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Silvio Wonsovicz

Sandra Magalhães Albertino

Tecer as ideias com os outros:


filosofando
7ª edição

Florianópolis, 2014
ESPAÇO FILOSÓFICO...
PHILOS = Amizade, amor
SOPHIA – SOPHOS = Sabedoria, Sábio
Philos + Sophia = amor pelo saber, amizade à sabedoria, busca do saber.
Philos + Sophos = sábio que tem amor, amizade pelo saber; que busca a sabedoria

Itália

Parmênides de Eléia (540-470 a.e.c.)


Cidade: Eléia – Região da Itália
Pré-socrático – morreu aos 61 anos
“ É necessário dizer e pensar que o ente
permanece, pois o ser é, o nada não é”
Eléia

Zenão de Eléia (490-430 a.e.c.)


Cidade: Eléia – Região da Itália
Pré-socrático – morreu aos 60 anos
“Se tudo o que existe está em um
lugar, é manifesto que também
o lugar está em um lugar. Assim
sucessivamente procede ao infinito” Agrigento

Empédocles de Agrigento (492-432 a.e.c.)


Cidade: Agrigento – Região da Sicília
Pré-socrático – morreu aos 60 anos
“Todos os fenômenos da natureza são
resultados de quatro elementos:
fogo, ar, terra e água” Platão (427-347 a.e.c.)
Cidade: Atenas – Região da Grécia
Morreu aos 81 anos – Desenvolveu a noção de que o
homem está em contato permanente com dois tipos
de realidade: a inteligível e a sensível.
“É possível descobrir mais sobre uma pessoa numa
hora de brincadeira do que num ano de conversa”
Pitágoras de Samos (570-496 a.e.c.)
Cidade: Samos – Região da Ásia Menor Anaxágoras de Clazomene (500-428 a.e.c.)
Pré-socrático – morreu aos 72 anos Cidade: Clazomene – Região da Ásia Menor
“Reflita antes de agir para que não leves Pré-socrático – morreu aos 72 anos
a cabo coisas insensatas” “Todas as coisas resultam da combinação
de diferentes homeomerias (diferentes
elementos que diferem entre si nas
qualidades)”
Demócrito de Abdera (460-370 a.e.c.)
Cidade: Abdera – Região da Trácia
Pré-socrático – morreu aos 90 anos
“Como a medicina cura os males do corpo,
a sabedoria liberta a alma das paixões”
Aristóteles (384-322 a.e.c.)
Cidade: Estagira – Região da Calcídica (Grécia)
Morreu aos 62 anos – É considerado por
muitos “O Filósofo”, pois foi que mais
BULGÁRIA influenciou o pensamento ocidental.
“O sábio nunca diz tudo o que pensa, mas
pensa sempre tudo o que diz”
Região da Trácia

TURQUIA
Abdera
Estagira Anaxímenes de Mileto (585-528 a.e.c.)
Cidade: Mileto – Região da Ásia Menor
GRÉCIA Pré-socrático – morreu aos 57 anos
“A lua reflete a luz do sol”
ÁSIA
MENOR
Clazomene
Atenas
Anaximandro de Mileto (610-546 a.e.c.)
Samos Cidade: Mileto – Região da Ásia Menor
Pré-socrático – Morreu com 65 anos
Éfeso
“Criou o primeiro mapa da história”
Mileto

Sócrates (470-399 a.e.c.)


Cidade: Atenas – Região da Grécia
Morreu aos 71 anos – Fundador e um dos mais
importantes filósofos da Filosofia Ocidental. Tales de Mileto (624-546 a.e.c.)
“Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Cidade: Mileto – Região da Ásia Menor
universo e os deuses” Pré-socrático – Morreu com 78 anos
“Primeiro filósofo da história ocidental”

Heráclito de Éfeso (585-528 a.e.c.)


Cidade: Éfeso – Região da Ásia Menor
Pré-socrático – morreu aos 57 anos
“Não podemos entrar duas vezes no mesmo rio, pois da
segunda vez, tanto o rio, como nós estaremos mudados”
ESPAÇO CRIATIVO
COLEÇÃO NOVO ESPAÇO FILOSÓFICO CRIATIVO
Copyright © 2003, by Editora Sophos Ltda.

Editor Silvio Wonsovicz


Revisão Isabel Maria Barreiros Luclktenberg
Ilustração Rose Gaiewski
Capa, projeto gráfico e diagramação Studio S • Diagramação & Arte Visual – (48) 3025-3070

Catalogação na publicação por: Onélia Silva Guimarães CRB-14/071

W872t Wonsovicz, Silvio


Tecer as ideias com os outros : filosofando / Silvio Wonsovicz, Sandra Magalhães Albertino.
– 7. ed. – Florianópolis : Sophos, 2014.
96p. : il. – (Coleção Novo Espaço Filosófico Criativo; 5º ano)

SER: Sistema de Ensino Reflexivo


ISBN: 978-85-85913-87-8
Inclui bibliografia

1. Filosofia – Estudo e ensino. 2. Educação infantil. 3. Aprendizagem – Metodologia.


4. Pensamento criativo. I. Albertino, Sandra Magalhães. II. Título.

CDU: 1:37

COLEÇÃO NOVO ESPAÇO FILOSÓFICO CRIATIVO

1º Ano Vamos filosofar? (1ª edição)


2º Ano Aprender a filosofar com os colegas (7ª edição)
3º Ano Discutir e construir um filosofar vivo (7ª edição)
4º Ano Entender as ideias e filosofar (7ª edição)
5º Ano Tecer as ideias com os outros: filosofando (7ª edição)
6º Ano Filosofar e viver (7ª edição)
7º Ano A filosofia no nosso dia a dia (7ª edição)
8º Ano Conviver e filosofar com os outros (7ª edição)
9º Ano Somos cidadãos reflexivos: filósofos por natureza (7ª edição)

2014

Depósito legal na Biblioteca Nacional conforme Decreto nº 1.825, de 20 de dezembro de 1907. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra
poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópias e gravação) ou arquivada
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EDITORA SOPHOS
Rua Cristóvão Nunes Pires, 161 – Centro
88010-120 Florianópolis/SC – Fone/Fax (48) 3222.8826
www.editorasophos.com.br – e-mail: vendas@editorasophos.com.br
Filiada à Câmara Catarinense do Livro
SUMÁRIO

Introdução......................................................................................................................................................... 7
Ensinar a pensar................................................................................................................................................ 9
1. Sobre nós........................................................................................................................................................ 10
2. Um pouco mais sobre você.............................................................................................................................. 15
3. Como quero me apresentar?............................................................................................................................ 19
4. Conhecendo o outro um pouco mais............................................................................................................... 21
5. Comunidade de Aprendizagem Investigativa - vivendo com a diversidade..................................................... 24
6. Costumes........................................................................................................................................................ 28
7. Características das civilizações......................................................................................................................... 34
8. Características físicas e intelectuais................................................................................................................. 38
9. Reconhecimento............................................................................................................................................. 42
10. Imaginação................................................................................................................................................... 48
11. Imaginação + criatividade + plano de ação = ?........................................................................................... 55
12. O pensar – relações – analogias.................................................................................................................... 62
13. Pensando hipoteticamente ........................................................................................................................... 65
14. Desvendando mistério / os mitos.................................................................................................................. 69
15. Ser crítico...................................................................................................................................................... 74
Para pensarmos sempre................................................................................................................................ 77
Espaço filosófico – atividade em família....................................................................................................... 78
Espaço criativo – pesquisa............................................................................................................................ 79
Espaço filosófico – investigação.................................................................................................................... 80
Espaço criativo – desenho............................................................................................................................. 81
Espaço filosófico – reflexão........................................................................................................................... 82
Espaço filosófico criativo – perguntas, dúvidas, anotações........................................................................... 83
Momento de avaliação 1............................................................................................................................... 84
Momento de avaliação 2............................................................................................................................... 86
Momento de avaliação 3............................................................................................................................... 88
Momento de avaliação 4............................................................................................................................... 90
Vamos registrar nossa caminhada neste ano................................................................................................. 92
Lembrete...................................................................................................................................................... 94
Referências................................................................................................................................................... 95
INTRODUÇÃO

“Podemos e devemos aprender a pensar melhor.”

V ocê está numa caminhada cons-


truindo um filosofar vivo. Com a
Coleção Novo Espaço Filosófico Criativo,
tem-se a intenção de que você perceba
que é um amigo da sabedoria, que é um
filósofo enquanto pensa, investiga, discu-
te, questiona e age.
Todos somos filósofos enquanto ques-
tionamos a nós mesmos, as nossas ideias, de-
sejos, ações; e também os outros, o que pensam
e a forma como pensam, como agem ou deixam de agir; o mundo,
querendo entender as coisas como são e se podem ser diferentes.
Isso é o filosofar que buscamos no espaço filosófico que temos.
Dentro do Programa Educação para o Pensar: Filosofia com
Crianças, Adolescentes e Jovens de que você faz parte, a Filosofia é
uma atividade de “tecer ideias” a várias mãos e cabeças pensantes.
Por isso, queremos que sua sala de aula se transforme em uma Co-
munidade de Aprendizagem Investigativa. Como? Com a participação
de todos. Vamos juntos aprender, discutir, investigar e agir. Com sua
participação ouvindo os colegas, apresentando seus pensamentos, res-
peitando as ideias dos outros, buscando argumentos para sua visão de
mundo. E reconsiderando seu modo de pensar e ver quando observa e
percebe que o que os outros dizem é mais consistente. O conhecimen-
to, além de ser um caminho pessoal de descobertas, é também fruto de
atividades cooperativas.

Te ce r as i d e i a s com os outros : f i los of a n d o 7


Esta Coleção Novo Espaço Filosófico Criativo tem no livro do 5º
ano o propósito de levá-lo a ser o AUTOR junto com os autores. Por
isso, você está convidado e desafiado a escrever suas ideias, fazendo co-
autoria na produção deste livro, que no final do ano estará pronto. Você
é um escritor e, principalmente, escritor de suas ideias e descobertas.
Para isso acontecer, você precisa:

ÊÊ participar de todas as atividades, debates e discussões das ideias;


ÊÊ conversar com outras pessoas sobre os assuntos trabalhados e pes-
quisar mais sobre eles;
ÊÊ procurar respeitar as regras estipuladas em sua sala de aula;
ÊÊ buscar sempre dar razões às suas ideias;
ÊÊ pensar bem antes de falar e não se intimidar em corrigir, mudar ou
defender suas ideias; e
ÊÊ conhecer a si mesmo e os seus colegas para viver e conviver melhor.

Queremos, com esta Coleção Novo Espaço Filosófico Criativo,


que você se divirta pensando em coisas importantes e que desenvolva
a imaginação, a crítica e a reflexão. Durante as aulas de Filosofia, sob
a coordenação de professores preparados, com certeza muitas coisas
interessantes serão aprendidas.
Lembre-se: “as ideias movem o mundo, porém as pessoas que pen-
sam bem podem conviver melhor e, portanto, transformar o mundo”.
Bom trabalho! Boas ideias, criatividade e ações para todos nós,
porque somos obrigados a ser felizes, a viver bem e a celebrar a vida.

Os Autores.

“Ser feliz é a finalidade última do saber.”

8 Novo E s p a ço Fi los óf i co Cr i ati vo • 5 º a n o


Ensinar a pensar

“Espera-se que o professor desenvolva no


seu aluno, em primeiro lugar, o homem de
entendimento, depois, o homem de razão,
e, finalmente, o homem de instrução. Este
procedimento tem esta vantagem: mesmo
que, como acontece habitualmente, o aluno
nunca alcance a fase final, terá mesmo assim
beneficiado da sua aprendizagem. Terá adquiri-
do experiência e ter-se-á tornado mais inteligente, se não
para a escola, pelo menos para a vida.
Se invertermos este método, o aluno imita uma espécie
de razão, ainda antes de o seu entendimento se ter desenvol-
vido. Terá uma ciência emprestada que usa não como algo que,
por assim dizer, cresceu nele, mas como algo que lhe foi dependurado.
A aptidão intelectual é tão infrutífera como sempre foi. Mas ao mesmo
tempo foi corrompida num grau muitíssimo maior pela ilusão de sa-
bedoria. É por esta razão que não é infreqüente nos depararmos com
homens de instrução (estritamente falando, pessoas que têm estudos)
que mostram tão pouco entendimento. É por esta razão, também, que
as academias enviam para o mundo mais pessoas com as suas cabeças
cheias de inanidades do que qualquer outra instituição pública.
Em suma, o entendimento (das pessoas) não deve aprender pensa-
mentos, mas aprender a pensar. Quem (aprende) deve ser conduzido, se
assim nos quisermos exprimir, mas não levado em ombros, de maneira
a que no futuro seja capaz de caminhar por si, e sem tropeçar.”

