes em
espuma;

- Mesa auxiliar para acondicionar pacotes de aventais;

- Mesa de Mayo;

- Mesa para instrumental cirúrgico (simples e com traves ou


suportes);

- Suporte de braço;

- Suporte de hamper;

- Suporte de soro;

- Artroscópio;

- Balão intra-aórtico;

- Bomba de circulação extra-corpórea;


30
- Cardioversor ou desfibrilador;

- Colchão de água para hiper ou hipotermia;

- Criogênico;

- Manta térmica;

- Microscópio eletrônico;

- Monitor multiparamétrico;

Equipamentos fixos: adaptados à estrutura da sala de


operação que são

- Foco central;

- Negatoscópio;

- Torre retrátil ou painel de gases medicinais

Os materiais de consumo (médico-hospitalares) por se tratar de


grande diversidade e rotatividade podem ser classificados em três
tipos:

Classe A: São os itens de maior importância e que merecem um


tratamento preferencial, justificando procedimentos meticulosos e
uma grande atenção por parte de toda a administração;

Classe C: São os itens de menor importância e que justificam pouca


ou nenhuma atenção. Os procedimentos são os mais rápidos
possíveis.

Classe B: São os itens em situação intermediária entre as classes A


e C.

Os materiais pertencentes à classe A são os que representam


maior custo para o centro-cirúrgico. Não significa que sejam os de
maior custo unitário.

31
CENTRAL DE MATERIAIS E ESTERILIZAÇÃO

Definido pelo Ministério da Saúde (Brasil, 1999) como "o conjunto


de elementos destinados à recepção, expurgo, preparo,
esterilização, guarda e distribuição dos materiais para as unidades
dos estabelecimentos assistenciais à saúde".

CME é uma unidade de apoio técnico a todas as unidades


assistenciais, responsável pelo processamento, limpeza,
esterilização, estocagem e distribuição dos artigos a todas as
unidades consumidoras. A CME também tem por finalidade o
fornecimento de artigos médico-hospitalar adequadamente
processados, proporcionando, atendimento direto e a assistência à
saúde dos indivíduos enfermos e sadios.

Atividades

- Receber, desinfetar e separar os artigos;

- Lavar os artigos;

- Receber as roupas vindas da lavanderia;

- Preparar os artigos e roupas (pacotes);

- Esterilizar os artigos, roupas por meio de métodos físicos ou


químicos;

- Realizar o controle microbiológicos e da validade aos produtos


esterilizados;

- Armazenar e distribuir os artigos e as roupas esterilizadas;

- Zelar pela proteção e pela Segurança dos operadores

Produtos Utilizados

32
- Detergente enzimático: amilases, que promovem simultaneamente
a dispersão, solubilização e emulsificação, removendo substâncias
orgânicas das superfícies dos artigos. São biodegradáveis, neutros
concentrados, não oxidantes, com ação bacteriostática e, portanto
não promovem desinfecção.

- Detergente não enzimático (desencrostante): Detergente de baixa


alcalinidade a base de tensoativo aniônico ou em associação de
tensoativos aniônicos e não iônicos (nonilfenois), cuja formulação
coadjuvante é a base de polifosfato, agente alcalinizante e agentes
antioxidantes.

Após tal processo deverá ocorrer a inspeção rigorosa dos artigos,


preferencialmente com auxílio de lupa, no sentido de detectar
presença de oxidações, secreções e umidade. Nesta fase pode-se
utilizar o álcool a 70% com fricção, que acelera a secagem do
material.

Objetivando aumentar a vida útil dos instrumentais, principalmente


os que possuem articulações, cremalheiras ou ranhuras, estes
devem ser lubrificados com produtos não-tóxicos, que possuam
ação anticorrosiva.

Métodos de desinfecção de Artigos Hospitalares

É subdividis em 3 níveis:

Desinfecção de alto nível – Destrói todas as bactérias vegetativas,


micobactérias, fungos, vírus e parte dos esporos. O enxágüe deverá
ser feito preferencialmente com água estéril e manipulação
asséptica.

