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NOTA DE ABERTURA

O setor da construção, outrora pouco preocupado com o com-


portamento térmico e acústico dos edifícios, vê atualmente a
procura pelo conforto nas habitações ser tema de ordem.
As novas soluções disponíveis no mercado têm conferido, aos
edifícios comerciais e residenciais mais recentes, melhorias no
conforto térmico e acústico com alguma eficiência energética.
Contudo, existe ainda um grande parque edificado degradado
sem as mínimas condições de habitabilidade. Recentemente,
foi publicado um estudo da Organização Mundial de Saúde que
Ávila e Sousa
posiciona Portugal no topo dos 15 países europeus com maior
Diretor Técnico
dificuldade em manter as casas aquecidas. Este estudo vem
Imagem e Iluminação
alertar para a urgência em promover a reabilitação urbana, as-
do Grupo Preceram
sociada ao isolamento, e apostar em edifícios confortáveis, mas
com baixo consumo energético. Devemos considerar esta es-
tratégia fulcral para a melhoria da qualidade de vida e saúde das
populações, podendo mesmo alavancar o setor da construção e
traduzir-se num estímulo positivo para a economia nacional.

FICHA TÉCNICA
2 Equipamentos e Máquinas para Construção
COORDENAÇÃO
Carla Santos Silva
6 Estruturas e Cofragens
8
carla.silva@engenhoemedia.pt
Fixação, Perfis e Ferragens
COMUNICAÇÃO E PUBLICIDADE
Vera Oliveira
v.oliveira@engenhoemedia.pt 12 Impermeabilização
REDAÇÃO
Joana Correia
redaccao@engenhoemedia.pt
16 Isolamentos
GRAFISMO
Ana Pereira
27 Materiais de Construção
ana.pereira@engebook.com

ASSINATURAS
29 Tinta e Vernizes
assinaturas@engenhoemedia.pt
www.engenhoemedia/obra
32 Reabilitação
PROPRIEDADE
Engenho e Media, Lda
Praça da Corujeira, 38
40 Energias Renováveis
4300-144 PORTO
Tel. +351 225 899 625
Fax +351 225 899 629
41 Domótica
info@engenhoemedia.pt
www.engenhoemedia.pt
42 Iluminação
TIRAGEM
8000 exemplares
44 Climatização
ISSN
2182-3707
45 Ventilação
imagem capa: Copyright_Onur_ERSIN

46 Piscinas
48 Construção em Madeira
54 Construção Sustentável
Produto

Revolucionário:
O Novo Leica 3D Disto: Mede – Projecta – Regista

Áreas grandes? Com cantos sem esquadria? Paredes não aprumadas? Muito detecta a posição e altura dos pontos que
detalhe? Pontos difíceis de alcançar? Não precisa de se preocupar mais: o mede. Essa informação é capturada e depois
Leica 3D Disto com a sua precisão e robustez medirá tudo o que necessitar. registada, sendo portanto possível tratá-la
A combinação das medições de distância e de ângulos possibilita a deter- a posteriori. Conclusão: uma ferramenta
minação rigorosa da posição de cada ponto, identificado através da câmara eficiente, rigorosa e rápida, e que é revolucio-
integrada e capturado através do raio laser. Resumindo: o Leica 3D Disto nariamente simples de trabalhar.

Posição, altura e distância podem agora ser medidas sob a forma de X,Y,Z a
partir de um mesmo ponto e com apenas uma medição. Nunca foi tão fácil fa-
zer levantamentos de tectos, de pavimentos e de áreas de telhados; bem como
de volumes; inclinações e pendentes; difenças de altura (desníveis); ângulos e
muito mais. Projectar pontos na vertical, apesar da exitência de obstáculos –
não constitui qualquer problema!

Para trabalhar com o 3D Disto poder colocá-lo em qualquer superfície estável,


ou então pode ser montado num tripé standard com rosca 5/8”-11.

O Leica 3D Disto é controlado através de um pequeno e robusto tablet ou


através do controlo remoto. A pontaria para os pontos que se pretendem me-
dir, bem como e a ordem para execução de cada medição é realizada direc-

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EQUIPAMENTOS E MÁQUINAS PARA CONSTRUÇÃO

tamente no ecrã de alta resolução do tablet, sendo possível


recorrer à ferramenta de zoom (até 8x), que é uma preciosa
ajuda nas medições de pontos mais distantes.

Os utilizadores ficam impressionados com a interface super


intuitiva. Os “Assistentes” (ou wizards) são uma ajuda cons-
tante nas tarefas de maior complexidade. A apresentação
das medições no ecrã em tempo real sob a forma de dese-
nho tornam possível a completagem e verificação directa-
mente no local da obra. Com o clique de um botão no ecrã,
a informação é registada em tabelas standard, fotografias,
DXF e ficheiros de texto. É realmente muito simples!

Principais vantagens do Leica 3D Disto:


 Medir e desenhar em simultâneo, no local da obra
 Medir todas as superfícies de forma automática, sejam
horizontais ou verticais: basta definir a área e o intervalo,
e começar a medir. Não há detalhes esquecidos; todos os
ângulos e irregularidades das superfícies são capturados.
 Ferramentas especiais para medir janelas e junção de
tubagens permitem reduzir significativamente o trabalho.
 Criação automática de desenhos, seguida de exportação
possibilita que parte da informação do levantamento pode
ser impressa sem necessidade de edições adicionais.
 Possibilidade encadear medições realizadas em divisões
diferentes, os dados são perfeitamente encaixados.
 Uma quantidade de acessórios foi desenvolvida para tor-
nar as tarefas de medição muito mais simples.
 É a ferramenta de medição perfeita para todos os profis-
sionais que necessitam de uma solução muito simples de
usar, mas altamente poderosa e produtiva.

O Leica 3D Disto é a ferramenta ideal para arquitectos,


projectistas e instaladores de divisórias e tectos falsos,
carpinteiros, aplicadores de gesso-cartonado (ex. pladur),
electricistas, instaladores de cozinhas, empresas de restau-
ro, profissionais de coberturas e isolamentos, instaladores
de painéis fotovoltáicos, empresas de cofragens, instala-
dores de acabamentos em painéis de madeira, projectistas
e instaladores de escadas, instaladores de revestimentos
em pedra, construtores e instaladores de coberturas para
piscinas, etc…

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EQUIPAMENTOS E MÁQUINAS PARA CONSTRUÇÃO

Principais funções do Leica 3D Disto:


Projector
Para a marcação de pontos.
Seja uma malha de pontos em grelha no tecto ou marcação
no chão das futuras paredes – o Leica 3D Disto marca o seu
projecto em qualquer superfície – ponto a ponto.

Room Scan
Seja no modo automático ou manual, é possível medir divi-
sões na sua totalidade (paredes, janelas, peças estruturais
ou escadas), a partir de um único ponto de estacionamento.

Ferramentas
Ferramentas rápidas inspiram o utilizador: estabelecer e
marcar linhas de prumo, criar pontos de referência ou trans-
ferir com todo o rigor offsets posições.

Disponibilizamos ainda um portal onde os nossos Clien- Kit de equipamento fornecido


tes podem registar o seu Leica 3D Disto, bastando para
tal aceder ao “myWorld“ @ Leica Geosystems (myworld.
leica-geosystems.com). Nesse portal poderão encontrar
várias informações, nomeadamente: documentação sobre
o equipamento, sugestões, material de formação, e muito
mais, para além de ser poder a verificação e actualização do
software do instrumento 3D Disto.

E como Leica Geosystems significa sempre a mais elevada


qualidade, todos os equipamentos da Gama Leica Disto
(ex. Disto, Lino & Roteo) podem ter o seu prazo de garantia
standard de 2 anos estendido para 3 anos, bastando para tal
efectuar no portal o registo do instrumento no prazo de 60
dias após a data da aquisição.
Porta USB

Leica Geosystems – when it has to be right


Com perto de 200 anos de experiência em soluções pioneiras a sua fiabilidade, pelo valor que transmitem e pelo ímpar su-
para medir o mundo, os produtos e serviços da Leica Geosys- porte ao cliente que é prestado. Com sede Heerbrugg, Suíça,
tems são alvo da confiança dos profissionais do mundo inteiro a Leica Geosystems é uma empresa global com dezenas de
para os ajudar a capturar, analisar e apresentar informação es- milhares de clientes que são suportados por mais de 3,500
pacial. A Leica Geosystems é globalmente conhecida pela sua empregados em 28 países, e centenas de parceiros localizados
extensa linha de produtos que permitem capturar rigorosamen- em mais de 120 países espalhados pelo mundo inteiro. A Leica
te a informação espacial, que depois é rapidamente modelada Geosystems faz parte do Grupo Hexagon, Suécia.
e analisada, e que finalmente é apresentada e colocada ao
serviço de quem a necessita. Para mais informações contacte:
Leica Geosystems, Portugal
Todos os profissionais que trabalham diariamente com equipa- jose.martins@leica-geosystems.com
mentos da Leica Geosystems, confiam neles devido www.disto.com

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Solução Técnica

Solução completa da Doka


na construção da Ponte sobre o Rio Tua

Este complexo projecto, a cargo da Empresa


Mota-Engil – Engenharia e Construção, SA,
está inserido no IC5 e faz a ligação da A24
(Murça) a Miranda do Douro. Prevê-se que a
obra esteja totalmente concluída em Abril de
2012.

Trata-se de um projecto de enorme complexi-


dade e com algumas características especiais,
tendo em conta o local e o género construtivo.
A Ponte sobre o Rio Tua destina-se a vencer
o vale do rio Tua, com uma rasante a cerca de
150 metros sobre o leito do rio. A ponte cruza
ainda a linha de Caminho de Ferro do Tua e,
com a construção da futura barragem da Foz
do Tua, ficará situada sobre a sua albufeira.

A solução estrutural adoptada para a Ponte


é constituída por uma superstrutura contínua
de apenas 3 tramos de grandes dimensões,
formada por um tabuleiro em viga caixão com
14,40 metros de altura na zona dos pilares
e com um comprimento total de 500 metros
entre eixos de apoio extremos. O vão central
de 220 metros é o segundo maior executado
em Portugal através de avanços sucessivos,
em betão e sem recurso a tirantes, e o 12º
no Mundo.

A Construtora necessitava de uma solução


com elevada capacidade de carga e adaptabi-
lidade à estrutura complexa, fácil de manuse-
ar, rentável e segura. A Doka adequou-se ao
ponto de vista do cliente e apresentou uma
solução técnica completa, em que o versátil
sistema Top50, os resistentes e seguros con-
trafortes universais e as consolas MF240
e D22, garantiu segurança, rapidez e eficiência
em obra. Foram fornecidos mais de 750m2 de
cofragem e mais de 1000m3 de cimbre.

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ESTRUTURAS E COFRAGENS

Plataformas amplas Os Factos


Subconcessão Douro Interior – IC5 – Murça/Pombal -
garantiram máxima segurança Obra
Lote 6 – Ponte Sobre o Rio Tua

Lugar Alijó/ Carrazeda de Ansiães

Os requisitos de segurança por parte Construtora foram extrema- Dono de obra Ascendi

mente elevados, até porque a obra assim o exigiu, devido à altitu- Solução
Doka Cofragens - Branch Porto
de cofragem
de em que seriam realizados os trabalhos. O Cliente não hesitou
DIACE – Douro Interior ACE/ Mota-Engil – Engenharia
ao escolher a Doka nesta parceria, já que os sistemas da Doka Empreiteiro
e Construção, SA
oferecem um elevado nível de segurança e fiabilidade, um dos
Sistema de cofragem seguro, com elevada capacidade
requisitos necessários para a execução deste complexo projecto. Requisitos
de carga e adaptabilidade à estrutura complexa.
Além disso, a solução técnica apresentada foi a mais adequada Sistemas Top50, Contrafortes Universais, Consolas MF240,
e correspondeu certamente às expectativas do cliente, a nível de utilizados Consolas D22

segurança, rapidez e eficiência. No entanto, a ressaltar uma das


características mais importantes deste sistema: a excelente e A solução: Altamente rentável e fiável. Sistema com excelente
ampla plataforma de trabalho, que permitiu uma execução e uma plataforma de trabalho para uma execução segura e eficiente
progressão segura e eficiente dos trabalhos em obra. dos trabalhos em obra.

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Mãos à obra

Sistemas para bases de duche


Schlüter®-KERDI-SHOWER

Schlüter®-KERDI-SHOWER é um sistema modular para a  A peça de drenagem Schlüter®-KERDI-DRAIN com flange de


construção de chuveiros à face do solo com tijoleira cerâmica. ligação garante uma ligação segura à impermeabilização de
Para quatro medidas diferentes podem ser combinadas entre superfície.
si elementos de inclinação, opcionalmente com placas de com-  A grelha pode ser ajustada de forma flexível a alturas entre
pensação, e conjuntos para a impermeabilização da parede e 3 e 15 mm, sendo assim adequada para as espessuras de
para o escoamento de água no solo. materiais como mosaicos de vidro, pedra natural, cerâmica
ou revestimentos.
As ranhuras pré-gravadas permitem adaptar de uma forma  A placa Schlüter®-KERDI-SHOWER pode ser utilizada em
simples os elementos para o solo para montar bases de duche bases de duche rectangulares e redondas.
®
redondas. Os módulos Schlüter -KERDI-SHOWER caracteri-
zam-se por serem particularmente fáceis de instalar. Altura de construção muito baixa
 A altura da placa de compensação é de 60 mm.
 A altura da placa de inclinação (consoante o tamanho)
Vantagens é de 31–39 mm.
 É possível uma altura total sem revestimento inferior a
Instalação fácil e segura 100 mm.
 Na montagem, o bote sifónico está ligado ao cano de esgoto,  Altura de construção baixa e limpeza fácil devido à coloca-
o que possibilita uma instalação e um teste de estanquicid- ção do sifão directamente na grelha.
ade fácil e seguro.  No caso de ligações de escoamento verticais directamente
 A pendente já está incorporada na placa Schlüter®-KERDI- na base de suporte é possível abdicar da placa de com-
SHOWER. pensação.

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FIXAÇÃO, PERFIS E FERRAGENS

Notas sobre a montagem

Módulos pré-fabricados Escoamento central Formatos de tijoleira


®
Schlüter -KERDI-SHOWER é particular- Para chuveiros construídos de uma forma A utilização de Schlüter®-KERDI-
mente manejável. As placas dividas em adaptada a pessoas com deficiências SHOWER não limita de forma alguma
duas peças são encaixadas na obra num motoras as entidades oficiais recomen- a selecção dos formatos de tijoleira
abrir e fechar de olhos. Os escoamentos dam um escoamento central, uma vez utilizados, desde formatos grandes até
de água no solo e conjuntos de ligação que estes asseguram uma utilização ideal aos mosaicos. O mesmo aplica-se se for
Schlüter®-KERDI-DRAIN são compostos dos chuveiros para pessoas em cadeiras esperada uma solicitação localizada, por
por poucas peças individuais, sendo a de rodas. exemplo, resultante da passagem com
sua instalação respectivamente rápida. uma cadeira de rodas.