Texto retirado de Anúncio do Programa do Semestre de Inverno de


1765-1766, da coletânea de textos Theoretical Philosophy, 1755-1770,
edição de David Walford e Ralf Merbote, Cambridge University Press,
1992, p. 2.306-2.307, com tradução de Desidério Murcho.

Te ce r as i d e i a s com os outros : f i los of a n d o 9


DATA

1 SOBRE NÓS
O Novo Espaço Filosófico Criativo 5º ano – Tecer ideias com os
outros: filosofando é um livro que lhe pertence. Ele será seu à medida
que você escrevê-lo, completá-lo com suas ideias e reflexões, sonhos
e desejos, investigações e descobertas... Portanto, você é o autor junto
com os autores!
Preencha os seus dados para que os outros, ao lerem nosso livro,
possam saber algo mais sobre os autores do Novo Espaço Filosófico
Criativo 5º ano.

Nome:

Data e local do meu nascimento:       /      /       em


no estado

Nome e idade do meu Pai:

Nome e idade da minha Mãe:

Nome e idade do(s) meu(s) irmão(s):

Nome e idade do(s) meu(s) professor(es):

10 Novo E s p a ço Fi los óf i co Cr i ati vo • 5 º a n o


5º ano Turma:      Ano:       Cidade:
Nome do meu Colégio:

Meus sonhos e desejos para este ano em minha escola:

Desenhe aqui como você se vê. Afinal, você também é autor deste livro!

Te ce r as i d e i a s com os outros : f i los of a n d o 11


Nome: Sandra Magalhães Albertino nasceu na cidade do Rio de Ja-
neiro e mora na cidade de Londrina, no norte do estado do Paraná,
desde os sete anos de idade. Ela se considera londrinense, como seu
filho Henrique.
Gosta muito de trabalhar com crianças como você. Ela é psicope-
dagoga, professora de Filosofia, contadora de histórias, faz e ensina
a fazer origamis (dobraduras). Adora pensar, aprender e descobrir
junto com os outros. Outra coisa que faz muito é ler, pois se diverte e
tem sempre novas ideias.
A Sandra curte muito desenhar, ouvir música, dançar, tomar sorvetes e
comer chocolate. Não gosta de brigas, intolerâncias e egoísmo.
Sempre diz que seu sonho e desejo é deixar os lugares por onde passa
melhores do que os encontra.

Nome: Silvio Wonsovicz nasceu na cidade de Curitiba no estado do


Paraná, mas mora em Florianópolis há mais de 20 anos. Ele, seus fi-
lhos (Silvana, Fernanda e Lucas) e sua esposa se consideram floria-
nopolitanos.
Gosta muito de dar aulas de Filosofia com as crianças. É professor uni-
versitário e fez o doutorado em Filosofia, mas o que gosta mesmo é de
filosofar com as crianças e os adolescentes.
O Silvio gosta de estar com a sua família e tem uma grande força de
vontade em aprender sempre e fazer as coisas acontecerem.
Costuma dizer que seu sonho é ver crianças e adolescentes pensando
bem e transformando o lugar onde moram numa sociedade e num
mundo melhores, mais justos e mais felizes para todos.

Cole aqui
sua foto
3x4

Sandra Magalhães Albertino Silvio Wonsovicz

12 Novo E s p a ço Fi los óf i co Cr i ati vo • 5 º a n o


Vamos Criar e filosofar...

Agora você fará uma colagem de sua apresentação. Procure revistas e escolha figuras, pala-
vras e cores representativas que signifiquem algo especial para você (ou em você). Organize
esses recortes no espaço abaixo. Experimente-os em várias posições antes de colá-los. Você
poderá complementar sua colagem com desenhos, mas se lembre de que a proposta é fazer
uma colagem que diga algo sobre você ou como você se vê, o que pensa... (no sentido de
autoconhecimento pela meditação).

Te ce r as i d e i a s com os outros : f i los of a n d o 13


Vamos Filosofar e criar...

Pense no que você fez e diga primeiro para si e depois para os seus colegas:

Eu sou o meu nome ou o meu nome representa quem eu sou?

Como eu me vejo na minha família? E na minha escola? E aqui na sala de aula?

Dia em que comecei a escrever o livro Novo Espaço Filosófico Criativo 5º ano - Tecer as idéias
com os outros: filosofando nas aulas de Filosofia no meu Colégio:

de de 20

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DATA

2 UM POUCO MAIS SOBRE VOCÊ


Para aquecer a investigação filosófica
Falar de você e de como você se vê é, no estudo filosófico, falar
sobre o autoconhecimento ou conhecimento de si. É entender essa
busca como um objeto de investigação chamado na Filosofia de um
estudo da Epistemologia ou do Conhecimento. Para quê? Para poder
saber de si e dos outros (essa finalidade como uma busca ética). Dei-
xar-se conhecer faz parte de uma investigação do conhecimento, o que
se busca é a explicação de como e o que é conhecido.

Vamos Filosofar e criar...

a) Gosto de ser quem eu sou porque

b) A maioria das pessoas me acha

c) Na minha aparência física acho interessante os(as) meus(minhas) porque

d) Um assunto que me interessa muito atualmente é

e) Não gosto de pensar em

f ) A lembrança mais antiga que tenho de mim é

Te ce r as i d e i a s com os outros : f i los of a n d o 15


Responda:
a) Quem é a pessoa que você mais admira e por quê?

b) Pense numa pessoa de quem você gosta muito. O que você faria para deixá-la mais feliz?

c) Que notícia você gostaria de ver publicada nos jornais e dita nos telejornais com mais frequência?

d) Quem você convidaria para uma viagem de férias com você? Cite pelo menos dois motivos
para a sua escolha.

e) Com quem você gostaria de ir a um show da sua banda ou grupo musical preferido? Por quê?

f ) Qual é a sua melhor lembrança escolar?

g) O que você considera ser o seu pior defeito? E a sua melhor qualidade?

h) Pense em tudo o que você já fez e escreva as realizações que você considera mais impor-
tantes em sua vida.

16 Novo E s p a ço Fi los óf i co Cr i ati vo • 5 º a n o


Vamos Criar e filosofar...

Complete fazendo comparações:


Ex.: Nos finais de semana eu me sinto como um passarinho porque estou livre para fazer o
que eu gosto.
a) Quando estou com os meus amigos é como
porque
b) Ter que acordar cedo é como
porque
c) Quando faço algo errado me sinto como
porque

Sugestões:
a) Sugira dois temas que você gostaria de investigar nas aulas de Filosofia e coloque as jus-
tificativas.

b) Indique um filme que poderia ser visto e debatido pela sua turma. Justifique a sua indicação.

c) Sugira uma música que você ache interessante para analisar e cantar com a sua turma.

Te ce r as i d e i a s com os outros : f i los of a n d o 17


Cantar e filosofar
QUEM SOU EU?
Letra e música: Arildo Simão da Silva com alunos do Col. Aplicação da Univali de Itajaí/SC – Festival Viva Música
Viva – Songbook filosófico “Cantar é Filosofar” – Ed. Sophos

Às vezes me sinto perdida a procura de nada,


e sinto as dores do mundo cair sobre mim,
sou um ser ameaçado no mundo, sou fera,
quem dera, tão frágil, tão fraco, quem sou eu?
Sou eu que recebo o não repartido de graça,
e trago no rosto estampado que a fome traduz,
sou um ser rejeitado no mundo, sou fera,
quem dera, tão frágil, tão fraco, quem sou eu?
Sou eu que me cubro de ouro, me visto de nada,
e dito as regras pra que todos possam seguir,
sou um ser arrematado no mundo sou fera,
quem dera, tão frágil, tão fraco, quem sou eu?
Sou eu que amanheço num lindo romper de uma aurora,
e trago nos olhos o brilho da luz do amanhã,
sou um ser iluminado no mundo, sou fera,
quem dera, tão frágil, tão fraco, quem sou eu?
Sou um ser iluminado no mundo sou fera,
quem dera, tão frágil, tão fraco,
quem sou eu?

FILOSOFIA DO SUCESSO

Se você pensa que é um derrotado, você será um


derrotado.
Se não pensar “quero a qualquer custo”, não con-
seguirá nada.
Mesmo que você queira vencer, mas pensa que
não vai conseguir, a vitória não sorrirá para você.

Se você fizer as coisas pela metade, você será um


fracassado.
Nós descobrimos neste mundo que o sucesso co-
meça pela intenção da gente e tudo se determina
pelo nosso espírito.

Se você pensa que é um malogrado, você se torna como tal.


Se você almeja atingir uma posição mais elevada, deve, antes de obter a vitória, dotar-se da convicção de
que conseguirá infalivelmente.

A luta pela vida nem sempre é vantajosa aos fortes, nem aos espertos.
Mais cedo ou mais tarde,
quem cativa a vitória
é aquele que crê plenamente: EU CONSEGUIREI!
Autor desconhecido

18 Novo E s p a ço Fi los óf i co Cr i ati vo • 5 º a n o


DATA

3 COMO QUERO ME APRESENTAR?


Para aquecer a investigação filosófica
O conhecimento de si distingue-se do conhecimento de outras coisas (as
coisas exteriores ao sujeito) por ser imediato, pois não depende de evidências.
Pode-se dizer que o autoconhecimento é fruto da meditação.
Nós temos acesso privilegiado aos nossos próprios pensamentos, isto é,
conhecemos os nossos próprios pensamentos de uma maneira que os outros
usualmente não conhecem. Tal acesso privilegiado é a marca da individuali-
dade, pois podemos dizer sinceramente o que pensamos e isso deve ser con-
siderado como o que eu penso. Outros podem dizer o que eu penso, mas não
é um relato que desfrute da mesma autoridade.

Vamos Criar e filosofar...

Faça uma representação do seu nome. Pense a forma que mais lhe agrada e capriche. Você
pode usar lápis de cor, de cera, canetinha, cola colorida, papéis, tecidos...
O importante é fazer seu nome muito bonito, pois ele é seu, e a sua criatividade e seu capri-
cho representam você agora, neste momento.
Então vamos fazer bem bonito porque você É ESPECIAL!

Te ce r as i d e i a s com os outros : f i los of a n d o 19


Vamos Filosofar e criar...

Por intermédio da colagem você se apresentou dizendo como gos-


taria de ser visto, pois é dessa forma que você se vê neste momento.

A atividade será feita em dupla. Você irá passar seu livro para o colega, e vice-versa. No livro
do(a) seu(sua) amigo(a), vendo a colagem escreva o seu entendimento do que foi feito. Pro-
cure ler e escreva, a partir da colagem, como seu colega se apresentou ao mundo.

A seguir você irá, a partir da escrita feita pelo colega, escrever como você quer se apresentar
ao mundo, isto é, o real significado da sua colagem.

Vamos pesquisar
sobre o filósofo
José Ortega y
“Eu sou eu e minhas circunstâncias.”
Gasset e conhecer
um pouco mais José Ortega y Gasset
suas ideias. Você (Madrid 1883-1955, filósofo espanhol, também
poderá encontrar atuou como ativista político e como jornalista)
na biblioteca do seu
colégio, na Internet
e em outros locais
de pesquisa. Regis-
tre no final do seu Agora faça uma relação entre a frase do filósofo José Ortega y Gasset
livro seus novos com o conteúdo deste capítulo para podermos concluir este assunto:
conhecimentos.
como me apresento para os outros? Eu sou eu e minhas circunstâncias?

