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Agradeço aos irmãos William Carvalho, Leandro Hüttl Dias e Augustus

Nicodemus, que contribuíram de forma direta ou indireta para a construção de

cada um desses argumentos. Aqui estão postos os argumentos desses três

irmãos junto a argumentos meus.

Tempos difíceis são os que vivemos, onde a Bíblia tem sido posta abaixo

da cultura e da ideologia mundana. O pastorado feminino é um exemplo disso,

pois, além de deturpar os textos bíblico, acrescenta pontos influenciados pela

cultura anti-Deus, alterando a ordem perfeita criada por Deus. Neste pequeno

livreto, pretendo trazer quatro argumentos mais do que suficientes para derrubar

esse castelo de cartas que é o ministério pastoral feminino.

Antes de mais nada, gostaria de destacar que não existe ministério pastoral

masculino e ministério pastoral feminino. Existe, à luz das Escrituras, ministério

pastoral e suas especificações e condições. “Mas isso não é machismo? ” Não!

É Bíblia. Dizer que Jesus encarnou como um ser humano do sexo masculino

seria então machismo também? Deus teria que enviar um Redentor e uma

“redentora” para apaziguar os reclames feministas (que já contaminou muitos

homens)?

Mulheres também têm ministérios, é claro! Mas os que são bíblicos, assim

como para os homens. Para alguns ministérios não há especificação de papéis

separados, mas outros sim, também em função do reflexo da família, e o

exemplo para ela, como é o caso do ministério pastoral. Vamos aos argumentos.
“Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem

fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. ” (Gálatas 3:28).

Os defensores do pastorado feminino costumam usar esse texto para

embasar a ideia de que Deus chama homens e mulheres para o ministério

pastoral. Mas existe um problema: esse texto não fala sobre ministério pastoral.

Paulo, o autor desse texto, inspirado pelo Espírito Santo, estava abordando

outro assunto: a salvação.

“Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus. ” (Gálatas 3:26).

Em nenhum momento temos a citação de algo relacionado ao ministério

pastoral. Portanto, usar esse texto para defender o ministério pastoral feminino

é fazer algo que já faziam na época do apóstolo Pedro:

“Falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos

difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem, e igualmente as

outras Escrituras, para sua própria perdição. “ (2 Pedro 3:16).

Precisamos lembrar que um dos maiores exemplos de distorções bíblicas

é o próprio diabo, quando estava no deserto tentando Jesus.

Esse foi o primeiro argumento, bem direto e rápido, sem uma exegese

profunda ou algo do tipo. Entretanto, já é suficiente para mostrar a péssima

interpretação e contextualização daqueles que defendem o ministério pastoral

feminino.
PERGUNTA

- Então mulher não pode pastorear?

Biblicamente falando, não. Não há nenhuma ordenança onde haja sequer a

permissão para que a mulher pastoreie! Além disso, há ordenanças específicas

para quem deve pastorear. Temos Tito e Timóteo, as chamadas “cartas

pastorais”, onde há riqueza em detalhes disso. Mais para frente trataremos com

mais detalhes sobre esses textos.

Paulo ensina a Timóteo que para uma pessoa ser pastor de uma igreja, é

necessário preencher no mínimo esses 2 requisitos:

PRIMEIRO REQUISITO:

“Que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda

a modéstia (Porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá

cuidado da igreja de Deus? );” (1 Timóteo 3:4,5).

Uma “pastora” NÃO pode cumprir esse requisito, uma vez que o chamado para

governar o lar foi dado ao HOMEM e não a mulher.

“Mas quero que saibais que Cristo é a cabeça de todo o homem, e o homem a

cabeça da mulher; e Deus a cabeça de Cristo.” (1 Coríntios 11:3)

SEGUNDO REQUISITO:

“É necessário, pois, que o bispo seja irrepreensível, MARIDO DE UMA MULHER,

vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar” (1 Timóteo 3:2).

Não existe “pastorA”, a menos que se prove que Deus apoia que a mulher

seja “marido” de outra mulher. Nenhum papel de autoridade sobre os homens,


seja na igreja ou no matrimônio, é permitido às mulheres na Bíblia. Esse papel

foi designado aos homens – o esposo. A bíblia não menciona “bispas”, “pastoras”

ou “presbíteras”, nem mesmo “sacerdotisas”. Isso não significa que a mulher é

inferior, como afirmam alguns filhos e filhas do diabo. Deus apenas instituiu

funções diferentes, “cada um no seu quadrado”.

PERGUNTAS:

- E se for uma viúva com filhos? Não seria ela a governar a casa?

Nesse caso, ela suprirá a falta do marido, não por opção, mas por

necessidade. O ponto é que dentro da instituição “família”, Deus designou

funções específicas para o homem e para a mulher. É certo que muitas mulheres

são ótimas em governar suas casas nesses casos, e que fazem até melhor do

que muitos homens, entretanto, essa não é a regra, mas a exceção, e bem

sabemos que a Bíblia é a regra de fé e de prática da vida do cristão. Devemos

ser guiados pela regra, não pela exceção.

- Podemos assumir cargos de liderança de jovens, por exemplo?

Sem problema algum. A função da mulher na igreja, segundo a Bíblia, é

instruir as mulheres mais novas (ou imaturas, neófitas), bem como os jovens,

incluindo adolescentes e crianças (veja Tito 2:4-6). Esse texto está dentro do

contexto em que Paulo instrui Tito acerca do ministério pastora.


“Estando ele ainda falando com eles, veio Raquel com as ovelhas de seu pai;

porque ela era pastora. ” (Gênesis 29:9).