Ajuste da grelha Limpeza Capacidade de escoamento


Em todos os elementos de montagem é Os encaixes para argamassa fina Consoante a capacidade de escoamento
possível ajustar a grelha na horizontal, ex- Schlüter®-KERDI-DRAIN KD 10 AS têm necessária, estão disponíveis variantes
cepto no Schlüter®-KERDI-DRAIN-BASE. um filtro de recolha de sujidade instalado. de escoamento entre 0,4 l/seg. e 1,4
Para limpar o Schlüter®-KERDI-DRAIN- l/seg. para combinar com as placas
BASE basta retirar sifão integrado na Schlüter®-KERDI-SHOWER.
estrutura da grelha.

As ranhuras pré-gravadas por trás permitem cortar de uma forma simples as placas para obter chuveiros redondos.

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FIXAÇÃO, PERFIS E FERRAGENS

A montagem

1. Aplicação da argamassa fina (espátula 2. Aplicação e alisamento da membrana 3. Recortar a passagem dos tubos com um
®
com dentes 3 x 3 mm) para colocar o conjunto Schlüter -KERDI. E colocação da mesma em x-ato.
impermeável Schlüter®-KERDI. toda a superfície de união, utilizando para o
efeito Schlüter®-KERDI-COLL.

4. Aplicar argamassa fina sobre a base 5. Na colocação sobre pontos de argamassa: 6. Ligar o tubo de descarga com a caixa de
plana da superfície. E colocar a placa de alisar a placa de compensação com um nível descarga Schlüter®-KERDI-DRAIN. Se necessá-
compensação. de bolha de ar. rio, utilizar a peça de redução e ligar ao sistema
de drenagem do edifício.

7. Efectuar, se necessário, um teste de estan- 8. Aplicar argamassa fina sobre a placa de 9. Encaixar a placa com inclinação e colocar.
quecidade. compensação. (Atenção: o ponto de união não deve ficar sobre
o tubo que está por baixo).

10. Aplicar argamassa fina sobre a superfí- 11. Comprimir o encaixe e de seguida aplicar 12. Aplicar argamassa fina na superfície restan-
cie de apoio e um agente anti-fricção sobre o Schlüter®-KERDI-COLL na flange do encaixe te (espátula com dentes 3 x 3 mm ou 4 x 4 mm).
rebordo da caixa de descarga. para argamassa fina.

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PUB
13. Colocar a guarnição Schlüter -KERDI e alisar.
®

14. Colar as peças de canto por completo com Schlüter -KERDI-


®

COLL. As ligações de parede efectuadas com a fita Schlüter®-KERDI


também devem ser coladas.

15. Comprimir a grelha em aço inoxidável com a parte inferior no


encaixe para argamassa fina. Aplicar argamassa fina à volta da grelha
e alinhar ao nível da tijoleira.

16. Antes de colocar em funcionamento, é necessário desapara-


fusar a grelha em aço inoxidável e verificar o assentamento correcto
do sifão, exercendo para o efeito uma ligeira pressão. (Se necessário
aplicar agente anti-fricção no O-ring.)
Passo-a-passo

Sistemas para a impermeabilização


de terraços e varandas - MAPEI
Passo 1
EXECUÇÃO DE PENDENTES
Para evitar a estagnação de água que torna as superfícies de presa normal e retração controlada para a realização de
ladrilhadas mais escorregadias, as varandas e terraços devem betonilhas de secagem rápida (4 dias)), precedida do espalha-
ter uma pendente de 2% em direção aos pontos de recolha mento sobre o suporte de uma aguada de aderência realizada
das águas pluviais. Se na fase de execução da laje as pen- com PLANICRETE.
dentes não foram previstas, torna-se necessário a realização
de uma betonilha com pendente para favorecer o escoamento
da água. DICA

Para tal operação a Mapei propõe a utilização de TOPCEM Quando a espessura prevista da camada de pendência é inferior a
(ligante hidráulico especial para betonilhas, de presa nor- 20 mm, pode-se utilizar, em alternativa ao TOPCEM ou ao TOPCEM
mal e secagem rápidas (4 dias) e de retração controlada) ou PRONTO, o ADESILEX P4, argamassa de regularização cimentícia, de
TOPCEM PRONTO (argamassa pré-misturada pronta a usar, endurecimento rápido, para interiores e exteriores.

Passo 2
APLICAÇÃO DA CAMADA
DE IMPERMEABILIZAÇÃO Pavimentação cerâmica ou em material pétreo
A impermeabilização realizada diretamente Betumação de juntas com argamassa
sobre a betonilha de pendência (fig. 1) e ime- da classe CG2
Adesivo MAPEI da classe C2
diatamente abaixo dos azulejos, é efetuada
MAPELASTIC ou MAPELASTIC SMART
com o MAPELASTIC ou o MAPELASTIC
SMART. Betonilha de pendência com TOPCEM PRONTO

Aguada de aderência (TOPCEM ou TOPCEM


PRONTO + água + PLANICRETE)
O MAPELASTIC (aplicado com espátula
ou por projeção) e o MAPELASTIC SMART Placa

(aplicado a rolo ou pincel) são aplicados em


duas demãos, numa espessura máxima de
cerca de 2 mm, incorporando entre a primeira
e a segunda demão a rede em fibra de vidro,
MAPENET 150.

Figura 1
DICA

Deve-se prestar particular atenção à proximidade das juntas de dilatação ou nas ligações dos elementos horizontais e verticais onde, a fim de
garantir a continuidade da impermeabilização e favorecer os movimentos diferenciais entre os diversos elementos estruturais, deve ser utilizado
MAPEBAND (fita revestida com borracha com feltro resistente aos álcalis para sistemas impermeabilizantes cimentícios e membranas líquidas).

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IMPERMEABILIZAÇÃO

Nas figuras seguintes (2, 3 e 4) são analisados detalhadamente alguns pormenores construtivos que podem tornar-se pontos
críticos no caso de uma execução errada da impermeabilização.

Ladrilho perfilado

Betumação com argamassa


da classe CG2
Adesivo MAPEI da classe C2F

MAPELASTIC ou MAPELASTIC SMART


Betonilha de pendência com TOPCEM
ou TOPCEM PRONTO

Aguada de aderência (TOPCEM ou


TOPCEM PRONTO + água + PLANICRETE)

Placa
Goteira
Figura 2

DICA

O adesivo deverá ser aplicado também sobre o reverso dos ladrilhos


para assegurar a sua completa molhagem, evitando assim a forma-
ção de vazios,
vazios que permitiriam a estagnação de águas pluviais, com
o risco de aumento
au de volume devido a congelação e consequente
destacament
destacamento ou rutura da pavimentação.

Ladrilho
PRIMER FD +
MAPESIL AC
Adesivo MAPEI
da classe C2

MAPELASTIC ou MAPELASTIC SMART


Betonilha de pendência com
TOPCEM ou TOPCEM PRONTO

Aguada de aderência (TOPCEM ou


TOPCEM PRONTO + água + PLANICRETE)

Placa
Argamassa de assentamento
da soleira

Figura 3 Soleira perimetral

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IMPERMEABILIZAÇÃO

Figura 4

Ladrilho

PRIMER FD +
MAPESIL AC
Adesivo MAPEI
da classe C2
MAPELASTIC ou MAPELASTIC SMART
Betonilha de pendência com TOPCEM
ou TOPCEM PRONTO

Aguada de aderência (TOPCEM ou


TOPCEM PRONTO + água + PLANICRETE)
Placa

Argamassa de assentamento da soleira

Soleira

Passo 3
ASSENTAMENTO DE CERÂMICA ƒ KERABOND+ISOLASTIC, sistema adesivo cimentício de
E MATERIAL PÉTREO elevadas prestações, tempo aberto alongado e altamente
Sobre suportes elásticos e deformáveis, como o MAPELAS- deformável, da classe C2 ES2.
TIC ou o MAPELASTIC SMART, é necessário a utilização de ƒ KERAQUICK, adesivo cimentício de elevadas prestações, de
um adesivo da classe C2, segundo a norma EN 12004, como: presa rápida e deslizamento vertical nulo, deformável, para
ƒ KERAFLEX, adesivo cimentício de elevadas prestações, ladrilhos cerâmicos e materiais pétreos, estável à humidade,
com deslizamento vertical nulo e tempo aberto alongado, da da classe C2FT S1.
classe C2TE. ƒ GRANIRAPID, adesivo cimentício bicomponente de elevadas
ƒ KERAFLEX MAXI S1, adesivo cimentício de elevadas prestações, deformável, de presa e hidratação rápidas, da
prestações, com deslizamento vertical nulo e tempo aberto classe C2F S1.
alongado, deformável, da classe C2TE S1. ƒ ELASTORAPID, adesivo cimentício bicomponente, altamen-
ƒ ULTRAFLEX S2 MONO, adesivo cimentício monocompo- te deformável, de elevadas prestações, com tempo aberto
nente de elevadas prestações, altamente deformável, de alongado, de presa e hidratação rápidas e deslizamento
deslizamento vertical nulo e com tempo aberto alongado, vertical nulo, da classe C2FTE S2.
com elevado rendimento e aplicação fácil com espátula, da A pavimentação com estes adesivos é pedonável e permite a
classe C2TE S2. betumação das juntas 3 a 4 horas após o assentamento.

Passo 4
BETUMAÇÃO E SELAGEM DE JUNTAS
Em caso de betumação convencional, quando não é requerida Para a selagem de juntas de dilatação a Mapei recomenda
rapidez de execução, a intervenção poderá ser efetuada com a utilização de MAPESIL AC; MAPEFLEX PU21 ou PU20 ou
KERACOLOR FF ou KERACOLOR GG, consoante as dimen- MAPEFLEX PU50 SL.
sões das juntas.
DICA
Em caso de intervenções rápidas e onde são requeridas resis-
tências a fungos e bolores, a betumação deverá ser realizada Para o dimensionamento correto da junta e para evitar que o
com ULTRACOLOR PLUS. Em caso de ambientes onde é selante adira ao fundo da mesma, deve-se utilizar o cordão em
exigida uma elevada resistência química utiliza-se KERAPOXY. polietileno expandido MAPEFOAM.

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Passo-a-passo

Isolamento Térmico
com Revestimento de Cortiça - DIERA CORK THERM
O isolamento térmico dos edifícios é fundamental para minimizar as trocas de
calor com o exterior e reduzir as necessidades de aquecimento/arrefecimento,
e o risco de condensações. Em particular, o sistema ETICS tem como função
melhorar o conforto interior da habitação, eliminar pontes térmicas e promover
o aumento da área útil e a proteção das paredes da envolvente.

Este método consiste na colocação de um isolamento térmico sobre a face ex-


terior de paredes em alvenaria, reboco ou betão, ou seja, na construção de uma
única parede com um isolamento de cortiça colado com um adesivo compatível.
Este sistema pode ser utilizado praticamente em todos os tipos de construção,
nova ou antiga, industrial, comercial ou residencial.

Na seleção do sistema, é necessário atender ao tipo de suporte, à zona climática,


e ao nível de conforto térmico exigido, bem como à exposição da fachada e ao
tipo de acabamento pretendido (cortiça à vista ou revestida).

A cortiça é um material que tem acompanhado a Humanidade desde tempos


imemoriais e que bem cedo se distinguiu em aplicações ligadas à construção,
nomeadamente nos países mediterrânicos de onde provém.

Atualmente, devido ao desenvolvimento de novos materiais derivados, à melhoria


das suas características, à crescente importância da utilização de materiais natu-
rais e sustentáveis e também ao carácter exótico nalguns mercados longínquos,
a sua utilização em revestimentos e isolamentos estendeu-se a todo o mundo.

Vantagens do isolamento térmico


Eliminação de pontes térmicas e redução das exigências da construção, comparan-
do risco de condensações do com a tradicional parede dupla com
A constante condensação de vapores nas paredes frias, devido às pontes caixa-de-ar, reduzindo significativamente o
térmicas (por exemplo, em quartos muito húmidos, com pouca ventilação e custo, com a vantagem do aumento da área
mal aquecidos) origina a formação de bolores e fungos, causa de vários tipos habitável.
de alergias das vias respiratórias e deterioração das paredes.
Melhoria do conforto térmico
Proteção das alvenarias de Inverno e de Verão
Protege as alvenarias das agressões hidrométricas, absorve movimentos O sistema ETICS é eficiente no combate à
de contracção e dilatação, e a consequente fissuração. inércia térmica, impedindo a evasão do calor
do interior para o exterior no inverno, assim
Diminuição da espessura das paredes como a entrada do calor no Verão, promoven-
A utilização de material isolante permite uma redução significativa da espes- do uma temperatura de conforto de acordo
sura. Uma só parede simples com isolamento exterior cumpre os preceitos com as exigências do RCCTE.

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ISOLAMENTOS

Na presença de um isolamento térmico realmente eficiente  Reabilitação sem desalojamento


poupa-se na energia para o aquecimento das habitações e Pode ser aplicado sem que os moradores sejam desalojados,
preserva-se o meio ambiente no sentido em que há uma redu- ou sequer incomodados.
ção da emissão de dióxido de carbono para a atmosfera.
 Reabilitação estética
Ao seu uso em renovação podem-se somar mais algumas Proporciona além da reabilitação térmica, também a reabilita-
vantagens, como: ção de estanquicidade e do aspeto.

Vantagens na utilização da cortiça


 Matéria-prima natural e renovável;
 Processo industrial 100% natural;
 Excelente isolamento térmico e acústico;
 Totalmente reciclável;
 Ótimo comportamento em situações de grandes amplitudes
térmicas.

Elementos do sistema DIERA CORK THERM


1.Suporte
Os suportes sobre os quais se pode aplicar o sistema Diera
Cork Therm deverão ser superfícies planas verticais exteriores
ou interiores e superfícies horizontais ou inclinadas não expos-
tas à precipitação, tais como:
 Alvenaria de blocos de betão, tijolo, pedra;
 Alvenaria com reboco de ligantes hidráulicos;
 Suportes pintados ou com revestimentos orgânicos ou
minerais, desde que convenientemente preparados.

2.DIERA TH THERM ou DIERA CL ULTRAFLEX;


Adesivos bi-componente usados para a colagem das placas
de cortiça ao suporte, com as seguintes características:
 Boa aderência;
 Estanquicidade à água;
 Flexibilidade;
 Durabilidade;
 Resistencia às alterações climáticas.
 Não ser atacado por roedores;
3.Cortiça  Durabilidade;
As principais propriedades requeridas para um isolante térmico  Baixa massa volúmica.
são obtidas com a utilização da cortiça:
 Baixo coeficiente de condutividade térmica; 4.Protecção final
 Não absorção de humidade; PROTETOR UV CORK WB para cortiça à vista, ou DIERA RV
 Resistência mecânica adequada à utilização; PLASCRYL para acabamento de cobertura.
 Trabalhabilidade; O sistema pode ainda ser revestido com argamassa DIERA TH
 Resistência ao fogo; THERM armada com rede de fibra de vidro de 160 g/m2, com
 Ausência de cheiro; acabamento colorido DIERA RV PLASCRYL.

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Aplicação do sistema DIERA CORK THERM

Passo 1
Os trabalhos de colagem das placas de isolamento e de
aplicação do reboco não podem ser realizados quando se
verifiquem as seguintes condições:
 Períodos de chuva;
 Temperaturas inferiores a 5º C;
 Em superfícies expostas ao sol durante o Verão ou sujeitas
ao vento forte.

