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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA – UNOESC

DANIEL SAATKAMP
JEAN CARLOS BULLA
JUNIOR PARISENTI
LUAN MENEGHINI
MAICO STOLFF

PÊNDULO SIMPLES
LEI DE HOOKE
ONDA ESTACIONÁRIA NUMA CORDA

Joaçaba
Fevereiro de 2013

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DANIEL SAATKAMP
JEAN CARLOS BULLA
JUNIOR PARISENTI
LUAN MENEGHINI
MAICO STOLFF

PÊNDULO SIMPLES
LEI DE HOOKE
ONDA ESTACIONÁRIA NUMA CORDA

Relatório apresentado como parte das exigências da


disciplina de Física Experimental Mecânica II, Curso de
Engenharia Mecânica, Área de ciências Exatas e da
Terra, da Universidade do Oeste de Santa Catarina,
Campus de Joaçaba.

Orientador: Profª. Regina de Bastiani

Joaçaba
Fevereiro 2013

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LISTA DE SÍMBOLOS

g – Gravidade (g = 9,81 m/s²);


m – massa;
cm – Centímetro;
m – Metro;
N – Newton;
K – Constante elástica;
Kr – Constante elástica resultante;
F – Frequência;
P – Perímetro;
W – Frequência Angular;
π – Pi (3,1415);
xm – Amplitude;
x – Elongação da mola;
l – Comprimento do fio do pêndulo;
Hz – Hertz (unidade de media da frequência);
λ – Comprimento de onda;
ρ – Densidade linear.

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LISTA DE EQUAÇÕES

x  x m cos(t   )

F=1
T

T = 2.π. 1
g

T = 2.π. m
K

F = -K.x
Kr = k1 + k2 +.... + kn
Kr = 1 + 1 +...+ 1
k1 k2 kn

w= K
m

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Sistema de pêndulo simples.


Figura 2 – Deformação x numa mola.
Figura 3 - Harmônicos numa corda.
Figura 4 – Equipamento da experiência sobre Pêndulo Simples.
Figura 5 – Equipamento da experiência sobre deformação numa mola – Lei de Hooke.
Figura 6 – Equipamento de associação em série das molas.
Figura 7 – Equipamento de associação em paralelo das molas.
Figura 8 – Dispositivo utilizado nos experimentos com onda estacionária.
Figura 9 – Configuração da onda estacionária no modo fundamental.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Tempo em (s) para uma oscilação;


Tabela 2 – Tempo em (s) gasto para 5 oscilações;
Tabela 3 – Tempo de oscilações para o prumo de Menor e Maior massa;
Tabela 4 – Período e Frequência de acordo com comprimento do pêndulo;
Tabela 5 – Força e elongação da mola;
Tabela 6 - Determinação da Constante Elástica (k) com molas em série;
Tabela 7 – Determinação da Constante Elástica (k) com molas em paralelo;
Tabela 8 – Período da mola utilizando amplitude pequena;
Tabela 9 – Período da mola utilizando amplitude grande;
Tabela 10 – Período de oscilação da mola com variação da massa;
Tabela 11 – Força de tração, nº de nós, nº de ventres;
Tabela 12 – Intensidade força de tração;

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Período x Deslocamento;


Gráfico 2 – Frequência x Deslocamento;
Gráfico 3 – Tempo de Oscilações x Comp. Do Pêndulo;
Gráfico 4 – Força x Elongação;
Gráfico 5 – Massa x Período;
Gráfico 6 – F x λ;
Gráfico 7 – F x ρ

