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Florianópolis, 2014
ESPAÇO FILOSÓFICO...
PHILOS = Amizade, amor
SOPHIA – SOPHOS = Sabedoria, Sábio
Philos + Sophia = amor pelo saber, amizade à sabedoria, busca do saber.
Philos + Sophos = sábio que tem amor, amizade pelo saber; que busca a sabedoria
Itália
TURQUIA
Abdera
Estagira Anaxímenes de Mileto (585-528 a.e.c.)
Cidade: Mileto – Região da Ásia Menor
GRÉCIA Pré-socrático – morreu aos 57 anos
“A lua reflete a luz do sol”
ÁSIA
MENOR
Clazomene
Atenas
Anaximandro de Mileto (610-546 a.e.c.)
Samos Cidade: Mileto – Região da Ásia Menor
Pré-socrático – Morreu com 65 anos
Éfeso
“Criou o primeiro mapa da história”
Mileto
CDU: 1:37
2014
Depósito legal na Biblioteca Nacional conforme Decreto nº 1.825, de 20 de dezembro de 1907. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra
poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópias e gravação) ou arquivada
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EDITORA SOPHOS
Rua Cristóvão Nunes Pires, 161 – Centro
88010-120 Florianópolis/SC – Fone/Fax (48) 3222.8826
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Filiada à Câmara Catarinense do Livro
SUMÁRIO
Introdução......................................................................................................................................................... 7
Ensinar a pensar................................................................................................................................................ 9
1. Sobre nós........................................................................................................................................................ 10
2. Um pouco mais sobre você.............................................................................................................................. 15
3. Como quero me apresentar?............................................................................................................................ 19
4. Conhecendo o outro um pouco mais............................................................................................................... 21
5. Comunidade de Aprendizagem Investigativa - vivendo com a diversidade..................................................... 24
6. Costumes........................................................................................................................................................ 28
7. Características das civilizações......................................................................................................................... 34
8. Características físicas e intelectuais................................................................................................................. 38
9. Reconhecimento............................................................................................................................................. 42
10. Imaginação................................................................................................................................................... 48
11. Imaginação + criatividade + plano de ação = ?........................................................................................... 55
12. O pensar – relações – analogias.................................................................................................................... 62
13. Pensando hipoteticamente ........................................................................................................................... 65
14. Desvendando mistério / os mitos.................................................................................................................. 69
15. Ser crítico...................................................................................................................................................... 74
Para pensarmos sempre................................................................................................................................ 77
Espaço filosófico – atividade em família....................................................................................................... 78
Espaço criativo – pesquisa............................................................................................................................ 79
Espaço filosófico – investigação.................................................................................................................... 80
Espaço criativo – desenho............................................................................................................................. 81
Espaço filosófico – reflexão........................................................................................................................... 82
Espaço filosófico criativo – perguntas, dúvidas, anotações........................................................................... 83
Momento de avaliação 1............................................................................................................................... 84
Momento de avaliação 2............................................................................................................................... 86
Momento de avaliação 3............................................................................................................................... 88
Momento de avaliação 4............................................................................................................................... 90
Vamos registrar nossa caminhada neste ano................................................................................................. 92
Lembrete...................................................................................................................................................... 94
Referências................................................................................................................................................... 95
INTRODUÇÃO
Os Autores.
1 SOBRE NÓS
O Novo Espaço Filosófico Criativo 5º ano – Tecer ideias com os
outros: filosofando é um livro que lhe pertence. Ele será seu à medida
que você escrevê-lo, completá-lo com suas ideias e reflexões, sonhos
e desejos, investigações e descobertas... Portanto, você é o autor junto
com os autores!
Preencha os seus dados para que os outros, ao lerem nosso livro,
possam saber algo mais sobre os autores do Novo Espaço Filosófico
Criativo 5º ano.
Nome:
Desenhe aqui como você se vê. Afinal, você também é autor deste livro!
Cole aqui
sua foto
3x4
Agora você fará uma colagem de sua apresentação. Procure revistas e escolha figuras, pala-
vras e cores representativas que signifiquem algo especial para você (ou em você). Organize
esses recortes no espaço abaixo. Experimente-os em várias posições antes de colá-los. Você
poderá complementar sua colagem com desenhos, mas se lembre de que a proposta é fazer
uma colagem que diga algo sobre você ou como você se vê, o que pensa... (no sentido de
autoconhecimento pela meditação).
