Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Trabalho
Introdução
A precipitação extrema é compreendida como a quantidade (mm) máxima de
chuva ocorrida em um determinado período de tempo, e de acordo com sua intensidade,
duração e frequência pode impactar diretamente sobre diferentes ramos da sociedade,
como agropecuária, a qual está sujeita a estragos em plantações e mortes de animais
devido alagamentos, na engenharia hídrica, em que a ocorrência de chuvas extremas pode
causar rompimento de barragens e alagamentos, além do impacto direto na economia.
Devido estes fatores, o estudo e a compreensão desta variável climatológica, faz-se de
grande importância.
A inferência Bayesiana torna-se um bom método de estimação pois segundo [?], por
meio da mesma, pode-se acrescentar informações a Priori, o que otimiza o processo de in-
ferência. Perante estas considerações, este trabalho possui o objetivo de analisar a precipi-
tação máxima da cidade paranaense de Castro, utilizando para tal a inferência Bayesiana.
Metodologia
O município de Castro, que possuí área de 2526,147 km2 , localiza-se a leste do estado
do Paraná, com coordenadas latitudinais de 24o 47’ 28” S e longitudinais de 50o 00’ 43”
W, a 999 metros de altitude em relação ao nível do mar. De acordo com a Classificação
Climática de Köppen se enquadra no clima Cfb, isto é, clima temperado com verão ameno.
Tem a agricultura como forte atividade econômica, a qual gera 3060 empregos, IPARDES
(2019).
1
Foram analisados dados de precipitação pluvial diária, dado pela altura de lâmina
d’água (mm) da cidade de Castro-PR, referente aos anos de 1961 a 2018, obtidos a partir
do Banco de Dados Meteorológicos para Ensino e Pesquisa (BDMEP) do Instituto Na-
cional de Meteorologia (INMET). Os dados de precipitação foram agrupados em séries
trimestrais, sendo Tri1, dezembro, janeiro e fevereiro, Tri2, março, abril e maio, Tri3,
junho, julho e agosto e por último Tri4 composto pelos meses de setembro, outubro e
novembro. Destas séries, foram extraídas a precipitação máxima ocorrida para cada tri-
mestre dos anos de 1961 a 2018, desta forma gerando quatro séries de máximos. Em
seguida, dividiu se as séries em dois blocos, o primeiro, com dados de 1961 a 2008, para
realizar o ajuste dos modelos, e o segundo, com dados de 2009 a 2018 para verificar a
acurácia e erro relativo de predição e a partir destes resultados ter conhecimento do mo-
delo mais adequado, e portanto calcular as estimativas de precipitação máxima para os
tempos de retorno de 2, 5, 10, 15, 20 e 50 anos e seus intervalos de credibilidade para
cada trimestre estudado.
2
da realização do experimento.
H = −1, se xi > Md
0
Bi (6)
H = +1, se xi < Md
1
H = A série de dados é estacionária (p > α)
0
(7)
H = A série de dados não é estacionária (p < α)
1
Verificado por meio dos testes preliminares se há indícios de não aleatoriedade, ten-
dência e se os dados são independentes, deve-se verificar qual o modelo mais apropriado
para a modelagem, utilizando-se Priori informativa u não informativa, visto isto, uma das
forma utilizadas é o erro médio de predição.
3
n
1 X (oi − oi )
EM P =
n i oi × 100 (8)
Selecionado o modelo mais adequado aos dados de precipitação máxima, pode-se cal-
cular as estimativas de precipitação para um nível de retorno T, que segundo Naghettini
e Pinto (2007), representa o inverso da probabilidade com que um dado evento E tenha
ocorrido. Dada a ocorrência de um evento E, o tempo de retorno T é o tempo médio
necessário (em anos) para que esse evento recorra, em um ano qualquer. Isto é, se ocorrer
um evento de intensidade x, desejamos obter qual o tempo médio (T ) esperado para que
o evento de intensidade x ocorra novamente. O tempo de retorno T é dado por:
1
T = (9)
P (E)
De acordo com o que será trabalhado, o evento é a precipitação máxima que excede
um determinado valor x e a probabilidade de excedência de E é obtido por 1F (x). Assim:
1 1
T = = (10)
P (E) 1 − F (x)
1
em que, xp está associado ao tempo de retorno T e p = T
.
Resultados
Na Tabela 1 serão apresentados dados estatísticos das precipitações pluviais máximas
ocorridas entre os anos de 1961 a 2008 na cidade de Castro-PR. É possível observar que
as médias de precipitação pluvial máxima ocorrida para Tri1, Tri2, Tri3 e Tri4 foram