Passo 2
A cola DIERA TH THERM deve ser aplicada sobre a placa de
cortiça e nunca deverá ser utilizada para preencher as juntas
entre as placas. A Diera aconselha a aplicação da cola sobre
as placas de cortiça apenas através da colagem contínua, com
talocha dentada com entalhes de 6 x 6 x 6 mm.

A colagem contínua garante uma colagem total por toda área


da placa bem como evita a formação possível de condensa-
ções entre o suporte e a cortiça. Na aplicação do adesivo, este
deve distar sempre pelo menos 2 cm dos contornos da placa
formando uma faixa, para evitar que a cola preencha as juntas
entre as placas.

Passo 3
Na colagem com DIERA CL ULTRAFLEX a cola deve ser
aplicada diretamente sobre o suporte, com espátula lisa, numa
camada com a espessura de pelo menos 2 mm, passando de-
pois a espátula dentada na vertical de modo a criar as estrias
com 1 mm de profundidade. De seguida, assentar as placas
de cortiça.

18 » em obra » JAN. | FEV. | MAR. 2012


ISOLAMENTOS

Passo 4
As placas de cortiça deverão ser colocadas topo a topo, em
fiadas horizontais sucessivas de baixo para cima a partir da
base da parede. Devem estar dispostas com juntas desencon-
tradas, quer em zona corrente, quer nos cantos e não deverá
haver coincidência entre as descontinuidades do suporte.
A aplicação das placas deve realizar-se imediatamente após a
aplicação da cola.

No caso de suportes empenados, executar um pré-reboco de


forma a regularizar a alvenaria e proceder à colagem normal da
placa de cortiça. Não são toleradas diferenças >0,5 cm por 2 m.
Verificar planeidade com régua.

Passo 5
As placas deverão ser pressionadas para que o esmagamento
dos cordões de adesivo seja total.

A regularidade da superfície deverá ser permanentemente


verificada com uma régua de 2 m.

Passo 6
As placas seguintes deverão ser colocadas em contrafiada, em
relação à fiada anterior.

O recorte e ajuste das placas, nomeadamente nos cantos e


nos vãos, deve ser realizado após a colagem da cortiça.

JAN. | FEV. | MAR. 2012 » em obra » 19


ISOLAMENTOS

Passo 7
A colocação das placas na sua posição definitiva realiza-
se pressionando-as contra o suporte de modo a esmagar o
adesivo, ajustando assim os seus contornos à planimetria
superficial.

Passo 8
Antes da aplicação da camada de proteção final, se necessá-
rio, lixar as placas de cortiça negra.

Passo 9
Para proteção superficial do aglomerado de cortiça negra apli-
car a rolo ou à trincha PROTETOR UV CORK WB.

O sistema pode ainda ser revestido com argamassa DIERA TH


THERM armada com rede de fibra de vidro de 160 g/m2, com
acabamento colorido DIERA RV PLASCRYL.

20 » em obra » JAN. | FEV. | MAR. 2012


Passo-a-passo

Isolamento Térmico e Acústico


pelo Interior dos Edifícios - GYPTEC
Isolamento pelo interior
Quando não é possível ou aconselhável intervir pelo exterior,
caso dos núcleos urbanos antigos ou quando não há acordo
entre condóminos, o isolamento pelo interior apresenta-se
como uma opção adequada e eficaz para reabilitar os edifí-
cios e aumentar o conforto térmico e acústico no seu interior.
O isolamento das paredes exteriores reduz de forma significa-
tiva as necessidades energéticas de aquecimento e arrefeci-
mento dos edifícios, reduzindo consumos e custos de energia
consequentes.

A solução passa pela aplicação de placas de gesso com


isolamento incorporado.
Placa Gyptec com XPS Placa Gyptec com Cortiça
Vantagens
 
   

 
 
        
 
   
 
       
 
      
  

  
 

!

"  
 #$ %
 &
   

    '* Placa Gyptec com EPS

Métodos de aplicação Passo 1


Aplicar os pontos de cola afastados 40 cm, reforçando no
O revestimento de paredes com placas compostas Gyptec perímetro de cada placa. A cola pode ser aplicada na placa ou
pode ser efetuado com cola ou perfis auxiliares. diretamente na parede.

Fixação com Cola


As placas Gyptec são cola-
das diretamente à parede.
Neste processo de forma
a garantir uma execução
correta de todo o sistema,
aconselha-se o uso de cola
adesiva GA Gyptec. DICA

Dependendo das condições


do suporte, o consumo de
cola varia entre os 2,5 e os
5 kg/m2.

22 » em obra » JAN. | FEV. | MAR. 2012


ISOLAMENTOS

Passo 2
Aplicar a placa na parede encostando-a ao teto. Depois do DICA
assentamento, pressionar os painéis para garantir uma boa
aderência ao suporte, verificando se a superfície está plana e Afastar a placa 1 cm do pavimento utilizando calços, para garantir que
desempenada com uma régua. não haja contato com humidades. Retirar os calços após a secagem.

Fixação mecânica
Aparafusar perfis auxiliares à parede para fixação posterior
das placas. Neste processo de forma a garantir uma exe-
cução correta de todo o sistema, aconselha-se o uso dos
acessórios:

 +/ 
 2 4 7 

 +   +&*

Passo 1
Aplicar os perfis Omega na vertical ou horizontal seguindo um
afastamento máximo de 60 cm.

DICA

Podem-se aplicar nas


zonas superior e inferior
perfis horizontais para
facilitar a aplicação de
remates e rodapés.

JAN. | FEV. | MAR. 2012 » em obra » 23


ISOLAMENTOS

Passo 2
Aparafusar a placa ao perfil Omega com para-
fusos autorroscantes tipo PM.

Tratamento de juntas
Aplicar a banda de papel e massa para juntas. Depois de seca, a parede está apta a receber o acabamento final.

DICA

Existem massas de secagem rápida, normal ou lenta,


conforme as condições climatéricas.

24 » em obra » JAN. | FEV. | MAR. 2012


ISOLAMENTOS

Produto

Painéis de isolamento coloridos


Os novos painéis de fibras de madeira aglomeradas Heraklith® humidade e permitem a
Fino e Superfino da Knauf Insulation estão agora disponíveis em aplicação em exteriores
16 cores diferentes. com acabamento estéti-
co atrativo.
Os painéis HERAKLITH® coloridos são indicados para espaços As novas cores foram
que requerem uma absorção acústica combinada com o isola- concebidas para melho-
mento térmico (como por exemplo salas de reuniões, ginásios, rar a estética do edifício
piscinas, escritórios, entre outros), especialmente, para revesti- e, também, para evitar
mento de superfícies de parques de estacionamento e anexos. a necessidade de pintar
De acordo com a Knauf, estes painéis destacam-se ainda pela os painéis depois de
facilidade de manuseamento e aplicação. instalados, o que causa
perda das suas propriedades acústicas. Os painéis coloridos
Estes painéis oferecem as mesmas propriedades existentes HERAKLITH® são pintados na fábrica para assegurar que se
num produto natural como a madeira, permitem o isolamento mantêm intactas as propriedades acústicas de um painel de
termo-acústico, durabilidade, proteção contra incêndio, uma vez madeira natural.
que atuam como escudo contra o calor, têm alta resistência à
A palete de cores evoca elementos naturais
como a areia, as rochas, o gelo, a chuva, a
ades
“ Estes painéis oferecem as
mesmas propried selva ou a lava, selecionados pelo simbolismo
destes painéis: a proteção ao fogo,

existentes num produto na


tural ” isolamento térmico e acústico, dura-
bilidade e sustentabilidade.

Propriedades
 Elevada absorção acústica
 Compatível com a maioria dos materiais de construção
 Proporciona excelentes propriedades acústicas e térmicas
e tintas
 Resistente a ruído de percussão e impactos
 Não serve de suporte nutritivo para fungos e bactérias
 Bom comportamento contra o fogo
 Isento de substâncias nocivas
 Boas resistências mecânicas à compressão e à flexão
 Isento de cloretos
 Boa resistência à humidade permite a aplicação em
 Fácil montagem em paredes ou em tetos decorativos
exteriores

http://www.knaufinsulation.pt

26 » em obra » JAN. | FEV. | MAR. 2012


MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

Produto

Peça modular inovadora

O Grupo Cosentino, líder mundial na produção e distribuição O projeto foi feito em superfícies de quartzo Silestone® que
de quartzo, pedra natural e superfícies recicladas, apresentou integram um lava-loiças Integrity by Cosentino®. O design
na Fuorisalone 2012 um projeto inovador desenvolvido pela é uma inovadora peça de mobília para cozinha com painéis
dupla de designers brasileiros, os irmãos Fernando e Hum- frontais feitos a partir de finas camadas de casca de madei-
berto Campana. ra dura extraídas de um tronco de árvore com mais de meio
século. Esta peça de mobília é acompanhada por várias
Shaping Silestone® é o nome da proposta inovadora que cadeiras que estão integradas sob o mesmo conceito.
combina o conceptual com o escultural através de um objeto
de uso diário. O objetivo é converter a cozinha num espaço Em último caso, Shaping Silestone® pode tornar-se naquilo
vivo e versátil. Os conhecidos designers criaram uma peça que o cliente pretender de uma peça deste género.
que integra e utiliza diversos elementos, incluindo bancadas,
fogão, tábua, mesa e lava-loiças. O Shaping Silestone® Cosentino e o Estúdio Campana
consiste uma peça modular com três componentes princi- Esta é a segunda vez que a Cosentino trabalha com Fernando
pais e que recriam a ideia do canivete suíço. Pode desem- e Humberto Campana, dois especialistas bastante conhecidos
penhar múltiplas funções, tornando-se o coração da criação no universo do design internacional. Em 2010, a dupla brasi-
culinária e, simultaneamente, num espaço social de partilha leira participou no projeto “Campanas for Cosentino” na Milan
e convívio entre pessoas. Design Week, um projeto que consistiu numa interpretação ar-
tística da superfície reciclada ECO by Cosentino®. Este projeto
A peça é a unificação de uma simples ideia: ‘tudo o que esteve presente em diversas feiras de design a nível europeu.
uma cozinha necessita’e segue uma sugestiva visão artística
proposta por Fernando e Humberto Campana. http://portugal.cosentinonews.com/

JAN. | FEV. | MAR. 2012 » em obra » 27


MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

Produto

Inovação na indústria de compósitos

Tendo como matéria-prima as fibras vegetais numa combi- Os Smart Composite® distinguem-se porque não integram
nação inovadora com polímeros, este novo produto, desen- aditivos químicos em qualquer circunstância, como por
volvido pela Greenfiber Tech, tem benefícios económicos, exemplo, para obter a cor natural da madeira. Não é ne-
ambientais e sociais. cessária manutenção especial, são mais leves, mantendo a
resistência necessária e requerida pelas diferentes aplicações
A empresa que opera na área das cleantech foi criada por alvo e isolam melhor a temperatura do que os WPC ou a pró-
e, mais tarde, lançou no
Jorge Santos que, pria madeira, garantindo maior
mercado da conforto.
s com mais eficá cia
indústria de
compósitos os
“ Com esta solução valorizamo
Smart Com-
posite®, uma gama de produtos inovadores mais os desperdícios da indústria
da fileira florestal ”
sustentáveis do que a madeira e compósitos de
madeira com termoplástico (WPC – Wood Plastic
Composite). Os Smart Composite® vêm responder à procura de novos
materiais, novas funções e novos produtos no mercado do
A indústria de construção naval e civil dos EUA e Canadá lazer e bem-estar. “O objetivo é cada vez mais identificar e
são os principais mercados dos Smart Composite® da Gre- potenciar a utilização de uma determinada característica das
enfiber Tech que poderão ser aplicados em barcos, terraços, fibras vegetais para beneficiar da melhor forma um determi-
jardins, piscinas, spas, mobiliário de exterior, entre outros. nado fim, como por exemplo, o isolamento”, garante o diretor
de marketing, vendas e logística, Paulo Nogueira.
Utilizando tecnologias de transformação já existentes, os
Smart Composite® inovam no processo de produção. Ao
selecionar e combinar propriedades específicas das fibras
vegetais, detetadas e isoladas em laboratório sueco, com
polímeros de propriedades singulares, o resultado é uma
alternativa de maior valor e mais eficaz.

“Com esta solução valorizamos com mais eficácia os


desperdícios da indústria da fileira florestal (coco, casca de
arroz, sisal, cânhamo e outros), garantindo produtos com ca-
racterísticas únicas que reúnem um conjunto de benefícios”,
refere Jorge Santos.

28 » em obra » JAN. | FEV. | MAR. 2012


TINTAS E VERNIZES

Ficha de Produto

Gama HEMPATONE

Descrição
HEMPATONE EXTRA 58910, HEMPATONE SATIN 586E4
e HEMPATONE SOFT 58P76 são tintas plásticas baseadas em dispersão
aquosa de copolímero vinílico.

Uso recomendado
Pintura de estuques, gesso cartonado, reboco, betão e outros substratos co-
muns em Construção Civil, em paredes, tectos e lambrins em interior. HEMPATO-
NE EXTRA e HEMPATONE SATIN, podem também ser aplicados como pintura
de reboco e betão em exterior.

 Excelente acabamento decorativo e muito agradável ao tacto.


 Excelente poder de cobertura.
 Base aquosa, fácil aplicação e baixo salpico.
 Praticamente isento de cheiro.
 Limpeza fácil

JAN. | FEV. | MAR. 2012 » em obra » 29


TINTAS E VERNIZES

Constantes Físicas
HEMPATONE EXTRA HEMPATONE SATIN HEMPATONE SOFT

Cores Branco / 10000 * Branco / 10000 * Branco / 10000 *

Acabamento Fosco Acetinado Semi mate

Volume de sólidos 35 ± 1 % 40 ± 1 % 39 ± 1 %

Rendimento teórico 11,7 m2/litro - 30 microns 13,3 m2/litro - 30 microns 13 m2/litro - 30 microns

Ponto de inflamação > 66° C > 66° C > 66° C

Massa volúmica 1,4 kg/litro 1,3 kg/litro 1,3 kg/litro

Secagem ao tacto 1 hora a 20º C 1 hora a 20º C 2 horas a 20º C

V.O.C. 20 g/litro 20 g/litro 4 g/litro


Min. 4 horas a 20º C Min. 4 horas a 20º C Min. 4 horas a 20º C
Recobrimento
Max. Não tem Max. Não tem Max. Não tem
®
* Outras Cores - por afinação automática, em Sistema Multi-Tint

Especificações tipo
INTERIOR FOSCO

1 x HEMPEL SELANTE AQUOSO 48350 40 Microns

1 x HEMPATONE EXTRA 58910 30 Microns

1 x HEMPATONE EXTRA 58910 30 Microns

INTERIOR ACETINADO

1 x HEMPEL SELANTE AQUOSO 48350 40 Microns

1 x HEMPATONE SATIN 586E4 30 Microns

1 x HEMPATONE SATIN 586E4 30 Microns

INTERIOR SEMI MATE

1 x HEMPEL SELANTE AQUOSO 48350 40 Microns

1 x HEMPATONE SOFT 58P76 30 Microns

1 x HEMPATONE SOFT 58P76 30 Microns

Aprovações, certificados
Produtos classificados como grupo a) Segundo a Directiva 2004/42/CE.

