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Tiago Araújo 2012/2013
Esse conjunto de normas diz respeito aos poderes executivos levados a cabo
por órgãos administrativos (Autoridade Tributária) ou por órgãos jurisdicionais
(Tribunais).
Conceitos:
1. Direito tributário
2. Jurisdição tributária
Dado que:
1º Quer a redacção do ETAF, quer a jurisprudência não no sentido de
considerarem que os tribunais tributários (e não os tribunais fiscais) são os órgãos
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Tiago Araújo 2012/2013
OBS:
a.t. = (actividade tributária)
AT = (Autoridade Tributaria)
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Tiago Araújo 2012/2013
Para além dos actos de liquidação e actos prévios e preparatórios existem outros
actos que integram a noção ampla de actos tributários.
Por exemplo:
Nota: Todos estes actos são susceptíveis de impugnação directa nos tribunais
tributários.
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Tiago Araújo 2012/2013
a) Quanto à estrutura?
b) Quanto ao conteúdo?
c) Quanto à eficácia?
Conclusões:
Esta classificação assume um relevo fundamental uma vez que em princípio apenas
serão sujeitos a controlo jurisdicional os actos unilaterais, positivos e definitivos
dos quais destacamos o acto de liquidação.
Quanto aos actos bilaterais já houve uma intervenção da vontade do sujeito
passivo, logo compreende-se a insusceptibilidade de controlo jurisdicional.
Quanto aos actos negativos: P.e.: o sujeito passivo do imposto requer o
reconhecimento de um beneficio fiscal nos termos do Artigo 65º CPPT por um
período de 10 anos. A AT concede o benefício mas apenas por um período de 5
anos, impugnável será o futuro acto positivo de tributação, ou seja a partir do 6º
ano.
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Tiago Araújo 2012/2013
Justiça tributária
Esta faz parte do DTA (Direito Tributário Administrativo) e tem como finalidades:
a. Legalidade da actuação dos agentes de autoridade tributária
b. Protecção das posições jurídicas dos contribuintes
E deve estar constitucionalmente enquadrada (ser conforme a constituição) daí
que observem os seguintes princípios:
Podem ser:
1. Graciosas ou administrativas
a. Impugnatórias
b. Não impugnatórias
2. Jurisdicionais
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Tiago Araújo 2012/2013
OBSERVAÇÕES:
Como é que é feito o Direito de Participação?
Através do exercício do Direito de Audição, que é desencadeado/promovido antes:
- Da conclusão do acto tributário definitivo por excelência (acto de liquidação)
- Do indeferimento total ou parcial da reclamação ou do recurso
- De decisão de aplicação dos métodos indirectos de tributação
- Da conclusão do relatório de inspecção tributária
QUESTÃO:
O que é que acontece se a AT estiver obrigada a notificar o contribuinte para que
este faça o direito de audição e não o faz? VER 99º al. c) CPPT: fundamentos da
impugnação
Reclamação
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Tiago Araújo 2012/2013
Recurso
O contribuinte recorre para o superior hierárquico, para que este aprecie o acto
preferido pelo seu inferior hierárquico. No recurso pedimos a sindicância junto de
uma entidade diferente da entidade que praticou o acto (66º CPPT).
QUESTÃO:
Qual é o pedido formulado na reclamação?
Requerer a anulação total ou parcial de um acto tributário com fundamento em
qualquer ilegalidade.
QUESTÃO:
O que é que faço no recurso?
No recurso venho junto do mais elevado superior hierárquico solicitar que anule
total ou parcialmente o acto preferido pelo inferior (36º nº2 CPPT): são dirigidos
normalmente ao ministério das finanças
Garantias Jurisdicionais
1. Direito à acção
2. Direito à oposição
3. Direito ao Recurso Jurisdicional
Direito à oposição
A oposição serve para atacar um processo de execução fiscal.
