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Thaís CunegattoI
Resumo:
Palavras chave: O objetivo deste artigo é discutir o carnaval carioca enquanto uma
festa urbana nacional, um patrimônio imaterial e uma política pública
Carnaval que aciona identidades sociais e se constrói e reconstrói na medida
em que o Brasil e a cidade do Rio de Janeiro se transformam. O texto
Identidade nacional inicia sua discussão partindo da premissa que o ritual carnavalesco
das escolas de samba se constitui em um universo urbano que
Política pública
engendra relações entre o poder público e as camadas populares
Agência para a posteriori discutir os processos de segregação urbana ligados
à construção de uma identidade nacional. Por fim, o artigo busca
Festa popular refletir sobre as múltiplas dimensões de poder dadas num processo de
oficialização e patrimonialização de uma festa, bem como os intensos
processos de negociação e agência intrínsecos das relações entre
poder público e as camadas populares que vivenciam cotidianamente
o carnaval há gerações.
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Resumen:
Abstract:
Keywords: The objective of this essay is to discuss about the carnival from Rio de
Janeiro as a national urban festivity, intangible cultural heritage and also
Carnival a public policy that actuates social identities, building and rebuilding
itself as Brazil and the city of Rio de Janeiro changes. The essay starts
National identity its argument from the premise that the samba school’s rites of carnival
constitutes an urban universe that creates relations between the public
Public policy
power and the popular masses and a posteriori discusses about the
Agency process of urban segregation connected to the development of a national
identity. Lastly, the essay will reflect about the multiple dimensions of
Popular festivity power given in the process of officialization and patrimonialization of a
festivity as well as the intense processes of negotiation and agencies
inherent to these relations between public power and popular masses
that experience the carnival for several generations.
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brar os limites cristãos é uma maneira pológico, ela está presente na grande
de restabelecer a ordem, mostrando maioria dos trabalhos sobre o carnaval.
que a religião reconhece os pecados do A utilização deste conceito não banali-
carnaval e os perdoa a seus fiéis. za tal análise, ao contrário, incentiva os
pesquisadores a decifrar o que esses
Ao inverter a ordem moral da vida rituais contemporâneos dizem sobre a
burguesa, a subversão dos valores es- vida social.
tabelece a possibilidade de uma outra
ética de vida mediante a suspensão da Vários autores têm aceito o desa-
moral cristã - que não deixa de existir, no fio de pensar o mundo urbano a partir de
entanto, como referência complementar um ritual e de seus desdobramentos. No
antagônica. É a experiência alucinatória, caso do Carnaval, pensado como um ri-
o despertar dos sentidos face à musica- tual urbano e contemporâneo, é preciso
lidade exuberante e o desejo dos cor- concebê-lo relacionado à dinâmica da ci-
pos, que restabelecem os ritos profanos dade. Embora a origem do carnaval seja
na cidade festiva como um “espaço de rural, o seu apogeu e a forma como ele
celebração” (MAFFESOLI, 1994) onde o existe atualmente encontram-se imersos
profano critica as divindades cristãs. no processo de urbanização e de globa-
lização, ou seja, no universo característi-
O carnaval é associado à celebra- co das cidades como expressão da vida
ção da Páscoa pela Igreja. Esta “incor- urbana, mais ou menos cosmopolita.
poração” foi uma tentativa bem-sucedida
de dominação e de controle sobre as de- O carnaval é o tempo de festa por
mais festas pagãs, que persistiram ape- excelência, conforme aponta DaMatta
sar do advento do cristianismo. (1979). É o momento do extraordiná-
rio, mas sempre relacionado ao ordi-
O carnaval ganhou outros signi- nário/ao cotidiano de muitas maneiras.