Mais informações disponíveis


mediante solicitação
Para outras especificações possíveis, por favor contacte os Serviços Técnicos da
HEMPEL. Os produtos deverão ser usados de acordo com as Informações Técnicas
e a Ficha de Segurança, disponíveis em www.hempel.pt

HEMPEL (Portugal) Lda.


Vale de Cantadores, 2954-002 Palmela | Tel.: +351 212 351 022 / 212 352 326
Fax: +351 212 352 292 | Email: sales-pt@hempel.com

30 » em obra » JAN. | FEV. | MAR. 2012


Produto

Quem pensa em reabilitar e decorar,


tem que pintar!

A reabilitação urbana é uma tendência inevitavelmente cres- permitindo a manutenção das suas funções e a estética. Desde
cente, não só pela conjuntura económica e social actual, como sempre a Sika disponibiliza aos seus clientes soluções comple-
também pela necessidade imperativa de uma maior sustentabi- tas para a reabilitação das envolventes exteriores dos edifícios,
lidade na construção. Torna-se assim evidente que as necessi- onde evidentemente se incluem tintas de protecção de qualida-
dades actuais do mercado, ao nível da construção, passam por de superior, que ao longo de muitos anos têm demostrado a sua
soluções de reabilitação que garantam qualidade, economia e robustez.
inovação.

ik a a ss ume-se com o
“ Com a nova gama d e ti n ta s a S

ta em Reabilitação e Impermeabilização! ”
verdadeiro especialis

Acompanhando a evolução das necessidades do mercado, a


A reabilitação é também um foco do desenvolvimento tecnológi- empresa apostou no desenvolvimento de uma gama completa
co da Sika, pelo que a empresa tem tido uma preocupação con- e alargada de tintas de protecção e decorativas vocacionadas
tínua na procura de soluções inovadoras e sustentáveis, com para novos públicos, mantendo a qualidade profissional e ino-
o intuito de assegurar os mais elevados padrões de qualidade, vando na imagem, mais apelativa e facilmente identificável com
acompanhando as exigências crescentes do mercado. as soluções Sika.

As intervenções de reabilitação e manutenção periódicas nos A nova gama de tintas Sika é capaz de responder a qualquer
edifícios são necessárias para manter a sua saúde, qualquer exigência no que respeita a resistência, qualidade e desafios de
que seja a utilização do imóvel (residencial ou não residencial), decoração, no exterior ou no interior.

32 » em obra » JAN. | FEV. | MAR. 2012


REABILITAÇÃO

É importante que as fachadas se mantenham em boas condi-


ções. Consideradas os rostos dos edifícios, muitas delas reflec-
tem o traço cultural e arquitectónico das cidades. A fachada é
considerada um factor essencial para a saúde interior de um edi-
fício, pois a maior parte das anomalias que surgem são causadas
por acções externas ou pelo contacto permanente com água. É
assim importante que o revestimento exterior do edifício tenha
características que permitam acompanhar os seus movimentos
(naturais ou eventuais), impedindo que a água penetre na estru-
tura, para além de ter resistência à intempérie, capacidade de
deixar a estrutura respirar e de manter a sua coloração ao longo
do tempo.

Sendo a pintura exterior o revestimento mais comum, económico Mesmo quando o revestimento da fachada é em cerâmico, pe-
e de mais fácil manutenção, a Sika disponibiliza a gama Sika ® dra ou betão aparente é importante impermeabilizar com uma
Protective Paint, onde se incluem as tintas de protecção exte- impregnação transparente e repelente de água, sendo Sikagard®
rior (para as mais variadas condições ambientais, mesmo as mais 700S a referência Sika para este tipo de impregnação. A adopção
exigentes) e as membranas elásticas. desta solução de reabilitação e impermeabilização permite man-
ter o aspecto original dos materiais e prevenir simultaneamente o
aparecimento de fungos e musgos.

Tendo em conta que a fachada é o espelho do edifício, esta deve-


rá reflectir as condições do seu interior. As intervenções de reno-
vação e de decoração de interiores passam inevitavelmente pela
pintura. E, quer se trate de reabilitações profundas ou simples
renovações de ambientes, os parâmetros de qualidade das solu-
ções de pintura são sempre os mais elevados.

Transpondo a sua experiência no exterior ao nível da protecção


de fachadas, a Sika desenvolveu uma gama completa de pinturas
decorativas para interiores, adaptadas às exigências de cada am-
biente e ao tipo de utilização, com uma gama infinita de cores e a
qualidade profissional de sempre.

Sendo a decoração de interiores um mundo de cor e sensações,


e a pensar na individualidade de cada projecto de remodelação,
a gama Sika® Decorative Paint garante a solução ideal para
cada espaço, à medida de cada desejo e capaz de responder
aos projectos mais arrojados de decoração.

Sendo uma gama dinâmica e em permanente actualização, em


função das necessidades do cliente, a nova gama de tintas Sika
terá em breve novas referências. Fique atento!

JAN. | FEV. | MAR. 2012 » em obra » 33


REABILITAÇÃO

Sika® Protective Paint

Sikagard®-550 W Elastic
Passivol® - Exterior Sika® Acrílica 100
Membrana Elástica
Revestimento elástico, ponte de fissuras, Secagem rápida, resistente às agressões Tinta 100% acrílica, resistente a ambientes
para reboco e betão atmosféricas correntes agressivos

Sika® Decorative Paint

Muráqua® - Paredes & Tectos Passimur® - Quartos & Salas Sika® Paint Pro

Fácil de aplicar
Excelente lacagem, mate, grande resistência,
Bom poder de cobertura, fácil de aplicar. Acabamento liso
anti fungos e bolores
Boa cobertura

Sika® Textures

Revestimento 5500
Tinta Texturada Interior
Revestimento Texturado Exterior
Muito resistente e decorativo, permite esconder irregularidades Acabamento rugoso mas suave ao toque, bom poder de cobertura.
da fachada . Acabamento areado fino. Permite esconder defeitos e imita areado fino.

34 » em obra » JAN. | FEV. | MAR. 2012


REABILITAÇÃO

Notícia

CIP: cria cluster para a regeneração urbana

© Lucas Oliveira
António Saraiva, presidente da CIP, anunciou na sua inter- no quadro de uma política integrada. “Só com a criação de
venção proferida no seminário organizado pela CIP no início condições objetivas favoráveis se incentivará os proprietá-
de abril, a criação de um ‘cluster’ para a regeneração urbana, rios dos imóveis, os investidores, os agentes económicos da
no âmbito do projeto iniciado há dois anos ‘Fazer Acontecer a fileira da construção e outros interessados a empenharem-
Regeneração Urbana’. se nesta importante tarefa da regeneração das cidades, da
requalificação de bairros e reabilitação de edifícios”, afirma
O novo ‘cluster’ será dirigido pelo vice-presidente da CIP, António Saraiva.
Carlos Cardoso, e destina-se a promover a revitalização, a
construção e a reabilitação dos centros das cidades. Reunir iniciativas privadas e públicas e criar oportunidades
é considerado fundamental para que o projeto tenha suces-
De acordo com António Saraiva, esta poderá ser uma forma so. No total a CIP, apresentou 32 propostas, consideradas
de “dar alento à tão debilitada fileira da construção”. Nas concretas e exequíveis tendo em vista a regeneração urbana.
estimativas da CIP, não obstante a situação atual da economia Constituíram o Conselho Consultivo da Regeneração Urbana,
portuguesa, é claro que existem oportunidades que há que de que fazem parte personalidades de relevo nacional.
potenciar, todas elas orientadas para recuperar vastas áreas ur-
banas, num processo que, se for implementado, permitirá, num Concluíram 5 estudos de diagnóstico associados aos proces-
período de 18 a 20 anos, criar mais de meio milhão de postos sos de regeneração relacionados com o mercado de arren-
de trabalho, no total, e contribuir, em cada um desses anos, damento, a legislação fiscal e licenciamento, as políticas de
para um acréscimo do PIB em cerca de 900 milhões de euros. solos, planos diretores e limitações de intervenção nas zonas
históricas, os mecanismos de financiamento e de incentivos e
O projeto da CIP quer gerar oportunidades de investimento o Comércio de Proximidade como elemento dinamizador das
multidisciplinar, envolvendo variadíssimos agentes e valências, cidades. E criaram o Cluster para a Regeneração Urbana.

JAN. | FEV. | MAR. 2012 » em obra » 35


REABILITAÇÃO

Notícia

Nova aposta no setor da reabilitação

A Bluebee é uma nova empresa a atuar no setor da reabili- concretamente, todo o tipo de pequenas intervenções rela-
tação em Portugal. O objetivo é poder proporcionar a cada cionadas com a construção, demolição, alvenaria, aprovei-
cliente a possibilidade de realizar as suas obras a preços tamento de águas furtadas, aquecimento, ar condicionado,
justos, tendo como alicerce a qualidade de uma equipa multi- caixilharia de alumínio, carpintaria, canalização, electricidade,
disciplinar, capacidade de resposta e profissionalismo. Sendo energias renováveis, espaços verdes, fachadas, isolamento,
premissa fundamental a elaboração de um estudo prévio e janelas e portas, ladrilhador, marquises, paredes, pavimentos
o acompanhamento constante da obra, a empresa executa, e soalhos flutuantes.

http://www.bluebeeconstrucao.pt

36 » em obra » JAN. | FEV. | MAR. 2012


Notícia

Umbelino Monteiro
completa 30 anos no setor da reabilitação

A empresa Umbelino Monteiro comemora 30 anos dedicados Moinho de Papel, edifício que garantiu o desfecho digno do
à reabilitação do património edificado. evento com um brinde a um futuro sustentável.

Para assinalar esta importante data, a empresa organizou no A reabilitação do património é uma forma de cultura fundamen-
dia 18 de Abril em Leiria, o Seminário “30 Anos a reHabilitar tal para a preservação da história, da cultura e da identidade
com história”. O evento teve início no Arquivo Distrital de Leiria e de um povo. A Umbelino Monteiro conta com 30 anos de
contou com a presença de vários oradores de relevo, a destacar, dedicação à reabilitação, desenvolvendo produtos pioneiros e
o Dr. Raúl Castro (Presidente da CML), a Arq. Vitória Mendes inovadores, construindo soluções e conquistando conhecimen-
(coordenadora do Gabinete de Reabilitação Urbana da CML), to, validade na participação em obras de reabilitação como o
seguido das intervenções do Arq. Charters Monteiro (Gabinete Mosteiro dos Jerónimos, o Convento de Cristo, a Sé de Viseu,
de Arquitetura Planorma), da Arq. Helena Veludo e do Arq. Rui o Palácio da Pena, o Castelo de Leiria, e muitos outros edifícios
Órfão (PAU – Arquitetos Associados), entre outros. repletos de simbolismo histórico.

Após as intervenções em sala, seguiu-se um tour pedestre pela Quem não teve oportunidade de participar, pode aceder aos
zona histórica da cidade, guiado pelos conhecimentos do Pro- conteúdos do seminário, ao tornar-se seguidor da empresa
fessor Joaquim Ruivo, Presidente da direção do CEPAE. organizadora Umbelino Monteiro SA, no linkedIn ou Facebook.

Foi uma oportunidade única para revisitar e reinterpretar edifí- Outras iniciativas comemorativas dos “30 anos a ReHabilitar
cios emblemáticos da cidade de Leiria que tiveram a interven- com história” irão acontecer noutras cidades de Portugal ao
ção da Umbelino Monteiro na reabilitação da cobertura, como longo do ano.
a Casa dos Ataíde, a atual sede da Caixa Agrícola de Leiria,
o Edifício Rodrigues Lobo, o Convento de Sto. Agostinho e o www.umbelino.pt

38 » em obra » JAN. | FEV. | MAR. 2012


REABILITAÇÃO

Produto

Soluções de madeira para a reabilitação


O mercado da reabilitação e renovação são neste momento um Soluções inovadoras - pavimentos
dos segmentos de aposta da Tecniwoo-Soluções. Prova disso
são o leque variado de produtos e soluções que a empresa vai Vinyl Concept
levar para a Tektónica 2012, em Lisboa. A coleção Vinyl Concept, da Corkart, é uma nova geração de
pavimentos flutuantes de vinílico com cortiça, tecnologica-
De forma a acompanhar as novas tendências do mercado da re- mente avançados, resistentes, que apresentam uma enorme
abilitação e renovação de espaços, a Tecniwood decidiu apostar versatilidade decorativa.
em soluções inovadoras em HPL para cozinhas e em pavimen-
tos. Assim, em exposição estarão soluções da marca italiana É um pavimento que reúne con-
Arpa que a Tecniwood representa em exclusivo para Portugal, dições para aplicação em áreas
novos produtos para o fornecimento e distribuição de compo- comerciais e em todos os proje-
nentes e acessórios para cozinhas como Kits, portas, gavetas, tos de decoração de interiores.
perfis, dobradiças e tampos da Grass, Vauth-Sagel e mobiliário Os padrões, com efeitos realistas
made by tecniwood, além de vários tipos de pavimentos das – em madeira, cimento, pedras
marcas Poliface, Finsa, FAUS, Rehau, Moso, Barlinek, Ecofloo- e metálicos – trazem ao espaço
ring e Corkart. um estilo incomparável e muita personalidade.

Para José Moura,


são neste momento
diretor comercial da
Tecniwood-Soluções, “ ... reabilitação e reno
vação
“a Tektónica tem sido
para a Tecniwood
aposta da Te cniwood-Soluções. ”
um momento muito um dos segmentos de
importante para a
apresentação dos seus produtos mais inovadores, tendo como A resistência ao desgaste, o conforto que oferece, a fá-
objetivo a busca constante de parceiros para a internacionaliza- cil manutenção e as propriedades acústicas graças a um
ção dos seus negócios e, consequentemente, para a melhoria backing de cortiça natural, tornam este produto ideal para a
da competitividade”. decoração de qualquer espaço.

Soluções inovadoras - HPL Bamboo X-Treme Decking


O Bamboo X-Treme Decking da Moso, marca representada
Arpa for You em exclusivo para Portugal pela Tecniwood é uma solução
A solução Arpa for You permite a entrega rápida de um variado ecológica feita a partir de bambu, um material 100% susten-
leque de painéis HPL termolaminado para aplicação em inte- tável. O bambu é uma erva de crescimento rápido e espon-
riores. O Arpa for You disponibiliza 311 referências das quais tâneo que respeita o meio ambiente e permite a conservação
a tecniwood tem no seu stock 75 decors, não sendo necessá- da floresta.
rio aguardar pelo período de produção do material. Tem uma
grande variedade de cores, decorações e acabamentos para Com uma espessura de 18 e 20mm, o Bamboo X-Treme
responder a diferentes solicitações. Esta solução é particular- Decking está disponível em réguas de 1850x137mm. Este é
mente adequada para o design de interiores, nomeadamente um produto de alta densidade, tratado com calor, adequado
em mobiliário doméstico, incluindo cozinhas, mobiliário escolar, a aplicações exteriores, especialmente como deck. Pela sua
hospitalar e geriátrico. Estas são algumas das imensas aplica- grande densidade, o deck em bambu é capaz de resistir à
ções desta solução. intempérie e apresenta uma maior estabilidade dimensional.