APARTE:
Hierarquia dos Tribunais
1º Supremo Tribunal Administrativo
2º Tribunal Central Administrativo do Norte/Sul (TCA)
3º Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF)
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Tiago Araújo 2012/2013
Procedimento Tributário
Ex: anulação de um acto tributário de liquidação se não for observado o artigo 60º
LGT
Ex: irregularidade do processo de impugnação judicial quando não é dada vista ao
ministério público (121º CPPT)
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Tiago Araújo 2012/2013
Exemplo prático:
A empresa XPTO tem para liquidar IRC de 2011: 57000€
Quem está a “pedir” o acto de liquidação é a AT
OBS:
Isto não é totalmente verdade na medida em que existem procedimentos em que
os interesses são exclusivamente do destinatário do acto.
Ex: Obter uma informação vinculativa
Ex: Reconhecimento de um benefício Fiscal
Exemplos práticos:
- Procedimento de liquidação de imposto: INTERESSADO: Autor (AT)
- Procedimento de informação vinculativa: INTERESSADO: Destinatário
- Procedimento de reconhecimento de um benefício Fiscal INTERESSADO:
Destinatário
CONCLUSÃO:
Não há noção de procedimento e processo tributário. Existe sim no CPPT e no
artigo 44º uma referência aos actos compreendidos no procedimento. E o artigo
97º faz uma referência aos processos, sendo que no artigo 96º se refere às
finalidades do processo.
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Tiago Araújo 2012/2013
NOÇÃO CLARA!
NOTA:
Em suma a decisão é sempre da AT
A iniciativa pode ser da AT (não provocada) ou contribuinte (provocada)
2º Denuncia
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Tiago Araújo 2012/2013
Ex:
- Exibição de documentos;
- Actos de inspecção;
- Visitas aos locais determinados;
- Emissão de actos consultivos tais como pareceres
- Informações
Podem intervir:
1- Órgãos administrativos da AT
2- Peritos
3- Avaliadores
4- Testemunhas
ASSIM,
A direcção da instrução, nos termos do artigo 71º LGT, cabe ao órgão da AT
competente para a decisão.
Mas se a instrução for realizada por órgão diferente do competente para a decisão,
cabe ao órgão instrutor a elaboração de um relatório, nos termos do nº2 do artigo
71º LGT.
Na fase instrutória o “Onus” da prova (quem tem que provar) recai sobre quem as
invoca. (ver artigo 54º nº1 LGT)
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Tiago Araújo 2012/2013
1ª Regra:
Compete à AT o “Onus” da prova de verificação dos pressupostos da sua aplicação.
“Tem de ser provado à AT”
2ª Regra:
Cabendo ao sujeito passivo o “Onus” da prova do excesso na respectiva notificação,
esta fase deve estar sujeita ao princípio da celeridade “ rapidamente concluída”. Se o
procedimento for da iniciativa do contribuinte e estiver parado por mais de 90 dias
por motivo a este imputável gera o arquivamento do procedimento, devendo a AT
até 15 dias antes do termos desse prazo notificar o contribuinte por conta
registada e informá-lo do incumprimento dos seus deveres de cooperação (artº
53º CPPT).
Nesta fase o órgão administrativo tributário forma a sua vontade que deve ser
livre, esclarecida e ponderada em função da prova produzida. Caso contrário, o
acto tributário poderá ser anulado. Apesar de o procedimento tributário estar
subordinado a um princípio geral de obrigatoriedade de decisão (Artº 56º nº1
LGT), nos termos do nº2, a AT não está obrigada a decidir quando:
a) A administração tributária se tiver pronunciado há menos de 2 anos sobre o
pedido do mesmo autor com idênticos objecto e fundamentos
b) Tiver sido ultrapassado o prazo legal de revisão do acto tributário “é de 4
anos”
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Tiago Araújo 2012/2013
Regra Geral:
Se o interessado solicita algo no procedimento à AT a regra é a de indeferimento
tácito, para efeitos de recurso hierárquico, recurso contencioso ou impugnação
judicial nos termos do artigo 57º nº1 e nº5 LGT e artigo 106º CPPT.