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................................
09
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..........................................................................................
10
2.1. PÊNDULO SIMPLES............................................................................................................
11
2.2. LEI DE HOOKE....................................................................................................................
13
2.3. ONDA ESTACIONÁRIA NUMA CORDA.....................................................................15
3. DESENVOLVIMENTO..........................................................................................................
17
3.1. LEIS DO ISOCRONISMO DAS PEQUENAS OSCILAÇÕES, DAS MASSAS E DAS
SUBSTÂNCIAS E DOS COMPRIMENTOS..........................................................................17
3.2. COMPROVAÇÃO EXPERIMENTAL DA LEI DE HOOKE E MHS..................................
22
3.3. ONDA ESTACIONÁRIA NUMA CORDA...............................................................28
4. CONCLUSÃO........................................................................................................32
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................
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1. INTRODUÇÃO
Através das experiências o grupo pode observar na prática em laboratório devidamente
equipado as condições para que um movimento seja considerado um Movimento Harmônico
Simples (MHS) seja ele periódico ou oscilatório. As experiências realizadas são referentes
aos assuntos: pêndulo simples, lei de Hooke e ondas estacionárias numa corda.
As práticas nos mostram com maior clareza de detalhes o funcionamento do
mecanismo formado por um sistema de pêndulo simples, a lei de Hooke, relacionada à
elasticidade de corpos, que nos permite calcular a deformação causada pela força exercida
sobre um corpo deformável e também experiência sobre ondas estacionárias numa corda, ou
seja, ondas que possuem um padrão de vibração estacionário e formam-se a partir de uma
superposição de duas ondas idênticas, mas em sentidos opostos.
É bom resaltar que existem vários movimentos presentes no nosso cotidiano que
podem exemplificar o MHS como, por exemplo: a trajetória da terra em torno do sol, o
movimento de uma lâmina vibrante, a corda de um violão, um balanço no parque, um toca
disco em fim movimentos de “vai e vêm” em torno de uma posição de equilíbrio.

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Um movimento periódico é aquele que se repete em intervalos de tempos iguais. Mais
precisamente, poderíamos dizer que, no movimento periódico, o móvel ao ocupar,
sucessivamente, a mesma posição na trajetória, apresentará sempre a mesma velocidade e
aceleração e que o intervalo de tempo para que ele se encontre duas vezes nessa posição, é
sempre o mesmo. Deste tipo são:
a) movimento circular uniforme,
b) o movimento da Terra em torno do Sol,
c) o movimento de um pêndulo,
d) o movimento de uma lâmina vibrante,
e) o movimento uma massa presa à extremidade de uma mola, etc.
Como as equações do movimento periódico são expressas a partir das funções seno e
cosseno, ele também é chamado movimento harmônico, caracterizado basicamente por:
Período (T), de um movimento periódico, é o tempo decorrido entre duas passagens
consecutivas do móvel por um mesmo ponto da trajetória (apresentando as mesmas
características cinemáticas). Como se trata de um intervalo de tempo, a unidade de período é o
segundo.
Frequência (f), de um movimento periódico, é o inverso do período. Numericamente,
a frequência representa o número de vezes que o móvel passa por um mesmo ponto da
trajetória, com as mesmas características cinemáticas, na unidade de tempo. A unidade de
frequência é o inverso da unidade de tempo, ou seja, 1/segundo. Esta unidade é também
chamada "Hertz" (Hz).
Um dos comportamentos oscilatórios mais simples de se entender, sendo encontrado
em vários sistemas, podendo ser estendido a muitos outros com variações é o Movimento
Harmônico Simples (M. H. S), ou seja, um movimento periódico e oscilatório onde a força é
restauradora recebe esse nome, como já citamos existem vários exemplos de movimento
harmônico simples, porém, vamos focar nosso relatório no movimento formado por um
sistema de pêndulo simples e um sistema de massa mola, sendo que o último obedece a lei de
Hooke (F = - K.x), já que as forças restauradoras são do tipo elásticas.

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2.1. PÊNDULO SIMPLES

Denominamos de Pêndulo Simples o sistema que e composto por um corpo que realiza
oscilações preso à extremidade de um fio ideal. As dimensões do corpo são desprezíveis
quando comparados ao comprimento do fio. Na figura a baixo temos a exemplificação de um
sistema de pêndulo simples.

Figura 1 - Sistema de pêndulo simples.

Podemos dizer que o movimento de um pêndulo que oscila com amplitude de oscilação
relativamente pequena pode ser descrito como um movimento harmônico simples. A força
restauradoura é composta de força peso na direção do movimento e vale:
F = m.g.senα
Para ângulos α muito pequenos, o movimento do pêndulo é praticamente horizontal e oos
valores de senα ≈ 0. A força restauradora é praticamente horizontal e pode ser aproximada
por:
Fx = m.g.senα
Podemos escrever o deslocamento x da posição de equilíbrio como:
x = L.senα
onde L é o comprimento do fio do pêndulo. A componente F fica:
Fx = -(m.g.x)/L
Ou
Fx = -k.x
Portanto, no caso de um pêndulo de comprimento L, a constante k vale:
K = (m.g)/L
Usando a equação do período para um movimento harmônico, o período do pêndulo fica;
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T = 2.π. L
g
Note que o período do pêndulo só depende do seu comprimento e da aceleração da gravidade.
Ele não depende da amplitude, desde que o ângulo α se mantenha menor que 15º.