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ENERGIAS RENOVÁVEIS

Produto

Novo coletor solar


O novo coletor solar Logasol SKN 4.0 da Buderus, marca O Logasol SKN 4.0
pertencente à divisão Bosch Termotecnologia do Grupo Bosch,
representa a última geração de coletores solares térmicos para O vidro solar de segurança faz com que o con-
instalações de energia solar térmica. junto do coletor seja especialmente robusto,
à prova de água e resistente às intempéries.
A evolução das matérias-primas permitiu que a empresa desen- Além disso, o peso foi reduzido até aos 40 kg
volvesse um coletor de elevada qualidade no que respeita a me- e, para facilitar a sua manipulação e transpor-
lhorias construtivas e técnicas. Absorvedor de uma única lâmina te, foram incluídas umas alças na estrutura.
de alumínio/cobre com revestimento em PVD, que fornece bom
rendimento e um aspeto mais elegante. Conta com uma grelha O novo coletor solar térmico da Buderus está
de 11 tubos soldada por ultrassons à lâmina absorvedora reduz disponível para colocação sobre telhados incli-
consideravelmente o risco de corrosão. Para além disso, a sua nados, integrados na fachada ou em telhados
estrutura é fabricada numa única peça de plástico, reforçada planos. A instalação dos painéis é também um
com fibra de vidro, baseada na tecnologia SMC (Sheet-Moulding fator crucial, deste modo,a Buderus melhorou
Compound), garantindo uma maior robustez. vários aspetos relacionados com as estruturas
de montagem, especialmente para a sua insta-
O Logasol SKN 4.0 foi premiado com o “if product design award lação no telhado. Os ganchos de fixação lateral do painel à estru-
2012”, com reconhecimento do seu design atrativo. O coletor foi tura foram modificados de forma a que o instalador tenha maior
apresentado, pela primeira vez, na feira ISH 2011 em Frankfurt. acessibilidade ao parafuso de ajuste e que o gancho não seja
“Este prémio para o coletor solar Logasol SKN 4.0 demonstra visível da parte frontal do painel. Quando se realiza a instalação
que a nossa ideia de produção industrial não se preocupa ape- de vários painéis na mesma fila, é necessária a colocação de um
nas com a tecnologia, mas também com o design dos produtos, gancho central ao qual foram incorporados uns dispositivos de
tendo para nós um papel cada vez mais importante”, disse Luc segurança com indicadores em cor verde, para garantir a correta
Geerink, responsável de marketing da Buderus Alemanha. instalação dos coletores.

Www.buderus.pt

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DOMÓTICA

Produto

Soluções de domótica

A ONLY é uma plataforma em soluções de domótica em Portu- ONLY - Segurança


gal, juntando várias empresas que dispõe diferentes soluções O sistema de segurança é autónomo e pode armar-se à noite
tecnológicas para edifícios e que se complementam. e desarmar-se de manhã sem qualquer intervenção humana.
Para além disso integra totalmente com o resto do sistema,
A ONLY faz a integração de segurança, automação, climatiza- permitindo a criação de cenários “sair de casa”, “chegar a
ção e som ambiente no mesmo sistema. casa” e “alarme”, simulação de gente em casa e controlo por
telefone. Mesmo sem estar em casa, e através de uma sim-
Domótica ples chamada telefónica, pode armar e desarmar o alarme,
ligar/desligar água, gás, aquecimento, luzes, rega e abrir/
A domótica é uma tecnologia que permite controlar e gerir fechar estores.
todos os sistemas habitacionais (segurança, climatização, som,
iluminação, estores, rega, etc.) simplificando a sua vida. A prin- A instalação é semelhante aos sistemas convencionais com
cipal vantagem é que permite automatizar as rotinas e tarefas tubagem e cablagem próprias, podendo ser utilizadas unida-
de uma casa, tais como: des expansoras espalhadas pela casa para mais fácil instala-
 Ligar/desligar luzes; ção. O marcador telefónico para rede fixa pode também ser
 Abrir/fechar estores; ligado a um simulador por GSM e pode estabelecer ligação
 Ligar/desligar aquecimento; tanto a centrais 24 horas como a telefones de voz.
 Ligar/desligar música ambiente;
 Configurar rotinas (cenários) que funcionam com o premir ONLY - Som
de um botão. O sistema de som ambiente ONLY é um sistema de qualidade
HiFi concebido para proporcionar som local e distribuído pela
Conceito Inovador casa. Cada unidade de som ambiente tem um sintonizador
local de FM com RDS e entradas para o seu MP3, a sua tele-
Numa solução ONLY os interruptores tradicionais são substi- visão e para o som distribuído a partir da sala, permitindo o
tuídos por comandos eletrónicos, mantendo-se a comutação controlo de volume para duas zonas distintas. Tem ainda um
elétrica no mesmo local: Arquitetura da instalação semelhan- relógio despertador incorporado.
te a uma tradicional; Possibilidade de instalação em casas
existentes; Comunicação por um fio mais na mesma tubagem; ONLY - Climatização
Infraestrutura simples e barata. Os cronos termóstatos ONLY permitem calendarizar a clima-
tização de cada compartimento da casa de forma a que esta
ONLY - Automação esteja ligada somente quanto é necessário. Dois programas
O sistema de automação ONLY permite-lhe integrar o comando distintos, um para inverno e outro para verão, permitem
de luzes, estores e som num mesmo painel, se assim o preten- definir a temperatura pretendida para 3 períodos de funcio-
der. A grande inovação dos sistemas de automação ONLY é namento por cada dia da semana. Disponibiliza modelos que
que os seus comandos eletrónicos substituem os tradicionais permitem o controlo de aquecimento por caldeira e radia-
interruptores, continuando a comutação elétrica a ser feita no dores, ventilo convectores, piso radiante a água e alguns
mesmo local. aparelhos de ar condicionado.

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Produto

Sistema de iluminação natural tubular


O sistema de iluminação natural tubular (Tubular Daylight
Device) é um dos mais eficientes do mundo, sendo que con-
segue dar resposta aos problemas associados aos sistemas
tradicionais de iluminação natural. As clarabóias tradicionais
tinham muitas limitações, tais como, o conforto térmico,
distância, resistência, desempenho médio, homogeneidade
luminosa, impermeabilização, entre outros.

O sistema de iluminação natural tubular solatube foi desen-


volvido há mais de 20 anos na Austrália para dar resposta
à procura de luz natural nos ambientes e tendo em vista
também uma poupança de energia. Seja qual for a posição
do sol no céu, o sistema solatube consegue captar, transferir
e difundir a luz do dia de forma homogénea por toda uma
divisão ou recinto da uma casa ou empresa.

© Solatube
Características
Criado com design revolucionário e tecnologia
de vanguarda, o solatube é composto por um
domo de acrílico que captura e redireciona a O sistema é encabeçado por uma cúpula transparente, mon-
iluminação solar para o interior de um tubo re- tada no telhado, que recebe a luz do Sol. Esta cúpula não só é
vestido com material 99,7% refletivo e através extraordinariamente resistente ao choque, como repele poeiras
de uma lente difusora. A iluminação solar é e partículas através de uma carga eletrostática.
distribuída para dentro do ambiente de forma
homogénea.

© Solatube
O sistema é composto por 3 partes:
 Zona de captação, composta do domo que
capta o equivalente a duas vezes a área do
seu furo em luz;
 Zona de transferência, composta de dutos Ao longo do dia, o espelho parabólico e o padrão de prismas na
de alumínio revestidos contra corrosão e base da cúpula redirecionam a luz solar, otimizando a sua cap-
internamente por um filme patenteado, tação de acordo com a posição do Sol no céu. À medida que
o Spectralight Infinity, que tem 99,7% de reflexividade o Sol se aproxima do horizonte, o interior altamente refletor do
interna; tubo ajuda a manter o máximo de luminosidade, propagando luz
 Zona de difusão, composta de difusores de dois tipos (op- perfeitamente branca e uniforme.
© Solatube

tview e vusion), responsável por garantir a difusão de luz.


Todo o sistema é completamente her-
Como funciona? mético e isolado, impedindo a forma-
ção de humidade e a transferência de
Através de prismas e espelhos refletores especiais, dispostos frio e calor. Compacto e ajustável, a
ao longo de um duto hermético, a luz solar é transferida para sua montagem adapta-se a qualquer
o interior de qualquer edifício horizontal ou residência. tipo de estrutura construtiva.

42 » em obra » JAN. | FEV. | MAR. 2012


ILUMINAÇÃO

Modelos
O sistema solatube está disponível em diversos tamanhos e com
diferentes acessórios, sendo possível adaptar-se a qualquer
estrutura. Os principais modelos no mercado são:
 160 DS: o solatube 160 DS é a solução ideal para iluminar
casas de banho, escadas, armários, cozinhas, salas-de-estar e
escritórios numa casa. Ilumina até cerca de 13 metros quadra-
dos. Recomenda-se uma distância de aproximadamente 3 me-
tros entre as unidades. A área de abrangência de um solatube
varia de acordo com a intensidade de luz desejada para o local.
 290 DS: o solatube 290 DS destina-se a iluminar grandes
espaços, como salões, escadas, garagens, sempre de forma
completamente natural. Ilumina até cerca de 22 metros quadra-
dos. Recomenda-se uma distância de aproximadamente 4,5 m
entre as unidades para tetos de 2,4 m a 3 m de altura.
 750 DS: o solatube 750 DS foi especialmente desenvolvido
para ser instalado em locais públicos de trabalho ou estudo,
como grandes escritórios, áreas comerciais, salas de aulas,
refeitórios, armazéns industriais, oficinas, hospitais e ateliês de
desenho e arquitetura. Ilumina cerca de 30 metros quadrados.
É possível instalar tubos com até 15 metros de comprimento
sem perder eficiência de iluminação.
© Solatube

Tabela 1- Como a Iluminação Natural Tubular Solatube Resolveu os Problemas Descritos (fonte: Revista Téchne, março 2011)
Problema Solução
O domo de captação do dispositivo solar é constituído de acrílico agregado de substâncias filtrantes de ultravioleta e infraverme-
Conforto Térmico lhos. Os raios infravermelhos (responsáveis pelo calor) são filtrados pelo domo, não sendo, portanto, transmitidos para dentro do
ambiente. Todos os outros materiais transparentes do sistema atuam também como filtros de calor
Distância Um sistema de dutos de alumínio revestidos do filme patenteado Spectralight Infinity permite alcançar maiores distâncias.
Fabricado com objetivo de atender aos códigos de construção dos EUA e Europa, o dispositivo solar é montado com materiais
Resistência
de alta resistência e revestido contra corrosão e acumulação de poeira.
Além da resistência dos materiais, o domo de acrílico da zona de captação conta com geometria, revestimento eletrostático, com
Desempenho médio substâncias filtrantes de UV, além de ter a sua espessura projetada para suportar impactos de ventos fortes e de granizo. Com
isso o sistema mantém suas características óticas por toda a sua vida útil.
A tecnologia patenteada Raybender permite que a luz seja captada até de ângulos próximos ao horizonte. Os difusores contam
Homogeneidade de luz com a sua curva de distribuição interna de luz mensurada nos padrões IES, permitindo que sua aplicação seja projetada com
uma metodologia parecida com a aplicada para projetos luminotécnicos tradicionais.
O dispositivo solar é projetado e instalado para atender aos critérios de sua garantia de dez anos de fábrica, tentando ter a máxi-
Vida útil
mo durabilidade.
Os equipamentos contam com bases largas feitas em peças únicas de meta ou fibra de vidro, com projeto que impede ma entra-
Impermeabilização da de água por seus encaixes e com execução voltada a torná-lo hermeticamente fechado à entrada de água, poeira e pequenos
animais.
O domo do tubo equivale a duas vezes a sua área de captação de luz, reduzindo a quantidade de equipamentos necessários para
Segurança iluminar um espaço. Além disso, os equipamentos em acrílico que compõem o sistema são testados em termos de resistência e
emissão e emissão de fumaça nos padrões NFPA (ASTM E84).

JAN. | FEV. | MAR. 2012 » em obra » 43


CLIMATIZAÇÃO

Produto

Sensor Atmosférico
Principais características do Sensor Atmosférico:
 Acendimento eletrónico por baterias;
 Controlo termostático – possibilidade de selecionar
temperatura grau a grau (35º C a 60º C);
 Entra em funcionamento sempre que se abre a torneira
de água quente (inteligente);
 Display Digital LCD para seleção de temperatura,
funcionamento solar e diagnóstico de anomalia;
 Compatível com sistemas solares;
 Nova válvula de gás;
A Vulcano lançou um novo esquentador da gama de termos-  Modulação automática da chama (gás);
táticos, eficiente e tecnologicamente avançado, em que é  LED indicador de funcionamento;
possível controlar totalmente a temperatura. O esquentador  Bloqueio automático do aparelho em caso de falha
termostático Sensor Atmosférico vem complementar a gama de ignição;
de esquentadores Sensor.  Sonda de ionização;
 Limitador de temperatura de segurança;
Através do funcionamento termostático, este esquentador  Disponível em gás butano/propano e gás natural;
permite que utilizador tenha o controlo total da temperatura.  Rendimento de 88% (11 e 18l) e 87% (14l);
Pode selecionar exatamente a temperatura desejada, grau  Capacidade de 11, 14 e 18 l/min;
a grau (35º C a 60º C), mantendo-a sempre estável durante  Dimensões:
toda a utilização. A precisão da temperatura selecionada  11 l: A 580 x L 310 x P 220 mm;
permite uma poupança no consumo de gás e evita a junção  14 l: A 655 x L 350 x P 220 mm;
de água fria.  18 l: A 655 x L 425 x P 220 mm.

Este novo esquentador de exaustão natural prescinde de liga-


ção à corrente elétrica, uma vez que o acendimento eletrónico
é feito através de baterias.

O mais recente equipamento da Vulcano alia o máximo


conforto e bem-estar à eficiência energética, ao levar a uma
redução do consumo de gás e consequentemente uma maior
poupança económica e menor impacto ambiental. Através da
medição, por meio de sondas, da temperatura da água à en-
trada e saída do aparelho, e de um sensor de caudal de água
para medição da quantidade de água solicitada, o esquenta-
dor ajusta automaticamente o débito de gás.

