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da teoria social
Jean Jacques Rousseau
Sociologia I – Ciências Sociais - UFMG
Prof. Sílvio Salej Higgins
Percurso expositivo
História
O ato de ler textos escritos
Contexto Contexto
Texto escrito
Mundo 2 Mundo 1
Mundo 3
Leitor
Autor - Escritor
Pretexto
Pretexto
1750
1712-1778
João Calvino
Felipe II da Espanha
A guerra dos oitenta anos
A revolta Dutch (1560) e o tratado
de Westfalia (1648)
Contexto intelectual: Séculos XVI e XVII
O Jusnaturalismo
Racionalismo moderno
• A piedade e a
• O estado de natureza é um
• A liberdade é entendida como o autoconservação são virtudes
estado de liberdade dentro dos
direito natural: não ter restrições naturais que se equilibram
limites da lei natural.
para buscar a autoconservação. mutuamente.
•A principal proibição da lei
• A lei natural é o impertativo de • Os seres humanos não são
natural: a destruição da
buscar autoconservação. A sua naturalmente inimigos, ao
propriedade (a pessoa e as
primeira consigna é a busca da viverem em sua primitiva
suas posses)
Estado de natureza paz. independencia , não mantem
ou pré-político • Como não há juiz comum, entre si, uma relação constante
todos possuem o poder para construir um estado de
• O estado natureza é uma
executivo da lei natural para paz ou guerra.
disposição constante de inveja,
castigar o transgressor e exigir
agressividade e cobiça que • A guerra é uma relação entre
que repare os danos e previr
conduz à guerra. O medo é a Estados. É fruto do poder de
assim danos futuros «Pode ser
paixão que disuade da guerra e atração que possuem as coisas
destruído como um animal
persuade a paz. e não pelas relações humanas
selvagem».
propriamente ditas.
Hobbes Locke Rousseau
Perspectiva da monarquia Perspectiva da monarquia Perspectiva do gobierno
absoluta moderada o parlamentarista republicano
• O estado civil é um remédio • O contrato social é a única
para os inconvenientes do alternativa do género
• O estado de natureza é um
estado de natureza: ignorancia, humano para superar os
estado de guerra permanente
ausencia de um juiz conhecido obstáculos crecentes que lhe
(bellum omnium contra omnes). A
e imparcial. impiden se manter no estado
instituição da civitas, tenta dar um
de natureza.
basta no estado de natureza.
Trata-se de uma ruptura radical • O pacto funda o corpo •Pelo contrato entre todos os
para superá-lo. político sem que os associados associados (povo) nasce o
percam os seus direitos próprios corpo moral (república). O
do estado de natureza. Dai que soberano é o povo e não o
• O pacto funda uma pessoa
Contrato Social ou possam insubordinar-se rei. Todo governante recebe a
(Estado) que pode usar a forla e os
estado civil legitimamente contra poderes sua autoridade do ato
recursos de todos para asegurar a
despóticos. O legislativo e o primário que originiou a
paz e a defesa comum. O
executivo não podem ser vontade geral (interesse
soberano, portador da pessoa
arbitrários com a vida e a comum), por tanto estará
política, concentra plenos poderes
fortuna (propriedade) das submetido aos limites da lei.
sobre os súbditos.
pessoas.
• O estado civil aperfeiçoa a
• O estado civil é corretivo da
• O estado civil é preventivo do liberdade natural, baseada
insustentavel guerra de todos
estado de guerra. Porém, o na força, convertido-a em
contra todos.
estado de natureza não liberdae civil, baseada na
sinónimo de guerra. obediencia à lei.
As crónicas de índias circulavam na Europa
(Francisco Miró Quesada)
Moral e política
Hipótese de leitura
A teoria social não consegue
fugir do círculo
hermenêutico.
Sempre há um pano de
fundo que é uma
extrapolação metafísica
sobre o um mundo social
desejado: um paraíso do
qual saímos ou um paraíso
que nos espera.
Rousseau postula uma ordem natural do ser humano (inclinação pela piedade)
Apela para uma ficção teórica na qual define a boa e a justa sociedade
O bom selvagem
O mau selvagem