ficados e representações com o passar É um evento performático indicador
do tempo, pois ao longo dos anos parece de certos processos culturais, que na
ter “colonizado” outras festas (DUBOIS, percepção de seus próprios agentes
1979). A noção do tempo do carnaval foi, ocupa um tempo e espaço fora das ati-
assim, enriquecida e ampliada. Na ver- vidades diárias, distanciadas das ativi-
dade, a festa carnavalesca contemporâ- dades cotidianas (TAMBIAH, 1985). O
nea ocorre em vários lugares do mundo, carnaval age como um dispositivo de
incluindo a América do Sul e América do mudança de perspectivas que é, por
Norte, ampliando o tema da revitalização certo, promovida pela própria socieda-
ou ressurreição, da ruptura e ao mesmo de (CAVALCANTI, 2010).
tempo da adesão à estrutura social. É
um momento de communitas (TURNER, Duvignaud (1973, p. 186) ressal-
1974), fora da vida cotidiana, de “exalta- ta que o carnaval enquanto momento
ção da impertinência e do grotesco”, en- de transe permite ao homem e à co-
fim, é a história do triunfo da vida sobre letividade superar a “normalidade” e,
a morte. (DUBOIS, 1979). assim, alcançar um estado de espírito
onde tudo é possível, porque duran-
Pensar os carnavais como even- te o transe o homem não é humano,
tos rituais que jogam com o imaginário pois adere a uma natureza. O autor
social e, mesmo, com os estereótipos demonstra como o período festivo abre
de grupos sociais, não é uma perspecti- espaço para o indivíduo tornar-se ou-
va analítica inovadora no campo antro- tro, “a descoberta do outro modifica o
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sujeito que se engaja nesse confronto lista industrial. O autor ressalta, porém,
na mesma medida em que transforma os perigos desta análise que não leva
o primeiro” (1973, p. 187). Esta oportu- em conta que este processo de acumu-
nidade de se colocar no lugar do outro, lação de capital diferencia os habitan-
ou mesmo de jogar com os papéis so- tes das sociedades brasileiras de forma
ciais predeterminados revela o poder desigual e assimétrica e que as classes
transformador da festa. As celebrações baixas podem oferecer resistência à di-
carnavalescas cariocas têm um caráter fusão destas “orientações culturais pa-
urbano que permite aos sujeitos joga- dronizadas”. Neste sentido, Oliven afir-
rem, considerando diferentes aspec- ma que diferentes grupos sociais têm
tos, com suas identidades sociais. práticas e orientações diferenciadas
no que tange a “aspectos que têm con-
A cidade é o espaço onde o indi- sequências e significados diversos de
víduo desempenha suas múltiplas iden- acordo com a posição social tais como
tidades sociais. De acordo com Georg questões políticas” (1980, p. 35)
Simmel (1985), a metrópole permite
uma multiplicidade de papéis sociais Esta homogeneização também é
que são acionados em interação, por discutida por Cavalcanti (2010), quando
meio de uma lógica da modernidade a autora considera o carnaval como uma
baseada na individualidade. Neste sen- festa da cultura popular, um evento com
tido, o autor descreve os espaços urba- características populares. Problematizar
nos onde as relações são baseadas no a palavra “popular” se torna importante.
comércio e o fluxo de dinheiro envolven- Se pensarmos a dimensão do popular
do interações monetárias guiadas pela adicionada ao caráter urbano da vida
lógica e pela divisão social do trabalho, contemporânea, podemos entender que
nas quais o indivíduo é multifacetado e tal característica não pode reduzir-se a
livre para experimentar os vários aspec- condição econômica. A autora explica
tos da sua identidade, desempenhando que o popular não deve ser pensado
papéis sociais distintos. apenas em contraposição à cultura de
elite, mesmo que não possamos negli-
O carnaval é um ritual em que genciar tal ponto. Nas sociedades com-
várias identidades são ativadas e o in- plexas nas quais os atores sociais jogam
divíduo vive a experiência de colocar-se com os estereótipos e acionam suas
no lugar do outro. Durante o carnaval, o identidades de acordo com suas neces-
sujeito pode ser alguém que ele nunca sidades, a dimensão popular é também
seria na vida real. O carnaval é o mo- uma dimensão política que é revelada
mento em que as pessoas se misturam e nos conflitos sociais.