20 Novo E s p a ço Fi los óf i co Cr i ati vo • 5 º a n o


DATA

CONHECENDO O
4 OUTRO UM POUCO MAIS
Para aquecer a investigação filosófica
Uma das maneiras de nos conhecermos melhor é por
meio do diálogo. Sabendo o que os outros pensam sobre
determinados assuntos, temos a oportunidade de repensar
nossas ideias e rever nossos pontos de vista.
Podemos fazer deste momento uma boa oportunidade
para iniciarmos novos relacionamentos, ou mesmo fortale-
cermos os já existentes.

Vamos Filosofar e criar...

Hoje, um dos assuntos fundamentais do tempo em que vivemos


é a necessidade de diálogo. Precisamos entender o que é diálogo! Na
Filosofia da Linguagem esse tema é investigado. O importante é defi-
nirmos o que é o diálogo.

Diálogo é uma conversação entre duas ou mais pessoas. Para existir diálogo, tem de existir um lo-
cutor e um interlocutor ou, em outras palavras, alguém que fala e outro que escuta, e vice-versa.
É o entendimento por meio da palavra, da conversação, do colóquio, é comunicação. É discussão
ou troca de ideias, de conceitos e opiniões, objetivando a solução de problemas e a harmonia.

Agora diga com as suas palavras o entendimento dos significados de


Diálogo:

Te ce r as i d e i a s com os outros : f i los of a n d o 21


Vamos Criar e filosofar...
Escolha um(a) colega para entrevistar. Depois ele(a) fará o mesmo com
você. Dê preferência a alguém com quem você ainda não teve muito conta-
to, ou seja, com quem não teve muitas oportunidades de trocar ideias.

1. Nome, idade e cidade onde o(a) entrevistado(a) nasceu.

2. Das histórias que você ouviu quando pequeno(a), qual a que você mais lembra?

3. Qual era o seu brinquedo preferido? Você ainda o tem?

4. Qual foi a maior bronca que você levou até hoje? Por quê?

5. Você já ficou de castigo? Caso tenha ficado, diga se achou merecido o seu castigo e o que
aprendeu com ele.

6. Você se acha um(a) bom/boa aluno(a)? Diga-me por quê.

7. Qual é a aula de que você mais gosta? Por que gosta dela?

8. Qual a pessoa que você mais admira na escola? Cite duas características dessa pessoa.

22 Novo E s p a ço Fi los óf i co Cr i ati vo • 5 º a n o


9. O que você mais valoriza em um(a) amigo(a)?

10. Quais são as melhores coisas da sua vida?

11. Quais são as coisas mais difíceis para você?

12. Atualmente qual é o seu maior interesse?

13. Pensando nas suas características, se você fosse um animal, que animal você seria?

14. O que você quer ser na vida? Por que pensa isso?

15. A partir dessa ilustração, responda se as perguntas acima ajudaram você e o(a) seu/sua
colega a se conhecerem melhor.

A sugestão é que agora as perguntas sejam feitas por todos para todos e que o conhecimen-
to seja maior, pois queremos que nossa turma forme uma Comunidade de Aprendizagem
Investigativa em todos os momentos em que estivermos na escola.

Te ce r as i d e i a s com os outros : f i los of a n d o 23


DATA

COMUNIDADE DE APRENDIZAGEM
5 INVESTIGATIVA - Vivendo com a diversidade
Para aquecer a
investigação filosófica
A palavra diversidade nos leva a
diversos entendimentos, um deles é a
variedade e a convivência de ideias, ou
as características e/ou elementos diferen-
tes entre si, em determinado assunto, situa-
ção ou ambiente.
A ideia de diversidade está ligada aos concei-
tos de pluralidade, multiplicidade, diferentes pontos
de vista ou entendimento, heterogeneidade e variedade. E,
muitas vezes, também, pode ser encontrada na comunhão de
contrários, na ligação entre diferentes ou na tolerância mútua.

Visão geral e abrangência do termo diversidade.

É um conceito amplo, com aplicação em diferentes campos do co-


nhecimento humano, entre os quais:

ÊÊ no campo do pensamento humano, os muitos entendimentos filosóficos e a diversidade


de opiniões ou pontos de vista sobre certo assunto;
ÊÊ no campo da vivência humana, a diversidade de hábitos, costumes, comportamentos,
crenças e valores, e a aceitação da diferença no outro (chamada de alteridade);
ÊÊ no campo da cultura propriamente dita, tratada no âmbito da política internacional, da
diplomacia ou da economia, aqui entendido como multiculturalismo;
ÊÊ no campo da Educação Sexual, a diversidade de manifestações sexuais;
ÊÊ nos campos da Biologia e do Meio Ambiente, a diversidade biológica ou biodiversidade;
ÊÊ no campo da Lógica, a diversidade de soluções para um mesmo problema, usando ferra-
mentas como a criatividade e a originalidade;
ÊÊ no campo da Ética, as ideias de respeito ao outro e a si mesmo, de singularidade; e
ÊÊ no campo da Filosofia Política, a difusão e defesa do discurso pró-diversidade.

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Vamos Filosofar e criar...
Esperamos com as aulas de Filosofia que você e sua turma apren-
dam a pensar cada vez melhor; a dialogar e trocar ideias com os seus
colegas, percebendo a diversidade; e que todos aprendam a argumen-
tar, a questionar, a dar boas razões para suas ideias. Esperamos que vo-
cês aprendam a aprender de forma divertida, investigando e discutin-
do com os colegas. Isso tudo pela coordenação dos seus professores.

Estar no 5º ano tendo a disciplina de Filosofia ajudou você e a todos da sua sala a formarem
a Comunidade de Aprendizagem Investigativa? Por quê?

A ilustração da página 23 mostra uma sala de aula onde os alunos em círculo fazem uma aula
de Filosofia. É a representação de uma Comunidade de Aprendizagem Investigativa (CAI). Agora
pense com os seus colegas, escreva e desenhe como essa CAI está acontecendo em sua sala.

O desenho da minha sala hoje:

Te ce r as i d e i a s com os outros : f i los of a n d o 25


Vamos Criar e filosofar...
O primeiro passo é responder às perguntas abaixo para si mesmo.
Depois o(a) professor(a) irá levantar discussões para a investigação e a
defesa dos seus argumentos:

ÊÊ Quando uma aprendizagem pode ser chamada de investigativa?


ÊÊ Aprender pode ser divertido? Comente.
ÊÊ O que é brincar? O que você faz quando brinca?
ÊÊ O que você faz quando não brinca?
ÊÊ Você gosta mais de brincar com amigos ou sozinho?
ÊÊ Nas atividades da escola e nos trabalhos escolares você prefere traba-
lhar em equipe ou sozinho? Por quê?
ÊÊ “Quem destrói deve construir, quem suja deve limpar, quem ofende
deve reconciliar”. O que você acha disso?

O segundo passo é cada um escrever a sua resposta colocando


justificativa para depois abrirmos uma discussão sobre as respostas.
Você poderá reconsiderar suas ideias após as discussões e modificar a
resposta que deu. Isso faz parte do objetivo das aulas de Filosofia.

1. Na escola convivemos com várias pessoas diferentes de nós. Essa convivência é diferente da
que temos em casa. Pensando nos objetivos, nas razões de você estar na escola, responda: sua
sala de aula pode ser considerada uma Comunidade de Aprendizagem Investigativa? Explique.

2. Pensando nas características desta aula, liste o que você considera necessário para que ela
transcorra bem e os seus objetivos sejam alcançados.

26 Novo E s p a ço Fi los óf i co Cr i ati vo • 5 º a n o


3. As ideias listadas por você e pelos seus colegas poderiam ser transformadas em regras
para todas as aulas e também para a de Filosofia? Pensem, discutam essas ideias e juntos
elaborem as regras da turma.

O desenho da minha sala de aula a partir das regras aceitas e cumpridas por todos:

Te ce r as i d e i a s com os outros : f i los of a n d o 27


DATA

6 COSTUMES
Para aquecer a investigação filosófica
Queremos que você, junto com os seus colegas, busque com a
Educação para o Pensar, pela Filosofia, refletir sobre a cultura, os cos-
tumes, a visão de mundo do povo brasileiro e de outros povos.
Esse é um assunto (Axiologia) com que no 8º ano você irá traba-
lhar nas aulas de Filosofia e entender que, quando falamos de costu-
mes, hábitos, bem e mal, estamos entrando numa discussão filosófica
referente ao Valor, à Moral e à Ética.

“A moral tem por objeto o


comportamento humano
regido por regras e valores
Axiologia (do grego άξιος “valor” + morais, que se encontram
λόγος “estudo, tratado”) é o ramo da gravados em nossas consci-
Filosofia que estuda os valores. ências, e em nenhum código,
comportamento resultante
de decisão da vontade que
torna o homem, por ser livre,
responsável por sua culpa
quando agir contra as regras
morais.”

O conceito de valor tem sido investigado em diferentes áreas do conhecimento.


A abordagem filosófica descreve-o como nem totalmente subjetivo, nem total-
mente objetivo, mas como algo determinado pela interação entre o sujeito e o ob-
jeto. Os valores humanos são os fundamentos éticos e espirituais que constituem
a consciência humana. São os valores que tornam a vida algo digno de ser vivido,
definem princípios e propósitos valiosos e objetivam fins grandiosos.

28 Novo E s p a ço Fi los óf i co Cr i ati vo • 5 º a n o


Vamos Criar e filosofar...
Você já pensou por que tomamos banho todos os dias? Por que a
maioria das mulheres usa bolsas e os homens não? Por que não deve-
mos mastigar com a boca aberta? Por que em algumas culturas os ho-
mens usam saias?

Na casa do João é assim: a mãe dele acor-


da, prepara o café da manhã, chama o João
e sua irmã. Quem levanta primeiro toma
banho primeiro. Depois de colocar o uni-
forme e tomar o café da manhã, é hora de
escovar os dentes e arrumar a cama. Na
casa do João ninguém sai sem antes deixar
sua cama arrumada.

Na sua casa também é assim? Refaça men-


talmente o seu dia, desde a hora em que
acordou até o momento em que chegou
ao colégio. Elabore uma lista e assinale o
que é comum a todos os seus familiares fa-
zerem logo cedo.

Essas atividades podem ser consideradas costumes familiares? Por quê?

Te ce r as i d e i a s com os outros : f i los of a n d o 29


Atividade em dupla

Será que você e seus colegas fazem as mesmas coisas no final de semana? Compare se os
costumes que existem na sua casa são semelhantes aos da casa de seu colega.

Costumes da minha família Costumes da família do meu colega

Vamos Filosofar e criar...

Depois de procurar no dicionário o significado da palavra “costumes”, troque ideia com o seu
colega e registre o que vocês compreenderam.
Costume:

30 Novo E s p a ço Fi los óf i co Cr i ati vo • 5 º a n o


Na escola que Marcos estuda, após a hora do recreio, o pátio está sempre limpo. Sempre que
o diretor entra na sala de aula, todos ficam de pé. Todas as sextas-feiras os alunos formam no
pátio da escola e cantam o Hino Nacional. Você entende o porquê desses costumes? Na sua
escola também é assim?

Desde o início das aulas no 5º ano, você deve ter observado alguns costumes na sua escola.
Cite-os e procure saber se acontecem há muito tempo.

Agora vamos pensar sobre as questões abaixo tendo presente a definição de Axiologia. Após
a reflexão pessoal de cada questão, vamos discutir na Comunidade de Aprendizagem Inves-
tigativa levando em conta as regras estipuladas:

ÊÊ Os costumes podem ser questionados ou devem ser apenas seguidos? Procure dar exemplos.
ÊÊ Você considera que todos os costumes têm uma boa razão para existir ou alguns não pare-
cem ter razão de ser? Justifique sua resposta.
ÊÊ Os costumes determinam o que é correto fazer em uma sociedade? Por quê?
ÊÊ Todos os costumes são importantes? Comente.
ÊÊ Qual a origem dos costumes que temos?
ÊÊ Os costumes se modificam ou são sempre os mesmos? Justifique sua resposta.
ÊÊ Você já deve ter observado, ao ir à casa de um amigo, que os costumes não são exatamente
iguais aos da sua casa. Como você se sente tendo que fazer coisas que são diferentes dos
costumes da sua família?
ÊÊ Antigamente as crianças brincavam de matar passarinhos, isso em alguns lugares era uma brin-
cadeira, um costume. Hoje isso não é nem pensável, mudaram-se os costumes (brincadeiras)?
ÊÊ Jogar lixo na rua, em espaços públicos, era comum. Hoje mudou o costume? E sobre o lixo
reciclável em casas, escolas, espaços públicos, já faz parte do nosso costume?