No entanto, há casos que deferimento tácito. Só são de admitir quando a lei
expressamente os prevê.
Ex:
Artigo 64º nº3 CPPT: “procedimento de elisão de presunções
Artigo 133º nº4 CPPT: Reclamação dos pagamentos por conta
Artigo 64º nº3 RCPIT: O pedido do sancionamento do relatório final de inspecções.
Proferida a decisão é necessário que esta seja plenamente eficaz nos termos do
artigo 36º do CPPT e 77º nº6 LGT é necessário leva-la ao conhecimento do
interessado.
Se está individualizado: Notificação (notificar) nos termos do Artigo 35º nº1 LGT
Senão: Publicação Artigo 56º CPPT
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Tiago Araújo 2012/2013
A definição das obrigações acessórias também só pode ser feita nas formas
previstas da lei. As regras de procedimento e processo tributário também têm de
estar sujeitos à lei.
Quando se viola o princípio da legalidade (artigo 103º nº 2 e 3 ???), o
sujeito pode invocar a inconstitucionalidade.
Quando se viola o princípio da legalidade (artigo 8º LGT), o contribuinte
invoca a ilegalidade.
Dever de Colaboração:
(Artigo 48º nº1 e 2 CPPT)
(Artigo 59º nº3 e 4 LGT)
(Artigo 49º CPPT)
(Artigo 9º EBEF)
(Artigo 14º nº1 LGT)
- Princípio da confidencialidade
A todos é reconhecido o direito à reserva da intimidade de vida privada e familiar
(Artigo 26º CRP e Artigo 80º Código Civil)
- Princípio da imparcialidade
Este princípio diz-nos o seguinte: a AT está obrigada a um dever de investigação.
Essa investigação faz-se na fase da instrução do processo, sendo que a AT está
subordinada a um dever de imparcialidade (Artigo 55º LGT)
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Tiago Araújo 2012/2013
OBS: Faltando um destes requisitos não há lugar ao dever de decisão. Também não
há dever de decisão quando se verifica o nº2 al. a) do Artigo 56º LGT
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Tiago Araújo 2012/2013
NOTIFICAÇÃO
A Notificação é a comunicação individual de um acto ao seu interessado e faz-se
pela via da notificação ou da citação que lhe pretendemos comunicar que contra
ele impende um PEF. Em procedimento tributário só têm relevância as
notificações.
A noção jurídica está no 35º nº1 CPPT
Formas da notificação
Pessoal
Não Pessoal
o Edital
o Postal
o Electrónica
Efeitos da notificação
Os actos em matéria tributária que afectem os direitos ou interesses legítimos dos
contribuintes só produzem efeitos quando lhes sejam validamente notificados.
(36º nº1 CPPT)
1ª Regra
A notificação dos actos ou decisões susceptíveis de alterarem a situação tributária
dos contribuintes ou a convocação para assistirem ou participarem em actos ou
diligências, a notificação deve ser efectuada por carta registada com Aviso de
Recepção (A/R) (artigo 38º nº1 CPPT)
A notificação considera-se efectuada na data em que o A/R for assinado pelo
próprio. Se o A/R for assinado por um terceiro presente no domicílio a notificação
tem-se por efectuada na pessoa do notificando presumindo-se que este lhe
entregou a carta (artigo 39º nº3 CPPT).
Se o A/R não for assinado a AT tem 15 dias para notificar novamente o sujeito.
Esse 2ª notificação dá-se como válida quer este assine ou não.