O novo esquentador é ainda totalmente compatível com as


Soluções Solares Vulcano, tendo sido concebido para funcio-
nar com água pré-aquecida proveniente de um sistema solar
térmico. A utilização de energia solar térmica reduz ainda
mais o consumo de gás, minimizando igualmente as emissões
de dióxido de carbono para a atmosfera. www.vulcano.pt

44 » em obra » JAN. | FEV. | MAR. 2012


VENTILAÇÃO

Produto

Condutas Têxteis
Técnica e Estética na difusão do ar
A decflex está presente em Portugal desde 1985 tendo desde Estas condutas possuem características que permitem uma
sempre apresentado produtos inovadores. Um desses produtos grande versatilidade no âmbito de utilização, podendo ser
consta de um sistema de distribuição e difusão de ar utilizando utilizadas tanto na indústria alimentar, como na indústria quími-
condutas têxteis, para espaços com necessidade de aqueci- ca, têxtil, farmacêutica, eléctrica ou pura e simplesmente em
mento, ventilação ou ar condicionado, as condutas Prihoda. ginásios ou piscinas. Isto é: podem ser aplicadas sempre que há
necessidade duma boa difusão do ar ou onde haja necessidade
Estas condutas são compostas por tecidos em fibras sintéticas de boa resistência à corrosão.
monofilamento, que utilizam uma tecnologia de microperfuração
para dar a permeabilidade necessária à conduta podendo ainda, As condutas Prihoda podem também recorrer a difusores de
recorrendo a tecnologia laser pioneira nesta aplicação, obter-se membranas que permitem a mudança do regime de aqueci-
uma ou mais fiadas de furos cujo diâmetro é determinado em mento para o de arrefecimento, tornando-o ideal para super-
função do caudal e velocidade do ar necessários, a determinada mercados e ginásios onde a altura de montagem é elevada
distância. As combinações de tamanhos e distribuição das aber- ou a carga de aquecimento, o é.
turas, juntamente com várias velocidades de saída, fornecem
inúmeras variações. A sua utilização poderá ser extremamente Dadas as diversas formas que se podem obter: circulares,
vasta, desde a distribuição de ar contínua e em baixas velocida- semicirculares e outras podem também ser aplicadas em am-
des até à insuflação do ar direccionado para longas distâncias, bientes onde se pretenda um enquadramento estético como
os materiais aplicados são ideais para um funcionamento cor- escritórios lojas e outras instalações comerciais.
recto das condutas e para uma longa durabilidade da instalação.
Concluindo, as condutas Prihoda são versáteis na aplicação
As vantagens no uso deste sistema passam sobretudo pelo e na forma, laváveis, manipuláveis e podem tornar-se objectos
aspecto técnico, mas também pelo seu baixo custo em compa- decorativos além de cumprirem na perfeição a tarefa de da di-
ração com condutas metálicas e a facilidade de montagem fusão do ar seja em pequenas ou grandes superfícies, havendo
e desmontagem. Trata-se duma solução de baixo peso, fácil uma conduta ideal para cada espaço dependendo da funcio-
manipulação e fácil higienização, por ser material têxtil e facil- nalidade pretendida pelos projectistas.
mente lavável numa máquina de lavar tradicional, o que não
acontece com outros sistemas de distribuição de ar. Para mais informações consultar www.decflex.com

PUB
Produto

Piscinas biológicas

© Piscinas, Lda 2/2009


Quando se fala em piscinas biológicas está-se a falar de todo Definição
um novo conceito de piscina. Trata-se de uma construção
amiga do ambiente, adotando soluções biológicas e ecológi- As piscinas biológicas são lagos ornamentais com tratamento
cas de tratamento de águas, aplicando know how científico e biológico. Este tipo de piscina serve para natação e para fins
bio-tecnologias sustentáveis e não poluentes, com o objetivo ornamentais, mantendo um aspeto visual natural, sendo a depu-
de substituir, por exemplo, aditivos químicos para a limpeza da ração da água executada graças às espécies nela instaladas.
água ou alta tecnologia nos processos de tratamento da mesma.
O que se pretende é assegurar que a água é bem gerida e usada As plantas selecionadas para as piscinas enriquecem o meio
criteriosamente, de forma a chegar em boas condições aos aquático com oxigénio. Esta oxigenação beneficia a bioativida-
lençóis freáticos. de na água e mantém-na limpa.

Em Portugal existe apenas uma empresa a trabalhar neste ramo, Processo de construção
a Bio Piscinas, que foi quem introduziu este tipo de produto no
país. Criada por Claudia Schwarzer, Arquiteta paisagista e Udo Construir uma piscina biológica é bastante diferente de uma
Schwarzer, Biólogo, a empresa já montou mais do que 150 dos piscina convencional. Em primeiro lugar precisa-se de um
quais 30 % são de uso turístico, o que faz de Portugal o quinto projecto desenhado para o local. O processo de escavação
país do ranking dos países com piscinas biológicas (a seguir à é distinto, não se pode simplesmente fazer uma cavidade. É
Áustria, Alemanha, Suíça e França). necessário construir patamares, com diferentes profundidades,
onde depois se colocarão diferentes espécies de plantas, de
acordo com as suas exigências biológicas.
© Piscinas, Lda 2/2009

Ao mesmo tempo, o desenho das margens deve ser pensado


para ser um habitat favorável a um grande número de espé-
cies, como plantas, anfíbios e libélulas mas, por outro lado,
afastar outros animais da piscina.

46 » em obra » JAN. | FEV. | MAR. 2012


PISCINAS

Depois desenhada a piscina e feita a escavação é necessário


fazer a impermeabilização. Normalmente para este processo
usa-se uma tela verde, de polioleofinos (TPO). Este é um trabalho
fundamental em toda a construção porque vai impedir que mais
tarde existam perdas de água por infiltração no solo e, também,
porque permite isolar a piscina do meio circundante, impedindo
que seja contaminada por fatores externos.
© Piscinas, Lda 2/2009

A fase seguinte da construção de uma piscina biológica costuma


ser a separação entre a zona de natação e a de regeneração
(zona onde vão ser colocadas as plantas). Em Portugal opta-se
normalmente pelo sistema criado e defendido pela Bio Piscinas,
através de uma divisória, situada cerca de 50 cm abaixo do nível
da água, que impede a comunicação entre as plantas e as pesso-
as mas permite que a água circule. Essa divisória pode ser uma
“cortina” de tela, estabilizada por uma boia tubular do mesmo © Piscinas, Lda 2/2009

material. À medida que a piscina vai enchendo com água, a corti-


na vai subindo, arrastada pela boia, até ficar totalmente esticada,
formando uma parede.

Terminada a parte da construção da piscina, deve-se encher com


a água e dar início ao processo de plantação das espécies que
vão garantir a limpeza da mesma. A seleção das plantas aquáti-
cas é um processo que carece de todo o cuidado e tem de ser
© Piscinas, Lda 2/2009

feito por alguém conhecedor dos ecossistemas aquáticos na


natureza. Quando se trata de uma piscina biológica, a escolha
das espécies segue um esquema complexo e obedece a uma
série de condicionantes suplementares: legislação nacional; de-
vem ser usadas plantas da nossa flora; escolha condicionada por
parâmetros como o pH, a composição química da água e região
Fonte informação: Piscinas Biológica – O prazer natural da água , Ferreira, Ana
geográfica; compatibilidade entre espécies. Guimarães, Ed. Bio Piscinas, Lda,. 2008.

JAN. | FEV. | MAR. 2012 » em obra » 47


Especialize-se

Madeira lamelada colada


Justificação e história pela união de peças individuais de madeira maciça, designadas
lamelas, que resultam da ligação de topo de peças serradas de
Uma das dificuldades principais das estruturas de madeira secção retangular com largura e comprimentos variáveis por
prende-se com a dificuldade em obter peças de madeira maciça ligações do tipo fingerjoint, de modo a criar elementos de maior
com as secções e comprimentos projetados. É necessário pre- comprimento. Posteriormente as lamelas são unidas pelas faces
viamente conhecer quais os produtos disponíveis no mercado. através de uniões coladas. Obtém-se assim um novo material
Em geral, não é possível obter peças de madeira maciça com estrutural com características típicas da madeira maciça mas
comprimentos superiores a 12 metros e ao nível de secções não com outras potencialidades em termos de capacidade estrutural
é fácil obter peças com secções superiores a 20*30cm2 e mes- e arquitetónica.
mo estas só disponíveis em condições muito especiais.
Recorrendo assim a peças de dimensões relativamente modes-
A madeira lamelada colada é um dos produtos derivados de tas e fáceis de produzir em serrações correntes, obtém-se uma
madeira que permite contornar essas dificuldades devido ao peça estrutural com secções adequadas ao projeto de estrutu-
seu processo de fabrico. Permite também o fabrico de peças ras que podem facilmente adquirir formas curvas ou outras que
curvas. Este produto pode ser definido como o material criado tornam mais fácil a conceção arquitetónica.

48 » em obra » JAN. | FEV. | MAR. 2012


CONSTRUÇÃO EM MADEIRA

O processo de fabrico permite militares, como armazéns e hangares, e a escassez de ma-


reduzir significativamente a deiras maciças de boa qualidade criou uma maior procura de
importância dos defeitos das madeira lamelada colada. Por outro lado, a evolução constante
peças de madeira e assim dos processos de fabrico melhoraram rapidamente a qualidade
obter um produto mais homo- geral do produto e as suas potencialidades de uso em diversas
géneo e fiável e relativamente funções entre as quais os edifícios. Graças ao desenvolvimento
mais resistente que a madeira de resinas sintéticas à prova de água criaram-se as condições
maciça que lhe dá origem. necessárias para a sua utilização em pontes e em outros usos
exteriores.
A madeira lamelada colada é
um dos derivados da madeira Um exemplo da importância da madeira lamelada colada
mais antigo sendo que as pri- durante a 2ª Guerra Mundial foi a sua aplicação na indústria
meiras construções datam do 46 Capítulo 3 – Madeira em estruturas – Noções fundamentais
Figura 1 - Exemplo de elemento início do século XIX. A primeira Projecto de Estruturas de Madeira aeronáutica, mais concreta-
em glulam utilização deste derivado da mente no avião bombardeiro britânico Mosquito. A aplicação
madeira, na forma como é de lamelados colados na indústria aeronáutica, levou a um
conhecida atualmente, foi em 1893 na construção de um au- enorme desenvolvimento dos processos de colagem e a um
ditório em Basileia, na Suíça. Esta primeira versão do produto, muito mais efetivo controlo da qualidade final do produto.
patenteada em 1893 pelo sueco Otto Hetzer com o nome de
Sistema Hetzer, usava colas que, pelos padrões de hoje, não Após a guerra, a madeira lamelada colada emergiu como uma
seriam consideradas à prova de água. alternativa credível a materiais mais tradicionais, como o aço
e o betão, tornando-se um produto importante no setor da
Durante a 2ª Guerra Mundial, a necessidade de elementos construção com destaque para a América do Norte e Europa,
estruturais de grande dimensão para a construção de edifícios principalmente na região escandinava.

Colas
Para além da madeira maciça, o outro constituinte essencial da de polímeros isocianatos (EPI), os poliuretanos (PUR) e a Ureia-
madeira lamelada colada é a cola. Formol (www.dynea.com).

A escolha da cola a usar na união das lamelas está ligada A característica fundamental que a cola deve possuir é a de,
principalmente às condições ambientais das peças em serviço, nas condições de serviço, ter um tempo útil de vida no mínimo
colocando em segundo plano fatores como a durabilidade ou igual à madeira usada no elemento lamelado colado. Normal-
a estética. É importante, na escolha da cola a usar, ter em con- mente consideram-se aceitáveis as escolhas indicadas no
sideração a humidade relativa do ar, a temperatura, a proteção Quadro 1.
solar e a presença de compostos agressivos na atmosfera,
entre outros. De uma maneira resumida, uma cola que seja aplicada no
fabrico de madeira lamelada colada deve possuir as seguintes
Apesar de haver uma enorme variedade de colas no mercado, características:
as opções mais frequentes são as colas baseadas em diversos  deve formar uma película, de forma a fluir em todas as
compostos químicos tais como a Caseína, o Resorcinol, o direções da superfície da madeira;
Resorcinol-Fenol, a Melalina, a Melamina-Ureia, as emulsões  deve ser capaz de penetrar nas duas superfícies a unir;

JAN. | FEV. | MAR. 2012 » em obra » 49


 deve aderir adequadamen- Quadro 1 – Escolha das colas em função das condições ambientais [91]
te à madeira;
Boas condições atmosféricas Más condições atmosféricas
 o processo de cura deve
Teor em água da madeira Exposição em atmosfera
ser passível de ser cui-
contendo produtos
dadosamente controlado, <18% t 18% químicos ou exposição
quer por variações de tem- direta às intempéries

peratura, quer por acelera- Temperatura elevada Resorcinol Caseína Resorcinol Resorcinol

dores de crescimento. Resorcinol


Resorcinol
Temperatura normal Caseína Resorcinol
Ureia-formol
Ureia-formol

Fabrico
O processo de fabrico em oficina pode ser dividido em cinco Ligação de topo das lame-
fases: las – execução de finger-
 secagem das lamelas; joints Antes de proceder
 ligação de topo das lamelas de madeira maciça (execução à união das lamelas por
das fingerjoints); ligações denteadas (“finger
 colagem das lamelas sob pressão; joints”) ocorre a preparação
 preparação da forma das peças; das lamelas que consiste
 aplicação de tratamentos de preservação e de acabamentos. simplesmente em aplainá-
las e serrá-las de modo a
Secagem das lamelas de madeira obter as dimensões preten-
De forma a minorar alterações dimensionais após o fabrico e didas.
para tirar partido do aumento das propriedades estruturais, é
fundamental um processo de secagem apropriado. Na maior A vantagem deste tipo de
parte dos casos este processo é feito em estufas. ligações é que necessitam
de pouca madeira para serem realizadas reduzindo os desperdí-
A secagem pode demorar de um a vários dias, dependendo do cios. Esta etapa é fundamental para garantir um correto funcio-
teor em água inicial. O limite máximo para o teor em água após namento da madeira sendo importante o papel do controlo de
a secagem é de 15%. Este limite existe devido às exigências produção para a obtenção de juntas de elevada resistência.
das colas.
Se bem executadas, estas juntas conseguem atingir pelo menos
A diferença de teor em água entre lamelas, no momento da 75% da resistência da secção corrente de madeira maciça [73].
colagem tem de ser inferior a 5% [87]. Este limite é imposto de
forma a minorar variações dimensionais após o fabrico. Colagem das lamelas sob pressão
A produção de peças estruturais pela colagem das lâminas é
É comum o uso do valor de 12%, ou ligeiramente abaixo, para o executada com várias exigências a nível de tolerâncias dimen-
teor em água de modo a prevenir problemas ligados à expansão sionais de forma a obter peças finais retangulares e de modo a
e à retração futura das peças. garantir que a pressão aplicada nas faces das lamelas é igual-
mente distribuída.

A colagem é feita sob pressão variável de 0,7 a 1,5MPa, depen-


dendo se se trata de madeiras brandas ou duras. Durante este
processo é utilizada uma quantidade de cola de cerca de 250g
por metro quadrado de superfície [87].

Após este processo, o elemento estrutural deve ter atingido 90%


da sua capacidade resistente, adquirindo os restantes 10% de
Figura 2 – Finger joint forma gradual mas lenta durante os dias seguintes.

50 » em obra » JAN. | FEV. | MAR. 2012


CONSTRUÇÃO EM MADEIRA

Preparação da forma das peças face) e permitir uma boa homogeneidade de comportamento
Nesta fase, recorre-se a macacos hidráulicos e a ferramentas mecânico de toda a peça.
correntes de carpintaria para dar às peças a forma projetada.
As curvaturas devem ser moderadas para minorar os riscos de É possível dar às peças diversas formas tais como as indica-
delaminação futura (descolagem das lamelas na zona de inter- das na Figura 3.