Te ce r as i d e i a s com os outros : f i los of a n d o 31


Para finalizar este capítulo, você lerá a história abaixo e fará uma história em quadrinhos.
Na sua criação você poderá ampliar o entendimento e a moral da história, tendo por base os
conteúdos trabalhados até agora em nosso 5º ano.

OS CINCO MACACOS

Um grupo de cientistas colocou


cinco macacos numa jaula onde
havia uma escada com um cacho
de bananas no topo. Quando um
macaco subia na escada para pegar
as bananas, um jato de água fria era
acionado em cima dos que estavam
no chão.
Depois de alguns banhos frios, cada
vez que um macaco subia a escada,
os outros o pegavam e batiam nele. E
assim, passado algum tempo, nenhum
macaco se atrevia mais a subir a esca-
da, apesar da tentação das bananas.
Então os cientistas substituíram um dos
macacos. A primeira coisa que o novato
fez foi subir a escada, dela sendo retirado pelos
outros, que o surraram. Algumas surras depois, o novo integrante do grupo não subia
mais a escada.
Um segundo macaco veterano foi substituído e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro subs-
tituto participado com entusiasmo da surra no novato.
A mesma coisa ocorreu com o terceiro substituto. E também com o quarto, até que o
último dos cinco integrantes iniciais foi substituído. Assim, ficaram na jaula cinco maca-
cos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam batendo naquele que
tentasse pegar as bananas.
Se fosse possível perguntar a eles por que batiam em quem tentasse subir a escada, com
certeza, a resposta seria:
“Não sei, mas as coisas sempre foram assim por aqui”.

Autor desconhecido

32 Novo E s p a ço Fi los óf i co Cr i ati vo • 5 º a n o


História em quadrinhos:
(adaptado de “Os cinco macacos”)

Autor:

Te ce r as i d e i a s com os outros : f i los of a n d o 33


DATA

7 CARACTERÍSTICAS DAS CIVILIZAÇÕES


Para aquecer a investigação filosófica
Cultura é o conjunto de manifestações humanas que contrastam
com a natureza ou o comportamento natural. O dia a dia das socieda-
des civilizadas (especialmente a civilização ocidental) costuma ser as-
sociado à aquisição de conhecimentos e práticas de vida reconhecidas
como melhores, superiores.
Dentro do contexto da Filosofia, a cultura é um conjunto de respos-
tas para melhor satisfazer as necessidades e os desejos humanos. Cultura
é informação, isto é, um conjunto de conhecimentos teóricos e práticos
que se aprende e transmite aos contemporâneos e aos vindouros. A cul-
tura é o resultado dos modos como os diversos grupos humanos foram
resolvendo os seus problemas ao longo da história. Cultura é criação. O
homem não só recebe a cultura dos seus antepassados como também
cria elementos que a renovam. A cultura é um fator de humanização. O
homem só se torna homem porque vive no seio de um grupo cultural. A
cultura é um sistema de símbolos compartilhados com o qual se inter-
preta a realidade e que conferem sentido à vida dos seres humanos.

34 Novo E s p a ço Fi los óf i co Cr i ati vo • 5 º a n o


Vamos Filosofar e criar...

Investigando os costumes, você deve ter observado que eles carac-


terizam um povo. Nossa colonização teve contribuições de pessoas de
várias partes do mundo. Muitas famílias de japoneses, alemães, italia-
nos, portugueses, africanos, espanhóis, entre outras, trouxeram suas
tradições e costumes para o Brasil.
Agora, para exemplificar o que estamos estudando, faça um rela-
to de alguma data importante para sua família que seja comemorada
todos os anos. Escreva contando o que comemora, quem é responsá-
vel pela organização, quem participa, se há alguma comida especial,
como é preparada e por quem, como se veste para essa ocasião. Tente
relembrar tudo pensando nos detalhes. Peça ajuda a seus familiares. Se
possível, anexe fotos para ilustrar o seu relato.

Utilize a página 78 do nosso livro.

As comidas, os condimentos e as frutas utilizadas em comemorações brasileiras estão de


acordo com o que é natural do Brasil? Justifique sua resposta.

Cite algumas características do povo brasileiro.

Te ce r as i d e i a s com os outros : f i los of a n d o 35


Vamos Criar e filosofar...

Temos durante o ano várias datas que fazem parte da cultura de nosso país e que marcam
nossa civilização ocidental. Vamos escrever quais são essas comemorações que caracterizam
nossa civilização!

Tabelar a pesquisa

As comemorações Comemoração dita As comemorações


mais lembradas por um aluno não lembradas

36 Novo E s p a ço Fi los óf i co Cr i ati vo • 5 º a n o


Atividade em dupla
Cada grupo irá receber duas datas comemorativas que foram levan-
tadas anteriormente. O grupo deverá buscar semelhanças e diferenças,
observar as origens e as descendências das famílias que a praticam.

Fazer uma pesquisa de como essa data é comemorada em outros países, em outras culturas.

Outras datas para pesquisar que são comemoradas em outros países e civilizações, e não são
comemoradas em nossa cultura.

Confeccionar um mural ou outra forma de expor os resultados desse interessante trabalho


para a escola.

Cantar e filosofar
PENSAR É BOM
Letra e música: Alunos do Colégio São Luís de Brusque/SC, em 1996, no Festival Viva
Música Viva.

Pensar pensar é bom, é o que mais faço,


Pensar pensar é bom, é o que mais gosto.

Infelizmente nesse mundo de gente grande, pouco espaço tem para nós,
que somos jovens e queremos sempre aprender,
Um novo milênio espera por nós, então vem, vem cantar,
aprender a filosofar, então vem, vem cantar, aprender a filosofar.

Pensar pensar é bom, é o que mais faço,


Pensar pensar é bom, é o que mais gosto.

Infelizmente nesse mundo de gente grande, pouco espaço tem para nós,
que somos jovens e queremos sempre aprender,
Novo milênio espera por nós, então vem, vem cantar,
aprender a filosofar, então vem, vem cantar, aprender a filosofar.

Vem cantar, aprender a filosofar então vem.

Cantar é uma característica de nossa civilização ocidental?

Te ce r as i d e i a s com os outros : f i los of a n d o 37


DATA

CARACTERÍSTICAS
8 FÍSICAS E INTELECTUAIS
Para aquecer a investigação filosófica
Nossas características físicas e intelectuais estão
em constante mudança. As atividades físicas que faze-
mos, a nossa alimentação e o que pensamos e sentimos
têm influência no nosso desenvolvimento.
Pessoas com uma vida sedentária, ou seja,
com poucas atividades físicas, têm característi-
cas corporais (e até emocionais) diferentes das
que praticam atividades físicas regularmente.
Quem gosta de ler, estudar e ouvir uma boa
música tem características intelectuais diferentes
de quem apenas assiste a programas de televisão.

Vamos Criar e filosofar...

1. Recordando o que estudou anteriormente, você consegue citar outras coisas que influen-
ciam nossas características físicas e intelectuais? Troque ideias com os seus colegas e a seguir
escreva o que concluiu sobre isso.

2. Na sua opinião, em que as pessoas podem ser diferentes no aspecto físico e intelectual?

38 Novo E s p a ço Fi los óf i co Cr i ati vo • 5 º a n o


3. Colocar um piercing e fazer uma tatuagem é uma forma de ser diferente ou de ficar pareci-
do com um grupo de pessoas? Justifique sua resposta.

4. Você já se sentiu rejeitado por causa do seu jeito de ser? Comente.

5. Em que situações do dia a dia você observa que as diferenças individuais não são respeitadas?

6. O que é preciso uma pessoa fazer para ser considerada inteligente?

7. Como os meios de comunicação tratam a questão da beleza? Dê exemplos.

8. Na sua opinião, os meios de comunicação respeitam as diferenças individuais? Justifique


sua resposta.

Te ce r as i d e i a s com os outros : f i los of a n d o 39


9. “É que Narciso acha feio o que não é espelho”. Esse verso é do cantor Caetano Veloso. O que
podemos entender das palavras do poeta?

Vamos Filosofar e criar...

Quando falamos das características físicas e intelectuais, percebemos


que ninguém é igual. Devemos ter consciência de que, ao sermos únicos,
precisamos valorizar quem e como somos. Vamos agora pensar e depois
discutir na Comunidade de Aprendizagem Investigativa:

ÊÊ Por que o azul é uma cor usada para os meninos e o rosa para as meninas?
ÊÊ Você acha que meninos devem ajudar nas tarefas da casa (secar a louça, forrar a cama, pas-
sar pano no chão)? Por quê?
ÊÊ Há separação entre brincadeiras de menino e menina? Quem a determina?
ÊÊ Na sua opinião, isso é bom? Por quê?
ÊÊ Existem pessoas que não gostam do próprio aspecto físico. O que poderiam fazer para se
aceitarem e começarem a gostar de si mesmas?
ÊÊ Estar na moda é estar igual aos outros? Faça um comentário.
ÊÊ Como seria o mundo se todas as pessoas fossem iguais?

Indo além...

Procusto significa “o estirador”, em referência ao castigo que


aplicava às suas vítimas.

40 Novo E s p a ço Fi los óf i co Cr i ati vo • 5 º a n o


Leia o texto e troque ideias com os seus colegas. Procure fazer
relações com o tema estudado.

Leito de Procusto

Na mitologia grega, Procusto era um salteador sanguinário que obrigava


suas vítimas a deitarem sobre um sinistro leito de ferro, do qual nenhu-
ma saía com vida: se elas fossem mais curtas que o leito, estirava-as com
cordas e roldanas; se ultrapassassem as medidas, cortava a parte que so-
brava. Teseu foi ao seu encalço e matou-o, fazendo-o provar seu próprio
remédio. A expressão é usada para qualquer tipo de padrão que seja apli-
cado à força, sem o menor respeito por diferenças individuais ou circuns-
tâncias especiais. Na história da humanidade, há relatos de momentos em
que a obrigação por padrões sociais se converteu num verdadeiro leito
de Procusto, impondo a todos, indistintamente, o mesmo modelo.

Essa história representa a intolerância do homem em relação ao


seu semelhante. O mito já foi usado como metáfora para criticar ten-
tativas de imposição de um padrão em várias áreas do conhecimento,
como na Economia, na Política, na Educação, na Filosofia, na História,
na Administração.

Na sua opinião, ainda existem “camas”


como a de Procusto? Procure exemplificar.

Charge da revista Punch (1891)


comparando a nova lei britânica
das oito horas de trabalho com
a cama de Procusto

Te ce r as i d e i a s com os outros : f i los of a n d o 41


DATA

9 RECONHECIMENTO
Para aquecer a investigação filosófica
Durante um bom tempo estamos filosofando sobre nós mesmos,
sobre os outros e sobre o mundo em que vivemos. E, com certeza, ire-
mos filosofar por muito tempo, pois isso faz parte de nossa constituição
como seres humanos, constantemente perguntamos, questionamos.
Refletir e discutir sobre nossos costumes demonstra que reconhe-
cemos sua importância para nossa formação e organização da socie-
dade em que vivemos. Também reconhecemos, por meio de nossas
investigações, que as diferenças individuais fazem parte de nossas ca-
racterísticas pessoais e que precisam ser respeitadas.

Vamos Filosofar e criar...