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2.2. LEI DE HOOKE
A lei de Hooke é a lei da física relacionada à elasticidade de corpos, que serve para
calcular a deformação causada pela força exercida sobre um corpo, tal que a força é igual ao
deslocamento da massa a partir do seu ponto de equilíbrio vezes a característica constante da
mola ou do corpo que sofrerá deformação:
F = - K . ∆X
Onde:
F = Força aplicada;
K = Constante elástica, característica especifica de cada mola;
O sinal negativo indica o fato de que a força elástica tem sentido contrario a sua deformação
∆x. Se K for um valor muito grande isso significa que forças de intensidade muito grande são
necessárias para esticar ou comprimir a mola, caso contrário se o K for um valor pequeno vou
precisar de uma força de menor intensidade para deformar a mola. Sendo assim podemos
dizer que existe uma dependência linear entre Força (F) e a Deformação (∆x);
“As forças deformantes são proporcionais às deformações elásticas produzidas”;
A lei de Hooke descreve basicamente a força restauradora que existe nos materiais
quando são deformados, comprimidos ou distendidos. Apertar ou torcer uma borracha, esticar
ou comprimir uma mola fica fácil perceber a deformação.
A força restauradora surge sempre para recuperar o formato original do material e vem
das força intermoleculares que matem as moléculas e os átomos unidos. Sendo assim quando
esticamos ou comprimimos uma mola ela ira retornar ao seu estado original devido à ação
dessa força restauradora. Quando o material volta a sua forma original após ser retirada a
força exercida sobre ele, dizemos que a deformação foi pequena, ou então que esta dentro do
limite elástico, pois quando as deformações são grandes, e o material não consegue retornar a
sua forma original ao retirar a força dizemos que ele passou do limite elástico para o limite
plástico, a partir daí não obedecendo mais a Lei de Hooke.
Exemplo: Na figura a baixo temos uma mola presa em sua extremidade superior sendo
esticada por uma Força (F) na sua extremidade inferior causando assim uma Deformação (x).
Essa deformação é chamada de Elástica quando, retirada a força, a mola retorna para posição
inicial.

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Figura 2 - Deformação x numa mola.

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2.3. ONDA ESTACIONÁRIA NUMA CORDA
Vamos imaginar uma corda presa e tensionada nas suas extremidades. Se aplicarmos
uma força nessa corda, iremos produzir uma onda que irá se deslocar com uma velocidade V .
Pode-se mostrar que a velocidade da onda na corda depende de dois fatores:
(1) Da intensidade da força de tensão T.
(2) Da relação entre a massa e o comprimento da corda
chamada de densidade linear da massa.

Assim, a velocidade da onda não depende da amplitude da onda gerada. A fórmula


dada a seguir é conhecida por relação de Taylor:

A onda numa corda pode sofrer vários fenômenos, entre eles:


 Reflexão;
 Refração;
 Interferência;
 Polarização;
 Ondas estacionárias;
Sendo que nesse relatório iremos focar o fenômeno que trata sobre Ondas
estacionárias, pois foi esse fenômeno que por meio de experimentos foi visto em laboratório.
Ondas estacionárias: é o resultado da superposição de duas ondas periódicas iguais
que se propagam na mesma direção e em sentidos opostos. Quando isto ocorrer, iremos
detectar pontos de interferência permanentemente destrutiva – chamados NÓS – e pontos de
interferência permanente construtiva – chamados VENTRES. Os Nós não vibram (A = 0) e
os ventres possuem amplitudes máximas de vibração. É importante de se notar que, em uma
onda estacionária, não ocorre deslocamento, apenas há vibração dos pulsos. Em qualquer
onda estacionária, a distância entre dois nós (ou dois ventres) consecutivos é igual à metade
do comprimento de onda. Vamos imaginar uma corda de comprimento L presa em duas
paredes. Sacudindo a corda com frequências adequadas, isto é, frequências que coincidam
com suas frequências naturais de vibração, entraram em ressonância com ela e geramos ondas

