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LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE)


CURSO REGULAR
PROFESSOR: ANDERSON LUIZ

AULA 03 (1ª parte)

ASSUNTO:
Lei nº 9.784/99 (parte 3.1) – 60 questões

(CESPE/Aracaju-SE/2008) Em relação aos atos e aos processos


administrativos regulados pela Lei n.º 9.784/1999, julgue os próximos itens.

241. (CESPE/Aracaju-SE/2008) O desatendimento de intimação para


apresentação de defesa em processo administrativo não importa no
reconhecimento da verdade dos fatos.

Comentários:
CERTO. O desatendimento da intimação não importa o reconhecimento
da verdade dos fatos, nem a renúncia a direito pelo administrado (art. 27).

242. (CESPE/Aracaju-SE/2008) A revogação de ato administrativo não gera


direito adquirido a terceiros.

Comentários:
ERRADO. A Administração deve anular seus próprios atos, quando
eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos (art.
53).

243. (CESPE/Aracaju-SE/2008) Concluída a instrução de processo


administrativo, a administração tem até 30 dias para decidir, salvo prorrogação
por igual período expressamente motivada.

Comentários:

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ERRADO. A Administração tem o dever de explicitamente emitir decisão


nos processos administrativos e sobre solicitações ou reclamações, em matéria
de sua competência (art. 48).
Assim, concluída a instrução do processo administrativo, a
Administração tem até 30 dias para decidir. Esse prazo pode ser
prorrogado por igual período, desde haja motivação expressa (art. 49).

244. (CESPE/Aracaju-SE/2008) A decisão de recursos administrativos não


pode ser objeto de delegação.

Comentários:
CERTO. Não podem ser objeto de delegação (art. 13):
• A edição de atos de caráter normativo;
• A decisão de recursos administrativos;
• As matérias de competência exclusiva.

SÃO INDELEGÁVEIS:

ATOS NORMATIVOS

DECISÃO DE RECURSOS

COMPETÊNCIA EXCLUSIVA

245. (CESPE/TRE-MG/2008) O processo administrativo não pode ser iniciado


de ofício.

Comentários:
ERRADO. Em face do princípio da oficialidade (ou princípio do
impulso oficial do processo), o processo administrativo pode ser
instaurado (iniciado, estabelecido) de ofício (pela própria Administração),
independentemente de provocação do administrado.

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246. (CESPE/TRE-MG/2008) As organizações e associações representativas


são legitimadas para atuar como interessadas em processos administrativos, no
tocante a direitos e interesses individuais.

Comentários:
ERRADO. A Lei nº 9.784/99, em seu art. 9º, define que, no processo
administrativo, são legitimados como interessados:
• Pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de direitos
ou interesses individuais ou no exercício do direito de representação;
• Aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses
que possam ser afetados pela decisão a ser adotada;
• As organizações e associações representativas, no tocante a direitos
e interesses coletivos;
• As pessoas ou as associações legalmente constituídas quanto a
direitos ou interesses difusos.

Portanto, as organizações e associações representativas são


legitimadas para atuar como interessadas em processos administrativos, no
tocante a direitos e interesses coletivos.

247. (CESPE/TRE-MG/2008) Todos os atos do processo administrativo


devem ser realizados de forma determinada.

Comentários:
ERRADO. Os atos do processo administrativo não dependem de forma
determinada senão quando a lei expressamente a exigir (art. 22).

IMPORTANTE:
Em regra, os atos do processo administrativo não dependem de forma
determinada.

248. (CESPE/TRE-MG/2008) Todos os recursos administrativos devem


tramitar, no máximo, por duas instâncias administrativas.

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Comentários:
ERRADO. Visando à celeridade processual, o recurso administrativo, em
regra, tramitará no máximo por 3 instâncias administrativas (art. 57)

249. (CESPE/TRE-MG/2008) Deve ser permitida, em caráter excepcional e


por motivos relevantes devidamente justificados, a avocação temporária de
competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior.

Comentários:
CERTO. Em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente
justificados, será permitida a avocação temporária de competência
atribuída a órgão hierarquicamente inferior (art. 15).

250. (CESPE/TRT-1ª Região/2008) A edição de atos de caráter normativo


pode ser objeto de delegação, desde que esta seja feita pelo titular de um
órgão administrativo para outro que lhe seja hierarquicamente subordinado.

Comentários:
ERRADO. Não podem ser objeto de delegação (art. 13):
• A edição de atos de caráter normativo;
• A decisão de recursos administrativos;
• As matérias de competência exclusiva.

SÃO INDELEGÁVEIS:

ATOS NORMATIVOS

DECISÃO DE RECURSOS

COMPETÊNCIA EXCLUSIVA

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251. (CESPE/TRT-1ª Região/2008) Os procedimentos administrativos


exigem, para seu começo, a provocação do interessado, não podendo a
administração, tal qual o Poder Judiciário, iniciar processo de ofício.

Comentários:
ERRADO. Em face do princípio da oficialidade (ou princípio do
impulso oficial do processo), o processo administrativo pode ser
instaurado (iniciado, estabelecido) de ofício (pela própria Administração),
independentemente de provocação do administrado.

(CESPE/ANS/2005) A respeito do processo administrativo e das orientações


contidas na Lei n.º 9.784/1999, julgue os itens que se seguem.

252. (CESPE/ANS/2005) Entre os princípios que devem ser adotados pela


administração pública nos processos administrativos, a Lei n.º 9.784/1999,
expressamente, arrolou a razoabilidade e a proporcionalidade.

Comentários:
CERTO.

Segurança Jurídica
Eficiência
Razoabilidade
Finalidade
Ampla defesa
Contraditório
Interesse Público
Legalidade
Proporcionalidade
Moralidade
Motivação

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253. (CESPE/ANS/2005) O critério de adequação dos meios e dos fins, sem


a imposição de obrigações, restrições ou sanções em medida superior à
estritamente necessária para o atendimento do interesse público, decorre do
princípio da proporcionalidade.

Comentários:
CERTO. Segundo os princípios da razoabilidade e da
proporcionalidade, nos processos administrativos serão observados, entre
outros, os critérios de adequação entre meios e fins, sendo vedado à
Administração impor obrigações, restrições e sanções em medida
superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse
público (art. 2º, parágrafo único, VI).