Procure nas seguintes situações alguma demonstração de reconheci-


mento:
Exemplo: o técnico recebeu muitos elogios após a vitória do time.
Os críticos reconheceram que o técnico fez um bom trabalho, que ele
treinou bem o time.

a) O professor explicou a matéria e depois passou um exercício para ser resolvido em duplas.

b) A cantina da escola não vende frituras nem refrigerantes.

42 Novo E s p a ço Fi los óf i co Cr i ati vo • 5 º a n o


c) Silvia sentou ao lado da filha no momento em que ela estava fazendo o dever de casa.

d) A pesquisa sobre costumes ficou exposta no mural da escola.

e) O prefeito foi reeleito para um mandato consecutivo.

f ) Na metade do período escolar as crianças têm a hora do recreio.

g) Pedro voltou ao mercado para devolver parte do troco.

Investigando e discutindo
• Dizer as qualidades dos amigos é reconhecer que elas são importantes? Justifique.

• Agradecer um elogio é reconhecer que foi merecedor dele? Comente.

Te ce r as i d e i a s com os outros : f i los of a n d o 43


Vamos Criar e filosofar...

Reconhecimento/Gratidão
Será que hoje as pessoas não sentem mais prazer em agradecer
algo que lhes oferecem ou que fazem por elas? Será que não reconhe-
cem que sentem prazer por receber algo? Será que muitas pessoas hoje
consideram que tudo lhes é devido?
A gratidão vem de reconhecermos que recebemos algo a partir
do outro. Portanto, demonstrar gratidão é uma forma de retribuir um
pouco da alegria que sentimos ao receber algo.
Você já parou para pensar em quantas pessoas trabalham para que
você tenha conforto e facilidades no seu dia a dia?

Vamos agora ler a fábula

O leão e o rato
Saiu da toca aturdido
Daninho pequeno rato,
E foi cair insensato
Entre as garras de um leão.
Eis o monarca das feras
Lhe concedeu liberdade.
Ou por ter dele piedade,
Ou por não ter fome então.

Mas essa beneficência

Foi bem paga, e quem diria!


Que o rei das feras teria
Dum vil rato precisão!
Pois que uma vez indo entrando
Por uma selva frondosa,
Caiu em rede enganosa,
Sem conhecer a traição.

Rugidos, esforços, tudo

Balda sem poder fugir-lhe;


Mas vem o rato acudir-lhe
E entra a roer-lhe a prisão.
Rompe com seus finos dentes

44 Novo E s p a ço Fi los óf i co Cr i ati vo • 5 º a n o


Primeira, e segunda malha;
E tanto depois trabalha,
Que as mais também rotas são.
O seu benfeitor liberta,
Uma dívida pagando,
E assim à gente ensinando
De ser grato a obrigação.
Também mostra aos insofridos,
Que o trabalho com paciência
Faz mais que a força, a imprudência
Dos que em fúria sempre estão.

Jean de La Fontaine

A partir dessa fábula e da sua resposta à questão de quantas pessoas trabalham para que
tenhamos conforto e felicidade no dia a dia, escreva o que você poderia fazer para melhorar
o relacionamento entre seus amigos na escola.

Existem várias formas de demonstrar que reconhecemos o que as pessoas fazem por nós.
Pensando nisso, escreva uma demonstração de reconhecimento para os seus pais, para um
colega e para um de seus professores.

Reconhecendo nossos deveres


Devemos conhecer nossos direitos não esquecendo de reconhe-
cer nossos deveres. Com base na Declaração Universal dos Direitos da
Criança, sua turma irá redigir uma Declaração dos Deveres da Crian-
ça, lembrando que cada criança tem deveres consigo mesma, com o
próximo (seus irmãos do mundo), com os bens comuns, com a nature-
za e com o planeta Terra.

Te ce r as i d e i a s com os outros : f i los of a n d o 45


Pontos principais da Declaração Universal dos Direitos da Criança

I. Direito à igualdade, sem distinção de religião ou nacionalidade.

II. Direito à especial proteção para seu desenvolvimento físico, mental e social.

III. Direito a um nome e uma nacionalidade.

IV. Direito à alimentação, moradia e assistência médica adequada para a criança e a mãe.

V. Direito à educação e a cuidados especiais para criança física ou mentalmente deficiente.

VI. Direito ao amor e à compreensão por parte dos pais e da sociedade.

VII. Direito à educação gratuita e ao lazer infantil.

VIII. Direito a ser socorrido em primeiro lugar, em caso de catástrofes.

IX. Direito a ser protegido contra o abandono e a exploração no trabalho.

X. Direito a crescer dentro de um espírito de solidariedade, compreensão, amizade e justi-


ça entre os povos.

Pontos principais da Declaração Particular dos Deveres da Criança

I.

II.

III.

IV.

V.

VI.

VII.

VIII.

46 Novo E s p a ço Fi los óf i co Cr i ati vo • 5 º a n o


IX.

X.

XI.

XII.

ATIVIDADE da Comunidade de Aprendizagem Investigativa (CAI)


1. Confeccionar cartazes de divulgação.
2. Pensar num título simples e sugestivo para o cartaz. Escrever com
letras grandes e legíveis o título e os deveres. Ilustrar com dese-
nhos e recortes. Os cartazes poderão ser expostos pela escola.

Veja a Declaração Universal dos Direitos da Criança:


http://www.uol.com.br/ecokids/dircrian.htm

Bandeira da ONU

Te ce r as i d e i a s com os outros : f i los of a n d o 47


DATA

10 IMAGINAÇÃO
Para aquecer a investigação filosófica
Imaginação é uma capacidade de nossa mente que permite a representa-
ção de objetos segundo suas qualidades, que são dadas à mente por meio dos
sentidos, de acordo com a explicação dada pelo filósofo Sartre.
As teses racionalistas sobre a imaginação marcaram a Filosofia por longo
tempo. Até o final do século XVIII, os filósofos viram a imaginação como a
faculdade mental por meio da qual representamos de maneira obscura e con-
fusa os mesmos objetos que a razão ou entendimento representa de maneira
clara e distinta.
A imaginação é um processo mental, uma ação da nossa mente na tenta- Jean-Paul Sartre

tiva de representar algo que não está presente para os nossos sentidos.

SARTRE, Jean-Paul. O imaginario: psicologia fenomenológica


da imaginação. São Paulo: Ática, 1996. 256 p.

Vamos Filosofar e criar...

Vamos exercitar a imaginação respondendo às seguintes perguntas:

a) E se a semana tivesse 10 dias? O que você faria nos três dias a mais?

b) E se as pessoas pudessem ler pensamentos?

48 Novo E s p a ço Fi los óf i co Cr i ati vo • 5 º a n o


c) E se você tivesse que dar aulas no lugar de seu/sua professor(a) de Filosofia? O que você
ensinaria? Como você verificaria se os alunos aprenderam?

d) E se já nascêssemos sabendo ler e escrever? Que tipo de livros os bebês gostariam de ler?
Como seriam os primeiros anos escolares?

e) E se não tivéssemos cordas vocais? Que tipo de comunicação desenvolveríamos? Como


seriam escritos os livros? O que aprenderíamos a ler?

f ) E se as notas das provas fossem dadas por sorteios?

g) E se o sol não se pusesse no horizonte? Não teria noite? Você iria dormir ou ficaria sempre
brincando?

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Vamos Criar e filosofar...

1. O grande cientista

a) Imagine que você é um cientista fantástico e capaz de inventar as coisas mais incríveis.

Você acaba de inventar uma máquina maravilhosa. Desenhe sua invenção e conte para que
ela serve.

50 Novo E s p a ço Fi los óf i co Cr i ati vo • 5 º a n o


b) Outra de suas invenções foi a pílula da invisibilidade. Essa pílula permitiu que você ficasse
invisível durante um dia. Produza um texto respondendo às seguintes perguntas:

Em que dia da semana você experimentou os efeitos da pílula?


Qual foi a primeira coisa que fez quando ficou invisível?
Você divulgou a sua invenção ou preferiu guardá-la só para você?
Ter ficado invisível durante um dia mudou algo em sua vida?

c) Mesmo sendo um cientista fantástico, às vezes as coisas não acontecem como você pla-
neja. Imagine o “invento que não deu certo” e faça um relato contando qual era o seu
objetivo, isto é, em que projeto você estava trabalhando, que resultados obteve e quais as
consequências do seu “erro”.

Te ce r as i d e i a s com os outros : f i los of a n d o 51


2. Imagine que você encontrou num terreno abandonado, um objeto deixado por um disco vo-
ador. Observando que ele não oferece perigo, você pega esse objeto e o examina atentamente.
Qual é a sua forma? Como é a sua textura? Que cores ele tem? Como você se sente sabendo que
tem nas mãos algo que veio de outro planeta? Será que esse objeto tem alguma utilidade aqui na
Terra? Para que ele serve? Explore-o pelo tempo que achar necessário para fazer essas descobertas.
Você ficaria com esse objeto? Caso decida ficar com ele, o que você deixaria para os extrater-
restres no lugar do objeto que esqueceram?
Relate a sua experiência utilizando as perguntas como roteiro.

3. Você encontrou um gênio parecido com aquele que saiu da


lâmpada do Aladim. Porém, esse era um pouco voluntarioso, não
fazia nada que se pedisse. Você terá que seguir com precisão as
instruções que ele lhe dará, do contrário, nada feito!

Primeira instrução
Seu primeiro pedido será atendido neste exato momento, diz
o gênio, peça algo que possa ser usado por você e que caiba na
palma da sua mão.
Qual será o seu primeiro pedido para o gênio?

Segunda instrução
O gênio o instrui para pensar bem antes de fazer o segundo pedido, “o que me pedir agora
ficará guardado dentro de uma garrafa de vidro e você só poderá usá-lo quebrando a garrafa
daqui a 10 anos”.

52 Novo E s p a ço Fi los óf i co Cr i ati vo • 5 º a n o


Terceira instrução
Neste momento eu lhe darei a oportunidade de desfazer algo que você tenha feito. Pode ser
uma atitude, uma escolha, mas atenção, antes de fazer seu pedido, pense bem, tudo o que
fazemos tem consequências e elas podem ser boas ou más.

4. Como você imagina que estará daqui a 20 anos? Em relação a:


Família:

Profissão:

Lazer:

5. Imagine quais serão os jogos das crianças do futuro daqui a 20 anos. Descreva-os.

Te ce r as i d e i a s com os outros : f i los of a n d o 53


6. Observe a ilustração de Goya e escreva o que significa para você o desenho e o conteúdo
deste capítulo:

GOYA. El sueño de la razón. 1798.

Para ler e saber

Os filósofos racionalistas opõem a razão à imaginação. Na Filo-


sofia, a palavra “razão” comporta vários significados:
• a razão como característica da condição humana, quando se
define o homem, por exemplo, como animal racional, ou se
diz que alguém está no uso da razão ou a perdeu;
• princípio ou fundamento, a razão pela qual as coisas são
como são ou ocorrem os fatos desta ou daquela maneira;
• a razão não é uma instância transcendente dada de uma vez
por todas, mas um processo que se desdobra ou realiza ao
longo do tempo. Dir-se-ia que, assim como o homem é a his-
tória do homem, a razão é a história da razão;
• a razão, entendida como diálogo, não tem um conteúdo
eventual, mas permanente, o conhecimento de si mesma e
das essências das coisas, do universal; e
• há os que acreditam que a razão se subordina totalmente à
fé, pois o critério supremo da verdade é o dogma, a revela-
ção divina. A razão é tida, por alguns, como instrumento não
de demonstração, mas de afirmação da fé.

54 Novo E s p a ço Fi los óf i co Cr i ati vo • 5 º a n o


DATA

IMAGINAÇÃO + CRIATIVIDADE +
11 PLANO DE AÇÃO = ?
Para aquecer a investigação filosófica
Podemos dizer que chegamos a uma imaginação coletiva que se-
ria um conjunto de símbolos e conceitos de memória, imaginação e
criatividade, em uma variedade de indivíduos que pertencem a uma
comunidade específica, tendo a sensibilização de todas essas pessoas
para compartilhar esses símbolos no sentido de uma comunidade.
Muitas vezes, a imaginação coletiva de uma realidade ultrapassa as
circunstâncias que têm ocorrido no mundo real e adquire a força e a be-
leza do mito e se torna ícone de toda uma era na história de um povo, por
exemplo, “a cruz”, “a pomba branca com um ramo de oliveira no bico”...
Como se processa a fixação de um imaginário coletivo? Um pa-
pel cada vez mais importante na formação e no reprocessamento do
imaginário coletivo é o papel desempenhado pelos modernos meios
de comunicação social. Esses meios tornam acessíveis as informações
completas e as imagens. Diante disso, aumenta o tamanho das comu-
nidades, que podem compartilhar um patrimônio comum, simbólico
e cada vez mais amplo.