Figura 3 - Diversas formas de vigas lameladas coladas

Acabamentos e tratamentos preservativos Isto implica que a peça final tenha dimensões ligeiramente
Após a remoção inferiores às lamelas originalmente usadas no processo de
do sistema de fabrico [71].
fixação, os ele-
mentos estruturais É nesta etapa que se define qual a aparência que o elemento
são aplainados de estrutural vai ter, além de eventuais tratamentos que pos-
forma a remover sam ser aplicados. Dependendo do sistema estrutural em
a cola que tenha que serão aplicados, as peças estruturais são, nesta altura,
escorrido durante trabalhadas de forma a executar os orifícios, a colocar os
a etapa anterior ligadores ou a preparar a sua aplicação durante a montagem
Figura 4 - Operações de corte das vigas e para nivelar em obra e a aplicar os tratamentos de preservação e acaba-
durante o processo de fabrico as superfícies. mentos, conforme as especificações do projetista.

Controlo de produção e certificação Existem dois tipos de normas relacionadas com a madeira lame-
do produto lada colada (GLULAM):
 normas de produção, onde se especificam os requisitos dos
O fabrico da madeira lamelada colada é um processo com- processos de fabrico;
plexo que requer elevada precisão de forma a garantir os  normas de produto onde se especificam as características
valores de cálculo pretendidos. De modo a garantir o« nível de físicas e mecânicas dos produtos a fabricar.
qualidade exigido, o seu fabrico encontra-se regulamentado
por normas. Quanto às normas de produção, as condições gerais de
produção e controlo encontram-se especificadas na norma
Para a descrição do enquadramento normativo da produção europeia EN 386: Glued laminated timber. Performance requi-
de elementos estruturais na Europa em geral e de forma muito rements and minimum production requirements. Atendendo à
mais reduzida em Portugal (a maioria do produto aplicado em sua grande importância nas peças, a qualidade da execução
obras portuguesas é importado de outros países europeus) é das ligações denteadas é controlada através da realização de
normal recorrer-se às principais normas europeias aplicáveis. ensaios de flexão. Estas devem cumprir as especificações das

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normas europeias EN 385 : fábrica adequado e a conformidade da madeira lamelada colada
 Finger- jointed structural timber. Performance requirements com as exigências da norma e com os valores declarados. Facil-
and minimum production requirements e EN 387 : Glued mente se percebe que a aposição da marcação CE é uma van-
laminated timber – Larger finger-joints. Performance require- tagem que a madeira lamelada colada possui, pois é regulada a
ments and minimum production requirements. qualidade final do produto, sendo um incentivo ao seu uso.

Além do controlo de produção de fábrica, a madeira lamela- O controlo de qualidade é normalmente assegurado pelas em-
da deve também cumprir os requisitos da norma europeia EN presas produtoras, sendo em alguns países (como por exem-
14080 - Timber structures. Glued laminated timber. Require- plo a Alemanha) sujeito a controlo obrigatório por Laboratório
ments [18]. Enquanto que as normas anteriores eram normas acreditado externo.
de produção, esta trata-se de uma norma de produto, onde vêm
especificadas as suas características. Trata-se de uma norma
europeia harmonizada, o que significa que no seu anexo ZA.1
são identificados os requisitos objetos de regulamentação e as
cláusulas da norma onde eles são tratados, constituindo assim
a parte harmonizada da norma a partir da qual a marcação CE
é atribuída.

A marcação CE é a evidência, dada pelo fabricante, de que es-


ses produtos estão conformes com as disposições das diretivas
comunitárias que lhe são aplicáveis, permitindolhes assim a sua
livre circulação no Espaço Económico Europeu.

Com base no especificado nas normas harmonizadas, a mar-


cação CE, garante a existência de um controlo de qualidade na Figura 5 – Exemplo de marcação CE de produtos GLULAM

Produtos disponíveis no mercado


Os produtores de peças estruturais em lamelado colado dispo- turas de madeira lamelada colada, trabalham em regime de
nibilizam aos projetistas produtos de fabrico corrente (normal- concepção-construção, diretamente para os promotores ou
mente vigas de secção retangular) e peças fabricadas para para arquitetos ou engenheiros de estruturas por eles con-
respeitar projetos específicos. Muitas das empresas fornece- tratados. Peças curvas ou com secções irregulares de forma
doras, sobretudo em Portugal onde existem poucos projetistas linear (ver Figura 3 para exemplos) são fabricadas e fornecidas
de estruturas habilitados a conceber adequadamente estru- exclusivamente para cada projeto específico.

Figura 6 - Disposição das lamelas em função do esforço

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CONSTRUÇÃO EM MADEIRA

Quanto à composição interna das lamelas, a madeira lamelada lamelas interiores menos solicitadas. Também é possível usar
colada pode ser homogénea e combinada. A madeira lamelada espécies de madeira diferentes num mesmo elemento estrutural.
colada homogénea é constituída por lamelas com a mesma Compete ao construtor procurar no mercado os materiais
classe de resistência e a mesma espécie ou combinação de necessários à execução das obras. Já existem em Portugal
espécies. A madeira lamelada colada combinada, por sua vez, fornecedores com capacidade para assessorar convenien-
é constituída por lamelas interiores e exteriores que pertencem temente os seus clientes, como por exemplo as empresas
a classes de resistência diferentes ou a espécies (ou combina- JULAR (www.jular.pt), Madeicávado (www.madeicavado.pt),
ção de espécies) diferentes. Imowood (www.imowood.pt), Carmo Estruturas (www.carmo-
estruturas.com), etc.
As lamelas exteriores são de resistência superior pois, em geral,
serão estas a suportar os esforços mecânicos mais elevados É possível também recorrer a fornecedores estrangeiros,
(Figura 5). nomeadamente espanhóis e franceses, que normalmente
trabalham na modalidade de concepção-construção, como por
Isto significa que uma grande quantidade de madeira de menor exemplo a HOLTZA (www.holtza.es), a Lanik (www.lanik.com), a
capacidade resistente, e logo mais barata, pode ser usada nas Arbonis (www.arbonis.com) e outras.

Valores de cálculo
Para os projetistas nacionais, a melhor forma de resolver o madeira lamelada colada combinada as classes são: GL 24c,
problema da especificação e da consulta dos valores das pro- GL 28c, GL 32c e GL 36c.
priedades físicas e mecânicas a usar no cálculo, consiste em
recorrer às classes de resistência definidas na norma EN 1194: O número usado na nomenclatura traduz o valor da resistência
2003: Timber Structures – Glued laminated timber – Strength característica à flexão na direção do fio em mega Pascal (MPa).
classes and determination of characteristic values, já disponível Logo, quando uma peça de glulam é designada de GL24c, isto
em versão portuguesa [74]. significa que se trata de um elemento estrutural de madeira
lamelada colada combinada com valor característico de resis-
Nesta norma estão previstas quatro classes de resistência para tência à flexão na direção do fio de 24MPa.
cada tipo de madeira lamelada colada, homogénea o combi-
nada. Para a madeira lamelada colada homogénea as classes Apresentam-se, no Quadro 2 abaixo, os valores referidos, que
previstas são: GL 24h, GL 28h, GL 32h e GL 36h. No caso da foram retirados da citada norma

Quadro 2 – Propriedades mecânicas de madeira lamelada colada

Propriedade Símbolo Unidade GL24h GL28h GL32h GL36h GL24c GL28c GL32c GL36c

Flexão fm,g,k MPa 24 28 32 36 24 28 32 36

Tracção ft,0,g,k MPa 16,5 19,5 22,5 26 14 16,5 19,5 22,5

Tracção ft,90,g,k MPa 0,4 0,45 0,5 0,6 0,35 0,4 0,5 0,6

Compressão fc,0,g,k MPa 24 26,5 29 31 21 24 29 31

Compressão fc,90,g,k MPa 2,7 3,0 3,3 3,6 2,4 2,7 3,3 3,6

Corte fv,g,k MPa 2,7 3,2 3,8 4,3 2,2 2,7 3,8 4,3

Módulo de Elasticidade E0,g,mean GPa 11,6 12,6 13,7 14,7 11,6 12,6 13,7 14,7

Módulo Elast. (5º percentil) E0,g,k GPa 9,4 10,2 11,1 11,9 9,4 10,2 11,1 11,9

Módulo Elast. perpendicular E90,g,mean GPa 0,39 0,42 0,46 0,49 0,32 0,39 0,46 0,49

Módulo de distorção G g,mean GPa 0,72 0,78 0,85 0,91 0,59 0,72 0,85 0,91
3
Massa Volúmica Pg,k Kg/m 380 410 430 450 350 380 430 450

in “Projectos de Estruturas de Madeira”, de Negrão, João, Faria, Amorim, ed. Publindústria, 2009

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Dicas e Soluções

A sustentabilidade nos hotéis


um equilíbrio ajustado entre os aspectos construtivos
e a obra, sistemas, gestão e utilização
Manuel Duarte Pinheiro - Engº do Ambiente, Doutorado (Ph.D.), Professor Universitário, Dep. Engª Civil e Arquitectura, IST, Responsável do Sistema LiderA

Sustentabilidade para o bom desempenho


A procura de sustentabilidade implica a procura de um melhor (classe C), 37,5% (Classe B), 50% (Classe A), 75% (Classe A+)
desempenho equilibrado entre as dimensões ambiental, social e 90% (Classe A++). Na generalidade dos casos analisados
e económica. A hotelaria é um sector que tem vindo a procurar consegue-se atingir um posicionamento entre as classes C e A,
caminhar para a sustentabilidade, desde logo pela sua capa- recorrendo a boas práticas e com reduzido acréscimo de custos.
cidade e pela análise efectuada aos custos da operação e de
manutenção (e a outros aspectos económicos) e a preocupação Em média, um Hotel, ao ser certificado com a classe A demons-
em assegurar um bom desempenho para o cliente, o qual valori- tra que consegue um desempenho ambiental cerca de 50 %
za igualmente as questões ambientais e sociais. superior às práticas actuais e que se afirma em termos de mer-
cado, evidenciando assim soluções que são positivas do ponto
O LiderA, sistema voluntário de apoio e certificação da susten- de vista do ambiente e do ponto de vista económico e social,
tabilidade, através de uma visão integrada e focada no desem- com reflexo igualmente nos custos.
penho, releva-se como um instrumento de apoio à procura da
sustentabilidade que deve considerar a possibilidade de ter ou A noção clara da lógica de sustentabilidade pode contribuir para
melhorar o referido desempenho no que se refere aos seguintes o negócio, para a satisfação do cliente e se adequadamente
aspectos: escolhida, igualmente para o desempenho económico e a satis-
fação dos trabalhadores. Tal tem levado a uma procura alargada
 Fomentar a boa integração local; pelo LiderA. Actualmente foram reconhecidos com bom desem-
 Reduzir os consumos de recursos energéticos, de água e de penho um conjunto de empreendimentos turísticos e hoteleiros
materiais; que abrangem mais de cinco mil camas.
 Reduzir e aproveitar as cargas ambientais;
 Potenciar as vivencias sócio-económicas; Seguidamente ilustra-se a abordagem efectuada, utilizando
 Promover o uso sustentável. exemplos de três casos certificados (A ou A+) situados em
diferentes contextos: o Hotel Jardim Atlântico em meio rural
Nessa vertente, o desempenho deve considerar os custos no (Calheta, Madeira), o Hotel Vila Galé Albacora (Tavira, na Parque
ciclo de vida, traduzindo-se em classes que vão desde a prática Natural Ria Formosa) e o Hotel Altis Avenida em meio urbano
com reduzidos cuidados (Classe E), até melhorias de 25%, (Lisboa).

Contexto
O Hotel Jardim Atlântico localiza-se na encosta sudoeste da desde logo, uma importante vocação para a área ambiental, que
Ilha da Madeira, nos Prazeres, na Calheta (19000 m ).Começou 2 se mantém e actualizou.
a ser construído em 1991 e foi finalizado em 1993. Tem uma
área bruta de construção de 7 497 m2, é constituído por 61 Já o Hotel Vila Galé Albacora (6800 m²) localiza-se em Tavira
apartamentos T0, 26 apartamentos T1, 2 apartamentos T2 e e resulta da recuperação dos edifícios do Arraial Ferreira Neto
8 bungalows T1, a sua forma é irregular, com uma construção (antiga zona dedicada à pesca do atum), implantado no lado
adaptada à topografia do terreno, para aproveitar a brisa natural nascente da foz do rio Gilão, na zona das Quatro-Águas da ria
e refrescante que o Oceano Atlântico proporciona, dispondo, Formosa, constituindo um dos poucos testemunhos arquitec-

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CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL

Hotel Jardim Atlântico Hotel Vila Galé Albacora Hotel Altis Avenida

tónicos das instalações de apoio à pesca do atum de toda a O Hotel Altis Avenida ocupa uma parte de um imóvel classifi-
costa algarvia. Esta reabilitação dispõe de uma área bruta de cado, representativo do Modernismo Português, da autoria do
construção de 6841 m2, com 162 quartos. O Arraial era o local Arquitecto Luís Cristino da Silva, que foi recuperado recente-
onde se concentravam os pescadores e família, que durante a mente para a criação e instalação do hotel, tendo aberto em
campanha de pesca do atum aí viviam e cuidavam nas oficinas 2011, preservando este edificado (a área de pavimento de 2593
os materiais e apetrechos necessários à faina da pesca do atum, m2 e 70 quartos) e valorizando o património numa zona central
que se preservou assegurando a existência de um edifício com de Lisboa.
espaço museológico, uma igreja, uma antiga escola e edifícios
de habitação.

p o d e contrib uir para


“... Sustenta b il id a d e

para o negócio
... ”
Os factores chave - Solução e utilização
A título indicativo, refira-se que os valores de desempenho os valores resultam de um conjunto integrado de práticas e
no sector hoteleiro podem ter uma variação alargada. Por abordagens.
exemplo, os dados existentes para mesma cadeia hoteleira
(com diferentes tipologias de hotéis) apontam para que no O desempenho em cada uma das áreas e critérios depende
consumo de energia, por quarto-dia, os valores médios variam das soluções construtivas (arquitectónicas e sistemas exis-
entre mais de 120 kWh e 11 kWh e na água os valores médios tentes) bem como do modo de uso, gestão e manutenção
em litros, por quarto-dia, podem variar entre 1600 litros e 150 (figura 1). Por exemplo, o consumo energético depende da
litros. Assim, pode verificar-se a existência de variações de orientação, das soluções da fachada, dos sistemas de HVAC
desempenho superiores a um factor dez, isto é, de dez vezes. e iluminação, entre outros, bem como do comportamento dos
Num hotel de quatro estrelas em Portugal é usual ter consu- clientes e do modo de gestão. Assim, o equilíbrio entre estas
mos médios de 400 litros de água por dormida. Naturalmente, componentes é decisivo.

JAN. | FEV. | MAR. 2012 » em obra » 55


seu desempenho passivo, as necessidades de utilização dos
sistemas activos de climatização são reduzidas. Reduzem-se
assim as necessidades energéticas, assegura-se uma base
importante para o conforto térmico e assegura-se igualmente a
satisfação dos clientes com menores custos.

Figura 1 – Factores para assegurar procura da sustentabilidade.

