Você está na página 1de 21

Noções em

Atendimento
Pré-Hospitalar
BIOPROTEÇÃO
Bioproteção
Historicamente, os profissionais de saúde não eram considerados como
categoria profissional de alto risco para acidentes de trabalho.

A preocupação com riscos biológicos surgiu a partir da constatação dos


agravos à saúde dos profissionais que exerciam atividades em laboratórios
onde se dava a manipulação com microrganismos e material clínico desde o
início dos anos 40.

Para profissionais que atuam na área clinica, entretanto, somente a partir da


epidemia da AIDS nos anos 80, as normas para as questões de segurança no
ambiente de trabalho foram melhor estabelecidas.

Virtualmente, qualquer categoria proteção pode estar sob risco. Além disso,
visitantes e outros profissionais que estejam ocasionalmente nos serviços de
saúde também podem sofrer exposições a material biológico.

O número de contatos com sangue, incluindo exposições percutâneas e


mucocutâneas, varia conforme as diferentes categorias profissionais, as
atividades realizadas pelo profissional e os setores de atuação dentro dos
serviços de saúde. Trabalhadores da área cirúrgica, equipes de emergência
pré-hospitalar, bombeiros e profissionais de setores de atendimento de
emergência são descritos como profissionais de alto risco de exposição a
material biológico.

Conforme as estatísticas observadas, a equipe de enfermagem é uma das


principais categorias sujeita a exposições a material biológico. Esse número
elevado de exposições relaciona-se com o fato de o grupo ser o maior nos
serviços de saúde, ter mais contato direto na assistência aos pacientes e
também ao tipo e à freqüência de procedimentos realizados por seus
profissionais.

Utilizar equipamento de proteção individual correto e fundamental durante


ações de atendimento pré-hospitalar; ficar doente ou morrer não justifica
salvar uma vida.

Equipamentos de proteção individual

Óculos Luvas Máscara Pocket mask


AVALIAÇÃO DA CENA
o que aconteceu ?
Avaliação da Cena
Possuir uma postura critica, curiosa e atenciosa são virtudes
indispensáveis a todo socorrista. Estas virtudes são extremamente
importantes durante a avaliação da segurança de uma cena de
atendimento, além de poder informar possíveis lesões sofridas pela
vitima ou pelo paciente.

Avaliar a presença de riscos para a integridade física da equipe de


atendimento deve ser a prioridade número um; posteriormente deve-se
dar atenção a elementos que interagiram e ou colaboraram com a
vítima para gerar evento.

Estudos realizados mostram que em acidentes em que há grande


destruição de um veiculo ou um mecanismo de trauma violento, mesmo
que a vítima não apresente ferimentos graves , é muito comum a
presença de lesões ocultas. Em vitimas de queda, a determinação da
altura é muito importante assim como o local de impacto e a posição da
vitima ao colidir ao solo.

Evidências em um cena de atendimento sempre valem a pena serem


questionadas . Outro elemento importante a ser observado é o numero
de vitimas a serem atendidas; esta informação sempre demanda os
recursos apropriados utilizados pela equipe de socorro.

Sempre suspeite de traumatismo grave quando:


Quedas > 2 x altura da vítima

Colisões a mais de 32 KM / h

Expulsão do paciente para fora do veículo

Morte de um ocupante do veículo

Danos severos ao veículo

Levar todo equipamento essencial até a cena de atendimento é


importante para evitar a perda de tempo com o retorno de membros da
equipe até o veículo de atendimento.
ASSISTENCIA VENTILATÓRIA
OVACE – Obstrução de vias aéreas por corpo estranho.

Vítima:
• Agitada.

• Grave dificuldade respiratória.

• Cianótica.

• Incapaz de tossir, falar ou respirar.

• Coloca as mãos ao redor do pescoço.

• Não emite som.