CRITÉRIOS PRINCÍPIOS

Atuação conforme a lei e o Direito Legalidade

Atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia Impessoalidade


total ou parcial de poderes ou competências, salvo
autorização em lei

Objetividade no atendimento do interesse público, Impessoalidade


vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades

Atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e Moralidade


boa-fé

Divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas Publicidade


as hipóteses de sigilo previstas na Constituição

Adequação entre meios e fins, vedada a imposição Proporcionalidade


de obrigações, restrições e sanções em medida e Razoabilidade
superior àquelas estritamente necessárias ao
atendimento do interesse público;

Indicação dos pressupostos de fato e de direito que Motivação


determinarem a decisão

Observância das formalidades essenciais à garantia dos Segurança Jurídica


direitos dos administrados e Informalismo

Adoção de formas simples, suficientes para propiciar Segurança Jurídica


adequado grau de certeza, segurança e respeito aos e Informalismo

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direitos dos administrados

Garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de Contraditório e


alegações finais, à produção de provas e à interposição Ampla Defesa
de recursos, nos processos de que possam resultar
sanções e nas situações de litígio

Proibição de cobrança de despesas processuais, Gratuidade


ressalvadas as previstas em lei

Impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem Oficialidade


prejuízo da atuação dos interessados

Interpretação da norma administrativa da forma que Impessoalidade e


melhor garanta o atendimento do fim público a que se Segurança Jurídica
dirige, vedada aplicação retroativa de nova
interpretação.

254. (CESPE/ANS/2005) O recurso administrativo, em regra, tem efeito


suspensivo, o qual deve ser sempre motivado por causas como o justo receio
de ocorrência de prejuízo de difícil ou incerta reparação decorrente de execução
da decisão recorrida.

Comentários:
ERRADO. Visando à celeridade processual, o recurso administrativo, em
regra, tramitará no máximo por 3 instâncias administrativas (art. 57) e não
terá efeito suspensivo (art. 61).
Entretanto, se houver justo receio de prejuízo de difícil ou incerta
reparação decorrente da execução, a autoridade recorrida ou a imediatamente
superior poderá, de ofício ou a pedido, dar efeito suspensivo ao recurso (art.
61, parágrafo único). Ou seja, o recurso administrativo, em regra, não tem
efeito suspensivo.

255. (CESPE/ANS/2005) O recurso administrativo deve ser dirigido a


autoridade superior àquela que proferiu a decisão objeto de insurgência.

Comentários:

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ERRADO. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões


de legalidade e de mérito (art. 56). Esse recurso será dirigido à autoridade
que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de 5 dias, o
encaminhará à autoridade superior (art. 56, §1º).

256. (CESPE/TCU/2003) Os atos do processo administrativo independem de


forma determinada, a menos que a lei expressamente o exija.

Comentários:
CERTO. Os atos do processo administrativo não dependem de forma
determinada senão quando a lei expressamente a exigir (art. 22).

IMPORTANTE:
Em regra, os atos do processo administrativo não dependem de forma
determinada.

257. (CESPE/TCU/2003) Observado o mesmo princípio do direito processual


civil, o desatendimento de intimação pelo administrado importa o
reconhecimento da verdade dos fatos.

Comentários:
ERRADO. O desatendimento da intimação não importa o reconhecimento
da verdade dos fatos, nem a renúncia a direito pelo administrado (art. 27).

258. (Inédita) O direito de a administração anular os atos administrativos de


que decorram efeitos favoráveis aos destinatários decai em três anos, contados
da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. No caso de efeitos
patrimoniais contínuos, esse prazo é contado da percepção do último
pagamento.

Comentários:
ERRADO. O direito da Administração de anular os atos administrativos de
que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em 5 anos,

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contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé do


beneficiado (art. 54).
No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência será
contado da percepção do primeiro pagamento (art. 54, §2º). Por exemplo:
imagine que um servidor, mensalmente, receba uma determinada quantia a
que não faça jus. Considerando que não haja má-fé deste servidor, o prazo de
5 anos será contado a partir do recebimento do primeiro pagamento.

259. (Inédita) Um órgão administrativo e seu titular não podem, se houver


impedimento legal, delegar parte de sua competência a outros órgãos ou
titulares.

Comentários:
CERTO. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver
impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou
titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados,
quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole Técnica, Social,
Econômica, Territorial ou Jurídica (TSE + TJ).

260. (Inédita) O recurso administrativo é uma ferramenta que só admite


insurgência contra questões de legalidade, estando vedada a discussão do
mérito administrativo.

Comentários:
ERRADO. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões
de legalidade e de mérito (art. 56).

261. (Inédita) Entidade é unidade de atuação dotada de personalidade


jurídica.

Comentários:
CERTO. De acordo com o art.1º, §2º, da Lei nº 9.784/99:
• Órgão é a unidade de atuação integrante da estrutura da
Administração direta e da estrutura da Administração indireta. Cabe destacar

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que os órgãos não possuem personalidade jurídica. São exemplos: Ministérios,


Secretarias, Gabinetes etc.
• Entidade é a unidade de atuação dotada de personalidade
jurídica. São exemplos: autarquias, fundações públicas, sociedades de
economia mista e empresas públicas.
• Autoridade é o servidor ou agente público dotado de poder de
decisão. São exemplos: Ministros de Estado, Secretários-Executivos etc.

262. (Inédita) A Lei nº 9.784/99 regula o processo administrativo no âmbito


da administração pública da União, dos Estados e dos Municípios.

Comentários:
ERRADO.

IMPORTANTE:
• A Lei nº 9.784/99 aplica-se:
9 À Administração Federal direta e indireta; e
9 Aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União,
quando no desempenho de função administrativa.

• Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, por intermédio de


suas próprias leis, podem dispor sobre o processo Administrativo
aplicável à sua Administração. Por isso, não se sujeitam à Lei nº
9.784/99.

263. (Inédita) Servidor que esteja litigando administrativamente com o


interessado em um processo administrativo é impedido de atuar nesse
processo.

Comentários:
CERTO. De acordo com o art. 18 da Lei, é impedido de atuar em
processo administrativo o servidor ou autoridade que:
• Tenha interesse direto ou indireto na matéria.

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• Tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou


representante, ou se tais situações ocorrem quanto ao Cônjuge,
Companheiro ou Parente e Afins até o 3º grau. (CCPA3)
• Esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado
ou respectivo Cônjuge ou Companheiro. (CC)

264. (Inédita) Os processos administrativos de que resultem sanções poderão


ser revistos, até cinco anos após a decisão da autoridade administrativa, a
pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos.

Comentários:
ERRADO. Há revisão quando, a qualquer tempo, a pedido do
interessado ou de ofício pela Administração, se proceda, nos processos
concluídos de que resultem sanções, a correta adequação da sanção imposta,
em razão de fatos novos ou circunstâncias relevantes a justificá-la. Da
revisão do processo não poderá resultar agravamento da sanção.

LEI Nº 9.784/99, ART. 65:


Os processos administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos,
a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou
circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção
aplicada.
Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar agravamento
da sanção.

265. (Inédita) No âmbito federal, o processo administrativo é disciplinado


pela Lei nº 9.784/99. Com a publicação dessa Lei, foram assegurados direitos
dos servidores e administrados, definidos prazos processuais e estabelecidos
princípios aplicáveis ao processo administrativo. Com efeito, a norma legal
propiciou maior segurança jurídica ao processo administrativo. Pois, os
processos administrativos específicos reger-se-ão apenas pelos preceitos desta
Lei.

