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EPCI

Educação
Prof. Eduardo Pereira

CPA-10
Completa e Atualizada
Elaboração: ago/2019

www.epci.com.br
A EMPRESA

A EPCI Educação oferece cursos preparatórios para as certificações CPA-10, CPA-20 e CEA
nas modalidades presencial e EAD. A didática diferenciada do Prof. Eduardo Pereira aliada a
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A APOSTILA

Esta apostila foi elaborada pelo Prof. Eduardo Pereira com base no Edital de Exame CPA-10
e no Programa Detalhado CPA-10 (válido a partir de janeiro de 2019). O material é gratuito e
atualizado mensalmente, qualquer crítica e/ou contribuição pode ser
encaminhada para eduardo@epcieducacao.com.br.

ESTRUTURA DO CURSO CPA-10 ONLINE

Como destacado acima, a EPCI oferece o Cursos Preparatório CPA-10 na


modalidade EAD. O curso é constituído por videoaulas que abordam de maneira clara e objetiva todo

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Página | A
Prof. Eduardo Pereira

Eduardo Pereira, CFP®, CNPI, CGA


Economista; especialista em Mercado de Capitais pela UFRGS é mestrando em finanças pela
UFRGS. Com experiência de mais 10 anos no mercado financeiro, atuou como Consultor de
Investimentos na Fundação CEEE, um dos maiores fundos de pensão do Brasil com patrimônio
superior a R$ 6 bilhões. Primeiro profissional a obter a Certificação de Especialista em
Investimento da ANBIMA (CEA) no Rio Grande do Sul. Atualmente, é Consultor de Investimentos
chefe na Fundamentos Consultoria e professor em cursos preparatórios para certificação
profissional ANBIMA série 10 e 20 – CPA-10 e CPA-20, CEA, CFP e professor de conhecimentos
bancário, economia e contabilidade em cursos preparatórios para concursos públicos. Professor na
EPCI Educação.

Possui as seguintes certificações: CPA-10, CPA-20, CEA (ANBIMA), CGA; CGRPPS e CFP®,
CNPI.

Contatos

E-mail: eduardo@epcieducacao.com.br

Telefone / WhatsApp: (51) 98140-6993

Site: www.epcieducacao.com.br

Página | B
SUMÁRIO

Introdução – Introdução......................................................................................................................1

Questões Introdução..................................................................................................................4

Módulo 1 – Sistema Financeiro Nacional............................................................................................5

Questões Módulo 1..................................................................................................................14

Módulo 2 – Instrumentos de Renda Variável e Renda Fixa...............................................................17

Questões Módulo 2..................................................................................................................33

Módulo 3 – Fundos de Investimento...................................................................................................37

Questões Módulo 3..................................................................................................................51

Módulo 4 – Princípios de Investimentos.............................................................................................55

Questões Módulo 4..................................................................................................................61

Módulo 5 – Noções de Economia e Finanças......................................................................................63

Questões Módulo 5..................................................................................................................70

Módulo 6 – Ética, Regulamentação e Análise do Perfil do Investidor................................................71

Questões Módulo 6..................................................................................................................83

Módulo 7 – Previdência Complementar Aberta..................................................................................85

Questões Módulo 7..................................................................................................................92

Página | C
I

INTRODUÇÃO

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SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

Ações

S.A Debêntures Investidor


Notas Promissórias

Agente Agente

Deficitário Superavitário

Banco

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INVESTIMENTO
Definição:

Definição:

Definição:

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QUESTÕES INTRODUÇÃO

1) Na avaliação do risco de crédito de uma empresa prioriza-se:


a) O cronograma de investimentos
b) A capacidade de pagamento
c) A relação com os credores
d) A estrutura organizacional
2) Sobre risco:
a) Significa poder ter resultados diferentes do esperado
b) Está presente apenas nas ações e nos Fundos de ações
c) Está presente apenas nos Fundo de Ações e Multimercado
d) Quanto menor o risco, maior a rentabilidade
3) Os principais riscos normalmente encontrados em investimentos financeiros são:
a) Mercado, crédito e alavancagem
b) Alvancagem, crédito e operacional
c) Mercado, crédito e liquidez
d) Mercado, operacional e liquidez
4) Quando um investidor adota a estratégia de alocação de recursos em diferentes ativos financeiros,
isso traz o benefício:
a) Da alavancagem
b) De eliminar o risco
c) Da diversificação
d) Da concentração
5) Liquidez em um investimento é quando os ativos são convertidos facilmente e pelo preço justo
em:
a) Ações
b) Dinheiro
c) Ativos
d) Valores Mobiliários
GABARITO
Introdução
1. B 3. C 5. B
2. A 4. C

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1

SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

Proporção: de 5% a 10%

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SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL (SFN)
O Sistema Financeiro Nacional (SFN) pode ser entendido como um conjunto de instituições
financeiras e instrumentos financeiros que visam, em última análise, transferir os recursos dos
agentes econômicos superavitários para os deficitários.

As instituições presentes no sistema financeiro são divididas em três grandes grupos:


Entidades Normatizadoras, Entidades Supervisoras e Operadores.

DIVISÃO DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

NORMATIZADOR CMN

SUPERVISORES /
FISCALIZADORES BCB CVM

BOLSA DE
OPERADORES BANCOS
VALORES

Conselho Monetário Nacional (CMN)


O Conselho Monetário Nacional (CMN) é o órgão superior do Sistema Financeiro Nacional
(SFN), é normativo por excelência.

O Conselho Monetário Nacional (CMN) é um órgão normativo, não cabe a ele excutar.

É o responsável pela fixação das diretrizes gerais das políticas monetária, creditícia e
cambial.

Composição:

✓ Ministro da Economia (Presidente do CMN);


✓ Secretário Especial de Fazenda do Ministério da Economia; e
✓ Presidente do Banco Central do Brasil.

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Competências e atribuições:

✓ Adaptar o volume dos meios dos pagamentos às reais necessidades da economia nacional e seu
processo de investimento;
✓ Estabelecer medidas de prevenção ou correção de desequilíbrios econômicos;
✓ Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras;
✓ Autorizar a emissão de papel moeda;
✓ Regular as operações de redesconto de liquidez;
✓ Disciplinar o crédito em suas modalidades;
✓ Determinar as taxas de recolhimento compulsório das instituições financeiras;
✓ Regular a constituição, o funcionamento e a fiscalização das instituições financeiras.

Banco Central do Brasil


É uma autarquia federal que tem como principal missão institucional “cumprir e fazer
cumprir as disposições que regulam o sistema financeiro nacional e as normas expedidas pelo
Conselho Monetário Nacional (CMN)”.

Logo, o BCB é um órgão executor por excelência. Cabe a ele executar a política monetária
e cambial.

EXECUTAR (conduzir, formular) A POLÍTICA MONETÁRIA

Competências:

✓ Emitir papel moeda e moeda metálica;


✓ Receber os depósitos compulsórios;
✓ Exercer a fiscalização das instituições financeiras;
✓ Autorizar o funcionamento, estabelecendo a dinâmica operacional, de todas as instituições
financeiras;
✓ Controlar o fluxo de capitais estrangeiros;
✓ Determinar periodicamente, via Copom, a taxa Selic meta;
✓ Realizar operações de redesconto;
✓ Administrar as reservar internacionais.

Comissão de Valores Mobiliário (CVM)


A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é uma autarquia vinculada ao Ministério da
Fazenda.
É responsável por regulamentar, desenvolver, controlar e fiscalizar o mercado de valores
mobiliários do País.
São considerados valores mobiliários: as ações, debêntures, bônus de subscrição, as cotas de
fundos de investimentos e os contratos derivativos.

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Cabe a CVM:

✓ Assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados de balsa e de balcão;


✓ Proteger os titulares de valores mobiliários contra emissões irregulares e atos ilegais de
administradores e acionistas controladores de carteiras de valores mobiliários;
✓ Evitar os coibir modalidades de fraude ou manipulação destinadas a criar condições artificiais de
demanda, oferta ou preço de valores mobiliários negociados no mercado;
✓ Assegurar o acesso do público a informações sobre valores mobiliários negociados e as
companhias que os tenham emitidos;
✓ Assegurar a observância de práticas comerciais equitativas no mercado de valores
mobiliários;
✓ Estimular a formação de poupança e sua aplicação em valores mobiliários;

Bancos
Inicialmente, os bancos tinham a função de captação de recurso de agentes superavitários e
realização de empréstimos para os agentes deficitário. O banco característico dessa fase é o banco
comercial, que tem como principal característica a captação de depósitos à vista.
Atualmente, com a globalização e a evolução tecnológica, além de suas funções básicas, os
bancos realizam a prestação de diversos tipos de serviços e atuam em diversos tipos de negócio. A
possibilidade de desempenho de diversas operações simultâneas deu origem ao banco múltiplo.

Fundo Garantidor de Crédito (FGC)

Serve como mecanismo adequado de proteção ao depositante.

O Fundo Garantidor de Crédito – FGC é uma associação civil, sem fins lucrativos. O FGC
não exerce qualquer função pública, inclusive por delegação.

Critérios de Pagamento: O pagamento é realizado por CPF/CNPJ e por instituição financeira


ou conglomerado

Limite da Garantia Ordinária: Até R$ 250.000,00

Depósitos Garantidos

I - Depósitos à vista ou sacáveis mediante V - Letras imobiliárias;


aviso prévio
VI - Letras hipotecárias;
II - Depósitos de poupança;
VII - Letras de crédito imobiliário;
III - Depósitos a prazo, com ou sem emissão de
VIII - Letras de crédito do agronegócio;
certificado (CDB e RDB);
IV - Letras de câmbio;

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BANCOS FUNCIONAMENTO
(Estrutura de Captação e Destinação)
(Principais Características do CDB)
(Funcionamento do FGC)

CAPTAÇÃO EMPRÉSTIMO

BANCO

FGC - Limite Global (limitação da garantia até R$ 1 milhão)


O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de
Créditos (FGC), que estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas para cada CPF ou CNPJ.
Confira na videoaula sobre "Fundo Garantidor de Crédito"".

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Certificado de Depósito Bancário (CDB)

O CDB é um título de crédito escritural e sua emissão gera a obrigação das instituições
financeiras emissoras de pagar ao aplicador, ao final do prazo contratado, a remuneração prevista
(que pode ser pré ou pós-fixada).

Emissor: Bancos comerciais, de investimentos, de desenvolvimento e múltiplos.

Títulos de Renda Fixa. Podem ser pré ou posfixados.

Possui a garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) de até R$ 250 mil.

Bancos Múltiplo

Os bancos múltiplos são instituições autorizadas a se constituir com, no mínimo, duas


carteiras, sendo que uma delas deve ser obrigatoriamente comercial ou investimentos.

Os bancos múltiplos com carteira comercial podem captar depósito à vista.


Carteiras:

Captação Destinação
Comercial Depósito à Vista Crédito a PF e PJ
Investimentos CDBs Financiamento as PJ
Crédito Imobiliário Poupança Crédito imobiliário
Crédito, Financiamento e Letra de Câmbio Financiamento de
Investimento bens e serviços
Arrendamento Mercantil Debêntures Operações de leasing
Desenvolvimento Capitalização estatal Financiamento a PJ
(Exclusiva para bancos estatais)

Principais Carteiras:

Banco Comercial
✓ Opera somente com a carteira comercial.
✓ Só pode captar depósito à vista quem tem a carteira comercial
Banco de Investimentos
✓ Somente privado;
✓ Grande municiadores de capital de giro e fixa para as empresas;
✓ Prestadores de serviços na emissão de valores mobiliários;
✓ Captam recursos via CDBs;
✓ Administradores de Fundos de Investimento.

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ANBIMA
A ANBIMA - Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais é
uma associação civil, sem finalidade econômica, que tem os seguintes objetivos:

I – representar e assistir técnica e juridicamente seus Associados em assuntos de interesse dos


mercados financeiro e de capitais;

II – estabelecer princípios éticos a serem respeitados pelos Associados no exercício de suas


atividades;

III – promover a prática das atividades de AUTORREGULAÇÃO nos mercados financeiro e de


capitais, inclusive através da elaboração, negociação e implantação de Códigos de Regulação e
Melhores Práticas que definam normas e procedimentos e prevejam punições decorrentes do
descumprimento de tais Códigos, a serem observados por todos os Associados e outras entidades que
decidirem aderir a tais normas;

IV – atuar como entidade certificadora de profissionais de investimento, podendo, para tanto, elaborar
e aplicar exames de certificação e outorgar validamente as certificações para os profissionais
capacitados nos respectivos exames.

Cabe aos associados respeitar e cumprir este Estatuto Social, as normas expedidas pela
Associação aplicáveis a suas respectivas atividades, inclusive os Códigos de Regulação e Melhores
Práticas e regulamentação complementares;

Principais Códigos

✓ Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para as Ofertas Públicas de Distribuição e


Aquisição de Valores Mobiliários;
✓ Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas de Fundos de Investimento;
✓ Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para Serviços Qualificados ao Mercado de
Capitais
✓ Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para o Programa de Certificação Continuada
✓ Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para a Atividade de Private Banking no
Mercado Doméstico
✓ Código para o Novo Mercado de Renda Fixa
✓ Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas de Negociação de Instrumentos Financeiros
✓ Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para Gestão de Patrimônio Financeiro no
Mercado Doméstico.

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Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB)
Sistema de pagamentos é o conjunto de regras, procedimentos, instrumentos e sistemas
operacionais integrados que são utilizados para pagamentos e transferências de fundos entre os
diversos agentes econômicos. O sistema de pagamentos compreende, de um lado, os bancos e os
instrumentos de pagamento (dinheiro em espécie, cheque, cartão, cartões de débito e de crédito, etc)
e, do outro lado, os sistemas de compensação e de liquidação de obrigações.

Em 2002, o Sistema de Pagamentos Brasileiro sofreu uma grande reestruturação, dando


origem ao Novo Sistema de Pagamentos Brasileiro. O principal objetivo e conquista da reforma foi a
redução do risco sistêmico, o risco de que a quebra de uma instituição financeira provoque a quebra
em cadeia de outras.

Após a reforma, o Sistema de Pagamentos Brasileiro ficou com o seguinte desenho:

Os sistemas de compensação e de liquidação podem ser classificados em “sistemas de


transferências de fundos” e “sistemas de liquidação de títulos, valores mobiliários, derivativos
e câmbio”.

Do primeiro grupo, fazem parte os sistemas responsáveis pela liquidação de transferências


de fundos entre bancos. Do segundo, os responsáveis pela liquidação decorrente da compra e
venda de ativos financeiros.

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COMPE: A COMPE liquida as obrigações interbancárias relacionadas com cheques de valor inferior
ao VLB-Cheque (R$ 250 mil). São participantes obrigatórios do COMPE, as instituições titulares de
conta Reserva Bancária.