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estacionárias. Essas ondas estacionárias podem ser interpretadas como sendo o resultado da
superposição das ondas que geramos ao sacudirmos uma extremidade da corda com as ondas
refletidas na outra extremidade. Observamos que, numa extremidade fixa, só pode existir nó
da onda estacionária, já que aí a corda não pode vibrar. Aos modos de vibração de uma onda
estacionária, damos o nome de harmônico, que é classificado em função do número (n) de
ventres que a onda estacionária possui. Assim o 1º harmônico (ou harmônico fundamental) é
formado com apenas um ventre, o 2º harmônico com dois ventres e assim, sucessivamente.
Na figura seguinte fica mais claro e fácil de compreender.

Figura 3 - Harmônicos numa corda.

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3. DESENVOLVIMENTO

3.1 LEIS DO ISOCRONISMO DAS PEQUENAS OSCILAÇÕES, DAS MASSAS E


DAS SUBSTÂNCIAS E DOS COMPRIMENTOS.

1. Objetivos:

Ao término das atividades o aluno deverá ser capaz de:


- descrever o que ocorre quando o pêndulo é deslocado da sua posição de equilíbrio e
então solto; medir o tempo médio de uma oscilação completa (período);
- medir o período de oscilação do pêndulo contra o deslocamento; medir o período de
oscilação do pêndulo com diferentes massas;
- medir o período de oscilação do pêndulo com diferentes massas;
- medir o período de oscilação do pêndulo com diferentes comprimentos;
- construir o gráfico tempo de oscilação contra o comprimento do pêndulo;
- interpretar os gráficos e tabelas obtidas; verificar fatores que influem no período do
pêndulo.

2. Material:

- 1 haste com sapata estrela;


- 1 fio de prumo;
- 1 garra com haste.
- 1 cronômetro.

Figura 4 - Equipamento da experiência sobre Pêndulo Simples.

3. Andamento das atividades:

3.1. Regulamos o comprimento do pêndulo para 1 m, deslocamos o pêndulo da posição de


equilíbrio para uma amplitude de aproximadamente 10 cm e o abandonamos.
3.1.1. Observamos e descrevemos o que ocorreu.
Usamos um cronômetro para medir o tempo que o pêndulo leva para uma oscilação
completa (ponto de onde saiu e retorna), anotamos. Repetimos 6 vezes esta medida.

1 – 1,93 4 – 1,91
2 - 1,85 5 – 1,85
3 – 1,91 6 – 1,84
Tabela 1 – Tempo em Segundos (s) para uma oscilação

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3.2. O valor é o mesmo nas seis vezes?
R: Não, isto se dá devido a vários motivos entre eles podemos citar:
- Resistência do ar;
- Tempo de reação do cronometrista e largador;
- Erro de Paralaxe;

3.2.1. Agora, medimos o tempo que o pêndulo, nesta posição, leva para oscilar 20 vezes e
determinamos o tempo médio de uma oscilação completa, também chamado período e
representado por (T).
R: P = 40,88 Pmédio: 40,88 = 2,04 s
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Observação: A unidade de medida do período é o segundo (s).

3.3. Por que é recomendado se fazer este tipo de medida?


R: Porque diminui a possibilidade de erro das medições já que são realizadas somente duas
verificações;

3.4. Determinamos a freqüência de oscilação deste pêndulo (número de oscilações completas


realizadas em 1 segundo pelo móvel e representado por (f)).
R: f : 1 f : 1 = 0,49 Hz
T 2,04
Observação: A unidade de freqüência é o Hertz (Hz); 1 Hz = 1 s –1

3.5. Deslocamos o pêndulo em 5, 10, 15,20 e 25 cm da posição de equilíbrio, soltamos e, para


cada caso, anotamos o tempo gasto em 5 oscilações completas.

Preenchemos a tabela abaixo com os dados obtidos.