Pense no que você fez e diga primeiro para si e depois para os seus colegas:
Dia em que comecei a escrever o livro Novo Espaço Filosófico Criativo 5º ano - Tecer as idéias
com os outros: filosofando nas aulas de Filosofia no meu Colégio:
de de 20
b) Pense numa pessoa de quem você gosta muito. O que você faria para deixá-la mais feliz?
c) Que notícia você gostaria de ver publicada nos jornais e dita nos telejornais com mais frequência?
d) Quem você convidaria para uma viagem de férias com você? Cite pelo menos dois motivos
para a sua escolha.
e) Com quem você gostaria de ir a um show da sua banda ou grupo musical preferido? Por quê?
g) O que você considera ser o seu pior defeito? E a sua melhor qualidade?
h) Pense em tudo o que você já fez e escreva as realizações que você considera mais impor-
tantes em sua vida.
Sugestões:
a) Sugira dois temas que você gostaria de investigar nas aulas de Filosofia e coloque as jus-
tificativas.
b) Indique um filme que poderia ser visto e debatido pela sua turma. Justifique a sua indicação.
c) Sugira uma música que você ache interessante para analisar e cantar com a sua turma.
FILOSOFIA DO SUCESSO
A luta pela vida nem sempre é vantajosa aos fortes, nem aos espertos.
Mais cedo ou mais tarde,
quem cativa a vitória
é aquele que crê plenamente: EU CONSEGUIREI!
Autor desconhecido
Faça uma representação do seu nome. Pense a forma que mais lhe agrada e capriche. Você
pode usar lápis de cor, de cera, canetinha, cola colorida, papéis, tecidos...
O importante é fazer seu nome muito bonito, pois ele é seu, e a sua criatividade e seu capri-
cho representam você agora, neste momento.
Então vamos fazer bem bonito porque você É ESPECIAL!
A atividade será feita em dupla. Você irá passar seu livro para o colega, e vice-versa. No livro
do(a) seu(sua) amigo(a), vendo a colagem escreva o seu entendimento do que foi feito. Pro-
cure ler e escreva, a partir da colagem, como seu colega se apresentou ao mundo.
A seguir você irá, a partir da escrita feita pelo colega, escrever como você quer se apresentar
ao mundo, isto é, o real significado da sua colagem.
Vamos pesquisar
sobre o filósofo
José Ortega y
“Eu sou eu e minhas circunstâncias.”
Gasset e conhecer
um pouco mais José Ortega y Gasset
suas ideias. Você (Madrid 1883-1955, filósofo espanhol, também
poderá encontrar atuou como ativista político e como jornalista)
na biblioteca do seu
colégio, na Internet
e em outros locais
de pesquisa. Regis-
tre no final do seu Agora faça uma relação entre a frase do filósofo José Ortega y Gasset
livro seus novos com o conteúdo deste capítulo para podermos concluir este assunto:
conhecimentos.
como me apresento para os outros? Eu sou eu e minhas circunstâncias?
CONHECENDO O
4 OUTRO UM POUCO MAIS
Para aquecer a investigação filosófica
Uma das maneiras de nos conhecermos melhor é por
meio do diálogo. Sabendo o que os outros pensam sobre
determinados assuntos, temos a oportunidade de repensar
nossas ideias e rever nossos pontos de vista.
Podemos fazer deste momento uma boa oportunidade
para iniciarmos novos relacionamentos, ou mesmo fortale-
cermos os já existentes.
Diálogo é uma conversação entre duas ou mais pessoas. Para existir diálogo, tem de existir um lo-
cutor e um interlocutor ou, em outras palavras, alguém que fala e outro que escuta, e vice-versa.
É o entendimento por meio da palavra, da conversação, do colóquio, é comunicação. É discussão
ou troca de ideias, de conceitos e opiniões, objetivando a solução de problemas e a harmonia.
2. Das histórias que você ouviu quando pequeno(a), qual a que você mais lembra?
4. Qual foi a maior bronca que você levou até hoje? Por quê?
5. Você já ficou de castigo? Caso tenha ficado, diga se achou merecido o seu castigo e o que
aprendeu com ele.
7. Qual é a aula de que você mais gosta? Por que gosta dela?
8. Qual a pessoa que você mais admira na escola? Cite duas características dessa pessoa.
13. Pensando nas suas características, se você fosse um animal, que animal você seria?
14. O que você quer ser na vida? Por que pensa isso?
15. A partir dessa ilustração, responda se as perguntas acima ajudaram você e o(a) seu/sua
colega a se conhecerem melhor.
