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INSTITUTO DE TECNOLOGIA
Belém – PA
2013
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA
Belém – PA
2013
UMA INTERFACE DE INTERAÇÃO COM O OCTAVE: UM ESTUDO DE CASO
Este trabalho foi julgado em ___/___ /______ adequado para obtenção do Grau de
_______________________________________________________
Prof. Agostinho Luiz da Silva Castro (Orientador)
Faculdade de Engenharia da Computação e Telecomunicações
Universidade Federal do Pará
______________________________________________________
Prof. Ronaldo de Freitas Zampolo (Membro)
Faculdade de Engenharia da Computação e Telecomunicações
Universidade Federal do Pará
_____________________________________________________
Prof. Eurípedes dos Santos Pinheiro (Membro)
Faculdade de Engenharia da Computação e Telecomunicações
Universidade Federal do Pará
_______________________________________________
Prof. Ádamo Lima de Santana
Diretor da Faculdade de Engenharia da Computação e Telecomunicações
Universidade Federal do Pará
“A confiança em si mesmo é o primeiro segredo do sucesso”
Ralph Waldo Emerson
AGRADECIMENTOS
Primeiramente, agradeço a Deus por todas as oportunidades que são colocadas em minha
vida, sendo que a graduação é um dos patamares de muitos outros que ainda pretendo alcançar e
sem Ele, de fato, eu não chegaria até aqui. Por ter me sustentado ter sido meu maior companheiro
Aos meus pais, Rubens e Terezinha Paiva, que em todos os momentos me deram apoio
mim de uma vida de sucesso obtida pelos seus esforços, mas principalmente me ensinaram a
confiar em Deus. Ao meu irmão Lucas por ser fonte de uma saudável conversa sobre inovações
tecnológicas.
trabalho com atenção e paciência, estando sempre solicito à retirada de minhas dúvidas e auxílio
Aos amigos da “Igreja Batista Missionária da Amazônia”, aos quais não posso citar o
nome por correr o risco de esquecer algum, mas que são uma grande inspiração por me
Sibecai, ao qual fiz parte a 12 anos, estando boa parte dele à frente como líder. Foi uma fonte de
Agradeço ao grande amor da minha vida Vitor Bahia. Obrigada por tudo pelo apoio, pelas
palavras e pelo silêncio, pelos sorrisos e pelas lágrimas, por aquilo que construímos e por aquilo
que destruímos....Somos uma super equipe, isso ninguém pode negar! Eu te amo!
RESUMO
Este trabalho faz uma abordagem a respeito do cenário dos softwares existentes para os
processamento de sinais. No entanto, existem alguns softwares que dispõem de uma interface
limitada o que pode representar uma barreira aos usuários que não possuem o domínio da sintaxe
usual nesses programas. Desta forma, propõe-se o desenvolvimento de uma metodologia, baseada
usuário e os softwares de cálculos. A partir desta metodologia, foi elaborada uma interface como
interação, no caso particular, com o software OCTAVE, onde é possível a realização de estudos e
a visualização gráfica dos resultados sem que o usuário necessite digitar código linha-a-linha.
Com base nesses benefícios, é feita uma avaliação dessa metodologia e da interface desenvolvida
interagindo com OCTAVE para os cálculos, avaliou-se o desempenho dessa estratégia conjunta.
Palavras-Chave: Softwares para simulações, interação com o usuário, metodologia para a criação
de interfaces.
i
ABSTRACT
This work is an approach regarding the scenario of existing software for advanced
transmission. However, there are some softwares that have a limited interface which may
represent a drawback for the users who not have the domain in using the specific
platform that interfaces the user and the simulation software. In this context, it was developed
result, the user can extract information and graphical visualization without needing of typing
in code. Based on these benefits, it was made an assessment is made of this methodology, an
language and syntax of OCATVE for doing the calculus, it was evaluated the performance of
this joint strategy. The result verifies the methodology's applicability in the development of
Keywords: software for simulations, user interaction, methodology for creating interfaces.