Sistema de Transferência de Reservas (STR): O STR é um sistema de transferências de fundos


com liquidação bruta em tempo real (LBTR), pertencente e operado pelo Banco Central do Brasil.
O sistema constitui-se no coração do Sistema Financeiro Nacional, pois é por meio dele que ocorrem
as liquidações das operações interbancárias realizadas no mercado monetário, cambial e de capitais,
com destaque para as de política monetária e cambial do Banco Central, a arrecadação de tributos e
as colocações primárias, resgates e pagamentos de juros dos títulos da dívida pública federal pelo
Tesouro Nacional.

Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP): é uma Sociedade Civil sem fins lucrativos. Realiza
a compensação e liquidação de pagamentos interbancários em tempo real e oferece produtos e
serviços acessíveis a toda cadeia do mercado financeiro do Brasil.

DOC e TED
Ao utilizar a TED, o valor da transferência de um banco para outro é creditado na conta do
favorecido no mesmo dia. Desde o dia 16 de janeiro de 2016, não há limite mínimo nem
máximo para emissão de TED.

Já o Documento de Crédito (DOC) leva um dia útil para ser compensado. O valor máximo para
emissão de um DOC é R$ 4.999,99.

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QUESTÕES MÓDULO I

1) É responsável por conduzir/executar a Política Monetária:


a) Banco Central do Brasil
b) Conselho Monetário Nacional
c) Comissão de Valores Mobiliários
d) ANBIMA
2) É o órgão máximo do Sistema Financeiro Nacional:
a) Comissão de Valores Mobiliários
b) Banco Central do Brasil
c) Conselho Monetário Nacional
d) Superintendência de Seguros Privados (SUSEP)
3) Compete privativamente ao Banco Central do Brasil:
a) Aprovar os orçamentos monetários de moeda e crédito
b) Fixar as diretrizes e as normas da política cambial
c) Fiscalizar as instituições financeiras
d) Emitir títulos públicos federais
4) É o órgão executor das diretrizes e normas do Conselho Monetário Nacional (CMN) e supervisor
das instituições financeiras:
a) BNDES
b) Banco Central do Brasil
c) Banco do Brasil
d) Comissão de Valores Mobiliários
5) Os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) são títulos:
a) Que lastreiam as operações do mercado financeiro
b) De renda fixa emitidos pelos bancos comerciais
c) De renda variável emitidos pelos bancos de investimentos
d) Que financiam operações compromissadas do sistema bancário
6) A emissão de Documentos de Crédito (DOC) estão limitadas ao valor de:
a) 2.999,99
b) 4.000,00
c) 4.999,99
d) 9.999,98

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7) A quem compete receber os depósitos compulsórios:
a) Banco do Brasil
b) Comissão de Valores Mobiliários
c) Comitê de Política Monetária
d) Banco Central do Brasil
8) Um Certificado de Depósito Bancário (CDB):
a) É isento do Imposto de Renda
b) Não conta com a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC)
c) Pode ser emitido pela Bolsa de Valores
d) Pode ser emitido por banco comercial, investimento e múltiplo
9) O Conselho Monetário Nacional (CMN), dentre outras funções, deve:
a) Regular os índices de inflação, afim de evitar desequilíbrios econômicos
b) Executar a política cambial
c) Executar a fiscalização do mercado de crédito
d) Executar a fiscalização do mercado de capitais
10) É uma carteira que deve obrigatoriamente estar presente em um banco de investimento:
a) Arrendamento Mercantil
b) Investimento
c) Financiamento Imobiliário
d) Desenvolvimento
11) É uma atribuição da Comissão de Valores Mobiliários (CVM):
a) Executar a política monetária
b) Autorizar a emissão de papel moeda
c) Captar depósito a vista
d) Incentivar o direcionamento de poupanças para o mercado de capitais
12) Conjunto de instituições e instrumentos financeiros que objetiva canalizar recursos entre os
agentes financeiros:
a) SELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custodia)
b) SPB (Sistema de Pagamentos Brasileiro)
c) SFN (Sistema Financeiro Nacional)
d) ANBIMA

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13) É uma atribuição da Comissão de Valores Mobiliários:
a) Fiscalizar as instituições financeiras
b) Determinar a Taxa Selic Meta
c) Proteger os investidores contra fraudes e práticas comerciais não equitativas
d) Fiscalizar as Entidades Abertas de Previdência Complementar

GABARITO
Módulo I
1. A 6.C 11. D
2. C 7. D 12. C
3. C 8. D 13. C
4. B 9. A
5. B 10. B

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2

INSTRUMENTOS DE RENDA VARIÁVEL E RENDA FIXA

Proporção: de 15% a 25%

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SOCIEDADE ANÔNIMA
Companhia ou sociedade anônima é aquela que tem o capital dividido em ações, e a responsabilidade
dos sócios ou acionistas é limitada ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas.

Companhias Abertas e Companhias Fechadas


As companhias podem ser classificadas em duas espécies: (I) Abertas; e (II) Fechadas.

A Companhia é aberta ou fechada conforme os valores mobiliários de sua emissão estejam ou não
admitidos à negociação no mercado de valores mobiliários:

✓ Companhias ABERTAS: Companhias cujos valores mobiliários estão admitidos à negociação


em mercado organizados de Bolsa ou Balcão. Para isso, devem ser obrigatoriamente registradas
na CVM.
✓ Companhias FECHADAS: Não possuem seus valores mobiliários negociados em mercados
organizados. Não podem realizar distribuição pública de seus valores mobiliários. Seus
valores mobiliários são colocados através de uma EMISSÃO PRIVADA (voltada a um grupo
restrito de investidores).

S.A ABERTA vs. S.A FECHADA

Registro na CVM

Aberta
Oferta Pública de
V.M
Companhia
(S.A)
Sem Registro na
CVM
Fechada
Oferta Privada de
V.M

Os valores mobiliários mais usados pelas Companhias para captação de recursos são: (I) as
NOTAS PROMISSÓRIAS (comercial paper); (II) as AÇÕES; e (III) as DEBÊNTURES.

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MERCADO DE CAPITAIS

DEBÊNTURES AÇÕES

Características

Prazo

Principal Fator de Risco

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AÇÕES
As ações constituem a menor parcela (fração) do capital social de uma sociedade anônima.
Acionista = Dono = Sócio
Participação nos Lucros: Um dos direitos essenciais de qualquer acionista de uma companhia, seja
ela aberta ou fechada, é o de participar nos lucros, sob a forma de distribuição de DIVIDENDOS.

Voto: Nas companhias, a vontade dos sócios é manifestada pelo exercício do direito de voto.

Ações: Ordinárias e Preferenciais


As ações podem ser classificadas, de acordo com a natureza dos direitos e vantagens que
conferem a seus titulares, em duas espécies: (I) ordinárias, e (II) preferenciais.

✓ Ações ORDINÁRIAS: Sua principal característica é conferir ao seu titular direito de voto nas
Assembleias de acionistas.
✓ Ações PREFERENCIAIS: NÃO TEM DIREITO A VOTO. Em contrapartida, tem prioridade
na distribuição de dividendos (recebimento de um dividendo de pelo menos 10% maior do que o
atribuído às ações ordinárias) e/ou prioridade no reembolso de capital. Pode haver no máximo
50% de ações preferenciais.

OBS: As ações preferenciais podem adquirir direito a voto caso a empresa não distribua dividendos
pelo prazo de três anos consecutivos.

REMUNERAÇÃO DO ACIONISTA
DIVIDENDOS: Parcela do lucro líquido que será destinada aos acionistas da companhia. Os
dividendos são obrigatórios.
JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO: Forma adicional de remuneração dos acionistas de
uma companhia. Seu pagamento é facultativo.
BONIFICAÇÃO: É a distribuição gratuita de novas ações aos atuais acionistas. A bonificação
ocorre em função do aumento de capital efetuado por meio de incorporação de reservas de lucros.
SPLIT e INPLIT
SPLIT: Nessa operação, cada ação antiga é desdobrada em uma ou mais ações novas, sem
apresentar nenhuma interferência no capital social da empresa. O Split altera unicamente o valor
individual da ação mantendo inalterado o capital da companhia.
O patrimônio do acionista não é alterado.
INPLIT: É a redução da quantidade de ações em circulação, sem alteração do capital social da
empresa. Em consequência, há uma elevação do valor unitário das ações.

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Mercado Primário e Mercado Secundário

S.A
✓ Mercado Primário: Ocorre a emissão de novas
ações. A companhia consegue captar recursos.
✓ Mercado Secundário: São negociados títulos e
valores mobiliários já existentes. Tem a
finalidade de dar liquidez aos valores mobiliários
emitidos no mercado primário. No mercado
secundário há apenas a transferência de
Recursos

Prestadores
(R$)

propriedade.
de Serviços

Bolsa de Valores Clearing


BM&FBOVESPA
Investidores Negociação
Liquidação e
Mercado Secundário Custódia

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Riscos Inerentes as Ações
Ao comprar uma ação e se tornar dono de uma sociedade anônima, o investidor passa
IPO (Oferta Pública Inicial de Ações)
a correr diversos riscos. Os mais relevantes são os seguintes:
O IPO (Initial Public Offering) é o evento que marca a
➢ Risco da Empresa
primeira venda de ações de uma empresa no mercado.
Seu principal propósito para empresas é levantar capital É o conjunto de características (setor, endividamento etc) que afetam uma empresa

para investimentos para expansão da empresa. especificamente.

➢ Risco de Mercado
O risco de mercado (volatilidade) é a oscilação nos preços das ações ao longo do
tempo.
O gráfico ao lado apresenta o
comportamento dos preços das ações
da empresa Petrobrás ao longo do
Período de Reserva: Durante o período de reserva os tempo. Nota-se que os preços oscilam
investidores interessados em participar da Oferta bastante.
realizam pedido de reserva de quantidade desejada de
ações (Ações Reservadas).

Rateio: Quando o pedido de reserva é maior que a


➢ Risco de Liquidez
quantidade de ações destinadas a oferta, há rateio entre
os investidores demandantes. Quanto mais difícil for vender uma ação pelo seu preço justo (preço de mercado),
maior é seu risco de liquidez.

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Negociação de Ações
Após a colocação no mercado primário, os valores mobiliários são negociados nos pregões
das Bolsas de Valores, entre os diversos investidores que participam do mercado.

Mercado a Vista

A realização de negócios no mercado a vista requer a intermediação de uma Sociedade


Corretora ou de uma Sociedade Distribuidora, a qual poderá executar a ordem de compra ou venda
de seu cliente de forma direta (por meio da mesa de operações no escritório da própria
corretora/distribuidora), ou indireta, autorizando que o seu cliente registre suas ordens no Sistema
Eletrônico de Negociação, utilizando para isso o Home Broker (que permite ao investidor comprar e
vender ações pela internet).

CORRETORA (CTVM) e DISTRIBUIDORAS (DTVM)

A Corretora e a Distribuidora atuam nos mercados financeiro e de capitais e no mercado


cambial intermediando a negociação de títulos e valores mobiliários entre os agentes.
A Decisão Conjunta 17/2009 autorizou as distribuidoras a atuarem diretamente na bolsa de
valores, assim, desde então, corretoras e distribuidoras podem realizar praticamente as mesmas
operações.

A liquidação das operações de compra e venda de ações realizadas no bolsa é efetuada pela
Clearing BM&FBOVESPA – Câmara de Ações (Antiga CBLC). É importante salientar que a
liquidação desta operação só ocorre no terceiro dia útil (D+3) após a realização da transação.

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CLEARING BM&FBOVESPA – CÂMARA DE AÇÕES
(Antiga CBLC)
A Clearing de Ações realiza o registro, a compensação, a liquidação e o gerenciamento de risco
de operações de ações, derivativos de ações e títulos de dívida corporativa.
Todas as operações são contratadas pelos participantes compradores e vendedores por meio dos
sistemas de negociação das BM&FBOVESPA.

A Bolsa de Valores, a Corretora/Distribuidora e a Clearing BM&FBOVESPA – Câmara de Ações –


(Antiga CBLC) são remuneradas pelos serviços prestados:

✓ Taxa de Corretagem: Valor cobrado pela corretora/distribuidora pelo acesso ao mercado.


✓ Emolumentos: Valor cobrado pelo Bolsa de Valores. A taxa cobrada pela Bolsa é de 0,035% do
valor financeiro da operação.
✓ Custódia: É o valor mensal cobrado pela guarda das ações.

Tributação Ações
Ações não pagam IOF.

O fato gerador é o ganho de capital, que representa a diferença entre o preço de venda e o preço de
compra deduzidos de todos os custos incorridos na negociação.

As alíquotas incidentes sobre o ganho de capital são:

✓ 15% sobre o ganho líquido das operações normais; e


✓ 20% sobre o ganho líquido das operações day trade, que são um conjunto de operações de
compra e venda dos mesmos ativos no mesmo dia.

O responsável pelo recolhimento do imposto de renda é o próprio investidor. O contribuinte


elabora mensalmente o DARF e o pagamento é feito até o último dia útil do mês subsequente.

ISENÇÃO

Estão isentos do imposto sobre a renda os ganhos líquidos auferidos por PESSOA FÍSICA em
operações no mercado à vista de ações negociadas em bolsas de valores cujo valor das
ALIENAÇÕES/VENDAS realizadas em cada mês seja igual ou inferior a R$ 20.000,00.

A isenção não se aplica, entre outras, às operações de day trade.

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ÍNDICE

Os índices são indicadores de desempenho de um conjunto de ações.


Principais índices:
• IBOVESPA: Composto pelas ações de maior negociabilidade (LIQUIDEZ) e
representatividade do mercado de ações brasileiro.
• IBrX-100: Composto pelas 100 ações selecionadas entre as mais negociadas da Bovespa.

Os preços das ações podem variar por fatores


relacionados à empresa ou por fatores externos,
como o crescimento do país, do nível do
emprego e da taxa de juros. Define-se RISCO
DE MERCADO ou VOLATILIDADE a
variação/flutuação do preço das ações.

Debêntures
As debêntures são títulos de crédito emitidos por sociedades anônimas não financeiras, para
obter recursos de médio e longo prazos (CAPITAL FIXO).

Resumidamente, correspondem a um empréstimo de médio e longo prazos que o


comprador do título (debenturista) faz a sociedade anônima.

As debêntures são títulos bastante flexíveis em termos de prazo e taxa de juros. O prazo
mínimo de uma debênture é de um ano.

As debêntures podem ser emitidas mediante oferta pública (S.A Aberta) ou privada (S.A Fechada).

✓ Escritura de Emissão: documento onde são estabelecidos os direitos e os deveres da companhia


emissora e dos debenturistas, além das demais características da emissão, tais como: montante
da emissão, vencimento, condições de remuneração e amortização , garantias.