A sugestão é que agora as perguntas sejam feitas por todos para todos e que o conhecimen-
to seja maior, pois queremos que nossa turma forme uma Comunidade de Aprendizagem
Investigativa em todos os momentos em que estivermos na escola.
COMUNIDADE DE APRENDIZAGEM
5 INVESTIGATIVA - Vivendo com a diversidade
Para aquecer a
investigação filosófica
A palavra diversidade nos leva a
diversos entendimentos, um deles é a
variedade e a convivência de ideias, ou
as características e/ou elementos diferen-
tes entre si, em determinado assunto, situa-
ção ou ambiente.
A ideia de diversidade está ligada aos concei-
tos de pluralidade, multiplicidade, diferentes pontos
de vista ou entendimento, heterogeneidade e variedade. E,
muitas vezes, também, pode ser encontrada na comunhão de
contrários, na ligação entre diferentes ou na tolerância mútua.
Estar no 5º ano tendo a disciplina de Filosofia ajudou você e a todos da sua sala a formarem
a Comunidade de Aprendizagem Investigativa? Por quê?
A ilustração da página 23 mostra uma sala de aula onde os alunos em círculo fazem uma aula
de Filosofia. É a representação de uma Comunidade de Aprendizagem Investigativa (CAI). Agora
pense com os seus colegas, escreva e desenhe como essa CAI está acontecendo em sua sala.
1. Na escola convivemos com várias pessoas diferentes de nós. Essa convivência é diferente da
que temos em casa. Pensando nos objetivos, nas razões de você estar na escola, responda: sua
sala de aula pode ser considerada uma Comunidade de Aprendizagem Investigativa? Explique.
2. Pensando nas características desta aula, liste o que você considera necessário para que ela
transcorra bem e os seus objetivos sejam alcançados.
O desenho da minha sala de aula a partir das regras aceitas e cumpridas por todos:
6 COSTUMES
Para aquecer a investigação filosófica
Queremos que você, junto com os seus colegas, busque com a
Educação para o Pensar, pela Filosofia, refletir sobre a cultura, os cos-
tumes, a visão de mundo do povo brasileiro e de outros povos.
Esse é um assunto (Axiologia) com que no 8º ano você irá traba-
lhar nas aulas de Filosofia e entender que, quando falamos de costu-
mes, hábitos, bem e mal, estamos entrando numa discussão filosófica
referente ao Valor, à Moral e à Ética.
Será que você e seus colegas fazem as mesmas coisas no final de semana? Compare se os
costumes que existem na sua casa são semelhantes aos da casa de seu colega.
Depois de procurar no dicionário o significado da palavra “costumes”, troque ideia com o seu
colega e registre o que vocês compreenderam.
Costume:
Desde o início das aulas no 5º ano, você deve ter observado alguns costumes na sua escola.
Cite-os e procure saber se acontecem há muito tempo.
Agora vamos pensar sobre as questões abaixo tendo presente a definição de Axiologia. Após
a reflexão pessoal de cada questão, vamos discutir na Comunidade de Aprendizagem Inves-
tigativa levando em conta as regras estipuladas:
ÊÊ Os costumes podem ser questionados ou devem ser apenas seguidos? Procure dar exemplos.
ÊÊ Você considera que todos os costumes têm uma boa razão para existir ou alguns não pare-
cem ter razão de ser? Justifique sua resposta.
ÊÊ Os costumes determinam o que é correto fazer em uma sociedade? Por quê?
ÊÊ Todos os costumes são importantes? Comente.
ÊÊ Qual a origem dos costumes que temos?
ÊÊ Os costumes se modificam ou são sempre os mesmos? Justifique sua resposta.
ÊÊ Você já deve ter observado, ao ir à casa de um amigo, que os costumes não são exatamente
iguais aos da sua casa. Como você se sente tendo que fazer coisas que são diferentes dos
costumes da sua família?
ÊÊ Antigamente as crianças brincavam de matar passarinhos, isso em alguns lugares era uma brin-
cadeira, um costume. Hoje isso não é nem pensável, mudaram-se os costumes (brincadeiras)?
ÊÊ Jogar lixo na rua, em espaços públicos, era comum. Hoje mudou o costume? E sobre o lixo
reciclável em casas, escolas, espaços públicos, já faz parte do nosso costume?