Comentários:

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ERRADO. De acordo com o art. 69 da Lei nº 9.784/99, “os processos


administrativos específicos continuarão a reger-se por lei própria,
aplicando-se-lhes apenas subsidiariamente os preceitos desta Lei”.

266. (Inédita) Na instrução do processo administrativo, em caso de risco


iminente, a administração pública poderá, motivadamente, adotar providências
acauteladoras, independentemente de prévia manifestação do interessado.

Comentários:
CERTO. Em caso de risco iminente, a Administração Pública poderá
motivadamente adotar providências acauteladoras sem a prévia
manifestação do interessado (art. 45).

267. (Inédita) Em regra, os maiores de dezoito anos são considerados


capazes, para fins de processo administrativo.

Comentários:
CERTO. Ressalvada previsão especial em ato normativo próprio, para fins
de processo administrativo, são considerados capazes os maiores de 18
anos. Isso significa que, em regra, o menor de 18 não pode atuar no processo,
a não ser que assistido ou representado por responsável.

268. (Inédita) Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões


de legalidade, apenas.

Comentários:
ERRADO. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões
de legalidade e de mérito (art. 56).

269. (Inédita) A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos


administrativos a que foi atribuída como própria, ainda que nos casos de
delegação e avocação previstos em lei.

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Comentários:
CERTO. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos
administrativos a que foi atribuída como própria, salvo os casos de
delegação e avocação legalmente admitidos (art. 11).

270. (Inédita) As decisões adotadas mediante delegação não devem


mencionar explicitamente esta qualidade e considerar-se-ão editadas pela
autoridade delegante.

Comentários:
ERRADO. As decisões adotadas por delegação devem mencionar
explicitamente esta qualidade e considerar-se-ão editadas pelo
delegado (art. 14, §3º).

271. (Inédita) Não havendo competência legal específica, o processo


administrativo deverá ser iniciado perante a autoridade de maior grau
hierárquico para decidir.

Comentários:
ERRADO. Inexistindo competência legal específica, o processo
administrativo deverá ser iniciado perante a autoridade de menor grau
hierárquico para decidir (art. 17).

272. (Inédita) A competência é irrenunciável. Portanto, em nenhuma hipótese


será admitida a avocação temporária de competência atribuída a órgão
hierarquicamente inferior.

Comentários:
CERTO. Em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente
justificados, será permitida a avocação temporária de competência
atribuída a órgão hierarquicamente inferior (art. 15).

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273. (Inédita) A lei prevê expressamente a possibilidade de a Administração


Pública adotar providências acauteladoras sem a prévia manifestação do
interessado.

Comentários:
CERTO. Nos termos da Lei nº 9.784/99, em caso de risco iminente, a
Administração Pública poderá motivadamente adotar providências
acauteladoras sem a prévia manifestação do interessado (art. 45).

274. (Inédita) No âmbito do processo administrativo, a lealdade e a boa-fé


são deveres dos administrados perante a Administração Pública.

Comentários:
CERTO. O art. 4º da Lei trata dos deveres dos administrados, no
âmbito do processo administrativo, perante a Administração Pública. Segundo o
dispositivo mencionado, são deveres dos administrados:
• Expor os fatos conforme a verdade;
• Proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;
• Não agir de modo temerário (ser prudente, ajuizado);
• Prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o
esclarecimento dos fatos.

275. (Inédita) A falta de defesa técnica por advogado no processo


administrativo disciplinar ofende a Constituição Federal.

Comentários:
ERRADO.

JURISPRUDÊNCIA DO STF:
“A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo
disciplinar não ofende a Constituição.” (Súmula Vinculante nº 5)

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276. (Inédita) É defeso, em regra, aos interessados que tiverem pedido com
conteúdo e fundamentos idênticos formularem requerimento único perante a
administração.

Comentários:
ERRADO. Quando os pedidos de diversos interessados tiverem
conteúdo e fundamentos idênticos, poderão ser formulados em um único
requerimento, exceto se houver previsão legal em contrário (art. 8º).

277. (Inédita) O prazo para a administração decidir um processo


administrativo, após a conclusão da instrução, é de trinta dias prorrogáveis por
igual período.

Comentários:
CERTO. A Administração tem o dever de explicitamente emitir decisão
nos processos administrativos e sobre solicitações ou reclamações, em matéria
de sua competência (art. 48). Em outras palavras, a Administração Pública tem
o dever de decidir as questões que lhe são submetidas, mediante processo
administrativo.
Assim, concluída a instrução do processo administrativo, a Administração
tem até 30 dias para decidir. Esse prazo pode ser prorrogado por igual
período, desde haja motivação expressa (art. 49).

278. (Inédita) O ato de delegação de competência imprescinde de publicação


em meio oficial.

Comentários:
CERTO. Em decorrência do princípio da publicidade, o ato de delegação
e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial (art. 14).

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279. (Inédita) Na fase instrutória e antes da tomada da decisão, é permitido


ao interessado poderá juntar documentos e pareceres, requerer diligências e
perícias, bem como aduzir alegações referentes à matéria objeto do processo.

Comentários:
CERTO. O interessado poderá, na fase instrutória e antes da tomada
da decisão, juntar documentos e pareceres, requerer diligências e
perícias, bem como aduzir alegações referentes à matéria objeto do
processo (art. 38).

280. (Inédita) O desatendimento da intimação para o processo não implica o


reconhecimento da verdade dos fatos, nem a renúncia a direito pelo
administrado.

Comentários:
ERRADO. O desatendimento da intimação não importa o reconhecimento
da verdade dos fatos, nem a renúncia a direito pelo administrado (art. 27).

281. (Inédita) Em decorrência dos princípios do contraditório e da ampla


defesa, o recurso será conhecido mesmo quando interposto perante órgão
incompetente.

Comentários:
CERTO. O recurso não será conhecido quando interposto perante órgão
incompetente (art. 63, II). Nesse caso, será indicada ao recorrente a
autoridade competente, sendo-lhe devolvido o prazo para recurso (art. 63,
§1º).

282. (Inédita) Um órgão administrativo e seu titular poderão, em qualquer


caso, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que
estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente,
em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou
territorial.

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Comentários:
ERRADO. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não
houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros
órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente
subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole
técnica, social, econômica, jurídica ou territorial (art. 12).

283. (Inédita) A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos


princípios da proporcionalidade, da moralidade e da ociosidade.

Comentários:
ERRADO. Princípio da ociosidade, rs? Esse princípio seria incompativo
como da eficiência. Eis o erro da questão. Não se esqueça do “SERá FÁCIL Pro
MoMo”.