Conduta :

• Abraçar a vitima por trás, com seus


braços na altura do ponto da cicatriz
umbilical e a mão em contato com o
abdômen da vitima está com o punho
fechado e o polegar voltado para
dentro. E a outra mão colocada sobre
a primeira.
• Fazer compressões sucessivas
direcionadas para cima até desobstruir
as vias aéreas ou a vitima ficar incons-
ciente.
• Na hipótese de inconsciência deve-
se inspecionar a orofaringe e remover
o corpo estranho , se estiver visível .
Caso negativo; ventile duas vezes e se
posicione ajoelhado sobre as pernas
da vitima e comprima trinta vezes na
mesma região. Até que o objeto seja
expelido ou você identificar que a vitima
está em parada cardiorrespiratória.
Se isso for identificado inicie reanimação
cardiopulmonar.
SUPORTE BÁSICO DE VIDA- BLS
Suporte Básico de vida
A causa principal de PCR em adultos não –
vítimas de trauma no ambiente pré-hospitalar é
a fibrilação ventricular; arritmia cardíaca
causada por deficiência de irrigação sanguínea
ao coração, relacionada a obstruções nos
vasos que o irrigam e a problemas em sua
estimulação elétrica. Não permitindo assim que
o coração exerça seu efeito de bombeamento
sanguíneo.
Esta arritmia extremamente nociva ao
funcionamento cardíaca deve ser enfrentada
imediatamente com o uso de desfibrilador semi-
automático concomitantemente ao uso de
massagem cardíaca externa, até a chegada de
suporte avançado de vida.

O reconhecimento precoce desta condição é


fator fundamental para reversão deste
quadro.

O socorrista deve prontamente oferecer suporte básico de vida a vítima atentando


para:
• O reconhecimento correto desta condição.
• Solicitação imediata de desfibrilador semi-automático e suporte avançado de vida.
• Realizar massagem cardíaca externa na dimensão de 30 massagens para 2
ventilações.

Para reconhecimento precoce desta condição não deve ser utilizado o


procedimento VER, OUVIR E SENTIR , com objetivo de avaliar a presença de
respiração da vitima.
O socorrista deve identificar a parada cardiorrespiratória através da negativa
da vítima ao seu chamamento e a ausência de sua respiração.
Caso a vitima apresente respiração, mas ainda sim esteja inconsciente, o
socorrista deve aguardar a chegada de suporte especializado.
Mas caso a vitima apresente uma respiração ineficaz , o mesmo deve promover
assistência ventilatória em uma proporção de 1 ventilação a cada 6 segundos.
O socorrista leigo não deve verificar a presença de pulso na vítima; assim
como ele deve atentar para possíveis exposições a doenças infecto –
contagiosas diante de um ato de ventilação boca-a-boca. Ele deve optar
por um método de ventilação mais seguro ou somente dispensar a vítima
somente massagem cardíaca externa sem ventilações.
c

SUPORTE BÁSICO DE VIDA- BLS


Inicie com 30 compressões na
região inter-mamilar.
Massageie com força; tente
implementar 100 a 120
massagens por minuto.
CIRCULATION

A AIR WAYS
Manutenção de vias aéreas
e estabilização do pescoço;
Use manobra de abertura
de via aérea.

B
Ventile 2 vezes (se possível)
Observe expansão torácica
se expansão negativa
reavalie manobra de
abertura de vias aéreas.

BREATHING

ATENÇÃO
 Ênfase nas compressões torácicas. Não perca
tempo. Inicie imediatamente caso não identifique a
respiração. Ou na presença de gasping.
 Frequência de massagens deve ser 100 a 120/min.
Massageie rápido.
 O intervalo entre as massagens deve ser curto.
 Não se apoie (descanse) no tórax da vitima, durante
os intervalos entre as massagens.
 Provoque uma profundidade de 5cm (2 polegadas),
no tórax da vitima.

Providencie o DEA imediatamente


ATENÇÃO

SUPORTE BÁSICO DE VIDA- BLS


 Caso você esteja sozinho, diante de uma vitima
adulta em parada cardiorrespiratória:
- Avalie a segurança e solicite socorro.

 Caso você esteja sozinho, diante de uma vitima


criança e não tenha presenciado a parada
cardiorrespiratória:
- Realize 2 minutos de massagem cardíaca e depois
solicite socorro;

Suporte básico vida na criança


1 ano até a puberdade Bebes – menos de 1 ano.
Exceto Recém nascido
Relação 1 socorrista – 30 massagens 2 ventilações
massagem x
ventilação 2 socorristas – 15 massagens 2 ventilações

Profundidade 5 cm 4 cm
da compressão

Posição da 2 mãos ou 1 mão 1 socorrista


mão sobre a metade 2 dedos no centro do tórax .
inferior do esterno Logo abaixo da linha
intermamilar.