Desinfecção de nível intermediário - Viruscida, bactericida para


formas vegetativas, inclusive contra o bacilo da tuberculose. Não
destrói esporos.

33
Desinfecção de baixo nível - É capaz de eliminar todas as bactérias
na forma vegetativa, não tem ação contra os esporos, vírus não
lipídicos nem contra o bacilo da tuberculose. Tem ação relativa
contra os fungos.

Agentes Físicos: Pode ser feita imersão dos artigos em água a


100°C (ebulição) por 30 minutos. Preferencialmente utilizando
sistemas automáticos, lavadoras termo-desinfetadoras, com
programas específicos, validados para cada grupo de artigos.

Agentes Químicos: Exigem que todos os artigos estejam limpos e


secos antes de serem completamente imersos em solução
desinfetante.

Recursos Humanos

DIMENSIONAMENTO

 O Dimensionamento de pessoal é o cálculo de pessoal para


trabalhar no setor.

 Nos setores que não há internação utiliza-se a metodologia


baseada nos chamados “sítios funcionais” ou “postos de
trabalho”.

 CÁLCULO DE FUNCIONÁRIOS DE ACORDO COM O


NÚMERO DE SÍTIOS FUNCIONAIS

NFRS = PT . TSF . IST

JST

 Em que:

 NFRS = N° FUNCIONÁRIOS REQUISITADOS PARA O


SETOR

 PT = PERÍODO DE TRABALHO
34
 TSF = TOTAL DE SÍTIOS FUNCIONAIS

 IST = ÍNDICE DE SEGURANÇA TÉCNICA

 JST = JORNADA SEMANAL DE TRABALHO

CÁLCULO DE FUNCIONÁRIOS DE ACORDO COM O NÚMERO


DE SÍTIOS FUNCIONAIS

Exemplo

 Técnicos e Auxiliares  NFRS = 6 x 446 x 1,3 = 96,63


= 97 funcionários 36
 Enfermeiros  NFRS = 6 x 54 x 1,3 = 11,7 = 12
funcionários. 36

Com isso concluímos que seria necessário 97 técnicos / auxiliares


de enfermagem e 12 enfermeiros para trabalhar no setor.

Para cada uma hora de cirurgia, são necessárias 2,25 horas de


assistência de Enfermagem. No que se refere à proporção do
quadro de pessoal, 65% são Enfermeiros e 35% técnicos com
atribuições de circulação de sala à instrumentação cirúrgica.

 As escalas de trabalho estão disponíveis a todos e ficam


afixadas no mural do setor,

 Todos os funcionários do setor possuem registro no COREN.

 Existem treinamentos de capacitação dos funcionários,


realizados pelo setor.

 São realizadas avaliações anuais de todos os funcionários do


centro cirúrgico.

 Os funcionários devem permanecer adequadamente


uniformizados dentro do centro cirúrgico.

35
 As jornadas de trabalho e as escalas são realizadas de forma
correta e do melhor jeito que atende às necessidades do
setor.

 As avaliações dos funcionários deve ser realizada


continuamente.

ORGANIZAÇÃO DO SERVIÇO

 A organização do Serviço de Enfermagem engloba tudo aquilo


que é feito com a finalidade de permitir seu perfeito
funcionamento, o alcance dos objetivos e o perfeito
desenvolvimento das atividades.

 As normas e rotinas do setor estão disponíveis para todos os


funcionários e são mensalmente revisadas por meio de cursos
de capacitação.

 A principal forma de comunicação é via mural, verbal e


ocasionalmente por telefone.

 Há também a pasta de Rotinas e Procedimentos Básicos de


Enfermagem que contém em seu conteúdo: manual de
procedimentos, manual de rotinas, regulamento do hospital,
normas administrativas, direitos do paciente.