Segurança Jurídica
Eficiência
Razoabilidade
Finalidade
Ampla defesa
Contraditório
Interesse Público
Legalidade
Proporcionalidade
Moralidade
Motivação

284. (Inédita) Quando dados, atuações ou documentos solicitados ao


interessado forem necessários à apreciação de pedido formulado, o não
atendimento no prazo fixado pela administração para a respectiva apresentação
importará o arquivamento do processo administrativo.

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Comentários:
CERTO. Quando dados, atuações ou documentos solicitados ao
interessado forem necessários à apreciação de pedido formulado, o não
atendimento no prazo fixado pela Administração para a respectiva
apresentação implicará arquivamento do processo. Ou seja, se o interessado
não apresentar os documentos requeridos na intimação, o processo será
arquivado (art. 40).

285. (Inédita) Os órgãos e entidades administrativas não poderão elaborar


modelos ou formulários padronizados para assuntos que importem pretensões
equivalentes.

Comentários:
CERTO. A fim de facilitar o acesso do administrado a seus direitos, o art.
7º da Lei dispõe que os órgãos e entidades administrativas deverão elaborar
modelos ou formulários padronizados para assuntos que importem
pretensões equivalentes.

286. (Inédita) Sempre que os pedidos de vários interessados tiverem


conteúdo e fundamentos idênticos, poderão ser formulados em um único
requerimento.

Comentários:
ERRADO. Quando os pedidos de diversos interessados tiverem
conteúdo e fundamentos idênticos, poderão ser formulados em um único
requerimento, exceto se houver previsão legal em contrário (art. 8º).

287. (Inédita) A autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve


comunicar o fato à autoridade competente, abstendo-se de atuar, e a omissão
do dever de comunicar o impedimento constitui falta leve, para efeitos
disciplinares.

Comentários:

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ERRADO. A aferição da ocorrência do impedimento é objetiva, direta,


isto é, sua caracterização independe de juízo do valor. Por isso, diz-se que o
impedimento gera uma presunção absoluta de incapacidade para atuar no
processo.
Assim, a autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve
comunicar o fato à autoridade competente, abstendo-se de atuar (art. 19).
Consequentemente, a omissão do dever de comunicar o impedimento constitui
falta grave, para efeitos disciplinares (art. 19, parágrafo único).

288. (Inédita) A decisão de recurso administrativo é delegável a qualquer


tempo.

Comentários:
ERRADO. Não podem ser objeto de delegação (art. 13):
• A edição de atos de caráter normativo;
• A decisão de recursos administrativos;
• As matérias de competência exclusiva.

289. (Inédita) Uma vez protocolado o processo administrativo no âmbito da


administração pública federal, o interessado poderá desistir do pedido.

Comentários:
ERRADO. Mediante manifestação escrita, o interessado poderá
desistir total ou parcialmente do pedido formulado ou, ainda, renunciar a
direitos disponíveis (art. 51).

290. (Inédita) A Lei nº 9.784, de 1999, estabelece normas básicas acerca do


processo administrativo somente na Administração Pública Federal. Contudo,
não se aplica, em nenhuma hipótese, aos órgãos dos Poderes Legislativo e
Judiciário da União.

Comentários:

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ERRADO. A Lei nº 9.784/99 estabelece normas básicas sobre o


processo administrativo no âmbito da Administração Federal direta e
indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos dos administrados
e ao melhor cumprimento dos fins da administração (art. 1º).
Além disso, essa Lei se aplica aos órgãos dos Poderes Legislativo e
Judiciário da União, quando no desempenho de função administrativa (art.
1º, §1º).

IMPORTANTE:
A Lei nº 9.784/99 aplica-se:
• À Administração Federal direta e indireta; e
• Aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando
no desempenho de função administrativa.

291. (Inédita) No âmbito do processo administrativo federal, as matérias de


competência exclusiva, a decisão de recursos administrativos e a edição de atos
de caráter normativo não podem ser objeto de delegação.

Comentários:
CERTO. Não podem ser objeto de delegação (art. 13):
• A edição de atos de caráter normativo;
• A decisão de recursos administrativos;
• As matérias de competência exclusiva.

SÃO INDELEGÁVEIS:

ATOS NORMATIVOS

DECISÃO DE RECURSOS

COMPETÊNCIA EXCLUSIVA

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LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE)
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292. (Inédita) Se, para a prática de determinado ato, for obrigatória e


vinculante a emissão de um parecer pelo órgão consultivo, a sua não-
apresentação, dentro do prazo legal, impedirá o seguimento do processo.

Comentários:
CERTO. Em regra, o parecer deverá ser emitido no prazo máximo de
15 dias. A exceção fica por conta de previsão em norma especial ou de
comprovada necessidade de maior prazo (art. 42).
Se um parecer obrigatório e vinculante deixar de ser emitido no prazo
fixado, o processo não terá seguimento até a respectiva apresentação,
responsabilizando-se quem der causa ao atraso (art. 42, §1º).
Por outro lado, se um parecer obrigatório e não vinculante deixar de
ser emitido no prazo fixado, o processo poderá ter prosseguimento e ser
decidido com sua dispensa, sem prejuízo da responsabilidade de quem se
omitiu no atendimento (art. 42, §2º).

ATENÇÃO:
Acerca desse tema, normalmente, as questão de provas são respondidas com
o conhecimento da implicação, no trâmite do processo, da não emissão do
parecer obrigatório.
Por isso, não se esqueçam do seguinte: a não emissão de parecer
vinculante paralisa o processo. Se o parecer não é vinculante, o
processo prossegue. Em ambos os caso, quem causa a não emissão
de parecer obrigatório é responsabilizado.

293. (Inédita) Quando os membros do Supremo Tribunal Federal se reúnem


para decidir questões administrativas, têm de observar, dentre outras normas,
a Lei nº 9.784/1999.

Comentários:
CERTO. A Lei nº 9.784/99 também se aplica aos órgãos dos Poderes
Legislativo e Judiciário da União, quando no desempenho de função
administrativa (art. 1º, §1º).

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294. (Inédita) O ato administrativo deve obrigatoriamente ser motivado,com


a indicação dos fatos e dos fundamentos, quando aplicar jurisprudência firmada
sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios
oficiais.

Comentários:
ERRADO. A revogação e a anulação imprescindem de motivação. Pois, os
atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos
fundamentos jurídicos, quando (art. 50):
• neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
• imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
• decidam processos administrativos de concurso ou seleção
pública;
• dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;
• decidam recursos administrativos;
• decorram de reexame de ofício;
• deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão
ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios
oficiais;
• importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de
ato administrativo.

ATENÇÃO:
Não caiam nessa “pegadinha”: os atos deverão ser motivados quando
deixarem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou
discreparem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais.
Ou seja, quando da aplicação de jurisprudência ou da concordância com
pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais, a motivação não será
obrigatória.

295. (Inédita) Decai em 5 anos o direito da administração de anular os seus


próprios atos, quando importarem em benefícios para o destinatário, salvo
quando houver má-fe.