ii
Lista de Ilustrações
Figura 3.3. Ligação entre o ator e uma funcionalidade no diagrama de caso de uso 34
Figura 3.4. Diagrama de caso de uso com uso do relacionamento de inclusão e exclusão 35
iv
Lista de Abreviaturas
FT Transformada de Fourier
AS ActionScrip
PC Personal Computer
MAC Macintosh
v
SUMÁRIO
RESUMO i
ABSTRACT ii
Lista de Abreviaturas v
1. INTRODUÇÃO 13
1.2. CONTRIBUIÇÃO 14
2.1. CENÁRIO 16
2.2.1. MATLAB 17
2.2.2. SCILAB 21
2.2.3. OCTAVE 25
3. DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE 30
3.3. UML 32
4.1. CONTEXTO 38
4.2. CONCEITOS 38
4.3.2. Adição 42
5. DESCRIÇÃO DE RESULTADOS 45
5.2. AMBIENTE 45
5.3.1. FLASH 46
5.5. RESULTADOS 54
6.1. CONCLUSÕES 58
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 60
13
CAPITULO 1
INTRODUÇÃO
visualização e análise nas mais diversas áreas do conhecimento humano, obtendo, dessa forma,
necessários para a programação foram minimizados [2]. No entanto, algumas dessas ferramentas
O conceito de interface gráfica está relacionado com a forma de interação entre o usuário
e um programa por meio de uma tela ou representação gráfica, visual [3]. Uma interface gráfica
limitada é quando esta não oferece esses recursos visuais tão elaborados.
interface entre os programas de cálculos existentes que dispõem de uma interface gráfica limitada
para acesso, com um usuário que não precise ter conhecimentos específicos de programação.
14
1.2. CONTRIBUIÇÃO
sinais permitindo que este utilize sem precisar conhecer a fundo a sintaxe utilizada pelos mesmos.
Este trabalho tem como objetivo geral desenvolver uma metodologia baseada nos
conceitos de engenharia de software onde, por meio dessa, seja possível aplicar, de forma prática,
uma interface de interação ao usuário que não possua o domínio de uso dos programas de cálculo
linguagem UML;
Estudo de sinais;
15
organização do trabalho;
No capítulo 2 é feita uma revisão dos softwares existentes que são utilizados para cálculos
O capítulo 4 apresenta alguns conceitos relacionados à operações com sinais que serão
trabalho.
16
CAPITULO 2
Nesta seção serão apresentados aspectos do cenário dos softwares de cálculo utilizados
2.1. CENÁRIO
permitiram uma reformulação na forma em que o usuário tem acesso aos resultados de cálculos
avançados em engenharia. Nesse contexto, existem vários softwares que se destinam a simular,
apresentada, mas também são bastante utilizadas em empresas e indústrias. Alguns exemplos de
empresas que utilizam os softwares voltados para o cálculo numérico atualmente no Brasil são:
Como este trabalho propõe a elaboração de uma metodologia para a elaboração de uma
interface que permita a interação com esses softwares, torna-se necessário abordar as
softwares de cálculo. Portanto, nas próximas seções serão descritos alguns softwares comumente
2.2.1. MATLAB
cálculos numéricos com vetores e matrizes e que também trabalha com números escalares, tanto
da Computação da Universidade do Novo México, EUA e, desde a sua primeira versão, é tido
É uma linguagem de alto desempenho para cálculos técnicos e ao mesmo tempo uma
indica a pasta onde são salvos os arquivos gerados pelo programa (Current Directory), a janela
para exibir os comandos que já foram digitados pelo usuário (Command History), a janela onde
são digitados os comandos (Command Window), além da barra de ferramentas que segue o
padrão encontrado no ambiente do sistema operacional Windows. A organização dessa tela pode
Os comandos a serem executados devem está na aba Command Window, onde os dados e
instruções são digitados no prompt “>>” pelo usuário e, após a tecla Enter ser pressionada, o
projeto ou trabalho, utiliza-se o M-File Editor (Figura 2.3). Neste editor, cria-se um arquivo texto
recursos para cálculos mais avançados e específicos, além de ser a ferramenta mais conhecida do
O MATLAB é um software proprietário e como tal exige que sejam adquiridas licenças
para o seu uso. Como todo software proprietário, o MATLAB detém o conhecimento relativo ao
software. [5]
Uma desvantagem no uso MATLAB é que, ainda que seus códigos sejam escritos de
forma muito semelhante à forma escrita matematicamente, o usuário necessita saber quais
comando utilizar e a forma exata que eles são escritos, exigindo um estudo mínimo dessa
programação especial.