2ª Regra
A notificação da liquidação de impostos periódicos é feita por simples via postal
(artigo 38º nº4 CPPT)
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Tiago Araújo 2012/2013
3ª Regra
Em todos os outros actos a notificação é efectuada por carta registada nos termos
do artigo 38º nº3 CPPT. A notificação considera-se efectuada no 3º dia posterior
ao do registo ou no 1º dia útil seguinte a este quando o 3º dia não seja útil (Artigo
39º nº1 CPPT).
4ª Regra
A notificação via electrónica, quando legal, começa a contar no dia a seguir à
abertura do correio electrónico.
Requisitos substanciais
Quanto a estes predem-se com o conteúdo das notificações (artigo 36º nº2 CPPT).
A falta dos requisitos referidos dá a possibilidade ao interessado de os poder
requerer no prazo de 30 dias ou no prazo da reclamação, recurso ou impugnação
se este prazo for menor (Artigo 37º nº1 CPPT).
A falta da notificação ou a notificação juridicamente mal efectuada faz incorrer o
acto em ineficácia e não a sua invalidade.
OBS: Apenas se pode recorrer administrativamente uma vez. Após uma decisão
administrativa desfavorável considera-se verticalmente definitivo podendo ser
atacado agora jurisdicionalmente (Artigo 47º nº1 e 2 CPPT).
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Tiago Araújo 2012/2013
Competência da AT
1. Em Razão da matéria
Entre outros salienta-se:
- Liquidação e cobrança de impostos (artigo 78º e ss CPPT)
- Proceder à revisão oficiosa dos actos tributários (artigo 78º LGT)
- Decidir as petições e as reclamações (Artigo 68º e ss CPPT)
- Pronunciar-se sobre recursos hierárquicos (artigo 66º e 67º CPPT)
- Reconhecer isenção ou outros benefícios fiscais (artigo 65º CPPT)
- Receber e tratar as petições iniciais (Pis) nos processos de impugnação judicial
(artigo 103º e ss CPPT)
- Instaurar os processos de execução fiscal (PEFs) (Artigo 188º CPPT)
2. Em razão do território
É saber qual o órgão territorialmente competente. São várias as regras para esta
competência e ele é visto caso a caso, na medida em que a nossa legislação formula
várias regras.
Assim temos:
- Lugar da verificação do facto “órgão da AT desse Lugar”
Ex. Aplicação de coimas Artigo 52º alínea b) RGIT
- Lugar da residência (domicilio fiscal para pessoas singulares ou sede para
pessoas colectivas)
- O da área da situação dos bens
Ex. IMI Artigo 78º nº1 e 115º nº2 e 131º CIMI
- A área onde se deve efectuar ou efectuou a liquidação do tributo.
Ex. Reclamação do acto de liquidação. Reconhecimento de um benefício fiscal
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Tiago Araújo 2012/2013
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Tiago Araújo 2012/2013
O Sujeito Passivo Não Originário é a pessoa ou entidade que não sendo Sujeito
Passivo Originário tem a obrigação fiscal de pagar o imposto.
Ex: O substituto na substituição tributária
O herdeiro na sucessão tributária
O gerente/Administrador/responsável na responsabilidade fiscal
3- Outras entidades
Está tratado no artigo 9º LGT e podem ser as partes nos contractos fiscais. E
artigo 37º LGT outras pessoas com interesse legalmente protegido. Ex: Ex-cônjuge
e ex-sócio.
1. Procedimentos pré-liquidatórios
a. Informativos
b. Avaliação
c. Reconhecimento de benefícios fiscais
2. Procedimentos de liquidação e cobrança
3. Procedimentos impugnatórios
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Tiago Araújo 2012/2013
Competência
É do dirigente máximo do serviço em causa ou um funcionário em que ele tenha
delegado competência.