“A criatividade requer que primeiro concentremos nosso foco em algo, um problema


ou uma oportunidade. Ao nos concentrarmos, preparamos nossa mente para romper
com a realidade existente e se abrir para a percepção de possibilidades e conexões que
normalmente não enxergamos.”

“O mundo da imaginação está cheio de infinitas possibilidades, de


recursos ilimitados. O mundo da ação é diferente. Nele os recursos
são finitos e mais limitada ainda é a matéria-prima indispensável:
o tempo.”

Fonte: CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO. Disponível em:


http://criatividadeaplicada.com/2007/02/10/o-processo-criativo/

Te ce r as i d e i a s com os outros : f i los of a n d o 55


Será que os grandes inventores tinham mais ideias do que as outras
pessoas? O que teria motivado o homem a inventar a roda, a lâmpada
elétrica, o telefone, a máquina fotográfica, a máquina de lavar roupa?

Talvez devêssemos reformular a pergunta da seguinte maneira:


quais problemas teriam motivado o homem a inventar a roda? Quais
problemas teriam motivado o inventor da lâmpada elétrica, do telefo-
ne, da máquina fotográfica, da máquina de lavar roupa?

Vamos Criar e filosofar...

1. Pesquise sobre uma invenção que o desperta curiosidade. Procure saber o contexto histó-
rico dessa invenção, ou seja, o que acontecia na época e no lugar em que foi inventada, qual
a motivação do inventor, se trabalhava sozinho ou se fazia parte de uma equipe de trabalho.
Pense na melhor forma de apresentar o resultado de sua pesquisa para os seus colegas. Não
deixe de fazer um registro desse resultado em um dos espaços do seu livro.

“Mudar o mundo é mudar o olhar.”


Roberto Crema

56 Novo E s p a ço Fi los óf i co Cr i ati vo • 5 º a n o


2. Junto com um colega, escolham uma das invenções apresentadas pela sua turma e analisem
os aspectos positivos e negativos. Usem o espaço a seguir para fazer o registro das ideias.

Invenção escolhida:

Aspectos positivos Aspectos negativos

3. Coisas, ideias e objetos adquirem significados diferentes conforme o contexto em que


estejam colocados. Veja o caso de uma fábrica que passou a embalar a sua produção em gar-
rafas PET, tendo um imenso estoque de garrafas de vidro. O gerente de marketing foi convo-
cado a “descobrir” o que fazer com essas garrafas, em conjunto ou separadamente. Você tem
alguma ideia? Pense um pouco e liste-as abaixo.

Veja algumas possibilidades:

Decorá-las com areia colorida e distribuí-las como propaganda da fábrica.

Colocar areia dentro e usá-las como peso de papel.

Colocar diferentes quantidades de água dentro delas e amarrá-las com um fio de nylon
num cabo de vassoura, transformando-as num xilofone de garrafas.

Colocar líquido colorido em algumas garrafas e usá-las como objetos de decoração.

Cortar e polir as garrafas, transformando-as em copos.

Utilizá-las como vaso, colocando terra em seu interior e plantando sementes.

Colocar água em uma garrafa e enterrá-la num vaso para que vá molhando a terra lentamente.

Te ce r as i d e i a s com os outros : f i los of a n d o 57


4. Pensar em diferentes usos para:

a) Uma grande quantidade de clips.

b) Uma ou várias canetas do tipo Bic.

c) Uma caixa de fósforo.

d) Um tijolo.

e) Um carro velho e sem motor.

58 Novo E s p a ço Fi los óf i co Cr i ati vo • 5 º a n o


5. Imagine, crie e represente por meio de desenhos o que as palavras podem sugerir:

PAZ ALEGRIA

SILÊNCIO SAUDADE

AMIZADE ÓDIO

Te ce r as i d e i a s com os outros : f i los of a n d o 59


Vamos Filosofar e criar...

a) A “palavra” foi uma invenção do ser humano?

b) De onde surgem as ideias?

c) Procure argumentos para confirmar ou negar a afirmação: “As ideias é que movem o mundo”.

d) Todos temos capacidades e habilidades que nos permitem inovar e inventar. Precisamos
estar atentos às nossas ideias e às soluções que delas podem vir para muitos problemas que
habitam nossas mentes e vidas. Porém, não basta estarmos atentos às ideias. É preciso acredi-
tar nelas, investir e elaborar um plano de ação. O que o mobilizaria a inventar alguma coisa?

60 Novo E s p a ço Fi los óf i co Cr i ati vo • 5 º a n o


Não é necessário pensar em máquinas voadoras ou robôs que fa-
zem tudo sozinhos. Pense na sua vida, nas coisas que faz diariamente.
Você encontrará algo que poderia estar melhor ou poderia ser feito de
uma maneira mais prática, mais eficaz. Outra ideia é você olhar para
os que estão à sua volta, ou ir mais além e olhar para o mundo.
A questão não é achar algo maravilhoso para inventar, mas sim
focar algum problema para solucionar, tendo em mente que a solução
dos problemas está em você, e não na tecnologia. Quando se tem a
mente alerta e se procura olhar o todo e suas partes, as ideias acabam
chegando sozinhas.

Imaginação + Criatividade + Plano de Ação = FEIRA DE INVENTOS.

Lançamos um desafio para você e toda a turma do 5º ano. Vamos


juntos sonhar algo novo? Projetar alguma coisa que possa ser constru-
ída e confeccionada por vocês. Algo que possa ser útil para alguém.
Iremos fazer uma Feira de Inventos primeiro aqui na sala e depois,
quem sabe, em todo o colégio. O(A) professor(a) irá dar as coordena-
das desta atividade.

“O futuro da humanidade depende do espírito de iniciativa,


da fantasia criadora e do senso de responsabilidade.”
Jean Piaget

“A inteligência é a capacidade de adaptação a situações novas.


É antes de tudo compreender e inventar.”
Jean Piaget

“A necessidade é a mãe da invenção.


A curiosidade é o pai.”
Eugene Raudsepp

Te ce r as i d e i a s com os outros : f i los of a n d o 61


DATA

O PENSAR – RELAÇÕES –
12 ANALOGIAS
Para aquecer a investigação filosófica
Faz parte do entendimento que pensar é fazer relações. A par-
tir dessa afirmação, vem a questão da analogia, que é uma relação de
equivalência entre duas outras relações.
As analogias têm uma forma de expressão própria que segue o
modelo:
- A está para B, assim como C está para D.
Por exemplo, diz-se que “Os patins estão para o patinador, assim
como os esquis estão para o esquiador”, ou seja, a relação que os patins
estabelecem com o patinador é idêntica à relação que os esquis estabe-
lecem com o esquiador.
Podemos pensar e fazer a relação da analogia dos esquis/patins como
verdadeira. No entanto, é muito difícil estabelecer de forma rigorosa por
que ela é verdadeira. As analogias são frágeis, e uma análise mais detalha-
da poderá revelar algumas imperfeições na comparação. Afinal, esquiar e
patinar são atividades parecidas, mas não são exatamente iguais.
Portanto, analogia é uma relação e só será boa quando os fatos
comparados forem muito parecidos. Assim, quando comparamos ca-
belo e cabeça com dedos e unhas, podemos usar a forma os cabelos
estão para a cabeça, assim como as unhas estão para os dedos.

Vamos Criar e filosofar...

Pense e escreva três outras palavras que, para você, têm alguma
relação com as palavras:

62 Novo E s p a ço Fi los óf i co Cr i ati vo • 5 º a n o


filosofia
índio
amor
paz
cidade
floresta
amigo
esporte
animal

Que outras palavras (cite três) lhe transmitem sensação de:

Sabor: ____________________________, _____________________________, _______________________

Beleza: ____________________________, _____________________________, _______________________

Quantidade: __________________________, ___________________________, ______________________

Qualidade: __________________________, ___________________________, _______________________

Distância: ___________________________, ____________________________, ______________________

Velocidade: __________________________, ___________________________, ______________________

Vamos Filosofar e criar...

Observe a relação existente e complete a frase fazendo analogia de acordo


com o exemplo: caderno está para escrever, assim como livro está para ler.

a) Livros estão para histórias, assim como jornais estão para


b) Botão está para camisa, assim como cadarço está para
c) Cachorro está para mamífero, assim como coruja está para
d) Sol está para luz solar, assim como lâmpada está para
e) Açúcar está para doce, assim como limão está para
f ) Triângulos estão para pirâmides, assim como quadrados estão para

Te ce r as i d e i a s com os outros : f i los of a n d o 63


g) Carta está para correio, assim como e-mail está para
h) Buscar está para achar, assim como inventar está para
i) Anel está para dedo, assim como
j) Cachorro está para latir, assim como
k) está para , assim como

No livro “Uma Ideia puxa outra”, você poderá fazer uma bela viagem com o vô José e seu neto,
passeando pelas analogias e, quem sabe, criando outras...
Lemos no livro:

— A lagoa é como... um asfalto molhado.


— É simples! A água da lagoa está para o fundo dela, assim como a
água da chuva está para o asfalto.
— [...] fiquei observando os pingos da chuva no vidro. Eles são como
as nossas ideias, que vão se juntando umas as outras, formando no-
vas ideias, algumas das quais escorrem e se juntam as outras, ga-
nham força, enquanto outras não.

Agora você irá pensar, fazer uma relação e estabelecer uma analogia a partir do texto retira-
do do livro “Uma Ideia puxa outra”. Logo a seguir faça um desenho de sua ideia.

64 Novo E s p a ço Fi los óf i co Cr i ati vo • 5 º a n o


DATA

13 PENSANDO HIPOTETICAMENTE
Para aquecer a investigação filosófica
O raciocínio hipotético tem estreita ligação com o raciocínio cria-
Este assunto
tivo e lógico, sendo muito importante para quem quer pensar por si
será mais
aprofundado mesmo. Raciocinamos hipoteticamente quando chegamos a uma con-
no 7º ano. clusão baseados em uma hipótese.
Um silogismo (do grego συλλογισμός, “conexão de ideias”, “ra-
ciocínio”) é um termo filosófico com o qual o filósofo Aristóteles de-
signou a argumentação lógica perfeita, constituída de três proposições
declarativas que se conectam de tal modo que a partir das primeiras
duas, chamadas premissas, é possível deduzir uma conclusão.
Num silogismo, as premissas são um ou dois juízos que precedem
a conclusão e dos quais ela decorre como consequente necessário dos
antecedentes, dos quais se chega à consequência.
- Um exemplo clássico de silogismo é o seguinte:

Todo homem é mortal.


Sócrates é um homem.
Logo, Sócrates é mortal.

Vamos Filosofar e criar...

Escreva as conclusões (raciocínios hipotéticos) que podem ser extraí-


das das seguintes frases:

a) Sempre que durmo tarde, fico com sono nas primeiras aulas. Ontem assisti à televisão até tarde.

Te ce r as i d e i a s com os outros : f i los of a n d o 65


b) Nas campanhas realizadas pela escola, arrecadamos muitos brinquedos para doação. Esta
semana teve início a campanha do brinquedo.

c) Giovana fez a tarefa completa. Na hora da correção verificou que tinha acertado todas as
questões.

d) No início do ano, a professora de Filosofia disse para os alunos: “Estou entregando uma chave
de ouro para que cada um de vocês abra um tesouro. Não posso abrir o tesouro para vocês”.

e) Carlos quebrou o vaso da sala quando passava com a mochila, preferiu não contar para sua
mãe, pois achou que ela ficaria brava.

f ) Numa aposta que fez na hora do recreio, Pedro perdeu todas as suas figurinhas.

g) Na hora de ir para a biblioteca da escola, Marta observou que esqueceu o livro em casa.