2 socorristas
2 dedos polegares do tórax .
Logo abaixo da linha
intermamilar.
DESFIBRILAÇÃO SEMI-AUTOMÁTICA
Desfibrilação semi-automática
1. Determine se a vítima esta em PCR.
2. Realize 2 minutos ou 5 ciclos de RCP, enquanto o desfibrilador semi-automático
(DEA) está sendo providenciado / preparado.
3. Instale o desfibrilador semi-automático (DEA) e o acione imediatamente; assim
que ele chegar a cena.

Siga as instruções fornecidas e


descritas no equipamento.
Atente para as mensagens fornecidas
pelo equipamento, e as siga
atentamente.
Esteja ciente quanto a sua localização,
caso ele esteja disponível em seu
local de trabalho.

É fundamental que o socorrista compreenda a importância


do desfibrilador semi-automática diante de uma PCR.
Para que exista 100% de êxito na reanimação da vítima,
é necessário que a desfibrilação precoce seja oferecida nos
primeiros 4 minutos pós PCR.
HEMOSTASIA
Hemostasia
Significa controle do sangramento, que pode ser efetuado por
mecanismos normais de defesa do organismo isoladamente ou em
associação com técnicas de tratamento básicas.

Hemorragia – É a perda de sangue devido um rompimento de vaso


sanguíneo.

As hemorragias podem ser classificadas por:

Tipo de vaso sanguíneo


1.Arterial – sangramento em jato pulsátil acompanhando o batimento
cardíaco. Geralmente , o sangue tem uma coloração vermelho
vivo.Sangramento grave.
2.Venoso – sangramento contínuo , geralmente com coloração escura.
3.Capilar - sangramento contínuo com fluxo lento.

Localização
1.Externa – exteriorização do sangramento. Pode ser controlada com
técnicas básica de atendimento pré-hospitalar.
2.Interna – sangramento de estruturas profundas. Pode ser oculto ou se
exteriorizar. Tratamento deve ser efetuado no hospital.

Condutas :
Controle do A e B – assistência ventilatória e oferta de oxigênio ( se
possível).
Controle do C – hemostasia com técnicas básicas.

Pressão Direta
Quase todas as hemorragias podem
ser contidas aplicando-se firmemente
uma compressa grossa, feita com um
pedaço de pano, o mais limpo possível
ou uma compressa de gaze sobre o
local do sangramento.
HEMOSTASIA
Curativo compressivo
É uma compressa grossa presa
fortemente a um ferimento
para conter a hemorragia.
É inferior em eficiência quando
comparado à compressão direta.

Torniquete
• Usado quando a pressão direta e o
curativo compressivo não tiveram
êxito.
• Próximo ao local de ferimento.
• Ajustado até cessação da
hemorragia,e, então fixado no local.
• Identifique o horário da colocação.
• Deve ficar descoberto para que o
local seja monitorado.
• Periodicamente deve-se avaliar sua
retirada , com o auxilio das outras
técnicas de hemostasia.
Fatores de confusão
Fique atento quanto a alguns fatores que podem confundir o socorrista:
Atletas – Normalmente possuem um débito cardíaco em valores menores;
podendo assim mascarar um estado de choque.
Gravidez – gestantes possuem um volume sanguíneo, freqüência e débito
cardíaco aumentados; com isso podem demonstrar um estado de choque já
avançado.

Atenção
Evisceração Impalamento
• Não reintroduza os órgãos. • Evite retirar o objeto.
• Cobrir vísceras com compressas • Se possível contenha seu
umedecidas em solução salina. movimento.
• Não usar compressas adesivas. • Hemorragia? Trate!
• Envolver o curativo com bandagem. • Use ABC.
• Transporte em posição de supina.se
possível
• Use ABC
HEMOSTASIA
Choque hipovolêmico
Incapacidade do sistema cardiovascular de prover circulação sanguínea
suficiente para o organismo.