DEBÊNTURES INCENTIVADAS

As debêntures de infraestrutura ou incentivadas, criada pela Lei nº 12.431/2011, correspondem a


variações das debêntures convencionais, com o diferencial de possuir alíquotas de imposto de
renda (IR) reduzidas. Além disso, contam com benefícios distintos para residentes no exterior
(isento de IR) e residentes domésticos (pessoa jurídica paga 15% e pessoa física é isento de IR).

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✓ Rating (Classificação de Crédito):
Como a debênture é basicamente
um empréstimo feito a companhia,
o principal risco do debenturista é o
risco de crédito. O rating é uma
classificação efetuada por empresa
especializada e independente
(agência classificadoras de risco de
crédito) que reflete a capacidade e
intenção da empresa realizar o
pagamento.

Quanto à espécie

✓ Simples (não conversíveis): quando conferem, ao debenturista, um crédito somente;


✓ Conversíveis em ações: quando conferem, aos debenturistas, a possibilidade de receber seu
crédito ou transformá-lo em ações da empresa emissora.

Exemplo:

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Títulos de Crédito Imobiliário e do Agronegócio

Letras de Crédito Imobiliário (LCI)

Título de crédito lastreado por créditos imobiliários garantidos por hipoteca ou alienação
fiduciária de imóvel e possivelmente outras garantias do emissor. Confere aos seus tomadores
direito de crédito pelo valor nominal, juros e, se for o caso, atualização monetária nele estipulados.

Emissor: Somente bancos comerciais, bancos múltiplos com carteira de crédito imobiliário,
a Caixa Econômica Federal, sociedades de crédito imobiliário, associações de poupança e
empréstimo, companhias hipotecárias e demais instituições expressamente autorizadas pelo Banco
Central do Brasil.

Garantia: Hipoteca ou Alienação Fiduciária.

Por ser emitida por Instituição Financeira, a Letra de Crédito Imobiliária conta com a garantia
do Fundo Garantidor de Crédito até o limite de R$ 250 mil.

Isento de Imposto de Renda para Pessoa Física.

Letra de Crédito do Agronégócio (LCA)

A LCA é um título de renda fixa nominativo emitido por instituições financeiras públicas ou
privadas. Lastreados em direitos creditórios de operações de empréstimos e financiamentos
direcionados ao setor do agronegócio.

Além da garantia da instituição financeira emitente do título, a LCA oferece como garantia
adicional o lastro da operação de crédito a qual está vinculada.

Por ser emitida por Instituição Financeira, a Letra de Crédito Imobiliária conta com a garantia
do Fundo Garantidor de Crédito até o limite de R$ 250 mil.

Isento de Imposto de Renda para Pessoa Física.

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LCI versus LCA

LCI LCA

Emissor Instituição Financeira Instituição Financeira

Fundo Garantidor de Crédito Possui (até R$ 250 mil) Possui (até R$ 250 mil)

Imposto de Renda Isento de Imposto de Renda Isento de Imposto de Renda

Lastro Crédito Imobiliário Crédito do Agronegócio

Títulos Públicos Federais


Os títulos públicos federais são instrumentos de renda fixa emitidos pelo Tesouro Nacional
para obtenção de recursos junto à sociedade (investidor), com o objetivo primordial de financiar su,
as despesas.

O Tesouro Nacional, em nome do Governo Federal, emite os títulos e realiza uma oferta
pública por meio de leilões (mercado primário). Depois de adquiridos os títulos podem ser mantidos
até o vencimento pelos investidores ou negociados no mercado secundário (mercado secundário).

Por serem emitidos pelo Governo Federal, apresentam baixa probabilidade de inadimplência.
Por isso, no mercado financeiro brasileiro, os títulos públicos federais são os títulos com menor risco
de crédito.

Há uma grande variedade de títulos públicos, cada um com características próprias em termos
de prazos (vencimentos) e rentabilidade.

Quanto a rentabilidade, os títulos públicos federais são classificados em prefixados (LTN e


NTN-F) e pós-fixado (LFT, NTN-B, NTN-B Principal). Os títulos pós-fixados podem ser indexados
por índices de inflação (NTN-B e NTN-B Principal) ou por outros indexadores econômicos, como a
variação da taxa Selic (LFT).

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Rentabilidade, em
termos percentuais,
PREFIXADOS definida no momento
da aplicação.
Títulos Públicos
Federais
A rentabilidade do
título é indexada a
PÓS-FIXADOS uma taxa de juros ou
índice.

Quanto ao pagamento periódico de juros (cupom), os títulos públicos federais são


classificados em letras (títulos que não pagam cupom) e notas (títulos que pagam cupom). A
exceção é a NTN-B Principal, que embora seja nota, não paga cupom.

Abaixo, tabela com os principais títulos públicos federais.

Título Cupom Índice de Rentabilidade


Reajuste
LETRAS

Letra do Tesouro Nacional LTN Não - Prefixado

Letra Financeiro do Tesouro LFT Não Selic Pós-Fixado

Nota do Tesouro Nacional - Serie B NTN-B Sim IPCA Pós-Fixado


NOTAS

Nota do Tesouro Nacional - Série F NTN-F Sim - Prefixado

Nota do Tesouro Nacional - Serie B NTN-B


Não IPCA Pós-Fixado
Principal Principal

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Precificação

O preço (Preço Unitário) de u título público federal é o valor presente de seu fluxo de caixa.
𝑛
𝐹𝑙𝑢𝑥𝑜 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝑖𝑥𝑎𝑖
𝑃𝑟𝑒ç𝑜 (𝑷𝑼) = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑒 = ∑
(1 + 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝐽𝑢𝑟𝑜𝑠)𝑖
𝑖=1

Como a taxa de juros varia todo dia no mercado financeiro, o preço do título público também
sofre oscilações (variações) diárias. As oscilações do preço serão maiores quanto maior for o prazo
de duração do título. Logo, quanto maior for o prazo de duração de um título público federal,
maior será o seu risco de mercado.

Marcação na Curva vs Marcação a Mercado

A contabilização dos títulos pela curva de juros considera o valor de compra do título mais a
apropriação da taxa de juros desde a emissão do papel. Por essa marcação, as cotas dos fundos
não apresentam variação negativa, mesmo que o título perca valor no mercado, e desde que ele
permaneça na carteira do fundo até o vencimento.

Já na marcação a mercado os títulos são contabilizados pelo seu preço de mercado no dia
(preço pelo qual o ativo pode ser vendido). Isso significa que, dependendo das condições de
mercado, por exemplo, a cota de um fundo de investimentos que invista em títulos públicos
federias pode ter variação positiva ou negativa. Porém, a regra não é prejudicial para o investidor,
já que garante os lucros e prejuízos a quem de direito.

Como a marcação a mercado considera o preço pelo qual o ativo pode ser vendido no mercado
ela permite evitar a transferência de recursos entre os cotistas.

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Negociação

O Tesouro Nacional realiza a emissão e distribuição dos títulos públicos através de ofertas
públicas (mercado primário). Os investidores interessados em adquirir os novos títulos públicos
emitidos pelo Tesouro Nacional participam de leilões.

Mercado Primário

Os títulos públicos emitidos ficam custodiados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia


(SELIC), sistema informatizado que se destina à custódia de títulos escriturais de emissão do Tesouro
Nacional, bem como ao registro e à liquidação de operações com esses títulos.

Uma vez emitido pelo Tesouro Nacional, os títulos podem ser livremente negociados entre os
investidores, formando assim o mercado secundário de títulos públicos federais.

Mercado Secundário

Tesouro Direto

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a BMF&F


Bovespa para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, por meio da internet.

Concebido em 2002, esse Programa surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos
públicos, ao permitir aplicações com apenas R$ 30,00. Antes do Tesouro Direto, o investimento
em títulos públicos por pessoas físicas era possível somente indiretamente, por meio de fundos de
renda fixa que, por cobrarem elevadas taxas de administração, especialmente em aplicações de
baixo valor, reduziam a atratividade desse tipo de investimento.

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Caderneta de Poupança
Uma das modalidades mais antigas, simples e populares de investimentos do País. Os
depósitos em caderneta de poupança é também uma das modalidades com menor risco de crédito.

A remuneração dos depósitos de poupança feitos a partir de 04 de maio de 2012 é composta


de duas parcelas:

✓ I - a remuneração básica, dada pela Taxa Referencial - TR, e


✓ II - a remuneração adicional, correspondente a:

a) 0,5% ao mês, enquanto a meta da taxa Selic ao ano for superior a 8,5%; ou

b) 70% da meta da taxa Selic ao ano, mensalizada, vigente na data de início do período de
rendimento, enquanto a meta da taxa Selic ao ano for igual ou inferior a 8,5%.

Para os depósitos antigos, ou seja, aqueles efetuados até 03 de maio de 2012, os valores são
remunerados à taxa de juros de 0,5% ao mês, aplicada sobre os saldos atualizados monetariamente
pela TR – Taxa Referencial.

Riscos:

✓ Liquidez: A poupança apresenta baixo risco de liquidez pois permite o resgate a qualquer
momento.
✓ Crédito: Os depósitos na caderneta de poupança contam com a garantia do Fundo Garantidor
de Crédito (até R$ 250 mil).

IMPOSTO: Os rendimento obtidos em investimentos em caderneta de poupança são ISENTOS de


imposto de renda para pessoas físicas.

TRIBUTAÇÃO RENDA FIXA

A alíquota incidente sobre os rendimentos será função do prazo de permanência.


Ativos Financeiros: CDBs, Debêntures e Notas Promissórias.
Nas operações com prazo INFERIOR a 30 dias, há incidência de IOF.
1 a 180 dias: 22,5%
181 a 360 dias: 20,0%
361 a 720 dias: 17,5%
Superior a 720 dias: 15,0%

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QUESTÕES MÓDULO 2
1) As debêntures são:
a) Títulos emitidos por banco de investimento
b) Títulos emitidos por banco comercial
c) Títulos representativos de dívida corporativa
d) A parcela do capital social de uma sociedade anônima
2) Uma empresa pretende construir uma hidrelétrica. Para captar recursos para este investimento:
a) emitirá Letra Hipotecária
b) emitirá Nota Promissória
c) emitirá Debêntures
d) emitirá CDB
3) As ações são títulos:
a) Que garantem rendimentos anuais mínimos aos acionistas ordinários
b) Representativos dos direitos de voto nas assembleias da companhia
c) Representativos da fração do capital social de uma companhia
d) Que garantem rendimentos anuais aos acionistas preferenciais
4) O investidor em ações realiza ganho de capital quanto:
a) Recebe dividendos
b) Recebe juros sobre o capital próprio
c) Vende ações por um preço superior ao de compra
d) Subscreve novas ações
5) Estão isentos do imposto de renda os ganhos líquidos auferidos por pessoa física em operações
no mercado a vista de ações negociadas em bolsa de valores cujo valor das alienações desses
valores mobiliários, exceto day trade, realizadas em cada mês seja igual ou inferior a:
a) R$ 20.000,00
b) R$ 25.000,00
c) R$ 50.000,00
d) R$ 80.000,00
6) A empresa emitiu debêntures, está com dificuldades e não honrou com suas obrigações. Esse risco
é conhecido como:
a) Risco de Imagem
b) Risco de Liquidez
c) Risco de Crédito
d) Risco de Mercado

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7) Sobre debêntures, é correto falar:
a) Que elas são emitidas para negociação no mercado externo
b) Que elas têm prazo máximo de até 360 dias
c) Que algumas podem ser convertidas em ações
d) Que são garantidas pelo Fundo Garantidor de Crédito em caso de insolvência da empresa
8) As ações preferenciais:
a) Oferecem direito de crédito ao acionista
b) Dão direito de voto nas assembleias gerais da empresa
c) Dão preferência na venda de suas ações
d) Dão preferência no recebimento de dividendos
9) As ações ordinárias:
a) Dão direito de eleger o Conselho de Administração e da Diretoria
b) Dão preferência no recebimento de dividendos
c) Dão direito de subscrição de novas ações
d) Dão direito a um voto por ação
10) O dividendo é:
a) Quando a empresa distribui ações gratuitamente
b) O direito de aquisição de novo lote de ações por ocasião de aumento de capital
c) O direito de voto de um acionista
d) Parcela do lucro da empresa distribuído aos acionistas
11) O risco de mercado associa-se fundamentalmente:
a) À flutuação de preços
b) À inadimplência de emissores
c) Ao baixo índice de negociabilidade
d) Às falhas operacionais
12) No mercado primário:
a) São negociados pela primeira vez os títulos e valores mobiliários
b) É o único lugar onde podem operar corretoras de investimentos
c) Ocorrem operações com títulos que já estão em circulação há muito tempo
d) São feitas transações apenas com debêntures e notas promissórias.

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13) Emitir somente ações ordinárias é uma condição para empresa fazer parte do:
a) Nível 1 de Governança Corporativa
b) Nível 2 de Governança Corporativa
c) Novo Mercado
d) Bovespa Mais
14) Título público pré-fixado do tipo zero cupom:
a) Letra do Tesouro Nacional
b) Nota do Tesouro Nacional – Série B
c) Nota do Tesouro Nacional – Série C
d) Letra Financeira do Tesouro
15) As Letras do Tesouro Nacional são títulos que:
a) Acompanham a variação da taxa Selic
b) Acompanham a variação cambial
c) Possuem rendimento máximo de 12%
d) Podem ser vendidos com deságio
16) Um investidor ficou sabendo que haverá uma elevação na taxa básica de juros. Baseado nesta
informação, esperando obter rentabilidade significativa ele deverá aplicar em:
a) Letras Financeiras do Tesouro
b) Ações
c) Notas Promissórias com rentabilidade prefixada
d) Letras do Tesouro Nacional
17) Dos títulos públicos federais abaixo, qual oferece ao investidor a possibilidade de recebimento
de juros periódicos, cupons:
a) LFT
b) LTN
c) NTN-B
d) NTN-B Principal
18) Uma empresa de capital aberta com ações negociadas em bolsa deseja aumentar a liquidez de
suas sem aumentar o seu capital, para tanto deve realizar um (a):
a) A distribuição de dividendos
b) Um processo de desdobramento de ações (split)
c) Um processo de grupamento de ações (inplit)
d) Um IPO

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19) Um investidor recebe “juros sobre o capital próprio” quando investe em:
a) CDBs
b) Ações
c) Debêntures
d) LCI
20) Sobre Letras de Crédito Imobiliário – LCI é correto afirmar:
a) É emitida apenas por Bancos de Investimentos
b) Não é coberta pelo Fundo Garantidor de Crédito
c) É isenta de Imposto de Renda apenas para pessoas físicas
d) É a fração ideal do capital social de uma sociedade anônima

GABARITO
Módulo. II
1. C 8. D 15.. D
2. C 9. D 16. A
3. C 10. D 17. C
4. C 11. A 18. B
5. A 12. A 19. B
6. C 13. C 20. C
7. C 14. D

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3

FUNDO DE INVESTIMENTO

Proporção: de 20% a 30%

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FUNDO DE INVESTIMENTO

O fundo de investimento é uma comunhão de recursos, constituída sob a forma de


CONDOMÍNIO, destinada à aplicação em ativos financeiros.