OS CINCO MACACOS
Autor desconhecido
Autor:
Temos durante o ano várias datas que fazem parte da cultura de nosso país e que marcam
nossa civilização ocidental. Vamos escrever quais são essas comemorações que caracterizam
nossa civilização!
Tabelar a pesquisa
Fazer uma pesquisa de como essa data é comemorada em outros países, em outras culturas.
Outras datas para pesquisar que são comemoradas em outros países e civilizações, e não são
comemoradas em nossa cultura.
Cantar e filosofar
PENSAR É BOM
Letra e música: Alunos do Colégio São Luís de Brusque/SC, em 1996, no Festival Viva
Música Viva.
Infelizmente nesse mundo de gente grande, pouco espaço tem para nós,
que somos jovens e queremos sempre aprender,
Um novo milênio espera por nós, então vem, vem cantar,
aprender a filosofar, então vem, vem cantar, aprender a filosofar.
Infelizmente nesse mundo de gente grande, pouco espaço tem para nós,
que somos jovens e queremos sempre aprender,
Novo milênio espera por nós, então vem, vem cantar,
aprender a filosofar, então vem, vem cantar, aprender a filosofar.
CARACTERÍSTICAS
8 FÍSICAS E INTELECTUAIS
Para aquecer a investigação filosófica
Nossas características físicas e intelectuais estão
em constante mudança. As atividades físicas que faze-
mos, a nossa alimentação e o que pensamos e sentimos
têm influência no nosso desenvolvimento.
Pessoas com uma vida sedentária, ou seja,
com poucas atividades físicas, têm característi-
cas corporais (e até emocionais) diferentes das
que praticam atividades físicas regularmente.
Quem gosta de ler, estudar e ouvir uma boa
música tem características intelectuais diferentes
de quem apenas assiste a programas de televisão.
1. Recordando o que estudou anteriormente, você consegue citar outras coisas que influen-
ciam nossas características físicas e intelectuais? Troque ideias com os seus colegas e a seguir
escreva o que concluiu sobre isso.
2. Na sua opinião, em que as pessoas podem ser diferentes no aspecto físico e intelectual?
5. Em que situações do dia a dia você observa que as diferenças individuais não são respeitadas?
ÊÊ Por que o azul é uma cor usada para os meninos e o rosa para as meninas?
ÊÊ Você acha que meninos devem ajudar nas tarefas da casa (secar a louça, forrar a cama, pas-
sar pano no chão)? Por quê?
ÊÊ Há separação entre brincadeiras de menino e menina? Quem a determina?
ÊÊ Na sua opinião, isso é bom? Por quê?
ÊÊ Existem pessoas que não gostam do próprio aspecto físico. O que poderiam fazer para se
aceitarem e começarem a gostar de si mesmas?
ÊÊ Estar na moda é estar igual aos outros? Faça um comentário.
ÊÊ Como seria o mundo se todas as pessoas fossem iguais?
Indo além...
Leito de Procusto
9 RECONHECIMENTO
Para aquecer a investigação filosófica
Durante um bom tempo estamos filosofando sobre nós mesmos,
sobre os outros e sobre o mundo em que vivemos. E, com certeza, ire-
mos filosofar por muito tempo, pois isso faz parte de nossa constituição
como seres humanos, constantemente perguntamos, questionamos.
Refletir e discutir sobre nossos costumes demonstra que reconhe-
cemos sua importância para nossa formação e organização da socie-
dade em que vivemos. Também reconhecemos, por meio de nossas
investigações, que as diferenças individuais fazem parte de nossas ca-
racterísticas pessoais e que precisam ser respeitadas.
a) O professor explicou a matéria e depois passou um exercício para ser resolvido em duplas.
Investigando e discutindo
• Dizer as qualidades dos amigos é reconhecer que elas são importantes? Justifique.
Reconhecimento/Gratidão
Será que hoje as pessoas não sentem mais prazer em agradecer
algo que lhes oferecem ou que fazem por elas? Será que não reconhe-
cem que sentem prazer por receber algo? Será que muitas pessoas hoje
consideram que tudo lhes é devido?
A gratidão vem de reconhecermos que recebemos algo a partir
do outro. Portanto, demonstrar gratidão é uma forma de retribuir um
pouco da alegria que sentimos ao receber algo.
Você já parou para pensar em quantas pessoas trabalham para que
você tenha conforto e facilidades no seu dia a dia?
O leão e o rato
Saiu da toca aturdido
Daninho pequeno rato,
E foi cair insensato
Entre as garras de um leão.
