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SUMÁRIO

1. RESUMO .................................................................................................................. 2

2. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 2

3. EQUIPAMENTOS (MATERIAIS) .......................................................................... 4

4. METODOLOGIA ..................................................................................................... 5

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................................ 6

5.1. CURVA GRANULOMÉTRICA. ...................................................................... 6

5.2. CÁLCULO DOS PARÂMETROS DE CURVAS GRANULOMÉTRICAS DE


SOLOS GRANULARES .............................................................................................. 7

6. CONCLUSÃO .......................................................................................................... 8

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 9


1. RESUMO

O ensaio de granulometria é realizado para a determinação das dimensões das


partículas e das proporções relativas em que elas se encontram, podendo ser representada
graficamente por uma CURVA GRANULOMETRICA, que através dela, pode-se
classificar o solo escolhido pelo grupo, obtendo também os cálculos dos coeficientes, que
nos proporciona uma classificação mais especifica do solo em questão.

2. INTRODUÇÃO

De acordo com Ortigão (1995) os solos originam-se da deterioração das rochas


através do processo denominado intemperismo, que ocorre devido a agentes químicos e
mecânicos (físicos), onde o primeiro é proveniente de processos químicos que alteram,
solubilizam e depositam minerais das rochas, transformando-os em solo e o segundo é
decorrente da ação desagregadora de transporte de água e vento, bem como variações de
temperatura. O tipo de clima predominante em cada região é a principal influência das
características de cada solo, tendo em vista que o intemperismo é muito mais atuante em
climas quentes e úmidos como é o caso do Brasil.
A primeira característica que diferencia e identifica os solos é o tamanho dos
grãos, uma vez que possuem partículas de diferentes tamanhos. De acordo com Pinto
(2000) numa primeira aproximação, é possível identificar a olho nu grãos com uma
granulometria maior, como pedregulho ou areia, porém existem outros grãos tão finos
que, quando molhados, tem comportamento liquido ou ainda plástico, e dessa maneira
dificulta a visualização das partículas individualmente.
Denominações específicas são empregadas para as diversas faixas de tamanho de
grãos; seus limites variam conforme os sistemas de classificação, de acordo com a Tabela
abaixo, sendo que o conjunto de silte e argila são denominados como fração de finos,
enquanto o conjunto de areia e pedregulho são denominados fração grosseira do solo.
Tabela 1 – Limite das frações de solo pelo tamanho dos grãos.

Os solos grosseiros são submetidos a analise granulométrica segundo a


ABNT/NBR 7181, sendo esses de diâmetro maior que 0,075mm obtido pelo processo de
peneiramento de uma amostra de solo, já os solos muito finos, com granulometria inferior
a 0,075 mm, são tratados de forma diferenciada através do ensaio de sedimentação.

A análise da distribuição das dimensões dos grãos, denominada análise


granulométrica, objetiva determinar uma curva granulométrica, onde através desta será
possível identificar o coeficiente de uniformidade e de curvatura do solo, bem como
conhecer a distribuição dos grãos do solo. Quanto mais achatada for à curva do solo,
significa que ele é bem graduado, ou seja os tamanhos dos grãos são bem distribuídos, e
quanto mais íngreme classificamos como um solo uniforme, mal graduado onde existe
alta proporção entre o tamanho das partículas. Conforme exemplo abaixo, o solo
correspondente à curva A, é classificado como bem graduado, o solo referente à curva B
como um solo de granulometria aberta (descontínua), onde há partículas de tamanho
grande e pequeno, porém com uma proporção pequena de partículas intermediarias, e o
solo referente a curva C é classificado como mal graduado, ou seja, uniforme.
Figura 01 – Exemplo de Curva Granulométrica.

É possível observar no exemplo acima que o eixo das abscissas corresponde à abertura
de malha, em escala logarítmica, e as ordenadas, à percentagem do material que passa. E
dessa forma é possível encontrar os coeficientes citados no parágrafo anterior através das
seguintes formulas e analises no gráfico.

 Coeficiente de Uniformidade:
𝐷60
𝐶𝑢 = (1)
𝐷10

𝐷60 = Diâmetro em que 60% do solo passa.