A necessidade de assegurar esta procura do serviço com bom


desempenho e por outro lado contribuir para que este desem-
penho seja positivo tem levado a que os hotéis que assumem Figura 2 – Fachada do Hotel Jardim Atlântico.
essa procura da sustentabilidade efectuem um mix de estraté-
gias, envolvendo estas quatro dimensões (construção, siste- No caso do Hotel Jardim Atlântico as obras de intervenção,
mas, modo de gestão e modos de utilização), como se revela assentes em pequenas reparações, garantem as condições de
nos casos certificados pelo LiderA e que se ilustra sumaria- desempenho adequadas. Graças às condições climatéricas
mente de seguida. suaves da Ilha da Madeira e à boa construção (apostando na
boa orientação, envidraçado e massa térmica) leva a que no
Procura de soluções construtivas geral o nível de conforto dos hóspedes seja atingido de forma
de elevado desempenho natural, sendo reduzidos ou raros os casos em que os clientes
A primeira base das estratégias assenta na procura de solu- utilizam os sistemas de aquecimento.
ções construtivas que disponham de um bom desempenho e
custos ajustados desde o investimento, até à manutenção e ao No caso do Hotel Albacóra a preservação das antigas mo-
seu fim de vida, no que se designa por custos no ciclo de vida. radias e o reajustamento dos quartos, o aproveitamento da
Para quem tem um edifício e o gere, a relação entre o custo de orientação e a tipologia do edificado, contribuiu para um bom
investimento e o custo de operação valoriza a importância do desempenho passivo, em especial no que diz respeito ao
desempenho. conforto térmico.

Desempenho passivo
Neste contexto, uma das componentes essenciais, pelo seu
reflexo nos custos, é a capacidade do edificado poder ter
baixas necessidades de consumo energético (e outras), desde
logo graças a soluções que apostem na arquitectura bioclimá-
tica /passiva.

A orientação e o sombreamento adequados do edifício, a sua


massa térmica, a qualidade do envidraçado, contribuem, entre
outros aspectos, para um comportamento passivo ou bioclimá-
tico do edificado, isto é a sua capacidade de assegurar as con-
dições de conforto com reduzidas necessidades de sistemas
de climatização. Assim, graças às soluções arquitectónicas
e intervenções de obras de melhoria que contribuam para o Figura 3 – Pormenor do Empreendimento Vila Galé Albacora.

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CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL

 a adequação dos programas de lavagem na lavandaria, espe-


cíficos conforme os tipos de roupa e com doseadores digitais,
conseguindo um rendimento ideal por lavagem.

Figura 4 – Pormenor da fachada do Hotel Altis Avenida.

Os cuidados nas intervenções de reabilitação do Hotel Altis


Avenida, desde logo, na fachada e na cobertura, para manter
as boas condições passivas (incluindo a escolha e a colocação
dos envidraçados de bom desempenho, caixilharia com corte Figura 5 – Hotel Jardim Atlântico - localização fogão, máquina de lavar
térmico e coeficientes de transmissão ajustados em função da louça e frigorífico.
orientação que contribuem para um bom desempenho térmico e
acústico), contribuem para as reduzidas necessidades energéti- Na área de eficiência dos equipamentos tem-se, além das lâm-
cas e para as boas condições de conforto térmico. padas anteriormente referidas:

A boa escolha das áreas de envidraçado leva a que se disponha  a utilização, na maioria dos casos, de aparelhos e máquinas
de uma boa iluminação natural em mais de 80 % da área dos de baixo consumo (nível A), bem como de mecanismos de
quartos (Altis), bem como nas escadas, contribuindo também recuperação de energia e calor;
para a redução das necessidades de iluminação artificial durante  a optimização na localização destes, ou seja, esta foi pen-
o dia. sada de forma a minimizar trocas de energia. Por exemplo,
a localização do frigorífico e do fogão foi pensada para se
A optimização dos sistemas encontrarem afastados, colocando a máquina de lavar no
A segunda componente chave para o desempenho reside nas meio, de forma a não ocorrerem interferências e perturbações
soluções adoptadas nos sistemas. No caso do hotel Jardim térmicas, contribuindo assim para reduzir os consumos do
Atlântico os sistemas energéticos foram alvo de atenções espe- frigorífico, que é uma importante fonte de consumo.
ciais, entre as quais se salientam as medida implementadas de
forma concertada com vista a reduzir o consumo de electricida- Gestão, manutenção e obra
de (Pinheiro, 2006), passando por: Um aspecto crucial na escolha e programação dos sistemas
(ar condicionado, iluminação, etc.) assenta na possibilidade de
 a utilização exclusiva de lâmpadas de baixo consumo, onde modos de funcionamento selectivos e ajustados potenciando a
mais de 60% são de eficiência energética de Classe A; sua adequação, especialmente importante nos hotéis, onde a
 a utilização de cartões perfurados como chave para os variação das taxas de ocupação e as necessidades energéticas
quartos (como controladores de energia eléctrica), permitindo evoluem durante o dia, por zonas e ao longo dos diferentes
a redução dos gastos energéticos quando o quarto não está meses.
ocupado (com excepção do frigorífico, em caso de estar em
uso) e eliminando os gastos derivados do modo stand by; A optimização dos sistemas é especialmente relevante tal como
 a implementação de sensores de movimento, foto células e se verificou no processo de apoio à procura de bom desempe-
relógios para diminuir o tempo das iluminações e regular o nho na sustentabilidade e foi efectuado pelo assessor LiderA (nº
tempo exacto de horas de trabalho para máquinas e outros 238) e perito RSCE Engº Jorge Rosa no caso do Hotel Altis. No
equipamentos. Por exemplo, no exterior existe um sistema que se refere ao Hotel Albacora tal foi assegurado pelo gestor
temporizado, de acordo com a alvorada, de encerramento Bruno Martins. Em muitos casos as actividades de manutenção
das luzes exteriores; podem significar manter e intervir, fazendo pequenas obras de

JAN. | FEV. | MAR. 2012 » em obra » 57


CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL

melhoria que podem estar na agenda da procura de sustentabilidade. Assim, a ponente natural de passeio a ser efectuado
criação de um programa de obras progressivas, pensadas e temporizadas para por uma vereda, descalço, permite passar por
não perturbar os clientes, mas aproveitar as épocas de mais reduzida procura diferentes zonas desde a areia de Porto Santo
(situando-se no piso) pode ajudar à procura de sustentabilidade e a manter de até a seixos rolados, criando situações que
forma adequada a sua dinâmica. A aposta na formação, inclusive na dimensão apelam aos sentidos. Este tem-se revelado
ambiental, para todos os funcionários e sempre que possível a pessoal subcon- um exemplo de pequenas intervenções que
tratado, com especial destaque para a sensibilização aos hóspedes concretiza- promovem a atractividade e a diferenciação.
se, em termos económicos, de forma muito favorável.
O Hotel Jardim Atlântico também promove o
O modo de gestão aposta por vezes em sistemas de gestão ambiental formais trabalho local e na oferta de novas amenida-
como os definidos pela norma ISO 14001, como ocorre no caso do Hotel Jardim des e serviços à comunidade local. No Hotel
Atlântico, que, t para além da certificação LiderA, possui um vasto conjunto de Albacora a proximidade e o fomento de pas-
sistemas que evidenciam a sua ampla perspectiva e capacidade de gestão, na seios na natureza, pedonais, de bicicleta e de
sua maior parte reconhecidos por entidades independentes. barco, cria condições de contacto e vivências
diferenciadas.
Potenciar o uso e vivências
O comportamento dos utilizadores tem especial impacte no desempenho. Em
muitos casos o sector hoteleiro evita efectuar sugestões aos clientes para que Encontrar o equilíbrio onde
estes reduzam o consumo da energia, o consumo de água, as emissões e a as obras de intervenção
produção de resíduos. contribuem decisivamente
A visão integrada do LiderA e com foco no de-
sempenho, ao ser utilizada no desenvolvimen-
to das soluções, contribui para a procura de
um bom desempenho no caminho da susten-
tabilidade e económico, ajustando-se a cada
realidade e contribui igualmente para o seu
destaque e posicionamento face aos clientes.

Os casos apresentados revelam um bom


desempenho, conseguido atra-
vés de diferentes equilíbrios no
Figura 6 – Exemplos de informação disponibilizada fomento da boa integração local,
reduzindo o consumo de recursos
Neste caso, uma das estratégias assenta na implementação de sistemas com energéticos, de água e materiais,
sensores, como é a boa prática na iluminação nos corredores. No entanto nos na redução e aproveitamento das
quartos reduz-se essa possibilidade de sensores. Por exemplo, no caso do Hotel cargas ambientais, potenciando as vivencias
Altis Avenida os sistemas de climatização permitem liberdade de programação sócio-económicas e o uso sustentável.
ao hóspede, havendo sempre a capacidade na gestão centralizada de intervir,
ajustando e optimizando os níveis de desempenho presentes. Em síntese, promover a sustentabilidade no
sector hoteleiro, assenta na aposta de uma
No caso do Hotel Jardim Atlântico a estratégia assenta em fornecer ao cliente visão e estratégias de intervenções integra-
informação sobre as melhores formas de operação e de utilização dos siste- das, num mix que passa por assegurar (1)
mas de energia, água e resíduos, apelando e motivando a sua participação, até boas soluções construtivas, onde as obras e
com contributos sociais. a programação das intervenções, nomeada-
mente as obras de melhoria devem perspec-
A dinâmica de melhoria e inovação contribui para assegurar a atractividade tivar a procura de desempenho, durabilidade
do hotel, ao criar ou potenciar serviços que apostam nas vivências e experi- e flexibilidade, (2) sistemas eficientes e com
ências. No Hotel Jardim Atlântico salienta-se a construção de uma vereda nova modos de desempenho ajustados, (3) modos
para passeios a pé junto ao hotel, no meio da natureza virgem, o que fomenta a de gestão ajustados e (4) potenciar os modos
mobilidade de baixo impacte. O desenvolvimento dessa obra, com foco na com- de utilização cuidados.

58 » em obra » JAN. | FEV. | MAR. 2012


CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL

Especialize-se

Demolição seletiva

A demolição seletiva, também designada por desconstrução, dade pode, por sua vez, ser subdividida nas sub-actividades
é uma prática alternativa à demolição tradicional, que visa a apresentadas no quadro 1. Apesar destas sub-actividades
minimização dos resíduos, em que se privilegia as opções de se poderem efectuar segundo qualquer sequência, ou
gestão dos resíduos reutilização e recuperação dos materiais. mesmo simultaneamente, em geral, deverão seguir a ordem
É aplicada a estaleiros de demolição e renovação e pressupõe apresentada no quadro.
um conjunto de atividades.  2- Demolição da estrutura e separação dos resíduos de
forma apropriada. Esta atividade inclui o tratamento de cada
Antes de mais, requer um estudo prévio de forma a possibilitar tipo de resíduo no ou fora do estaleiro, antes da reciclagem
a identificação das melhores técnicas de desmantelamen- ou deposição final. Depois da estrutura ter sido demolida, é
to, atendendo ao tipo de construção e aos materiais que se normalmente possível remover vigas de aço ou madeira que
espera encontrar durante a mesma. O relatório da Comissão faziam parte da estrutura base das construções e que, por
Europeia “Construction and Demolition Waste Management esse motivo, não é possível recolher mais cedo.
Practices and Their Economic Impact” [European Commission  3- Limpeza das áreas de terreno envolventes, bem como
– DG XI, 1999] aponta para as seguintes medidas: desativação de qualquer serviço. A demolição seletiva ou
desconstrução tem despertado interesse a nível internacio-
 1- Remoção seletiva de materiais da estrutura(s) nal dada a recuperação de materiais que possibilita, face à
existente(s), após possível tratamento in situ. Esta ativi- forma tradicional de demolição.

JAN. | FEV. | MAR. 2012 » em obra » 59


CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL

Quadro 1 – Sub-atividades que compõem a remoção seletiva de materiais

Sub-actividade Materiais Comentário

Elementos arquitetónicos recuperáveis de valor


(por exemplo: fogões de sala, vitrais, portas talha-
das, revestimentos de paredes tais como almofadas
Se os responsáveis do estaleiro não gerirem este
Remoção seletiva de materiais acessíveis com e lambris, peças decorativas em ferro forjado), al-
processo, os “recicladores informais”, isto é, os
valor de venda evidente. guns tipos de telhas, algumas janelas e portas envi-
amigos do alheio tratarão de fazê-lo por eles.
draçadas, alguns acessórios elétricos, alguns metais
(por exemplo elementos facilmente acessíveis, como
tubagens e fios elétricos de cobre).

Remoção seletiva de materiais acessíveis que, se


Isto reduzirá a proporção de RCD que necessitam de
não forem removidos, farão com que os RCD sejam Amianto e outros materiais perigosos.
ser depositados nos aterros de resíduos perigosos.
tratados como resíduos perigosos.

Remoção seletiva dos materiais que, caso não sejam Outros elementos acessíveis de madeira e plástico,
Isto aumentará o valor dos RCD e, consequente-
removidos, diminuirão o valor dos restantes RCD volumes excessivos de vidro. Inclusive, o gesso,
mente, o valor dos agregados produzidos.
quando triturados. estuque deve ser removido por este motivo.

Tratamento químico in situ das partes expostas que Este é um conceito/atividade relativamente novo e
Materiais superficiais (cobertura, paredes, pisos)
ficaram contaminadas durante o período de vida da principalmente apro-priado no caso de estruturas
com alterações químicas
construção, seguida de remoção, se necessário. industriais.

Fonte: Relatório da DG XI da Comissão Europeia “Construction and Demolition Waste Management Practices and Their Economic Impact”, 1999

O “International Council for Research and Innovation in Buil- No Canadá, têm sido efetuados estudos sobre a minimi-
ding Construction” (CIB), formou um grupo de trabalho em zação da produção de resíduos através da deconstrução
maio de 1999 para se dedicar ao estudo da desconstrução. ou demolição seletiva. São conhecidos, entre outros, dois
“case studies” em Windsor, Ontario, sobre dois edifícios
No nosso país, a demolição seletiva está também a ser objeto históricos de uma destilaria que se pretendia demolir. Antes
de estudo. O Instituto Nacional de Resíduos, em colaboração de se proceder à demolição, os edifícios foram espoliados
com o IFADAP, procedeu à recolha e análise de dados relativos e vários materiais foram recuperados (tijolos, aço e portas).
à demolição seletiva de um edifício de nove pisos, cujas Estas experiências permitiram concluir que os procedimen-
conclusões se espera venham a ser importantes para o futu- tos efetuados para recuperar materiais prolongou consi-
ro [Morais, 1999]. Ainda segundo a mesma fonte, o método deravelmente o período necessário à demolição. Contudo,
convencional de demolição e o método seletivo devem ser os custos adicionais foram compensados pelas receitas
comparados em termos de custos, prazos e possibilidade provenientes da venda ou reutilização dos materiais [cdwas-
de valorização (material e energética). te.com, 2001].

in “Prevenção de Impactos Ambientais dos Estaleiros de Construção em Centros Históricos Urbanos”, Couto, Armanda, Couto, João Pedro, ed.Publindústria, 2008

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