Eis o monarca das feras
Lhe concedeu liberdade.
Ou por ter dele piedade,
Ou por não ter fome então.
Jean de La Fontaine
A partir dessa fábula e da sua resposta à questão de quantas pessoas trabalham para que
tenhamos conforto e felicidade no dia a dia, escreva o que você poderia fazer para melhorar
o relacionamento entre seus amigos na escola.
Existem várias formas de demonstrar que reconhecemos o que as pessoas fazem por nós.
Pensando nisso, escreva uma demonstração de reconhecimento para os seus pais, para um
colega e para um de seus professores.
II. Direito à especial proteção para seu desenvolvimento físico, mental e social.
IV. Direito à alimentação, moradia e assistência médica adequada para a criança e a mãe.
I.
II.
III.
IV.
V.
VI.
VII.
VIII.
X.
XI.
XII.
Bandeira da ONU
10 IMAGINAÇÃO
Para aquecer a investigação filosófica
Imaginação é uma capacidade de nossa mente que permite a representa-
ção de objetos segundo suas qualidades, que são dadas à mente por meio dos
sentidos, de acordo com a explicação dada pelo filósofo Sartre.
As teses racionalistas sobre a imaginação marcaram a Filosofia por longo
tempo. Até o final do século XVIII, os filósofos viram a imaginação como a
faculdade mental por meio da qual representamos de maneira obscura e con-
fusa os mesmos objetos que a razão ou entendimento representa de maneira
clara e distinta.
A imaginação é um processo mental, uma ação da nossa mente na tenta- Jean-Paul Sartre
tiva de representar algo que não está presente para os nossos sentidos.
a) E se a semana tivesse 10 dias? O que você faria nos três dias a mais?
d) E se já nascêssemos sabendo ler e escrever? Que tipo de livros os bebês gostariam de ler?
Como seriam os primeiros anos escolares?
g) E se o sol não se pusesse no horizonte? Não teria noite? Você iria dormir ou ficaria sempre
brincando?
1. O grande cientista
a) Imagine que você é um cientista fantástico e capaz de inventar as coisas mais incríveis.
Você acaba de inventar uma máquina maravilhosa. Desenhe sua invenção e conte para que
ela serve.
c) Mesmo sendo um cientista fantástico, às vezes as coisas não acontecem como você pla-
neja. Imagine o “invento que não deu certo” e faça um relato contando qual era o seu
objetivo, isto é, em que projeto você estava trabalhando, que resultados obteve e quais as
consequências do seu “erro”.
Primeira instrução
Seu primeiro pedido será atendido neste exato momento, diz
o gênio, peça algo que possa ser usado por você e que caiba na
palma da sua mão.
Qual será o seu primeiro pedido para o gênio?
Segunda instrução
O gênio o instrui para pensar bem antes de fazer o segundo pedido, “o que me pedir agora
ficará guardado dentro de uma garrafa de vidro e você só poderá usá-lo quebrando a garrafa
daqui a 10 anos”.
Profissão:
Lazer:
5. Imagine quais serão os jogos das crianças do futuro daqui a 20 anos. Descreva-os.
IMAGINAÇÃO + CRIATIVIDADE +
11 PLANO DE AÇÃO = ?
Para aquecer a investigação filosófica
Podemos dizer que chegamos a uma imaginação coletiva que se-
ria um conjunto de símbolos e conceitos de memória, imaginação e
criatividade, em uma variedade de indivíduos que pertencem a uma
comunidade específica, tendo a sensibilização de todas essas pessoas
para compartilhar esses símbolos no sentido de uma comunidade.
Muitas vezes, a imaginação coletiva de uma realidade ultrapassa as
circunstâncias que têm ocorrido no mundo real e adquire a força e a be-
leza do mito e se torna ícone de toda uma era na história de um povo, por
exemplo, “a cruz”, “a pomba branca com um ramo de oliveira no bico”...
Como se processa a fixação de um imaginário coletivo? Um pa-
pel cada vez mais importante na formação e no reprocessamento do
imaginário coletivo é o papel desempenhado pelos modernos meios
de comunicação social. Esses meios tornam acessíveis as informações
completas e as imagens. Diante disso, aumenta o tamanho das comu-
nidades, que podem compartilhar um patrimônio comum, simbólico
e cada vez mais amplo.
1. Pesquise sobre uma invenção que o desperta curiosidade. Procure saber o contexto histó-
rico dessa invenção, ou seja, o que acontecia na época e no lugar em que foi inventada, qual
a motivação do inventor, se trabalhava sozinho ou se fazia parte de uma equipe de trabalho.