Os fundos são regidos por um REGULAMENTO.

O fundo de investimento capta recursos através da emissão de cotas. Os recursos captados


pelo fundo são aplicados em ativos financeiros conforme estabelecido em regulamento.

Para o fundo de investimento se manter em funcionamento é necessária a existência de uma


série de prestadores de serviços (administrador, gestor, distribuidor, custodiante etc).

FUNDO DE INVESTIMENTO = CONDOMÍNIO

1) O Fundo de Investimento pertence aos COTISTAS

2) Os Bancos são apenas PRESTADORES DE SERVIÇOS

3) Todos os cotistas são IGUAIS

Vantagens:

Existem alguns motivos que podem levar o investidor a escolher um fundo de investimento:

✓ Gestão Profissional: O fundo de investimento conta com um gestor profissional, que são
especialistas treinados para escolher aplicações e monitorar o mercado diariamente, avaliando as
melhores opções de investimentos.
✓ Diversificação: A carteira é composta por uma variedade de títulos, o que reduz o risco de perdas:
se um dos títulos vai mal, o bom desempenho dos outros pode compensar.
✓ Acesso a Outros Mercados: A aplicação em conjunto pode permitir que o investidor acesse
mercados que não poderiam ser alcançados de forma individual.
✓ Custos Menores: Nos fundos de investimento os custos são diluídos porque são divididos por
todos os investidores.

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Cota

As cotas do fundo correspondem a frações ideais de seu patrimônio, são escriturais,


nominativas, e conferem iguais direitos e obrigações aos cotistas.

O valor da cota do dia é resultante da divisão do patrimônio líquido pelo número de cotas
do fundo.

𝑃𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚ô𝑛𝑖𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 (𝑷𝑳) 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑀𝑒𝑟𝑐𝑎𝑑𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜𝑠 − 𝐷𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑎𝑠


𝑽𝒂𝒍𝒐𝒓 𝒅𝒂 𝑪𝒐𝒕𝒂 = =
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝐶𝑜𝑡𝑎𝑠 𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝐶𝑜𝑡𝑎𝑠

O valor da cota é calculado diariamente com base no valor de mercado dos ativos financeiros
que compõe a carteira de investimentos do fundo (marcação a mercado). Assim, o valor da cota
reflete diariamente o que acontece com os ativos financeiros no mercado.

Marcação a Mercado

Para calcular o valor da cota diariamente, os ativos são contabilizados pelo seu valor de mercado
no dia. Tal procedimento é conhecido como marcação a mercado e tem como objetivo evitar a
transferência de riqueza entre os cotistas.

Assim, a variação diária do valor da cota reflete apenas a variação do valor de mercado dos ativos
financeiros que compõem o fundo de investimento.

Fundos: Gestão Ativos vs Gestão Passiva

Benchmark é um índice de referência.

Benchmark é uma medida que referencia o desempenho de um fundo de investimento, ou


seja, oferece um ponto de referência à performance almejada pelo fundo. Por exemplo, os fundos de
renda variável costumam indicar como benchamrk o Ibovespa; os fundos de renda fixa selecionam
como referência a taxa DI; e assim por diante.

Buscam rentabilidade
Gestão Ativa superior a do
benchmark.
Benchmark
Buscam
replicar/acompanhar o
Gestão Passiva
comportamento do
benchmark

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Fundos Abertos e Fundos Fechados

O fundo pode ser constituído sob a forma de condomínio aberto, em que os cotistas podem
solicitar o resgate de suas cotas conforme estabelecido em seu regulamento, ou fechado, em que as
cotas somente são resgatadas ao término do prazo de duração do fundo.

Abertos vs. Fechados

Resgate conforme
Aberto
regulamento

Resgate
Resgate:
Fechado Vencimento
Liquidação Antecipada

Dinâmica de Resgate

Nos fundos abertos, é permitido o resgate de cotas é permitido conforme as regras estabelecidas
no regulamento. Quando o resgate é solicitado, cabe ao gestor vender os ativos para realizar o
pagamento do resgate.

Carência: é o prazo estipulado no regulamento durante o qual o cotista terá restrições para
solicitar o resgate.
Prazo de Cotização

Pedido de Data de Pagamento


Resgate Conversão do Resgate

Prazo de Liquidação Financeira (Pagamento do Resgate)

No caso de fechamento dos mercados e/ou em casos excepcionais de iliquidez dos ativos
financeiros componentes da carteira do fundo, inclusive em decorrência de pedidos de resgates
incompatíveis com a liquidez existente, ou que possam implicar alteração do tratamento tributário
do fundo ou do conjunto dos cotistas, em prejuízo destes últimos, o administrador pode declarar
o fechamento do fundo para a realização de resgates.

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Regulamento

O regulamento é o documento de constituição do fundo. Nele estão estabelecidas as


informações relacionadas a, entre outros: administração, gestão, espécie de fundo (aberto/fechado),
prazo de duração (determinado/indeterminado), prestadores de serviços, classe do fundo, política de
investimento, taxas cobradas (como taxa de administração, performance, entrada e saída) e condições
para aplicação e resgate de cotas.

As alterações no regulamento dependem de prévia aprovação da assembleia geral de cotistas


e devem ser comunicadas à CVM.

Qualquer divulgação de informação sobre os resultados do fundo só pode ser feita, por
qualquer meio, após um período de carência de 6 (seis) meses, a partir da data da primeira emissão
de cotas.

Taxas

Normalmente, os Fundos cobram uma taxa de administração.

São previstas as seguintes taxas: taxa de administração, taxa de performance, taxa de ingresso
e taxa de saída.

A taxa de administração é cobrada pela instituição financeira a título de remuneração dos


serviços de administração do fundo e de gestão da carteira. O percentual dessa taxa é fixado no
regulamento, sendo cobrada sobre o valor total de aplicação de cada cotista, independentemente do
resultado auferido.

A taxa de performance é cobrada com base no desempenho apresentado pela carteira do fundo
em relação a índice de mercado (índice de referência, benchmark).

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PRESTADORES DE SERVIÇOS

ADMINISTRADOR
✓ Responsável pela constituição do fundo de investimento;
✓ Responsável legal perante a CVM;
✓ Responsável pela divulgação de informação aos cotistas;
✓ Responsável pelo recolhimento do IOF e do IR na fonte
INVESTIDOR

cota
Fundo de Recursos Ativos
R$
Investimento (R$) Financeiros

CUSTODIANTE
DISTRIBUIDOR GESTOR
Responsável pela
Responsável pela Responsável por
guarda dos ativos
venda das cotas do comprar e vender os
financeiros
fundo. ativos financeiros.

Barreira de Informação ou Chinese Wall: É a separação/segregação da atividade de gestão de recursos de terceiros (asset management) e a

administração de recursos próprios (tesouraria). O objetivo é evitar o conflito de interesse.

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Investidor
Antes de realizar a primeira aplicação no fundo de investimento, o investidor deve assinar o
TERMO DE ADESÃO. Através do termo de adesão o investidor reconhece que:

(I) Recebeu e leu o regulamento e o prospecto (se houver);


(II) Está ciente dos riscos que correrá.

Após se tornar cotista, o investidor tem direito a receber uma série de informações:

(I) Diariamente: valor da cota e do patrimônio líquido


(II) Mensalmente: Extrato de investimento;
(III) Anualmente: Demonstrações Financeiras, que são elaboradas pelo administrador e
auditadas por um auditor independente.

Comunicação com o Cotista e Divulgação de Informação

As informações ou documentos para os quais se exija a “comunicação”, “acesso”, “envio”,


“divulgação” ou “disponibilização” devem ser encaminhadas por meio físico aos cotistas.

Desde que expressamente previsto no regulamento do fundo, as informações ou documentos


podem ser comunicados, enviados, divulgados ou disponibilizados aos cotistas, ou por eles
acessados, por meio de canais eletrônico ou por outros meios expressamente previstos na
Instrução 555, incluindo a rede mundial de computadores.

Ato ou Fato Relevante: O administrador é obrigado a divulgar imediatamente a todos os cotistas


na forma prevista no regulamento do fundo qualquer ato ou fato relevante ocorrido ou relacionado
ao funcionamento do fundo ou aos ativos financeiros integrantes de sua carteira.

Pelo menos uma vez ao ano é realizada uma Assembleia Geral de Cotista para deliberar sobre
as demonstrações financeiras do fundo de investimento. Compete privativamente a Assembleia Geral
de Cotistas deliberar sobre:

(I) As demonstrações contábeis apresentadas pelo administrador;


(II) A substituição do administrador, gestor ou custodiante do fundo;
(III) A fusão, a incorporação, a cisão, a transformação ou a liquidação do fundo;
(IV) O aumento da taxa de administração
(V) A alteração da política de investimento do fundo;
(VI) A emissão de novas cotas, no fundo fechado;
(VII) A amortização e o resgate compulsório de cotas;
(VIII) A alteração do regulamento.

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Classificação dos Fundos
Da denominação do fundo deve constar a expressão “Fundo de Investimento”, acrescida da
referência à classificação do fundo.

Segundo a Instrução 555 da CVM, os fundos de investimentos são classificados em: (I) Renda
Fixa; (II) Cambial; (III) Multimercado; e (IV) Ações.

Classificação:

✓ Fundo de Investimento Renda Fixa


✓ Fundo de Investimento Cambial
✓ Fundo de Investimento Multimercado
✓ Fundo de Investimento em Ações

Os ativos financeiros que poderão fazer parte da carteira de investimento do Fundo são
elencados na Política de Investimentos. A Política de Investimentos é parte integrante do
Regulamento e so pode ser alterada por deliberação dos cotistas em Assembleia Geral de Cotistas
(AGC).

Fundo de Investimento Renda Fixa

Os fundos classificados como “Renda Fixa”, devem ter como principal fator de risco de sua
carteira a variação da taxa de juros, de índice de preços, ou ambos.

Devem investir no mínimo 80% do seu patrimônio líquido em ativos atrelados, direta ou
indiretamente, a taxa de juros e/ou índice de preços.

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Fundo de Investimento Cambial

Os fundos classificados como “Cambiais” devem ter como principal fator de risco de carteira
a variação de preços de moeda estrangeira ou a variação do cupom cambial.

Nos fundos Cambiais, no mínimo 80% (oitenta por cento) da carteira deve ser composta por
ativos relacionados diretamente, ou sintetizados via derivativos, ao fator de risco que dá nome à classe
(a variação de preços de moeda estrangeira ou a variação do cupom cambial).

Fundo de Investimento Multimercado

Os fundos classificados como “Multimercado” devem possuir políticas de investimento que


envolvam vários fatores de risco, sem o compromisso de concentração em nenhum fator em
especial.

Fundo de Ações

Os fundos classificados como ações devem ter como principal fator de risco a variação de
preços de ações admitidas à negociação no mercado organizado.

Nos fundos de ações, no mínimo 67% de seu patrimônio líquidos devem ser compostos por:

(I) Ações admitidas à negociação em mercado organizado;


(II) Bônus de subscrição e certificado de depósito de ações;
(III) Cotas de fundos de ações e cotas dos fundos de índices de ações;
(IV) Brazilian Depositary Receipts classificados como nível II e III.

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Classe Composição do Patrimônio Riscos
✓ Nos fundos Cambiais, no mínimo 80% (oitenta
por cento) da carteira deve ser composta por
ativos relacionados diretamente, ou
Cambial sintetizados via derivativos, ao fator de risco
que dá nome à classe (a variação de preços
de moeda estrangeira ou a variação do
cupom cambial)
Fundo de
✓ No mínimo 80% do patrimônio líquido em
Investimento Renda Fixa ativos financeiros atrelados a taxa de juros
doméstica e/ou a índice de preço

✓ Política de investimentos que envolvam vários


Multimercado fatores de risco, sem o compromisso de
concentração em nenhum fator em especial.

Ações ✓ No mínimo 67% em ações

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CARACTERÍSTICAS DAS SUBCLASSIFICAÇÕES

Subclassificação Característica Peculiaridades


Aplica em: TPF ou privados classificados com de baixo risco de crédito pelo gestor (pré-
Curto Prazo fixados ou indexados a SELIC, outras taxas ou índice de preços), com prazo máximo a
decorrer de 375 dias, e prazo médio da carteira do fundo inferior a 60 dias;
No mínimo, 95% do seu PL esteja investido em ativos que acompanham, direta ou
Referenciado indiretamente, determinado índice de referência (benchmark), e
No mínimo, 80% aplicado em TPF ou privados classificados com de baixo risco de
crédito pelo gestor
No mínimo, 95% aplicado em:
Simples a) títulos da dívida pública federal;
b) títulos de renda fixa de emissão ou coobrigação de instituições financeiras que
possuam rating no ,mínimo, equivalente ao dos TPF

Dívida Externa No mínimo, 80% do PL aplicado em títulos representativos da dívida externa de


responsabilidade da União.

Ações – Mercado de Constituído sob a forma de condomínios fechado, podem investir até 1/3 do seu PL em
ações, debêntures, bônus de subscrição, ou outros títulos e valores mobiliários
Acesso conversíveis ou permutáveis em ações de emissão de companhias fechadas
Aplica mais de 50% do PL em ativos ou modalidades operacionais de responsabilidade
Crédito Privado de pessoas físicas ou jurídicas de direito privado.
Devem conter o sufixo “Crédito Privado”

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Classificação Tributária
Para fins de tributação dos rendimentos, os fundos de investimento são classificados em fundos de
curto prazo (carteira constituída por títulos com prazo médio igual ou inferior a 365 dias) e de longo
prazo (carteira constituída por títulos com prazo médio superior a 365 dias), conforme o prazo médio
da carteira.

✓ CURTO PRAZO: São os fundos de investimento que possuem carteira com prazo médio de até
365 dias.
✓ LONGO PRAZO: São os fundos de investimento que possuem carteira com prazo médio
superior a 365 dias.
✓ AÇÕES: Fundo de investimento classificado como Ações.

Nos fundos de investimentos, o responsável pela retenção e recolhimento é o administrador

COME COTAS
Nos fundos de investimento classificados como curto e longo prazo, há cobrança SEMESTRAL
do imposto de renda no último dia útil dos meses de MAIO e NOVEMBRO.
✓ O come cotas não afeta o valor da cota;
✓ O come cotas provocará apenas a diminuição do número de cotas.