Consequência jurídica
- Vinculação
- É de eficácia prospectiva e não retroactiva (princípio da segurança jurídica –
Artigo 68º nº5 e 68º-A nº2 LGT)
- São normas e não pareceres com efeito vinculativos (artigo 68º nº4 LGT e
portaria 972/2009 de 31 Agosto)
- É necessário publicitá-los para que o contribuinte tenha conhecimento, na base
de dados das finanças (artigo 56º nº1, 2, 3 e 4 CPPT)
- Quando o contribuinte solicita a interpretação de uma norma falo através de um
requerimento dirigido ao dirigente máximo em causa.
- Vinculação
Os órgãos da AT ficam vinculados nos seguintes termos:
1. Vinculação inter-partes (artigo 68º nº2 LGT)
2. Só vincula a partir da notificação (artigo 57º nº1 CPPT)
3. A vinculação é relativa e não absoluta: sede perante uma decisão contrária
dos tribunais (artigo 68º nº7 LGT e artigo 57º nº1 CPPT)
4. As informações prestadas não podem ser alteradas à posteriori a não ser
que se alterem os factos
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Tiago Araújo 2012/2013
Consta do RCPIT (DL 412/98 de 31-12) e aplica-se ainda a LGT, o CPPT, demais
códigos e leis tributárias, lei orgânica da DGCI e o CPA
Objectivos:
1º Verificação do cumprimento das obrigações tributárias
2º Observação da realidade tributária
3º Prevenção das infracções tributárias
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Tiago Araújo 2012/2013
Regras:
1. São seleccionados de acordo com o plano nacional de actividades de
inspecção tributária
2. Definidos pelo director geral dos impostos
3. Mediante denúncia
4. Verificação dos desvios significativos
5. Por iniciativa do próprio sujeito passivo ou terceiro que prove interesse
nisso (DL 699 de 8-JAN)
NOTA: O visado deve ser notificado pessoalmente ou por via postal. (artigo 38º e
37º nº2 RCPIT)
Na inspecção externa o visado deve indicar uma pessoa para contactar a AT
(artigo 52º RCPIT)
O início do procedimento deve ser feito com uma antecedência mínima de 5dias
(artigo 49º nº1 RCPIT)
Regras da notificação
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Tiago Araújo 2012/2013
1. Procedimentos de avaliação
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Tiago Araújo 2012/2013
OBS: Quando a avaliação directa for feita pela AT pode este acto de
liquidação ser impugnado administrativamente em tribunal?
1ª Solução à pergunta: Conjugando o artigo 86º nº1 LGT com o artigo 54º
do CPPT, se a avaliação directa não for sujeita a liquidação seria aquele
susceptível de controlo jurisdicional imediato.
2ª Solução à pergunta: Artigo 78º LGT, antes de se recorrer ao tribunal o
sujeito impugnante deveria auscultar a AT através do pedido de revisão dos
actos tributários e só depois é que deve seguir a via contenciosa.
Competência?
É só da AT (artigo 54º CIRC), cabendo à AT o Onus da prova. Artigo 74º nº3 LGT.
Controlo
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Tiago Araújo 2012/2013
NOTA BEM:
Para atacar o acto de fixação indirecta com recurso ao tribunal é necessário que
previamente tenha sido intentado o pedido de revisão da matéria tributável.
(artigo 86º nº5 e artigo 91º e ss LGT e 117º CPPT).
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Tiago Araújo 2012/2013
Procedimentos impugnatórios
Aquele de que nós nos servimos para atacar. O primeiro procedimento
impugnatório chama-se:
- Que se faz?
Questiona-se graciosamente o acto de fixação da matéria colectável, com recurso a
métodos indirectos. Artigo 92º nº1 LGT.
NOTA:
Nº9 e 10 do artigo 91º LGT
Nestes casos há agravamento da colecta. Este procedimento tem efeito
suspensivo da liquidação do tributo. Artigo 91º nº2 LGT
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Tiago Araújo 2012/2013
- Fundamentos?
