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MECÂNICA

DOS
SOLOS

CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS


Aula 4

PROPRIEDADES
DOS SOLOS

FÍSICAS MECÂNICAS

Índices granulometria resistência ao


compactação permeabilidade compressibilidade
físicos e plasticidade cisalhamento

comportamento tensão - deformação


Aula 4

 4.1 Sistemas de Classificação dos Solos


Princípio dos Sistemas de Classificação

Índices Físicos

Amostragem Granulometria Classificação do Solo

Plasticidade

Finalidade da Classificação
(pavimentos, barragens, etc)

Classificação do solo: estabelecimento de critérios de enquadramento dos solos em grupos,


em função de características comuns e inferência de comportamentos geotécnicos similares
Principais Sistemas de Classificação dos Solos

 Classificação pedológica

 Classificação genética (solos residuais e transportados)

 Classificação textural (classificação granulométrica)

 Sistema Unificado de Classificação (US Corps of Engineers)


Engineers)

 Sistema de Classificação HRB (ou AASHTO)

 Classificação MCT (Solos Tropicais)


Classificação Pedológica dos Solos

Latossolos
Podzólicos
Podzol
• Solos Zonais Brunizem
Bruno não cálcico
Desértico
Tundra

Salino (Halomórfico)
• Solos Intrazonais Hidromórfico
Grumossolo

Litossolo
• Solos Azonais Regussolo
Aluvial
Cambissolo
Classificação Genética
(solos residuais e solos transportados)

Representatividade em termos de aferição de comportamentos geotécnicos?


Perfil Geotécnico de Alteração
(granito)
Classificação Textural – Escalas Granulométricas

ABNT NBR 6502/95

pedregulho areia silte argila

grossa média fina

0,6mm 0,2mm 0,002 mm


2,0 mm 0,06 mm

Escala Granulométrica Internacional

pedregulho areia silte argila

grossa fina

0,2mm 0,002 mm
2,0 mm 0,02 mm
Classificação Textural – Outras Escalas Granulométricas
Sistema Unificado de Classificação

• Sistema originalmente desenvolvido por A. Casagrande (1948) para a construção


de aeroportos e posteriormente adaptado para aplicação em outras obras
geotécnicas por A. Casagrande, U.S. Bureau of Reclamation e U.S. Army Corps of
Engineers.

Critério Geral
50 %

solos granulares solos finos


pedregulhos 50 % areias siltes argilas
≠4
4,75 mm
≠ 200

• granulometria: CNU, CC 0,075 mm • plasticidade: LL, IP


Simbologia da Classificação Unificada

Classificação Geral Tipos Principais Símbolos


Solos Grossos Solos Pedregulhosos
(< 50% passando na (< 50% passando na peneira # 4) GW ; GP ; GM ; GC
peneira # 200) Solos Arenosos
(≥ 50% passando na peneira # 4) SW ; SP ; SM ; SC
Solos Finos Solos Siltosos LL < 50: ML ; CL ; OL
(≥ 50% passando na Solos Argilosos LL ≥ 50: MH ; CH ; OH
peneira # 200)
Solos Altamente Turfas Pt
Orgânicos

G (Gravel)  pedregulho
W  bem graduado
S (Sand)  areia
M (Silt)  (mö ) silte
P  mal graduado
C (Clay)  argila H  alta compressibilidade
O (Organic)  solo orgânico L  baixa compressibilidade
Pt (Peat)  turfas
Gráfico de Plasticidade de Casagrande

• baixa plasticidade: LL ≤ 35%


• plasticidade muito elevada: 70 < LL ≤ 90%
• média plasticidade: 35 < LL ≤ 50%
• plasticidade extremamente elevada: LL ≥ 90%
• elevada plasticidade: 50 < LL ≤ 70%
Gráfico de Plasticidade de Casagrande

permeabilidade
aumenta e
compressibilidade
diminui
Procedimentos de Classificação
Descrição geral dos solos
Inferência de Comportamentos Geotécnicos
Casos Particulares - Símbolos Duplos
• Adotar símbolos duplos nos seguintes casos:
– solos granulares com 5% - 12% de finos
- uma diferença de 7 % de finos pode alterar substancialmente a condutividade
hidráulica de solos granulares
− primeiro símbolo: indica a natureza bem ou mal graduada da fração grossa do
solo;
− segundo símbolo: descreve a natureza da fração fina do solo.
− exemplo: SP-SM, areia mal graduada com silte.
– solos finos classificados dentro dos limites das zonas 4 ≤ IP ≤ 7 e 12 ≤ LL ≤ 25
− torna-se muito difícil estabelecer uma distinção clara entre solos siltosos e
argilosos
− CL-ML: argila siltosa; SC-SM: areia argilo-siltosa.
– solos contendo porcentagens similares das frações grosseira e fina
− adotar símbolo GM-ML
Casos Particulares – Solos Orgânicos