as identidades se perdem ou alteram-se
temporariamente, tornando-se, assim, De acordo com Gilberto Velho
um ritual popular que joga com várias (1994), as grandes cidades tais como o
categorias socioeconômicas: pobres e Rio de Janeiro, passaram por um proces-
ricos, e de gênero, homossexual, hete- so de modernização violento que afetou
rossexual, masculino e feminino. seriamente o sistema de valores e as
relações sociais. A expansão da econô-
Conforme Ruben Oliven (1979), mica de mercado, a industrialização, a
nos estudos das Sociedades Comple- migração e a valorização da cultura de
xas, o cenário urbano apresenta uma massa, contribuíram para o crescimento
aparente homogeneização das classes do individualismo. Nesse processo, as
sociais, devido à intensificação capita- ideologias individualistas ganharam es-
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mas festas de caráter popular. A poética te, porém criam-se dispostitivos e táticas
social é, assim, uma forma de agência que subvertem e traduzem esses valores
que cria táticas (Certeau, 2008) de ação universalisantes em valores locais.
e de reação de grupos sociais para deter-
minadas ações do Estado e vice-versa, Neste contexto, a noção de patri-
que tem estado presente no nascimento mônio cultural imaterial ganha sua força
do carnaval de avenida, perdurando até como um processo de retorno ao mito
a sua consolidação como patrimônio cul- original e às práticas tradicionais, para
tural imaterial. Este longo processo de resignifica-las no processo de recons-
negociação, ainda hoje presente entre o trução da identidade de uma nação. O
poder do Estado e o poder das “classes arquivo criado e apresentado para o pe-
populares” explicita o caráter político e dido de reconhecimento do samba cario-
identitário do carnaval carioca. ca como patrimônio ao IPHAN afirma os
processos de negociações com o Estado
Como sugere Jeròmê Nicolas Nação, destacando o importante papel
(2006), podemos analisar a festa car- dos “sambistas” que conseguiram obter
navalesca como Marc Abèles (2007) e o reconhecimento e a aceitação do go-
Henri-Pierre Jeudy (1990), sob a óptica verno sobre a forma de oficialização do
de um “sub-sistema político” decorren- carnaval sem “calar as formas autênti-
te do sistema social global, onde es- cas praticadas no Rio de Janeiro”, como
tudos sobre ações políticas, tensões, sugere o laudo que reivindica o samba
conflitos e relações de força e poder se enquanto patrimônio imaterial, confir-
fazem pertinentes. A festa parece-me ma a intensa participação do samba na
mais como um sistema unitário e sin- construção da identidade nacional.
gular auto-determinado atravessado de
tensões, que dispõe de autonomia sufi- O carnaval, em sua forma ima-
ciente, portanto, detentor de equilíbrio ginária, é revelado como um arranjo
e de coerência estrutural para exercer de elementos performativos que con-
“influência” a posteriori e in fine sobre o tribuem para definir uma dualidade da
sistema social global. prática do carnaval e o universo polifô-
nico em que é construído nesse ritual. A
Fábio Pavão (2012) ressalta que alegria e o prazer de jogar com as nor-
o avanço do processo de mundialização mas sociais, de reverter a lógica domi-
produziu um movimento que pode ser nante, de sublimar e substancializar as
considerado paradoxal, pois ao mesmo relações sociais, permitem que todos
tempo em que parece impor certa ho- os participantes dos carnavais – atores
mogeneização da cultura, reivindica a e espectadores – detenham instâncias
valorização de traços culturais nacionais organizadoras de forma conjunta a cria-
e locais. Stuart Hall (2006), por sua vez, rem um outro universo, projetando-o
mostra que de um lado as forças domi- para a cena pública.