 Os mapas de controles existentes no centro cirúrgico são para


controle de temperatura da geladeira e empréstimo de
materiais e equipamentos.

Modalidade da Assistência

36
 Para o enfermeiro ter condições de prestar assistência ao
paciente na sala de cirurgia, como: monitorização, ações de
segurança para evitar queda, auxiliar o anestesiologista
durante a indução anestésica, juntamente com a equipe
cirúrgica posicioná-lo na mesa de cirúrgica colocando os
coxins para conforto, e outras ações específicas, é necessário
que haja pelo menos 1 enfermeiro assistencial para cada 4
salas de cirurgia, além do enfermeiro gerente (coordenador)
que é responsável pelas ações administrativas.

 O modelo de assistência: cuidado integral.

 O cuidado integral: o profissional de enfermagem assume a


responsabilidade pela execução de todos os cuidados que
devem ser realizados com os pacientes, a ele designados, no
seu horário de trabalho.

 Este método exige pessoal qualificado e capaz de realizar os


diversos cuidados que possam ser necessários ao paciente,
portanto, exige profissionais qualificados.

Liderança / Condução

 As idéias são discutidas em reuniões

 As decisões são tomadas em comum acordo.

 Motivação da equipe: técnicos realizão capacitação

 Trabalho em equipe

 a chefia é importante, principalmente na supervisão, para


garantir o funcionamento correto das normas.

37
Hierarquia da equipe

 Silêncio
 Falar baixo, somente o necessário
 Música somente se adequada
 Respeito aos pacientes
 Respeito ao pudor do paciente
 Respeito à psique do paciente
 Nunca deixá-lo só na sala de operações

Rotinas e salas de operação

Vestuário

Pessoal é a principal fonte exógena de bactérias, sua entrada deve


ser sempre pelo vestiário e obrigatoriamente o uso:

Gorro, máscara, camisa, calça e propés.

Gorro: Cobrir os cabelos

Máscaras: Cobrir boca e nariz. Função de filtro: prevenir escape de


gotículas expiradas

Camisas: Tecido de malha densa, manga curta para facilitar anti-


sepsia dos braços, por dentro das calças

Calças: Fechada nos tornozelos por tubo de malha

Propés: Diminuir contaminação vinda


dos sapatos, Tecido, papel ou plástico

Troca de gorro, máscara e propés a cada operação

38
Montagem da sala

Entende-se por montagem da sala os procedimentos para prever e


prover artigos e equipamentos necessários e adequados que visam
proporcionar o desenvolvimento do ato anestésico cirúrgico em
ambiente seguro, físico e humano, a que o paciente tem direito.

A fase de montagem da sala compreende desde o momento em


que a circulante recebe do enfermeiro o plano assistencial para o
período transoperatório até o início do ato anestésico-cirúrgico.

Os procedimentos dependem de informações a respeito da equipe


médica, cirurgia, anestesia, mas, sobretudo, do paciente, e que
podem ser obtidas através de aviso de cirurgia, ficha pré-operatória
de enfermagem e ficha de visita pré-operatória.

A montagem da sala abrange as seguintes etapas:

Procedimentos básicos

• Preparo da sala de operação:

- colocar o mobiliário em posição funcional;

- proceder à limpeza da sala de operação quando for necessário


conforme a rotina do CC. Na limpeza deve-se seguir um fluxo
funcional, de modo a evitar desperdício de tempo e energia.
Mobiliário, aparelhos, foco e mesa cirúrgica.

- prover equipamento para monitoração (cardíaca, oximetria,


pressão não-invasiva e temperatura, capnografia).

- testar o funcionamento de aparelhos elétricos como monitores,


focos, aspiradores, entre outros.

39
- testar o funcionamento da rede de gases medicinais - verificar os
artigos do carinho de anestesia; bandeja para intubação,
esfigmomanômetro, estetoscópio, etc.