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Fundo de Investimento Curto Prazo

Fundo de investimento com prazo médio da carteira de ATÉ 365 dias:

✓ Prazo Médio da Carteira: até 365 dias


✓ Alíquotas:

22,5%: 1 a 180 dias

20,0%: Mais de 180 dias

✓ Come-Cotas: Alíquotas de 20%


✓ Responsável pelo Recolhimento: Administrador

Fundo de Investimento Longo Prazo

Fundo de investimento com prazo médio da carteira de SUPERIOR 365 dias:

✓ Prazo Médio da Carteira: SUPERIOR 365 dias


✓ Alíquotas:

22,5%: 1 a 180 dias

20,0%: 181 a 360 dias

17,5%: 361 a 720 dias

15%: superior a 720 dias

✓ Come-Cotas: Alíquotas de 15%


✓ Responsável pelo Recolhimento: Administrador

Fundo de Investimento Ações

Nos fundos de ações não há como determinar o prazo médio da carteira, assim eles não podem ser
classificados como longo ou curto prazo para fins tributários. A volatilidade das ações também
impede a cobrança do imposto de renda semestral (COME COTAS).

✓ Alíquotas: 15%, somente no resgate.


✓ NÃO HÁ IOF
✓ NÃO HÁ COME COTAS
✓ Responsável pelo Recolhimento: Administrador

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COMPENSAÇÃO DE PERDAS
As perdas apuradas no resgate de cotas de fundos de investimento poderão ser compensadas com
rendimentos auferidos em resgates ou incidências posteriores, no mesmo ou em outro fundo de
investimento administrado pela mesma pessoa jurídica, desde que sujeitos à mesma classificação,
devendo a instituição administradora manter sistema de controle e registro em meio magnético
que permita a identificação, em relação a cada cotista, dos valores compensáveis
.

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QUESTÕES MÓDULO 3
1) A fração do patrimônio de um Fundo de Investimento é representada:
a) Pelo cotista
b) Pela cota
c) Pelo patrimônio líquido
d) Pelo valor aplicado
2) Os ativos presentes no Fundo de Investimento são de propriedade:
a) Dos cotistas do fundo
b) Do custodiante do fundo
c) Do administrador do fundo
d) Do gestor do fundo
3) O valor da cota de um Fundo de Investimento é apurado segundo a fórmula:
a) Patrimônio líquido dividido pela quantidade de cota
b) Variância do patrimônio líquido
c) Patrimônio líquido multiplicado pela quantidade de cotas
d) Patrimônio líquido do fundo dividido pelo número de cotistas
4) O procedimento de marcação a mercado dos ativos da carteira dos Fundos de Investimento tem
por objetivo:
a) Evitar que o administrador obtenha lucro com os recursos
b) Beneficiar o cotista que aplica novos recursos
c) Evitar a transferência de riqueza entre os cotistas
d) Beneficiar o cotista que solicita resgate
5) Segregar a administração de recursos de terceiros das demais atividades da instituição, que ocorre
para evitar conflito de interesses. Essa segregação é conhecida como:
a) Day trade
b) Swap
c) Marcação a Mercado
d) Chinese Wall
6) Em relação ao seu benchmark, é característica de um fundo ativo e passivo, respectivamente:
a) Acompanhar e acompanhar o benchmark
b) Acompanhar e superar o benchmark
c) Superar e acompanhar o benchmark
d) Superar e superar o benchmark

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7) A escolha dos ativos que devem compor a carteira de um Fundo de Investimento, de acordo com
sua política de investimento, compete ao:
a) Administrador
b) Cotista
c) Gestor
d) Auditor independente
8) O cotista de um Fundo de Renda Fixa que acaba de pagar o Imposto de Renda – IR verificou:
a) Redução no valor da cota
b) Redução no número de cotas
c) Aumento no valor da cota
d) Aumento no número de cotas
9) A alíquota de Imposto de Renda retida periodicamente pelo administrador de um Fundo de
Investimento, com carteira de prazo médio inferior a 365 dias, será de:
a) 20,0%
b) 10,0%
c) 15,0%
d) 22,5%
10) Os Fundos de Investimento fechados são aqueles cujas cotas:
a) Podem ser resgatados a qualquer momento
b) Não são marcados a mercado
c) Pertencem a um único cotista
d) Só podem ser resgatadas ao término do prazo de duração do fundo ou em sua liquidação
11) A rentabilidade de um Fundo de Investimento é caracterizada:
a) Pelo patrimônio do fundo descontadas as despesas e taxas
b) Pelos aportes realizados no fundo menos as taxas e despesas
c) Pela variação no preço dos ativos menos as taxas e despesas
d) Pela quantidade de aplicações menos os resgates que ocorrerem no dia
12) O come cotas em um Fundo de Investimento ocorre:
a) Somente no resgate
b) Semestralmente
c) No vencimento da carência
d) Mensalmente

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13) Um fundo de ações é aquele que aplica:
a) No mínimo 67% de seus recursos em ações
b) No máximo 67% de seus recursos em ações
c) No mínimo 51% de seus investimentos em ações
d) No mínimo 95% de seus recursos em ações
14) O risco de mercado em um Fundo de Investimento pode ser avaliado:
a) Pelo volume de aplicações que ocorre no Fundo de Investimento
b) Pela quantidade de cotistas presente no Fundo de Investimento
c) Pelas variações diárias no valor da cota do Fundo de Investimento
d) Pelo volume de resgates que ocorre no Fundo de Investimento
15) O gestor de um Fundo de Investimento trocou as LTNs que estavam no fundo por CDBs de
um banco. Ele, ao fazer isso:
a) Aumento o risco de mercado do fundo
b) Aumento o risco de crédito do fundo
c) Diminuiu o risco de crédito do fundo
d) Diminuiu o risco de mercado do fundo
16) Quando há mais aplicações do que resgate em um fundo de investimento, o gestor:
a) Vender os ativos presentes no fundo
b) Comprar ativos financeiros para o fundo de acordo com a política de investimentos
c) Solicitar alteração no regulamento
d) Emprestar recursos aos correntistas do Banco
17) Seu cliente precisa efetuar resgate total de um Fundo de Renda Fixa no 26° dia após a
aplicação. O imposto de renda incidirá sobre:
a) O rendimento total
b) O rendimento líquido de IOF
c) O valor da aplicação
d) O valor do resgate

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GABARITO
Módulo III
1. B 7. C 13. A
2. A 8. B 14. C
3. A 9. A 15. B
4. C 10. D 16. B
5. D 11. C 17. B
6. C 12. B

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4

PRINCÍPIOS DE INVESTIMENTO

Proporção: de 10% a 20%

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Principais Fatores de Análise de Investimentos
Rentabilidade
A rentabilidade ou retorno é o nível de lucro de um investimento – ou seja, a recompensa pelo
investimento.

Rentabilidade Absoluta versus Rentabilidade Relativa

A rentabilidade absoluta é o quanto se ganha ou se perde ao investir. Geralmente, quando


se fala em rentabilidade, se fala em rentabilidade absoluta.

No entanto, a rentabilidade absoluta diz muito pouco sobre o sucesso do investimento. Para
saber se a rentabilidade foi boa ou ruim, é necessário compara-lá com algum benchmark (parâmetro),
ao expressa a rentabilidade em termos de um parâmetro tem-se a rentabilidade relativa.

Por exemplo, quando um fundo é comparado ao CDI, a rentabilidade absoluta é dividida


pelo CDI do mesmo período, dando origem a rentabilidade relativa. A rentabilidade relativa é
expressa em percentual do CDI.

Rentabilidade Absoluta CDI Rentabilidade Relativa ao CDI


6,00% 12,00% 50,00% do CDI
9,00% 12,00% 75,00% do CDI
12,00% 12,00% 100% do CDI

Rentabilidade Esperada versus Rentabilidade Observada

Rentabilidade Observada: Está relacionada com o conceito de passado. É a rentabilidade


divulgada pelos fundos de investimentos, por fundos de investimentos.

Rentabilidade Esperada: O retorno que um investidor espera que um investimento renderá


no futuro.

Rentabilidade Bruta versus Rentabilidade Líquida

A rentabilidade líquida é o resultado da rentabilidade (rentabilidade bruta) deduzido os


custos do investimento e os impostos.

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Liquidez
Refere-se à velocidade e facilidade com a qual um ativo pode ser convertido pelo seu preço
justo em dinheiro.

Exemplo: Investimentos em CDB possuem maior liquidez que os investimentos em imóveis.

Risco
Risco pode ser definido como a probabilidade de perda ou ganho numa decisão de
investimento. É o grau de incerteza do retorno de um investimento. Normalmente, o risco tem relação
direta com o nível de retorno do investimento. Quanto maior o risco, maior o potencial de
rentabilidade do investimento.

Principais Riscos do Investidor

Risco de Mercado

O risco de mercado é decorrente das mudanças nos preços dos instrumentos financeiros.
Essas se devem às alterações nos preços das ações, nas taxas de juros, nas taxas de câmbio, nos preços
das commodities e nos índices de preços.
Risco de mercado, volatilidade e desvio-padrão, na prática, são utilizados como sinônimos.

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Risco de Crédito

Risco de crédito é a possibilidade de ocorrência de perdas associadas ao não cumprimento


pelo tomador ou contraparte de suas respectivas obrigações financeiras nos termos pactuados, à
desvaloriação de contrato de crédito decorrentes da deterioração na classificação de risco do tomador,
à redução de ganhos ou remunerações, às vantagens concedidas na renegociação e aos custos de
recuperação.

O risco de crédito é, usualmente, quantificado por meio de análise de risco de crédito e


consequente emissão de nota de risco de crédito (rating).

IMPORTANTE: Aplicações em ações NÃO possuem RISCO DE CRÉDITO.

Risco de Liquidez

Decorre da facilidade/dificuldade com que se pode converter um ativo financeiro em dinheiro


vivo, pelo preço justo (valor de mercado) a qualquer momento, antes de seu vencimento pelo seu
preço justo.

Risco de Liquidez tende a ser maior em ativos financeiros com preço elevado. De maneira
geral, em um mercado com muito vendedores e poucos compradores, há elevado risco de liquidez.

Como uma maneira de reduzir o risco de liquidez provocado por um elevado preço de mercado
de uma ação, pode-se realizar um desdobramento de ações (Split).

O desdobramento de ações ou Split é a transformação de uma ações em duas ou mais. Assim,


como cada ação dará origem a duas ou mais, o preço cairá proporcionalmente. Com o preço das ações
mais baixo, há um aumento da negociação das ações no mercado secundário (liquidez).

Fatores Determinantes para Adequação dos Produtos de Investimento as


Necessidades dos Investidores

Objetivo do Investidor

Os objetivos de investimento são os objetivos financeiros que o investidor deseja atingir ao


investir. Os objetivos dos investidores surgem de uma série de fatores. O entendimento desses fatores
ajuda-os a determinar os objetivos apropriados. Isso também facilita aos investidores profissionais a
adoção de políticas apropriadas para seus clientes.

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Horizonte de Investimento

Esta é a data da liquidação planejada do investimento. Exemplos de um horizonte de


investimentos de um indivíduo podem ser o prazo para se acumular fundos para o ensino superior ou
a data da aposentadoria de um assalariado. Os horizontes de investimentos devem ser considerados
quando os investidores escolhem entre ativos com vários vencimentos. Por exemplo, a data de
vencimento de uma obrigação pode torná-la um investimento mais atrativo se ela coincidir com a
data na qual o dinheiro é necessário.

Risco versus Retorno

Considerando que os investidores são racionais, concluímos que os mesmos estarão dispostos
a correr maior risco em uma aplicação financeira para ir a busca de maiores retornos.

Segundo o princípio da dominância, entre dois investimentos de mesmo retorno, o investidor


prefere o de menor risco e entre dois investimentos de mesmo risco, o investidor prefere o de maior
rentabilidade.

Relação Risco / Retorno

Há uma relação positiva entre risco e retorno.


Qualquer investidor racional só estará disposto a
Opções
assumir mais risco se for recompensado por isso.
Logo, quanto maior o risco de um ativo, maior Ações Small Caps
Retorno

deve ser seu retorno esperado.


Ações Blue Chips

Frente a dois investimentos com o mesmo retorno Debêntures

esperado, o investidor racional, escolhe o de menor CDBs

risco. Títulos Públicos

A atitude (apetite) do investidor frente ao risco é Risco


determinada pelo seu perfil de investimento.

Diversificação → Como reduzir o risco?

Uma das maneiras que o investidor tem de reduzir o risco em seus investimentos é alocar
seus recursos em ativos financeiros diferentes. A alocação de recursos em vários ativos financeiros
diferentes é conhecida no mercado como diversificação.

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A diversificação como mecanismo de redução de risco é melhor quanto menos
correlacionados forem os ativos financeiros.

Risco Não Sistêmico


Risco Diversificável
É um risco intrínseco, próprio de cada
Desvio Padrão da Carteira

investimento realizado, e sua eliminação


de uma carteira é possível pela inclusão
de ativos que não tenham correlação
positiva entre si.
Risco

Para reduzir o risco de suas


aplicações um investidor pode aplicar
em ativos financeiros diferentes.

Risco Sistemático
Risco que não pode ser eliminado pela
diversificação.

Número de Ativos

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QUESTÕES MÓDULO 4

1) Um investidor que deseje investir em ações, mas diminuir o risco deverá:


a) Diversificar seus investimentos em mais de uma ação
b) Investir em uma única ação que possua histórico de bons rendimentos
c) Investir em derivativos de ações
d) Investir em bônus de ações
2) O risco de crédito está associado a capacidade do emissor de um título de não honrar os
pagamentos:
a) Somente dos juros
b) Somente do principal da dívida
c) Dos juros e do principal da dívida
d) Somente as obrigações que não possuem garantia real
3) Um fundo de investimento que possui retorno constante terá uma volatilidade:
a) Nula
b) Crescente
c) Decrescente
d) Positiva
4) Um cliente que quer minimizar risco de suas aplicações em ações deve:
a) Comprar ações que tiveram ótimos retornos
b) Comprar uma única ação
c) Comprar diversas ações
d) Comprar apenas ações blue chips
5) “A Caderneta de Poupança rendeu 50% do CDI em 2015”. Esta afirmação refere-se ao conceito
de rentabilidade:
a) Esperada
b) Real
c) Nominal
d) Relativa
6) São riscos potenciais de uma carteira de ações:
I) Risco de Mercado
II) Risco de Liquidez
III) Risco de Crédito

Está correto afirmar o que se afirma em:

a) I e II apenas
b) I e III apenas
c) II e III apenas
d) I, II e III

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7) O risco de liquidez presente nos títulos é aquele decorrente:
a) De poucos compradores para o título e que não querem pagar o valor justo
b) De muito compradores para o título e que não querem pagar o valor justo
c) Das variações de preços que ocorrem ao longo do período de tempo para o título
d) Da possibilidade de o emissor do título não cumprir com as obrigações assumidas

GABARITO
Módulo IV
1. A 4. C 7. A
2. C 5. D
3. A 6. A

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5

PRINCÍPIOS BÁSICOS ECONOMIA E FINANÇAS

Proporção: de 5% a 10%

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Conceitos Básicos de Economia

Produto Interno Bruto (PIB)

O Produto Interno Bruto (Y) é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos em
uma economia durante determinado período de tempo:

Y = C + I + G + (X – M)

Onde

CONSUMO (C) | INVESTIMENTO (I) | GASTOS PÚBLICOS (G)


BALANÇA COMERCIAL ou EXPORTAÇÕES LÍQUIDAS
✓ Produto Nacional Bruto: É a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por fatores de
produção nacional. Difere do PIB basicamente pela Receita Líquida Enviada (ou Recebida).