Características básicas: cor escura e odor característico

(LL)S
< 0,75 (LL)S - LL obtido para o solo seco em estufa
(LL)N - LL obtido para o solo seco natural
(LL) N

• classificação do solo: OL ou OH

• segundo símbolo: obtido a partir do gráfico de plasticidade,


adotando-se os valores de (LL)N e IP

Turfas (Pt): solos orgânicos com a presença de fibras vegetais em processo de decomposição parcial
Exemplo de Classificação

% passante # 200: 30 %

% passante # 4 : 70 %

LL = 33
IP = 12
IP = 0.73(LL - 20), linha A
IP =0.73(33 - 20) = 9.49

Solo SC
areia argilosa
Sistema de Classificação Rodoviária
(AASHTO)

 Sistema originalmente desenvolvido por Hogentogler e Terzaghi (1929) para a


construção de estradas (infra-estrutura rodoviária), tendo sido submetido a um
grande número de revisões pela AASHTO (‘American Association of State Highway
and Transportation Officials’).

8 grupos: A1 ~ A7 (com diferentes subgrupos) e


um grupo A8 para solos orgânicos
 Critérios de análise: parâmetros de granulometria
e de plasticidade dos solos.
 Índice de Grupo: parâmetro empírico utilizado
para a classificação do solos em subgrupos (valor
arredondado para o inteiro mais próximo).
Critério Geral de Classificação

A1 ~ A3 A4 ~ A7

solos granulares solos finos


≤ 35% passante na # 200 ≥ 36% passante na # 200
Utilizar valores de LL e IP para separar solos Utilizar valores de LL e IP para separar solos
siltosos e argilosos (somente para o grupo A2) siltosos e argilosos

Nomenclatura da classificação: grupo ou subgrupo do solo (valor de IG)


Índice de Grupo (IG)
primeiro termo: função de LL

IG = ( p200 − 35)[0.2 + 0.005( LL − 40)]


+ 0.01( p200 − 15)( IP − 10)
segundo termo: função de IP

Grupos A-2-6 e A-2-7 (utilizar apenas o segundo termo)


IG = 0.01( p200 − 15)( IP − 10)

p200 : percentagem passante na # 200

Em geral, quanto menor o valor de IG, melhor a adequação do


solo como material de infra-estrutura rodoviária (ideal: IG = 0)
Procedimentos da Classificação

≤ 35% passante na # 200)


Solos Granulares (≤

porcentagens
passantes

Características da
fração passante
na peneira 4

tipos de materiais

condições de
suporte Excelente Bom
Procedimentos da Classificação

Solos Finos (> 35% passante na # 200)

porcentagens passantes

Características da fração passante na # 4

tipos de materiais
condições de suporte regular pobre
Exemplo de Classificação

% passante # 200: 86%


IG = (86 − 35)[0.2 + 0.005(70 − 40)]
LL = 70%; IP = 32% + 0.01(86 − 15)(32 − 10) = 33,47

porcentagens passantes
A-7-5 (33)

Características da fração passante na # 4

tipos de materiais
condições de suporte regular pobre

LL – 30 = 40 > IP = 32
Correlações das Classificações
Classificação MCT – Solos tropicais
(Nogami & Villibor, 1981)

Metodologia MCT: M – Miniatura; C – Compactado; T – Tropical (7 tipos de solos)

(i) Ensaio de compactação mini – MCV: executado em um molde compactador padronizado


e de dimensões reduzidas
(ii) Ensaio de Perda por Imersão: medição da massa de solo desprendida de uma amostra
quando submersa em água.

– solos lateríticos (L): LA, LA’, LG’


- típicos de climas quentes com regime de chuvas moderadas a intensas
- elevada concentração de óxidos e hidróxidos de Fe e Al;
- fração argila predominantemente de minerais caulínicos;
- cor avermelhada típica

– solos não lateríticos (N): NA, NA’, NG’, NS’


Procedimentos da Classificação
(i) Ensaio de compactação mini – MCV: solo passante na # 10 e seco ao ar é compactado,
com diferentes umidades de compactação, em um molde compactador padronizado e de
dimensões reduzidas (∅ = 50mm e H = 50mm).

d’

c’

CP’s com diferentes umidades:

•variação de altura do CP x número de golpes


• curvas de compactação x número de golpes
Procedimentos da Classificação

(ii) Ensaio de Perda por Imersão: CP’s compactados são dispostos horizontalmente e sob
imersão em água por 24h, mantendo-se uma zona de 1cm da amostra (de peso seco W0)
para fora do cilindro de compactação ⇒ medição do peso de solo seco (peso WS)
desprendido da zona de solo exposta à imersão. A perda por imersão (Pi) é expressa por:

Ws
Pi = .100
W0

Com base nos valores de Pi e d’, obtém-se o parâmetro e’ pela relação:

Pi 20
e' = 3 +
100 d '
Procedimentos da Classificação
Parâmetros de entrada: c’ e e’
Procedimentos da Classificação

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