Você está na página 1de 4

Para economizar, foliões levam bebidas para

blocos deixando ambulantes frustrados

Folião levou cooler com bebidas de casa e gelo Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo
Giselle Ouchana e Thais Sousa
Tamanho do textoA AA
Apesar dos blocos estarem levando até 320 mil pessoas para a folia, como foi o caso da atriz e
cantora Preta Gil na manhã deste domingo, alguns ambulantes têm reclamado do fraco movimento
de venda. Por volta das 10h desta manhã, um grupo tentava driblar a "crise" seguindo para outro
ponto da Avenida Presidente Antônio Carlos, onde o megabloco desfilou. Rosana Maria da Silva
chegou às 8h no local e, em duas horas, havia vendido três latinhas de cerveja a R$ 10. Na semana
passada, durante o bloco da Claudia Leitte, ela já tinha totalizado R$ 80 em vendas nas duas
primeiras horas.

— Vou procurar outro ponto. Não vendi nada ainda, praticamente. Meu isopor está cheio — disse,
incomodada. — Na semana passada também não foi tão bom, mas estava melhor que hoje
(domingo).

Daiana Pereira, de 34 anos, também resmungou do pouco movimento. Para ela, a quantidade de
ambulantes e o fato de que muitos foliões estão trazendo a própria bebida estão influenciando no
desempenho de venda dos vendedores.

— Eu não sei o que está acontecendo. Mas percebo que o público está abaixo do esperado, sem
contar que, com o desemprego, muita gente se cadastrou como ambulante. Além disso, vejo grande
parte do público trazendo suas bebidas de casa.

O cabeleireiro Victor Estrela, de 22 anos, chegou ao Bloco da Preta com os amigos da Baixada
Fluminense com a bolsa térmica cheia: catuaba, cerveja, vodka e enérgetico.
— A bebida alcoólica é nosso combustível. Fizemos uma vaquinha e trouxemos tudo porque sai
muito mais barato — afirmou o folião, contando que o grupo de 13 pessoas gastou pouco mais de R$
100 para compraras bebidas consumidas na folia.

O casal Emerson Soares e Talita Souza chegou de Campo Grande com a bolsa cheia e disseram ter
desembolsado apenas R$ 30 com 15 latinhas de cerveja e duas garrafas de água. A técnica em saúde
bucal, Vanessa Macedo, de 24 anos, reforça a economia.

— Se fôssemos comprar aqui, cada um gastaria pelo menos R$ 100.

Em seu quarto ano de vendas no carnaval carioca, a ambulante Patricia Gomes apostou no bloco
Suvaco do Cristo, no Jardim Botânico, que levou 35 mil pessoas para as ruas do bairro da Zona Sul.
Ela abasteceu o isopor e ficou posicionada na Rua Jardim Botânico à espera dos foliões. Mas o
faturamente foi abaixo do esperado

— Primeiro que tem muito ambulante pra pouco folião. Segundo, que tem muita gente trazendo
bebida de casa — cita os motivos.

O estudante de nutrição Rodrigo Bernardo, de 23 anos, foi um dos que preferiram comprar bebida
antes do bloco. Morador da Freguesia, na Zona Oeste, ele cruzou a cidade com o uma bolsa térmica
lotada de cerveja e água. Tudo pela economia.

— É ruim de carregar, mas fica muito mais barato que no bloco.

A cobertura do carnaval do jornal EXTRA tem apoio de Ame Digital.

Para economizar, foliões levam bebidas para


blocos deixando ambulantes frustrados
Folião levou cooler com bebidas de casa e gelo Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo
Giselle Ouchana e Thais Sousa
Tamanho do textoA AA
Apesar dos blocos estarem levando até 320 mil pessoas para a folia, como foi o caso da atriz e
cantora Preta Gil na manhã deste domingo, alguns ambulantes têm reclamado do fraco movimento
de venda. Por volta das 10h desta manhã, um grupo tentava driblar a "crise" seguindo para outro
ponto da Avenida Presidente Antônio Carlos, onde o megabloco desfilou. Rosana Maria da Silva
chegou às 8h no local e, em duas horas, havia vendido três latinhas de cerveja a R$ 10. Na semana
passada, durante o bloco da Claudia Leitte, ela já tinha totalizado R$ 80 em vendas nas duas
primeiras horas.

— Vou procurar outro ponto. Não vendi nada ainda, praticamente. Meu isopor está cheio — disse,
incomodada. — Na semana passada também não foi tão bom, mas estava melhor que hoje
(domingo).

Daiana Pereira, de 34 anos, também resmungou do pouco movimento. Para ela, a quantidade de
ambulantes e o fato de que muitos foliões estão trazendo a própria bebida estão influenciando no
desempenho de venda dos vendedores.

— Eu não sei o que está acontecendo. Mas percebo que o público está abaixo do esperado, sem
contar que, com o desemprego, muita gente se cadastrou como ambulante. Além disso, vejo grande
parte do público trazendo suas bebidas de casa.

O cabeleireiro Victor Estrela, de 22 anos, chegou ao Bloco da Preta com os amigos da Baixada
Fluminense com a bolsa térmica cheia: catuaba, cerveja, vodka e enérgetico.

— A bebida alcoólica é nosso combustível. Fizemos uma vaquinha e trouxemos tudo porque sai
muito mais barato — afirmou o folião, contando que o grupo de 13 pessoas gastou pouco mais de R$
100 para compraras bebidas consumidas na folia.
O casal Emerson Soares e Talita Souza chegou de Campo Grande com a bolsa cheia e disseram ter
desembolsado apenas R$ 30 com 15 latinhas de cerveja e duas garrafas de água. A técnica em saúde
bucal, Vanessa Macedo, de 24 anos, reforça a economia.

— Se fôssemos comprar aqui, cada um gastaria pelo menos R$ 100.

Em seu quarto ano de vendas no carnaval carioca, a ambulante Patricia Gomes apostou no bloco
Suvaco do Cristo, no Jardim Botânico, que levou 35 mil pessoas para as ruas do bairro da Zona Sul.
Ela abasteceu o isopor e ficou posicionada na Rua Jardim Botânico à espera dos foliões. Mas o
faturamente foi abaixo do esperado

— Primeiro que tem muito ambulante pra pouco folião. Segundo, que tem muita gente trazendo
bebida de casa — cita os motivos.

O estudante de nutrição Rodrigo Bernardo, de 23 anos, foi um dos que preferiram comprar bebida
antes do bloco. Morador da Freguesia, na Zona Oeste, ele cruzou a cidade com o uma bolsa térmica
lotada de cerveja e água. Tudo pela economia.

— É ruim de carregar, mas fica muito mais barato que no bloco.

A cobertura do carnaval do jornal EXTRA tem apoio de Ame Digital.

harmônica, não dá briga, gosto demais.

Você também pode gostar