Pense na melhor forma de apresentar o resultado de sua pesquisa para os seus colegas. Não
deixe de fazer um registro desse resultado em um dos espaços do seu livro.
Invenção escolhida:
Colocar diferentes quantidades de água dentro delas e amarrá-las com um fio de nylon
num cabo de vassoura, transformando-as num xilofone de garrafas.
Colocar água em uma garrafa e enterrá-la num vaso para que vá molhando a terra lentamente.
d) Um tijolo.
PAZ ALEGRIA
SILÊNCIO SAUDADE
AMIZADE ÓDIO
c) Procure argumentos para confirmar ou negar a afirmação: “As ideias é que movem o mundo”.
d) Todos temos capacidades e habilidades que nos permitem inovar e inventar. Precisamos
estar atentos às nossas ideias e às soluções que delas podem vir para muitos problemas que
habitam nossas mentes e vidas. Porém, não basta estarmos atentos às ideias. É preciso acredi-
tar nelas, investir e elaborar um plano de ação. O que o mobilizaria a inventar alguma coisa?
O PENSAR – RELAÇÕES –
12 ANALOGIAS
Para aquecer a investigação filosófica
Faz parte do entendimento que pensar é fazer relações. A par-
tir dessa afirmação, vem a questão da analogia, que é uma relação de
equivalência entre duas outras relações.
As analogias têm uma forma de expressão própria que segue o
modelo:
- A está para B, assim como C está para D.
Por exemplo, diz-se que “Os patins estão para o patinador, assim
como os esquis estão para o esquiador”, ou seja, a relação que os patins
estabelecem com o patinador é idêntica à relação que os esquis estabe-
lecem com o esquiador.
Podemos pensar e fazer a relação da analogia dos esquis/patins como
verdadeira. No entanto, é muito difícil estabelecer de forma rigorosa por
que ela é verdadeira. As analogias são frágeis, e uma análise mais detalha-
da poderá revelar algumas imperfeições na comparação. Afinal, esquiar e
patinar são atividades parecidas, mas não são exatamente iguais.
Portanto, analogia é uma relação e só será boa quando os fatos
comparados forem muito parecidos. Assim, quando comparamos ca-
belo e cabeça com dedos e unhas, podemos usar a forma os cabelos
estão para a cabeça, assim como as unhas estão para os dedos.
Pense e escreva três outras palavras que, para você, têm alguma
relação com as palavras:
No livro “Uma Ideia puxa outra”, você poderá fazer uma bela viagem com o vô José e seu neto,
passeando pelas analogias e, quem sabe, criando outras...
Lemos no livro:
Agora você irá pensar, fazer uma relação e estabelecer uma analogia a partir do texto retira-
do do livro “Uma Ideia puxa outra”. Logo a seguir faça um desenho de sua ideia.
13 PENSANDO HIPOTETICAMENTE
Para aquecer a investigação filosófica
O raciocínio hipotético tem estreita ligação com o raciocínio cria-
Este assunto
tivo e lógico, sendo muito importante para quem quer pensar por si
será mais
aprofundado mesmo. Raciocinamos hipoteticamente quando chegamos a uma con-
no 7º ano. clusão baseados em uma hipótese.
Um silogismo (do grego συλλογισμός, “conexão de ideias”, “ra-
ciocínio”) é um termo filosófico com o qual o filósofo Aristóteles de-
signou a argumentação lógica perfeita, constituída de três proposições
declarativas que se conectam de tal modo que a partir das primeiras
duas, chamadas premissas, é possível deduzir uma conclusão.
Num silogismo, as premissas são um ou dois juízos que precedem
a conclusão e dos quais ela decorre como consequente necessário dos
antecedentes, dos quais se chega à consequência.
- Um exemplo clássico de silogismo é o seguinte:
a) Sempre que durmo tarde, fico com sono nas primeiras aulas. Ontem assisti à televisão até tarde.
c) Giovana fez a tarefa completa. Na hora da correção verificou que tinha acertado todas as
questões.
d) No início do ano, a professora de Filosofia disse para os alunos: “Estou entregando uma chave
de ouro para que cada um de vocês abra um tesouro. Não posso abrir o tesouro para vocês”.
e) Carlos quebrou o vaso da sala quando passava com a mochila, preferiu não contar para sua
mãe, pois achou que ela ficaria brava.
f ) Numa aposta que fez na hora do recreio, Pedro perdeu todas as suas figurinhas.
g) Na hora de ir para a biblioteca da escola, Marta observou que esqueceu o livro em casa.