- verificar material e equipamento para procedimentos especiais


como: bisturi elétrico, trépano, microscópio, etc.

- observar controle ambiente quanto à temperatura recomendada


da sala de operação entre 19 a 22ºC.

- observar controle terapêutico da sala quanto à segurança


elétrica.

- realizar degermação das mãos

Prover o carinho com os seguintes artigos médicos


esterilizados de acordo com a rotina estabelecida no CC:

- luvas de todos os tamanhos (7,0; 7,5; 8,0; 8,5 e 9,0).

- pacotes de campos cirúrgicos (LAP).

- pacotes de aventais.

- pacotes de compressas grandes de pequenas.

- pacotes de gazes (10 a 20 unidades).

- fios de sutura comuns e específicos para o procedimento cirúrgico.

- impermeáveis para mesa de instrumental.

- artigos em aço inoxidável (cubas-rim, cúpulas, bacias).

- caixa de instrumental cirúrgico.

- seringas; agulhas; equipos e artigos para anestesia.

- sondas; drenos e cateteres.

- coletores (diureses, sonda nasogástrica, etc.).

- cabo de bisturi elétrico e sistema de aspiração de secreção


40
- manoplas.

- artigos específicos de acordo com o procedimento cirúrgico


(laparoscópios)

- checar a validade da esterilização e a integridade das embalagens


dos artigos.

• Prover com artigos diversos:

- talas.

- ataduras.

- acessórios para o posicionamento do paciente na mesa cirúrgica

- soluções anti-sépticas (PVPI tópico e degermante, clorexidina).

- soluções medicamentosas como Ringer simples e lactato, soro


fisiológico e glicosado, etc.

- medicamentos de forma geral e anestésicos.

- adesivos (micropore, esparadrapo).

- escovar para degermação à base de PVPI ou clorexidina.

• Dispor os pacotes nas respectivas mesas auxiliares de modo a


facilitar a sincronia de movimentos para a abertura dos pacotes,
preparo da paramentação, preparo do paciente e preparo do
carinho de anestesia.

• Prover os impressos, tais como: registro de anestesia, débito de


sala, requisição de exames, descrição de cirurgia, prescrição
médica, requisição de hemoderivados, etc.

41
Procedimentos em relação à equipe médica e à instrumentador
cirúrgica:

O circulante de sala deve:

- controlar e orientar o uso correto do uniforme privativo, visando à


segurança do paciente, deve haver o uso obrigatório de.

- Auxiliar os elementos da equipe cirúrgica a vestirem o avental e as


luvas.

- Iniciar a abertura dos pacotes em seqüência de uso e obediência à


técnica asséptica.

- Auxiliar a montagem da mesa de instrumentação, apresentando os


artigos médicos necessários ao procedimento cirúrgico.

Procedimentos relacionados ao paciente:

Para o transporte do paciente da área de recepção até a sala de


operação, o enfermeiro deve considerar os problemas detectados
no recebimento e prover sua segurança física e emocional. Para tal,
a maca deve ter grades e travas e o funcionário responsável pelo
transporte, estar orientado a transportar o paciente, posicionando-
se sempre à cabeceira da maca, observando a expressão facial do
doente e tomando os cuidados necessários com infusões e
drenagens.

42
Transferência do paciente para a mesa de operação:

Após a apresentação do paciente à equipe da sala de operação, ele


deve ser passado para a mesa cirúrgica, mantendo sua privacidade,
segurança física, emocional e seu conforto. Alguns cuidados devem
ser tomados para a transferência do paciente, como:

- nivelamento da altura da mesa cirúrgica com a maca.

- posicionamento da maca contra as laterais da mesa cirúrgica,


evitando assim sua movimentação que pode ocasionar a queda do
paciente.

- solicitar ao paciente para que passe para a mesa cirúrgica, se


fisicamente capaz.