21
2.2.2. SCILAB
mantido pelo Consorcio Scilab desde maio de 2003, o Scilab é agora mantido e desenvolvido
pelo Scilab Enterprises desde Julho de 2012. Distribuído gratuitamente via Internet desde 1994, o
transferência entre outros. Atua nas áreas de cálculo de álgebra linear, otimização e
funções ou bibliotecas pelo usuário e interage com outras linguagens de programação como C ou
Fortran. [6]
Distribuído via Internet desde 1994 é um software livre com o código aberto. Embora seja
apresentado como um software CASCD, Computer Aided Control System Design - Projeto de
Sistemas de Controle Auxiliado por Computador, o Scilab pode ser usado para desenvolvimento
com diversas sub-janelas. Assim como no Command Window do MATLAB, o Scilab dispõe da
janela Console do Scilab para a digitação de comandos, dados e instruções. A Figura 2.5
2.6, onde são desenvolvidos blocos de códigos e podem ser salvos em várias extensões, inclusive
linguagem de fácil entendimento, pois sua linguagem assemelha-se a forma que as funções são
escritas matematicamente, assim como no MATLAB. É um software livre com o código de fonte
aberto. E seus binários estão disponíveis para diversas plataformas Unix e plataforma Windows
[8]. Também, de forma similar ao MATLAB e ainda com uma linguagem de fácil entendimento,
2.2.3. OCTAVE
O GNU OCTAVE é um software livre, baseado na licença GNU GPL (General Public
direitos do autor de forma a não permitir que essa informação seja usada de uma maneira que
limite as liberdades originais. O gerenciamento do projeto OCTAVE foi idealizado por John
engenharia e visualização gráfica. A parte gráfica do OCTAVE é feita pelo programa GNU Plot e
funciona como uma ferramenta auxiliar. O software apresenta sintaxe de programação similar às
linguagens de alto nível como o BASIC, o FORTRAN, o PASCAL, e o C, porém, sua utilização
Historicamente o OCTAVE foi concebido para servir de base para um livro texto de
graduação no projeto de um reator químico, escrito por dois pesquisadores americanos das
engenharia era o FORTRAN, porém foi constatado que os alunos tinham problemas com a
linguagem, pois gastavam demasiado tempo tentando descobrir o que havia dado errado no
código e não tinham tempo para aprender sobre o conteúdo da engenharia. [10]
Originalmente o OCTAVE foi implementado para o ambiente Linux. Todavia existe uma
versão para Windows, em que usa o programa cygwin para emular um “ambiente Linux”, onde o
OCTAVE é executado. A Figura 2.7 apresenta a tela do OCTAVE disponível para o usuário.
26
O OCTAVE originalmente não dispõe de interface gráfica. Ele deve ser executado no
de tarefas matemáticas de forma mais rápida e simplificadas de que seriam codificadas em outras
estabelecidos como cálculos com equações, matrizes, cálculos estatísticos e também a plotagem
O QtOctave realiza as mesmas funções que as disponíveis pelo OCTAVE, porém adiciona
a este software uma interface mais similar às encontradas nas outras ferramentas apresentadas.
