Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1. IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO
Para identificar os pontos críticos de produção é necessário identificar todas as fases de produção
do alimento, ou seja, temos de ter a “receita”, que aqui designamos de Ficha Técnica do Produto, que
deve ser fornecida pelos executantes do produto, ou seja, o cozinheiro no caso dos restaurantes.
Composição Capitações
Alface 100g
Cebola 40g
Sal grosso q.b.
Azeite q.b.
Vinagre q.b.
Preparação:
Cofinanciado por: 1
Depois de sabermos qual é a “receita” do nosso produto, podemos então construir um fluxograma
com as várias etapas – FLUXOGRAMA DE PRODUÇÃO (FP)
Cofinanciado por: 2
2. IDENTIFICAÇÃO DOS PERIGOS
Após a construção dos Fluxogramas de Produção vamos começar a desenvolver o nosso Plano de
Autocontrolo
ETAPA PERIGO MEDIDA PCC LIMITE MEDIDAS AÇÕES RESP. DOC. VAL.
PREVENTIVA CRITICO DE CORRECTIVAS
CONTROLO
Receção F
Q
M
Armazenamento F
Q
M
Lavagem F
Q
M
Desinfeção F
Q
M
Enxaguamento F
Q
M
Corte F
Q
M
Armazenamento F
Q
M
Empratamento F
Q
M
Cofinanciado por: 3
Agora vamos identificar todos os perigos que estão associados a cada etapa: físicos, químicos
e microbiológicos.
IDENTIFICAÇÃO PERIGOS
ETAPA PERIGO
Receção F Presença de produtos com fendas, tocados ou podres
Presença de corpos estranhos e pós
Q NI
M Proliferação microbiana por temperaturas inadequadas
Armazenamento F NI
Q NI
M Proliferação microbiana por temperatura inadequada
Lavagem F Presença de corpos estranhos
Q NI
M Proliferação microbiana por temperaturas inadequadas
Desinfeção F NI
Q NI
M Permanência de contaminação microbiana por desinfecção deficiente
Enxaguamento F NI
Q Permanência de cloro por mau enxaguamento
M Recontaminação pelo manipulador, utensílios, equipamentos e superfícies
Corte F Recontaminação por corpos estranhos
Q NI
M Proliferação microbiana por Tempo/ Temperatura inadequados
Recontaminação pelo manipulador, utensílios, superfícies e/ou instalações
Armazenamento F NI
Q NI
M Proliferação microbiana por temperatura inadequada
Empratamento F Recontaminação por corpos estranhos
Q NI
M Proliferação por Tempo/ temperatura inadequados
Recontaminação por manipulador, utensílios, equipamentos e superfícies
Cofinanciado por: 4
3. MEDIDAS PREVENTIVAS
Após a identificação dos perigos de cada etapa é necessário encontrar medidas preventivas para
que esses perigos não ocorram.
Vamos voltar ao nosso exemplo e identificar as medidas preventivas para os perigos encontrados.
Com as medidas preventivas identificadas vamos agora identificar os Pontos Críticos de Controlo (PCC) e
os Pontos de Controlo (PC).
A identificação dos PCC’s e PC’s faz-se pela utilização de uma árvore de decisão de PCC’s.
Cofinanciado por: 5
Q1: Existem medidas preventivas para o
perigo identificado?
Modificar a etapa,
SIM NÃO processo ou produto
NÃO É UM PARAR
NÃO PCC
NÃO
NÃO É UM PARAR
SIM NÃO PCC
PONTO
SIM NÃO CRITICO DE
CONTROLO
NÃO É UM PARAR
PCC
Cofinanciado por: 6
Vamos então utilizar a árvore de decisão no nosso Plano Autocontrolo na etapa RECEÇÃO, Perigo –
Microbiológico.
1ª Pergunta:
Já definimos as medidas preventivas para este perigo, pelo que a resposta é sim, passando assim à
pergunta seguinte:
Como esta etapa não foi projectada para eliminar ou reduzir o perigo, a resposta é não, passando à
questão seguinte:
Se a alface for transportada a temperaturas inadequadas pode existir uma proliferação microbiana, logo a
resposta é sim.
A desinfecção da alface é uma etapa posterior que reduz para níveis aceitáveis os perigos identificados,
logo a resposta é sim e os perigos microbiológicos desta etapa de recepção não são um PCC.
Apesar de estes perigos não serem PCC não significa que não existam controlos a serem
efectuados como tal identificamo-los no nosso Plano Autocontrolo com Pontos de Controlo (PC).
Cofinanciado por: 7
Todas as outras etapas e os seus perigos são tratados da mesma forma, mas vamos ver mais um
exemplo de utilização da árvore de decisão.
Vamos ver o perigo químico da etapa do Enxaguamento.
1ª Pergunta:
Já definimos as medidas preventivas para este perigo, pelo que a resposta é sim, passando assim à
pergunta seguinte:
Como esta etapa não foi projetada para eliminar ou reduzir o perigo, a resposta é não, passando à
questão seguinte:
aqui, se deixarmos a alface tempo a mais mergulhada no cloro poderemos ter um intoxicação por cloro,
logo a resposta é positiva, passando à ultima pergunta da árvore:
Se olharmos para as etapas seguintes verificamos que já não vamos efectuar nenhum procedimento que
possa diminuir os riscos, logo aqui a resposta é não e encontramos um PONTO CRITICO DE CONTROLO
(PCC).
Cofinanciado por: 8
Vamos então colocar os PCC e os PC encontrados no Fluxograma de Produção.
5. LIMITES CRITICOS
Após identificação dos PCC e PC devemos definir quais são os limites críticos para cada um dos
nossos perigos.
São exemplos:
Cofinanciado por: 9
Vamos então definir os limites críticos do PC e do PCC encontrados nas secções anteriores.
LIMITES CRÍTICOS
Enxaguamento F NI
Q Permanência de cloro por mau Correto enxaguamento PCC2 Enxaguamento em
enxaguamento pelo menos 3 águas
M Recontaminação pelo manipulador, Correta higienização
utensílios, equipamentos e superfícies
• Controlo de mercadorias
• Registos temperaturas
• Controlos de óleos de fritura
• Controlo da limpeza e higienização de toda a unidade de produção
As ações corretivas são ações que são tomadas pelos manipuladores após verificação que as
medidas preventivas não foram tomadas e que existe um perigo real para a segurança alimentar, são
exemplos:
• Rejeição do produto
• Repetição da etapa
Cofinanciado por: 10
Vamos então definir as medidas de controlo e acções correctivas dos nossos perigos.
7. DOCUMENTAÇÃO DE CONTROLO
O plano Autocontrolo deve incluir os responsáveis pela realização/ verificação de cada etapa, os
documentos que estão associados a cada etapa, medida preventiva, medidas de controlo ou ações
corretivas (instruções de trabalho) e o responsável pela validação do plano.
Os Planos de Autocontrolo devem ser revistos regularmente e atualizados sempre que existam
mudanças na produção desse alimento.
Todos os manipuladores devem ter conhecimento das Fichas Técnicas, fluxogramas e respectivos
PAC, que devem estar em local acessível para que possam consultar sempre que necessário.
EXERCICIOS DE CONSOLIDAÇÃO
1. Utilizar a Árvore de decisão para encontrar todos os PCC’s e PC’s da SALADA DE ALFACE.
2. Definir os limites críticos para os PCC e PC encontrados no exercício anterior.
3. Estabelecer as medidas de controlo e as ações corretivas para todo o Plano de Autocontrolo.
Cofinanciado por: 11