𝐷10 = Diâmetro em que 10% do solo passa.
 Coeficiente de Curvatura:
𝐷30 ²
𝐶𝑐 = (2)
𝐷60 ∗𝐷10

𝐷30 = Diâmetro em que 30% do solo passa.

3. EQUIPAMENTOS (MATERIAIS)

 Balança;
 Almofariz e mão de gral;
 Recipientes para pesagem;
 Estufa;
 Jogo de peneiras:
o Peneiramento grosso: 4,76 mm (nº 4)/ 2,38 mm (nº 8) / 2,00 mm (nº 10).
o Peneiramento fino: 1,19 mm (nº 16) / 0,59 mm (nº 30) / 0,42 mm (nº 40) /
0,297 mm (nº 50) / 0,149 mm (nº 100) / 0,075 mm (nº 200).
 Agitador de peneiras.

4. METODOLOGIA

 Secar uma determinada quantidade de solo em estufa, desmanchar os torrões e,


em seguida, homogeneizar o material cuidadosamente.
 Pesar 500 g da amostra de solo seco em estufa e passar o material pela peneira nº
10 (2,00mm), manualmente, por aproximadamente 3 minutos. Deve-se tomar o
cuidado de desmanchar os possíveis torrões que ainda possam existir no solo, de
modo a assegurar que fiquem retidos na nº 10 apenas os grãos maiores que a
abertura da malha.
 O material retido na nº 10 (2,00mm) é utilizado no peneiramento grosso do solo.
 O material que passa na nº 10, é utilizado no peneiramento fino.

Peneiramento grosso: As peneiras de aberturas maiores e igual a nº 10 são colocadas


umas sobre as outras com as aberturas das malhas crescendo de baixo para cima. Embaixo
da peneira de menor abertura (nº 10) será colocado o prato que recolherá os grãos que por
ela passarão. Em cima da peneira de maior abertura será colocada a tampa para que se
evite a perda de partículas no início do processo de vibração. O conjunto de peneiras
assim montado poderá ser agitado manualmente ou conduzido a um peneirador capaz de
produzir um movimento horizontal e um vertical às peneiras, simultaneamente.
 Pesar a fração de solo retida em cada peneira, até chegar à nº 10 (2,00mm).
Peneiramento fino: Juntar e empilhar as peneiras de aberturas compreendidas entre as
peneiras nº 10 (2,00mm) e nº 200 (0,075mm), com as aberturas das malhas crescendo de
baixo para cima. Colocar o material no conjunto de peneiras e agitar o conjunto mecânica
ou manualmente.
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Com posse dos resultados do experimento, construímos a tabela abaixo:

MASSA
PENEIRA ABERTURA RETIDA ACUMULADA PASSANTE
RETIDA
# (mm) (%) (%) (%)
(g)
4 4,76 0,0 0,0 0 100
8 2,38 0,0 0,0 0 100
10 2,00 0,9 0,2 0,2 99,8
16 1,19 10,9 2,4 2,6 97,4
30 0,59 126,5 27,8 30,4 69,6
40 0,42 55,5 12,2 42,6 57,4
50 0,297 29,7 6,5 49,1 50,9
100 0,149 180,0 39,6 88,7 11,3
200 0,075 51,6 11,3 100 0
FUNDO - 42,5
TOTAL 455,10 100
TABELA 1: Resultados obtidos após a realização do peneiramento e pesagem.

Para elaborar a Tabela foi necessário a determinação das porcentagens de massa


retida, retida acumulada e passante em cada peneira da série estabelecida.
 % Retida: é a relação entre a porcentagem retida na peneira dividido pelo total
da amostra e o resultado multiplicado por cem (100)
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑟𝑒𝑡𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑎 𝑝𝑒𝑛𝑒𝑖𝑟𝑎 (𝑔)
% Retida = .100
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 (𝑔)

 % Acumulada: é a somatória da porcentagem retida na peneira anterior somada


à posterior. Ex: % retida 4 + % retida 8= %acumulada na 8
 Total de Massa Retida : foi obtido através da somatória da massa retida na
peneira 4 até a peneira 200. Não consideramos o Fundo.