Outra vantagem no uso do OCTAVE em conjunto ao QtOctave é que este, como já fora
mencionado, traz em seu escopo funções já definidas, possibilitando o usuário chegar aos
resultados desejados mas que inda necessite conhecer parte da sintaxe das funções.
aos resultados desejados e a plotagem de gráficos, sem que este necessite saber a sintaxe do
software de cálculo. O software que servirá será interfaceado será o software OCTAVE, visto que
este não possui uma interface gráfica nativa e tem sua distribuição gratuita.
Diferente do que apresentado pelo front-end QtOctave, que também disponibiliza cálculos
pré-formatados, na metodologia proposta aqui, o usuário poderá chegar aos resultados apenas
estabelecendo parâmetros por meio de seleção e não por digitação, o que de forma eficiente, evita
códigos.
29
cálculos que sejam de interesse do usuário. A transformada de Fourier também se apresenta como
linguagem nativa do Flash MX. Adicionalmente o OCTAVE já dispõe de uma versão que é
executada na plataforma Android, que possibilita o uso dessa proposta em outros ambientes.
30
CAPÍTULO 3
DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE
diagramas de caso de uso. Estes conceitos serão aplicados para a formatação da metodologia
software, o desenvolvimento dos programas era feito sem utilização de metodologias formais ou
qualquer documentação. Porém, com o crescimento dos custos de software (em relação aos de
necessárias para definir, desenvolver, testar e manter este software. As atividades típicas de um
sistema [12]. A Figura 3.1 apresenta um diagrama de blocos que ilustra o processo de
desenvolvimento de softwares.
necessidades do usuário e essas necessidades são denominadas requisitos. Constitui como a fase
mais importante, pois nela é visualizado todo o ambiente que deverá ser definido,
fracionados os componentes do sistema e são estudados como tais componentes interagem com o
32
objetivo de entender como esse sistema funciona. A partir desse estudo são levantados modelos e
usuário estão sendo atendidas pelo sistema. A verificação tem o objetivo de verificar se os
Seguida a esta fase, encontra-se a fase de projeto (ou design). Nesta fase, determina-se
como o sistema funcionará de acordo com os recursos tecnológicos existentes, as linguagens que
executável.
A última fase a ser executada é a fase de testes, levando em conta a especificação feita na
fase de projeto. O principal produto desta fase é a visualização dos resultados alcançados e
3.3. UML
gráficos definidos nesta linguagem podem-se construir diagramas que representam diversas
perspectivas de um sistema.
desenvolvimento. Isto é um fator importante na sua utilização, pois diferentes sistemas requerem
A linguagem UML sugere que um sistema pode ser descrito por visões diferentes e
interdependentes deste sistema. Neste trabalho será utilizada a visão de caso de uso. Esta visão
descreve o sistema de um ponto de vista externo como um conjunto de interações entre o sistema
documentos, que podem ser textuais ou gráficos. Esses elementos são definidos através da
Justifica-se a existência deste número de digramas, pois cada um deles apresenta um modelo de
O diagrama a ser utilizado por este projeto será o diagrama de Caso de Uso (DCU). Este
diagrama corresponde a uma visão externa do sistema e representa graficamente os atores, casos
O objetivo do uso deste diagrama é mostrar certo nível de abstração de forma que
A sintaxe usada para ilustrar os atores de um DCU é a figura de um boneco, como seu
nome definido em legenda, onde nem sempre esse ator é representado por um humano, como esta
notação leva a entender. A Figura 3.2 representa a simbologia de um ator no diagrama de caso de
uso.
