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Sessão Legislativa (30): Grande Expediente e Votações

Foto: ASCOM

30/10/2018

Na Ordem do Dia desta terça (30), os vereadores rejeitaram os vetos totais do Poder Executivo ao Projeto de
Lei nº 401/2017, de autoria do vereador David Miranda (PSOL), que determina que nas apresentações
artísticas contratadas pelo município do Rio de Janeiro tenha atuação de pelo menos um artista local na
abertura ou apresentação do evento; ao Projeto de Lei nº 17-A/ 2017, de autoria da vereadora Marielle
Franco (PSOL) e do vereador Tarcisio Motta (PSOL), que cria o Programa de espaço infantil noturno, em
atenção à primeira infância no município do Rio de Janeiro; e ao Projeto de Lei nº 1041/2014, de autoria do
vereador Thiago K Ribeiro (MDB), que obriga os shoppings centers a disponibilizarem em seus guichês de
estacionamento o pagamento através de cartões de débito e crédito. Todos esses projetos seguem para
promulgação pelo presidente da Casa, vereador Jorge Felippe (MDB).

Em 1ª discussão, os vereadores aprovaram o Projeto de Lei nº 999/2018, de autoria do Poder Executivo, que
estima a receita e fixa a despesa do município do Rio de Janeiro para o exercício financeiro de 2019. Já em 2ª
discussão, os parlamentares aprovaram o Projeto de Lei Complementar 36/2017, de autoria do vereador
Rafael Aloisio de Freitas (MDB), que revoga o Inciso III do Art. 36 do Decreto 322/1976, que obrigava bares,
lojas e cervejarias a manterem uma distância de 150 metros de hospitais, quartéis, templos, escolas, asilos,
presídios e capelas mortuárias; o Projeto de Lei nº 1.613/2015, de autoria do vereador Átila A. Nunes
(MDB), que obriga todos os fornecedores de serviços prestados de forma contínua a estenderem o benefício de
novas promoções aos clientes preexistentes; o Projeto de Lei nº 389/2017, de autoria do vereador Prof.
Célio Lupparelli (DEM), que cria a sala de acolhimento em unidades escolares da Secretaria Municipal de
Educação que ofereçam turno noturno do Programa de Educação de Jovens e Adultos ? PEJA; o Projeto de Lei
nº 451/2017, de autoria dos vereadores Fernando William (PDT) e Reimont (PT), que cria o polo
gastronômico da cidade do Rio de Janeiro em logradouros específicos do bairro da Tijuca.
Durante o Grande Expediente, o vereador Otoni de Paula (PSC) festejou o resultado das eleições e afirmou
que, tanto o presidente eleito Jair Bolsonaro, como o governador Wilson Witzel, venceram sem apoio da
imprensa. "Recomeça um novo ciclo no país, tomado pelo patriotismo e pela democracia, respeitando a escolha
da maioria do povo", afirmou.

Para Leandro Lyra (Novo), as eleições resultaram na escolha do 38º presidente do Brasil, representando um
"período de transição e uma corrida contra o relógio para a resolução dos problemas", disse. Em seu discurso,
frisou que é urgente reverter o estado da economia, a produtividade e o desemprego para, no futuro, estarmos
mais próximos dos países desenvolvidos. "Temos pressa e os estados quebrados precisam de especial atenção",
cobrou.

"O dia hoje é bastante importante para todos, depois de uma eleição intensa, exasperada e com diversas
crises", declarou o pedetista Fernando Wiliam. O vereador desejou o melhor para o país e para o governador
eleito, Wilson Witzel, que tem como vice o vereador Cláudio Castro (PSC). Para ele, o Brasil parece não ter
rumo, propostas ou metas, sendo importante ficarmos atentos sobre a condução do país. Segundo Wiliam,
"embora estejamos sob uma avalanche conservadora, fruto do momento histórico, é preciso que a democracia
prevaleça", conclamou.

Segundo Cesar Maia (DEM), com as eleições de 2018 concluídas, começa agora a corrida para 2020. "Entender
os dados deste ano me fez lembrar da eleição de 1998, quando perdi o Governo do Estado para o Garotinho,
com o percentual de 57%, quase como o Witzel agora, que alcançou 59% no segundo turno". Maia chamou a
atenção para o quadro da eleição no município, que, segundo ele, não apresenta uma força majoritária para
concorrer ao pleito nas próximas eleições.

Baba (PSOL) denunciou a gravíssima situação da rede hospitalar municipal. "Crivella abandonou a Saúde, vai
reduzir o valor destinado à pasta, acabar com as Clínicas da Família e outros programas que são grandes
exemplos de sucesso", criticou. O parlamentar recriminou a escolha do economista Paulo Guedes como aliado
do presidente Bolsonaro, afirmando que o mesmo foi cúmplice, na época da ditadura de Pinochet, da reforma
da previdência realizada no Chile. "Hoje, 90% dos aposentados chilenos recebem menos de meio salário mínimo,
e nós, trabalhadores brasileiros, não aceitaremos situação semelhante", prometeu.

O tucano Felipe Michel parabenizou o vereador Claudio Castro (PSC), eleito vice-governador do Estado do Rio
de Janeiro. "A população está cansada da velha política e respondeu nas urnas. E nós, vereadores, devemos
estar atentos e fazer uma reflexão do nosso trabalho como representantes do povo do Rio", declarou.

Em seu discurso, Leonel Brizola (PSOL) declarou que, "como trabalhista e defensor da democracia, aceito o
resultado das urnas. Mas o sistema me faculta ter opinião crítica", pontuou. Para ele, Bolsonaro representa o
que o povo quis a ditadura de 64, com aplauso à tortura é ao oráculo da verdade. "Esquecemos os presos,
torturados e mortos no passado. Apoiamos o discurso do ódio. E os que não se adequarem, vão para o campo
da praia, local onde a Marinha executava os políticos nos anos de chumbo", condenou.

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