Inflação

Inflação é um conceito econômico que representa o aumento de preços dos produtos num
determinado país ou região, durante um período. Num processo inflacionário o poder de compra da
moeda cai.

➢ ÍNDICE DE PREÇOS AO CONSUMIDOR AMPLO – IPCA


O IPCA mede a variação nos preços de produtos e serviços consumidos pelas famílias com
renda entre 1 a 40 salários mínimos. O período de coleta de preços vai do primeiro ao último
dia do mês corrente.
Fonte: IBGE
IPCA = Índice Oficial de Inflação
➢ ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDOR - INPC
O INPC mede a variação nos preços de produtos e serviços consumidos pelas famílias com
renda entre 1 a 5 salários mínimos.
Fonte: IBGE
➢ ÍNDICE GERAL DE PREÇOS DE MERCADO – IGP-M
O IGP-M é composto por três índices: Índice de Preços ao Atacado (IPA), Índice de Preços ao
Consumidor (IPC) e Índice Nacional do Custo da Construção (INCC), que representam 60%,
30% e 10%, respectivamente. Dados coletados do dia 21 do mês anterior ao dia 20 do mês de
referência.
60% (IPA) + 30% (IPC) + 10% (INCC)
Fonte: Fundação Getúlio Vargas (FGV)

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Política Econômica

As políticas econômicas e os grupos de instrumentos de que estas se utilizam para o


atingimento de determinados fins podem ser divididos em três grandes grupos: política monetária,
política fiscal e política cambial.

Política Monetária Controla a oferta de moeda na economia para preservar o poder de compra
da moeda (evitar inflação).
Política Fiscal Elaboração e execução do orçamento do governo. Trata da definição da
carga tributária e dos gastos do governo.
Política Cambial Baseada na administração da taxa de câmbio.

Política Monetária
A política monetária tem como principal objetivo controlar a oferta de moeda na economia.

A política monetária, ao controlar os meios de pagamentos, está visando estabilizar o nível


geral de preços da economia (controlar a inflação). Os governos que necessitam diminuir a taxa de
inflação reduzem a oferta monetária e aumentam a taxa de juros. Esse mecanismo controla o nível de
preços.

No Brasil, a política monetária é guiada pelo Regime de Metas de Inflação

Definida a meta de inflação pelo Conselho Monetário Nacional, cabe ao Banco Central do
brasil executar as políticas necessárias para o cumprimento das metas fixadas.

Meta de Inflação

✓ Índice Oficial de Inflação: IPCA


✓ Meta de Inflação: 4,5%, tolera-se dois pontos percentuais para mais ou para menos
✓ Responsável por Determinar as Metas de Inflação: Conselho Monetário Nacional (CMN)
✓ Responsável por Executar|Conduzir a Política Monetária: Banco Central do Brasil

Comitê de Política Monetária – COPOM

O Comitê de Política Monetária, criado em 1996 no âmbito do Banco Central do Brasil, tem os
seguintes objetivos: (I) implementar a política monetária; (II) definir a meta da Taxa Selic e
seu eventual viés; e (III) analisar o ‘Relatório de Inflação’.

Atualmente, as decisões do COPOM tem o objetivo de cumprir as metas para inflação


definidas pelo Conselho Monetário Nacional.

Composição: São membros do COPOM o Presidente e os Diretores do Banco Central do Brasil.

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Política Cambial

A política cambial está baseada na administração das taxas de câmbio, promovendo alterações
das cotações cambiais, e, de forma mais abrangente, no controle das transações internacionais
executadas por um país. É fixada de maneira a viabilizar as necessidades de expansão da economia e
promover seu desenvolvimento econômico.

✓ Taxa de Câmbio: A taxa de câmbio expressa um relação entre um de uma moeda e outra, ou seja
a relação entre os valores das moedas. Por exemplo, real frente ao dólar.

Movimentações da Taxa de Câmbio

✓ Desvalorização: Quando é preciso mais R$ para comprar US$ | Eleva as exportações


✓ Valorização: Quando é preciso menos R$ para comprar US$ | Eleva as importações

Regime Cambial

Câmbio Fixo
Câmbio Flutuante
Taxa de Câmbio é fixada.
Taxa de Câmbio é
Intervenção constante do
flutuante.
Banco Central
Banco Central
NÃO intervêm.

No Brasil, o regime cambial adotado é o flutuante sujo. Há intervenção do


Banco Central do Brasil em situações pontuais (taxa de câmbio ‘muito alta’
ou ‘muito baixa’).

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Taxa de Juros
A taxa de juros é uma taxa prometida de retorno, e há tantas taxas de juros quantos tipos de
empréstimos e tomadores houver.

A taxa de juros em qualquer tipo de empréstimo ou instrumento de renda fixa depende de uma
série de fatores, mas os dois mais importantes são seu vencimento e seu risco de inadimplência
(risco de crédito).

Taxa de Juros Nominal e Taxa de Juros Real

Se considerarmos que um valor aplicado em certo fundo de investimento, obteve 15% de lucro
no ano de 2007. Se considerarmos também, que a inflação acumulada no ano de 2007 foi de 4,5%,
assim o ganho real deste cliente foi inferior ao lucro nominal (aparente).

✓ Taxa Nominal: 15%


✓ Inflação: 4,5%

A inflação caracterizada pelo crescimento do nível geral dos preços e serviços, causa a perda
do poder de compra da moeda e é um dos principais tipos de risco a que estamos sujeitos em finanças.

Para o cálculo da taxa real (taxa livre dos efeitos inflacionários), não podemos apenas subtriar
a inflação e sim utilizar a Fórmula de Fisher.

(𝟏 + 𝒊𝑵𝒐𝒎𝒊𝒏𝒂𝒍 ) = (𝟏 + 𝑰𝒏𝒇𝒍𝒂çã𝒐) ∗ (𝟏 + 𝒊𝑹𝒆𝒂𝒍 )

Logo,

(𝟏 + 𝒊𝑵𝒐𝒎𝒊𝒏𝒂𝒍 )
𝒊𝑹𝒆𝒂𝒍 = ( )−𝟏
(𝟏 + 𝑰𝒏𝒇𝒍𝒂çã𝒐)

Assim, a taxa real é um pouco inferior a subtração da taxa nominal e da inflação.

1) Pergunta: Em uma aplicação financeira o ganho real pode ser igual ao ganho nominal?
Resposta: Sim, quando a inflação for igual a zero.

2) Pergunta: Em uma aplicação financeira o ganho real pode ser superior ao ganho nominal?
Resposta: Sim, quando a inflação for menor do que zero, ou seja, quando houver delcação..

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Capitalização: Simples e Composta

Definições:

✓ Capitalização Simples: Juros incidem apenas sobre o capital. Não possui ‘juros sobre juros’
✓ Capitalização Composta: Os juros incidem sobre o capital acrescido dos juros de períodos
anteriores. Existe a cobrança de ‘juros sobre juros’

Fórmulas para calcular o montante

Juros Simples

FV = PV * (1+i*n)

Exemplo 1:

Qual o montante (valor futuro) produzido por um investimento de R$ 10.000,00 aplicados a


uma taxa de 1% ao mês após 10 meses?

FV = 10.000,00 * (1+0,01*10)

FV= 11.000,00

Exemplo 2:

Qual o montante (valor futuro) produzido por um investimento de R$ 10.000,00 aplicados a uma taxa
de 12% ao ano após 6 meses?

FV = 10.000,00*(1+0,12*0,5)

FV= 10.600,00

Juros Composto

𝑭𝑽 = 𝑷𝑽 ∗ (𝟏 + 𝒊)𝒏

Exemplo 1:

Qual o montante (valor futuro) produzido por um investimento de R$ 10.000,00 aplicados a uma taxa
de juros de 1% ao mês após 10 meses?

𝐹𝑉 = 10.000,00 ∗ (1 + 0,01)10

FV = 11.046,22

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Exemplo 2:

Qual o montante (valor futuro) produzido por um investimento de R$ 10.000,00 aplicados a uma taxa
de 12% ao ano após 6 meses?

𝐹𝑉 = 10.000,00 ∗ (1 + 0,12)0,5

FV = 10.583,01

Taxa de Juros Proporcionais e Taxa de Juros Equivalente.

✓ Na Capitalização Simples a taxa de juros é proporcional. Logo, a taxa anual de 1% ao mês é


12% ao ano, pois incidira somente sobre o principal.
✓ Já na Capitalização Composta a taxa de juros não é proporcional dado que os juros incidem
sobre o principal e os juros acumulados. Na Capitalização Composta as taxas de juros são
equivalentes. As taxas de juros serão equivalentes se aplicadas ao mesmo capital, gerarem
o mesmo montante depois de igual período de tempo. Logo, a taxa anual equivalente de
1% ao mês é de 12,68%

Abaixo, o gráfico mostra os efeitos de R$ 10.000,00 capitalizados por 10 anos a uma taxa de
juros de 10% ao ano.

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QUESTÕES MÓDULO 5
1) Dentre os índices abaixo, qual que mais impacta o desempenho do IGP-M:
a) IPCA
b) IPC
c) IPA
d) INCC
2) Como instrumento de Política Monetária o COPOM define:
a) O PIB
b) A taxa de inflação
c) A taxa Selic e seu eventual viés
d) A taxa do depósito compulsório
3) A PTAX reflete:
a) A média das operações realizadas no mercado interbancário de câmbio
b) A média das operações de câmbio realizadas nas exportações
c) A média das operações de câmbio realizadas nas importações
d) A média das operações realizadas no mercado futuro
4) Quando há uma desvalorização cambial:
a) É preciso mais reais para comprar dólar e há estímulos as importações
b) É preciso menos reais para comprar dólar e há estímulos as exportações
c) É preciso mais reais para comprar dólar e há estímulos as exportações
d) É preciso menos reais para comprar dólar e há estímulos as importações
5) Um fundo de investimento teve retorno de 8%. Considerando uma inflação de 2%, no mesmo
período, logo a taxa real é:
a) Igual a 6%
b) Pouco inferior a 6%
c) Indeterminada
d) Igual a 10%

GABARITO
Módulo V
1. C 3. A 5. B
2. C 4. C

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6

ÉTICA, REGULAMENTAÇÃO E ANÁLISE DO PERFIL


DO INVESTIDOR

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PRINCÍPIOS ÉTICOS

Princípios de Integridade

Um Profissional CFP deve oferecer e proporcionar serviços profissionais com integridade e


devem ser considerados por seus clientes como merecedores de total confiança. A principal fonte
desta confiança é a integridade pessoal do Profissional CFP. ao decidir o que é correto e justo, um
Profissional CFP deve atuar com integridade como condição essencial.

Integridade pressupõe honestidade e sinceridade que não devem estar subordinadas a ganhos
e vantagens pessoais. Dentro do princípio da integridade, pode haver certa condescendência com
relação ao erro inocente e á diferença legítima de opinião; mas a integridade não pode coexistir com
o dolo ou subordinação dos próprios princípios.

A integridade requer que um Profissional CFP observe não apenas o conteúdo, mas também,
e fundamentalmente, o espírito do Código de Ética.

Princípio de Objetividade

Um Profissional CFP deve ser objetivo na prestação de serviços profissionais aos clientes.
Objetividade requer honestidade intelectual e imparcialidade.

Trata-se de uma qualidade essencial a qualquer profissional. Independente do serviço


particular prestado ou da competência com que um Profissional CFP trabalhe, esse deve proteger a
integridade do seu trabalho, manter sua objetividade e evitar que a subordinação de seu julgamento
viole o Código de Ética.

Princípio da Competência

Um Profissional CFP deve prestar serviços aos clientes de maneira competente e manter os
necessários conhecimentos e habilidades para continuar a fazê-lo nas áreas em que estiver envolvido.
Só é competente aquele que atinge e mantém um nível adequado de conhecimento e habilidade,
aplicando-os na prestação de serviços aos clientes.

Competência inclui, também, a sabedoria para reconhecer as suas limitações e as situações


em que a consulta a, ou o encaminhamento para, outro Profissional CFP for apropriada. Um
Profissional CFP, em virtude de ter conquistado um certificação CFP, é considerado qualificado para
praticar planejamento financeiro.

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Entretanto, além de assimilar o conhecimento básico exigido e de adquirir a necessária
experiência para a certificação, um Profissional CFP deve firmar um compromisso de continuação de
aprendizagem e aperfeiçoamento profissional.

Princípio de Confidencialidade

Um Profissional CFP não deve revelar nenhuma informação confidencial do cliente sem o seu
específico consentimento, a menos que em resposta a qualquer procedimento judicial, inclusive,
mas não limitado a, defender-se contra acusações de má prática de sua parte e/ou em relação a uma
disputa civil entre o Profissional CFP e o cliente.

Um cliente, ao buscar os serviços de um Profissional CFP, pode estar interessado em criar um


relacionamento de confiança pessoal com o Profissional CFP. Este tipo de relacionamento só pode
ser criado tendo como base o entendimento de que as informações fornecidas ao Profissional CFP
e/ou outras informações serão confidenciais. Para prestar os serviços eficientemente e proteger a
privacidade do cliente, o Profissional CFP deve salvaguardar a confidencialidade das informações
e o escopo de seu relacionamento com os clientes finais.

Princípios da Conduta Profissional (Profissionalismo)

A conduta profissional exige comportar-se com dignidade, agindo com respeito para com os
clientes e outros profissionais, em conformidade com as regras, regulamentações e os requisitos
profissionais adequados.

A conduta profissional requer também que o planejador financeiro CFP aprimore e mantenha
a imagem pública das Marcas, do Profissional CFP e o compromisso destes em bem servir.