34
ligando o ator ao caso de uso. Um ator poder ser ligado a um ou mais casos de uso, tal como
Funcionalidade do
sistema
Usuário
Figura 3.3. Representação da ligação entre o ator e uma funcionalidade no diagrama de caso de uso
quais são inseridos os casos de uso. Os atores são colocados do lado de fora do retângulo a fim de
em que um caso de uso X estende um caso de uso Y, é representado por uma seta direcionada de
Figura 3.4. Exemplo de diagrama de caso de uso com uso do relacionamento de inclusão e exclusão
O termo metodologia diz respeito aos fundamentos que embasam um estudo, além de
também representar conjunto de métodos (modos) que uma pesquisa utilizou para chegar a seus
resultados.
Este trabalho se dedicou a desenvolver uma metodologia para produção de uma interface
possibilidade do usuário, que não possui domínios da sintaxe utilizada pelo OCTAVE, conseguir
chegar a resultados de cálculos avançados. Nesta metodologia, o usuário não necessitará escrever
36
códigos linha-a-linha ou mesmo digitar valores para a execução dos cálculos, já que esta tem
Na análise de requisito deste sistema, avaliou-se que, para que sejam parametrizados
valores, são necessários que sejam selecionados valores disponíveis apenas com o uso de um
clique. Mediante a seleção desses valores, o usuário define que tipo de cálculo é do seu interesse.
A partir disso, foi compreendida a forma que esses parâmetros devem interagir. Pelo
método proposto existirá um mapeamento entre o que o usuário deseja fazer, em termos de
O script gerado pela interface é baseado na sintaxe nativa do OCTAVE. Na próxima fase,
o usuário deverá abrir o OCTAVE, com atalho disponível na própria interface, e chamar via
Na fase de projeto foi feita a pesquisa das linguagens e softwares que se adequariam no
funcionalidades foram inseridas à metodologia para que chegasse com eficácia aos resultados
esperados.
foram definidos como o usuário e o OCTAVE, pois são estes que interagem, de acordo com a
feita pelo usuário e a exibição de gráficos e plotagem de gráficos, feita pelo OCTAVE. Note que
o objetivo da interface é fazer com que o usuário consiga atingir o seu objetivo final, sem
esse script. Dessa forma o diagrama de caso de uso no processo de desenvolvimento desse
CAPÍTULO 4
ESTUDO DE CASO
Este capítulo propõe-se a entender alguns conceitos que foram utilizados na aplicação
teste da metodologia proposta por este trabalho. Como no exemplo de aplicação da metodologia
será usada a geração e operação com sinais, e como consequência, uma abordagem desses
conceitos se faz necessária. As definições de sinais serão tratadas de forma geral e direta.
4.1. CONTEXTO
alguns cálculos avançados utilizados na engenharia servirão como base. Nesta metodologia serão
utilizados os conceitos de sinal, operações com sinais e a indicação de alguns parâmetros, bem
4.2. CONCEITOS
O termo sinal é aplicado a algo que carrega informação. Sinais podem, por exemplo,
ser representados de várias formas, em todo o caso, a informação está contida em um padrão de
Matematicamente, todo o sinal pode ser representado como uma função em um domínio
dito periódico com período T se existir um valor positivo de T diferente de zero para o qual
( ) ( ), para todo t
Um exemplo de tal sinal é dado na Figura 4.1. Da equação anterior, extrai-se que
( ) ( )
Qualquer sinal de tempo contínuo que não é periódico é considerado não periódico (ou
se suas subpartes não se repetem fielmente de tempo em tempo. Neste caso, não há qualquer tipo
de restrição quanto a repetição dos períodos dos sinais [17]. A Figura 4.2 apresenta esta ideia.
sobre o qual existe certo grau de incerteza associado aos valores em qualquer instante do tempo.
Os valores futuros do sinal não são previsíveis, mesmo observando valores passados.