- posicionar confortavelmente o paciente na mesa cirúrgica

Proporcionar apoio emocional ao paciente:

O sucesso de uma cirurgia depende da perícia de toda a equipe


cirúrgica. Cada membro da equipe tem importante papel na
manutenção do preparo psicossomático dos pacientes. Interações
adequadas minimizam o medo e favorecem o alívio da dor e mal
estar, além de ajudar a enfrentar situações desagradáveis ou
desconhecidas.

Avaliar continuamente e comunicar sobre o estado emocional do


paciente aos outros membros da equipe de saúde:

O medo é uma barreira de comunicação que reprime sentimentos e


aumenta a insegurança. Cada pessoa apresenta uma reação
diferente diante de situações idênticas, o que exige, da equipe de
enfermagem, algum preparo para o bom inter-relacionamento com o
paciente.

43
Verificar e anotar os valores dos sinais vitais, observar e anotar os
sinais de estresse.

O enfermeiro do CC não deve fazer da montagem da sala de


operação uma seqüência de tarefas, que obedeçam a uma rotina
pré-determinada, e sim uma função especial, compromissada com o
paciente, proporcionando condições para individualizar a
assistência requerida.

Constituem ainda, funções do circulante da sala responsabilidade


pelo andamento geral da sala de operação antes, durante e após o
procedimento cirúrgico. Uma das responsabilidades mais
importantes é assegurar que a esterilidade seja mantida durante
todo o tempo.

O circulante tem ainda, as seguintes funções:

- Puncionar a veia ou auxiliar na instalação dos soros.

- Auxiliar o anestesiologista na indução e manutenção da anestesia.

- Auxiliar a equipe cirúrgica no posicionamento do paciente.

- Realizar cateterismo vesical do paciente quando necessário.

- Auxiliar na paramentação da equipe cirúrgica.

- Auxiliar na anti-sepsia da área operatória.

- Colocas a placa dispersiva do gerador eletro-cirúrgico (placa do


bisturi).

- Auxiliar na colocação dos campos cirúrgicos.

- Prover as mesas do instrumentador e de cirurgião assistente com


artigos e equipamentos necessários ao ato operatório.

44
- Manter o ambiente asséptico.

- Acompanhar a cirurgia provendo ao instrumentador artigos


necessários ao ato operatório.

- Manter boa iluminação da área cirúrgica.

- Manter o ambiente calmo.

- Realizar controle de perda sanguínea por meio da pesagem das


compressas e gazes utilizadas.

- Preencher a ficha transoperatória, a fim de fornecer subsídios para


a continuidade dos cuidados de enfermagem.

No final da cirurgia, o circulante deve:

- Avisar o paciente do término do procedimento cirúrgico.

- Auxiliar o cirurgião no curativo cirúrgico.

- Retirar equipamentos, campos sujos e molhados que estão sobre


o paciente.

- Colocar o paciente em posição dorsal.

- Verificar permeabilidade, fixação e drenagem de sondas, drenos e


cateteres.

- Remover a placa dispersiva do gerador eletro-cirúrgico.

- Cobrir, aquecer e promover o conforto do paciente na mesa


cirúrgica.

- Ajudar o anestesiologista a manter a permeabilidade das vias


aéreas superiores.

- Controlar a permeabilidade, fixação e gotejamento das infusões e


irrigações.

- Fazer anotações de enfermagem e ordem no prontuário.

45
- Completar a ficha de débito.

- Avisar o enfermeiro da recuperação pós-anestésica (RPA) ou da


unidade de terapia intensiva das condições em que o paciente se
encontra.

- Transportar o paciente à RPA ou à sua unidade de origem de


acordo com a rotina do CC.

Fase de desmontagem da sala:

- Reunir todos os artigos não usados (estéreis) e colocar no


carrinho para devolução ao centro de material e esterilização e
farmácia ou central de suprimentos.

- Calçar luvas de procedimentos.

- Retirar da mesa de instrumentais artigos pérfurocortantes


descartando em local apropriado designado pela instituição.