- cachorro e quadrúpede
-
-
-
- dia e horas
-
-
-
Hipótese Gaia
Agora, por meio de um raciocínio hipotético, formule um silogismo com a ideia da Hipó-
tese de Gaia:
O mistério:
a) Um homem olhou para o retrato de um garoto e disse: “Irmãos e irmãs, eu não tenho, mas
o pai daquele garoto é filho do meu pai”. Quem é o garoto do retrato?
b) São três irmãos: um já morreu; o segundo vive entre nós; o terceiro mandou avisar que
logo vem. Quem são eles?
d) Uma lesma deve subir um poste de 10 metros de altura. De dia sobe 2 metros e à noite
desce 1 metro. Em quantos dias atingirá o topo do poste?
2. Os mistérios podem ser entendidos mesmo que não tenhamos respostas para eles?
5. Estar perdido numa grande cidade é um problema ou um mistério? Como você explica isso?
6. Querer saber quem eu sou, para onde vou e por que existo é um mistério ou um problema?
Justifique sua resposta.
Mitos atuais
Muitos fatos e personagens de jogos são
inspirados em mitologias. A ficção, porém, não
atinge o nível de mitologia enquanto as pessoas
não acreditam que aquilo realmente aconteceu.
A mitologia sobrevive no mundo moderno por
meio de lendas urbanas, mitologia científica e
muitas outras maneiras, por exemplo:
- jogos de RPG como o Final Fantasy rece-
bem muitas criaturas provenientes de mitologias;
BLAKE, William. O monstro
tricéfalo Cérbero. Aquarela. - séries de televisão e de livros como Jornada nas estrelas e Har-
Austrália: National Gallery of
Victoria. ry Potter têm aspectos mitológicos marcantes que algumas vezes de-
senvolvem-se em sistemas filosóficos profundos e intrincados. Essas
séries não são mitologia, mas contêm temas míticos que, para alguns,
atendem às mesmas necessidades psicológicas. Um ótimo exemplo são
os livros de J. R. R. Tolkien, O Senhor dos Anéis, e outros, bem como a
série de filmes Star Wars (Guerra nas Estrelas), de George Lucas; e
- os desenhos animados que vêm do Japão (chamados de anime)
e a série de mangás, Cavaleiros do Zodíaco, são os que mais se baseiam
nas histórias das mitologias antigas, como a mitologia grega, nórdica,
egípcia e outras. A história não é uma mitologia; ela conta a história
das mitologias tradicionais, em que guerreiros representam constela-
ções e têm como objetivo enfrentar os deuses que se opuserem a Atena
(deusa grega da sabedoria). Vários personagens e monstros mitológi-
cos, como o Orfeu e o Cérbero, estão presentes no nosso cotidiano.
Para pesquisar
Lendas e mitos do Folclore regional brasileiro: <http://sitededicas.uol.com.br/cfolc.htm>.
15 SER CRÍTICO
Para aquecer a investigação filosófica
O termo crítica provém do grego e significa separar, julgar. É um
ato do espírito que preserva o que merece ser afirmado e põe em dú-
vida a pretensão daquilo que vai além de seu domínio de aplicação e,
portanto, não merece ser afirmado. A crítica é um julgamento feito por
quem tem capacidade. Portanto:
■■ uma crítica estética se contempla numa obra de arte;
■■ uma crítica lógica se contempla num raciocínio;
■■ uma crítica intelectual se contempla num conceito, numa teoria
ou num experimento; e
■■ uma crítica moral se contempla numa conduta.
O julgamento de mérito é fruto de uma atividade da razão, esse
poder de distinguir o verdadeiro do falso. Pertencendo à ordem de um
ato de espírito que duvida antes de afirmar, a crítica pertence, então, à
ordem da liberdade de espírito.
Tem gente que reclama de tudo, parece só ver o lado ruim das coi-
sas. Isso não é ser crítico. O que é bom para uma pessoa pode não ser
bom para outra, e mesmo as coisas boas podem ter seu lado ruim.
Com os trabalhos para aprendermos a filosofar, queremos de-
senvolver cada vez mais a capacidade crítica. No 5º ano aprendemos
muitas coisas para estimular nossa capacidade de julgamento, de argu-
mentação e de tomada de decisão.
