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Minhas anotações.

Interpretar uma lei não é o mesmo que interpretar um texto de jornal, de revista ou um
romance. O ideal seria que a estrutura da lei fosse algo intuitivo, que não dependesse de
qualquer conhecimento prévio. Afinal, a lei se aplica a todos e deve ser conhecida por todos,
não é verdade? Inclusive, a princípio, ninguém pode alegar que desconhece a lei como
desculpa para não a cumprir.

A realidade, entretanto, não costuma ser esta, seja por conta da quantidade de leis; pela
complexidade dos temas tratados nelas; pela necessidade de que elas se relacionem umas
com as outras de uma forma sistemática; pela baixa qualidade de determinados textos legais
elaborados por nossos legisladores; ou pelos vícios de linguagem dos advogados e juízes. O
fato é que mesmo os juristas – que são as pessoas que dedicam a vida à interpretação das leis
– não chegam a um consenso quanto a alguns dos aspectos mais importantes desse processo
de interpretação.

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