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Versão original e completa do "Diário de Anne Frank" publicada pela primeira vez

Um dos livros mais importantes sobre a era do holocausto foi publicado pela primeira vez em Berlim sem
correções e retoques que a autora e o pai fizeram. A nova edição inclui a versão A e B da obra.

11 mai 2019, 14:35

O “Diário de Anne Frank”, um dos livros mais importantes sobre a era do holocausto, foi publicado pela
primeira vez na versão original completa, sem correções e retoques que a autora e o pai fizeram antes da
publicação.
Anne Frank, cujo o “Diário” foi declarado património da Humanidade pela Organização das Nações Unidas
para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), morreu em 1945 no campo de concentração de Bergen-
Belsen (Alemanha), deixando duas versões do “Diário”.
A primeira, que se conhece agora como sendo a versão A, a jovem começou a escrevê-la
espontaneamente, enquanto a sua família estava escondida dos nazis, em Amesterdão, na Holanda, refere
a agência de notícias espanhola EFE.
Assim que ouviu na rádio um apelo para documentar o sofrimento dos judeus holandeses, Anne Frank
reescreveu parcialmente o “Diário”, na esperança de ver o texto publicado após o fim da guerra, que ficou
conhecido como a versão B do livro.

A jovem sonhava ser escritora e pensava publicar o seu “Diário” com o título: “A casa de trás”.
Após o fim da II Guerra Mundial e a morte da filha, o pai de Anne Frank preparou uma terceira versão, na
qual optou por eliminar passagens relacionadas com as crises típicas da puberdade.
A nova edição original e completa inclui a versão A e a versão B do livro.
O “Diário de Anne Frank”, escrito originalmente em holandês, foi traduzido em dezenas de idiomas e é
considerado um dos “documentos chave” da época nazi.
Anne Frank nasceu em Frankfurt (centro da Alemanha) em 12 de junho de 1929, no seio de uma família
judia que em 1934 fugiu dos nazis para a Holanda.
Em 1940, as tropas nazis invadiram a Holanda e em 1942 intensificaram a perseguição aos judeus naquele
país, o que obrigou a sua família a esconder-se nos fundos de uma casa (anexo), em conjunto com outras
famílias judias, no qual permaneceram durante dois anos.
Anne Frank começou a escrever o “Diário” em 12 de junho de 1942 quando completou 13 anos. “Espero
poder confiar-te tudo o que não pude confiar a ninguém”, refere a primeira anotação.
A última passagem descrita no livro está datada de 01 de agosto de 1944, três dias antes de os nazis terem
descoberto o esconderijo e detido a sua família e os restantes judeus.
O “Diário” ficou em Amesterdão e foi conservado pelos empregados de Otto Frank, pai de Anne Frank, a
quem entregaram os escritos depois do fim da guerra.
Anne Frank morreu em março de 1945 e poucas semanas depois o campo de concentração de Bergen-
Belsen foi libertado pelos britânicos.
Das oito pessoas que foram detidas na casa “esconderijo” de Anne Frank o seu pai foi o único que
sobreviveu ao cativeiro.

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