Deslocamento Tempo de 5 Período Freqüência


(cm) Oscilações (s) (s) (Hz)
1 5 9,91 1,98 0,50
2 10 10,03 2,00 0,50
3 15 9,94 1,98 0,50
4 20 9,94 1,98 0,50
5 25 10,22 2,04 0,49
Tabela 2 – Tempo gasto para 5 oscilações

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3.6. A partir dos valores tabelados, construímos o gráfico do período contra o deslocamento
(T x 1) deste pêndulo. O que podemos dizer a respeito deste gráfico é:

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O gráfico tende a uma reta, pois a
amplitude não interfere no período, pois
quanto maior a amplitude maior vai ser a
velocidade do pêndulo que vai oscilar no
mesmo intervalo de tempo.

Gráfico 1 – Período x Deslocamento

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3.7. Construímos o gráfico da freqüência contra o deslocamento (f x 1) deste pêndulo e
tiramos as seguintes conclusão

O gráfico também tende a uma reta, pois


da mesma forma que aconteceu para o
período para a frequência a amplitude
também não interfere.

Gráfico 2 – Frequência x Deslocamento

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3.8. Com o prumo de menor massa, deslocamos o pêndulo e medimos o tempo para 5
oscilações completas. Trocamos o prumo pelo de maior massa e refizemos as medida,
anotando os dados obtidos na tabela abaixo.
Massa do Tempo de 5 Período Freqüência
Pêndulo Oscilações (s) (s) (Hz)
1 m 8,81 1,96 0,5
2 M 10,28 2,05 0,48
Tabela 3 – Tempo de Oscilações para Prumo de Menor e Maior massa

3.8.1. Utilizando os dados da tabela, o que podemos concluir a respeito do período e da


freqüência de um pêndulo (com comprimento fixo) quando variamos a sua massa
oscilante é:
R: A massa assim como a amplitude não interfere no período e frequência;

3.8.2. O que ocorre com o período de um pêndulo quando variamos o seu comprimento?
Para responder a esta pergunta nós variamos o comprimento do pêndulo de mais ou
menos 10 cm, medimos o período para cada caso e preenchemos a tabela que segue:

Comp. do Tempo de 10 Período Freqüência


pêndulo (cm) Oscilações (s) (s) (Hz)
1 90 18,78 1,87 0,53
2 80 17,53 1,75 0,57
3 70 16,25 1,62 0,61
4 60 15,28 1,52 0,65
5 50 13,91 1,39 0,71
Tabela 4 – Período e Frequência de acordo com o L

3.9. Fizemos o gráfico do tempo de oscilações contra o comprimento do pêndulo. O período


depende do comprimento do pêndulo?

Quanto menor o
Comprimento do Pêndulo
(l) o período diminui e a
frequência aumenta, ou
seja, são inversamente
proporcional

Gráfico 3 – Tempo Oscilações x Comprimento do Pêndulo

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3.10. Sabendo que T = 1/f, o que acontece com a freqüência, ao aumentar o comprimento
do pêndulo? Explicamos com base nas medidas obtidas.
R: Aumentando o Comprimento do Pêndulo (l) a frequência diminui pois o tempo para cada
oscilação vai ser maior

3.11. Com base nos resultados experimentais medidos, calculamos a aceleração da


gravidade local. O valor encontrado está próximo ao valor da gravidade tabelado.
Explicamos o porque da diferença.

R: T= 2.π. l (1,62)2 = (2.π)2. 0,7 2


2,62 = 39,47 . 0,7 g = 27,63 g = 10,54 m/s2
g g g 2,62

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3.2 COMPROVAÇÕES EXPERIMENTAIS DA LEI DE HOOKE E MHS

1. Objetivos:

Ao término das atividades o aluno deverá ser capaz de:


- Interpretar um gráfico, Força deformante X elongação;
- Enunciar a Lei de Hooke;
- Concluir sobre a validade da Lei de Hooke;
- Utilizar o conhecimento da Lei de Hooke para descrever o funcionamento de um
dinamômetro.

2. Material:

- 1 haste com tripé estrela;


- 1 escala metálica milimetrada com tripé e imãs indicadores;
- 3 molas (1 grande e 2 pequenas);
- 4 massas;
- 1 grampo com haste.
Andamento das atividades:

3. LEI DE HOOKE

Destina-se às atividades que envolvem a


propriedades das molas helicoidais de se alongarem ou
comprimirem, quando sujeitas à ação de forças.
A experiência prática do dia-a-dia nos informa que as
molas helicoidais se distendem e se comprimem quando
sujeitas à ação de forças externas. É evidente que cada mola
poderá suportar até uma certa intensidade de força
deformante, para valores acima deste limite, a mola se
deformará permanentemente, isto é, cessada a força
deformante, não retornará ao seu comprimento inicial.