- Desprezar artigos de uso único, não cortantes em recipientes de


lixo apropriados.

- Encaminhas ampolas e frascos vazios de medicamentos


controlados ao destino determinado pela instituição.

- Reunir campo de pano nos hamperes, revisando-os.

- Retirar instrumental das mesas e colocar em suas caixas


apropriadas para devolução no CME verificando integridade,
número de peças e colocando os mais delicados sobrepostos aos
mais pesados.

- Aspirar com o aspirador da sala todos os líquidos restantes em


mesa cirúrgica e encaminhá-lo para limpeza conforma rotina da
instituição.

- Cânulas endotraqueais devem ser desprezadas após o uso.

46
- Conexões do aspirador de secreções devem ser retiradas,
desprezadas ou levadas ao expurgo.

- Frascos de aspiração devem ser descartados ou trocados e


desinfetados antes do uso da próxima cirurgia.

- Lâminas de laringoscópios devem sobre processo de limpeza com


água e sabão com pH neutro, utilizando-se uma escova para
remoção da sujidade e desinfecção com álcool a 70%. Na presença
de sangue, recomenda-se a desinfecção com glutaraldeído 2% por
30 minutos.

- Recolher cubas e avulsos colocando-os no carrinho abastecedor


de devolução.

- Retirar luvas de procedimentos.

- Lavar as mãos.

- Encaminhar o carro abastecedor conforme designação da


instituição.

- A roupa e o lixo devem ser retirados da sala de operação em


carros fechados, seguindo a rotina da instituição.

- Após as etapas anteriores, realizar a limpeza da sala de operação


conforme preconizado.

Limpeza da sala de operação:

É o procedimento de remoção de sujeira, detritos indesejáveis e


microorganismos, presentes nas superfícies dos equipamentos e
acessórios, mobiliários, pisos, paredes mediante a aplicação de
energia química, mecânica e térmica.

A escolha do procedimento de limpeza deve estar condicionada ao


potencial de contaminação das áreas e artigos e dos riscos
inerentes de infecções hospitalares. Os ambientes podem ser assim
classificados:

47
- Áreas críticas:

São aquelas que oferecem risco potencial de transmissão de


infecção, seja por procedimentos invasivos realizados, pela
presença de pacientes com seu sistema imunológico deprimido ou
por executar limpeza de artigos (hemodiálise, central de material e
esterilização, centro-cirúrgico, UTI, etc.).

- Áreas semi-críticas:

São todas as áreas ocupadas por pacientes com doenças


infecciosas de baixa transmissibilidade e doenças não infecciosas
(unidades de internação, ambulatórios).

- Áreas não-críticas:

Áreas hospitalares não ocupadas por pacientes (salas


administrativas, depósitos).

São consideradas quatro etapas da limpeza em CC:

• Limpeza preparatória: realizada antes do início das cirurgias


programadas do dia. Remover as partículas de poeira nas
superfícies dos mobiliários, focos cirúrgicos e equipamentos com
solução detergente ou desinfetante (álcool 70%) com um pano
úmido e branco são seus objetivos;

• Limpeza operatória: realizada durante o procedimento cirúrgico


consistindo apenas na remoção mecânica da sujidade (sangue e
48
secreções) utilizando um pano comum embebido em agente
químico de amplo espectro para que não ocorra secagem da
superfície e disseminação contaminando o ar;

• Limpeza concorrente: Executada no término de cada cirurgia.


Envolve procedimentos de retirada dos artigos sujos da sala,
limpeza das superfícies horizontais dos móveis e equipamentos.

- O hamper deve ser fechado e levado ao local de acesso à


lavanderia.

- O instrumental cirúrgico deve ser colocado aberto em caixas


perfuradas (usando luvas) e encaminhado ao expurgo da central de
materiais e esterilização (CME) o mais cedo possível para o
reprocessamento.

