Teorias do

Estado

Maquiavel A Secularização da
política

B Verdade efetiva
das coisas

C Virtú e fortú

D Amado ou odiado
Contratualistas
Breve revisão teórica


 Thomas
Hobbes

Estado de natureza Leis naturais Direito natural

| Preceito geral da razão: | São derivadas da | Garante ao homem a
prudência em nome da mínima razoabilidade liberdade de agir
preservação da vida e da conforme seu próprio
espécie (a racionalidade é julgamento
| Limitam o instinto
inerente aos humanos)
destrutivo do homem
| Pressuposto da igualdade | Liberdade: ausência de
de força e capacidades | Lei 1: procurar a paz e restrições - paradoxal

segui-la
| Constante estado
de alerta | Fight or Flight
| Lei 2: concordância de
| Amor de si
renúncia dos direitos
| Poder instrumental e
natural
Thomas
Hobbes

O Contrato O Leviatã
| Pressuposto da | Poder comum, situado
insuficiência da acima dos contratantes,
racionalidade humana com direito e força
para a garantia de uma suficientes para garantir
vivência pacífica o cumprimento do
contrato
| Transferência mútua de | Monarquia: a
direitos -> ato voluntário centralização do poder
mas não desinteressado garantiria estabilidade
| Opressor


Jean-Jacques
Rousseau
Estado de natureza
| Não existe razão: o
homem não é racional
nem social
| Amor de si X Amor
próprio
| Inocência humana
(ausência de moralidade)
| Distinção entre homem e
animal: liberdade e
posse
perfectibilidade
| Não há necessidades
materiais
| | NÃO HÁ DESIGUALDADE
| As intemperes da natureza
dificultam a vivência humana
(por inércia, a tendência era a
permanência no estado de
natureza)
| Destruição do estado de
natureza: estabelecimento da
| Tendência humana: destruição
ou associação - guerra de
todos contra todos (limite do
estado de natureza)
Jean-Jacques
Rousseau
| A instituição da posse limita a
liberdade do homem
| Os indivíduos buscam o
reestabelecimento de parte dessa
liberdade ao estabelecerem o
contrato
| Qual a natureza do poder político
mais apto a conservar as melhores
características do homem "natural"?
A República
| O Estado intervém de forma a
cercear os interesses privados
quando estes vão contra os
perderam ao entrar na sociedade
interesses públicos
| Governos legítimos são sustentados
pela vontade, enquanto ilegítimos
são sustentados pela força
O Contrato e
sociedade civil
| A sobrevivência da espécie | As expressões culturais, linguísticas,
requerem o desvinculamento dos morais são produtos sociais humanos,
interesses privados imediatos em ou seja, são criados a partir da vida
nome dos interesses gerais EM SOCIEDADE (não são naturais ao
| A instituição de leis e normas para
homem, mas construídos
regulação dos interesses privados
| Só há contrato se haver consenso
se dá por uma concordância
entre as partes: escravidão e
voluntária
servidão não são contratos
| Desigualdade social: a
propriedade privada é formalizada | Momentos de revolução não
| O pacto tenta garantir ao retrocedem o homem ao estado de
máximo aquilo que os homens natureza (a história é repleta de
conflitos)
civil
| A soberania não reside no Estado,
mas na vontade geral a qual o
governo é ou deveria ser expressão
Jean-Jacques
Rousseau
Desigualdade
Vontade geral e a República
| Natural ou física (idade ou saúde)
| Moral ou política (por consentimento de
outros)
| As desigualdades presentes no estado de
natureza são naturais, enquanto as
desigualdades presentes na sociedade civil
são sociais
| A propriedade privada é a primeira
desigualdade social
| A desigualdade destrói o estado de
natureza
| Posse X Propriedade Privada
| Vontade geral é a procura por | Somente a República pode
unanimidade daquilo que for possível expressar plenamente a vontade
ser acordado (não tudo, mas o geral
essencial) - é a máxima concordância | República: todo Estado regido por
| Não é o somatório das vontades lei, independente da forma de
particulares, mas é uma abstração administração que possa ter, pois,
| A vontade geral é representada pelo assim, o interesse público governa
poder Legislativo, sendo ele o locus da
soberania
| As leis expressam expectativas,
moralidades, cultura política e social da
vontade geral
E o Marx? Uma teoria da história
Modo de produção +
e Engels contradições + luta de classes
= revolução social