Princípio da Probidade

Ser justo e imparcial nos relacionamentos profissionais. A probidade exige de o Profissional


manter com os clientes uma relação profissional íntegra, revelando e gerenciando possíveis conflitos
de interesse.

Envolve compatibilizar os próprios sentimentos, preconceitos e desejos, de forma a alcançar


um equilíbrio entre os interesses conflitantes. A probidade é tratar os outros da mesma maneira que
gostaríamos de ser tratado.

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Princípio da Diligência

Fornecer serviços profissionais de forma diligente. A diligência exige do planejador financeiro


atender aos compromissos profissionais com zelo, dedicação e rigor, cuidando adequadamente do
planejamento e execução de serviços profissionais nas condições acordadas.

PREVENÇÃO E COMBATE A LAVAGEM DE DINHEIRO


Lavagem de dinheiro é o processo pelo qual criminosos transformam recursos ganhos
em atividades ilegais em ativos com uma origem aparentemente legal.

ATENÇÃO: Desde a Lei 12.638/2012, é considerado crime antecedente (fonte de dinheiro sujo)
de lavagem de dinheiro qualquer infração penal.

Incorre no mesmo crime e está sujeito a mesma pena quem, para ocultar ou dissimular a
utilização de bens, direitos e valores provenientes de infração penal:

I. Os converte em ativos lícitos;


II. Os adquire, recebe ou troca, dá ou recebe em garantia, guarda, tem em seu depósito,
movimenta ou transfere;
III. Importa ou exporta bens com valor não correspondente ao verdadeiro.

PENA: Multa e reclusão de 3 a 10 anos.

• A pena será AUMENTADA de um a dois terços, se os crimes definidos nesta Lei forem
cometidos de forma reiterada ou por intermédio de organização criminosa.
• A pena poderá ser REDUZIDA de um a dois terços e ser cumprida em regime aberto ou
semiaberto, facultando-se ao juiz deixar de aplicá-la ou substituí-la, a qualquer tempo, por
pena restritiva de direitos, se o autor, coautor ou partícipe colaborar espontaneamente com as
autoridades, prestando esclarecimentos que conduzam à apuração das infrações penais, à
identificação dos autores, coautores e partícipes, ou à localização dos bens, direitos ou valores
objeto do crime.
• O valor máximo da multa é R$ 20 milhões

FASES DA LAVAGEM DE DINHEIRO

Lembre-se do COI

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Colocação: Primeira etapa, consiste no ingresso dos recursos ilícitos no sistema econômico. Para
isso, são realizadas as mais diversas operações, como, por exemplo, depósitos em contas correntes
bancárias; compra de bens, como imóveis, ouro, pedras preciosas, obras de arte.

Ocultação: São realizadas operações com o objetivo de quebrar a cadeia de evidências sobre a
origem do dinheiro, dificultando o rastreamento dos recursos ilícitos. Para a ocultação, são
utilizadas, por exemplo, transferências de recursos entre contas correntes, por meio eletrônico;
transferência de recursos entre empresas; operações através de “contas fantasma” e de “laranjas”,
transferência de recursos para paraísos fiscais.

Integração: Consiste na incorporação formal dos recursos no sistema econômico, sob a forma
de investimentos ou compra de ativos, com uma documentação aparentemente legal. A
integração é feita, por exemplo, através da realização de investimentos em negócios lícitos, nos
diversos setores da economia. Completadas as três etapas, o dinheiro “sujo”, já com aparência
“limpa”, fica distante da origem ilícita, tornando mais difícil a associação direta com o crime e seus
autores.

QUEM ESTÁ SUJEITO À LEI E A REGULAMENTAÇÃO

As instituições / profissionais abaixo devem (I) identificar seus clientes e manter cadastro
atualizado; (II) manter registro das operações definidas; (III) comunicar ao COAF no caso previstos
em Lei; e (IV) adotar políticas de combate ao crime de lavagem de dinheiro.

Sujeitam-se às obrigações referidas as pessoas físicas e jurídicas que tenham, em caráter


permanente ou eventual, como atividade principal ou acessória, cumulativamente ou não:

I - a captação, intermediação e aplicação de recursos financeiros de terceiros,

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II – a compra e venda de moeda estrangeira ou ouro;

Sujeitam-se às mesmas obrigações:

I – as bolsas de valores, as bolsas de mercadorias ou futuros e o mercado de balcão organizado;

II - as seguradoras, entidades de previdência complementar ou de capitalização;

III - as administradoras de cartões de credenciamento ou cartões de crédito, bem como as


administradoras de consórcios para aquisição de bens ou serviços;

IV - as pessoas físicas ou jurídicas que exerçam atividades de promoção imobiliária ou compra


e venda de imóveis;

V - as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem jóias, pedras e metais preciosos, objetos
de arte e antigüidades.

VI - as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem bens de luxo ou de alto valor, intermedeiem
a sua comercialização ou exerçam atividades que envolvam grande volume de recursos em espécie;

VII - as juntas comerciais e os registros públicos

VIII - as pessoas físicas ou jurídicas que prestem, mesmo que eventualmente, serviços de assessoria,
consultoria, contadoria, auditoria, aconselhamento ou assistência, de qualquer natureza

COMUNICAÇÃO DE OPERAÇÕES FINANCEIRAS

As instituições acima, deverão comunicar ao Coaf, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas,


a proposta ou realização de operações acima dos limites definidos em lei.

O que deve ser comunicado:

I - as operações realizadas ou serviços prestados cujo valor seja igual ou superior a


R$10.000,00 (dez mil reais) e que possam configurar a existência de indícios de crime (operações
suspeitas);
II - depósito em espécie, saque em espécie, saque em espécie por meio de cartão pré-pago ou
pedido de provisionamento para saque, de valor igual ou superior a R$100.000,00 (cem mil reais).
Os cadastros e registros das operações envolvendo dinheiro, títulos e valores mobiliários,
metais etc deverão ser conservados durante o período mínimo de cinco anos a partir do
encerramento da conta ou da conclusão da transação, prazo este que poderá ser ampliado pela
autoridade competente.

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PREVENÇÃO E COMBATE AO CRIME DE LAVAGEM DE DINHEIRO

O primeiro movimento concentrado para prevenir e combater o crime de lavagem de dinheiro


foi a Convenção Contra o Tráfico Ilícito de Entorpecentes e Substâncias Psicotrópicas
(Conhecida como Convenção de Viena).

COAF

O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), órgão criado no âmbito do


Ministério da Fazenda, foi instituído pela Lei 9.613, de 1998, e atua eminentemente na prevenção
e combate ao crime de lavagem de dinheiro.

As competências do COAF estão definidas nos artigos 14 e 15 da referida lei, quais sejam:

✓ Receber, examinar e identificar as ocorrências suspeitas de atividades ilícitas;


✓ Comunicar às autoridades competentes para a instauração dos procedimentos cabíveis nas
situações em que o Conselho concluir pela existência, ou fundados indícios, de crimes de
“lavagem”, ocultação de bens, direitos e valores, ou de qualquer outro ilícito;
✓ Coordenar e propor mecanismos de cooperação e de troca de informações que viabilizem ações
rápidas e eficientes no combate à ocultação ou dissimulação de bens, direitos e valores;

CONHEÇA SEU CLIENTE

O Cadastro de Clientes é uma atividade dentro da instituição que responde pela análise e
registro das informações e documentos de identificação de clientes com os quais a instituição mantém
relacionamento através dos serviços e produtos financeiros, vinculados ou não a conta corrente ou de
investimento dentro da instituição.

Nessas condições, o Cadastro de Clientes é elemento chave para fins de Prevenção e Combate
à Lavagem de Dinheiro, sendo o dossiê do cliente suporte e subsídio importantes nas análises de
operações dos clientes com a instituição.

Os cadastros e registros das operações envolvendo dinheiro, títulos e valores mobiliários,


metais etc deverão ser conservados durante o período mínimo de cinco anos a partir do
encerramento da conta ou da conclusão da transação, prazo este que poderá ser ampliado pela
autoridade competente.

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ADEQUAÇÃO DOS PRODUTOS VENDIDOS
As pessoas habilitadas a atuar como integrantes do sistema de distribuição e os consultores
de valores mobiliários NÃO podem recomendar produtos, realizar operações ou prestar serviços
sem que verifiquem sua adequação ao perfil do cliente (suitability).

Cabe aos integrantes do sistema de distribuição verificar:

I – o produto, serviço ou operação é adequado aos objetivos de investimento do cliente;


Analisando, no mínimo:
a) o período em que o cliente deseja manter o investimento;
b) as preferências declaradas do cliente quanto à assunção de riscos; e
c) as finalidades do investimento;

II – a situação financeira do cliente é compatível com o produto, serviço ou operação; e


Analisando, no mínimo:
a) o valor das receitas regulares declaradas pelo cliente;
b) o valor e os ativos que compõem o patrimônio do cliente; e
c) a necessidade futura de recursos declarada pelo cliente.

III – o cliente possui conhecimento necessário para compreender os riscos relacionados ao produto,
serviço ou operação.
Analisando, no mínimo:
a) os tipos de produtos, serviços e operações com os quais o cliente tem familiaridade;
b) a natureza, o volume e a frequência das operações já realizadas pelo cliente no
mercado de valores mobiliários, bem como o período em que tais operações foram
realizadas; e
c) a formação acadêmica e a experiência profissional do cliente.

O distribuidor não pode recomendar produtos e serviços ao cliente quando:


I – o perfil do cliente não seja adequado ao produto ou serviço;

II – não sejam obtidas as informações que permitam a identificação do perfil do cliente; ou

III – as informações relativas ao perfil do cliente não estejam atualizadas (a atualização das
informações relativas ao perfil do investidor devem ser atualizadas em prazo não superior a 24
meses);

Se mesmo desenquadrado, o cliente quiser investir, cabe ao distribuidor:

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I – alertar o cliente acerca da ausência ou desatualização de perfil ou da sua inadequação, com a
indicação das causas da divergência; e

II – obter declaração expressa do cliente de que está ciente da ausência, desatualização ou


inadequação de perfil.

A obrigatoriedade de verificar a adequação do produto, serviço ou operação não se aplica


quando:

I – o cliente for investidor qualificado, com exceção das pessoas naturais mencionadas no inciso IV
do art. 9º-A e nos incisos II e III do art. 9º-B;

II – o cliente for pessoa jurídica de direito público; ou

III – o cliente tiver sua carteira de valores mobiliários administrada discricionariamente por
administrador de carteira de valores mobiliários autorizado pela CVM.

ATENÇÃO:

Os fundos de “Renda Fixa Simples” fica dispensado da verificação da adequação do investimento no


fundo ao perfil do cliente, na forma da regulamentação específica sobre o assunto, na hipótese de o
investidor não possuir outros investimentos no mercado de capitais.

ANÁLISE DO PERFIL DO INVESTIDOR

Para determinar o perfil de risco do cliente e determinar os produtos mais aderentes ao perfil
e as necessidades do cliente, devem ser colhidas informações sobre:

✓ Idade
✓ Objetivo de Investimento: Meta a ser alcançada.
✓ Horizonte de Investimento: Período para atingir determinado objetivo.
✓ Tolerância ao Risco: A disposição do investidor a aceitar riscos mais altos para obter retornos
esperados mais altos.

Após a análise das informações coletadas é proposta uma carteira de investimento (portfólio)
ou verificada a capacidade da atual carteira de investimento de alcançar os objetivos do cliente.

Periodicamente, a carteira de investimento é avaliada e, sempre que necessário, há uma


readequação da carteira.

Resumidamente, a estruturação de um portfolio deve seguir as seguintes etapas:

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Fonte: Planejamento Financeiro Pessoal e Gestão do Patrimônio

Confidencialidade

As informações do cliente devem ser guardadas e protegidas, de forma a permitir acesso


prudente apenas às pessoas autorizadas.

A instituição deverá tratar as informações do cliente como confidenciais, exceto se tiver de


responder a processos legais ou para satisfação da legislação e regulamentação oficiais vigentes.

Conflito de Interesse:

As instituições devem adotar providências no sentido de evitar a realização de operações em


situação de conflito de interesses, visando a assegurar tratamento equitativo a seus clientes.

Uma maneira de evitar o conflito de interesse é o chinesse wall.

ANÁLISE DO PERFIL DO INVESTIDOR

Segundo a ANBIMA, as Instituições Participantes deverão adotar procedimentos formais


estabelecidos de acordo com critérios próprios e controles, que possibilitem verificar a adequação
dos investimentos ao perfil do investidor de acordo com diretrizes específicas elaboradas pelo
Conselho de Regulação e Melhores Práticas.

✓ Na distribuição de Fundos de Investimento, deverá ser adotado processo de coleta de


informações dos investidores que permita a aferição apropriada da situação financeira do
investidor, sua experiência em matéria de investimentos e seus objetivos de investimento.
✓ A coleta de informações deverá fornecer informações suficientes para permitir a definição
de um perfil de investimento de cada cliente (“Perfil”);
✓ O Perfil deverá possibilitar a verificação da adequação dos objetivos de investimento dos
clientes à composição das carteiras por eles pretendidas/detidas em cada Instituição
Participante.

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MAIS INFORMAÇÕES SOBRE A ANÁLISE DE PERFIL DO INVESTIDOR (API)

1. O que é a API?

É uma metodologia desenvolvida para obter o perfil de investidor do cliente pessoa física e verificar
a adequação dos investimentos pretendidos a esse perfil.

2. Como é obtido o perfil do investidor?

É utilizado um questionário, cujas respostas apresentadas dão subsídios para obtenção do perfil do
investidor, tais como objetivo de investimento e tolerância a riscos.

3. Qual o objetivo da API?

Auxiliar o cliente na tomada de decisão de investimentos e proporcionar mais transparência no


momento do investimento.

4. Em que situação é solicitada o preenchimento do questionário?

Quando o cliente pessoa física desejar aplicar em um dos fundos de investimento oferecidos pelo
Instituição Participante (ANBIMA).

As respostas apresentadas no questionário têm validade de 360 dias, sendo necessário novo
preenchimento quando ocorrer nova aplicação, subseqüente a esse prazo.

5. O cliente pode recusar-se a preencher o questionário?

Sim, mas deve declarar por escrito ou eletronicamente que optou por não responder o
questionário. Neste caso, o cliente não é classificado em um dos perfis estabelecidos na API e a
Instituição Participante não pode ajudá-lo a escolher o melhor investimento, de acordo com seu perfil.

