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Trabalho sobre Mariologia

Professor: Pe. Raulino Cavaglieri


Aluno: Neimar de Almeida

I - Os dogmas sobre Maria na Igreja

Quando falamos em dogma, na Igreja Católica, estamos nos referindo as


opiniões e decisões tomadas pela própria Igreja em comunhão com os padres,
bispos e fieis no que diz respeito aqui a Maria. Maria: Virgem, Mãe, Imaculada e
Assunta.

O dogma da Virgem Maria

Durante o concilio de Latão no ano de 649, a Igreja tomou como verdade a


Virgindade Perpetua de Maria. Isso significa que Nossa Senhora foi sempre Virgem,
antes do parto, durante o parto e depois do parto. A Virgindade perpétua de Maria
faz parte da fé cristã. Alguns relatos bíblicos trazidos pelo Catecismo que
exemplificam essa afirmação: “O que foi gerado nela vem do Espírito Santo”, diz o
anjo a José acerca de Maria, sua noiva (Mt 1,20). E ainda a promessa do profeta
Isaías que diz: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho”(Is 7,14). Isso é
trazido pelo Catecismo no parágrafo 497. E ainda no parágrafo 499, diz que o
nascimento de Jesus não diminuiu mas sagrou a integridade virginal de sua mãe. O
documento Lumen Gentium, no parágrafo 64, afirma também que Maria “guarda
fidelidade total e pura ao seu Esposo e conserva virginalmente”.

O dogma da Mãe de Deus

Durante o Concílio de Éfeso em 431, a Igreja decide como verdade que a


maternidade divina de Nossa Senhora. Podemos entender isso a partir de que,
Jesus é Deus e se Maria concedeu Jesus que é Deus então Maria é Mãe de Deus.
Quando Maria visita Isabel, Isabel exclama: “Quem sou eu para que me visite a mãe
do me Senhor?”(Lc 1,43). Como diz Clodivis Boff, em “Introdução à mariologia”, a
maternidade divina constitui o núcleo da mariologia. Maria é essencialmente a Mãe
de Deus (Theotokos), porém, qualquer relação que Maria tem, é sempre em relação
a Cristo. (cf.p. 15)
O dogma da Imaculada Conceição

Foi o papa Pio IX, em um texto chamado, Ineffabilis Deus, que em 8 de


dezembro de 1854, decidiu pelo terceiro dogma sobre Maria, o dogma da Imaculada
Conceição de Maria. Isso quer dizer que Nossa Senhora não carregou nenhuma
mancha do pecado original. Maria como saúda o anjo na anunciação, é cheia de
graça. O Catecismo ressalta que Deus Pai a abençoou com toda sorte de bênçãos
espirituais em Cristo, e a escolheu para ser Santa e Imaculada em sua presença no
amor. (cf. Catecismo 492).

O dogma da Assunção de Maria

O último dogma sobre Maria proclamado pela Igreja, foi o dogma da


Assunção. No ano de 1950, no dia 10 de novembro, o Pio XII proclamou o dogma da
Assunção de Nossa Senhora.

O Catecismo da Igreja, no parágrafo 966, afirma que a Assunção de Maria é


uma participação singular na Ressurreição de seu Filho e uma antecipação da
ressurreição dos outros cristãos. O Catecismo ressalta que Maria, preservada da
culpa e toda mancha do pecado original é Assunta ao céu em corpo e alma.

II – O significado dos dogmas na minha vida espiritual

O Catecismo da Igreja no parágrafo 89, afirma que, “os dogmas são luzes no
caminho de nossa fé que o iluminam e tornam seguro”.

Nunca havia parado para pensar sobre a importância e o significados dos


dogmas sobre Maria, e também de outros dogmas da Igreja, na minha vida
espiritual. Parece até que sempre dei um significado bastante intelectual para provar
aquilo que eu creio. Porém estudando e rezando este trabalho pude perceber que
cada um dos dogmas tem muito mais sentido ou só tem sentido, se visto e
compreendido no profundo de minha vida espiritual.

Os dogmas sobre Maria, me ensinam a viver com mais pureza e fidelidade a


Deus e as pessoas; que Maria tem relação íntima com o Pai e que eu estando com
Maria estarei também com Deus pois Ela, Deus a quis como Mãe; que Maria não
carrega a mancha do pecado e eu preciso buscar a santidade.

III – Mãe Rainha e Vencedora Três vezes Admirável de Schoenstatt

Primeiramente gostaria de dizer que minha devoção a Maria não esta ligado a
um titulo de aparição mas a um movimento que se iniciou em 18 de outubro de 1914
na Alemanha, em uma cidade chamada Schoenstatt, na Alemanha. Havia lá um
seminário dos padres palotinos, onde o Padre José Kentenich era formador de um
grupo de seminaristas. Essa ligação existe, pois eu também fui seminarista palotino
e convivi com essa devoção entre os padres da congregação.

Padre José Kentenich desenvolveu junto com os jovens estudantes uma


profunda devoção pela Mãe de Deus e teve uma inspiração e junto com os futuros
sacerdotes propuseram a Ela celebrar com eles uma ALIANÇA. Pediram
especialmente à Mãe que intercedesse por três Graças: Abrigo Espiritual,
Transformação Interior e Ardor Apostólico. Em troca eles se propuseram a oferecer
todos os seus esforços, orações, atos e acontecimentos do dia a dia, fossem eles
bons ou ruins, comprometendo-se a vivê-los no intuito de se tornarem santos
sacerdotes. A esse esforço chamaram de ofertas ao Capital de Graças da Mãe de
Deus, a retribuição pelas graças recebidas pelas suas mãos. Dessa forma,
estabeleciam com a Santa Mãe de Deus uma “aliança de amor”, recebendo através
dela Graças Especiais e retribuindo com a oferta do esforço de santificação pessoal.
Esta “aliança de amor” era renovada todos os meses na santa missa do dia 18 e
festivamente em 18 de outubro.

Mãe Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt não teve uma
aparição como em Fátima ou em Lourdes; nem foi encontrada como em Aparecida.
O Pe. Kentenich e os seminaristas rezavam diariamente no pequeno Santuário
Original, mas não tinham nenhuma imagem de Maria, que a representasse, tinham a
sua presença espiritual e sentiam também a presença real da Mãe ali com eles.
Somente algum tempo depois um padre, amigo do Pe. Kentenich, presenteou-os
com uma pintura da Mãe de Deus com o Menino Jesus no colo. Essa pintura foi
então colocada em um quadro no Santuário e recebeu o título de Mãe Rainha e
Vencedora Três vezes Admirável de Schoenstatt; é uma reprodução desta pintura,
vinda de um Santuário de Schoenstatt, que recebemos nos pequenos Santuários
que visitam nossos lares todos os meses.

No Brasil, além dos padres e irmãs Schoenstateanos e as capelas que


existem em varias cidades, todos os seminários palotinos tem essa imagem e
seguem também de uma forma muito especial essa devoção a Maria.

Mãe Rainha e Vencedora Três vezes Admirável de Schoenstatt – Rogai


por nós que recorremos a Vós.

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