nantes da homogeneização cultural ame-
açam reduzir as peculiaridades locais O momento de liminaridade do ri-
ao modelo ocidental e, particularmente, tual é propício para este jogo com a re-
àquele dos Estados Unidos. Por outro alidade social. Neste sentido, DaMatta
lado, existe o processo que tenta descen- (1997) mostra que no momento ritual há
tralizar e distanciar estes modelos oci- uma inversão de valores, uma mudança
dentais. De acordo com Hall, não há su- de regras sociais. Maria Isaura Pereira
ficiente poder para confrontar ou inibir a de Queiroz (1992), analisando o Carna-
influência exercida pelo modelo totalizan- val do Rio de Janeiro destaca que, em
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última análise, nada é invertido, “nem os Cada capital, cada cidade, cada comuni-
papéis e valores sexuais, nem as hierar- dade urbana ou rural faz acontecer o seu
quias, nem os modelos políticos”. Quei- carnaval e, assim, evidencia as particu-
roz mostra como a estrutura das danças laridades da região onde é festejado. O
carnavalescas cariocas apresentam os carnaval é, nesse sentido, um fenômeno
mesmos valores do cotidiano, mesmo festivo que fincou raízes na cultura bra-
através de paródia ou da sátira. sileira, tornando-se a sua festa nacional.
Embora a festa carnavalesca ocorra em
É importante notar que pouco im- todo Brasil, nota-se que foi o Rio de Ja-
porta se houver uma inversão propria- neiro o palco, por excelência do carna-
mente dita ou um travestimento da re- val de avenida, do carnaval espetáculo
alidade social. O objetivo do jogo com que atrai turistas do mundo inteiro, por
os imaginários sociais que são ence- consequência é o carnaval que agencia
nados durante o ritual carnavalesco é, grandes somas de subvenções governa-
de diversas formas, a construção desse mentais, e fortes investimentos do setor
espaço político e social que reinven- público, fato que aumenta ainda mais sua
ta a realidade social. Ele permite que escala e gera, ainda, mais retorno turís-
seus participantes joguem com as hie- tico para o evento. Cabe salientar que
rarquias de muitas maneiras. A criação os carnavais que não se encontram no
deste espaço liminar, discursivo e políti- eixo carioca também recebem incentivo
co, destaca os conflitos sociais ao mes- público e privado, representando enor-
mo tempo que permite a sociabilidade memente a cultura brasileira, porém foi
de diferentes grupos sociais. o carnaval carioca o eleito como a festa
que apresenta o Brasil para o mundo.
Como observado em análises de
Herzfeld, Abélès e Certeau, os atores Após tal constatação uma ques-
sociais não são totalmente sujeitos às tão surge: por que o carnaval carioca e
imposições do Estado, bem como o Es- não o carnaval de Salvador foi escolhido
tado não é indiferente às contestações como representante festivo brasileiro,
do povo. É um jogo político em que sendo que a cidade de Salvador, assim
os atores sociais tentam sempre com- como a do Rio de Janeiro, são territórios
preender as regras e as dinâmicas do de valorização e presença da descen-
imaginário, para com eles jogar bem. dência africana no Brasil?
O ritual, assim, não serve apenas para
manter uma estrutura, mas para ne- O carnaval de Salvador (Bahia)
gociar com a dinâmica desta estrutura não era conveniente enquanto símbolo
social, manifestando um momento de de uma mestiçagem harmônica, visto
crítica social onde as pessoas (em prin- que a cidade na época do Estado Novo
cípio) sem voz podem gritar. era composta por uma maioria negra,
cerca de 80% de sua população, perten-
centes às camadas populares e muitas
O universo carnavalesco na cidade do delas à margem da sociedade.
Rio de Janeiro
Tanto o carnaval de Salvador
O carnaval não é exclusivo à ci- como de o Rio de Janeiro possuem ori-
dade Rio de Janeiro, pois o evento car- gens nas festas afrodescendentes. Sal-
navalesco é uma festa que acontece por vador representou um espaço de gran-
todo o país, de norte a sul – Belém, Sal- de expressão dos “folguedos negros”,
vador, Recife, São Paulo, Porto Alegre. dos espaços festivos e folclóricos de
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