- As conexões do aspirador de secreções devem ser retiradas,


desprezadas ou levadas ao expurgo da CME.

- Artigos em aço inoxidável, de vidro, de borracha, utilizados na


cirurgia recebem cuidados especiais. O conteúdo do frasco deve
ser desprezado em local apropriado. Os frascos devem ser
descartados ou trocados e desinfetados, antes do uso da próxima
cirurgia.

- As cânulas endotraqueais devem ser desprezadas após o uso.

- As superfícies dos mobiliários e dos equipamentos existentes na


SO devem ser limpas com solução desinfetante, geralmente o
álcool 70%.

- Não usar hipoclorito de sódio em superfícies metálicas devido ao


risco de corrosão dos metais.

- O chão deve ser limpo usando máquinas lavadoras e extratoras.


Como isso nem sempre é possível, recomenda-se o uso da um
pano de chão seco e limpo a cada sala de operação e para cada
limpeza concorrente, e após isso deve ser mandado à lavanderia
para ser processado.
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- As paredes devem ser limpas somente se houver contaminação
direta com material orgânico (secreção, muco, sangue, etc.), assim
com o teto.

- A SO pode ser montada para outra cirurgia.

• Limpeza terminal: diária e periódica.

A limpeza diária é realizada após a última cirurgia programada do


dia. Envolve todos os procedimentos da limpeza concorrente,
acrescentados à limpeza de todos os equipamentos, acessórios e
mobiliários, pisos e paredes da SO.

As portas devem ser limpas diariamente, especialmente o local


próximo à maçaneta. O chão deve ser lavado com água e sabão.
As macas e os carros de transporte também devem ser limpos. Os
lavabos devem ser limpos, trocar a solução anti-séptica, assim
como as escovas de degermação.

Já a limpeza periódica envolve itens cuja freqüência de limpeza não


necessita ser diária, por não se sujar com facilidade e ou por não
estarem diretamente relacionados com a infecção direta do sítio
cirúrgico. Dessa forma, rotinas de limpeza com periodicidades
maiores podem ser estabelecidas. É o caso das superfícies
verticais, janelas, portas, teto, grades de entrada e saída do ar
condicionado, armários que permanecem fechados dentro e fora da
sala de operação.

A equipe de limpeza

A limpeza do CC é dividida entre o pessoal da limpeza e o


circulante da sala.

O pessoal da limpeza deve ter noções de: microorganismos e sua


transmissão; o porquê da limpeza da sala de operação; como

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realizar a limpeza em função da técnica (paredes e anexos de cima
para baixo; tetos no sentido unidirecional; pisos: do fundo para a
porta da sala; piso e corredores, saguões: de dentro para fora e de
trás para frente; iniciar sempre da área menos contaminada para a
mais contaminada; nunca realizar movimentos de vai-vém; iniciar a
limpeza pelas paredes e por último o piso).

Os procedimentos devem estar escritos, organizados num manual,


de fácil acesso a qualquer pessoa que deseja consultá-los, e devem
sofrer revisão periódica.

Deve-se ter um programa contínuo de atualização e


desenvolvimento da equipe de CC, ressaltando a importância da
limpeza no processo de controle de infecção.

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Conclusão

O serviço de enfermagem diante a administração do centro


cirúrgico, tem como principal função desenvolver suas atividades
assistenciais e administrativas como planejar, organizar, liderar, etc.

Conclui que a administração não é uma tarefa fácil, pois engloba


desde a estrutura do centro cirúrgico ate todos os equipamentos
contidos nele.

E com esse trabalho pude aprender, pude aprender não tudo, mais
boa parte de como se administrar um centro cirúrgico.

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Bibliografias

http://www.scielo.br/scielo

http://www.anvisa.gov.br/legis/resol/2002/50_02rdc.pdf

http://WWW.passeporaqui.webs.com

http://WWW.ebah.com.br

http://www.fen.ufg.br.

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