Comentários:

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CERTO. O direito da Administração de anular os atos administrativos de


que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em 5 anos,
contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé do
beneficiado (art. 54).

296. (Inédita) No processo administrativo é direito do interessado ser


representado, facultativamente, por advogado.

Comentários:
CERTO.

IMPORTANTE:
São direitos dos administrados (art. 3º):
• Ser tratado com respeito.
• Ter ciência da tramitação, ter vista dos autos, obter cópias e conhecer
as decisões.
• Formular alegações e apresentar provas.
• Ser representado por advogado (facultativamente).

297. (Inédita) Nos termos da Lei n.º 9.784/1999, que regula o processo
administrativo no âmbito da administração pública federal, um órgão
administrativo e seu titular podem, em qualquer situação, delegar parte de suas
competências a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam
hierarquicamente subordinados, desde que haja conveniência do ponto de vista
técnico, social, econômico, jurídico ou territorial.

Comentários:
CERTO. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver
impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou
titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados,
quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole Técnica, Social,
Econômica, Territorial ou Jurídica (TSE + TJ) (art. 12).

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IMPORTANTE:
A delegação independe de subordinação hierárquica.
A delegação ocorrerá em razões de índole Técnica, Social, Econômica,
Territorial ou Jurídica (TSE + TJ).

298. (Inédita) A intimação do interessado deve conter informação da


continuidade do processo independentemente do seu comparecimento, bem
como a indicação dos fatos e fundamentos legais pertinentes. Contudo, é
irrelevante conter se o intimado deve comparecer pessoalmente, ou fazer-se
representar.

Comentários:
ERRADO. A intimação deverá conter (art. 26, §1º):
• Identificação do intimado e nome do órgão ou entidade
administrativa;
• Finalidade da intimação;
• Data, hora e local em que deve comparecer;
• Se o intimado deve comparecer pessoalmente, ou fazer-se
representar;
• Informação da continuidade do processo independentemente do
seu comparecimento;
• Indicação dos fatos e fundamentos legais pertinentes.

299. (Inédita) O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a


qual, se não a reconsiderar no prazo de três dias úteis, encaminhará o recurso
à autoridade superior.

Comentários:
ERRADO. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões
de legalidade e de mérito (art. 56). Esse recurso será dirigido à autoridade
que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de 5 dias, o
encaminhará à autoridade superior (art. 56, §1º).

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300. (Inédita) Entre os princípios do processo administrativo presentes na Lei


n.º 9.784/1999, incluem-se os princípios do interesse público, da ampla defesa
e da eficiência.

Comentários:
CERTO.

Segurança Jurídica
Eficiência
Razoabilidade
Finalidade
Ampla defesa
Contraditório
Interesse Público
Legalidade
Proporcionalidade
Moralidade
Motivação

ATENÇÃO:

A seguir, disponibilizarei um resumo da Lei nº 9.784/99.

Continuaremos com exercícios na próxima aula. Até lá!

Bons estudos,

Anderson Luiz (anderson@pontodosconcursos.com.br)

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LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE)
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RESUMO DA LEI Nº 9.784/99

1) As regras da Lei nº 9.784/99 aplicam-se subsidiariamente aos


processos administrativos específicos (processo disciplinar, processo
administrativo tributário, processo licitatório etc.), regulados em leis próprias.

2) A Lei nº 9.784/99 aplica-se:


• À Administração Federal direta e indireta; e
• Aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando
no desempenho de função administrativa.

3) Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, por intermédio de suas


próprias leis, podem dispor sobre o processo Administrativo aplicável à sua
Administração. Por isso, não se sujeitam à Lei nº 9.784/99.

4) A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos seguintes


princípios (“SERá FÁCIL Pro MoMo”): Segurança Jurídica, Eficiência,
Razoabilidade, Finalidade, Ampla defesa, Contraditório, Interesse Público,
Legalidade, Proporcionalidade, Moralidade e Motivação.

5)

CRITÉRIOS PRINCÍPIOS

Atuação conforme a lei e o Direito Legalidade

Atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia Impessoalidade


total ou parcial de poderes ou competências, salvo
autorização em lei

Objetividade no atendimento do interesse público, Impessoalidade


vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades

Atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e Moralidade


boa-fé

Divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas Publicidade


as hipóteses de sigilo previstas na Constituição

Adequação entre meios e fins, vedada a imposição de Proporcionalidade

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obrigações, restrições e sanções em medida superior e Razoabilidade


àquelas estritamente necessárias ao atendimento do
interesse público;

Indicação dos pressupostos de fato e de direito que Motivação


determinarem a decisão

Observância das formalidades essenciais à garantia dos Segurança Jurídica


direitos dos administrados e Informalismo

Adoção de formas simples, suficientes para propiciar Segurança Jurídica


adequado grau de certeza, segurança e respeito aos e Informalismo
direitos dos administrados

Garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de Contraditório e


alegações finais, à produção de provas e à interposição Ampla Defesa
de recursos, nos processos de que possam resultar
sanções e nas situações de litígio

Proibição de cobrança de despesas processuais, Gratuidade


ressalvadas as previstas em lei

Impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem Oficialidade


prejuízo da atuação dos interessados

Interpretação da norma administrativa da forma que Impessoalidade e


melhor garanta o atendimento do fim público a que se Segurança Jurídica
dirige, vedada aplicação retroativa de nova
interpretação.

6) De acordo com o princípio da impessoalidade, o servidor público


impedido ou suspeito é incompetente para a prática de determinado ato
administrativo porque, em tese, não possui condições de aplicar a lei de modo
imparcial.

7) Os princípios da razoabilidade da proporcionalidade são apontados


pela doutrina como as maiores limitações impostas ao poder discricionário
da Administração.

8) Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e


dos fundamentos jurídicos, quando (art. 50):
• neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;

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• imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;


• decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;
• dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;
• decidam recursos administrativos;
• decorram de reexame de ofício;
• deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem
de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais;
• importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato
administrativo.

9) De acordo com o princípio da segurança jurídica (ou princípio da


estabilidade das relações jurídicas), é vedada à Administração a aplicação
retroativa de uma nova interpretação de determinada norma legal.

10) De acordo com o princípio do informalismo, o processo administrativo,


que não se sujeita a formas rígidas, deve observar as formalidades
essenciais à garantia dos direitos dos administrados, bem como adotar
formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza,
segurança e respeito aos direitos dos administrados.

34) Os atos do processo devem ser produzidos por escrito, em vernáculo


(em português), com a data e o local de sua realização e a assinatura da
autoridade responsável.

11) Em regra, o reconhecimento de firma somente será exigido quando


houver dúvida de autenticidade. A lei, porém, poderá estabelecer outras
situações em que o reconhecimento de firma será necessário.