Um sinal determinístico é aquele sobre o qual não há incertezas em seus valores [16]. Em
quase todos os casos, uma expressão matemática pode ser escrita para tal sinal. Um seno pode ser
operações feitas com sinais, como mudança da escala de amplitude e adição de sinais, neste
( ) ( ) (4.1)
4.3.2. Adição
( ) ( ) ( ) (4.2)
43
Graficamente, o valor médio pode ser representado como área sob a curva, no intervalo T,
dividido pelo período T. O período T é o intervalo de tempo de repetição da onda periódica sendo
∫ ( ) (4.3)
Embora a média seja útil, ela não transmite toda a informação necessária acerca de um
sinal. A variabilidade ou dispersão nos dados pode ser descrita pela variância ou o desvio-padrão.
quanto de variação houve em relação a média. O valor mínimo do desvio padrão é 0 indicando
que não há variabilidade, ou seja, que todos os valores são iguais à média.
Desta forma
∫ ( ) ( ) (4.5)
Então para uma variável X com média , é conhecido como variância de X, e sua raiz
do sinal, que mostra quais frequências existem no sinal que está sendo analisado. A transformada
de Fourier é uma ferramenta matemática que provê a transformação de uma função (sinal) do
domínio do tempo para o domínio da frequência [18], desenvolvida pelo matemático Joseph
Fourier em 1807.
( ) ∫ ( ) (4.6)
Ou de forma inversa
( ) ∫ ( ) (4.7)
de Fourier de ( ), uma vez que converte o sinal de domínio de tempo em sua representação de
domínio de frequência.
45
CAPÍTULO 5
DESCRIÇÃO DE RESULTADOS
o uso do software OCTAVE, fazendo com que o usuário não necessite ter conhecimento
aprofundado sobre a forma de como programar. A interface foi composta de componentes, como
informações do sinal como média, desvio padrão, valor máximo e valor mínimo e exibe os
5.2. AMBIENTE
O OCTAVE, como foi mostrado anteriormente, foi desenvolvido para rodar em Linux,
porém já existe uma versão que roda no ambiente Windows, de forma a emular o ambiente
Linux. Como o sistema operacional Windows é o mais recorrente em termos de uso nos
computadores em geral, a sua versão Windows 7 Home Premium foi utilizada como base de
teste, porém também obteve-se resultados satisfatórios na versão anterior Windows XP.
46
5.3.1. FLASH
maior objetivo no uso de gráficos vetoriais é que estes permitem realizar animações que
demoram pouco tempo para ser carregadas. Além da plataforma Web, que é a mais usual, é
A linguagem utilizada em Flash é o ActionScript (AS). Esta linguagem pode ser utilizada
para criar aplicações das mais diversas ou criar efeitos visuais através dos códigos de
programação com funções básicas, controle das posições das cabeças de leitura da linha do
tempo, carregamento de outras animações (swfs externos), loops e condicionais. As versões mais
Algumas das vantagens, no uso do Flash é o fato de ser multiplataforma, pois o mesmo
permite a elaboração mais criativa e dinâmica do design, sendo possível fugir do padrão já
Arquivos flash podem ser tanto visualizados em um navegador Web com suporte a Flash
de Sinais v 2.13” e a forma que ela se enquadra na metodologia especificada pelos conceitos de
Na tela inicial (Figura 5.2) é disposto botão de acesso à interface, onde não é preciso,
A tela seguinte é a tela principal da interface (Figura 5.3). Um dos requisitos iniciais
parâmetros. Essa funcionalidade é realizada pelo usuário, através dos comboboxes dispostos na
parte superior da tela. Abaixo e à direita são colocados os itens de escolha para os cálculos.
49
No exemplo descrito na Figura 5.3 foi definido a soma de dois senos com amplitudes 2 e
Lembrando que serão mapeados nesse script os valores inseridos pelo usuário e os cálculos de
interesse. A geração do script pode ser executada por meio do botão “Gerar Script”, como na
Figura 5.4.
O script gerado pela interface é baseado na sintaxe do OCTAVE, visto que será esse
mesmo script que será rodado para a exibição dos resultados. (Figura 5.6)
51
Soma de senos.