Fases do choque hipovolêmico

Choque compensado – É o primeiro estágio. O organismo consegue


equilibrar-se por meio de mecanismos compensatórios. A perfusão dos
órgãos é mantida e os sinais e sintomas são mínimos. Não há dano
permanente, se o tratamento reverter a causa básica.

Choque descompensado – Nesta fase ocorrem redução na perfusão,


queda na pressão arterial e alterações do estado mental. O tratamento
pode ser eficaz desde que realizado precocemente.

Sinais de choque
1.Taquicardia.
2.Alteração de nível de consciência.
3.Cianose e palidez
4.Sudorese e pele pegajosa
5.Fraqueza
6.sede
7.Hipotermia

Condutas
1. Controle da hemorragia.
2. Reduzir a perda de calor.
TRAUMATISMOS MUSCULOESQUELÉTICOS
Traumatismo musculoesqueléticos
São lesões freqüentemente encontradas no dia-a-dia. Geralmente, são
de pequena gravidade mas podem causar choque, danos a vasos
sangüíneos e nervos. As causas mais comuns são acidentes
automobilístico, quedas e acidentes esportivos.

Tipos de lesão

Fratura – é a interrupção na continuidade do osso.

Classificam-se em:

Fechadas - a pele sobre a lesão está intacta.

Abertas – ocorre solução de continuidade da pele sobre a lesão, que


pode produzida pelos próprio fragmentos ósseos ou por objetos
penetrantes.

Fratura fechada

Fratura aberta

O envelhecimento e determinadas doenças ósseas (osteoporose)


aumentam o risco de fraturas, que podem ocorrer mesmo após
traumatismos banais. Estas lesões são chamadas de fraturas
patológicas.

Luxações – lesão onde a extremidade


de um dos ossos que compõem uma
articulação é deslocada do lugar.
TRAUMATISMOS MUSCULOESQUELÉTICOS
Entorse – Lesões ao ligamentos. Podem ser de grau mínimo ou grave,
onde ocorre ruptura completa do ligamento. As formas graves produzem
perda da estabilidade da articulação às acompanhada de luxação.

Condutas - medidas gerais

1. Realizar cuidados específico nas lesões após a avaliar se a vítima


está estável.
2. Priorizar lesões com mais risco de mortes ou complicações. EX –
fraturas de pelve extremidades inferiores e superiores.
3. Impedir a movimentação da vítima .
4. Expor a lesão . Retirar objetos que possam comprometer a circulação.
Ex – anéis
5. Se houver ferimentos abertas ;promover hemostasia.
6. Alinhar o membro fraturado. Se houver resistência não alinhe.
TRAUMATISMOS MUSCULOESQUELÉTICOS
Amputações traumáticas – lesões em que há separação de um
membro ou de uma estrutura protuberante do corpo. podem ser
causadas por objetos cortantes, esmagamentos ou tracionamento. As
causadas por acidentes industriais e automobilísticos são mais comuns
em jovens.
Devido as características elásticas dos vasos sanguíneas, há uma
tendência natural à contração e retração dos mesmos, deste modo
as amputações completas sangram menos que as parciais.

Condutas
O tratamento inicial deve ser rápido pela gravidade da lesão, que pode
causar morte por hemorragia, e pela possibilidade de implante do
membro amputado. O controle do ABC é fundamental na primeira fase
do tratamento
1. Abrir vias aéreas e prestar assistência ventilatória se necessário.
2. Se possível administrar oxigênio sob mascara 10 a 15 L/min.
3. Controlar hemorragia. Tratar estado de choque.
4. Cuidar do segmento amputado.
5. Limpar sem imergir em água.
6. Envolver em gaze seca ou compressa limpa.
7. Proteger o membro amputado com dois sacos plásticos.
8.Colocar o saco plástico em recipiente com gelo ou água gelada.
9. Impedir que o membro fique em contato direto com o gelo.
QUEIMADURAS
Queimaduras
São acidentes freqüentes que provocam muitas hospitalizações.
Atingem todas as idades da nossa vida e quase sempre acontecem em
função de nossa falta de atenção e imprudência. Sua origem pode ser
térmica, elétrica, química ou radioativa.