1. Artigo 92º nº1 LGT e 117º CPPT (errónea, qualificação da matéria
colectável)
2. Artigo 91º nº14 LGT e 117º acontrariu CPPT (não verificação dos
pressupostos da determinação indirecta da matéria colectável)
IMPORTANTE:
Este procedimento é obrigatório nos casos do contribuinte pretender impugnar
judicialmente este imposto. Para isso tem que ter antes intentado o pedido de
revisão (artigo 117º nº1 CPPT).
- Tramitação
Se houver acordo entre os peritos inviabiliza a impugnação judicial posterior –
senão houver acordo poderá haver lugar à impugnação judicial.
IMPORTANTE:
Se o pedido de revisão tiver a intervenção de um 3º perito (perito independente) e
os pareceres do perito do contribuinte e do perito independente forem iguais,
contrários ao perito da AT, esta decisão tem efeito suspensivo. Não há a liquidação
de imposto sem que se fixe a matéria colectável definitiva.
Está tratado no Artigo 78º LGT. Neste procedimento o acto tributário vai
oficiosamente (iniciativa da AT) ou a pedido do sujeito passivo ser reapreciado
pelo próprio órgão que o praticou.
Todo o procedimento assenta no princípio da verdade material. A revisão pode ser
a favor da AT e, gera uma liquidação adicional. (artigo 89º CIRS e artigo 99º
CIRC) ou pode ser a favor do sujeito passivo gerando a anulação da liquidação.
Artigo 93º CIRS, 62ç CIRC e 98º CIVA.
- Prazo
- Da iniciativa da AT: 4 anos. Artigo 78º nº6 LGT
- Da iniciativa do SP: 120 dias Artigo 78º nº1 e 70º nº1 CPPT OU 4 anos
quando se verifica o Artigo 78º nº4 LGT
- Fundamentos
1. Erro impugnável aos serviços (artigo 78º nº2 LGT)
2. Ilegalidade, injustiça grave ou notória (artigo 78º nº4 LGT)
3. Duplicação da colecta (Artigo 78º nº1,3,4 e 5 LGT)
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Tiago Araújo 2012/2013
- Fundamento
Qualquer ilegalidade dos actos tributários não tem efeito suspensivo. Artigo 69º
alínea f) CPPT
Só suspende com a prestação de uma garantia nos termos do artigo 199º CPPT
A reclamação graciosa interrompe o prazo de prescrição Artigo 49º nº1 LGT
Deve ser apresentada pelo contribuinte/substituto, pelos responsáveis ou o seu
representante legal.
- Forma
Forma escrita podendo ser oralmente (artigo 70º nº6 CPPT)
- Onde?
Junto do serviço periférico local (chefe do serviço finanças) da área do
domicílio/sede fiscal ou local da situação dos bens.
A reclamação é dirigida ao órgão periférico regional. (director de finanças da área
da situação) Artigo 73º nº1 CPPT
- Prazo
Regra geral prevista no artigo 102º CPPT por remissão do artigo 70º nº1 CPPT e
o prazo é de 120 dias.
Excepcionalmente há outro prazo. Artigo 102º nº4 CPPT
- Decisão
Deferimento expresso (anulação do acto total ou parcial) com efeito ex-tunc
Indeferimento expresso Artigo ???
Atenção ao artigo 77º CPPT que manda agravar a colecta
No silêncio da AT em regra a reclamação é indeferida (ao fim de 4 meses) artigo
57º nº1 LGT
Há casos de deferimento tácito Artigo 133º nº4 CPPT
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Tiago Araújo 2012/2013
- Prazos
Se o indeferimento expresso: 15 dias (artigo 102º nº2 CPPT)
Se o indeferimento tácito: 90 dias (artigo 102º nº1 alínea d) CPPT ou 30
dias nos casos em que a reclamação foi prévia ou necessária (artigo 131º nº1 e
nº2 CPPT) + (artigo 132º nº3 e nº5 CPPT) + (artigo 133º nº2 e 3 CPPT)
Ou
Recurso hierárquico: Prazo 30 dias do indeferimento da reclamação (artigo 76º
nº1 CPPT)
Aqui solicitamos ao superior hierárquico da entidade que praticou o acto uma nova
apreciação deste. Pode incidir sobre questões de legalidade ou questões sobre o
mérito do acto praticado.