Figura 5 - Equipamento da experiência sobre deformação numa mola – Lei de Hooke.

O material que nós possuimos será utilizado para estabelecer medidas que vão auxiliar a
determinar a Lei de Hooke. Para tanto, suspendemos corpos de diferentes massas (no
máximo 200g) na mola.

3.1. Anotamos com a régua a elongação (x).


Nº de Medições F (N) x = elongação (m)
1 0,5 0,074
2 1,0 0,146
3 1,5 0,218
4 2,0 0,290
Tabela 5- Força e elongação da mola

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3.2. Tracemos o gráfico da força deformante Força ( F) X Elongação (x)

Gráfico 4 –Força x Elongação

3.3. A partir do gráfico, qual a relação existente entre a força restauradora e a elongação
sofrida pela mola?
R: Quanto maior a força aplicada maior a elongação sofrida pela mola

3.4. Utilizando os valores tabelados no item 1.1., e de nossa resposta anterior, verificamos
a relação f/x para cada medida executada.
R: F = -k.x F = -k.x F = -k.x F = -k.x
0,5 = -k.0,074 1 = -k.0,146 1,5 = -k.0,218 2 = -k.0,290
K= 6,75 K= 6,84 K= 6,88 K= 6,89
3.5. A constante estabelecida é conhecida por “Constante de Elasticidade” da mola em
estudo, e normalmente, é representada pela letra k. Qual a unidade de k. Por quê?
R: Unidade = N/m (pelo fato da força aplicada ser em Newton e a elongação sofrida em
metros)

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ASSOCIAÇÃO DE MOLAS

Associação em série

Figura 6 - Equipamento de associação em série das molas.

3.6. Determinamos a constante de elasticidade para um sistema formado por duas molas
em série (o procedimento é análogo ao desenvolvimento anterior).

Nº de Medições F (N) x = elongação (m) k (N/m)


1 0,5 0,094 5,32
2 1,0 0,189 5,30
3 1,5 0,285 5,26
4 2,0 0,380 5,26
Tabela 6 – Determinação da Constante Elástica (k) com molas em série

3.7. Se lhe fornecessem 2 molas com k1 e k2 conhecidos, como vocês calcularíam a


constante de elasticidade resultante kR do sistema em série? Deduzam a expressão para kR de
uma associação de 2 molas em série, que contemple, inclusive, molas com constantes
elásticas diferentes.
R: 1 = 1 + 1
Kr k1 k2

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Associação em paralelo

Figura 7 - Equipamento de associação em paralelo das molas.

3.8. Utilizamos o gancho, na parte inferior das molas, determinamos a constante kR para
um sistema formado por duas molas em paralelo. (Proceda como anteriormente).

Nº de Medições F (N) x = elongação (m) k (N/m)


1 0,5 0,025 20
2 1,0 0,050 20
3 1,5 0,074 20,27
4 2,0 0,098 20,40
Tabela 7 – Determinação da Constante elástica (k) com molas em paralelo

3.9. Caso lhe fornecesse 2 molas com k1 e k2 conhecidos, como vocês calculariam a
constante kR, resultante da associação em paralelo das mesmas? Deduzam a expressão para kR
de uma associação de 2 molas em paralelo.
R: Kr = k1 + k2

3.10. Com base nas atividades desenvolvidas, até o momento, vocês acham que a constante
k é a mesma para qualquer mola? Comentem.
R: Não devido a diversos fatores entre eles podemos citar:
- Diâmetro do arame;
- Material do arame;
- Diâmetro da mola;
- Passo da mola;

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MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES – OSCILADORES

Encontramos diariamente muitos tipos de movimentos oscilatórios, como o sistema


massa-mola, por exemplo. Através de uma formulação matemática, podem-se descrever
as oscilações, a partir de função seno e coseno, que são as funções periódicas com que
estamos mais familiarizados.

3.4. Suspendemos nas três molas similares em série, o peso de  1,5 N. Avaliamos o
período de oscilação a partir de 20 oscilações completas. Obs.: anotamos no relatório o peso
exato.