Materialismo histórico
diáletico
As ideias não possuem
autonomia e nem produzem a
realidade

Revolução Francesa

| Expressa a complexidade da
luta de classe
| Liberdade, Igualdade e
Fraternidade

Revolução política e
revolução social
 John Locke
Estado de
natureza Lei da natureza
|Os humanos não são
animais, mas movidos pela
razão
| Liberdade para agir e
dispor de posses
conforme as leis da
natureza
| Todo poder e jurisdição
são recíprocos (igualdade
entre iguais)
| A liberdade e a igualdade
são direitos naturais
individuais inerentes aos
humanos
Em caso de crimes
| É baseada na razão | Quando há crimes no estado
| Sendo todos iguais e de natureza, toda a sociedade
é incumbida da punição
independentes, ninguém deveria
| Punição não significa
prejudicar outrem em sua vida,
vingança (as punições são
saúde, liberdade ou posses proporcionais)
| Não se pode presumir | Esferas do crime: Estado (sua
subordinação alguma que autoridade), sociedade (quem
autorize a destruição de outrem faz as leis) e a vítima (quem
sofre)
(menos em legítima defesa)
| Esferas da punição: pública
| Regula o estado de natureza
(garante confiança no sistema)
| Todos aplicam a lei da natureza
e privada (o indivíduo existe
| Não há garantia que todos por si só)
apresentam a mesma maturidade
racional para não haver crimes
John Locke
Estado de guerra
| Quando, no estado de natureza, os
indivíduos desrespeitam os limites dos
direitos naturais individuais, a
sociedade encontra-se em estado de
guerra, sendo necessário a aplicação
de sanções
| A responsabilidade pela execução
das leis da natureza é depositada nas
mãos de cada um
| É a aplicação da força quando não
estado de natureza, que são grandes
há entidade superior comum para
apelar em busca de assistência
| Evitar o estado de guerra é a razão
pela qual os indivíduos unem-se e
abandonam o estado de natureza
Contrato social
| É necessário um meio pelo qual a
liberdade e a igualdade presentes no
estado de natureza sejam garantidos
fora dele
| É preciso uma instituição que equilibre
as relações entre as pessoas e se
contraponha a ideia de abuso: o
Estado
| O governo civil é o remédio
adequado para as inconveniências do
quando aos homens é facultado
serem juízes de sua própria causa
| O Estado possui legitimidade de
atuar e restringir certos direitos em
nome do pacto
John Locke
Locke e o Absolutismo
| A promoção de um monarca como juiz
impossibilita saber se este não
ultrapassaria os limites, atentaria
contra os outros e agiria injustamente
| Entre o absolutismo e o estado de
natureza, a vivência no estado de
natureza é melhor, pois não há
monarcas
| Nações com monarquias absolutas
encontram-se em estado de guerra no
máximo ou em estado de natureza no
mínimo
| É legítimo matar ou destruir um
Estado/monarca que atente contra os
direitos individuais
A sociedade civil
| O Estado é a materialização do
| Propriedade: nenhuma sociedade
direito de organização em
política pode existir ou subsistir sem
sociedade
ter em si o poder de
| Povo: não é somente uma massa
preservar a propriedade e, para tal,
de pessoas a ser incluída nas
de punir os delitos de todos os
diretrizes estatais -> é o corpo
membros dessa
político
sociedade
| Autoridade é o povo, a instituição
é o povo, quem respeita é o povo
O que diferencia as ações estatais
no estado civil das ações no estado
de guerra é a legitimidade, uma vez
que há pacto entre Estado e
sociedade