12) A autenticação de documentos exigidos em cópia poderá ser feita pelo


órgão administrativo.

13) O processo deverá ter suas páginas numeradas seqüencialmente e


rubricadas.

14) “Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos


acusados em geral são assegurados o contraditório e a ampla defesa, com
os meios e recursos a ela inerentes.” (CF, art. 5º, LV)

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15) “É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévio de


dinheiro ou bens para a admissibilidade de recurso administrativo” (Súmula
Vinculante nº 21).

16) De acordo com o princípio da gratuidade, é vedada a cobrança de


despesas processuais, ressalvada as previstas em lei. Assim, em regra,
os processos administrativos são gratuitos.

17) De acordo com o princípio da oficialidade (ou princípio do impulso


oficial do processo), o processo administrativo pode ser instaurado de
ofício, independentemente de provocação do administrado. Ademais, à
Administração cabe impulsionar o processo.

18) De acordo com o princípio da verdade material, o processo


administrativo busca saber com se deu o fato no mundo real, isto é, conhecer
o fato efetivamente ocorrido.

19) São direitos dos administrados (rol não taxativo):


• Ser tratado com respeito.
• Ter ciência da tramitação, ter vista dos autos, obter cópias e conhecer as
decisões.
• Formular alegações e apresentar provas.
• Ser representado por advogado (facultativamente).

20) “A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo


disciplinar não ofende a Constituição” (Súmula Vinculante nº 5).

21) O processo administrativo pode iniciar-se de ofício ou a pedido do


interessado. Em regra, o pedido deve ser feito por escrito.

22) A Administração deve orientar o interessado quanto ao suprimento de


eventuais falhas no pedido. É vedada à Administração a recusa imotivada de
recebimento de documento.

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23) A Administração deverá elaborar modelos ou formulários


padronizados para assuntos equivalentes. Em regra, quando os pedidos de
diversos interessados tiverem conteúdo e fundamentos idênticos,
poderão ser formulados em um único requerimento.

24) São legitimados como interessados:


• Pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de direitos
ou interesses individuais ou no exercício do direito de representação;
• Aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses
que possam ser afetados pela decisão a ser adotada;
• As organizações e associações representativas, no tocante a direitos
e interesses coletivos;
• As pessoas ou as associações legalmente constituídas quanto a
direitos ou interesses difusos.

25) A competência é irrenunciável. Destarte, a competência deve ser


exercida por quem a lei a concedeu. Excepcionalmente, são admitidas a
delegação e a avocação.

26) Se não houver impedimento legal, delegar parte da sua competência


a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam
hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de
circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial
(TSE + TJ).

27) A delegação é revogável a qualquer tempo. As decisões adotadas por


delegação devem mencionar explicitamente esta qualidade. Essas decisões
serão consideradas editadas pelo delegado (e não pelo delegante).

28)

SÃO INDELEGÁVEIS:

ATOS NORMATIVOS

DECISÃO DE RECURSOS

COMPETÊNCIA EXCLUSIVA

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29) Em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente


justificados, será permitida a avocação temporária de competência
atribuída a órgão hierarquicamente inferior.

30) Inexistindo competência legal específica, o processo administrativo


deverá ser iniciado perante a autoridade de menor grau hierárquico para
decidir.

31) IMPEDIMENTO:
• Interesse direto ou indireto.
• Perito, testemunha ou representante (CCPA3).
• Litígio administrativo ou judicial (CC).
• Presunção absoluta de incapacidade.
• Deve ser comunicado. Se não, falta grave.

32) SUSPEIÇÃO:
• Amizade íntima ou inimizade notória (CCPA3).
• Presunção relativa de incapacidade
• Pode ser argüida
• Se indeferida, cabe recurso (sem efeito suspensivo)

33) A intimação observará a antecedência mínima de três dias úteis


quanto à data de comparecimento.

34) A intimação pode ser efetuada por:


• Ciência no processo (assinatura do interessado nos autos do processo);
• Via postal com aviso de recebimento (AR);
• Telegrama; ou
• Outro meio que assegure a certeza da ciência do interessado (p. ex:
um servidor vai à casa do interessado para intimá-lo).
• Publicação oficial, no caso de interessados Desconhecidos,
Indeterminados ou com Domicílio Indefinido (art. 26, §4º).
(Interessados “DIDI” = Publicação oficial)

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35) Em regra, o parecer deverá ser emitido no prazo máximo de 15 dias. A


exceção fica por conta de previsão em norma especial ou de comprovada
necessidade de maior prazo.

36) Se um parecer obrigatório e vinculante deixar de ser emitido no prazo


fixado, o processo não terá seguimento até a respectiva apresentação,
responsabilizando-se quem der causa ao atraso.

37) Se um parecer obrigatório e não vinculante deixar de ser emitido no


prazo fixado, o processo poderá ter prosseguimento e ser decidido com sua
dispensa, sem prejuízo da responsabilidade de quem se omitiu no atendimento.

38) Mediante manifestação escrita, o interessado poderá:


• Desistir total ou parcialmente do pedido formulado.
• Renunciar a direitos disponíveis.

39) Existindo vários interessados, a manifestação formulada por um deles


não atinge os demais.

40) A renúncia e a desistência do interessado não prejudicam o


prosseguimento do processo, caso a Administração considere que o
interesse público assim o exige.

41)

ANULAÇÃO REVOGAÇÃO

É o desfazimento do ato ilegal. É o desfazimento de um ato válido,


por razões de conveniência e
oportunidade.

Pode ser determinada pela própria Só pode ser realizada pela própria
Administração que produziu o ato, Administração que produziu o ato.
bem como pelo Poder Judiciário.

Tem efeitos retroativos (ex-tunc). Tem efeitos proativos (ex-nunc).

42) Convalidação tácita: o direito da Administração de anular os atos


administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários

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decai em 5 anos, contados da data em que foram praticados, salvo


comprovada má-fé do beneficiado (art. 54). Essa modalidade de convalidação
chama-se tácita porque decorre da inércia da Administração. Transcorrido o
prazo de 5 anos, sem que ocorra manifestação da Administração, o ato será
tacitamente convalidado.

43) Convalidação expressa: Em decisão na qual se evidencie não


acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos
que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria
Administração (art. 55).

70) Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de


legalidade e de mérito (art. 56). Têm legitimidade para interpor recurso
administrativo (art. 58):
• os titulares de direitos e interesses que forem parte no processo;
• aqueles cujos direitos ou interesses forem indiretamente afetados pela
decisão recorrida;
• as organizações e associações representativas, no tocante a direitos
e interesses coletivos;
• os cidadãos ou associações, quanto a direitos ou interesses difusos.

44) O recurso administrativo, em regra, tramitará no máximo por 3


instâncias administrativas e não terá efeito suspensivo.