6. Quais são os perfis definidos na API?

• Perfil Conservador: Cliente que busca segurança acima de tudo em seus investimentos. Perfil
voltado para aplicações em renda fixa.
• Perfil Moderado: Cliente disposto a correr um pouco de risco para obter ganhos maiores que
a inflação. Este perfil sugere aplicações em fundos de renda fixa, multimercados, podendo
aplicar uma pequena parte em fundos de ações.
• Perfil Agressivo: Cliente disposto a correr risco para obter ganhos no médio e longo prazo.
Este perfil sugere que o cliente pode disponibilizar a maior parte de seus recursos em fundos
multimercados e fundos de ações.

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7. Como é utilizada a informação do perfil do investidor, após preenchido o questionário?

É sugerida, ao cliente, uma carteira de investimentos adequada ao seu perfil de investidor. Dessa
forma, a Instituição Participante verifica a coerência entre o perfil do investidor e a sua carteira de
investimentos.

8. Que tratamento é dado ao cliente com Perfil Conservador e que deseja aplicar em fundo de
ações?

O cliente é alertado pela Instituição Participante das implicações de sua decisão, através de
notificação por escrito, a fim de possibilitar ao investidor uma melhor avaliação da composição de
sua carteira de aplicações mantida na Instituição Participante face ao seu perfil indicado.

9. De que maneira o cliente pode preencher o questionário?

O questionário está disponível para preenchimento em nossas agências e no serviço Eletrônico


(Internet Banking), quando da solicitação de aplicação em um dos fundos de investimento oferecidos
pela Instituição Participante.

10. Que providência é tomada em relação ao cliente que possui saldo aplicado, em um dos
fundos de investimento oferecidos pela Instituição Participante?

A Instituição Participante realiza, periodicamente, convocação dos clientes nesta situação para
preenchimento do questionário em uma de suas agências ou por meio do serviço Eletrônico (Internet
Banking).

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QUESTÕES MÓDULO 6
1) O profissional de uma instituição financeira não pode revelar informações da conta corrente e
também dados do cliente, exceto quando for para comprovar que o profissional não teve conduta
de imperícia. Esse é o princípio

a) Da Competência
b) Da Confidencialidade
c) Da Objetividade
d) Do Profissionalismo
2) É correto falar sobre a lavagem de dinheiro:

a) Quem utiliza na atividade econômica dinheiro que sabe ser proveniente de lavagem de dinheiro
está sujeito a uma penalidade menor do que quem lava dinheiro
b) Quem utiliza o dinheiro proveniente de lavagem de dinheiro está sujeito à mesma penalidade
que o que cometeu o crime de lavagem de dinheiro
c) Só está sujeito ao crime de lavagem de dinheiro aquele que comprovadamente usufruir dos
bens provenientes da lavagem que fez
d) A empresa que faz uma série de operações que caracterizam indícios de busca por facilidades
fiscais responde pelo crime de lavagem de dinheiro
3) O profissional que informa que somente poderá liberar o empréstimo de R$ 20 mil que o cliente
está pedindo sob a condição de que o cliente aplique R$ 7 mil em fundos de investimento está
realizando a prática de:

a) Venda Cruzada
b) Venda Casada
c) Batimento de Metas
d) Operação Fraudulenta
4) Segue o princípio da confidencialidade aquele profissional que não revela as informações sobre a
situação financeira e movimentação do seu cliente, exceto quanto for para:

a) Dar resposta a outras instituições financeiras solicitantes


b) Dar resposta a informações solicitadas pela Bolsa de Valores de São Paulo
c) Dar resposta a procedimento judicial
d) Passar a informação para os órgãos responsáveis pela autorregulação

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5) Segundo o Código de Autorregulamentação da ANBIMA, o profissional que atua na venda de
produtos de investimento deve:

a) Agir com ética e diligência na hora de orientar o cliente sobre produtos de investimento, como
se o dinheiro fosse seu
b) Limitar-se a apresentar apenas os riscos decorrentes das aplicações financeiras que o cliente
deseja fazer
c) Oferecer produtos de investimento para o cliente sempre com o objetivo de bater a meta de
vendas
d) Oferecer os produtos com o menor risco de crédito existente para toda a sua carteira de clientes,
evitando assim assumir maiores riscos
6) O profissional que presta serviços de forma a manter o conhecimento e a habilidade na hora de
oferecer os produtos de investimento para o cliente, além de saber reconhecer suas limitações.
Esse profissional está seguindo o princípio da:

a) Confidencialidade
b) Objetividade
c) Competência
d) Integridade
7) Segue o princípio da integridade o profissional que adota a prática de:
a) Oferecer sempre o produto com o menor risco de crédito que a instituição pode oferecer ao
cliente
b) Limitar-se a apresentar apenas os riscos decorrentes das operações financeiras que o cliente
deseja fazer
c) Oferecer produtos de investimento para o cliente sempre com o objetivo de bater a meta de
vendas
d) Abster-se de obter vantagens pessoais na venda de produtos de investimento para o cliente

GABARITO
Módulo VI
1. B 4. C 7. D
2. B 5. A
3. B 6. C

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7

PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR ABERTA: VGBL E PGBL

Proporção: de 5% a 10%

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Previdência Social x Previdência Privada: Avaliação da Necessidade do Cliente
O Sistema de Previdência Social brasileiro está estabelecido basicamente sobre dois pilares: a
Previdência Social básica (oferecida pelo Poder Público) e a Previdência Privada (de caráter
complementar ao regime de previdência privada).

A Previdência Social é o seguro social para a pessoa que contribui. Instituído e administrado pelo
poder público (INSS), de filiação obrigatória para todos aqueles que exercem atividade econômica,
compreende os benefícios em dinheiro e demais programas, cuja finalidade é a de proporcionar ao
indivíduo e a seus dependentes as condições socialmente definidas como indispensáveis à sua
manutenção (subsistência) quando ele perde sua capacidade de trabalho, seja pela doença, invalidez,
idade avançada e desemprego involuntário, ou mesmo a maternidade e a reclusão.

Como a previdência social oferece benefícios mínimos e máximos (teto), se desejar manter seu
padrão de vida, o indivíduo deverá buscar uma alternativa de complementar sua renda.

A Previdência Complementar Privada, de caráter facultativo, é uma opção do indivíduo. Ela


estabelece a formação de uma reserva a ser utilizada tanto para complementar a renda recebida pelo
INSS, quanto para acumulação de recursos para outros fins.

Atualmente, a previdência complementar privada é dividida em dois grandes grupos: os das


entidades fechadas, específicas dos empregados de determinada empresa ou grupo de empresas, e
das entidades abertas, acessíveis a qualquer um que subscreva e custeie o seu plano de benefícios.

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Características Técnicas que Influenciam o Produto

Taxa de Administração

É o percentual cobrado pela administração do fundo de investimento exclusivo (FIE), criado pelo
plano. Expressa ao ano, é cobrada diariamente sobre o valor total das reservas, logo a rentabilidade
apresentada pelos planos já é líquida.

Taxas de Carregamento

É o percentual incidente sobre as contribuições pagas pelo participante, para fazer face às despesas
administrativas, ás de corretagem e às de colocação do Plano.

O percentual máximo de carregamento permitido pela legislação vigente é de 10% para os planos
estruturados na modalidade de contribuição variável e de 30% para aqueles estruturados na
modalidade de benefício definido.

Portabilidade

Instituto que, durante o período de diferimento (período de tempo compreendido entre a data da
contratação do plano pelo participante e a data escolhida por ele para o início da concessão do
benefício), e na forma regulamentada, permite a movimentação dos recursos acumulados
(recursos da provisão matemática de benefícios a conceder).

✓ A instituição tem cinco dias úteis para efetuar a portabilidade.


✓ A portabilidade não caracteriza resgate. Logo, não há incidência de Imposto de Renda.
✓ Deve ser respeitado o prazo de carência determinado em regulamento (o tempo mínimo
exigido é de 60 dias).

Só é possível a portabilidade entre planos de mesma modalidade, de PGBL para PGBL e de


VGBL para VGBL.
Quanto à tributação, não é possível efetuar a portabilidade de um recurso aplicado em um
plano sob o Regime Tributário Regressivo para um plano que possui Regime Tributário
]
Progressivo.

Resgates
A restituição ao participante do montante acumulado na provisão matemática de benefícios a
conceder relativa ao seu benefício.

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Regimes de Tributação
Independente da modalidade não há incidência de imposto sobre rendimentos na fase de
acumulação.

No PGBL as contribuições podem ser deduzidas da base de cálculo do IR até o limite de 12% da
renda bruta anual, diminuindo a base de cálculo do imposto de renda pessoa física (optantes da
declaração completa de IR). No resgate, todo o valor (principal mais rendimentos) estará sujeito
ao IR.

No VGBL as contribuições não podem ser deduzidas da base de cálculo do IR, ou seja, as
contribuições não diminuem a base de cálculo do imposto da pessoa física (optante da declaração
completa de IR). No resgate, a vantagem é do VGBL, cujo valor tributável é apenas dos
rendimentos.

Tabela Regressiva (Definitiva) do Imposto de Renda conforme o prazo de acumulação dos recursos:

Inferior ou igual a 2 anos 35%


Superior a 2 anos e até 4 anos 30%
Superior a 4 anos e até 6 anos 25%
Superior a 6 anos e até 8 anos 20%
Superior a 8 anos e até 10 anos 15%
Superior a 10 anos 10%

Na escolha da tabela regressiva, os resgates do PGBL e VGBL serão aplicadas as alíquotas do IR


acima e de forma definitiva (exclusiva na fonte), ou seja, esses resgates não são computados
com os demais rendimentos sujeitos à tabela progressiva normal (até 27,5%) e, portanto, não há
Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL)
complemento ou restituição de imposto.

Tabela Progressiva (Compensável): Na prática, o que determina a alíquota sobre o plano de


previdência é o valor a ser resgatado ou transformado em renda.

Base de Cálculo (Mensal) Alíquota Parcela a Deduzir


Até R$ 1.903,98 Isento
De R$ 1.903,99 até R$ 2.826,65 7,5% R$ 142,80
De R$ 2.826,66 até R$ 3.751,05 15,0% R$ 354,80
De R$ 3.751,06 até R$ 4.664,68 22,5% R$ 636,13
Acima de R$ 4.664,68 27,5% R$ 869,36

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Os valores recebidos e o IR recolhidos antecipadamente devem ser lançados na Declaração de Ajuste
Anual de IR e podem ainda ser compensados e restituídos de acordo com as despesas médicas,
escolares ou com seus dependentes econômicos do assistido.

Vida Gerador de Benefícios Livres (VGBL)


O VGBL é um plano por sobrevivência que, após um período de acumulação de recursos (período de
diferimento), proporciona ao segurado uma renda mensal – que poderá ser vitalícia ou por período
predeterminado -ou um pagamento único.

Sem garantia de remuneração mínima e de atualização de valores e sempre estruturados na


modalidade de contribuição variável

O VGBL é classificado como seguro de pessoa, logo quem faz a adesão ao VGBL é um segurado.

No VGBL as contribuições não podem ser deduzidas da base de cálculo do IR, ou seja, as
contribuições não diminuem a base de cálculo do imposto da pessoa física (optante da declaração
completa de IR). No resgate, a vantagem é do VGBL, cujo valor tributável é apenas dos
rendimentos.

Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL)


O PGBL é um plano por sobrevivência que, após um período de acumulação de recursos (período de
diferimento), proporciona ao segurado uma renda mensal – que poderá ser vitalícia ou por período
predeterminado -ou um pagamento único.

Sem garantia de remuneração mínima e de atualização de valores e sempre estruturados na


modalidade de contribuição variável

No PGBL as contribuições podem ser deduzidas da base de cálculo do IR até o limite de 12% da
renda bruta anual, diminuindo a base de cálculo do imposto de renda pessoa física (optantes da
declaração completa de IR). No resgate, todo o valor (principal mais rendimentos) estará sujeito
ao IR.

PGBL x VGBL
A principal diferença entre os dois reside no tratamento tributário dispensado a um e outro. Em ambos
os casos, o imposto de renda incide apenas no momento do resgate ou recebimento da renda.
Entretanto, enquanto no VGBL o imposto de renda incide apenas sobre os rendimentos, no PGBL o
imposto incide sobre o valor total a ser resgatado ou recebido sob a forma de renda.

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PGBL X VGBL
Durante o período de
Abatimento das contribuições acumulação, os recursos
no Imposto de Renda (até o aplicados estão isentos de
limite de 12% da Renda Bruta tributação sobre os
anual) durante o período de TRATAMENTO FISCAL rendimentos. Somente no
acumulação. Sobre os valores momento do recebimento de
de resgate e rendas haverá a renda ou de resgate haverá a
incidência de tributação. incidência de Imposto de
Renda sobre o rendimento.
Para quem é isento,declara
Mais atraente para quem
Imposto de Renda
declara Imposto de Renda
PARA QUEM É simplificado ou tem
completo, podendo aproveitar
INDICADO previdência complementar
o abatimento da Renda Bruta
e/ou já abate o limite máximo
anual na fase de contribuição.
de 12% da Renda Bruta anual.

A SUSEP, autarquia vinculada ao Ministério da Economia é o órgão responsável pelo


controle e fiscalização dos mercados de seguro, previdência privada aberta, capitalização e
resseguro.
Atribuições da SUSEP:
(I) Fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação das Sociedades Seguradoras,
de Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta e Resseguradores, na qualidade de
executora da política traçada pelo CNSP;
(II) Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados supervisionados;
(III) Cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP (Conselho Nacional de Seguros Privados,
órgão normatizador do Sistema de Seguros Privados) e exercer as atividades que por este forem
delegadas.

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QUESTÕES MÓDULO 7

1) Um profissional liberal tem uma renda tributável muito pequena. Seus rendimentos vêm da
distribuição de lucros que seu escritório realiza. Ele quer aderir a um plano de previdência
complementar para sua aposentadoria que ocorrerá entre 10 e 12 anos. Qual plano é mais
adequado as necessidades e característica do profissional liberal:
a) PGBL, com tabela progressiva IR
b) PGBL, com tabela regressiva IR
c) VGBL, com tabela regressiva IR
d) PGBL, com tabela progressiva IR
2) Qual o percentual da renda bruta anual pode ser deduzida na Declaração Anual de ajuste do IR
por um participante de um PGBL:
a) 10%
b) 12%
c) 20%
d) 25%
3) Seu cliente contratou um VGBL com alíquota regressiva e resgatou após 9 anos. Qual será o
Imposto de Renda Retido na Fonte:
a) 35%
b) 25%
c) 15%
d) 10%
4) O imposto de renda em uma aplicação PGBL incide sobre a forma:
a) Semestralmente e no resgate sobre a rentabilidade
b) Apenas semestralmente e sobre a rentabilidade
c) Apenas no resgate e sobre a rentabilidade
d) Apenas no resgate e sobre o valor total resgatado

GABARITO
Módulo VII
1. C 3. C
2. B 4. D

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