Amplitude
Pequena
Nº Medição Tempo Total Período
1 26,32 1,316
2 26,66 1,33
3 26,47 1,32
Tabela 8 – Período da mola utilizando amplitude pequena

Amplitude
Grande
Nº Medição Tempo Total Período
1 26,66 1,33
2 26,47 1,32
3 26,25 1,31
Tabela 9 – Período da mola utilizando amplitude grande

3.5. O que vocês concluem a respeito da influência da amplitude no tempo de oscilação?


R: A amplitude não interfere no tempo de oscilação, ou seja, no perído

3.6. Fixamos um valor para a amplitude e variamos a massa do bloco suspenso de 50 a 150
g. avaliamos o período de oscilação para cada caso, a partir de 10 oscilações.

Nº Medição Tempo Total Período


50 g 7,96 0,79
100 g 11,06 1,10
150 g 13,34 1,33
Tabela 10 – Período de oscilação da mola com variação da massa

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3.7. Plotamos um gráfico de barras de massa X período.

50 100 150

Gráfico 5 –Massa x Período

3.8. Determinamos a freqüência para cada caso do item anterior.


R: F = 1 F = 1 = 1,26 Hz F = 1 = 0,91 Hz F = 1 = 0,75 Hz
P 0,79 11,06 13,34
3.9. Determinamos a constante k desta mola, conforme procedimentos já realizados, para a
massa de 100 g.
R: T = 2.π m (1,10)2 = (2.π)2. 0,01 2 K = 0,32 N/m
K k

3.10. É possível determinar a freqüência angular () a partir dos dados obtidos? Se for
determinem para a mesma massa.
R: w = K w = 0,32 = 5,65
m 0,01

3.11. Representando este movimento através de uma função cossenoidal do tipo

x  x m cos(t   )

determinamos a equação particular deste sistema massa-mola do corpo de 100 g.

x = 0,5.cos(5,65.t + π)

29
3.5. ONDA ESTACIONÁRIA NUMA CORDA

1. Objetivos:

- Analisar experimentalmente a relação entre a força de tração na corda e o


comprimento de onda da onda estacionária.
- Verificar a relação entre a força de tração na corda e a densidade linear.

2. Material necessário:

- 1 dinamômetro de 1N.
- 4 cordas com diferentes diâmetros;
- 1 conjunto em L para onda estacionaria;
- 1 fonte de alimentação 0 a 12V DC – 1,5A;
- 1 haste regulável suporte para dinamômetro

3. Montagem:

Figura 8 - Dispositivo utilizado nos experimentos com onda estacionária.

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4. Andamento das atividades:

Primeira Parte: Relação entre a força de tração e o comprimento de onda numa onda
estacionária.
4.1. Seguimos as instruções de montagem do equipamento mostradas anteriormente.

4.2. Fixamos no local adequado a corda constituída por dois fios.

4.3. Aplicamos no dinamômetro uma força de tração igual a 0,30N. Movimentamos haste que
fixa o dinamômetro.

4.4. Ligamos o equipamento deixando vibrar em uma frequência média. Mantemos a


frequência constante durante o experimento.

4.5. Ajustamos cuidadosamente o dinamômetro movimentando-o para cima ou para baixo até
encontrarmos o primeiro modo de vibração (fundamental ou 1º harmônico),conforme mostra
a figura 2.. Se a força de tração exceder 1,10N, diminuimos um pouco a frequência para não
danificar o dinamômetro.

Figura 9 - Configuração da onda estacionária no modo fundamental.

4.6. Anotamos na tabela 11 o valor da força de tração F indicada no dinamômetro, o número


de nós e o número de ventres.

nº de nós nº de ventres F(N) λ (m) λ² (m²) F/ λ²


1º 2 1 0,9 0,98 0,9604 0,93
2º 3 2 0,27 0,49 0,2401 1,12
3º 4 3 0,12 0,32 0,1024 1,17
4º 5 4 0,07 0,245 0,060 1,16
Tabela 11 – Força de tração, nº de nós, nº de ventres.

4.7. Com uma trena medimos o comprimento de onda λ e anotar na tabela 11.

4.8. Movimentamos o dinamômetro para baixo diminuindo a intensidade da força aplicada e


encontramos o próximo modo de vibração.