45) O recurso administrativo deverá ser decidido no prazo máximo de 30


dias, a partir do recebimento dos autos pelo órgão competente. Esse prazo
poderá ser prorrogado por igual período, ante justificativa explícita.

46) O recurso não será conhecido quando interposto (art. 63):


• Fora do prazo;
• Perante órgão incompetente. Nesse caso, será indicada ao recorrente a
autoridade competente, sendo-lhe devolvido o prazo para recurso (art.
63, §1º);
• Por quem não seja legitimado;
• Após exaurida (esgotada) a esfera administrativa.

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47) Os processos administrativos de que resultarem sanções poderão ser


revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos
novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da
sanção aplicada. Contudo, dessa revisão não poderá resultar agravamento
da sanção.

48)

Reformatio in pejus (na Lei nº 9.784/99)

Recursos administrativos Sim

Revisão dos processos Não

49) Os prazos começam a correr a partir da data da ciência oficial,


excluindo-se da contagem o dia do começo e incluindo-se o do
vencimento.

50) Se o vencimento cair em dia em que não houver expediente ou este


for encerrado antes da hora normal, considera-se prorrogado o prazo até
o primeiro dia útil seguinte.

51) Os prazos expressos em dias contam-se de modo contínuo.

52) Os prazos fixados em meses ou anos contam-se de data a data. Se no


mês do vencimento não houver o dia equivalente àquele do início do prazo,
tem-se como termo o último dia do mês. Por exemplo: se, nos autos de um
processo administrativo, for determinada a suspensão do feito por cinco meses,
desde 31/1/2008, esse processo ficará paralisado até 30/6/2008.

53) Salvo motivo de força maior devidamente comprovado, os prazos


processuais não se suspendem. Ou seja, em regra, a contagem não é
paralisada.

54) As sanções, a serem aplicadas por autoridade competente, terão


natureza pecuniária ou consistirão em obrigação de fazer ou de não
fazer, assegurado sempre o direito de defesa.

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LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

(CESPE/Aracaju-SE/2008) Em relação aos atos e aos processos


administrativos regulados pela Lei n.º 9.784/1999, julgue os próximos itens.

241. (CESPE/Aracaju-SE/2008) O desatendimento de intimação para


apresentação de defesa em processo administrativo não importa no
reconhecimento da verdade dos fatos.

242. (CESPE/Aracaju-SE/2008) A revogação de ato administrativo não gera


direito adquirido a terceiros.

243. (CESPE/Aracaju-SE/2008) Concluída a instrução de processo


administrativo, a administração tem até 30 dias para decidir, salvo prorrogação
por igual período expressamente motivada.

244. (CESPE/Aracaju-SE/2008) A decisão de recursos administrativos não


pode ser objeto de delegação.

245. (CESPE/TRE-MG/2008) O processo administrativo não pode ser iniciado


de ofício.

246. (CESPE/TRE-MG/2008) As organizações e associações representativas


são legitimadas para atuar como interessadas em processos administrativos, no
tocante a direitos e interesses individuais.

247. (CESPE/TRE-MG/2008) Todos os atos do processo administrativo


devem ser realizados de forma determinada.

248. (CESPE/TRE-MG/2008) Todos os recursos administrativos devem


tramitar, no máximo, por duas instâncias administrativas.

249. (CESPE/TRE-MG/2008) Deve ser permitida, em caráter excepcional e


por motivos relevantes devidamente justificados, a avocação temporária de
competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior.

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250. (CESPE/TRT-1ª Região/2008) A edição de atos de caráter normativo


pode ser objeto de delegação, desde que esta seja feita pelo titular de um
órgão administrativo para outro que lhe seja hierarquicamente subordinado.

251. (CESPE/TRT-1ª Região/2008) Os procedimentos administrativos


exigem, para seu começo, a provocação do interessado, não podendo a
administração, tal qual o Poder Judiciário, iniciar processo de ofício.

(CESPE/ANS/2005) A respeito do processo administrativo e das orientações


contidas na Lei n.º 9.784/1999, julgue os itens que se seguem.

252. (CESPE/ANS/2005) Entre os princípios que devem ser adotados pela


administração pública nos processos administrativos, a Lei n.º 9.784/1999,
expressamente, arrolou a razoabilidade e a proporcionalidade.

253. (CESPE/ANS/2005) O critério de adequação dos meios e dos fins, sem


a imposição de obrigações, restrições ou sanções em medida superior à
estritamente necessária para o atendimento do interesse público, decorre do
princípio da proporcionalidade.

254. (CESPE/ANS/2005) O recurso administrativo, em regra, tem efeito


suspensivo, o qual deve ser sempre motivado por causas como o justo receio
de ocorrência de prejuízo de difícil ou incerta reparação decorrente de execução
da decisão recorrida.

255. (CESPE/ANS/2005) O recurso administrativo deve ser dirigido a


autoridade superior àquela que proferiu a decisão objeto de insurgência.

256. (CESPE/TCU/2003) Os atos do processo administrativo independem de


forma determinada, a menos que a lei expressamente o exija.

257. (CESPE/TCU/2003) Observado o mesmo princípio do direito processual


civil, o desatendimento de intimação pelo administrado importa o
reconhecimento da verdade dos fatos.

258. (Inédita) O direito de a administração anular os atos administrativos de


que decorram efeitos favoráveis aos destinatários decai em três anos, contados
da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. No caso de efeitos

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patrimoniais contínuos, esse prazo é contado da percepção do último


pagamento.

259. (Inédita) Um órgão administrativo e seu titular não podem, se houver


impedimento legal, delegar parte de sua competência a outros órgãos ou
titulares.

260. (Inédita) O recurso administrativo é uma ferramenta que só admite


insurgência contra questões de legalidade, estando vedada a discussão do
mérito administrativo.

261. (Inédita) Entidade é unidade de atuação dotada de personalidade


jurídica.

262. (Inédita) A Lei nº 9.784/99 regula o processo administrativo no âmbito


da administração pública da União, dos Estados e dos Municípios.

263. (Inédita) Servidor que esteja litigando administrativamente com o


interessado em um processo administrativo é impedido de atuar nesse
processo.

264. (Inédita) Os processos administrativos de que resultem sanções poderão


ser revistos, até cinco anos após a decisão da autoridade administrativa, a
pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos.

265. (Inédita) No âmbito federal, o processo administrativo é disciplinado


pela Lei nº 9.784/99. Com a publicação dessa Lei, foram assegurados direitos
dos servidores e administrados, definidos prazos processuais e estabelecidos
princípios aplicáveis ao processo administrativo. Com efeito, a norma legal
propiciou maior segurança jurídica ao processo administrativo. Pois, os
processos administrativos específicos reger-se-ão apenas pelos preceitos desta
Lei.

266. (Inédita) Na instrução do processo administrativo, em caso de risco


iminente, a administração pública poderá, motivadamente, adotar providências
acauteladoras, independentemente de prévia manifestação do interessado.