66 Novo E s p a ço Fi los óf i co Cr i ati vo • 5 º a n o


Podemos criar silogismos categóricos (constituídos de três frases declarativas que se ligam
de tal modo que a partir das duas primeiras, chamadas premissas, é possível concluir). A par-
tir de duas palavras organize silogismos categóricos:
Exemplo: baleia e mamífero
- Todas as baleias são mamíferos.
- Alguns animais são baleias.
- Logo, alguns animais são mamíferos.

- cachorro e quadrúpede
-
-
-

- dia e horas
-
-
-

- bom aluno e mau aluno


-
-
-

Sobre silogismos, no 7º ano você irá estudar mais, quando


aprenderá sobre a lógica no livro “Pensando logicamente”.

Te ce r as i d e i a s com os outros : f i los of a n d o 67


Vamos Criar e filosofar...
Você deverá pesquisar em revistas e jornais notícias que apresentem raciocínios hipotéticos
e situações que mostrem silogismos.

Hipótese Gaia

A Hipótese Gaia, formulada pelo cientista James Love-


lock, em 1969, ainda hoje é considerada uma hipótese
que sustenta ser o planeta Terra um ser vivo...
Essa hipótese propõe que a Terra é um grande orga-
nismo vivo, capaz de captar energia e se autorregular,
garantindo um meio ambiente adequado à manuten-
ção da vida e a reprodução das espécies.
O nome Gaia é uma homenagem à deusa grega Gaia,
da Terra. Vista com descrédito pela comunidade científica
internacional, a Hipótese de Gaia encontra simpatizantes
entre grupos ecológicos, místicos e alguns pesquisadores. Com
Foto Harrison Schmitt ou Ron Evans.
o fenômeno do aquecimento global e a crise climática no mundo, a
NASA. Apollo 17.
hipótese tem ganhado credibilidade entre cientistas.

Agora, por meio de um raciocínio hipotético, formule um silogismo com a ideia da Hipó-
tese de Gaia:

68 Novo E s p a ço Fi los óf i co Cr i ati vo • 5 º a n o


DATA

14 DESVENDANDO MISTÉRIO / OS MITOS


Para aquecer a investigação filosófica
O mundo da natureza é harmonioso e cheio de mistérios. Enten-
der esses mistérios sempre foi uma busca do ser humano. Antigamen-
te, os recursos que os homens dispunham para entender a natureza
eram seus olhos, sua imaginação e sua intuição. Assim nasceram os
mitos, procurando explicar a criação do mundo, dos seres humanos,
os fenômenos da natureza e a vida dos deuses.
Vimos anteriormente que cada povo tem seus costumes, com ca-
racterísticas próprias. Com os mitos acontece a mesma coisa, eles es-
tão presentes em todas as culturas, mas têm as características de cada
povo. No passado, transmitiam crenças e ensinamentos, alertavam as
pessoas dos perigos e destacavam o que consideravam qualidades e
defeitos do ser humano.
O relâmpago, por exemplo, sempre foi visto como um dos fenô-
menos mais intrigantes e poderosos da natureza. O medo causado pela
Busto de Zeus no British Museum. sua intensa luminosidade e pelo estrondo que o acompanha fez com
que nossos ancestrais, por não conseguirem explicá-los, associassem-
no a manifestações divinas.
Na mitologia nórdica, Thor é o deus dos relâm-
pagos. Percorria os céus em sua carruagem puxada
por bodes fantásticos, desencadeando tempestades
por onde passava. Com seu martelo golpeava os cor-
pos celestes, o que resultava num grande barulho.
Os gregos acreditavam que Zeus, o soberano do
Olimpo, lançava seus raios para castigar os mortais,
quando necessário.
Muitos outros mitos explicaram a origem desse
fenômeno. Com os avanços científicos, já sabemos
a causa dos relâmpagos, mesmo assim, a figura do
mito ainda sobrevive.
Thor é o deus dos relâmpagos.

Te ce r as i d e i a s com os outros : f i los of a n d o 69


Vamos Criar e filosofar...

Você certamente já viu a imagem universal do de-


tetive, aquele que segue e procura vestígios para
entender o que aconteceu; que busca pistas, que
tem um raciocínio lógico para deduzir e encontrar
respostas. Enfim, um investigador.

Vendo a imagem ao lado, procure pensar em algo


que pudesse acontecer e sinta-se um detetive ou
investigador para dar a solução e desvendar o
mistério:

O mistério:

Estátua de Sherlock Holmes. Suíça.

Procure descobrir as respostas aos enigmas apresentados:

a) Um homem olhou para o retrato de um garoto e disse: “Irmãos e irmãs, eu não tenho, mas
o pai daquele garoto é filho do meu pai”. Quem é o garoto do retrato?

b) São três irmãos: um já morreu; o segundo vive entre nós; o terceiro mandou avisar que
logo vem. Quem são eles?

70 Novo E s p a ço Fi los óf i co Cr i ati vo • 5 º a n o


c) Você está num quarto escuro e acha uma caixa de fósforos com apenas um fósforo. No
quarto há um lampião, gasolina e lenha. O que você acenderia primeiro?

d) Uma lesma deve subir um poste de 10 metros de altura. De dia sobe 2 metros e à noite
desce 1 metro. Em quantos dias atingirá o topo do poste?

e) Qual é o dobro da metade de dois?

f ) Um avião lotado de passageiros parte do Rio de Janeiro em direção a Santiago do Chile.


Por uma fatalidade, cai na fronteira entre o Brasil e o Chile. Onde serão enterrados os sobre-
viventes?

Vamos Filosofar e criar...

1. Será que só existe o que podemos ver?

2. Os mistérios podem ser entendidos mesmo que não tenhamos respostas para eles?

3. É possível encontrar uma explicação para tudo? Como?

Te ce r as i d e i a s com os outros : f i los of a n d o 71


4. Por que as coisas misteriosas e o desconhecido atraem tanto o ser humano?

5. Estar perdido numa grande cidade é um problema ou um mistério? Como você explica isso?

6. Querer saber quem eu sou, para onde vou e por que existo é um mistério ou um problema?
Justifique sua resposta.

7. O corpo humano é um mistério?

8. A cura de determinadas doenças é um mistério?

9. As doenças são um mistério?

“O mito é a véspera do conhecimento.”


Roberto Crema

72 Novo E s p a ço Fi los óf i co Cr i ati vo • 5 º a n o


Os mitos são, geralmente, histórias baseadas em tradições e lendas
feitas para explicar o universo, a criação do mundo, os fenômenos natu-
rais e qualquer outra coisa a que explicações simples não são atribuíveis.
Porém, nem todos os mitos têm esse propósito explicativo. Em comum, a
maioria dos mitos envolve uma força sobrenatural ou uma divindade, mas
alguns são apenas lendas passadas oralmente de geração em geração.

Mitos atuais
Muitos fatos e personagens de jogos são
inspirados em mitologias. A ficção, porém, não
atinge o nível de mitologia enquanto as pessoas
não acreditam que aquilo realmente aconteceu.
A mitologia sobrevive no mundo moderno por
meio de lendas urbanas, mitologia científica e
muitas outras maneiras, por exemplo:
- jogos de RPG como o Final Fantasy rece-
bem muitas criaturas provenientes de mitologias;
BLAKE, William. O monstro
tricéfalo Cérbero. Aquarela. - séries de televisão e de livros como Jornada nas estrelas e Har-
Austrália: National Gallery of
Victoria. ry Potter têm aspectos mitológicos marcantes que algumas vezes de-
senvolvem-se em sistemas filosóficos profundos e intrincados. Essas
séries não são mitologia, mas contêm temas míticos que, para alguns,
atendem às mesmas necessidades psicológicas. Um ótimo exemplo são
os livros de J. R. R. Tolkien, O Senhor dos Anéis, e outros, bem como a
série de filmes Star Wars (Guerra nas Estrelas), de George Lucas; e
- os desenhos animados que vêm do Japão (chamados de anime)
e a série de mangás, Cavaleiros do Zodíaco, são os que mais se baseiam
nas histórias das mitologias antigas, como a mitologia grega, nórdica,
egípcia e outras. A história não é uma mitologia; ela conta a história
das mitologias tradicionais, em que guerreiros representam constela-
ções e têm como objetivo enfrentar os deuses que se opuserem a Atena
(deusa grega da sabedoria). Vários personagens e monstros mitológi-
cos, como o Orfeu e o Cérbero, estão presentes no nosso cotidiano.

Para pesquisar
Lendas e mitos do Folclore regional brasileiro: <http://sitededicas.uol.com.br/cfolc.htm>.

Te ce r as i d e i a s com os outros : f i los of a n d o 73


DATA

15 SER CRÍTICO
Para aquecer a investigação filosófica
O termo crítica provém do grego e significa separar, julgar. É um
ato do espírito que preserva o que merece ser afirmado e põe em dú-
vida a pretensão daquilo que vai além de seu domínio de aplicação e,
portanto, não merece ser afirmado. A crítica é um julgamento feito por
quem tem capacidade. Portanto:
■■ uma crítica estética se contempla numa obra de arte;
■■ uma crítica lógica se contempla num raciocínio;
■■ uma crítica intelectual se contempla num conceito, numa teoria
ou num experimento; e
■■ uma crítica moral se contempla numa conduta.
O julgamento de mérito é fruto de uma atividade da razão, esse
poder de distinguir o verdadeiro do falso. Pertencendo à ordem de um
ato de espírito que duvida antes de afirmar, a crítica pertence, então, à
ordem da liberdade de espírito.
Tem gente que reclama de tudo, parece só ver o lado ruim das coi-
sas. Isso não é ser crítico. O que é bom para uma pessoa pode não ser
bom para outra, e mesmo as coisas boas podem ter seu lado ruim.
Com os trabalhos para aprendermos a filosofar, queremos de-
senvolver cada vez mais a capacidade crítica. No 5º ano aprendemos
muitas coisas para estimular nossa capacidade de julgamento, de argu-
mentação e de tomada de decisão.

Vamos Criar e filosofar...


Agora é hora de mostrar para si mesmo, como que olhando no
espelho interno, e fazer uma reflexão:
Como eu me comportei no aprimoramento das minhas ideias?

74 Novo E s p a ço Fi los óf i co Cr i ati vo • 5 º a n o


Estar em uma CAI contribuiu para eu ter minhas ideias, saber argumentar sobre elas e defen-
der ou reorganizá-las? Ou minha preferência é pensar e fazer individualmente?

Imagine você olhando num espelho seu interior. A partir das aulas de Filosofia neste ano, o
que você poderia visualizar? Desenhe algo a esse respeito.

Guy Rose. Scan of painting;


original is oil on canvas, 39.5x32 in.

Vamos Filosofar e criar...

Leia a situação a seguir procurando analisar os argumentos dos


personagens. Continue o diálogo entre a professora e o aluno e diga se
há razões para fazer crítica, tanto por parte do aluno, como por parte
da professora, sobre a situação em que se encontram.

Te ce r as i d e i a s com os outros : f i los of a n d o 75


A professora Sônia chamou a atenção do aluno Vinícius porque ele, durante a explicação da
matéria na aula de Filosofia, ficou mexendo no material escolar que estava em sua mesa.
Vinícius argumentou que estava mexendo no material, mas que estava prestando atenção na
explicação e sabia os conteúdos. Mesmo assim o diálogo rígido aconteceu:
— Vinícius, para de brincar com o seu material. Você não presta atenção na explicação e eu
fico fazendo papel de boba aqui na frente?
— Eu não estou brincando e nem distraído, professora, estou só arrumando minhas coisas.
— Desde o início da aula você não parou de mexer em suas coisas. Estamos no meio da aula, minha
paciência esgotou-se. Ainda mais que esse material não tem nada a ver com a aula de Filosofia.
— Eu ouvi e entendi toda a explicação, professora.
— Ora, você não está participando, Vinícius.

Vinícius usou bons argumentos? Comente criticamente.