5.1. CURVA GRANULOMÉTRICA.


Com o auxílio do software EXCEL® foi possível construir a curva granulométrica
do solo utilizando os dados da tabela (tabela de granulometria), conforme se vê abaixo:

Curva Granulométrica
100
90
80
70
% PASSA

60
50
40
30
20
10
0
0.01 0.1 1 10
ABERTURA PENEIRA (mm)

Referenciar esta curva, tabela sei lá

5.2.CÁLCULO DOS PARÂMETROS DE CURVAS GRANULOMÉTRICAS


DE SOLOS GRANULARES

1-Cálculos dos D10, D30 e D60

D10 = diâmetro tal que o peso correspondente às partículas menores que este é 10% do
peso total da amostra (retém 90%)
Da tabela 1 verificamos que esta porcentagem, que se enquadra no D10, se encontra
entre os diametros de 0,149 e 0,075 e, portanto, faremos a interpolação para
descobrirmos seu valor.
10 --------- (X – 0,075)
11,3 ------- (0,149 – 0,075) >>>>>> X = 0,140 >>>>>>> D10 = 0,140 mm

D60 = diâmetro tal que o peso correspondente às partículas menores que este é 60% do
peso total da amostra (retém 40%)
Da tabela 1 verificamos que esta porcentagem, que se enquadra no D60, se encontra
entre os diâmetros de 0,42 a 0,59 e, portanto, faremos a interpolação para descobrirmos
seu valor.
(60 – 57,4) ------------ (X – 0,42)
(69,6 – 57,4)---------- (0,59 – 0,42) >>>>>> X = 0,47 >>>>> D60 = 0,47 mm
D30 = diâmetro tal que o peso correspondente às partículas menores que este é 30% do
peso total da amostra (retém 70%)
Da tabela 1 verificamos que esta porcentagem, que se enquadra no D30, se encontra
entre os diâmetros de 0,149 a 0,297 e, portanto, faremos a interpolação para
descobrirmos seu valor.

(30 – 11,3) ------------- (X – 0,149)


(50,9 -11,3) ------------ (0,297 – 0,149) >>>>>>>> X = 0,219 >>>>> D30 = 0,219 mm

- CÁLCULO DO COEFICIENTE DE UNIFORMIDADE (Cu)

𝐷60 0,47
𝐶𝑢 = >>> 𝐶𝑢 = = 3,36
𝐷10 0,140

- CÁLCULO DO COEFICIENTE DE CURVATURA. ( Cc)

(𝐷30 )2 0,2192
𝐶𝑐 = >>> 𝐶𝑐 = = 0,73
𝐷10 .𝐷60 0,47 .0,140
ADICIONAR A DISCUSSÃO
6. CONCLUSÃO

Com o presente relatório, pôde-se concluir que o material coletado e ensaiado


trata-se de um solo granular mal distribuído. Tal inferência pôde ser realizada graças aos
cálculos dos coeficientes de uniformidade (𝐶𝑢 ) e de curvatura (𝐶𝑐 ).

Por meio da análise da curva granulométrica do mesmo solo, foi possível observar
a veracidade que os cálculos dos coeficientes trouxeram. Observa-se uma curva com
grande tendência vertical, caracterizando um solo mal distribuído. Ainda observando a
curva, pode-se averiguar uma leve descontinuidade, o que evidencia a falta de grãos em
uma determinada faixa de diâmetro, que no caso seria de 0,5 mm.

Os erros experimentais contidos no ensaio podem ser desconsiderados, visto que


o teste se trata do peneiramento que é um tipo de experimento realizado com solos
granulares (grossos) e os erros experimentais principalmente se deve a perda de material
(finos) ao manusear as peneiras e etc, portanto não influenciando de forma efetiva na
formação da curva granulométrica e seus coeficientes.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ORTIGÃO, J. A. Ramalho (J. Alberto Ramalho). Introdução a mecânica dos solos dos
estados críticos. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC Ed., c1995. 378p.

PINTO, Carlos de Sousa. Curso básico de mecânica dos solos em 16 aulas. São Paulo:
Oficina de Textos, 2000. 247p.

CAPUTO, Homero Pinto. Mecânica dos solos e suas aplicações exercícios e problemas
resolvidos, v.3. 7. Rio de Janeiro LTC 2015.
NOGUEIRA, João Baptista. Mecânica dos solos: ensaio de laboratório. São Carlos:
Escola de Engenharia de São Carlos, 1978. 86p

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