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267. (Inédita) Em regra, os maiores de dezoito anos são considerados


capazes, para fins de processo administrativo.

268. (Inédita) Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões


de legalidade, apenas.

269. (Inédita) A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos


administrativos a que foi atribuída como própria, ainda que nos casos de
delegação e avocação previstos em lei.

270. (Inédita) As decisões adotadas mediante delegação não devem


mencionar explicitamente esta qualidade e considerar-se-ão editadas pela
autoridade delegante.

271. (Inédita) Não havendo competência legal específica, o processo


administrativo deverá ser iniciado perante a autoridade de maior grau
hierárquico para decidir.

272. (Inédita) A competência é irrenunciável. Portanto, em nenhuma hipótese


será admitida a avocação temporária de competência atribuída a órgão
hierarquicamente inferior.

273. (Inédita) A lei prevê expressamente a possibilidade de a Administração


Pública adotar providências acauteladoras sem a prévia manifestação do
interessado.

274. (Inédita) No âmbito do processo administrativo, a lealdade e a boa-fé


são deveres dos administrados perante a Administração Pública.

275. (Inédita) A falta de defesa técnica por advogado no processo


administrativo disciplinar ofende a Constituição Federal.

276. (Inédita) É defeso, em regra, aos interessados que tiverem pedido com
conteúdo e fundamentos idênticos formularem requerimento único perante a
administração.

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277. (Inédita) O prazo para a administração decidir um processo


administrativo, após a conclusão da instrução, é de trinta dias prorrogáveis por
igual período.

278. (Inédita) O ato de delegação de competência imprescinde de publicação


em meio oficial.

279. (Inédita) Na fase instrutória e antes da tomada da decisão, é permitido


ao interessado poderá juntar documentos e pareceres, requerer diligências e
perícias, bem como aduzir alegações referentes à matéria objeto do processo.

280. (Inédita) O desatendimento da intimação para o processo não implica o


reconhecimento da verdade dos fatos, nem a renúncia a direito pelo
administrado.

281. (Inédita) Em decorrência dos princípios do contraditório e da ampla


defesa, o recurso será conhecido mesmo quando interposto perante órgão
incompetente.

282. (Inédita) Um órgão administrativo e seu titular poderão, em qualquer


caso, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que
estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente,
em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou
territorial.

283. (Inédita) A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos


princípios da proporcionalidade, da moralidade e da ociosidade.

284. (Inédita) Quando dados, atuações ou documentos solicitados ao


interessado forem necessários à apreciação de pedido formulado, o não
atendimento no prazo fixado pela administração para a respectiva apresentação
importará o arquivamento do processo administrativo.

285. (Inédita) Os órgãos e entidades administrativas não poderão elaborar


modelos ou formulários padronizados para assuntos que importem pretensões
equivalentes.

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286. (Inédita) Sempre que os pedidos de vários interessados tiverem


conteúdo e fundamentos idênticos, poderão ser formulados em um único
requerimento.

287. (Inédita) A autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve


comunicar o fato à autoridade competente, abstendo-se de atuar, e a omissão
do dever de comunicar o impedimento constitui falta leve, para efeitos
disciplinares.

288. (Inédita) A decisão de recurso administrativo é delegável a qualquer


tempo.

289. (Inédita) Uma vez protocolado o processo administrativo no âmbito da


administração pública federal, o interessado poderá desistir do pedido.

290. (Inédita) A Lei nº 9.784, de 1999, estabelece normas básicas acerca do


processo administrativo somente na Administração Pública Federal. Contudo,
não se aplica, em nenhuma hipótese, aos órgãos dos Poderes Legislativo e
Judiciário da União.

291. (Inédita) No âmbito do processo administrativo federal, as matérias de


competência exclusiva, a decisão de recursos administrativos e a edição de atos
de caráter normativo não podem ser objeto de delegação.

292. (Inédita) Se, para a prática de determinado ato, for obrigatória e


vinculante a emissão de um parecer pelo órgão consultivo, a sua não-
apresentação, dentro do prazo legal, impedirá o seguimento do processo.

293. (Inédita) Quando os membros do Supremo Tribunal Federal se reúnem


para decidir questões administrativas, têm de observar, dentre outras normas,
a Lei nº 9.784/1999.

294. (Inédita) O ato administrativo deve obrigatoriamente ser motivado,com


a indicação dos fatos e dos fundamentos, quando aplicar jurisprudência firmada
sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios
oficiais.

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295. (Inédita) Decai em 5 anos o direito da administração de anular os seus


próprios atos, quando importarem em benefícios para o destinatário, salvo
quando houver má-fe.

296. (Inédita) No processo administrativo é direito do interessado ser


representado, facultativamente, por advogado.

297. (Inédita) Nos termos da Lei n.º 9.784/1999, que regula o processo
administrativo no âmbito da administração pública federal, um órgão
administrativo e seu titular podem, em qualquer situação, delegar parte de suas
competências a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam
hierarquicamente subordinados, desde que haja conveniência do ponto de vista
técnico, social, econômico, jurídico ou territorial.

298. (Inédita) A intimação do interessado deve conter informação da


continuidade do processo independentemente do seu comparecimento, bem
como a indicação dos fatos e fundamentos legais pertinentes. Contudo, é
irrelevante conter se o intimado deve comparecer pessoalmente, ou fazer-se
representar.

299. (Inédita) O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a


qual, se não a reconsiderar no prazo de três dias úteis, encaminhará o recurso
à autoridade superior.

300. (Inédita) Entre os princípios do processo administrativo presentes na Lei


n.º 9.784/1999, incluem-se os princípios do interesse público, da ampla defesa
e da eficiência.

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GABARITO

241-C 242-E 243-E 244-C 245-E 246-E 247-E 248-E 249-C 250-E

251-E 252-C 253-C 254-E 255-E 256-C 257-E 258-E 259-C 260-E

261-C 262-E 263-C 264-E 265-E 266-C 267-C 268-E 269-C 270-E

271-E 272-C 273-C 274-C 275-E 276-E 277-C 278-C 279-C 280-E

281-C 282-E 283-E 284-C 285-C 286-E 287-E 288-E 289-E 290-E

291-C 292-C 293-C 294-E 295-C 296-C 297-C 298-E 299-E 300-C

BIBLIOGRAFIA

ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito Administrativo


Descomplicado. São Paulo: Método, 2009.
BARCHET, Gustavo. Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. Rio
de Janeiro: Lumen Juris, 2010.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Processo Administrativo Federal:
Comentários à Lei nº 9.784 de 29/1/1999. Rio de Janeiro: Lumen Juris,
2009.
CUNHA JÚNIOR, Dirley da. Curso de Direito Administrativo. Salvador: 2008.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. São Paulo: Atlas,
2008.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo:
Malheiros, 2008.
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. São
Paulo: Malheiros, 2008.

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