Gravidade de queimaduras - depende de sua causa, profundidade,


percentual de superfície corporal queimada, localização, associação com
outras lesões, comprometimento de vias aéreas e estado prévio da
vítima.
Em uma cena de atendimento pré-hospitalar o socorrista deve-se
preocupar primariamente com as causas que apresentem risco de
vida iminente para vitima:
• Comprometimento de vias aéreas.
• Profundidade e associação com outras lesões.

Comprometimento de vias aéreas – a inalação de fumaça é a principal


causa de óbito precoce em vitimas resgatadas em incêndios. Seus
agravos se baseiam na lesão térmica das vias aéreas gerando edema e
posteriormente obstrução e a intoxicação por monóxido de carbono.
Profundidade – conforme as camadas da pele afetadas, as queimaduras
são classificadas em 1°, 2° , 3° e 4°grau sendo esta ultima a mais grave.
Primeiro Grau:
A pele fica com uma cor vermelho vivo e dolorosa. Pode ser causada
pôr excesso de sol, pôr um contato rápido com uma chama ou fonte
de calor importante. Só a parte superficial da pele é atingida.

Segundo Grau:
Além dos sinais já descritos na queimadura de 1° ainda há a formação
de bolhas, com conteúdo líquido. Também é dolorosa. Pode ser gerada
por um contato prolongado com fonte importante de calor.

Terceiro Grau:
A pele encontra-se destruída em toda sua extensão, ficando com um
aspecto esbranquiçado ou enegrecido. As terminações nervosas estão
destruídas e, portanto, estas queimaduras são indolores e graves.
O acesso ao hospital deve ser priorizado.

Quarto Grau:
Atingem todas as camadas da pele, até ossos ou órgãos internos
subjacentes.
QUEIMADURAS
Outra forma de se medir a gravidade de uma queimadura é avaliando
a extensão de superfície do corpo atingida; que neste caso é estimada
pela regra dos nove.

Regra dos nove - estima-se que a cabeça e cada membro superior


representem 9 % da superfície corporal (SC) , cada membro inferior
18% da SC e o tronco 36% da SC. Em crianças pequenas, deve-se
atribuir maior valor à cabeça (18%) e menor valor as extremidades
inferiores (28%).

Condutas
1. Afastar a vítima da origem da queimadura.
2. Resfriar a lesão com água em temperatura ambiente.
3. Avaliar ABC. Priorize vias aéreas.
4. Não aplicar gelo pois causa vasoconstricção e diminui a irrigação
sanguínea.
5. Proteger o ferimento.
6. Remover jóias e vestes. SE POSSÍVEL.
7. Evita remédios caseiros.
8. Evite cobrir a vítima com panos úmidos. Evite hipotermia.
CRISE CONVULSIVA
Crise convulsiva
Manifestação física de um distúrbio neurológico.

Principais causas de crise convulsiva:


• Epilepsia (principal causa).
• Hipoglicemia.
• Dose excessiva de cocaína.
• Abstinência alcoólica ou drogas.
• Febre.
• Lesões cerebrais.

Diagnostico diferencial – ocasional mente indivíduos simulam um


episódio convulsivo para chamar atenção sobre si.

Suspeite desta condição sempre quando ocorrem alguns do achado


associados a:
• Convulsão frente a público.
• Batimento da pálpebras.
• Vitima não perde o controle esfincteriano.
• Recuperação imediata da consciência.
• Padrão irregular dos movimentos durante a convulsão.

Condutas
1. solicite apoio.
2. avaliar a cena.
3. bioproteção.
4. não introduzir objetos na boca da vitima.
5. não tentar conter a vitima.
6. proteger a cabeça da vitima comum apoio.
7. afastar da vitima objetos perigosos.
8. na cessação da crise: avalie ABC e promova posição lateral de
segurança.
TRAUMA NO IDOSO
Trauma no Idoso
A ocorrência de trauma no idoso vem crescendo de forma significativa,
mediante ao crescimento desta população. Atualmente, o estilo de vida
mais ativa do idoso eleva a exposição ao risco de acidentes. Além desse
fator, o próprio envelhecimento fisiológico contribui: diminuição da acuidade
visual, diminuição da audição, uso de medicações, doenças associadas e
marcha lenta. Outros sistemas orgânicos também possuem diminuição de
suas funções: renal, pulmonar, cardiovascular, osteomuscular e endócrino.
A queda é o mecanismo de lesão mais freqüente, seguido por
atropelamento. Após o trauma o idoso possui uma decadência na sua
qualidade de vida, não conseguindo retornar plenamente ao seu estado
inicial. A prevenção por meio da redução de exposição aos riscos de
trauma é a melhor ferramenta para diminuir a morbidade e mortalidade.
Qualquer mínima alteração dos parâmetros fisiológicos pode ser indício de
uma lesão potencialmente letal. Portanto, a abordagem inicial do idoso
traumatizado deve ser realizada com maior atenção e rigorosamente
monitorizada.