4.19 Repetimos os procedimentos para coletar os valores de F e l até completamos a tabela

4.19 Construimos o gráfico F=f(λ) (força de tração em função do comprimento de onda).

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Gráfico 6 – F x λ

4.11. Qual o aspecto da curva obtida?


R. A curva descreve uma parábola.

4.12. Qual a provável relação entre F e λ?


R. A força F é proporcional ao comprimento de onda λ.

4.13. Calcular a razão entre F/ λ, com os valores experimentais tabelados.


R.
1º - 0,90/0,98 = 0,92
2º - 0,27/0,49 = 0,55
3º - 0,12/0,32 = 0,37
4º - 0,07/0,24 = 0,28

Segunda Parte: Relação entre Força de Tração e Densidade Linear

4.19 Montamos o equipamento conforme mostra a figura 1.

4.15. Fixarmos no equipamento a corda com quatro fios.

4.19 Ligamos o equipamento deixando vibrar com a frequência máxima.

4.19 Ajustamos o dinamômetro movimentando-o para cima ou para baixo até encontrarmos
o segundo modo de vibração.

4.18 Mantivemos constante a frequência e o comprimento de onda. Anotamos na tabela


abaixo a intensidade da força de tração.

4.19 No experimento consideramos a seguinte convenção:


- Corda com um fio será considerada com densidade linear igual a ρ0.
- Corda com dois fios será considerada com densidade linear igual a 2 ρ0.
- Corda com três fios será considerada com densidade linear igual a 3 ρ0.
- Corda com quatro fios será considerada com densidade linear igual a 4 ρ0.

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Ρ (ρ0) λ (m) F(N) F/ ρ
4 0,49 0,6 0,15
3 0,49 0,5 0,16
2 0,49 0,3 0,15
1 0,49 0,15 0,15
Tabela 12 – Intensidade força de tração

4.20. Desligamos o aparelho sem modificar a frequência e trocamos a corda de 4 fios pela de
3 fios.

4.21. Repetimos os procedimentos experimentais anteriores para as cordas com densidades 3,


2 e 1.

4.22. Construímos o gráfico F=f(ρ) (força de tração em função da densidade linear medida em
número de fios).

Gráfico 7 – F x ρ

4.23. Qual é o aspecto da curva obtida no gráfico F versus ρ?


R. Apresenta um aspecto de reta.

4.24. Qual a relação de proporcionalidade entre a força de tração na corda e a densidade?


R. A densidade é constante para qualquer valor de força de tração.

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4. CONCLUSÃO

Com base nas experiências realizadas obtivemos resultados significativos e


importantes para o nosso entendimento sobre os assuntos assim abordados. No pêndulo
simples, analisamos a força centrípeta que mantém o pêndulo na trajetória circular, a
aceleração da gravidade local, a aceleração tangencial e o ângulo assim formado, o período e
a frequência de um pêndulo simples.
Sobre a Lei de Hooke, observamos e analisamos as força elástica, ou seja, forças que
são exercidas por sistemas elásticos quando sofrem deformação. Percebemos que após
comprimi-la ou estica-la, a mola sempre faz uma força contrária ao movimento, calculada
pela seguinte expressão: F=k.x.
A partir dos resultados obtidos com os experimentos de onda estacionária numa corda
conclui-se que a força de tração na corda é inversamente proporcional ao comprimento de
onda, como ao afinar as cordas de um violino, por exemplo. A amplitude das ondas também
varia com a mudança entre harmônicos. Portanto as ondas estacionárias são ondas resultantes
da superposição de duas ondas de mesma frequência, mesma amplitude, mesmo comprimento
de onda, mesma direção e sentidos opostos.

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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFIAS

SISTEMA DE ENSINO ITAPECURSOS – Física, módulo I.B


SILVA, Dejalma Nunes, Física para o Ensino Médio, 2ªed. São Paulo: Àtica, 1999.
HALLIDAY, D., RESNICK, R., WALKER, J. Fundamentos de Física, Vol. 2. 8ªed. Rio de
Janeiro: LTC, 2008.
SEARS, F. ZEMANSKI, M & YOUNG, H. Física. Vol 1. São Paulo : Pearson
AddisonWesley, 2003.
NUSSENZVEIG, Moysés. Curso de Física: mecânica. São Paulo: São Paulo: Edgard Blücher,
2002

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