Você concorda quando a professora afirma que ele não está participando da aula? Dê bons
argumentos para sua resposta.

Situação como essa já aconteceu com você ou com alguém de sua sala de aula? Dá para dizer
quem tem razão nessa situação?

Que relação você pode fazer a partir do desenho ao lado com a ideia
de SER crítico?

76 Novo E s p a ço Fi los óf i co Cr i ati vo • 5 º a n o


DATA

PARA PENSARMOS SEMPRE

Nossa escola trabalha com um programa filosófico-pedagógico “Educar para o Pensar: Filosofia
com Crianças, Adolescentes e Jovens”. Você gosta desse trabalho? Acha que está ajudando você
a ser mais feliz e a pensar melhor? Justifique sua resposta.

Pesquisamos, discutimos, questionamos e fizemos muitas coisas sobre diversos temas nas aulas de
Filosofia. Esses momentos foram agradáveis ou desagradáveis para você? Justifique sua resposta.

As aulas de Filosofia têm ajudado você nas outras disciplinas? Explique.

A Filosofia ajuda a viver melhor? Comente sua resposta.

Você tem conseguido aplicar esses conhecimentos na sua vida (no seu dia a dia, no relaciona-
mento com os colegas, professores e familiares)? Justifique sua resposta.

Te ce r as i d e i a s com os outros : f i los of a n d o 77


DATA

ESPAÇO FILOSÓFICO
ATIVIDADE EM FAMÍLIA

Para enriquecermos nossas próximas aulas, converse com os seus familiares sobre
, assunto trabalhado nesta semana,
e peça para um deles escrever as ideias construídas.

Nome dos que colaboraram com esta atividade:

78 Novo E s p a ço Fi los óf i co Cr i ati vo • 5 º a n o


ESPAÇO CRIATIVO
PESQUISA

Você deverá fazer uma pesquisa sobre


Reúna informações e depois registre no espaço abaixo o que você encontrou de mais inte-
ressante sobre o assunto pesquisado.

Local em que pesquisei:

ESPAÇO CRIATIVO
PESQUISA

Você deverá fazer uma pesquisa sobre


Reúna informações e depois registre no espaço abaixo o que você encontrou de mais inte-
ressante sobre o assunto pesquisado.

Local em que pesquisei:

Te ce r as i d e i a s com os outros : f i los of a n d o 79


DATA

ESPAÇO FILOSÓFICO
INVESTIGAÇÃO

Procure em jornais ou revistas palavras e/ou figuras que melhor representem a ideia
,
assunto trabalhado na aula de Filosofia.

80 Novo E s p a ço Fi los óf i co Cr i ati vo • 5 º a n o


DATA

ESPAÇO CRIATIVO
DESENHO

Conforme a discussão feita na aula sobre o assunto


,

desenhe no espaço abaixo o seu entendimento e/ou complementação da discussão e apren-


dizagem.

Te ce r as i d e i a s com os outros : f i los of a n d o 81


ESPAÇO FILOSÓFICO
REFLEXÃO

Quando refletimos, nossos pensamentos vão se organizando. Depois de refletir, escreva o


que você pensa agora sobre:

ESPAÇO FILOSÓFICO
REFLEXÃO

Quando refletimos, nossos pensamentos vão se organizando. Depois de refletir, escreva o


que você pensa agora sobre:

82 Novo E s p a ço Fi los óf i co Cr i ati vo • 5 º a n o


ESPAÇO FILOSÓFICO CRIATIVO
perguntas, dúvidas, anotações

ESPAÇO FILOSÓFICO CRIATIVO


perguntas, dúvidas, anotações

Te ce r as i d e i a s com os outros : f i los of a n d o 83


DATA

MOMENTO DE AVALIAÇÃO 1

1. Depois de ler a introdução ao nosso livro, diga como você se vê sendo também autor do
NEFC 5º ano. Você concorda com a frase do final da introdução? Justifique.

2. Você respondeu à pergunta: eu sou o meu nome ou o meu nome representa quem eu sou?
Agora você deverá pensar na resposta que deu e certificar-se de suas ideias sobre essa questão.

3. Diga qual foi o mais significativo conhecimento de você mesmo, quando trabalhou e dis-
cutiu o Capítulo 2 (Um pouco mais sobre você).

84 Novo E s p a ço Fi los óf i co Cr i ati vo • 5 º a n o


4. Leia o texto “Filosofia do Sucesso”, que está no final do Capítulo 2, e faça um comentário
crítico sobre as ideias colocadas pelo autor desconhecido.

5. Como você se vê diante dos outros? Você concorda com a frase do filósofo Ortega y Gasset
“Eu sou eu e minhas circunstâncias”?

6. Pense nas aulas de Filosofia deste início de ano e escreva o assunto que você mais gostou
de discutir. Justifique sua escolha.

Te ce r as i d e i a s com os outros : f i los of a n d o 85


DATA

MOMENTO DE AVALIAÇÃO 2

1. O que é o diálogo para você? No mundo em que vivemos existe o diálogo? Em nossa turma
acontecem diálogos entre alunos e alunos, alunos e professores?

2. No final do Capítulo 4 temos uma ilustração (pergunta 15), diga quais ideias surgem para
você a partir dessa ilustração.

3. O que é a diversidade de ideias em nossa sala de aula?

86 Novo E s p a ço Fi los óf i co Cr i ati vo • 5 º a n o


4. Na escola convivemos com várias pessoas diferentes de nós. Essa convivência é diferente da
que temos em casa. Pensando nos objetivos e nas razões de você estar na escola, responda: sua
sala de aula pode ser considerada uma Comunidade de Aprendizagem Investigativa? Explique.

5. Quais costumes nos fazem pertencer a um grupo? O que são costumes?

6. Você já deve ter observado ao ir à casa de um amigo que os costumes não são exatamente
iguais aos da sua casa. Como você se sente tendo que fazer coisas que são diferentes dos
costumes da sua família?

Te ce r as i d e i a s com os outros : f i los of a n d o 87


DATA

MOMENTO DE AVALIAÇÃO 3

1. O que você entende por cultura?

2. Temos, durante o ano, várias datas que fazem parte da cultura de nosso país e que marcam
nossa civilização ocidental. Vamos escrever quais são essas comemorações que caracterizam
nossa civilização e comentar sobre elas.

3. Na sua opinião, em que as pessoas podem ser diferentes no aspecto físico e intelectual?

88 Novo E s p a ço Fi los óf i co Cr i ati vo • 5 º a n o


4. “É que Narciso acha feio o que não é espelho”. Esse verso é do cantor Caetano Veloso. O que
podemos entender das palavras do poeta?

5. Reescreva o “Leito de Procusto” na mitologia grega pensando nos dias de hoje.

6. Será que hoje as pessoas não sentem mais prazer em agradecer algo que lhes oferecem ou
que fazem por elas? Será que não reconhecem que sentem prazer por receber algo? Será que
muitas pessoas hoje consideram que tudo lhe é devido?

Te ce r as i d e i a s com os outros : f i los of a n d o 89


DATA

MOMENTO DE AVALIAÇÃO 4

1. Crie duas analogias conforme a explicação do Capítulo 12.

2. Crie um silogismo conforme o Capítulo 13 Pensando hipoteticamente.

3. O que são mitos? Dê exemplos de mitos nos dias de hoje.

90 Novo E s p a ço Fi los óf i co Cr i ati vo • 5 º a n o


4. Os mistérios podem ser entendidos mesmo que não tenhamos respostas para eles?

5. O que é Ser Crítico? Ao aprender a filosofar no 5º ano, desenvolvi mais meu pensamento crítico?

6. Como eu, coautor do livro Novo Espaço Filosófico Criativo 5º ano, me vejo neste final de ano?

Te ce r as i d e i a s com os outros : f i los of a n d o 91


VAMOS REGISTRAR NOSSA
CAMINHADA NESTE ANO

Represente os melhores momentos que você viveu com os seus colegas e o(a) seu/sua
professor(a) durante este ano. Escreva, desenhe, recorte e cole... Enfim, faça o que achar me-
lhor para registrar esses momentos de aprendizagem filosófica.

92 Novo E s p a ço Fi los óf i co Cr i ati vo • 5 º a n o


Peça ao(à) seu/sua professor(a) e aos seus colegas que deixem abaixo um autógrafo, com
letra legível. Você guardará como recordação dos que conviveram com você, trocando ideias,
investigando, pensando, brincando, cantando, colaborando com o seu crescimento filosófi-
co durante o 5º ano.

Te ce r as i d e i a s com os outros : f i los of a n d o 93


Lembrete
N o seu Novo Espaço Filosófico Criativo 5º ano – Tecer as ideias
com os outros: filosofando, além dos autógrafos dos seus cole-
gas da Comunidade de Aprendizagem Investigativa, estão registradas
várias de suas ideias, construídas durante este ano. Portanto, guarde
o seu livro num lugar especial, afinal, você é coautor. Assim, nos pró-
ximos anos, você poderá recordar esses momentos e verificar o seu
crescimento na arte de aprender a pensar bem para viver e conviver
melhor, para ser feliz.

“Boas vibrações para todos nós que juntos


aprendemos e vamos seguir nossos caminhos.

Sonhar um sonho sozinho é loucura, sonhar


com os outros é o começo da realização.
Vamos sonhar juntos e ser FELIZES!”

94 Novo E s p a ço Fi los óf i co Cr i ati vo • 5 º a n o


Referências

ASSMANN, Hugo. Reencantar a educação: rumo à sociedade aprendente. 7ª


ed., Petrópolis: Vozes, 1998.
BOFF, Leonardo. Saber cuidar: ética do humano: compaixão pela terra. Pe-
trópolis: Vozes, 1999.
_____________. Do iceberg à Arca de Noé: o nascimento de uma ética pla-
netária. Rio de Janeiro: Garamond, 2002.
BROTTO, Fábio Otuzi. Jogos cooperativos: se o importante é competir, o
fundamental é cooperar! 6ª ed. Santos: Projeto Cooperação, 1997.
CÓRIA-SABINI, Maria Aparecida; OLIVEIRA, Valdir K. de. Construindo
valores humanos na escola. Campinas: Papirus, 2002.
CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO. Disponível em http://criatividadeaplicada.
com/2007/02/10/o-processo-criativo/. Acesso em 21 julho de 2009.
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA. Disponível
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DELORS, Jacques. Educação: um tesouro a descobrir. 4ª ed., São Paulo: Cor-
tez, 2000.
MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 4ª ed.,
São Paulo: Cortez, 2001.
NASCENTES, Antenor. Dicionário de sinônimos. 3ª ed., Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1981.
SANTOS, M. Helena Varela; LIMA, Teresa Macedo. No reino dos porquês: o
homem do outro lado do espelho. 4ª ed., Coimbra: Porto, 1984.
SARTRE, Jean-Paul. O imaginário: psicologia fenomenológica da imagina-
ção. São Paulo: Ática, 1996;
WALFORD, David; MERBOTE, Ralf (Ed.) Anúncio do Programa de inverno
de 1765-1766. In Theoritical Philosophy, 1755-1770. Tradução de Desidé-
rio Murcho. Cambridge University Press, 1992. p. 2306-2307.
WEILL, Pierre. A arte de viver em paz: por uma nova consciência, por uma
nova educação. 5ª ed., São Paulo: Gente, 1993.
WONSOVICZ, Silvio. Crianças, adolescentes e jovens filosofam. Coleção
Conhecer para projetar o futuro, 2º volume, Florianópolis: Sophos, 2005.
_____________. Programa educar para o pensar: filosofia com crianças,
adolescentes e jovens. Coleção Conhecer para projetar o futuro, 3º volume,
Florianópolis: Sophos, 2005.
_____________. Cantar é filosofar: songbook filosófico. Coleção Filosofia
e Interdisciplinaridade, Florianópolis: Sophos, 2005.

Te ce r as i d e i a s com os outros : f i los of a n d o 95


“Ninguém trabalha mais duro para aprender
do que uma criança curiosa”

FRIEDMAN, Thomas.
O mundo é plano: uma história breve do século XXI.

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