O socorrista deve estar atento as limitações


físicas e fisiológicas a que o idoso é acometido.
Durante um exame a uma vitima idosa podem
ocorrer dificuldades de comunicação e de
colaboração da vitima.
Assim como dificuldade de estabelecer
manobras de imobilização e de vias aéreas
diante da anatomia do idoso.

A fisiologia do idoso também é um empecilho que será enfrentado pelo


socorrista. O idoso pode ser incapaz de responder ao aumento das
demandas fisiológicas impostas pelo trauma, tendo em vista a pequena
reserva funcional dos diversos órgãos e sistemas.

Outra condição que pode ser desenvolvida após um evento de queda da


própria altura , é traumatismo crânio encefálico.
O TCE pós queda pode se desenvolver tanto nas primeiras horas após a
queda como em até uma semana; condição que dependerá da região da
cabeça lesada, superfície do encéfalo acometida, energia da queda e
estado de saúde do idoso.
TRAUMA NO IDOSO
Além de um exame da cena e exame físico minuciosos, o socorrista pode
utilizar o teste de cincinnati para avaliar à possíveis presenças de lesões
neurológicas já instaladas. Mesmo sendo um teste aplicado a pacientes
com suspeita de acidente vascular cerebral (AVC) e/ou ataque isquêmico
transitório (AIT), o socorrista deve considerar a hipótese de que um AVC ou
AIT possam ter provocado a queda.

Teste do AVC de cincinnati – método utilizado para avaliar parâmetros


em grau de normalidade.

Queda da rima facial (B).


Queda aparente da face quando o
paciente tenta sorrir.

Flutuação do braço.
Quando você pede ao paciente para fechar
ambos os olhos e manter os dois braços
esticado a frente do corpo, com as palmas
das mãos para cima; nota-se fraqueza em
um dos braços.

Bre, rbrilsls Fala anormal.


Paciente não consegue falar com
Skskskkk ... clareza.
INCONSCIÊNCIA
Inconsciência.
Ausência de qualquer resposta psicologicamente compreensível a
estímulos externos ou necessidades fisiológicas do organismo.

Principais causas de inconsciência:


• Hipoglicemia (maior causa).
• Choque circulatório(diminuição de O2).
• Intoxicação por álcool ou outras substâncias.
• Lesões cerebrais (TCE, AVC, meningite, etc).

Condutas
1. Avalie a cena com atenção; fazendo possíveis correlações com
elementos encontrados e as principais causas. Não havendo
evidências coerentes, sempre suspeite de um evento traumático.
2. Avalie o nível de consciência.
3. Avalie vias aéreas e respiração. Havendo respiração ruidosa; utilize
manobra de liberação de vias aéreas adequada.Cuidado com
obstruções. Hálito etílico?
4. Atente para pulso rápidos ou fracos. Verifico pulso carotídeo e radial.
5. Se possível avalie a pressão arterial. Hipotensão (pressão baixa)
pode ser causa ou conseqüência.
6. Atenção a alterações exageradas de temperatura corpórea.
7. Reações anormais como a decorticação (flexão dos cotovelos com
punhos e supinação do braços) e descerebração (extensão dos
cotovelos e punhos em pronação) , sugerem dano cerebral.
8. Utilize a posição lateral de segurança caso não haja trauma ou o
socorrista não possa permanecer com a vítima.

decorticação

descerebração
Fonte:
• Manual de Socorro de Emergência -CBMERJ
• Basic Trauma Life Support- BTLS
• Pre hospital trauma life support – PHTLS
• American heart association – heart.org

Você também pode gostar