- Objectivo
Revogação do acto
O recurso hierárquico pode ser necessário: (há casos em que não podemos
impugnar judicialmente sem interpor o recurso hierárquico)
Ou
Facultativo
A grande maioria é de carácter facultativo
Competência?
O recurso Hierárquico é entregue junto do órgão recorrido
- Prazo
30 Dias e é dirigido ao mais alto superior hierárquico do autor do auto. (artigo 66º
nº2 CPPT e 80º LGT)
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Tiago Araújo 2012/2013
Obs: O artigo 95º LGT diz-nos no seu nº1 “(…) o interessado tem o direito de (…)
de todo o acto lesivo dos seus direitos e interesses legalmente protegidos”
Nº2 do 95º : Define alguns exemplos de actos lesivos dos interesses
4. As medidas cautelares
Estas destinam-se à protecção do património na esfera jurídica do contribuinte.
Aplicam-se quando – Existe receio de frustração de cobrança dos créditos
tributários, ou destruição ou extravio de documentos.
Pode a AT:
- Proceder à apreensão de bens ou documentos; ou
- à retenção de prestação tributária a que o contribuinte tenha legalmente direito.
(Artigo 51º LGT e Artigo 135º e ss CPPT)
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Tiago Araújo 2012/2013
4. Princípio da celeridade
O Processo tributário tem que ser decidido em tempo útil (artigo 97º nº1 LGT). A
lei impõe ao juiz um prazo de duração máxima do processo, 2 anos ou 90 dias
(artigo 96º nº2 CPPT).
5. Princípio do incansitório
No processo tributário devem realizar-se todas e quaisquer diligências de prova se
o contribuinte não tiver património suficiente pode haver lugar à revisão das
execuções contra os gerentes ou administradores da empresa.
6. Princípio do contraditório
Em processo de impugnação o contraditório verifica-se:
- Com apresentação da contestação - artigo 110º nº1 CPPT - e também se
manifesta com as alegacões nos termos do artigo 120º CPPT.
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Tiago Araújo 2012/2013
É representado:
No STA pelo Procurador-Geral da república
No TCA pelos procuradores gerais adjuntos
Nos TT 1ª instância pelo procurador da república
4. Tribunais
Em direito tributário os tribunais denominam-se tribunais administrativos e fiscais
(artigo 8º ETAF)
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Tiago Araújo 2012/2013
Incompetência dos TT
Impugnação judicial
Objectivo?
Anulação total ou parcial dos actos tributários
Caracterização?
É uma acção de tipo declarativo de simples apreciação
Impugnação vs Reclamação
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Tiago Araújo 2012/2013
Tempestividade
Regra geral: 90 dias seguidos para impugnar a contar a partir dos factos do artigo
102º nº1 CPPT
Reclamação
- Indeferimento tácito
OU
- Indeferimento expresso
OU
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Tiago Araújo 2012/2013
Há 3 tipos de decisões:
Prova documental
Prova pericial
5ª Fase: Alegações – Resumo do que aconteceu (120º CPPT). São por escrito.
Prazo até 30 dias
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Tiago Araújo 2012/2013
Competência?
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Tiago Araújo 2012/2013
Tramitação
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Tiago Araújo 2012/2013
A dedução à oposição está previsto no Art.º 212º CPPT – A oposição não suspende
a execução a não ser que o devedor preste garantia adequada. (garantia bancária,
seguro caução e entrega de um imóvel).
Podem ser:
- Embargos de terceiros
- Habilitação de herdeiros
- Apoio judiciário
Motivos:
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Tiago Araújo 2012/2013
Causas:
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