Transformada de Fourier
Propriedades Estatísticas
entanto foi necessária a inclusão de outros passos para que esse objetivo fosse alcançado. Assim,
o próximo passo será salvar o script num arquivo de extensão “.m”. Este passo é subdividido em
outras ações - comuns aos usuários de computador – que é copiar o script exibido na caixa de
texto e colar e salvar o script num novo arquivo. É disponibilizado no pacote do OCTAVE, o
este software pode ser feito pelo ativação do botão “Notepad++” (Figura 5.7)
Ainda detalhando o passo anterior, o usuário salva o script num novo arquivo. O nome
“nome_do_arquivo” será agora um bloco de comandos que ao ser chamado pelo OCTAVE,
Assim, o próximo passo é abrir o OCTAVE e digitar o nome do arquivo. Por exemplo, se
o arquivo salvo foi denominado de “Teste1.m”, o texto a ser digitado na linha de código do
5.5. RESULTADOS
Como mencionado anteriormente, o teste da interface foi feito com a soma de dois sinais
propriedades estatísticas ficam exibidas na própria tela do OCTAVE. Na Figura 5.10, estão
Os resultados gráficos são exibidos pelo GNU Plot. O primeiro gráfico é o gráfico
5.12)
evidente as frequências de 40Hz e 100Hz que foram estabelecidas no início. (Figura 5.13)
57
para representar a soma de sinais e encontrar alguns resultados que os caracterizam. Quando são
inseridos os parâmetros, é acessado um banco de dados onde são mapeados os desejos do usuário
script.
Ao gerar o script, a interface mapeia os cálculos que serão feitos. Este mapeamento é
transparente ao usuário, pois interage sem que este precise digitar linha-a-linha os comando ou
CAPÍTULO 6
6.1. CONCLUSÕES
engenharia, tudo com uma interface prática, de fácil operação e entendimento. A interface
No que diz respeito à ferramenta de cálculo utilizada, pode ser dizer que em termos de
praticidade, a plataforma do OCTAVE apresentou vantagens diante das outras ferramentas, por
ser uso livre e a interface apresentada traz uma nova proposta de uso. A respeito do software
Flash MX, apesar de sua licença ser temporária, a criação de aplicativos, independe desta licença,
Apesar dos testes serem realizados com quantidades limitadas de combinações para
geração de sinais, é possível num próximo passo a inserção de outros valores, por meio de caixa
de texto, além de agregar outros sinais, no escopo da interface. Ainda assim, obteve-se precisão
nos resultados apresentados pelo OCTAVE o que demonstra a possível inserção na interface de
muitos trabalhos relacionados, Assim, seguem algumas sugestões de trabalhos que poderão ser
futuramente desenvolvidos:
móveis, pois já existe uma versão do OCTAVE para a plataforma iOS (Apple) e
plataforma Android.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[7] P. S. d. M. Pires, Introdução ao Scilab versão 3.0, Natal: Universidade Federal do Rio
Grande do Norte, 2001.
[9] Paulo Roberto Paraíso; Wagner André dos Santos Conceição; Mônica Ronobo Coutinho;
Cid Marcos G. Andrade; Luiz Mário M. Jorge, “Utilização do Software Livre Octave em
fenômenos de transportes,” em COBENGE, Fortaleza, 2010.
[12] E. Bezerra, Princípios de Análise e Projeto de Sistemas com UML, Rio de Janeiro:
61
Elsevier, 2003.
[13] G. Booch, I. Jacobson e J. Rumbaugh, The Complete UML Training Course, Prentice
Hall, 2000.
[14] Alan V. Oppenheim; Ronald W. Schafer, Discrete-Time Signal Processing, Upper Saddle
River: Pearson, 2010.
[18] H. P. Hsu, Schaum's Outline of Theory and Problems of Signals and Systems, Michigan:
Mc-Graw-Hill Companies, Inc., 1995.
[19] D. Sahlin, ActionScript for Designers - The non programmer's guid to maximum flash,
New York: Wiley Publishing, inc., 2002.