Imagine você olhando num espelho seu interior. A partir das aulas de Filosofia neste ano, o
que você poderia visualizar? Desenhe algo a esse respeito.
Você concorda quando a professora afirma que ele não está participando da aula? Dê bons
argumentos para sua resposta.
Situação como essa já aconteceu com você ou com alguém de sua sala de aula? Dá para dizer
quem tem razão nessa situação?
Que relação você pode fazer a partir do desenho ao lado com a ideia
de SER crítico?
Nossa escola trabalha com um programa filosófico-pedagógico “Educar para o Pensar: Filosofia
com Crianças, Adolescentes e Jovens”. Você gosta desse trabalho? Acha que está ajudando você
a ser mais feliz e a pensar melhor? Justifique sua resposta.
Pesquisamos, discutimos, questionamos e fizemos muitas coisas sobre diversos temas nas aulas de
Filosofia. Esses momentos foram agradáveis ou desagradáveis para você? Justifique sua resposta.
Você tem conseguido aplicar esses conhecimentos na sua vida (no seu dia a dia, no relaciona-
mento com os colegas, professores e familiares)? Justifique sua resposta.
ESPAÇO FILOSÓFICO
ATIVIDADE EM FAMÍLIA
Para enriquecermos nossas próximas aulas, converse com os seus familiares sobre
, assunto trabalhado nesta semana,
e peça para um deles escrever as ideias construídas.
ESPAÇO CRIATIVO
PESQUISA
ESPAÇO FILOSÓFICO
INVESTIGAÇÃO
Procure em jornais ou revistas palavras e/ou figuras que melhor representem a ideia
,
assunto trabalhado na aula de Filosofia.
ESPAÇO CRIATIVO
DESENHO
ESPAÇO FILOSÓFICO
REFLEXÃO
MOMENTO DE AVALIAÇÃO 1
1. Depois de ler a introdução ao nosso livro, diga como você se vê sendo também autor do
NEFC 5º ano. Você concorda com a frase do final da introdução? Justifique.
2. Você respondeu à pergunta: eu sou o meu nome ou o meu nome representa quem eu sou?
Agora você deverá pensar na resposta que deu e certificar-se de suas ideias sobre essa questão.
3. Diga qual foi o mais significativo conhecimento de você mesmo, quando trabalhou e dis-
cutiu o Capítulo 2 (Um pouco mais sobre você).
5. Como você se vê diante dos outros? Você concorda com a frase do filósofo Ortega y Gasset
“Eu sou eu e minhas circunstâncias”?
6. Pense nas aulas de Filosofia deste início de ano e escreva o assunto que você mais gostou
de discutir. Justifique sua escolha.
MOMENTO DE AVALIAÇÃO 2
1. O que é o diálogo para você? No mundo em que vivemos existe o diálogo? Em nossa turma
acontecem diálogos entre alunos e alunos, alunos e professores?
2. No final do Capítulo 4 temos uma ilustração (pergunta 15), diga quais ideias surgem para
você a partir dessa ilustração.
6. Você já deve ter observado ao ir à casa de um amigo que os costumes não são exatamente
iguais aos da sua casa. Como você se sente tendo que fazer coisas que são diferentes dos
costumes da sua família?
MOMENTO DE AVALIAÇÃO 3
2. Temos, durante o ano, várias datas que fazem parte da cultura de nosso país e que marcam
nossa civilização ocidental. Vamos escrever quais são essas comemorações que caracterizam
nossa civilização e comentar sobre elas.
3. Na sua opinião, em que as pessoas podem ser diferentes no aspecto físico e intelectual?
6. Será que hoje as pessoas não sentem mais prazer em agradecer algo que lhes oferecem ou
que fazem por elas? Será que não reconhecem que sentem prazer por receber algo? Será que
muitas pessoas hoje consideram que tudo lhe é devido?
MOMENTO DE AVALIAÇÃO 4
5. O que é Ser Crítico? Ao aprender a filosofar no 5º ano, desenvolvi mais meu pensamento crítico?
6. Como eu, coautor do livro Novo Espaço Filosófico Criativo 5º ano, me vejo neste final de ano?
Represente os melhores momentos que você viveu com os seus colegas e o(a) seu/sua
professor(a) durante este ano. Escreva, desenhe, recorte e cole... Enfim, faça o que achar me-
lhor para registrar esses momentos de aprendizagem filosófica.
FRIEDMAN, Thomas.
O mundo é plano: uma história breve do século XXI.