Os defensores do pastorado feminino costumam sempre apelar para esse

versículo. Quando não é o primeiro argumento, é o último, na tentativa de dar “a

cartada final” e dizer: “olha só, Raquel é a prova viva de que pastorado feminino

é bíblico! ” Entretanto, sabemos que Raquel não era pastora de Israel, mas “das

ovelhas de seu pai”, ovelhas:

Embora no Novo Testamento os crentes sejam chamados de ovelhas, não

há ligação alguma entre o ministério pastoral do Novo Testamento com a

profissão de pastor(a) do Antigo. Por exemplo, Davi também era pastor de

ovelhas, porém só passou a ter autoridade sobre o povo quando foi ordenado a

rei.

O ministério pastoral, existente na Nova Aliança, confere ao pastor a

autoridade de cuidar das ovelhas de Cristo. Entretanto, Raquel não obteve

autoridade alguma. Na verdade, não há sequer um relato bíblico onde Raquel é

vista como autoridade em meio ao povo, assim como Davi enquanto pastor de

ovelhas. Reis e sacerdotes possuíam autoridade conferida por Deus, enquanto

pastorear ovelhas (no Antigo Testamento) nada mais era do que uma profissão.

Como Raquel exercia seu pastorado, biblicamente falando: Na época da

antiga aliança, ter riquezas significava ter muitos animais e terras. Por essa razão

era comum o pastoreio de ovelhas. Era através dessa função que vinha o

alimento de muitas famílias. Embora exista a simbologia entre a ovelha (animal)

e o cristão, o contexto do texto em questão mostra que Raquel cuidava dos

animais do seu pai, e não “da congregação” do seu pai.


Posto isso, fica claro que aqueles que usam desse texto (e também de

outros), distorcem o que a Bíblia ensina. São falsos profetas e falsas “profetisas”.

Esse pequeno argumento já é suficiente para mostrar que o ministério pastoral

feminino é insustentável pela Bíblia. Não há amparo nenhum!“

Deus também rejeita os escolhidos”, disse uma “pastora” por aí. Disse

Jesus: “Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira

nenhuma o lançarei fora. ” (João 6:37). Minha conclusão diante disso? Faço coro

com o apóstolo Paulo:

“Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho

além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. “ (Gálatas 1:8)

O próximo argumento é, assim como os outros, uma mulher de Deus do

Antigo Testamento. Débora, mulher profetisa, é juíza sobre Israel, muito citada

pelos defensores do pastorado feminino para embasar a ideia de que ela era

alguém que exercia um ofício que se equipara ao ministério pastoral. Quanto a

isso, vamos a dois pontos:

O fato da Bíblia mencionar em histórias a maneira como Deus usou

algumas pessoas em épocas específicas para propósitos específicos não faz

disso uma norma para a igreja, no contexto de nova aliança. Existe na Bíblia dois

tipos de textos:

Narrativo: por exemplo, “E Davi saltava com todas as suas forças diante do

Senhor; e estava Davi cingido de um éfode de linho. “ (2 Samuel 6:14).

Normativo: “Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal,

preferindo-vos em honra uns aos outros. ” (Romanos 12:10).


O texto narrativo conta uma história, enquanto o texto normativo é uma

ordem dada para que o povo de Deus cumpra! No caso de Débora, temos uma

narrativa sobre uma mulher que exercia uma profissão muito importante em

Israel, mas que, assim como o exemplo de Davi dançando, não deve ser imposto

sobre a Nova Aliança.

O fato de que Deus transmitiu sua mensagem através de uma mulher, não

faz dela um oficial da Igreja. Estamos falando sobre uma narração, não sobre

uma norma. Até porque, há outros requisitos no Novo Testamento para o

ministério pastoral conforme explicado no argumento 2.

No caso de Débora, vemos que ela foi juíza em Israel num tempo em que

não existiam reais e nem mesmo o sacerdócio funcionava.

“Naqueles dias não havia rei em Israel; porém cada um fazia o que parecia reto

aos seus olhos. “ (Juízes 21:25).

Não há nenhum relato de sacerdotisas “ordenadas” em Israel, portanto,

Débora não serve como base para defender o ministério pastoral feminino.

Concluímos, então, duas coisas:

1. O texto que mostra Débora como juíza e profecia é uma narração. Portanto,

não deve ser aplicado (de maneira nenhuma) como base na Nova Aliança.

2. Ainda assim, Débora não exercia autoridade sobre o povo como um rei ou

um sacerdote.
CONCLUSÃO

Os argumentos aqui expostos têm como intuito mostrar como o pastorado

feminino é uma afronta ao Deus Santo. Assim, se a Bíblia é a nossa regra de

prática, rejeitamos o pastorado feminino.

O pastorado feminino é um dos pecados cometidos não só por pastoras,

mas por todos os que são coniventes com essa atitude de rebeldia. É ir contra a

ordem estabelecida por Deus para reger sua igreja.

Cremos que o pastorado feminino não tem amparo bíblico algum, além de

desonrar Cristo e a igreja, faz de Deus um ser bipolar, que hora chama apenas

homem ao ministério, mas que de vez em quando abre brechas para mulheres.

Não é esse o Deus das Escrituras. Ele é imutável, e em seus planos nunca

estabeleceu o “pastorado feminino”.

Que Deus nos dê ânimo, disposição, ousadia e coragem para denunciar os

males da igreja moderna, principalmente o “pastorado feminino”.

SOLI DEO GLÓRIA!

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